Post on 07-Nov-2018
Estado de Mato Grosso do Sul
Secretaria de Estado de Educao
E. E. Joaquim Murtinho 0534
Ponta Por MS
PROJETO DE ACELERAO DE ESTUDOS: ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Ponta Por, MS
2012
Nilva Maria Tolentino Souza
Diretor
Claudenilson Friedrich
Diretor Adjunto
Elaine da Silva Almeida
Secretria Geral
Mirian Jara Gonalves
Supervisor Responsvel pela Unidade Escolar
Rita Denize Spolidoro
Maria Gloria Martinez Arvalos
Jair da Silva
Coordenadores Pedaggicos
Dionete Martins de Lima
Coordenadora de rea de Lngua portuguesa
Marcos Antonio Silva
Coordenador de rea de Matemtica
Vilma Adriane Caballero Messa
Professora Gerenciadora de Recursos Miditicos
Nilva Maria Tolentino de Souza
Professora Responsvel pela Redao do Projeto (Relatora)
Rildo Csar Morais Arruda
Tcnico da COPEIEF/SUPED/SED Responsvel pelo Monitoramento
das Salas de Acelerao da Unidade Escolar
SUMRIO
Apresentao
Justificativa
5
7
Introduo
9
1. Matrcula
13
2. Diagnstico e diviso das turmas: critrios e procedimentos para a adeso das escolas
13
3. Mobilizao da famlia: abordagem comunidade
17
4. Preparao da equipe
18
5. Reposicionamento
20
6. Adaptao do currculo: projetos didticos
28
7. Acompanhamento: aes para a monitoria de implementao
29
8. Flexibilizao da avaliao
32
Consideraes finais
35
Referncias
36
Anexos
38
APRESENTAO
A escola Estadual Joaquim Murtinho com base na Resoluo n.2.541, dede 14 abril de 2012, que dispe da organizao curricular e o regime escolar do ensino fundamental e do ensino mdio, nas unidades escolares da Rede Estadual de Ensino, apresenta as Orientaes para a Elaborao do Projeto de Acelerao de Estudos: anos finais do Ensino Fundamental, que visa oferecer atividades didtico-metodolgicas e avaliaes diferenciadas, que levem em conta as habilidades individuais, respeitem o ritmo da aprendizagem dos educandos considerando seus conhecimentos prvios, suas experincias de vida e, se for o caso, suas limitaes fsicas, motivacionais ou intelectuais. Esta proposio visa superar o atraso escolar do educando em relao idade/ano, de forma a atingir o nvel de desenvolvimento prprio para a sua idade.
O Projeto de Acelerao de Estudos far parte do Projeto Poltico Pedaggico da escola e, ainda, estar em consonncia com o Referencial Curricular da Rede Estadual de Ensino de Mato Grosso do Sul Ensino Fundamental.
A medida do sucesso do Projeto de Acelerao a aprendizagem dos educandos. Para tanto, a identificao das necessidades educacionais, o reconhecimento das referncias culturais, do desenvolvimento cognitivo e da formao de valores, bem como das diversas formas de expresso dos educandos devem ser respeitadas e avaliadas com critrios especficos, passando pelas seguintes etapas: o diagnstico das dificuldades encontradas no processo de aprendizagem nos aspectos cognitivos, culturais, sociais, biolgicos e afetivos, a fim de acompanhar o desenvolvimento do educando; a conscientizao do educando quanto capacidade de avaliar a si mesmo; a interferncia no processo educativo de forma a redirecionar todo o trabalho e a prtica pedaggica para que seja garantida a aprendizagem fundamental; a ampliao das possibilidades de aprendizagem para expandir o conhecimento do outro, aguar a percepo das interdependncias, procurando-se identificar as conquistas e dificuldades dos educandos e/ou da gesto pedaggica e administrativa envolvida no Projeto de Acelerao e, por ltimo, a promoo de uma educao comprometida com o desenvolvimento total da pessoa, com vistas a efetivar a formao do educando nos moldes de um cidado autnomo.
Cabe escola continuamente considerar as necessidades e saberes trazidos pelos educandos, a fim de incorpor-los ao processo educativo de recuperao do conhecimento em defasagem e para que percebam a articulao da vida social, das aprendizagens escolares com o seu cotidiano, consequentemente, alterando para melhor, os ndices de frequncia e permanncia escolar.
JUSTIFICATIVA
Repetncia, evaso escolar, indisciplina, falta de proficincia por parte dos professores e educandos, distoro idade-ano, enfim, todos esses problemas nos levam ao fracasso escolar. Atualmente, a educao brasileira apresenta todas essas mazelas. Diante de um quadro de grandes dificuldades, os profissionais de educao buscam solues para os diversos problemas. Nesse processo, o educando bastante prejudicado e por vezes, impossibilitado de dar continuidade nos estudos, o que dificulta a insero no mundo moderno, que privilegia competncias e habilidades em vrios segmentos.
A repetncia e a evaso escolar, desde algumas dcadas atrs, foram problemas que permearam o cenrio educacional. Na dcada de 1930, os dados referentes repetncia e evaso escolar, mostravam altos ndices e com o passar dos anos a situao no teve muitas mudanas. At hoje esses problemas fazem parte da nossa realidade, sendo que, so considerados um dos principais problemas da educao nacional e uma das conseqncias que podemos apontar a distoro idade-ano.
Diante do problema, a Escola Estadual Joaquim Murtinho, implementar o Projeto de Acelerao de Estudos, que de certa forma, uma ao emergencial que visa corrigir a distoro do fluxo escolar, proporcionando assim, instituio escolar, condies para combater o fracasso escolar e conseqentemente, os educandos que apresentam a distoro idade-ano, podem aproveitar essa ajuda, de forma que possam superar as dificuldades relacionadas com o processo de ensino-aprendizagem.
De acordo com os Parmetros Curriculares Nacionais (1998) vemos que uma das conseqncias mais graves decorrentes das elevadas taxas de repetncia manifesta-se, nitidamente, na acentuada defasagem idade/ano. Sem dvida, este um dos problemas mais graves do quadro educacional do pas.
diante desta problemtica que a ltima Lei de Diretrizes e Bases da Educao incentiva os sistemas de ensino a planejar e desenvolver projetos que possam de alguma maneira auxiliar o educando na sua trajetria escolar, proporcionando assim, uma acelerao dos estudos de educandos com distoro idade-ano.
As condies de vida do educando e de sua famlia, influenciam no processo de ensino e aprendizagem e podendo assim, o educando apresentar dificuldades que, quando no sanadas, gera o fracasso escolar. O fracasso escolar est intimamente ligado a esses fatores e as conseqncias desse fracasso afetam os valores sociais, afetivos e morais do individuo. provvel que muitos no consigam superar essas conseqncias.
Aps o levantamento de dados realizado pela nossa unidade escolar, descobrimos que atualmente bastante significativo o percentual de educandos do 6 ao 9 ano do Ensino Fundamental II que se encontram defasados entre ano e idade regular de matrcula. Com o objetivo de diminuir consideravelmente estes nmeros necessrio que se ofeream condies para que os educandos avancem na sua trajetria escolar, buscando assim contribuir para a reverso do quadro de repetncia e evaso escolar.
