Post on 27-Dec-2018
Desigualdade nas mesorregiões nordestinas: uma análise multidimensional dos anos 2000
Resumo: O objetivo do artigo é analisar a evolução da desigualdade socioeconômica ao longo dos anos 2000, a partir de uma abordagem multidimensional, enfocando as diferenças entre as mesorregiões nordestinas. Inicialmente foi realizado um estudo da dinâmica da economia e do mercado de trabalho das grandes regiões nos anos 2000, com o intuito de situar a região Nordeste no contexto das demais bases produtivas regionais. Em seguida, realiza-se uma abordagem multidimensional da desigualdade entre as mesorregiões nordestinas, a partir da análise dos coeficientes de variação de diversos indicadores socioeconômicos. Nesse sentido, os dados demostram uma melhoria da maioria dos indicadores socioeconômicos em todas as dimensões estudadas, indicando uma redução da desigualdade intra-regional no Nordeste entre 2000 e 2010.
Palavras-chave: Desigualdade, Brasil, Nordeste, mesorregiões, crescimento econômico.
Abstract: The aim of this paper is to analyze the evolution of socioeconomic inequality over the 2000s, from a multidimensional approach, focusing on the differences in the northeastern meso regions. Initially, it was realized a study of the dynamics of the economy and labor market of the major regions in the 2000s, in order to situate the Northeast region in the context of the others regional production bases. Besides that, it was performed a multidimensional approach to measure the inequality among Northeastern meso regions, analyzing the coefficients of variation of some socioeconomic indicators. Finally, the paper demonstrates an improvement in most socioeconomic indicators in all the studied dimensions, indicating a reduction in intra-regional inequality in the Northeast between 2000 and 2010.
Keywords: Inequality, Brazil, Northeast, meso regions, economic growth.
Introdução
Uma das heranças mais marcantes do desenvolvimento brasileiro é a intensa
desigualdade regional. De acordo com Hoffmann (1978), esse processo de concentração
econômica no Sudeste/Sul se intensificou durante o período da ditadura militar, quando o
crescimento da indústria brasileira entre 1960-1970 ocorreu com o aumento do grau de
concentração tanto da renda como de poder econômico, em um país que já apresentava
historicamente um padrão de distribuição bastante concentrado. Esse movimento também já
tinha sido ressaltado pelo Grupo de Trabalho para o Desenvolvimento do Nordeste - GTDN
(1967), que destacou o aumento da disparidade no nível de desenvolvimento entre o
Nordeste a o “Centro Sul” do país, reflexo do processo de concentração industrial que
ocorreu na região Sudeste.
Para Guimarães Neto (1989), o início do processo de integração inter-regional da
estrutura produtiva brasileira se deu nos anos 1960 e ocorreu a partir da transferência de
frações do capital produtivo nacional e internacional localizado nas áreas mais
industrializadas do país em direção a outras regiões, em especial o Nordeste, a partir de
meados dos anos 1960, como identificou inicialmente Moreira (1976) e confirmou
Guimarães Neto (1989).
Entre o final da década de 1970 e final da década de 1990, o grau de desigualdade
de renda medido pelo Coeficiente de Gini manteve-se estável, em torno de 0,60, para o
Brasil. Apenas no final da década de 1980 observa-se um aumento do indicador, atingindo
0,64 em 1989, mas caindo no início dos anos 1990 – retornado, assim, para o patamar de
0,60 (BARROS, HENRIQUES E MENDONÇA, 2001). A região Nordeste segue a mesma
tendência, mas permanece apresentando um patamar maior do índice de Gini, o que indica
a permanência de uma maior concentração de renda na região.
Em termos de estrutura produtiva, o Nordeste do final da década de 1990
apresentava uma importante diversidade produtiva sub-regional, com crescente
heterogeneidade intra-regional. Como afirma Araújo, foram criadas "(...) novas áreas de
expansão que abrigam, hoje, estruturas modernas e dinâmicas, as quais convivem com
áreas e segmentos econômicos tradicionais, contribuindo, assim, para tornar a realidade
regional muito mais diferenciada e complexa" (ARAÚJO, 2000, p. 194).
Nos anos 2000, o Brasil apresentou sinais de recuperação econômica, com
importante geração de empregos e crescimento da renda nacional. A partir de 2004, a
expansão do crédito e do consumo das famílias, a manutenção do crescimento das
exportações, decorrente do movimento favorável do crescimento internacional (até a crise
financeira de 2008/09), e a reativação do investimento produtivo e em infraestrutura
econômica e social permitiram que o País mantivesse um ritmo sustentado de crescimento
do PIB.
Neste ambiente de retomada do crescimento em que o mercado interno registrou
um peso relativamente maior do que o do mercado externo observou-se que as regiões
mais atrasadas economicamente (Norte e Nordeste) apresentaram um forte dinamismo do
produto e da geração de emprego, em especial do emprego formal, além de um crescimento
médio da renda acima das outras regiões. Nesse processo, também merecem destaque a
implementação e consolidação de programas sociais de transferência de renda, a política de
reajuste real do salário mínimo, além da expansão do crédito para o consumo, que se
mostraram elementos dinamizadores para essas regiões.
Outro reflexo importante desse novo momento da economia brasileira é a queda da
desigualdade de renda, medida pelo Coeficiente de Gini, que passa de um patamar de 0,60,
em 2001, para 0,54, em 2009, de acordo com os dados da PNAD (IBGE).
Como destaca Dedecca et al.:
“As reduções do Índice de Gini nos anos 80 e 90 ocorreram em um
contexto de elevada instabilidade econômica, caracterizada por
declínio do nível de atividade, redução do nível de emprego,
incremento expressivo do desemprego e uma situação de fortes
tensões inflacionárias. Ademais, o movimento foi significativamente
mais circunscrito a um curto espaço de tempo.
A tendência atual de redução apresenta características bastante
distintas. Ela começa em um ambiente de instabilidade econômica,
correspondente ao período 2000-2002, mas vai se consolidando, a
partir de 2003, em outro marcado pela recuperação econômica com
recomposição do nível de emprego, queda do desemprego e baixa
inflação. Ademais, ela vem perdurando durante todos os anos da
década, mostrando uma duração significativamente mais longa que
aquela observada para as quedas da desigualdade ocorridas nos
anos 80 e 90” (DEDECCA et al., 2008, p.2).
Na região Nordeste, soma-se a esse cenário positivo nacional e internacional: a
retomada do investimento produtivo e em infraestrutura realizados, sobretudo, no âmbito do
Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que possibilitou grandes investimentos
produtivos, como refinarias de petróleo, obras de infraestrutura, como a Transposição do Rio
São Francisco e a ferrovia Transnordestina. Dessa forma, espera-se que ocorram mudanças
importantes na estrutura produtiva da região, além das transformações que já estão
acontecendo com os investimentos privados, a exemplo da indústria naval, indústria de
papel e celulose, agronegócio, entre outros.
Em relação aos indicadores sociais, as informações disponíveis revelam, para o
Nordeste, um ritmo mais acelerado de queda da pobreza extrema (pessoas com rendimento
familiar per capita inferior a ¼ do salário mínimo) e da melhoria do IDH. Apesar disso, a
região segue liderando os piores indicadores sociais do País (GUIMARÃES NETO, 2010).
A partir do entendimento da desigualdade como um fenômeno complexo e
multidimensional, extrapolando os problemas associados a concentração da renda, o
presente trabalho busca analisar a evolução desse processo, em um contexto de
crescimento econômico com redução da concentração de renda no Brasil. O objetivo, pois, é
entender se esse processo recente teve reflexo sobre a desigualdade intra-regional no
Nordeste. Para tanto, a abordagem proposta parte da elaboração de diversos indicadores
socioeconômicos, em distintas dimensões, de forma a entender as diferenças entre as
mesorregiões nordestinas.
As mesorregiões representam uma forma de organização regional/territorial no
interior de cada unidade da federação. Elas são determinadas pelo processo social,
condicionadas pelo quadro natural e articuladas, em termos espaciais, por elementos como
as redes de comunicação e de lugares. A utilização das mesorregiões como unidade de
análise permite o diagnóstico de identidades regionais construídas pela sociedade ao longo
do tempo. Também possui vantagens ligadas ao norteamento de políticas públicas e
contribui para o sistema de decisões permitindo um exame mais detalhado das questões
associadas à localização das atividades econômicas, sociais e tributárias, além de subsidiar
o planejamento e os estudos regionais, identificando as especificidades das estruturas
espaciais das regiões metropolitanas e/ou de outras formas de aglomerações urbanas e
rurais (IBGE, 1990).
A partir do Mapa 1 é possível identificar as 42 mesorregiões que compõem a região
Nordeste, segundo o bioma que pertencem.
Mapa 1 – Nordeste: Mapa das mesorregiões segundo biomas
Para realizar essa discussão, o trabalho está divido em três seções, além desta
introdução. Na primeira seção, apresenta-se a dinâmica da economia e do mercado de
trabalho das grandes regiões nos anos 2000, com o intuito de situar a região Nordeste no
contexto nacional. Para, em seguida, realizar uma abordagem multidimensional da
desigualdade entre as mesorregiões nordestinas a partir da observação dos coeficientes de
variação de diversos indicadores socioeconômicos. Por fim, as considerações finais buscam
retomar e articular a discussão feita ao longo do texto.
1. Dinâmica da economia e mercado de trabalho das grandes regiões brasileiras nos anos 2000
Como já ressaltado, o início dos anos 2000 se destaca pela retomada do
crescimento da atividade econômica e por um processo de reestruturação do mercado de
trabalho nacional, tendências que se reproduziram nas grandes regiões do país. Em relação
ao produto interno bruto, constatam-se alterações muito reduzidas das participações
relativas das grandes regiões brasileiras, na trajetória recente. Ao longo dos anos 2000 não
ocorreram praticamente mudanças significativas de peso relativo das macrorregiões
brasileiras. Todavia, evidencia-se um modesto declínio na participação relativa da região
Sudeste e pequenos aumentos relativos nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste
(Tabela 1).
Tabela 1 - Participação do Produto Interno Bruto. Brasil e Grandes regiões, 2000-2011Especificação 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
Brasil 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100Norte 4,4 4,5 4,7 4,8 4,9 5,0 5,1 5,0 5,1 5,0 5,3 5,4Nordeste 12,4 12,6 13,0 12,8 12,7 13,1 13,1 13,1 13,1 13,5 13,5 13,4Sudeste 58,3 57,7 56,7 55,8 55,8 56,5 56,8 56,4 56,0 55,3 55,4 55,4Sul 16,5 16,7 16,9 17,7 17,4 16,6 16,3 16,6 16,6 16,5 16,5 16,2Centro-Oeste 8,4 8,5 8,8 9,0 9,1 8,9 8,7 8,9 9,2 9,6 9,3 9,6Fonte: IBGE - Contas Regionais. Elaboração própria
Na análise do crescimento real das economias regionais, observa-se que as
regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste apresentaram uma trajetória de expansão, entre
2000 e 2011, mais intensa que a média da economia nacional, com taxas médias anuais de,
respectivamente, 5,5%, 4,2% e 4,8%. A economia do Sudeste, que registrou uma expansão
anual de 3,4%, e da região Sul, com incremento do produto de 3,1% a.a., demonstraram
uma trajetória expansiva menos intensa que a da média do país (3,5%) – como pode ser
observado a partir do Gráfico 1.
80
100
120
140
160
180
200
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
Gráfico 1 - Evolução do Produto Interno Bruto (2000 = 100). Brasil e Grandes regiões, 2000-2011
Brasil
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Fonte: IBGE - Contas Regionais. Elaboração própriaNota: Valores deflacionados pelo deflator implícito do PIB a preços de 2013.
Verifica-se, também, um decréscimo das taxas de crescimento populacional nas
macrorregiões brasileiras ao longo das últimas décadas. Nos anos 2000, apenas as regiões
Norte e Centro-Oeste, de ocupação mais recente, apresentaram um incremento
populacional acima da média nacional, o que representa também um aumento da
participação da população dessas regiões (Tabela 2). Todavia, destaca-se que a população
da região Nordeste detinha, em 2010, 27,8% do total do Brasil, enquanto que sua
participação no produto era de apenas 13,5%. Essa questão, isoladamente, já representa
uma disparidade importante entre as dinâmicas demográficas e econômicas, contudo, o
problema se agrava, ao se verificar que 47,8% da população rural viviam nessa região, em
2010.
