.. saúde reabilitação profissional e saúde as concepções e.

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No homem do paleolítico foram encontradas lesões de artrites, tumores e

malformações, entre estas, espinha bífida e luxação congênita do quadril

Há trezentos mil anos...

Poco antes de comenzar el neolítico, se calcula que el mundo tenía cinco millones de habitantes humanos. Ya ocupaban todo el mundo.

Hace diez mil años...

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em todo o neolítico europeu se encontram crânios trepanados. (procedimento terapêutico

???ou, como pensava Broca, uma operação por

crenças no sobrenatural ou em magia para dar saída aos maus espíritos???)

A doença acompanha a espécie humana desde os primórdiosdesde os primórdios

No Homo sapiens neanderthalensis existem sinais de artrites e outras afecções osteomusculares

O Pithecanthropus mostra uma grande exostose em um dos fêmures

Curvas de mortalidade proporcional em períodos históricos

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Neanderthal

Stephen Hawking, O universo numa casca de noz

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Stephen Hawking, O universo numa casca de noz

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f a i x a s e t ár i a s

Período < 20 30-40 40-50 > 50

Homo sapiens 27% 58% 15% 2%Mesolítico 34% 54% 11% 1%Neanderthal 55% 40% 5% 0%

MORTALIDADE PROPORCIONAL - BRASIL

Elaboração: Elias Rassi Neto, 2006.

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Mortalidade Proporcional da alta pré-história ao contemporâneo

existem estudos de mais de 36.000

múmias egípcias (4.000 anos)

Mesmo considerando que os conhecimentos gerados pela

paleontologia sejam fragmentados, é possível

deduzir dois fatos importantes:

1- a enfermidade em seres vivos existe na terra desde antes da aparição do homem e, muito provavelmente, desde a

aparição de vida na terra.

2- as formas principais das doenças são essencialmente as mesmas por milhões de anos (tem-se encontrado bactérias

fossilizadas em formações geológicas de 3,5 milhões de anos).

saúde

as concepções

e

Desde a origem dos tempos, os homens estiveram interessados na

pesquisa das causas,

isto é, em compreender aquilo que faz com que uma coisa exista,

aquilo que determina um acontecimento, a origem, o vínculo

que correlaciona fenômenos e faz com que um ou vários deles apareçam como condição da

existência de outro

AS CAUSAS

os povos antigos

•sem os recursos da ciência e tecnologia, explicavam a doença dentro de uma visão mágica do mundo

•os demônios e espíritos malignos, vitimavam o doente, podendo levá-lo até à morte

A cura do doente

caberia ao feiticeiro ou xamã, tendo o

poder de convocar espíritos

capazes de erradicar o

mal.

A saúde seria o estado de isonomia entre os mesmos e a doença seria a dismonia

Na Grécia antiga, as concepções davam à saúde o significado de harmonia entre os quatro elementos que compõem o corpo humano - água, terra , ar e fogo

.

Hipócrates de Cós, "pai da medicina"

Deixou registrados

diversos casos clínicos, com observações

que ultrapassaram o paciente em si, alcançando

o seu ambiente

.

No seu clássicoclássico

"Dos ares, "Dos ares, das águas das águas e dos e dos lugares“lugares“

discute fatores ambientais ligados à doença

e defende um conceito

ecológico e multicausal

de saúde-doença que envolve as reações do homem às agressões

provenientes do seu

ambiente

O início da era bacteriológica, com as descobertas de Pasteur, Koch e outros para a cura das doenças infecciosas, o

desenvolvimento das vacinas para a prevenção das doenças, o isolamento dos

vírus em 1935 e seu subseqüente crescimento em culturas de células tornou

possível o desenvolvimento das vacinas contra a poliomielite, o sarampo e a

rubéola, provocaram também um recuo das concepções mais abrangentes referentes a geração das doenças.

No que diz respeito às ciências biológicas, a ecologia se consolida enquanto disciplina científica. A teoria ecológica de doenças infeciosas assume importância, demonstrando a interação do agente com o hospedeiro que ocorre em ambiente composto de elementos diversos (físicos, biológicos e sociais). As redes multicausais suplantam a unicausalidade. Dentro deste novo modelo, importantes avanços quanto às doenças infecciosas são registrados, como a identificação dos vetores de doenças parasitárias ( febre amarela, doença de Chagas e equistossomose, p. ex.). 

A partir da década de 60 intensificaram-se as críticas ao modelo ecológico e identificam-se as limitações das suas explicações causais.Busca-se uma nova formulação sobre a determinação do processo saúde-doença que seja capaz de expressar a unidade deste processo, bem como o seu caráter duplo - biológico e social.