Para que o ensino cumpra a sua funo social e de atendimento s necessidades de aprendizagem de todos os educandos aqui matriculados e consequentemente, melhorar o nosso ndice de Desenvolvimento da Educao Bsica (IDEB), precisamos da implantao do Projeto de Acelerao de Estudos.
INTRODUO
Este projeto foi elaborado para atender a Escola Estadual Joaquim Murtinho que possuem educandos com distoro ano/idade, a fim de orient-lo na seleo de educandos e, ainda dar subsdios para auxiliar procedimentos didtico-metodolgicos diferenciados, de modo a incentivar os educandos a retomarem o percurso escolar estabelecido no sistema de ensino da Rede Estadual de Ensino.
O nmero de educando defasados matriculados no ensino fundamental do 6 ao 9 ano, em relao idade cronolgica bastante significativo.
Embora no se tenha um estudo especial que aponte a causa da defasagem, observa-se que a reteno, a evaso escolar e as matrculas extemporneas, so os principais fatores de distoro idade/ano.
Estatsticas educacionais revelam, No Brasil, o educando no abandona precocemente a escola, na realidade, ele permanece, em mdia, de 4 a 6 anos antes de desistir da sua escolarizao. A evaso ocorre quando o educando se distancia muito do ano que seria prprio sua idade.
Nesse sentido, a escola deve tomar providncias que reduzam essa distncia de modo a impedir que acontea a distoro e, consequentemente, a evaso escolar.
As estatsticas sobre a evaso apontam que os educandos abandonam a escola ao final do ano, apenas para evitar uma avaliao que os reprovaria, matriculando-se, assim, no ano seguinte como educando novo. Esse fenmeno denominado repetncia branca.
importante informar o que se caracteriza como atraso escolar. De acordo com o pargrafo nico do Captulo VIll, da Resoluo n. 2.541, de 13 de abril de 2012, expedida pela Secretaria de Estado de Educao/SED, define-se como atraso escolar 2 (dois) ou mais anos entre a idade cronolgica e o ano em que o educando se encontra matriculado.
Segundo os dados levantados pela escola, com base nos ndices observados na Ata de Resultados Finais, os nmeros de distoro idade/ano, em 2011, foram elevados, como pudemos observar 56,28% dos educandos do 6 ao 9 ano apresentam distoro de dois ou mais anos de defasagem.
Tabela 1- Distoro por ano e idade do Ensino Fundamental- Escola Estadual Joaquim Murtinho Ponta Por /2011
Turmas
Educandos com defasagem ano e idade
Total de educandos matriculados
Percentual de educandos que se encontra defasada (%)
6 ano E. F.
81
145
55,9
7 ano E. F.
87
144
60,4
8 ano E. F.
67
137
48,9
9 ano E. F.
65
107
60,8
Fonte: Escola Estadual Joaquim Murtinho
Atas de Resultados finais
Diante das estatsticas apresentadas e ainda do compromisso em melhorar o ndice do Desenvolvimento da Educao Bsica (IDEB), a Escola Estadual Joaquim Murtinho apresenta o Projeto de Acelerao de Estudos em que o principal objetivo mitigar o percentual da distoro idade/ano da escola.
Ao tratar-se de uma proposta diferenciada, cabe esclarecer, que no significa uma educao compensatria ou um ensino menos exigente e sim, a possibilidade de um ensino de contedo que considere as diversas dimenses do ato de aprender, em que esto presentes em todas as atividades, contedos que contribuem para uma participao ativa e transformadora, que os ajude a analisar, interpretar, problematizar e compreender os fatos e fenmenos da realidade complexa em que vivem.
Necessrio se faz, entretanto, observar com critrio, o tratamento, a seleo e a organizao que so dados aos contedos, as atividades em sala de aula e demais componentes essenciais no processo avaliativo promovendo desafios significativos em um trabalho pedaggico inovador e estimulante frente s expectativas dos professores, educandos e pais, sendo estes ltimos, importantes membros incentivadores da vida escolar dos educandos.
O sucesso na retomada do trajeto escolar, pelos educandos do Projeto de Acelerao de Estudos, por si s no garante o trmino da defasagem, para tanto, o Projeto est inserido no Projeto Poltico Pedaggico da escola para que todos os envolvidos, (professores, coordenadores pedaggicos e de rea, diretores, pais e comunidade escolar) participem e se engajem de modo a rever o percurso, retomar o currculo, organizar o ensino, acompanhar o processo de avaliao, perceber os avanos e as dificuldades na realizao do trabalho pedaggico, em que os alvos esto definidos para atingir todos os educandos.
Alm de mobilizar a escola como um todo, deve-se buscar o envolvimento da comunidade escolar, em especial da famlia, na discusso e no acompanhamento do trabalho a ser desenvolvido, a fim de que os esforos e os sucessos sejam compartilhados, resgatando a importncia e o papel essencial que os pais podem desempenhar no crescimento educacional dos filhos.
No Projeto de Acelerao de Estudos e no Projeto Poltico Pedaggico da escola, a famlia deve ser incentivada a participar e recuperar sua competncia educadora. Trata-se, do estabelecimento de uma nova relao entre escola e famlia, com vistas a auxiliar educandos, educadores e pais a transpor concepes ultrapassadas, reconstruir conceitos e modelos educativos desatualizados e excludentes.
Vivenciar um contexto escolar, onde as interaes primam pela liberdade de expresso dos educandos e os encorajam a atuar criticamente em outras instncias do mundo social, faz com que todos os partcipes do processo educativo possam acreditar na efetivao de uma escola inclusiva. nessa perspectiva, que o Projeto de Acelerao de Estudos da Escola Estadual Joaquim Murtinho objetiva corrigir a distoro idade/ano de educando multirrepetentes ou que se evadiram por algum tempo da escola.
3. OBJETIVOS
3.1 OBJETIVOS GERAIS:
Implantar salas de acelerao de estudos, com vistas a corrigir o atraso escolar de dois anos ou mais, nos anos finais do Ensino Fundamental;
Criar condies para que a escola cumpra sua funo social, atendendo as necessidades educacionais de todas as pessoas para o exerccio de uma cidadania crtica.
Melhorar o ndice de Desenvolvimento da Educao Bsica (IDEB).
3.2 OBJETIVOS ESPECFICOS:
Reorganizar a trajetria escolar de educandos (as) das sries finais do Ensino Fundamental em defasagem idade/ano;
Oportunizar a incluso de tais educando para continuidade de seus estudos no ensino de acordo com a idade obrigatria;
Possibilitar ao educando o resgate da confiana em si mesmo e em sua capacidade de aprender;
Propiciar-lhes a recuperao da dignidade e elevao da auto-estima resultantes das mltiplas repetncias;
Oferecer condies para a reconstruo de uma identidade autnoma, cooperativa, solidria, humanizada;
Possibilitar, por meio da formao continuada dos professores, a confiana e a competncia para ensinar bem a todos.