1991 2000 2010 1991/2000 2000/2010 Urbana RuralBrasil 100 100 100 1,6 1,2 100 100Norte 6,8 7,6 8,3 2,8 2,1 7,2 14,1Nordeste 28,9 28,1 27,8 1,3 1,1 24,1 47,8Sudeste 42,7 42,6 42,1 1,6 1,0 46,4 19,0Sul 15,1 14,8 14,4 1,4 0,9 14,5 13,8Centro-Oeste 6,4 6,9 7,4 2,4 1,9 7,8 5,3Fonte: IBGE - Censos Demográficos. Elaboração própriaNota: Dados do universo.
Especificação Distribuição da população Taxa de cresc. anual (% a.a.)
Dist. populacional por situação de domicílio
em 2010
Tabela 2 - Distribuição da população residente e taxa de crescimento populacional. Brasil e Grandes regiões, 1991-2010.
Em relação ao mercado de trabalho, observa-se uma elevação mais expressiva da
taxa de participação1 das regiões Centro-Oeste e Sul, que passaram de 61,4% para 63,0% e
de 62,2% para 63,2%, respectivamente, entre 2000 e 2010, segundo os dados do Censo
Demográfico para a população com renda familiar per capita maior que zero. Em seguida 1 Taxa de Participação é definida pela relação entre a População Economicamente Ativa (PEA) e a População em Idade Ativa (PIA).
aparece o Sudeste, com uma taxa de participação que se elevou de 59,9% para 60,6%. A
região Norte manteve estável sua taxa de participação, enquanto que o Nordeste
apresentou uma retração devido ao maior crescimento médio da PIA em relação à PEA. Ou
seja, nessa região houve um crescimento da inatividade maior que o crescimento da PEA,
fato decorrente do crescimento dos ocupados sem remuneração e do autoconsumo com
menos de 15 horas, que no presente estudo foram considerados inativos (Tabela 3).
Observa-se, ainda, que o desemprego caiu de maneira generalizada em todas as
macrorregiões brasileiras. A taxa de desocupação, ou desemprego aberto, passou de
14,0%, em 2000, para 7,1%, em 2010, no Brasil. No Sul essa taxa reduziu-se de 11,1% para
4,4%. No Sudeste passou de 14,9% para 6,9%; no Centro-Oeste de 12,5% para 6,2%; no
Norte de 14,0% para 8,1%; e no Nordeste de 14,5% para 9,3%. Enfim, observa-se que
houve um maior crescimento da população ocupada na região Norte, seguida pelo Centro-
Oeste, Sudeste, Sul e, por último, o Nordeste. Todavia, quando se analisa o emprego no
setor privado, maior responsável pelo dinamismo da geração de empregos nesse período,
verifica-se que a região Nordeste apresentou um crescimento médio de 4,7% ao ano,
ficando atrás apenas das regiões Norte (7,2% a.a.) e Centro-Oeste (5,1% a.a.).
Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste0,5 3,3 0,0 -0,3 1,3 0,54,4 7,2 4,7 3,9 4,2 5,12,4 4,2 2,0 1,7 2,8 3,72,3 4,5 1,9 2,0 2,1 3,7-1,0 1,1 -1,2 -1,6 0,2 -1,11,8 4,0 2,5 1,6 0,9 1,7-1,4 2,0 -0,5 -2,0 -6,0 1,12,9 5,1 2,5 2,7 2,6 3,6-4,6 -1,2 -2,5 -5,7 -7,1 -4,1
PEA 2,1 4,4 1,9 1,8 1,8 2,92,0 4,3 2,5 1,5 1,4 2,2-1,9 0,2 -1,8 -2,4 -2,9 -1,31,3 3,4 1,4 1,0 0,9 1,9
Taxa de participação 2000 58,3 55,1 53,5 59,9 62,2 61,42010 58,5 55,1 52,1 60,6 63,2 63,0
Taxa de desocupação 2000 14,0 14,0 14,5 14,9 11,1 12,52010 7,1 8,1 9,3 6,9 4,4 6,2
Fonte: IBGE - Censos Demográficos. Elaboração própria
Especificação (1)
Menor de 10 anosTotal
Inativo (3)
Empregado Setor PúblicoAutônomoEmpregadorEmpregado Doméstico
Ocupação AgrícolaEmpregado Setor Privado
Sem Remuneração e auto-consumo (2)
População OcupadaPopulação Desocupada
Nota: (1) Dados sem Renda Zero. (2) Trabalhadores sem remuneração ou autoconsumo com quinze horas ou mais de trabalho por semana. (3) Incluí os trabalhadores sem remuneração ou autoconsumo com menos de quinze horas de trabalho por semana.
Tabela 3 - Taxa de crescimento da população economicamente ativa (% a.a.) e taxa de participação e desocupação. Brasil e Grandes regiões, 2000/2010.
No que se refere ao segmento formal do mercado de trabalho entre 2000 e 2010,
percebe-se que, tanto pela criação de novos postos de trabalho como pela formalização de
postos existentes, as regiões Norte e Nordeste apresentaram as maiores taxas médias de
crescimento do emprego formal no período. Enquanto a Região Norte expandiu a geração
de postos de trabalho formal em 8,2% ao ano, o Nordeste cresceu 6,2% a.a. e o Centro-
Oeste 5,7% ao ano, ritmo este mais intenso que a média nacional (5,3% a.a.). As duas
outras regiões registraram crescimento médio inferior à média do país, 4,8% ao ano e 5,0%
a.a. nas regiões Sudeste e Sul, respectivamente (Gráfico 2).
8,2
6,2
4,8 5,05,7 5,3
0,0
1,02,03,04,05,06,0
7,08,09,0
Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste Brasil
Gráfico 2 - Taxa de crescimento média anual do emprego formal (% a.a.). Brasil e Grandes regiões, 2000/2010
Fonte: MTE - RAIS. Elaboração Própria
Esse maior crescimento do emprego nas regiões Norte e Nordeste se releva com
destaque na distribuição do emprego formal (Tabela 4). Verifica-se, no período de 2000 a
2010, um aumento da participação dessas regiões no total de ocupados formais, passando
de 4,2% para 5,5% e 16,7% para 18,2%, respectivamente. Todavia, a região Sudeste ainda
é responsável por mais de 51% do total de emprego formal e, se analisado a quantidade de
empregados gerados para cada 10 empregos no total, observa-se que cerca de 4,7 são
gerados nessa região. Em síntese, os dados da RAIS sobre o emprego formal registram o
fato de que o Norte e Nordeste apresentaram um crescimento mais intenso nesse período.
As regiões Centro-Oeste e Sul aproximam-se mais da dinâmica nacional e a região Sudeste
registrou uma expansão relativa menor. Entretanto, apesar da perda de peso relativo do
Sudeste, essa região ainda é a líder na geração de empregos formais.
Total de empregos gerados
Quant. de empregos gerados para cada
10 empregos no total
2000 2010Brasil 100,0 100,0 17.839.726 10,0Norte 4,2 5,5 1.313.817 0,7Nordeste 16,7 18,2 3.635.989 2,0Sudeste 53,5 51,0 8.418.177 4,7Sul 17,6 17,1 2.932.378 1,6Centro-Oeste 8,0 8,2 1.539.365 0,9Fonte: MTE - RAIS. Elaboração Própria
Distribuição do empregoEspecificação
2000/2010
Tabela 4 - Distribuição do emprego formal e quantidade de empregos gerados no período. Grandes regiões, 2000/2010.
A análise da evolução da participação da ocupação remunerada com contribuição
para a Previdência Social corrobora a tendência de formalização do emprego na economia
brasileira nesse período (Gráfico 3). Há um expressivo crescimento da população ocupada
remunerada com contribuição, que no Brasil passa de 49,8% em 2000 para 61,8%, em
2010. Em termos regionais, seguindo a dinâmica do emprego formal, esse crescimento é
maior nas regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste. Por fim, observa-se a perda de peso
relativo tanto da ocupação remunerada sem contribuição quanto da não remunerada.
Entretanto, em 2010, a ocupação não remunerada ainda representava 8,6% dos ocupados
no Nordeste e 6,9%, no Norte. Essa ocupação não remunerada ainda era bastante
expressiva na região Nordeste, que detinha 1,7 milhões dos 3,2 milhões de não
remunerados do Brasil.
49,861,8
28,9
45,532,0
45,559,8
70,256,9
69,5
46,262,2
44,134,4
61,0
47,7
55,6
45,9
37,928,5
35,7
27,6
50,9
35,7
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
2000 2010 2000 2010 2000 2010 2000 2010 2000 2010 2000 2010
Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste
Gráfico 3 - Evolução da participação da ocupação remunerada, por contribuição na previdência, e não remunerada. Brasil e Grandes regiões, 2000/2010.
Ocup. Remunerada com Contribuição Ocup. Remunerada sem Contribuição Ocup. Não Remunerada
Fonte: IBGE - Censos Demográficos. Elaboração própria
Observa-se, ainda de acordo com os dados dos Censos Demográficos (IBGE), que
o rendimento médio mensal de todos os trabalhos para a população ocupada apresentou
maior incremento nas regiões Nordeste, Centro-Oeste e Norte, no período de 2010/2000.
Guimarães Neto (2010) aponta também para o aumento relativo do poder de
compra das populações da região Norte e Nordeste que foram beneficiadas pela valorização
expressiva do salário mínimo e pela expansão das transferências governamentais de renda.
Observa ainda o forte crescimento do crédito a pessoa física nessas duas regiões, bem
como o papel exercido pelo financiamento à atividade produtiva, em especial, aos
investimentos de longo prazo realizados pelo BNDES. Ademais, destaca os grandes
projetos do PAC que tem trazido refinarias, siderúrgicas, infraestrutura econômica e
habitação, entre outros projetos, para essas regiões. Por fim, salienta o papel exercido pelas
aplicações dos fundos constitucionais, realizadas pelos Bancos Públicos, em especial para o
caso do Nordeste a partir de 2003.
O autor acrescenta, no que se refere à qualidade de vida das populações regionais,
que o IDH estimado até 2007 mostra que embora o nível dos indicadores sociais do
Nordeste e Norte sejam inferiores ao do Brasil e demais regiões, a intensidade da melhoria
observada nessas duas regiões foi bem mais significativa. Ao analisar os outros
componentes ou dimensões do IDH (renda, longevidade e educação), constata-se que tal
evolução está associada a um conjunto de ações e políticas que se diferenciam de uma
região para outra. Finalmente, os indicadores usualmente utilizados para medir a pobreza
mostram que houve um declínio muito significativo da participação das famílias em situação
de pobreza extrema em todas as regiões, com a região Nordeste registrando declínio um
pouco mais intenso entre 2003 e 2008 (GUIMARÃES NETO, 2010).
Em síntese, essa mudança do cenário econômico se refletiu em um processo de
reestruturação do mercado de trabalho em todas as macrorregiões, com melhorias
importantes na distribuição de renda e redução das desigualdades de renda entre as regiões
brasileiras. Todavia, a redução da desigualdade tem que ser entendida de maneira mais
ampla. Para isso, pretende-se realizar a seguir um estudo mais detalhado, a partir de uma
abordagem multidimensional, de forma a contemplar indicadores de mercado de trabalho e
renda, condições de vida e consumo, educação, demografia, saúde e discriminação. O
objetivo é fornecer elementos capazes de produzir uma compreensão mais profunda da
evolução desse fenômeno, destacando as diferenças entre as mesorregiões nordestinas.
Ademais, através do estudo dos coeficientes de variação dos diversos indicadores
multidimensionais, buscar-se-á elucidar se os impactos positivos desse período
proporcionaram uma alteração no quadro de desigualdade entre as mesorregiões
nordestinas.
2. Desigualdade nas mesorregiões do Nordeste: uma análise multidimensional
Vários estudos vêm apontando para uma indiscutível redução da desigualdade de
renda, medida pelo Índice de Gini2, outros mostram que esse fenômeno também pôde ser
observado em nível regional.3 A Tabela 5 apresenta alguns indicadores de concentração de
renda que corroboram a ideia de uma tendência de redução da concentração de renda no
Brasil e no Nordeste, nos anos 2000. Destaca-se, entretanto, que apesar da expressiva
redução desses índices, o nível de concentração ainda se encontra em patamares elevados,
sobretudo, na região Nordeste.