A concepção da determinação social do processo saúde-doença se aproxima de formulações teóricas que possibilitem recuperar o caráter histórico deste processo, permitindo apreender o vínculo entre o processo social e o processo biológico saúde-doença. Compreende-se como cada formação social cria determinado padrão de desgaste e reprodução biológica. Este, por sua vez, determina o marco dentro do qual a doença é gerada. Expressam-se num perfil patológico, que é um conjunto de padecimentos mais ou menos bem definidos. 

A evolução dos conceitos do processo saúde doença, tem acompanhado o desenvolvimento histórico da humanidade.

Visão holística da saúde defendida por Fritjof Capra em "O ponto de mutação",

a saúde como um fenômeno multidimensional, que envolve aspectos físicos, psicológicos e sociais, todos interdependentes.

Esta idéia baseia-se na concepção sistêmica da vida, na qual os organismos vivos são sistemas auto-organizadores que têm um alto grau de estabilidade, a qual é dinâmica e caracterizada por flutuações contínuas, múltiplas e interdependentes.

"A saúde portanto, é uma experiência de bem estar

resultante do equilíbrio dinâmico que envolve os

aspectos físico e psicológico do organismo, assim como suas

interações com o meio ambiente natural e social" 

A percepção de saúde e doença de cada indivíduo está relacionada com a sua percepção de vida, que por sua vez se dá em contextos contraditórios, marcados por diferenças culturais, sociais, econômicas e individuais. Isto permite coexistirem concepções distintas em distintos momentos, em diferentes sociedades.

O processo saúde-doença:  do xamã ao cosmos [1] Elizabethe Cristina Fagundes de Souza [2] Angelo Giuseppe

Roncali da Costa Oliveira [3]

Na primeira metade dos anos setenta do século passado, um ex-padre austríaco-americano lançava a crítica mais contundente até então empreendida contra a Medicina moderna. Dizia Ivan Illich....

Doze anos após haver escrito a versão inicial da Nêmesis, Illich veio a emitir um conjunto

de apreciações de sentido fortemente autocrítico em relação à sua obra.

A segunda crítica social da Saúde de Ivan Illich

Roberto Passos Nogueira

Há doze anos escrevi a Nêmesis da Medicina. O livro começava com a afirmação: “a Medicina institucionalizada transformou-se numa grande ameaça à saúde”. Ouvindo isto hoje, eu responderia: “e daí?”. O maior agente patógeno de hoje, acho eu, é a busca de um corpo sadio. E, de uma maneira importante, istotem uma história. (Illich, 1992, p.211)

A segunda crítica social da Saúde de Ivan Illich

Roberto Passos Nogueira

“...eu não havia escolhido a medicina como tema, e sim como exemplo.

Escolhi o exemplo da medicina para ilustrar diferentes níveis da contra-produtividade

característica de todas as instituições do pós-guerra, de seu paradoxo técnico, social e cultural.

•no plano técnico, a sinergia terapêutica que produz novas doenças; •no plano social, o desenraizamento produzido pelo diagnóstico que assombra o doente, o ancião e até o moribundo; •no plano cultural, a promessa do progresso que leva à recusa da condição humana e à aversão pela arte do sofrimento.”

Illich afirma que não está insatisfeito com o texto que escreveu na década

anterior, porque seu objetivo era enfocar também certas formas gerais

de dano, que advêm, de maneira indireta, da disseminação de crenças e

práticas sociais inibidoras da autonomia diante da enfermidade, da

dor e da morte.

A segunda crítica social da Saúde de Ivan Illich

Roberto Passos Nogueira

A obsessão da saúde perfeita

O sistema médico cria incessantemente novas necessidades terapêuticas. Mas quanto maior a oferta de saúde, mais as pessoas crêem que têm problemas, necessidades, doenças. Elas exigem que o progresso supere a velhice, a dor e a morte. Isso equivale à própria negação da condição humana.

(Ivan Illich)

“Eis a minha tese: em meados do século XX, aquilo que implica na noção de uma "busca da saúde" tinha um sentido totalmente distinto daquele que tem hoje. Segundo a noção que prevalece hoje, o ser humano que precisa de saúde é considerado um subsistema da biosfera, um sistema imunológico que é preciso controlar, regrar, otimizar: "uma vida".”

“Não se trata de esclarecer o que constitui a experiência de "estar vivo". Por sua redução a "uma

vida", o indivíduo cai num vazio que o asfixia.