Conscientizar a comunidade escolar do compromisso com esse trabalho, para a superao do preconceito, da rotulao dos educandos ingressantes;
Criar condies para que o educando alcance o nvel de desenvolvimento cognitivo prprio para sua idade.
. FUNDAMENTAO LEGAL
Ensinar exige risco, aceitao do novo e rejeio a qualquer forma de discriminao.
Paulo Freire
A oferta e abertura de turmas de acelerao da aprendizagem na Escola Estadual Joaquim Murtinho respalda-se nos seguintes dispositivos legais:
Constituio Federal CF/1988, Artigo 206, Ttulo VIII, Da Ordem Social, Captulo III, Da Educao, da Cultura e do Desporto, Seo I, Da Educao inciso I estabelece o princpio da igualdade de condies para o acesso e permanncia na escola.
Decreto Lei n 2.848 - CP/1940 Artigo 206, imputa pena por no prover instruo primria de filho em idade escolar.
Lei Federal n 8.069/1990 ECA Estatuto da Criana e do Adolescente, - HYPERLINK "http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/103275/codigo-penal-decreto-lei-2848-40"Artigo 54, Inciso I, Captulo IV, Do Direito Educao, Cultura, ao Esporte e ao Lazer determina como dever do Estado assegurar ensino fundamental, obrigatrio e gratuito, inclusive para os que a ele no tiveram acesso na idade prpria. E Artigo 57 indica que o poder pblico estimular experincias e novas propostas relativas a calendrio, seriao, currculo, metodologia, didtica e avaliao, com vistas insero de crianas e adolescentes excludos do ensino fundamental obrigatrio.
Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional - LDB n 9394/96, - Artigo 24, do Ttulo V Dos Nveis e das Modalidades de Educao e Ensino, Captulo II Da Educao Bsica, Seo I, Das Disposies Gerais - trata da organizao da educao bsica e, no inciso V, ao estabelecer critrios para a verificao do rendimento escolar, alnea b, que abre possibilidade de acelerao de estudos para educandos com atraso escolar;
Resoluo n 7, de 14/12/2010 - Fixa Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos - Artigo 27 - estabelece Os sistemas de ensino, as escolas e os professores, com o apoio das famlias e da comunidade, envidaro esforos para assegurar o progresso contnuo dos educandos no que se refere ao seu desenvolvimento pleno e aquisio de aprendizagens significativas, lanando mo de todos os recursos disponveis e criando renovadas oportunidades para evitar que a trajetria escolar discente seja retardada ou indevidamente interrompida. (grifos nossos);
Deliberao CEE/MS n 9191, DE 26/11/2009 - Estabelece normas para a educao bsica, no Sistema Estadual de Ensino de Mato Grosso do Sul e regulamenta, entre outros, na Seo I, Artigo 25, a acelerao de estudos com critrios e procedimentos para sua operacionalizao.
Resoluo/SED n 2.541, DE 13/04/12 - Dispe sobre a organizao curricular e o regime escolar do ensino fundamental e do ensino mdios nas unidades escolares da Rede Estadual de Ensino, e d outras providncias - em seu Captulo VIll - Da Acelerao de Estudos: Artigo 77 - define acelerao de estudos, seu Pargrafo nico, define atraso escolar, Artigo 78- estabelece a aprovao de Projeto Especfico pela Secretaria de Estado de Educao para o desenvolvimento da Acelerao de Estudos, Artigo 79- dispe a durao igual ou superior a 180 (cento e oitenta) dias letivos para o projeto de reposicionamento do educando por meio da Acelerao de Estudos.
FUNDAMENTAO TERICA
Indiferena apatia, parasitismo, covardia. No vida. (Gramsci)
Prado (2000) aponta que busca de solues para a questo do fracasso escolar est presente desde os primrdios da pesquisa educacional no pas. Dentre outras, a acelerao da aprendizagem j fora apontada por Lauro de Oliveira Lima no final da dcada de 60 como revoluo pedaggica em todos os nveis escolares. Idia que se disseminou mais na dcada de 90 com a vinda ao Brasil do criador do Programa Accelarate Schools, Henry Levin. E ganhou espao com as polticas educacionais voltadas para universalizao do ensino fundamental e correo do fluxo escolar, especialmente com o amparo legal da LDB N 9394/96.
Inmeros estudos e experincias tm mostrado que educandos egressos de Projetos de Acelerao, por todo o pas, vem apresentando desempenho equivalente ao de outros oriundos de turmas regulares. Assim, o Projeto em pauta tem o compromisso de buscar regularizar o percurso escolar, e proporcionar aprendizagem aos educandos, por meio da implantao da acelerao da aprendizagem.
Destaca-se que no se pretende criar uma nova modalidade de ensino, nem simplesmente promover educandos para os anos subsequentes, mas sim, propor uma nova abordagem da prtica educativa mediante uma proposta pedaggica significativa e relevante, capaz de mobilizar os educandos para a conquista do conhecimento, resgatando a auto estima de forma positiva e com aprendizagens bem sucedidas.
De acordo com Libneo (1994), entendemos que a conduo do processo educativo requer uma compreenso dos condicionantes externos e internos que o influenciam como tambm interfere na forma como as pessoas aprendem.
Vale apontar as contribuies de alguns tericos que discutem o dinamismo do processo de aprendizagem. Piaget indica que a aprendizagem deve ser um processo ativo porque o conhecimento uma construo que vem de dentro. Para Vygotsky, aprendizado e conhecimento esto relacionados desde o nascimento da criana. Importante tambm o princpio da Zona de Desenvolvimento Proximal indicada por este terico. Ainda: Wallon defende o princpio de que h uma integrao entre inteligncia e afetividade atuando no processo de aprendizagem.
Nos apontamentos de Girardelli, um trabalho interdisciplinar traz muitas contribuies para o processo educativo, proporcionando uma aprendizagem muito mais estruturada e rica pelo fato de os conceitos se organizarem em torno de unidades mais globais, de estruturas conceituais e metodolgicas compartilhadas por vrias disciplinas.
Vale citar que inmeros educadores tm se dedicado ao estudo das causas das dificuldades de aprendizagem e do desempenho escolar insatisfatrio, levantando como indicadores: fatores inerentes ao prprio educando, famlia, escola e ao seu meio fsico social. No se pode deixar de enfocar a parca ou inexistente interao e o descaso, na maioria das vezes, da comunidade e sociedade com a funo social da escola de formao dos cidados.
Por outro lado, Vega e Silva (2008) destacam ser, segundo Ktia Simple, pesquisadora da Teoria das Inteligncias Mltiplas, muitos problemas de aprendizagem, na realidade, problemas de ensinagem: a maioria das escolas no capacitada para lidar com as diferentes habilidades, inteligncias e ritmos de cadaeducando. Disso, decorre a excluso daquele que no se enquadra nos padres de aprendizagem, criando uma falsa dificuldade. Pior, h, por parte dele, a internalizao dessa dificuldade ou da crena em sua incapacidade para aprender, com a diminuio de seu autoconceito e inferiorizao.