2 Ver DEDECCA et al.(2008), PAES DE BARROS et al. (2007) e CEPAL (2010).3 HOFFMANN (2005) e HOFFMANN (2007).
Tabela 5 - Indicadores de concentração de renda. Brasil e Nordeste, 2000/2010
2000 2010 2000 2010Índice de GINI 0,632 0,596 0,638 0,617T de Theil 0,888 0,775 0,961 0,815L de Theil 0,776 0,651 0,776 0,679Fonte: IBGE - Censo Demográfico. Elaboração própria
Indicadores Brasil Nordeste
Todavia, para o entendimento da questão da desigualdade econômica e social,
demonstra-se cada vez mais evidente a insuficiência de uma análise apenas da dimensão
econômica medida em especial em bases monetárias. Entendendo a necessidade de se
analisar, sob uma ótica multidimensional, os benefícios que o recente crescimento
econômico, a recuperação do mercado de trabalho e o incremento das políticas públicas
têm proporcionado para a questão da desigualdade, pretende-se, nessa seção, desenvolver
uma análise multidimensional da desigualdade entre as mesorregiões nordestinas nos anos
2000. Como apontado anteriormente, as mesorregiões são unidades espaciais que auxiliam
no entendimento das disparidades socioeconômicas no interior da região Nordeste.
Nesse sentido, Dedecca (2009) propõe uma metodologia para uma análise
multidimensional da desigualdade que além de considerar as dimensões estabelecidas pela
renda monetária de mercado, também considera aspectos relevantes de natureza não
monetária. Seu objetivo é compreender: i) as “transformações da estrutura produtiva e do
mercado e das relações de trabalho e suas implicações para a mudança na distribuição de
renda do trabalho” – com enfoque nas mudanças na estrutura ocupacional, processo de
formação das rendas do trabalho e alterações na distribuição de renda; ii) as
“transformações da estrutura produtiva e das instituições socioeconômicas e suas relações
com a distribuição da riqueza e a evolução do bem-estar” – com o foco nos demais
processos de distribuição do excedente econômico, principalmente os efetuados através das
políticas públicas e da propriedade de ativos. (DEDECCA, 2009 p.19)
A partir desse enfoque o autor desenvolve uma gama de indicadores divididos em
cinco dimensões: rendimento, educação e saúde, condições de vida, mercado de trabalho e
risco socioeconômico e discriminação, desenvolvendo vários indicadores apresentados na
Tabela 6.
Tabela 6
Dimension Axes
Rendimento Bruto do TrabalhoRendimento Bruto do Trabalho mais Transferências MonetáriasRendimento Bruto do Trabalho mais Transferências TotaisRendimento Líquido do TrabalhoRendimento Líquido do Trabalho mais Transferências MonetáriasRendimento Líquido do Trabalho mais Transferências TotaisPosse de cartão de créditoParticipação da despesa com alimentação na renda disponívelRelação renda do trabalho e valor dos ativos
Incidência do ensino médioIncidência do ensino superiorEsperança de vidaAcesso a plano de saúdeDespesa com produtos farmacêuticos
Numero de banheiros Escoamento do esgoto por rede de saneamentoMoradores por dormitórioAcesso a energia elétricaFilhos nascidos mortosHoras destinadas ao afazeres domésticos (mulheres)Tempo de residência inferior a 3 anosDespesa com serviços domésticoPavimentação da Rua
Taxa de desempregoTaxa de informalidadeIncidência do trabalho infantilFiliação a sindicato ou associaçãoTempo de vínculo do trabalho atualIncidência do trabalho agrícolaIncidência do trabalho em jornada noturna
Rendimentos mulheres e homensRendimentos negros e brancosJornadas de trabalho no mercado de trabalho e de afazeres domésticos entre mulheres e homens
Fonte: DEDECCA, 2009 p.22.
Discriminação
Multidimensional Indicators of Inequality
Rendimento
Educação e Saúde
Condições de Vida
Mercado de Trabalho e Risco Sócioeconomico
Dedecca (2009, p.22) ressalta que: “A iniciativa amplia os esforços existentes,
mantendo a dimensão econômica, mas introduzindo explicitamente o papel das instituições
para a desigualdade, através das dimensões não associadas ao rendimento”. O autor vem
aprimorando o desenvolvimento de sua metodologia (DEDECCA, 2012) e, para o caso do
Censo Demográfico, os indicadores foram divididos em seis óticas: mercado de trabalho e
renda, condições de vida e consumo, educação, demografia, saúde (agravante da condição
social) e discriminação.
A Tabela 7 traz o comportamento do coeficiente de variação, que representa a
relação entre o desvio-padrão de cada indicador, para todas as mesorregiões nordestinas,
em relação à média da região Nordeste. A redução percentual do coeficiente de variação
indica uma diminuição da dispersão, para cada indicador, entre as mesorregiões do
Nordeste, destacando-se, assim, uma alteração positiva na condição de desigualdade intra-
regional.
No sentido contrário, o aumento da variação percentual do coeficiente estudado
indica uma ampliação na dispersão e a consequente piora da desigualdade desse indicador
entre as mesorregiões nordestinas.
Os dados de mercado de trabalho e renda apontam uma redução da disparidade
entre as mesorregiões nordestinas. Merece destaque os indicadores de taxa de
desemprego, formalização e incidência de programas sociais. Em relação à incidência do
trabalho agrícola, apesar do aumento da desigualdade entre as mesorregiões, houve uma
melhora do indicador médio para o Nordeste e suas mesorregiões (ver tabela A1, em
anexo). A redução da incidência da renda do trabalho e da participação da renda do trabalho
na renda total foi acompanhada de um aumento da disparidade entre as mesorregiões para
esses indicadores.
O estudo das condições de vida e acesso a bens demonstra, em sua maioria, um
crescimento da desigualdade entre as mesorregiões nordestinas, apesar de ser possível
observar uma melhora individualizada das mesorregiões para maioria dos indicadores, tais
como a redução da proporção de famílias sem acesso à energia elétrica, água encanada e
banheiro exclusivo, por exemplo. Ressalta-se uma redução da disparidade entre as
mesorregiões apenas nos indicadores de densidade de morador por banheiro, proporção de
famílias com rede inapropriada de esgoto e proporção de famílias sem veículo particular.
Em termos educacionais, verifica-se uma redução da desigualdade entre as
mesorregiões estudadas nos dados de taxa de escolarização, defasagem escolar (6 a 14
anos) e incidência do ensino médio completo. Todavia, os indicadores de taxa de
analfabetismo e incidência do ensino superior, demonstram uma ampliação da desigualdade
dentro do Nordeste, ainda que individualmente as suas mesorregiões tenham apresentado
uma melhora nessa dimensão.
Os aspectos demográficos indicam uma redução da desigualdade entre as
mesorregiões do Nordeste, apenas o indicador de tamanho médio das famílias expressa um
aumento da disparidade.
Quanto aos indicadores de saúde que tentam observar alguns aspectos agravantes
para a condição social, nota-se, em todas essas perspectivas, uma diminuição da
desigualdade intra-regional.
MERCADO DE TRABALHO E RENDATaxa de Desemprego 25,4 20,2 -20,2Taxa de Formalização 39,8 26,0 -34,6Taxa de Assalariamento 8,1 6,0 -26,0Incidência do trabalho agrícola 46,3 47,7 3,0Incidência da previdência social 13,5 11,5 -14,5Incidência de programas sociais 55,0 24,1 -56,2Incidência da renda do trabalho 7,5 8,9 19,1Participação da renda do trabalho na renda total 6,0 8,3 38,4
CONDICÕES DE VIDA / CONSUMODensidade de morador por dormitório 5,5 5,9 6,5Densidade de morador por banheiro 48,4 20,6 -57,5Proporção de famílias sem banheiro exclusivo do domicílio 47,9 70,1 46,4Proporção de famílias com rede inapropriada de esgoto 33,7 29,3 -13,2Proporção de famílias sem água encanada 59,7 61,9 3,7Proporção de famílias sem coleta lixo apropriada 45,3 53,0 16,9Proporção de famílias sem acesso à energia elétrica 87,6 150,9 72,3Proporção de famílias sem televisão 50,6 63,2 24,9Proporção de famílias sem máquina de lavar 6,2 10,9 77,5Proporção de famílias sem geladeira 36,1 46,2 28,0Proporção de famílias sem telefone (fixo, em 2000, e fixo e cel, em 2010)
14,4 49,0 239,6
Proporção de famílias sem computador 3,1 10,5 238,2Proporção de famílias sem veículo particular 32,6 10,6 -67,4
EDUCAÇÃOTaxa de analfabetismo 19,4 29,7 52,8Taxa de escolarização das crianças de 6 a 14 anos 2,4 0,6 -74,0Defasagem escolar (6 a 14 anos) 7,2 5,9 -17,4Incidência do ensino médio completo 34,7 23,6 -31,9Incidência do ensino superior completo 31,9 39,3 22,9
DEMOGRAFIARazão de dependência 11,6 11,3 -2,8Tamanho médio das famílias 4,9 5,6 15,3Proporção de famílias com chefia feminina 14,0 7,7 -45,0Proporção de famílias com residência inferior a 4 anos 33,3 33,0 -0,8Proporção de famílias com chefia de não brancos 10,4 10,1 -3,0
SAÚDE - AGRAVANTE DA CONDIÇÃO SOCIALProporção de famílias com pelo menos uma pessoa com dificuldade permanente de enxergar
13,1 7,3 -44,5
Proporção de famílias com pelo menos uma pessoa com dificuldade permanente de ouvir
14,4 9,7 -32,9
Proporção de famílias com pelo menos uma pessoa com dificuldade permanente de caminhar ou subir degraus
12,1 10,1 -16,3
DISCRIMINAÇÃODiferença dos rendimentos entre mulheres e homens 7,7 6,3 -18,5Diferença dos rendimentos entre negros e brancos 17,0 15,7 -7,5Proporção de crianças negras em defasagem escolar 7,3 5,9 -19,4Proporção de crianças brancas em defasagem escolar 10,2 7,0 -31,8Taxa de analfabetismo de negros 18,9 28,6 51,8Taxa de analfabetismo de brancos 20,8 34,3 65,1
Fonte: IBGE - Censo Demográfico. Elaboração própriaNota: Coeficiente de variação = (desvio padrão / média) x 100
Tabela 7 - Coeficiente de variação dos indicadores multidimensionais de desigualdade. Mesorregiões Nordestinas, 2000/2010
Coeficiente de variação com média do NE
2010 Variação %2000
Por fim, os dados relativos à discriminação também apontam para uma redução das
disparidades entre as mesorregiões nordestinas. A exceção encontra-se nos indicadores de
taxa de analfabetismo de negros e brancos, que apresentaram uma evolução desfavorável
do ponto de vista da desigualdade intra-regional.
Em síntese, observa-se uma redução da desigualdade intra-regional no Nordeste
entre 2000 e 2010. No entanto, é razoável se afirmar que a melhora de grande parte dos
indicadores em todas as dimensões, não se traduziu em uma transformação estrutural da
condição desigual entre as mesorregiões nordestinas. Isso ocorreu porque alguns
indicadores mostraram um aumento da desigualdade e porque o patamar de grande parte
deles ainda é bastante elevado.
Essas conclusões podem ser corroboradas a partir dos dados básicos que serviram
de subsídio para a composição dos coeficientes de variação, disponíveis nas Tabelas A2 e
A3, do anexo. A partir da análise desses indicadores por dimensão e mesorregião é possível
identificar espacialmente onde ocorreram as principais reduções das desigualdades intra-
regionais no Nordeste, bem como mostrar onde alguns indicadores ainda permanecem
elevados e/ou ampliam a dispersão.
Em relação ao mercado de trabalho e renda, três indicadores destacaram-se na
redução da disparidade: as taxas de desemprego e formalização e a incidência de
programas sociais. As maiores taxas de desemprego em 2000 eram observadas nas
mesorregiões metropolitanas de Salvador e do Recife e no Leste Potiguar, 22,0%, 21,0% e
18,0%, respectivamente. Essas mesorregiões continuaram apresentando as maiores taxas
em 2010, mas com uma redução expressiva (para 12,3% na metropolitana de Salvador,
12,7% na metropolitana do Recife e 11,4% no leste potiguar), sendo as três únicas
mesorregiões nordestinas com taxas de desemprego acima de dois dígitos. Ressalta-se,
ainda, que a queda do desemprego foi mais acentuada dentre as regiões que apresentavam
as maiores taxas.