Para se falar de saúde em 1999, é necessário compreender a busca

da saúde como o oposto da busca pelo sadio, como uma liturgia social a serviço de um ídolo que extingüe

o sujeito.”

“Poderíamos fazer soar o alarme, para que se

compreenda que a arte de celebrar o presente ficou totalmente paralisada por

aquilo que se tornou a busca da saúde perfeita.”

saúde areabilitação profissional

e

"A saúde portanto, é uma experiência de bem estar

resultante do equilíbrio dinâmico que envolve os

aspectos físico e psicológico do organismo, assim como suas

interações com o meio ambiente natural e social" 

Reabilitação profissionalReabilitação profissional

ASSISTÊNCIA EDUCATIVA OU REEDUCATIVA E DE ADAPTAÇÃO OU READAPTAÇÃO PROFISSIONAL AOS

BENEFICIÁRIOS INCAPACITADOS PARCIAL OU TOTALMENTE PARA O

TRABALHO

Seminário Internacional sobre Acidente de Trabalho,

Saúde e Segurança do Trabalhador . São Paulo/SP

– Agosto 2006

REABILITAREABILITA

CF/88 SAÚDE

LOS/90SUS

Decreto3.081

Nova estruturaPrevidência SocialDescentralização

Reabilitação profissional

PREVIDÊNCIAASSISTÊNCIA

SOCIAL

Reabilitação física

1999

2000Grupo

Trabalho

Novo modelo

Reabilitação Profissional

2001

INSS

Seminário Internacional sobre Acidente de Trabalho,

Saúde e Segurança do Trabalhador . São Paulo/SP

– Agosto 2006

HISTÓRICO CF/88HISTÓRICO CF/88

Reabilitação profissional é a saída para evitar as conseqüências da alta programada do INSS

http://www.administradores.com.br

“A Previdência Social tem atuado em várias frentes no sentido de diminuir os elevados gastos com benefícios. Dentre outras iniciativas chama a atenção o sistema de altas programadas, instituído em 12/07/2006, por meio do qual os trabalhadores afastados por doença ou acidente são submetidos a perícias periódicas e uma boa parcela desse pessoal recebe “alta médica”, ficando apta para retornar às suas funções. Este ano, mais de um milhão de trabalhadores devem voltar para suas empresas.“

Reabilitação profissional é a saída para evitar as conseqüências da alta programada do INSS

http://www.administradores.com.br

“Cada caso concreto merece, evidentemente, análise circunstanciada. Aspectos como o nexo da patologia com o trabalho, aptidão .... Essa avaliação pormenorizada é essencial. Não apenas para efeito de mensurar riscos diante de um suposto litígio....

Por último, vale recomendar às empresas que deparam com maior número de empregados afastados – em vias de receber alta médica – que pensem grande e desenvolvam projetos de re-inserção profissional desses trabalhadores em aliança com Sindicatos e a Previdência Social.

É o meio mais seguro para lidarem com o passivo que carregam. Principalmente num momento em que a promoção da saúde se transforma em prioridade para vários órgãos governamentais e sensibiliza a todos os que lutam por um país melhor para se trabalhar e viver.”

A REABILITAÇÃO PROFISSIONAL E A INSERÇÃO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA NO MERCADO DE

TRABALHO. Carmen Leite Ribeiro Bueno

No que se refere ao processo de reconhecimento da incapacidade temporária, considera-se o propósito de redução de custos como eixo norteador da política previdenciária de concessão de benefícios.

Sensação afetiva, nostálgica pelo antigo trabalho e o problema da sobrevivência é enfrentado por trabalhos precários.

Percebem suas limitações no mercado de trabalho em relação à idade e escolaridade, acrescidas da incapacidade e do estigma que ela carrega.

A aposentadoria por invalidez aparece como a alternativa mais visível.

Penoso caminho burocrático, sendo tratados com constante descaso.

Os cursos oferecidos não os reabilitam, e, em alguns casos, são até inadequados às suas seqüelas.

A reabilitação aparece como uma das estratégias de restringir a concessão do benefício previdenciário e um engodo do ponto de vista do incapacitado, reforçando seu desalento quanto ao futuro.

A evidência sem controvérsias de que o panorama patológico tem se transformado ao longo da história, que a patologia predominante é distinta em uma sociedade e outra em um dado momento, e que a problemática de saúde difere de uma classe e outra dentro de uma mesma sociedade, comprova o caráter histórico e social da enfermidade.

A ENFERMIDADE

NÃO PODE SER ENTENDIDA A MARGEM DA

SOCIEDADE EM QUE OCORRE