Para enfrentar os problemas de aprendizagem ou de ensinagem, h que se considerar as dificuldades no como empecilhos, mas sim necessidades a serem atendidas para facilitar a aprendizagem.
A partir desses fundamentos tericos e consideraes aqui tecidas, apresentamos as concepes de escola, ensino aprendizagem, professor e educando adotados para compor as bases metodolgicas de nossa proposta de acelerao da aprendizagem.
A nosso ver, a educao atualmente desenvolvida ainda precisa mudar muito para deixar de ser reprodutora de um sistema excludente; contribuindo, na parcela que lhe cabe, para a transformao de nossa sociedade injusta em outra mais humana e menos desigual nas oportunidades. Para efetivar sua funo social na garantia do direito social da educao, a escola precisa igualmente constituir-se em espao verdadeiro de produo - e no mais de reproduo - de conhecimento.
Esta perspectiva de educao implica, pois que a instituio escola, comprometida com a qualidade social cumpra seu papel de socializao dos indivduos e desenvolvimento das competncias exigidas para a vida em sociedade e possibilite o acesso de todos ao saber historicamente acumulado. Isto ser possvel mediante a implementao de um currculo dinmico, atento diversidade, realidade e aos valores de interesse social.
Essa educao ser possvel mediante a realizao de um ensino produtivo em que assumam, na relao pedaggica, os seus respectivos papis os (as) sujeitos professores (as) e sujeitos (as) educando, constituindo-se os primeiros em mediadores da relao dos ltimos com o objeto de conhecimento.
preciso envolver nesse processo a famlia, trazendo-a para acompanhar o desenvolvimento educacional de seus filhos. Mas para que isso seja possvel faz-se necessrio buscar novos caminhos e estabelecer, com ela, parceria na crena e nos esforos a serem despendidos para converter um histrico de fracassos e de excluso escolar em uma nova realidade de aprendizagens bem sucedidas.
As barreiras internas a serem vencidas a fim de conseguirmos realizar tal intento so muitas. Sabemos no contarmos com as condies ideais para construirmos essa educao que queremos e, da necessidade de caminhar com as condies que temos. Contudo, a sociedade, a educao e a escola sonhadas nortearo nosso caminhar.
E esse sonho que nos far recuperar a crena na capacidade de nossa unidade educacional e de nossos educadores (as) - aqui entendemos que todos os integrantes de nossa escola - tem um papel formador/educador a desempenhar para uma formao de qualidade a todos (as), vencendo rtulos, estigmas e preconceitos. E, principalmente, alimentar nosso entusiasmo para atuar no resgate da elevao do autoconceito e de sua prpria capacidade pelos educandos (as).
Portanto, no mais nos omitiremos em relao aos inmeros (as) jovens atingidos pelo fracasso escolar. Buscaremos dar outro final a esta histria.
6. ORGANIZAO E FUNCIONAMENTO
6.1 Organizao dos Estudos:
Com base nas normatizaes, o Projeto de Acelerao de Estudos do Ensino Fundamental na Escola Estadual Joaquim Murtinho, para educandos com dois ou mais anos de distoro idade/ano de escolaridade, ser implementado, em carter emergencial e transitrio, sempre que necessrio, com a seguinte organizao:
a) Acelerao de Estudos III nveis I e II - Anos finais do Ensino Fundamental.
6.2 Calendrio Escolar:
O trabalho ser efetivado em cada organizao, com o mnimo de 180 (cento e oitenta) dias letivos, conforme Calendrio Escolar especfico para desenvolver os contedos da Base Nacional Comum, utilizando como parmetro o Referencial Curricular Estadual de Ensino de Mato Grosso do Sul para o desenvolvimento das capacidades, competncias e habilidades necessrias.
6.3 Formao das Turmas:
6.3.1Identificao de Educandos com Atraso Escolar: As turmas sero formadas aps comprovao do nmero de educandos defasados na escola (no ato da matrcula). De acordo com a Resoluo/SED n. 2.541, de 13 de abril de 2012, Cap. VIl art.77), entende-se como atraso escolar 2 (dois) anos ou mais entre a idade cronolgica e o ano de matrcula do educando.
6.3.2 Constituio das Turmas de Acelerao: Para o bom funcionamento dos estudos de acelerao, sero constitudas turmas com 20 (vinte) educandos, no mnimo, e 30 (trinta), no mximo, com atraso no percurso escolar.
6.3.3Critrio para Acesso em Turma de Acelerao: O critrio para acesso s Classes de Acelerao de Estudos o de possuir defasagem da idade, de no mnimo dois anos ou mais, nos anos iniciais e finais do Ensino Fundamental, conforme organizao proposta no Projeto em pauta.
6.4 Matrcula:
6.4.1 Matrcula Inicial: A matrcula ser efetuada em um dos anos do ensino fundamental - aquele ao qual o educando esteja posicionado de acordo com os dispositivos legais.
6.4.2 Remanejamento para Acelerao de Estudos: Aps o perodo de sondagem, verificando-se a necessidade, remanejar o educando para a classe da acelerao, devendo esse procedimento constar do Dirio de Classe de origem;
6.4.3 Efetivao de Matrcula: Efetivar matrcula no ano para o qual o educando for reposicionado.
6.5 Organizao de Vida Escolar:
6.5.1 Dirio de Classe: Ser elaborado dirio de classe para o registro, frequncia e controle das atividades das classes de acelerao;
6.5.2 Portaria de Posicionamento (Efetivao de Aprendizagem): Dever ser assegurado o registro em portaria, do posicionamento no ano, de acordo com a idade do educando que atingir o nvel de conhecimento, competncias e habilidades, aps o perodo mnimo de 180 dias.
6.5.3 Permanncia na Turma de Acelerao (No Efetivao de Aprendizagem): Aps o perodo mnimo de 180 dias, o educando que no atingir o nvel de conhecimento, competncias e habilidades para o reposicionamento no ano, de acordo com a idade, poder permanecer na classe de acelerao mais 180 dias at atingir esses conhecimentos;
6.5.4 Ata de Resultados Finais: Elaborar Ata de Resultados Finais para os educandos que se enquadram no item 6.5.2;
6.5.4.1 Os documentos referentes ao processo devero ser arquivados no pronturio do educando, devidamente vistados pela inspeo escolar.
6.5.5 Ata Descritiva de Procedimentos Pedaggicos: Elaborar Ata Descritiva de todos os procedimentos adotados pelo corpo docente e coordenadores pedaggicos;
6.6 Transferncia:
6.6.1 Observaes: Constar, quando da transferncia, o ano em que o educando est matriculado e a observao de que frequenta classe de acelerao, e em que nvel est posiocionado;
6.6.2 Parecer Descritivo: Fornecer o parecer descritivo, bem como a ementa curricular dos componentes curriculares trabalhados at a data em que o educando frequentou a classe de acelerao, ao expedir transferncia.
6.7. Frequncia
6.7.1 Registro: A frequncia do educando ser registrada em dirio de classe, cujo controle ficar a cargo do professor, devendo o quantitativo de faltas constar do canhoto de faltas, a ser entregue secretaria da escola, bimestralmente.