Já no que se refere à taxa de formalização, sua ampliação foi maior entre as
mesorregiões que apresentavam menores índices de ocupação remunerada com
contribuição para a previdência, resultado da forte expansão do emprego formal e da
contribuição à previdência ao longo dos anos 2000 no país e, em especial, na região
Nordeste (Gráficos 2 e 3). Duas mesorregiões do Piauí e do Maranhão eram as que
demonstravam as mais baixas taxas de formalização em 2000: Centro Maranhense (9,9%),
Sudeste Piauiense (11,4%), Sudoeste Piauiense (11,5%) e Leste Maranhense (11,7%).
Essas mesorregiões exibiram uma importante melhora desse indicador em 2010, passando
para 26,3%, 27,9%, 31,7% e 29,9%, respectivamente. O Sertão sergipano, que apresentava
uma taxa de formalização relativamente maior que as já citadas (15,2% em 2000), foi por
elas ultrapassado e exibiu um indicador relativamente menor em 2010, de 23,2%.
A incidência dos programas sociais4 expandiu-se seguindo a dinâmica de
consolidação e ampliação dessas políticas em termos nacionais. Também nesse caso, o
crescimento dos programas sociais foi maior entre as mesorregiões que exprimiam menores
incidências dos programas sociais, ou seja, em regiões extremamente pobres e que
precisam de uma atenção especial da política pública. A mesorregião do Sul Maranhense
apresentava uma participação de apenas 0,5% das famílias inseridas em programas sociais
em 2000, passando para 40,9% em 2010. Apesar do efeito positivo do alcance dos
programas sociais, ainda há, em média, um grande peso relativo de famílias que necessitam
desses benefícios na região Nordeste (38,4%).
Apesar do crescimento da desigualdade intra-regional expresso pela ampliação do
coeficiente de variação para a maioria dos indicadores de condição de vida e consumo, não
se pode desprezar que houve uma melhora generalizada em todos os indicadores dessa
dimensão entre 2000 e 2010. Merece destaque a redução da proporção de famílias sem
acesso à energia elétrica que, em média, era de 14,1% em 2000 e foi para 2,6% em 2010,
reflexo do programa luz para todos. No Sudeste Piauiense, 37,0% das famílias não tinham
acesso à energia elétrica em 2000 e caindo para 14,8% em 2010, porém, destaca-se que
essa mesorregião permaneceu com o menor acesso a esse tipo de bem público no
Nordeste. Ressalta-se, também, a democratização do telefone entre as famílias,
especialmente com a ampliação dos aparelhos celulares nos anos 2000. Todas as
mesorregiões detinham mais de 50% de suas famílias sem acesso a telefone em 2000,
enquanto que em 2010 todas apresentaram mais de 50% de acesso. Um exemplo da forte
expansão desse tipo de bem de consumo pode ser verificado no Sertão Sergipano, 94,6%
de suas famílias não possuíam telefone em 2000, caindo para 37,2% em 2010.
Em termos educacionais, observa-se a diminuição do coeficiente de variação entre
as mesorregiões nordestinas para três dos cinco indicadores estudados. Mas a ampliação
da desigualdade intra-regional referente à taxa de analfabetismo e à incidência do ensino
superior demonstram, para o primeiro caso, a persistência de altos índices de analfabetismo
na região, com é possível observar pela taxa do Sertão Alagoano que reduz de 49,1% em
2000 para 28,8% em 2010. Todavia, o Sertão Alagoano permaneceu sendo a mesorregião
nordestina com maior taxa de analfabetismo, o que representa que mais de ¼ de sua
população ainda era analfabeta. Já no segundo caso, apesar do crescimento e
interiorização da educação superior no país e no Nordeste, as mesorregiões metropolitanas
do Recife e Salvador, Mata Paraibana e Leste Potiguar continuaram concentrando os
maiores índices de acesso a esse nível educacional.
Os indicadores da dimensão demográfica apontam para uma redução da
desigualdade entre as mesorregiões nordestinas, com exceção do tamanho médio das 4 Bolsa Família, BPC, Previdência social e etc.
famílias. Ademais, destaca-se a existência de uma tendência de queda da razão de
dependência nas mesorregiões nordestinas. Esse movimento está diretamente relacionado
a transição demográfica que vem sendo observada no país e na região, decorrente da
diminuição das taxas de mortalidade e fecundidade da população e que se reflete em um
aumento gradual da população idosa e na redução significativa da participação de crianças
e jovens na população. O comportamento de queda da dependência é denominado de
Janela de Oportunidade ou Bônus Demográfico, e, seguindo a tendência nacional, verifica-
se entre 2000 e 2010 que o “processo de envelhecimento da população ocorreu de maneira
gradual e a Região (Nordeste) ainda apresentou manutenção do bônus demográfico” (BNB,
2014, p. 75). Esse movimento é importante porque ele se reflete na elaboração e no
financiamento das políticas públicas, especialmente de saúde, educação e previdência.
Intra-regionalmente é possível observar esse movimento especialmente nas mesorregiões
que apresentavam as maiores razões de dependência. O Sertão Alagoano, por exemplo,
tinha uma carga de dependência de 80,1% em 2000, passando para 65,9% em 2010, o que
fez com que este permanecesse como a mesorregião de maior índice e em patamar
bastante elevado.
No que se refere aos indicadores de saúde que pretendem captar algum aspecto
agravante para a condição social, constata-se uma diminuição da desigualdade intra-
regional, sem maiores especificidades em termos de mesorregiões. No entanto, é
importante ressaltar a necessidade da difusão dos equipamentos de saúde para além das
mesorregiões metropolitanas e/ou com capitais, onde há uma maior concentração dos
serviços de saúde.
Enfim, os indicadores relacionados à discriminação também apontam para uma
redução das disparidades entre as mesorregiões nordestinas, exceto para as taxas de
analfabetismo de negros e brancos. A taxa de analfabetismo caiu mais rápido entre os
brancos do que entre os negros, nesse período. As maiores taxas de analfabetismo para os
dois recortes de cor/raça em 2000 são observadas no Sertão Alagoano e, apesar da
importante queda entre 2000 e 2010, permaneceram as maiores e em nível bastante
elevadas – 30,5% entre os negros e 24,4% entre os brancos.
Conclui-se portanto que, apesar da redução da desigualdade entre as mesorregiões
nordestinas entre 2000 e 2010, não há indicativos de mudanças estruturais. Em termos
regionais, o Leste Maranhense e o Sertão Alagoano, por exemplo, ainda possuíam grande
parte dos piores indicadores estudados.
Considerações Finais
As significativas mudanças do cenário econômico do país se refletiram em um
processo de reestruturação do mercado de trabalho na região Nordeste e em suas
mesorregiões, com aumento do emprego formal, redução do desemprego e melhorias
importantes na distribuição de renda e redução das desigualdades de renda. Todavia, não
se pode deixar de reconhecer que alguns indicadores da região ainda retratam que a
realidade social e econômica ainda é muito desigual entre as macrorregiões brasileiras, o
mesmo ocorrendo dentro da própria região Nordeste, como pode ser visto nos dados das
suas diversas mesorregiões.
O início dos anos 2000 apresentou um cenário econômico mais favorável (até
2008) que permitiu a recuperação e o incremento das políticas públicas. Diante desse
cenário, verificou-se uma melhora da maioria dos distintos indicadores das mesorregiões
nordestinas e uma queda da desigualdade intra-regional, em uma das regiões mais pobres
do Brasil, como é o caso do Nordeste.
Entretanto, em um contexto internacional menos favorável e com o dinamismo da
economia nacional apresentando dificuldades para uma retomada sustentada do produto
nacional, alguns desafios se apresentam. Em primeiro lugar, a continuidade do crescimento
econômico é condição necessária, embora não suficiente, para a manutenção e avanço dos
ganhos obtidos e estruturação de um mercado mais favorável aos trabalhadores. No que se
refere à questão regional, faz-se necessária uma política nacional de desenvolvimento
regional que parta de uma perspectiva centrada nos diferentes espaços e que explore os
desafios e as potencialidades de cada região, de forma a se reduzir as desigualdades
socioeconômicas inter e intra-regionais. Em paralelo, é importante que as principais políticas
nacionais setoriais levem em consideração as desigualdades regionais, como no caso da
política de ampliação das Universidades Públicas no país. Esta favoreceu o Norte e o
Nordeste, especialmente em suas porções não litorâneas, onde historicamente se haviam
concentrado os campi do Sistema Federal de Ensino Superior.
Referências Bibliográficas
ARAÚJO, T. B. Ensaios sobre o Desenvolvimento Brasileiro: heranças e urgências. Rio de
Janeiro: Revan/Fase, 2000.
ARAUJO, T. P.; SOUZA, A. V. L.; LIMA, R. A. Nordeste: economia e mercado de
trabalho. Estud. av. [online]. Vol.11, n.29, 1997.
BNB. Nordeste 2022 - Estudos Prospectivos – Documento Síntese. Fortaleza: Banco do
Nordeste / IICA, 2014.
CEPAL. La Hora de la Igualdad Brechas por Cerrar, Caminos por abrir. Santiago de Chile:
Nações Unidas, 2010.
DEDECCA, C. S. As desigualdades enquanto processo, perspectiva metodológica
multidimensional. Campinas: IE/UNICAMP, 2009. (mimeo)
______________. Notas sobre crescimento, desenvolvimento e desigualdades no Brasil.
Debates FUNDAP, 2012.
DEDECCA, C.S.; JUNGBLUT, A.; TROVÃO, C.J.B.M. A queda recente da desigualdade:
relevância e limites. XXXVI Encontro Nacional de Economia da ANPEC. Salvador: ANPEC,
2008.
GTDN – Grupo de Trabalho para o Desenvolvimento do Nordeste. Uma política de
desenvolvimento econômico para o Nordeste. Recife: FUNDAJ / Editora Massangana, 1989.
GUIMARÃES NETO, L. Introdução a formação econômica do Nordeste. Recife: FUNDAJ /
Editora Massangana, 1989.
___________________. Nota técnica sobre o tema: “Desigualdade Regional”. In: Brasil
2003-2010: trajetórias e resultados. Brasília: CGEE; Recife: CEPLAN, 2010 (mimeo).
HOFFMANN, R. Tendências da distribuição de renda no Brasil e suas relações com o
desenvolvimento econômico. In: TOLIPAN, R. e TINELLI, A. C. (orgs.) A controvérsia sobre
a distribuição de renda no Brasil. Rio de Janeiro: Zahar, 1978.
______________. Distribuição de renda: medidas de desigualdade e pobreza. São Paulo:
USP, 1998.
______________. Elasticidade da pobreza em relação à renda média e à desigualdade
no Brasil e nas unidades da federação. Economia Revista, v. 6, n. 2, p. 255-289, 2005.
______________. Transferência de renda e a redução da desigualdade no Brasil e em cinco
regiões entre 1997 e 2005. In: Paes de Barros, R.; Foguel, M.N.; Ulyssea, G. (Eds).
Desigualdade de Renda no Brasil: uma análise da queda recente, v II, cap.15, pp. 17-40.
2007.
IBGE. Divisão regional do Brasil em mesorregiões e microrregiões. Rio de Janeiro, IBGE, v.
1, 1990.
MOREIRA, R. Una Política de Industrialización: el nordeste brasileño. Buenos Aires:
Ediciones Siap-Planteos, 1976.
PAES DE BARROS, R.; HENRIQUES, R.; MENDONÇA, R. “A estabilidade inaceitável:
desigualdade e pobreza no Brasil”. Texto para discussão nº 800. Rio de Janeiro: IPEA, jun.
2001.
PAES DE BARROS, R.; CARVALHO, M.; FRANCO, S.; MENDONÇA, R. A importância da
queda recente da desigualdade na redução da pobreza. Rio de Janeiro: IPEA, 2007.