6.7.2 Motivao e Acompanhamento de Presena: A unidade escolar dever adotar providncias internas capazes de estimular a presena do educando em suas atividades letivas e realizar acompanhamento da sua frequncia por meio de um sistema de comunicao com as famlias;
6.7.3 Providncias Legais em Relao Infrequncia: Caber, ainda, unidade escolar firmar parcerias com entidades especficas e encaminhar s autoridades (Ministrio Pblico e Conselhos Tutelares) a relao dos educandos infrequentes, firmando parcerias com as entidades, acima citadas.
6.8 Remanejamento: Ser garantido o remanejamento, mediante a comprovao da defasagem (idade/ano), de 2 anos entre o ano escolar previsto para faixa etria e a idade do educando no ato da matrcula, para a Classe de Acelerao de Estudos, no prazo de at 20 dias aps o incio do ano letivo, respeitando o limite mnimo de 180 (cento e oitenta) dias de efetivo trabalho escolar, em conformidade com a Resoluo SED n. 2.541 de 13/04/2012.
6.9 Aproveitamento de Estudos: Ser resguardado o aproveitamento de estudos aos educandos que tenham eliminado componente (s) curricular (es) ou disciplina (s), em curso com matrcula por disciplina e/ou exames supletivos (Resoluo SED n.2541de 13/04/2012 Artigo 64).
6.10 Reposicionamento:
6.10.1 Reposicionamento em Turmas Regulares: O reposicionamento dos educandos da Acelerao de Estudos em turmas regulares do Ensino Fundamental ocorrer aps superao da distoro idade/ano de escolaridade.
6.10.2 Reposicionamento em AEII: Sero reposicionados ou ascender Acelerao de Estudos - AEII os educandos cuja aprendizagem correspondente ao nvel matriculado tenha se efetivado, mediante registro emitido pelos docentes da turma.
6.10.3 Reposicionamento de educandos que completarem 18 anos, durante o perodo de estudo no Projeto de Acelerao de Estudos.
O Projeto de Acelerao de Estudos foi elaborado com o objetivo de atender jovens de at 17 anos de idade, em defasagem no processo de aprendizagem de idade/ano, considerando os dispositivos legais a seguir:
- Deliberao CEE/MS n. 9090 de 15 de maio de 2009.
Art. 9 - A idade mnima para ingresso na EJA, nas etapas do ensino fundamental e do ensino mdio, na forma presencial e a distncia, ser de 18 anos.
- Resoluo CD/FNDE n. 620 de 9 de novembro de 2011.
Considerando a necessidade de implementar o Programa Nacional de Incluso de Jovens PROJOVEM Urbano no Distrito Federal no estados e em municpios para a entrada de educandos a partir de 2012, para garantir aos jovens com idade entre dezoito e vinte e nove anos, que sabem ler e escrever e que no concluram o ensino fundamental, aes de elevao de escolaridade, na forma de curso, qualificao profissional inicial e participao cidad.
Portanto, aqueles jovens que fizerem parte do Projeto de Acelerao de Estudos e completarem 18 anos de idade no decorrer dos 180 dias efetivos em sala, sero reposicionados no ensino regular ou na Modalidade de Ensino EJA ou no Programa Nacional de Incluso de Jovens PROJOVEM Urbano.
Captulo II Dos cursos de Educao de Jovens e Adultos.
6.10.4 Entende-se por promoo parcial, realizada aps avaliao final, o educando que estiver participando do Projeto de Acelerao de Estudos no Nvel I AEI Acelerao de Estudos I (6 e 7 anos) ou Nvel IAEII Acelerao de Estudos II (8 e 9 anos), observando se o nvel de aprendizagem do educando no foi suficiente para sua acelerao, porm o mesmo tem condies de acelerar em um ano, retornar ao ensino regular, podendo ocorrer o reposicionamento e/ou promoo em apenas um ano em um dos nveis de acelerao de estudos, por meio de parecer emitido pelo Conselho de Professores e Equipe Tcnica pedaggica da unidade escolar.
7. METODOLOGIA
A Pedagogia dos Projetos visa a re-significao do espao escolar, transformando em um espao vivo de interaes aberto ao real e as suas mltiplas dimenses. O trabalho com projetos traz uma nova perspectiva para entendermos o processo ensino/aprendizagem. Aprender deixa de ser um simples ato de memorizao e ensinar no significa mais repassar contedos prontos. (Dewey)
A escola dever implantar uma renovao pedaggica que vise formao integral do educando, ao trabalho com ele e para ele:
* NAQUILO QUE DEVE SABER (os contedos conceituais);
*NAQUILO QUE DEVE SABER FAZER E ESTUDAR (os contedos procedimentais);
NAQUILO EM QUE DEVE SE POSICIONAR (contedos atitudinais).
Com a metodologia de projetos a funo do educando passa a ser voltada para uma aprendizagem significativa definindo como:
* FUNO DO EDUCANDO Investigar, indagar, observar, anotar.
*FUNO DO PROFESSOR Questionar os saberes prvios, orientar e avaliar as atividades executadas.
*FUNO DOS PROJETOS Trazer novos conhecimentos, utilizar os livros como instrumento auxiliar.
*APRENDIZAGEM adquirir conhecimentos (conceituais, procedimentais e atitudinais).
REFERENCIAIS TERICOS Princpios da Educao (UNESCO): Aprender a conhecer; Aprender a fazer; Aprender a viver com os outros; Aprender a ser. LDB 9394/96(Art. 32, incisos de I a IV), so destacados princpios essenciais da educao que reforam o direito constitucional do educando em relao sua formao bsica, para que, como cidado:
Possa desenvolver a capacidade de aprender; Possa compreender o ambiente natural e social onde vive; Possa desenvolver sua capacidade de aprendizagem; Possa fortalecer os laos de solidariedade e de relaes interpessoais.
PARMETROS CURRICULARES NACIONAIS (PCNs) Propem que as escolas construam um currculo baseado no domnio de competncia e no no acmulo de informaes, enfatizando ainda que o que se ensina deve ter vnculo com os diversos contextos da vida do educando.
HERNNDEZ E MONSERRAT destacam que: o princpio da aprendizagem por descoberta, (...) por parte dos educandos mais positivo quando emana daquilo que lhes interessa e aprendem da experincia daquilo que descobrem por si mesmos (1998, p.64).
Na pedagogia de projetos, o educando aprende no processo de produzir, de levantar dvidas, de pesquisar e de criar relaes, que incentivam novas buscas, descobertas, compreenses e reconstrues de conhecimento. E, portanto, o papel do professor deixa de ser aquele que ensina por meio da transmisso de informaes que tem como centro do processo a atuao do professor para criar situaes de aprendizagem cujo foco incide sobre as relaes que se estabelecem neste processo, cabendo ao professor realizar as mediaes necessrias para que o educando possa encontrar sentido naquilo que est aprendendo, a partir das relaes criadas nessas situaes. A esse respeito Valente (2000) acrescenta:
(...) no desenvolvimento do projeto o professor pode trabalhar com [os educandos] diferentes tipos de conhecimentos que esto imbricados e representados em termos de trs construes: procedimentos e estratgias de resoluo de problemas, conceitos disciplinares e estratgias e conceitos sobre aprender (p. 4).