Anexo
Tabela A1 - Indicadores multidimensionais de desigualdade. Mesorregiões Nordestinas, 2000/2010
MERCADO DE TRABALHO E RENDATaxa de Desemprego 12,4 3,7 13,5 7,4 22,0 8,4 1,9 3,5 5,6 12,9Taxa de Formalização 24,2 12,0 144,2 9,9 52,8 39,3 11,8 139,9 23,2 64,8Taxa de Assalariamento 66,5 5,6 31,1 55,9 77,1 71,5 4,4 19,5 58,8 78,1Incidência do trabalho agrícola 25,1 9,6 92,1 1,9 41,3 17,4 6,7 45,2 1,4 29,2Incidência da previdência social 37,7 4,9 24,2 27,4 47,3 35,0 3,9 14,9 26,7 42,4Incidência de programas sociais 2,0 1,2 1,3 0,5 6,9 38,4 8,2 66,8 18,3 51,8Incidência da renda do trabalho 74,7 5,8 33,3 65,2 87,1 71,2 6,6 43,7 57,9 86,5Participação da renda do trabalho na renda total 72,4 4,4 19,4 62,4 83,0 67,0 5,8 33,5 54,8 77,4
CONDICÕES DE VIDA / CONSUMODensidade de morador por dormitório 2,4 0,1 0,0 2,2 2,7 2,1 0,1 0,0 1,8 2,3Densidade de morador por banheiro 1,6 0,6 0,3 0,8 3,2 1,0 0,2 0,0 0,7 1,5Proporção de famílias sem banheiro exclusivo do 41,0 16,6 276,9 11,7 73,3 17,6 10,1 101,8 2,3 41,4Proporção de famílias com rede inapropriada de esgoto 41,2 13,1 172,8 14,7 74,9 52,8 13,7 188,6 17,9 81,0Proporção de famílias sem água encanada 19,7 9,5 90,2 3,6 40,9 16,2 8,1 66,1 2,5 37,3Proporção de famílias sem coleta lixo apropriada 44,3 16,9 287,1 9,7 73,9 30,1 12,9 167,1 4,5 54,8Proporção de famílias sem acesso à energia elétrica 14,1 9,8 96,9 0,3 37,0 2,6 3,1 9,4 0,1 14,8Proporção de famílias sem televisão 25,7 11,0 120,7 7,0 49,9 8,4 4,5 20,1 2,4 22,1Proporção de famílias sem máquina de lavar 92,5 5,5 30,4 75,3 97,9 84,8 8,8 77,1 61,6 93,1Proporção de famílias sem geladeira 39,8 12,4 152,9 10,5 56,2 14,3 5,8 33,9 3,8 26,5Proporção de famílias sem telefone (fixo, em 2000, e fixo e cel, em 2010)
82,6 11,0 121,8 50,8 94,6 25,8 10,6 113,4 6,5 47,4
Proporção de famílias sem computador 96,4 2,9 8,7 88,4 98,8 82,7 8,2 67,6 60,4 92,1Proporção de famílias sem veículo particular 14,0 5,3 28,0 5,8 26,8 60,7 6,7 44,6 46,6 73,8
EDUCAÇÃOTaxa de analfabetismo 37,1 6,6 43,1 19,7 49,1 20,1 5,2 26,7 7,1 28,8Taxa de escolarização das crianças de 6 a 14 anos 91,9 2,2 4,7 87,4 95,3 97,1 0,6 0,4 95,4 98,0Defasagem escolar (6 a 14 anos) 59,8 4,2 17,7 49,2 67,7 51,0 3,0 8,8 44,9 57,0Incidência do ensino médio completo 12,1 5,3 27,7 6,2 26,8 21,6 5,9 34,5 13,5 36,9Incidência do ensino superior completo 4,9 1,8 3,2 2,3 9,6 5,6 2,7 7,4 2,5 12,1
DEMOGRAFIARazão de dependência 66,2 7,3 52,6 47,6 80,1 54,2 5,8 33,6 39,8 65,9Tamanho médio das famílias 4,2 0,2 0,0 3,9 4,6 3,6 0,2 0,0 3,2 4,1Proporção de famílias com chefia feminina 23,9 3,7 13,5 19,3 35,0 38,4 3,1 9,6 31,7 45,5Proporção de famílias com residência inferior a 4 anos 3,9 1,2 1,4 1,6 6,0 3,1 0,9 0,9 1,2 5,4Proporção de famílias com chefia de não brancos 65,5 6,8 46,9 52,4 76,8 68,7 7,0 48,9 52,6 80,5
SAÚDE - AGRAVANTE DA CONDIÇÃO SOCIALProporção de famílias com pelo menos uma pessoa com dificuldade permanente de enxergar
37,7 4,6 21,3 27,9 46,4 48,8 3,4 11,9 41,9 54,7
Proporção de famílias com pelo menos uma pessoa com dificuldade permanente de ouvir
15,5 2,1 4,4 11,4 20,0 18,3 1,7 2,9 14,6 21,6
Proporção de famílias com pelo menos uma pessoa com dificuldade permanente de caminhar ou subir degraus 19,4 2,3 5,1 15,2 23,7 23,1 2,3 5,3 18,2 26,9
DISCRIMINAÇÃODiferença dos rendimentos entre mulheres e homens 71,5 5,7 32,6 62,9 84,1 80,5 5,1 25,6 68,6 93,3Diferença dos rendimentos entre negros e brancos 58,1 8,7 75,6 37,7 76,9 64,1 9,0 81,7 41,7 80,3Proporção de crianças negras em defasagem escolar 67,6 4,8 23,4 55,5 75,2 53,6 3,1 9,5 47,5 59,5Proporção de crianças brancas em defasagem escolar 60,0 5,9 34,9 46,0 69,1 50,1 3,4 11,7 40,8 57,3Taxa de analfabetismo de negros 39,2 6,7 45,3 20,7 51,1 21,8 5,4 29,3 7,6 30,5Taxa de analfabetismo de brancos 33,1 6,3 39,2 15,8 43,6 16,4 4,8 23,2 4,8 24,4
Fonte: IBGE - Censo Demográfico. Elaboração própria
2000 2010
Média Desvio padrão Variância MáximoMínimo Máximo Média Desvio
padrão Variância Mínimo
Tabela A2 - Indicadores multidimensionais de desigualdade por mesorregião. Mesorregiões Nordestinas, 2000 (continua)
Norte Maranhense
Oeste Maranhense
Centro Maranhense
Leste Maranhense Sul Maranhense Norte
PiauienseCentro-Norte
PiauienseSudoeste Piauiense
Sudeste Piauiense
Noroeste Cearense
Norte Cearense
Metropolitana de Fortaleza
Sertões Cearenses Jaguaribe Centro-Sul
CearenseSul
CearenseOeste
PotiguarCentral Potiguar
Agreste Potiguar
Leste Potiguar
MERCADO DE TRABALHO E RENDATaxa de Desemprego 13,9 10,2 8,3 9,3 10,8 8,4 12,5 7,5 7,4 8,6 10,0 15,5 8,3 11,0 9,5 11,5 14,9 12,4 11,1 16,3Taxa de Formalização 24,6 15,8 9,9 11,7 16,6 14,4 29,2 11,5 11,4 16,5 17,9 45,7 13,4 19,3 16,4 21,9 32,3 27,4 21,5 46,6Taxa de Assalariamento 66,6 68,0 64,5 60,0 67,4 63,3 66,8 61,6 59,2 64,6 65,9 73,4 57,9 67,1 58,9 62,6 67,7 70,9 62,8 75,0Incidência do trabalho agrícola 25,7 36,2 41,3 31,9 30,1 33,3 15,1 35,7 33,8 31,0 26,1 3,1 30,5 29,2 22,1 20,3 16,7 19,0 21,0 8,5Incidência da previdência social 30,1 27,4 34,0 36,2 33,2 36,1 35,0 35,9 39,2 38,4 40,2 30,1 44,0 41,5 46,7 41,4 43,2 43,2 47,3 35,9Incidência de programas sociais 1,8 0,8 1,1 1,1 0,5 1,3 1,6 1,5 0,8 1,7 1,1 2,0 1,1 1,6 1,4 1,1 2,0 2,1 1,9 2,1Incidência da renda do trabalho 82,4 77,9 72,5 66,9 71,7 77,1 77,7 74,7 66,1 72,7 71,4 87,1 65,4 73,8 65,9 72,1 72,9 75,5 65,2 83,7Participação da renda do trabalho na renda total 77,8 83,0 74,3 70,9 79,9 70,1 73,6 72,9 70,7 70,2 69,1 75,7 65,1 70,7 65,4 70,5 71,5 69,5 64,0 72,2CONDICÕES DE VIDA / CONSUMODensidade de morador por dormitório 2,7 2,7 2,7 2,6 2,6 2,5 2,4 2,4 2,3 2,5 2,4 2,4 2,3 2,2 2,3 2,6 2,2 2,2 2,4 2,4Densidade de morador por banheiro 1,7 2,4 3,1 3,2 2,4 1,9 1,2 2,1 2,1 2,0 2,6 0,8 2,2 1,6 1,8 1,5 1,2 1,2 1,5 0,8
Proporção de famílias sem banheiro exclusivo do domicílio 56,7 65,4 71,2 73,3 63,8 57,6 40,7 60,3 57,4 58,8 67,6 15,8 60,3 49,5 50,6 44,0 34,7 33,1 41,1 13,5
Proporção de famílias com rede inapropriada de esgoto 39,1 42,3 29,2 30,3 34,3 16,1 14,7 19,2 29,8 46,0 53,6 35,1 37,8 51,7 56,0 48,3 54,4 49,2 70,2 39,3Proporção de famílias sem água encanada 16,5 13,4 20,7 15,7 9,2 19,3 11,0 29,2 33,7 21,8 29,1 6,3 32,4 23,7 18,4 20,2 16,7 17,1 26,2 3,6Proporção de famílias sem coleta lixo apropriada 60,6 59,4 66,5 71,8 63,9 64,4 39,4 73,9 67,4 62,0 58,6 9,7 61,1 50,6 50,1 41,9 31,9 26,4 38,1 15,2Proporção de famílias sem acesso à energia elétrica 14,8 16,1 19,9 27,0 25,9 27,2 11,4 36,3 37,0 17,8 16,1 1,1 21,7 10,7 10,9 10,9 7,0 6,9 10,1 1,3Proporção de famílias sem televisão 29,2 34,6 39,3 42,5 42,6 40,1 21,2 47,7 49,9 28,9 27,9 7,8 32,2 22,3 23,4 22,1 16,9 15,9 24,3 8,9Proporção de famílias sem máquina de lavar 90,9 94,3 96,2 97,1 93,7 96,9 93,2 95,7 96,4 97,0 97,9 84,5 97,5 95,6 97,3 95,7 87,8 91,0 95,4 79,2Proporção de famílias sem geladeira 36,8 43,6 49,6 52,9 44,8 48,9 28,9 53,1 55,0 50,3 50,7 16,5 50,6 38,1 42,8 46,1 28,7 30,6 45,1 15,6Proporção de famílias sem telefone (fixo, em 2000, e fixo e cel, em 2010) 73,9 85,9 90,9 90,5 87,0 89,4 67,3 87,6 89,9 88,6 88,7 50,8 90,5 86,8 84,4 81,6 82,0 85,4 94,1 60,9