O trabalho com a Metodologia de Projetos baseado na problematizao. O educando deve ser envolvido no problema, ele tem que investigar, registrar dados, formular hipteses, tomar decises, resolver o problema, tornando-se sujeito de seu prprio conhecimento. O professor deixa de ser o nico responsvel pela aprendizagem do educando e torna-se um pesquisador, o orientador do interesse de seus educandos. Levanta questes e se torna um parceiro na procura de solues dos problemas, gerencia todo o processo de desenvolvimento do projeto, coordena os conhecimentos especficos de sua rea de formao com as necessidades dos educandos de construir conhecimentos especficos.
Podemos e fazemos transmitir idias preparadas, idias feitas, aos milheiros; mas geralmente no nos damos muito trabalho para fazer com que a pessoa que aprende participe de situaes significativas onde sua prpria atividade origina, refora e prova idias isto , significaes ou relaes percebidas. Isso no quer dizer que o docente fique de lado, como simples espectador, pois o oposto de fornecer idias j feitas e matria j preparada e de ouvir se o educando reproduz exatamente o ensinado, no inrcia e sim a participao na atividade. Em tal atividade compartida, o professor um educando e o educando , sem saber, um professor e, tudo bem considerado, melhor ser que, tanto o que d como o que recebe a instruo, tenham o menos conscincia possvel de seu papel (DEWEY, 1959, p. 176).
O carter investigativo que h no trabalho com projetos caracteriza-se como estratgia para abordar e investigar problemas que vo alm da compartimentao disciplinar e assumem o aspecto de complementaridade de saberes e no de disciplinas. O educando troca a viso empirista da educao pela viso construtivista de soluo de problemas. Esta metodologia favorece a interatividade, a autonomia, a aprendizagem contextualizada e a anlise crtica de outras situaes similares que ele desenvolve no seu projeto escolar. Durante o desenvolvimento do tema, o educando tem que agir, confrontar as prprias idias com os conhecimentos pesquisados, levantando dvidas e curiosidades. necessrio desenvolver a habilidade do registro dos fatos, resultados, discusses ocorridas durante o projeto. A avaliao permeia todas as etapas do processo e no tem apenas o aspecto quantitativo das avaliaes tradicionais. Feita durante o processo, ela faz ajustes entre o ensino e aprendizagem, compara resultados alcanados com resultados esperados. Analisa como o conhecimento foi sendo construdo, as estratgias usadas pelos educandos para aprender e continuar aprendendo.
Fonseca (2004, pg. 15) cita a definio de projeto de VENTURA (2002)
Ao negociada entre os membros de uma equipe, e entre a equipe e a rede de construo de conhecimentos da qual ela faz parte, ao esta que se concretiza na realizao de uma obra ou na fabricao de um produto inovador. Ao mesmo tempo em que esta ao transforma o meio, ela transforma tambm as representaes e as identidades dos membros da rede produzindo neles novas competncias, atravs da resoluo dos problemas encontrados.
Esta abordagem de trabalho com projetos contempla uma relao diferente com o contedo: em vez de partir dele, como no modelo tradicional, transmissor e informativo, parte-se de um desafio, o qual, para ser resolvido, exige a incorporao de novos contedos pelos educandos. Estes saem da posio de sujeitos ditos passivos e se colocam como sujeitos que querem participar, criar, modificar. E o professor tambm transita do transmissor, centralizador, para o facilitador ou mediador da aprendizagem, partindo do princpio de que mediar negociar, equilibrar, ajustar. Assume, segundo Ventura (2002), o papel fundamental de um tutor que ajuda os educandos a resolverem problemas, criando condies para que eles prprios resolvam novas situaes que lhes forem apresentadas.
Segundo Hernndez (1998, p.57), para tornar significativo um novo conhecimento, necessrio que alguma conexo deste tenha com os que o indivduo j possui, com seus esquemas internos e externos de referncia, ou com as hipteses que possam estabelecer sobre o problema ou tema, tendo presente, alm disso, que cada educando pode ter concepes errneas que devem ser conhecidas para que se construa um processo adequado de ensino/aprendizagem.
[...] formar para a vida significa mais do que reproduzir dados, denominar classificaes ou identificar smbolos. Significa: saber se informar, comunicar-se, argumentar, compreender e agir; enfrentar problemas de diferentes naturezas; participar socialmente, de forma prtica e solidria; ser capaz de elaborar crticas ou propostas; e, especialmente, adquirir uma atitude de permanente aprendizado (PCNEM, 2002, p.9).
No mundo atual, as mudanas so muito rpidas, o volume de informaes cada vez maior, as novas tecnologias invadem nossas vidas, o que tem exigido dos educandos um novo perfil. A maioria deles dominam as novas tecnologias, recebem informaes em tempos reais, vivem conectados em fruns, sites e chats, e os professores insistem em cumprir os contedos dos livros didticos, seguir anotaes amareladas e registrar tudo em um quadro negro.
O trabalho com projetos muda o foco da sala de aula do professor para o educando, da informao para o conhecimento, da memorizao para a aprendizagem. Equilibra teoria e prtica, divide responsabilidades e tarefas, comunica resultados, discute processos avaliativos. Ao trabalhar com projetos, professor e educando assumem a condio de pesquisadores e co-responsveis pelo processo de aprendizagem. Situaes problemas so levantadas para aproximar a aprendizagem de situaes reais vividas pelos educandos. Hipteses so discutidas e testadas para se chegar a solues possveis compreenso dos educandos.
O trabalho com pesquisa, que perpassa todas as etapas de um projeto, favorece que a informao se transforme em conhecimento e aprendizagem. Ao fazer, ao testar, ao pesquisar, teoria e prtica se conjugam. Os projetos rompem com o conceito de teoria como um conhecimento especulativo, racional, associado a aulas expositivas e atividades no significativas para os educandos; rompem tambm com o conceito de prtica como resultado de ao, associada a mtodos e tcnicas. No h mais a lgica tradicional em direo da teoria para a prtica ou a prtica como aplicao da teoria.
Considera-se a concepo de teoria e prtica como complementares, dependentes, inseparveis. possvel perceber a concepo de Teoria-Prtica em uma relao de distino e de dependncia, quando a percepo da prtica depende da e s existente aps a percepo da teoria (OLIVEIRA, 2003, p.47).
7.1 Metodologia de Projetos: uma proposta de educao com afetividade
Os trabalhos com projetos, quando bem planejados e executados, favorecem o desenvolvimento da capacidade de decidir, escolher, falar e escutar. Propiciam aos educandos a alegria em aprender, em descobrir, e a necessidade de construir e pesquisar, desenvolvendo habilidades essenciais para a formao integral do ser humano.
O trabalho com projetos quer mais do que romper com as velhas aulas expositivas, lineares e unidirecionais, pouco interativas e pobres de estmulos: prope um envolvimento de educandos e professores com o conhecimento. preciso avanar para novas formas de ensinar e aprender.
Necessitamos construir um sistema educativo que supere a clssica
contraposio entre razo e emoo, cognio e afetividade, e que rompa com a concepo por ns to conhecida - que atribui ao desenvolvimento do intelecto, dos aspectos cognitivos e racionais, um lugar de destaque na educao, relegando os aspectos emocionais e afetivos de nossa vida a um segundo plano. Assim que a educao tradicional e os currculos escolares, ao trabalharem de maneira puramente cognitiva a matemtica, a lngua, as cincias, a histria, etc., acabam por priorizar apenas um desses aspectos constituintes do psiquismo humano, em detrimento do outro, ou dos outros (ARANTES, 2003).
Uma das possibilidades de desenvolver a afetividade que potencializa o ensino e aprendizagem resgatando o componente ldico que h no trabalho com projetos e que propicia um ensino voltado para a ao, a pesquisa, a vivncia de experincias reais. Promovendo, segundo Moura (1993), a interao entre o educando e os fenmenos do mundo fsico, atravs da experimentao, da manipulao e construo do objeto de conhecimento.
Segundo esse autor, a proposta de valorizao da dimenso ldica na educao escolar conjuga prazer e esforo. Plato, apud Moura (1993, p.5), destaca a importncia do elemento ldico na educao: no ensine os meninos a aprender pela fora e severidade, mas conduza-os por aquilo que os diverte para que possamos descobrir melhor a inclinao de suas mentes. Para Moura, a proposta de valorizar a dimenso ldica na educao visa a ampliar a atuao do estmulo nas atividades escolares e reduzir o fator necessidade. O escritor argentino PECOTCHE (1997, p.38) estabelece:
os movimentos da vontade, pequenos ou grandes, so impulsionados por dois fatores de primordial importncia que se alteram e substituem, temporria ou permanentemente: a necessidade e o estmulo. A necessidade atua sobre a vontade determinando movimentos quase automticos que foram o ser a realizar at aquelas coisas que no quer ou que deveria fazer espontaneamente, a instncia de seu pensar e sentir; seu principal agente a premncia, que no admite dilaes de nenhuma espcie, enquanto apressa o cumprimento de uma obrigao, de um dever ou a satisfao de uma exigncia iniludvel. O estmulo age tambm sobre a vontade, mas, alm disso, ativa a inteligncia e o sentimento, despertando o nobre af de substituir a escassez pela abundncia em cada um dos setores da vida em que a vontade desempenha papel preponderante.
A metodologia de projetos torna-se ento um apoio para uma proposta educacional correlacionada com a afetividade e o ensino e a aprendizagem, j que permite o trabalho com grupos cooperativos, cria condies para que os educandos experimentem suas descobertas, desenvolvam a confiana na prpria capacidade de aprender e tomar decises, fazer escolhas apropriadas na vida. Possibilita tambm praticar o ouvir e refletir sobre fatos; defender a si mesmo e suas idias de forma apropriada; tomar providncias para concretizar objetivos; dizer a verdade, honrar compromissos e servir de exemplo. Promove na escola a autocrtica de suas prticas baseadas no ensino e no na aprendizagem, alm de possibilitar a organizao do currculo escolar por temas e situaes problemas, envolvendo os educandos na pesquisa, tornando o ensino mais ativo e significativo para todos.
8 AVALIAO DA APRENDIZAGEM
Avaliar consiste em diagnosticar a situao real da aprendizagem em relao a indicadores de desempenho, definidos no projeto de Acelerao de Estudos.
A avaliao entendida como fonte principal de informao e referncia para a formulao de prticas educativas que possibilitem o desenvolvimento do educando e ampliao de seus conhecimentos.
A avaliao um ato preventivo, sendo para tanto, necessrio que o professor conhea o nvel de desempenho do educando em cada etapa do processo educativo e compare essa informao com as competncias e habilidades relevantes a serem desenvolvidas, em relao aos contedos trabalhados e, finalmente, tomem as decises que possibilitem atingir os resultados esperados, pois seja a avaliao diagnstica, formativa, emancipatria ou somativa, ela dever necessariamente contribuir para o desenvolvimento do educando, no se limitando apenas como instrumento para formalizar e legitimar uma nota classificatria.
Entretanto, as dificuldades cognitivas enfrentadas pelos educando so consideradas altamente educativas e sua anlise fundamental para que os professores possam perceber como os educandos esto construindo e elaborando seus conhecimentos, uma vez que a avaliao se torna um trabalho com sentido diagnstico, formativo, e s ento somativo, de forma a conhecer o educando, suas dificuldades e facilidades, redimensionando o ensino e propiciando condies favorveis ao desenvolvimento educacional do mesmo.
O que vale mesmo o crescimento do educando em relao as suas prprias expectativas e aos objetivos que so propostos pelo educador. Avaliar somente pelas respostas de uma prova inclui uma grande distoro no processo de aprendizagem, pois avaliar no tarefa simples, e como afirma Luckesi (2001), mas pode ser um ato de coragem, responsvel e amoroso.
A avaliao deve incorporar alm da dimenso cognitiva, outras dimenses (cultural, social, biolgica e afetiva), que fazem parte do processo de formao integral do educando. Nesse sentido, a avaliao no pode considerar apenas o produto, mas tambm o prprio processo de aprendizagem e os aspectos atitudinais demonstrados pelo educando.
Segundo os Parmetros Curriculares Nacionais, ao se efetivar uma avaliao, deve-se considerar os Contedos Conceituais, Procedimentais e Atitudinais como componentes que promovem as capacidades motoras, de equilbrio, de autonomia, de relao interpessoal e de insero social.
O professor, em sua prtica pedaggica, deve ter conscincia de que essas dimenses so objetos de aprendizagem que esto presentes em todas as atividades e contribuem para o desenvolvimento da capacidade dos educandos para uma participao ativa e transformadora, sendo necessrio, portanto, observar-se o tratamento, a seleo e a organizao que so dados a esses componentes essenciais no processo avaliativo.
Avaliao dos Contedos Conceituais:
A aprendizagem dos Contedos Conceituais envolve a abordagem de conceitos, fatos e princpios que possam conduzir o educando representao da realidade, operando atravs de smbolos, idias, signos e imagens. Para isso, do educando precisa adquirir informaes e vivenciar situaes-problema que lhe permitam a aproximao de novos conhecimentos, que o conduzam construo de generalizaes parciais e que, ao longo de suas experincias, possibilitar-lhe-o a elaborao de conceitos mais abrangentes.
Como trabalhar os contedos conceituais? Se embasando naquilo que o educando deve saber. Aps contato com diversas informaes e dados sobre determinado assunto, ele dever ser capaz de formar seu prprio conceito em relao ao contedo proposto, a construo do conceito mais importante que o contedo em si. Da a importncia do educando montar projetos, ele mesmo, com a ajuda do professor, sobre temas escolhido por ele. importante trabalhar assuntos do interesse dos educandos, eles vo desta forma auxiliar na construo metodologia de trabalho, vo levantar hiptese, chegar as suas prprias concluses e formar seus conceitos.