Proporção de famílias sem computador 95,5 97,7 98,4 98,7 97,8 98,5 95,1 98,2 98,6 98,0 98,6 89,8 98,7 97,8 98,5 97,1 96,9 97,7 98,5 89,8Proporção de famílias sem veículo particular 10,6 7,7 6,2 5,8 10,5 9,1 17,7 10,4 12,0 9,4 9,4 25,2 9,7 12,0 10,0 13,3 17,6 16,7 13,0 26,8EDUCAÇÃOTaxa de analfabetismo 30,6 40,5 44,0 44,6 35,2 44,7 32,8 39,4 43,1 44,4 40,3 23,7 43,6 37,7 39,5 38,2 34,2 33,0 43,7 27,5Taxa de escolarização das crianças de 6 a 14 anos 93,2 90,0 88,2 88,6 90,4 92,0 94,1 91,4 91,3 93,4 94,0 94,9 93,0 94,5 91,6 92,7 94,7 95,3 92,0 94,3Defasagem escolar (6 a 14 anos) 55,1 62,9 63,0 62,6 62,6 67,7 58,7 66,1 66,6 61,8 58,6 49,2 59,1 53,6 56,1 58,9 57,5 57,6 59,5 51,8Incidência do ensino médio completo 22,5 9,3 8,2 8,8 9,8 8,7 17,0 8,5 7,0 6,8 7,8 22,7 7,4 10,5 10,0 11,4 13,9 13,6 9,8 22,2Incidência do ensino superior completo 4,4 2,5 2,3 2,9 2,5 5,2 6,2 3,5 5,7 6,6 4,8 7,6 5,1 5,4 5,3 6,3 5,5 4,6 3,8 7,8DEMOGRAFIARazão de dependência 66,9 74,5 75,8 75,8 77,1 71,9 58,9 69,5 64,3 78,0 74,1 55,3 72,2 65,0 64,6 69,1 59,6 60,8 73,7 56,6Tamanho médio das famílias 4,6 4,6 4,5 4,5 4,6 4,5 4,2 4,3 4,2 4,4 4,4 4,1 4,1 4,1 4,0 4,3 4,1 4,0 4,2 4,1Proporção de famílias com chefia feminina 28,0 20,1 21,2 23,4 21,6 20,8 26,5 20,2 20,0 19,3 20,4 30,3 19,8 22,0 21,3 24,1 22,5 22,0 20,9 26,3Proporção de famílias com residência inferior a 4 anos 2,1 4,5 2,3 2,7 5,3 4,7 4,7 5,1 5,0 4,1 1,6 3,6 4,2 2,9 4,5 5,5 3,0 3,3 2,6 5,5Proporção de famílias com chefia de não brancos 71,2 72,2 70,7 76,4 70,7 73,0 73,2 76,1 66,8 64,3 70,7 60,3 61,0 56,5 60,4 63,9 57,7 52,4 65,5 57,9SAÚDE - AGRAVANTE DA CONDIÇÃO SOCIALProporção de famílias com pelo menos uma pessoa com dificuldade permanente de enxergar
35,1 38,7 41,7 41,8 38,2 41,6 37,7 38,4 43,0 41,0 43,5 27,9 45,4 46,4 43,4 37,7 40,0 42,4 43,4 30,1
Proporção de famílias com pelo menos uma pessoa com dificuldade permanente de ouvir
12,1 15,1 16,1 16,2 15,2 15,5 14,5 15,3 17,6 16,5 17,1 12,5 18,8 20,0 18,5 16,5 17,1 17,4 17,8 12,9
Proporção de famílias com pelo menos uma pessoa com dificuldade permanente de caminhar ou subir degraus 16,4 17,3 19,0 20,4 18,2 19,5 18,5 16,4 20,0 20,6 22,2 15,2 23,7 23,0 21,1 21,2 20,7 21,5 20,8 16,8
DISCRIMINAÇÃODiferença dos rendimentos entre mulheres e homens 73,0 70,6 69,4 74,7 63,5 68,8 79,0 71,6 68,8 73,3 82,8 67,8 75,5 71,6 84,1 78,4 73,7 77,7 79,7 69,5Diferença dos rendimentos entre negros e brancos 45,8 60,4 68,7 58,6 49,3 51,0 46,4 57,0 54,4 55,7 62,1 54,3 62,7 64,5 64,2 50,7 69,5 63,8 76,9 50,6Proporção de crianças negras em defasagem escolar 61,3 71,8 72,7 72,0 70,3 75,2 64,7 74,1 75,0 68,4 64,1 55,5 65,7 59,8 64,3 66,2 63,6 64,1 67,1 58,8Proporção de crianças brancas em defasagem escolar 52,6 63,4 67,5 65,8 66,1 68,3 55,4 65,7 68,4 61,9 58,4 46,0 59,8 52,7 55,8 58,5 56,7 56,6 60,6 49,3Taxa de analfabetismo de negros 32,0 41,8 45,0 45,8 37,0 47,1 34,4 41,1 45,2 47,2 41,5 25,1 46,4 40,4 41,8 41,1 36,4 36,2 45,3 30,0Taxa de analfabetismo de brancos 26,8 36,6 40,5 40,9 30,4 38,5 28,2 34,0 38,7 39,2 37,5 21,4 39,1 34,5 35,7 33,0 31,4 29,5 40,8 24,0Fonte: IBGE - Censo Demográfico. Elaboração própria
Descrição
2000
Tabela A2 - Indicadores multidimensionais de desigualdade por mesorregião. Mesorregiões Nordestinas, 2000 (conclusão)
Sertão Paraibano Borborema Agreste
ParaibanoMata
ParaibanaSertão
PernambucanoSão Francisco Pernambucano
Agreste Pernambucano
Mata Pernambucana
Metropolitana de Recife
Sertão Alagoano
Agreste Alagoano
Leste Alagoano
Sertão Sergipano
Agreste Sergipano
Leste Sergipano
Extremo Oeste Baiano
Vale São-Franciscano da
Bahia
Centro Norte
Baiano
Nordeste Baiano
Metropolitana de Salvador
Centro Sul
Baiano
Sul Baiano
MERCADO DE TRABALHO E RENDATaxa de Desemprego 9,8 9,9 12,7 16,6 11,8 13,5 10,0 19,0 21,0 9,4 10,4 18,6 9,7 9,6 18,0 12,0 14,3 13,7 12,3 22,0 13,1 16,8Taxa de Formalização 15,5 15,4 27,0 41,7 15,5 24,3 17,3 38,1 52,8 14,6 17,0 43,2 15,2 19,0 44,3 20,7 24,3 22,5 16,9 52,8 21,5 34,4Taxa de Assalariamento 61,9 63,5 60,7 74,0 60,9 67,8 59,5 75,3 73,8 55,9 61,4 77,1 66,9 64,4 74,1 68,2 67,4 66,1 66,0 75,2 71,5 75,5Incidência do trabalho agrícola 24,5 29,4 16,1 11,9 26,1 32,3 24,5 23,0 1,9 29,8 33,5 18,2 35,7 31,6 13,8 30,4 31,1 26,8 34,3 4,9 33,9 30,9Incidência da previdência social 42,1 45,3 43,6 37,2 43,9 32,7 42,7 40,1 37,2 39,5 34,9 33,9 32,5 34,2 33,2 33,6 37,4 38,5 39,5 32,3 39,1 29,6Incidência de programas sociais 2,0 2,2 2,9 2,1 1,4 2,3 2,2 6,9 2,1 3,4 2,5 1,2 2,5 2,6 3,0 2,9 1,3 2,5 5,5 1,9 2,0 1,5Incidência da renda do trabalho 74,7 69,4 70,0 81,9 67,5 81,0 71,7 74,7 82,2 66,0 71,9 80,9 72,8 79,3 81,8 73,6 74,1 75,9 72,8 84,5 75,0 82,4Participação da renda do trabalho na renda total 69,7 62,4 69,6 71,4 68,6 79,2 72,2 71,1 72,7 68,2 74,5 73,8 74,0 75,3 73,6 80,6 74,1 75,2 69,3 76,0 75,1 79,2CONDICÕES DE VIDA / CONSUMODensidade de morador por dormitório 2,3 2,3 2,3 2,3 2,4 2,6 2,3 2,5 2,3 2,6 2,4 2,5 2,4 2,3 2,4 2,3 2,5 2,3 2,4 2,4 2,2 2,5Densidade de morador por banheiro 1,4 1,5 1,1 0,8 1,5 1,2 1,3 1,3 0,8 1,7 1,5 1,0 1,3 1,2 0,9 1,4 1,4 1,3 1,6 0,8 1,4 1,3
Proporção de famílias sem banheiro exclusivo do domicílio 39,1 39,0 29,7 15,6 41,0 28,6 32,2 32,3 11,7 47,0 44,8 22,9 30,3 28,0 17,5 38,2 37,7 38,0 45,5 12,6 39,0 34,2
Proporção de famílias com rede inapropriada de esgoto 33,8 37,0 42,5 48,6 25,8 23,2 36,9 51,0 45,7 53,6 74,9 49,0 51,9 55,5 38,0 51,0 33,4 43,9 41,2 20,9 43,7 34,0Proporção de famílias sem água encanada 27,0 40,8 22,1 6,7 32,4 17,6 28,2 14,6 4,0 40,9 24,3 12,8 20,2 24,3 7,6 12,5 21,3 22,1 30,2 4,7 18,6 8,7Proporção de famílias sem coleta lixo apropriada 45,6 46,8 35,3 18,0 53,7 39,6 41,1 37,0 12,9 49,9 41,3 20,4 42,3 40,6 22,4 50,1 50,0 43,6 59,4 14,0 48,3 34,1Proporção de famílias sem acesso à energia elétrica 7,7 11,2 4,2 1,7 10,8 6,9 4,4 5,0 0,3 20,1 8,1 5,3 21,4 8,6 4,1 27,1 22,5 17,9 30,1 2,1 26,5 14,9Proporção de famílias sem televisão 21,4 21,6 14,2 10,9 24,7 21,4 16,9 21,5 7,0 34,2 22,2 16,9 33,4 19,4 12,9 38,2 33,4 26,6 35,2 8,9 34,0 28,2Proporção de famílias sem máquina de lavar 95,0 96,5 92,7 83,3 95,6 91,5 93,2 93,8 75,3 96,7 94,8 88,7 96,1 95,9 85,7 92,1 93,5 94,0 95,7 77,8 94,7 89,9Proporção de famílias sem geladeira 37,9 50,4 37,2 21,0 47,4 31,9 40,2 35,3 10,5 56,2 45,1 25,5 48,2 36,1 20,9 46,9 44,9 44,9 54,7 13,7 52,2 40,2Proporção de famílias sem telefone (fixo, em 2000, e fixo e cel, em 2010) 85,0 90,0 79,0 65,4 89,8 78,9 90,1 91,9 64,0 92,4 89,2 71,9 94,6 91,0 71,7 85,2 87,1 82,6 91,3 51,5 88,1 80,7
Proporção de famílias sem computador 98,1 98,8 96,1 91,0 98,2 95,1 97,6 98,1 88,7 98,3 97,6 93,6 98,4 98,1 91,9 96,5 96,8 96,8 97,8 88,4 97,1 95,4Proporção de famílias sem veículo particular 12,5 11,9 15,4 25,1 13,6 20,0 14,6 11,8 25,9 9,5 11,0 17,2 9,5 11,1 21,6 14,5 15,5 15,1 12,2 21,5 14,6 11,8EDUCAÇÃOTaxa de analfabetismo 38,9 36,8 37,8 30,1 39,4 34,1 41,6 38,5 21,1 49,1 45,5 37,8 45,3 40,2 29,6 34,8 36,1 32,7 39,7 19,7 36,0 34,7Taxa de escolarização das crianças de 6 a 14 anos 92,5 93,8 94,1 93,1 89,7 91,0 89,0 89,5 94,6 89,2 89,0 87,4 91,0 90,7 93,6 92,6 90,7 93,7 91,5 95,1 91,0 88,5Defasagem escolar (6 a 14 anos) 63,2 64,4 62,4 57,1 59,0 55,7 57,8 59,4 51,8 65,5 60,8 56,1 63,8 60,2 57,2 62,8 61,7 62,2 64,2 55,0 63,1 60,1Incidência do ensino médio completo 9,3 7,3 10,8 18,2 10,1 14,2 9,2 11,2 24,1 7,1 7,7 15,4 6,2 7,9 18,5 12,3 12,4 13,2 9,4 26,8 10,0 12,4Incidência do ensino superior completo 5,1 4,6 7,0 9,6 5,0 5,4 4,4 3,8 9,4 3,9 4,1 6,3 3,9 2,6 6,5 2,8 3,9 3,4 3,4 7,6 3,3 3,7DEMOGRAFIARazão de dependência 63,7 68,6 66,9 56,1 69,2 64,5 67,0 63,5 49,1 80,1 68,2 61,9 70,9 66,6 59,0 65,6 67,0 64,1 69,3 47,6 63,7 64,4Tamanho médio das famílias 4,2 3,9 4,0 4,0 4,2 4,4 3,9 4,3 3,9 4,5 4,3 4,3 4,1 4,0 4,1 4,3 4,4 4,1 4,2 3,9 4,3 4,1Proporção de famílias com chefia feminina 21,9 23,4 26,2 28,1 24,5 24,1 25,8 24,0 33,1 22,3 22,6 26,7 20,1 24,9 30,1 19,5 22,2 26,9 23,9 35,0 22,0 23,9Proporção de famílias com residência inferior a 4 anos 5,3 4,4 4,1 5,1 4,6 6,0 3,3 2,2 2,6 3,8 3,6 3,2 4,7 3,7 4,5 5,4 5,9 2,6 2,9 2,2 2,8 4,2Proporção de famílias com chefia de não brancos 55,7 55,1 58,3 58,2 63,2 64,8 54,0 63,8 57,5 71,5 63,0 64,3 67,9 64,2 69,1 65,9 70,6 74,5 71,6 76,8 65,3 76,0SAÚDE - AGRAVANTE DA CONDIÇÃO SOCIALProporção de famílias com pelo menos uma pessoa com dificuldade permanente de enxergar
40,0 41,2 40,0 34,8 40,3 36,8 36,9 38,9 29,4 39,2 39,7 35,2 35,6 35,9 31,8 32,7 37,0 34,4 36,0 28,8 33,5 29,6
Proporção de famílias com pelo menos uma pessoa com dificuldade permanente de ouvir
17,4 18,2 17,3 13,7 18,0 14,5 16,4 16,2 12,8 17,1 15,0 13,4 14,4 14,6 12,8 12,0 16,0 15,0 15,3 12,3 14,7 11,4
Proporção de famílias com pelo menos uma pessoa com dificuldade permanente de caminhar ou subir degraus 21,0 21,8 23,6 19,6 21,4 17,6 21,4 21,6 18,2 20,4 20,4 19,6 17,8 17,2 16,3 15,6 19,1 18,5 19,5 16,1 18,4 15,5
DISCRIMINAÇÃODiferença dos rendimentos entre mulheres e homens 76,2 76,8 76,6 77,3 63,4 66,6 63,6 78,7 68,6 68,7 64,6 78,4 64,7 62,9 72,6 64,6 67,6 66,1 65,7 67,5 67,6 71,3Diferença dos rendimentos entre negros e brancos 62,5 71,9 51,4 54,7 62,7 58,4 63,7 66,0 47,0 53,2 61,9 49,4 74,0 71,2 52,9 49,9 64,9 51,3 63,7 37,7 57,3 47,6Proporção de crianças negras em defasagem escolar 71,4 71,7 70,2 65,2 68,5 63,9 67,9 68,4 58,6 74,8 71,5 67,4 71,6 68,2 63,8 70,1 69,7 68,1 71,9 60,3 71,6 70,1Proporção de crianças brancas em defasagem escolar 64,3 64,8 60,6 55,6 60,8 55,7 61,3 62,4 48,9 69,1 62,5 58,1 66,6 62,5 54,0 62,9 63,4 60,0 65,0 46,7 64,5 59,0Taxa de analfabetismo de negros 42,3 39,4 41,0 32,6 41,6 36,3 44,8 40,5 22,9 51,1 48,3 40,7 47,0 42,3 31,3 36,4 37,1 34,0 41,2 20,7 38,0 36,3Taxa de analfabetismo de brancos 34,8 33,8 33,5 26,4 35,5 29,5 38,0 34,9 18,7 43,6 40,6 32,4 41,7 36,4 25,4 31,7 33,3 28,6 35,2 15,8 32,2 29,0Fonte: IBGE - Censo Demográfico. Elaboração própria
Descrição
2000
Tabela A3 - Indicadores multidimensionais de desigualdade por mesorregião. Mesorregiões Nordestinas, 2010 (continua)
Norte Maranhense
Oeste Maranhense
Centro Maranhense
Leste Maranhense Sul Maranhense Norte
PiauienseCentro-Norte
PiauienseSudoeste Piauiense
Sudeste Piauiense
Noroeste Cearense
Norte Cearense
Metropolitana de Fortaleza
Sertões Cearenses Jaguaribe Centro-Sul
CearenseSul
CearenseOeste
PotiguarCentral Potiguar
Agreste Potiguar
Leste Potiguar
MERCADO DE TRABALHO E RENDATaxa de Desemprego 9,5 7,9 6,9 7,5 6,7 6,4 8,6 7,6 6,7 6,4 7,6 7,6 7,1 7,8 6,1 8,0 9,9 7,3 9,0 9,9Taxa de Formalização 44,7 33,4 26,3 29,9 40,0 33,0 49,7 31,7 27,9 32,6 32,1 59,2 25,5 35,4 31,0 35,6 46,2 43,2 35,3 63,4Taxa de Assalariamento 72,3 70,3 69,7 68,1 73,7 69,8 74,2 66,5 66,1 72,8 73,0 77,7 67,2 73,1 70,2 71,7 73,7 72,1 68,8 77,8Incidência do trabalho agrícola 13,1 21,6 26,2 19,0 19,5 20,5 9,9 17,5 21,5 22,1 21,4 2,6 19,7 22,5 18,7 16,0 13,2 14,2 16,9 5,4Incidência da previdência social 29,8 31,7 36,9 36,1 30,5 36,1 33,6 36,1 37,7 35,6 35,6 26,7 41,7 38,0 42,4 36,5 37,3 38,5 39,4 31,0Incidência de programas sociais 37,7 42,7 48,0 50,3 40,9 44,8 33,8 47,2 48,5 43,5 45,0 21,2 46,4 40,4 42,4 41,5 34,9 36,0 43,9 21,3Incidência da renda do trabalho 75,5 74,1 66,8 64,2 72,4 69,2 75,0 61,2 61,0 68,0 67,9 86,5 57,9 69,7 62,7 71,8 73,1 74,0 64,2 83,1Participação da renda do trabalho na renda total 74,0 73,3 67,0 63,4 77,4 63,2 72,0 65,5 62,3 62,3 61,1 75,9 54,8 62,8 56,9 67,0 69,2 66,0 59,1 72,1
CONDICÕES DE VIDA / CONSUMODensidade de morador por dormitório 2,3 2,3 2,3 2,3 2,2 2,1 2,0 2,0 2,1 2,2 2,2 2,1 2,1 2,0 2,1 2,2 2,0 1,9 2,2 2,1Densidade de morador por banheiro 1,1 1,2 1,4 1,5 1,2 1,2 0,9 1,2 1,2 1,1 1,2 0,7 1,2 1,0 1,1 1,0 0,9 0,8 1,0 0,7Proporção de famílias sem banheiro exclusivo do domicílio
31,0 30,9 38,4 41,4 29,3 32,7 16,2 30,2 29,9 23,4 31,5 2,8 26,3 18,3 19,4 16,5 9,5 6,0 12,3 2,3
Proporção de famílias com rede inapropriada de esgoto 51,7 70,2 66,0 58,9 72,2 54,6 43,9 61,2 57,3 59,5 69,7 31,8 53,7 75,3 61,8 57,9 61,6 38,6 67,0 47,0
Proporção de famílias sem água encanada 20,8 19,0 16,5 21,1 17,5 22,3 7,6 24,9 24,1 18,5 27,8 3,9 22,4 14,3 11,2 12,1 9,6 9,7 18,9 2,5Proporção de famílias sem coleta lixo apropriada 38,1 38,6 48,6 54,8 33,1 48,0 26,3 48,0 47,3 40,9 41,1 4,5 45,7 32,2 38,5 28,2 20,4 19,4 28,0 7,7Proporção de famílias sem acesso à energia elétrica 2,1 3,2 3,2 4,0 10,4 6,0 3,0 14,8 8,8 1,6 1,6 0,4 1,6 0,9 0,7 0,8 1,0 0,9 0,9 0,4Proporção de famílias sem televisão 8,7 10,1 10,7 11,8 18,2 13,0 7,0 22,1 18,7 7,9 8,6 2,7 8,2 6,5 6,8 5,4 4,8 4,4 6,5 3,0Proporção de famílias sem máquina de lavar 81,1 87,8 90,9 93,1 86,4 92,7 84,3 90,9 91,9 91,9 92,6 70,4 91,0 87,2 90,8 89,9 80,8 78,3 87,3 61,7Proporção de famílias sem geladeira 12,5 14,1 13,2 16,5 19,1 17,7 8,9 24,9 20,7 16,7 18,5 6,4 13,6 9,3 11,4 14,7 7,2 8,2 13,1 4,4Proporção de famílias sem telefone (fixo, em 2000, e fixo e cel, em 2010)
24,4 36,0 47,4 46,8 40,6 31,5 19,1 45,4 38,5 36,0 28,3 8,0 34,0 23,2 26,0 23,9 16,2 16,9 24,2 8,5
Proporção de famílias sem computador 80,6 85,9 91,5 92,1 86,6 89,3 77,8 90,1 90,4 88,4 91,1 68,6 90,7 87,1 89,5 84,7 78,5 81,3 89,7 65,4Proporção de famílias sem veículo particular 71,3 66,3 63,4 64,7 55,1 53,9 52,0 52,3 46,6 61,5 68,4 61,1 57,4 53,2 58,5 61,8 47,9 54,3 61,3 55,7
EDUCAÇÃOTaxa de analfabetismo 13,8 21,1 25,2 25,8 16,5 25,4 16,1 21,9 26,0 22,2 20,7 8,9 25,0 20,9 24,5 18,9 19,6 19,5 26,1 12,8Taxa de escolarização das crianças de 6 a 14 anos 96,7 96,9 96,6 96,6 96,1 97,1 98,0 97,9 97,5 97,7 97,4 96,6 97,4 97,8 97,1 97,4 97,7 97,7 97,4 97,0Defasagem escolar (6 a 14 anos) 47,2 52,3 53,0 53,5 51,1 56,4 47,9 54,5 54,0 47,9 49,4 48,1 48,3 49,7 51,5 52,3 52,0 50,9 55,5 49,0Incidência do ensino médio completo 32,4 20,4 16,9 17,4 19,8 16,1 25,8 17,2 15,0 18,4 20,6 34,4 17,0 21,2 19,7 24,2 23,6 22,7 18,0 31,9Incidência do ensino superior completo 7,6 3,9 3,5 3,4 5,1 4,6 9,5 5,5 5,0 4,3 3,5 10,6 3,4 4,2 3,8 6,1 6,0 5,0 3,2 11,3
DEMOGRAFIARazão de dependência 53,1 63,1 62,9 65,1 61,2 56,3 48,0 57,5 54,1 58,8 57,4 43,3 58,0 49,6 54,2 56,0 48,4 49,6 58,3 45,1Tamanho médio das famílias 4,0 4,1 4,0 4,1 4,0 3,9 3,7 3,7 3,6 3,8 3,8 3,5 3,5 3,4 3,5 3,7 3,5 3,5 3,7 3,5Proporção de famílias com chefia feminina 45,5 38,1 38,2 41,2 39,3 38,2 42,4 35,1 34,4 35,4 37,9 44,1 35,8 37,1 35,0 37,2 35,5 35,9 34,4 38,6Proporção de famílias com residência inferior a 4 anos 2,1 3,7 2,0 2,5 5,4 3,1 3,4 3,6 2,9 2,3 1,2 2,3 2,6 2,0 2,7 3,8 2,9 2,5 2,1 4,2Proporção de famílias com chefia de não brancos 74,7 75,7 74,2 80,4 74,7 73,8 75,0 77,3 67,7 70,2 75,1 64,8 66,6 62,2 63,2 69,3 57,9 52,6 65,3 59,4
SAÚDE - AGRAVANTE DA CONDIÇÃO SOCIALProporção de famílias com pelo menos uma pessoa com dificuldade permanente de enxergar
49,6 50,6 53,3 53,3 47,9 54,1 51,3 51,6 50,6 52,6 52,7 44,2 54,7 53,4 50,9 48,4 50,0 51,4 52,1 44,5
Proporção de famílias com pelo menos uma pessoa com dificuldade permanente de ouvir
17,1 19,2 20,1 18,8 16,2 19,3 18,3 18,9 19,7 19,4 19,0 16,9 21,6 20,3 21,2 19,4 19,7 20,4 19,6 16,5
Proporção de famílias com pelo menos uma pessoa com dificuldade permanente de caminhar ou subir degraus
21,6 23,2 24,1 24,5 18,2 24,7 22,7 23,2 22,3 25,7 25,5 20,5 26,9 25,0 24,9 23,6 24,1 25,4 24,2 21,4
DISCRIMINAÇÃODiferença dos rendimentos entre mulheres e homens 82,1 80,2 77,6 85,0 73,3 78,7 84,7 86,3 80,4 85,3 90,5 75,0 93,3 79,8 89,6 78,2 78,5 78,2 88,8 79,3Diferença dos rendimentos entre negros e brancos 48,7 59,3 63,2 65,1 51,4 60,9 53,0 61,9 70,8 62,7 72,3 57,1 61,4 76,2 67,4 58,0 75,1 75,9 80,3 60,4Proporção de crianças negras em defasagem escolar 49,8 54,7 55,3 56,1 53,7 59,5 49,6 56,6 56,9 49,7 51,4 50,7 50,9 52,3 53,5 54,9 54,1 54,5 57,8 52,5Proporção de crianças brancas em defasagem escolar 45,3 51,0 53,2 52,3 51,1 53,9 46,4 52,7 52,0 47,1 49,1 48,0 46,6 48,5 52,2 51,1 52,1 49,6 55,4 47,4Taxa de analfabetismo de negros 15,0 22,4 26,3 26,9 17,7 27,4 17,6 23,1 27,9 23,9 22,1 10,2 27,1 22,8 27,1 21,0 22,4 23,3 28,1 15,3Taxa de analfabetismo de brancos 10,0 16,7 20,9 21,2 12,5 19,9 11,7 17,9 22,1 18,1 16,8 6,4 20,9 17,9 20,1 14,3 16,0 15,4 22,6 9,3
Fonte: IBGE - Censo Demográfico. Elaboração própria
Descrição
2010
Tabela A3 - Indicadores multidimensionais de desigualdade por mesorregião. Mesorregiões Nordestinas, 2010 (conclusão)
Sertão Paraibano Borborema Agreste
ParaibanoMata
ParaibanaSertão
PernambucanoSão Francisco Pernambucano
Agreste Pernambucano
Mata Pernambucana
Metropolitana de Recife
Sertão Alagoano
Agreste Alagoano
Leste Alagoano
Sertão Sergipano
Agreste Sergipano
Leste Sergipano
Extremo Oeste Baiano
Vale São-Franciscano da
Bahia
Centro Norte
Baiano
Nordeste Baiano
Metropolitana de Salvador
Centro Sul
Baiano
Sul Baiano
MERCADO DE TRABALHO E RENDATaxa de Desemprego 7,1 5,6 8,1 9,7 7,7 9,1 6,4 12,9 12,7 6,7 6,9 12,1 7,2 6,4 11,4 8,4 9,4 9,4 8,3 12,3 8,4 10,7Taxa de Formalização 33,1 28,3 40,7 59,4 31,1 43,5 29,0 51,0 64,8 23,2 29,9 58,1 29,0 30,8 58,4 39,8 37,4 35,9 28,0 64,8 34,5 44,7Taxa de Assalariamento 70,4 65,3 65,8 76,7 69,3 76,4 66,5 78,1 78,1 58,8 65,2 77,9 71,8 71,3 76,4 70,7 69,2 70,7 67,9 78,0 74,1 76,2Incidência do trabalho agrícola 16,7 22,3 12,9 7,0 19,8 28,1 18,8 15,1 1,4 19,1 20,8 9,9 29,2 25,3 9,7 19,4 21,5 19,4 23,6 3,4 23,8 22,1Incidência da previdência social 40,5 41,9 38,7 33,1 37,9 29,1 37,0 34,8 32,6 36,7 36,8 31,3 32,7 34,9 29,8 30,8 34,2 35,1 36,6 28,4 37,0 29,0Incidência de programas sociais 41,0 39,8 34,7 26,8 44,5 36,0 36,3 38,2 20,8 51,8 44,1 32,4 43,8 35,4 26,9 37,7 43,2 37,3 43,5 18,3 38,1 31,5Incidência da renda do trabalho 68,9 66,8 69,2 79,0 66,6 79,3 70,3 70,5 80,6 60,2 65,9 76,3 70,1 75,9 79,8 70,3 68,9 72,8 67,5 82,9 72,2 79,3Participação da renda do trabalho na renda total 63,1 56,3 65,1 71,7 62,7 77,4 67,0 66,8 69,2 59,0 65,7 71,9 64,9 67,8 71,5 75,3 67,3 66,9 61,8 73,8 67,8 74,7
CONDICÕES DE VIDA / CONSUMODensidade de morador por dormitório 2,1 1,9 2,0 2,0 2,1 2,2 2,0 2,1 2,0 2,3 2,1 2,2 2,1 1,9 2,0 1,9 2,1 1,9 2,0 2,0 1,8 2,1Densidade de morador por banheiro 1,0 1,0 0,9 0,7 1,1 0,9 1,0 1,0 0,7 1,2 1,0 0,8 1,0 0,9 0,8 1,0 1,0 1,0 1,1 0,7 1,0 0,9Proporção de famílias sem banheiro exclusivo do domicílio
16,5 16,3 12,6 4,2 20,4 12,1 13,2 12,0 3,0 24,6 19,3 7,9 12,7 9,0 5,7 14,2 19,8 15,6 19,8 3,2 14,1 14,1
Proporção de famílias com rede inapropriada de esgoto 40,4 46,0 44,1 48,1 33,6 28,1 37,0 51,5 40,5 63,0 81,0 54,4 56,9 59,8 40,5 70,9 41,7 56,8 55,7 17,9 53,6 36,4
Proporção de famílias sem água encanada 16,1 31,1 20,4 5,3 28,0 12,9 23,0 14,7 4,0 37,3 26,4 6,5 17,0 17,7 7,9 7,2 17,6 15,0 22,1 3,1 12,9 11,0Proporção de famílias sem coleta lixo apropriada 31,3 36,5 24,5 10,2 38,8 27,7 25,9 22,1 5,4 39,7 34,2 11,2 31,9 23,5 12,2 34,7 36,5 27,2 39,8 7,8 34,5 19,3Proporção de famílias sem acesso à energia elétrica 0,8 0,9 0,6 0,4 1,4 1,3 0,6 0,4 0,1 2,0 1,1 0,7 1,5 1,0 0,7 4,8 7,1 3,1 5,0 0,4 4,9 4,8Proporção de famílias sem televisão 5,2 5,6 4,3 3,3 8,1 7,6 5,2 6,3 2,4 10,1 6,5 5,0 9,1 6,2 4,1 11,9 15,3 9,3 12,9 3,4 12,0 11,6Proporção de famílias sem máquina de lavar 89,5 92,2 82,6 67,5 91,3 85,6 86,5 87,9 61,6 92,1 88,3 78,1 90,8 88,6 70,2 84,9 88,2 88,2 90,3 64,1 89,2 83,1Proporção de famílias sem geladeira 9,8 18,0 13,6 7,0 19,4 12,2 15,3 11,9 3,8 26,5 17,9 9,4 15,3 13,0 6,8 16,7 23,9 19,3 24,4 5,4 22,1 18,0Proporção de famílias sem telefone (fixo, em 2000, e fixo e cel, em 2010)
23,4 27,2 20,5 11,0 32,0 21,4 24,9 19,4 6,5 37,2 26,9 14,2 22,1 20,7 10,7 33,9 34,0 28,2 29,0 7,7 34,7 24,1
Proporção de famílias sem computador 86,0 89,0 79,6 68,6 87,0 79,4 84,9 85,8 62,6 89,8 86,0 74,7 88,6 84,7 69,4 82,7 84,3 81,3 87,3 60,4 83,4 78,8Proporção de famílias sem veículo particular 53,3 49,4 59,5 56,5 60,9 58,0 66,1 73,8 64,5 68,5 66,2 70,9 62,8 64,0 61,7 57,0 61,9 63,6 64,0 68,0 61,2 73,0
EDUCAÇÃOTaxa de analfabetismo 23,8 21,5 21,2 14,4 22,4 16,1 23,4 21,5 8,7 28,8 27,0 19,1 27,2 22,5 13,3 17,5 19,9 16,8 22,3 7,1 19,8 18,2Taxa de escolarização das crianças de 6 a 14 anos 97,1 97,7 97,5 97,2 96,3 97,1 96,1 96,2 97,3 96,1 96,2 95,4 97,3 97,4 97,6 97,6 97,0 97,5 97,5 96,8 97,2 96,4Defasagem escolar (6 a 14 anos) 53,7 51,8 52,6 50,8 50,7 48,0 51,0 50,6 44,9 55,7 54,4 50,1 57,0 54,6 51,5 46,0 49,8 48,7 52,6 45,5 49,1 48,1Incidência do ensino médio completo 17,7 17,1 20,8 28,1 17,9 25,2 16,6 20,8 33,9 13,5 15,6 23,6 13,5 15,5 29,4 23,8 21,5 23,1 18,3 36,9 18,6 22,8Incidência do ensino superior completo 4,8 3,9 6,4 11,8 4,7 6,8 4,2 3,9 12,1 2,5 4,1 8,4 3,5 4,1 10,5 4,6 4,0 3,8 2,8 11,2 3,7 5,0
DEMOGRAFIARazão de dependência 53,3 57,0 55,0 46,8 59,1 54,6 55,8 52,8 42,6 65,9 56,6 52,1 56,9 53,1 47,6 52,8 57,4 52,9 56,5 39,8 52,9 53,4Tamanho médio das famílias 3,6 3,4 3,5 3,5 3,7 3,8 3,4 3,7 3,3 3,9 3,7 3,7 3,6 3,4 3,5 3,6 3,8 3,5 3,6 3,2 3,6 3,4Proporção de famílias com chefia feminina 35,6 38,7 39,7 40,5 38,3 38,6 40,6 36,8 45,1 38,2 35,5 39,7 37,7 39,7 42,4 31,7 37,2 40,6 40,3 44,5 35,1 38,2Proporção de famílias com residência inferior a 4 anos 3,5 3,4 3,1 4,5 3,6 4,8 2,7 1,9 2,5 3,3 2,8 2,8 3,3 3,2 4,3 5,2 4,2 2,3 2,2 2,1 2,3 3,8Proporção de famílias com chefia de não brancos 58,4 58,5 61,6 60,1 66,8 69,1 58,0 67,6 61,7 74,5 67,4 67,3 68,6 68,0 72,7 70,6 74,8 77,7 74,3 80,5 69,0 79,4
SAÚDE - AGRAVANTE DA CONDIÇÃO SOCIALProporção de famílias com pelo menos uma pessoa com dificuldade permanente de enxergar
49,7 50,8 46,6 47,7 49,6 43,5 47,4 50,9 46,1 50,8 51,4 49,8 47,5 45,2 44,5 45,2 49,0 44,1 44,9 41,9 44,2 43,5
Proporção de famílias com pelo menos uma pessoa com dificuldade permanente de ouvir
20,0 19,1 18,6 17,0 19,6 16,1 18,4 18,3 16,6 20,4 18,9 17,9 16,3 17,6 16,0 14,6 18,4 17,5 17,9 14,8 16,9 15,6
Proporção de famílias com pelo menos uma pessoa com dificuldade permanente de caminhar ou subir degraus
25,5 24,7 24,3 23,6 24,0 18,3 23,7 25,5 23,7 25,8 25,6 25,6 19,7 20,8 19,8 18,5 21,9 21,1 22,0 19,5 21,7 21,8
DISCRIMINAÇÃODiferença dos rendimentos entre mulheres e homens 81,0 81,6 82,2 82,2 82,8 76,9 79,8 82,2 76,3 81,3 78,3 82,4 88,5 77,7 79,5 68,6 79,3 75,2 75,5 74,6 76,0 73,9Diferença dos rendimentos entre negros e brancos 66,6 74,7 63,0 56,1 67,2 51,4 73,1 76,7 52,9 70,2 65,0 59,9 79,6 72,8 60,6 54,8 65,4 59,3 71,8 41,7 71,0 55,7Proporção de crianças negras em defasagem escolar 56,7 54,7 55,0 54,1 53,5 50,0 54,4 53,4 47,5 58,5 57,6 54,0 59,2 57,0 54,1 47,8 52,0 50,8 54,9 48,2 51,4 50,7Proporção de crianças brancas em defasagem escolar 53,3 50,7 52,4 49,2 51,0 47,4 51,1 50,9 43,9 56,3 54,3 49,4 57,3 54,0 49,2 45,3 49,5 46,4 51,0 40,8 48,3 46,9Taxa de analfabetismo de negros 26,9 23,9 23,9 16,9 24,5 17,3 26,6 23,1 10,2 30,5 29,4 21,3 28,7 24,1 14,5 18,5 20,9 17,6 23,1 7,6 21,1 19,3Taxa de analfabetismo de brancos 19,6 18,3 17,2 10,6 18,2 12,3 19,2 18,3 6,2 24,4 22,2 14,7 24,2 19,2 10,5 15,2 16,8 13,9 19,8 4,8 16,9 13,6
Fonte: IBGE - Censo Demográfico. Elaboração própria
Descrição
2010