Neste aspecto, cabe ao professor orientar o educando na elaborao de seu projeto, indicar-lhe fontes de pesquisa, auxiliar o educando na seleo de materiais, auxili-los na elaborao do texto final e na exposio final dos trabalhos. O professor dever garantir que no final desse processo o educando, conhea o assunto em seus vrios aspectos, pois atravs dos conceitos por ele construdos que vai ser capaz de mudar de atitudes.
Avaliao dos Contedos Procedimentais:
Os Contedos Procedimentais devem proporcionar aos educandos autonomia para analisar e criticar os resultados obtidos e os processos colocados em ao pelo professor e educando para atingir as metas a que se propem nas atividades escolares.
de fundamental importncia, uma vez que permite incluir conhecimentos que tm sido tradicionalmente excludos do ensino, como documentao, organizao, comparao dos dados, argumentao, verificao, reviso de textos escritos, dentre outros tantos e inumerveis fatores.
Como trabalhar os contedos procedimentais? Visar naquilo que o educando deve saber fazer e estudar. Defender de fato a participao a garantia que todos tenham a oportunidade de participar e escolher. O professor no dar conceitos prontos o educado ter autonomia para suas prprias reflexes. A aula no bastar apenas por boas explicaes, usos do quadro, mural, retroprojetor, slides, as novas tecnologias em geral.
O Professor dever ter conscincia de que no basta fazer uso desses recursos apenas para desenvolver ateno e memria atravs de repetio, impondo um conceito para o educando sem espao para reflexes, apenas para vencer contedos propostos para o projeto. A atitude do professor em relao ao educando ser voltada efetiva aprendizagem, e no na concepo de que dever vencer contedos, seus educandos copiando e prestando ateno em sua palavras, cumprindo atividades de fixao, sendo que tudo isso servir somente para fazer uma boa prova, conseguir um bom conceito e passar de ano. Com isso no alcanar os objetivos propostos pelo projeto, que reconstruir uma identidade autnoma, cooperativa, solidria, humanizada, e resgatar a confiana em si mesmo e em sua capacidade de construir conhecimento.
Avaliao dos Contedos Atitudinais:
Os Contedos Atitudinais desenvolvem normas e valores que permeiam todas as aes educativas. A no compreenso desses valores pelos educadores conduz os educandos aquisio de conhecimentos que no favorecem a formao de boas atitudes, restringindo o conhecimento apenas ao mbito puramente conceitual.
Nesses contedos possvel e necessrio identificar as dimenses procedimentais, atitudinais e conceituais, com a finalidade de que o processo de ensino e aprendizagem no se restrinja ao mdico processo de reproduo das coisas. As atitudinais visam a interveno do educando em sua realidade, atravs de mudanas comportamentais considerando as informaes recebidas, normas e valores. O educando com auxilio do professor ter possibilidades para assumir a condio de pesquisador e co-responsvel pelo seu processo de aprendizagem. Adquirir o hbito de fazer, testar, pesquisar e analisar teorias e prticas, construindo uma identidade autnoma.
Os contedos devem ser trabalhados de forma integrada e o professor deve ter esta intencionalidade mediante qualquer tema ou assunto trabalhado em sala de aula, levando-se em considerao os critrios que devero ser avaliados dentro destas trs dimenses acima citadas.
No basta que se vincule as aes desses contedos, mas que se proponha a dinamizao da integrao dessas aes, de maneira que se distribua, canalize e tenha resultados que possam estar interligados aos fatores de conservao da idia natural de educar, de mediar os conhecimentos atravs de uma metodologia didtica de conhecimento e de informao, para que no se faa do sistema de avaliao uma arma metodolgica de punio, como se tem feito at muito pouco tempo atrs.
Os aspectos qualitativos de aprendizagem prevalecero sobre os aspectos quantitativos, bem como os resultados obtidos ao longo do perodo escolar sobre os exames finais.
Sendo a avaliao um dos aspectos fundamentais de um plano pedaggico, preciso que a forma de avaliar seja dinmica, atravs da qual sejam levantados elementos para a transformao da pratica educativa. Nesse caso, devem ser envolvidas todas as pessoas que participam do processo educacional.
Ser aplicada no Projeto de Acelerao de Estudos III, nveis I, II os trs tipos de avaliao: diagnstica, formativa e somativa, diariamente, mensalmente, bimestralmente, a fim de determinar o avano de cada educando.
Diagnstica: Ser aplica nos primeiros vinte dias de aula para garantir o remanejamento de turma aos educandos que forem identificados como defasados. Objetiva diagnosticar o nvel do educando, visando seu encaminhamento para turmas que melhor responderem as suas necessidades de aprendizagem. Tambm ser voltada para identificar o que deve ser retomado e quais prticas revistas e redimensionadas para intervenes adequadas e necessrias ou, ainda, para constatar interesses, possibilidades, necessidades ou, at mesmo, insuficincias, problemas especficos de aprendizagem, etc.
Formativa e Contnua: Ocorrer durante os 180 letivos, praticamente de forma diria utilizando os referidos registros para posterior avaliao. Aps o desenvolvimento de uma ou mais atividades de aprendizagem, faz-se necessrio verificar se o objetivo desejado foi efetivamente alcanado, caso contrario, se far as devidas intervenes, considerando todos os procedimentos acima citados.
Somativa: tambm chamada de cumulativa, distingui-se da anterior pelo aspecto quantitativo, isto , abrange uma unidade ou rea maior de contedos ou um maior tempo. Esta permear todas as etapas do processo e no apenas no aspecto quantitativo das avaliaes tradicionais, o professor comparar resultados alcanados com resultados esperados, analisar como o conhecimento foi sendo construdo.
Como estratgias de avaliao devem ser realizadas, reunies peridicas para analisar o trabalho pedaggico; observaes com registros sistemticos a respeito do desenvolvimento, das conquistas e mudanas observadas nos educandos atravs de instrumentos, tais como: provas, trabalhos individuais ou de equipe, ficha de acompanhamento de aprendizagem dos contedos, a ser preenchida individual e mensalmente, utilizando a legenda: A Autonomia quando o educando domina o conhecimento do contedo proposto; D dificuldade, quando o educando apresenta dificuldade que necessite interveno; I interveno, aes propostas pela coordenao pedaggica, diante das dificuldades no superadas; dirio de bordo por turma sob responsabilidade do professor, dirio de turma registrado pelo educando de forma rotativa sob controle da coordenao. Acompanhamento do processo com critrios de avaliao definidos, garantido assim, nos instrumentos de avaliao, auto-avaliao, observao registro, que se traduz os resultados concretizados por fatores de anlise dos resultados, elaborao de proposta para melhorar o processo de ensino e aprendizagem mediadas preventivas.
Em resumo, a avaliao cumpre trs funes fundamentais:
- a verificao da aprendizagem;
- o replanejamento da prtica educativa e recuperao;
- a promoo do educando.
A atribuio de notas serve a trs objetivos: classificar o grau de atingimento, pelos educandos, dos objetivos propostos, mediante a adoo de um cdigo (notas); informar ao educando, aos pais e a quanto necessitem conhecer o rendimento desse educando; e, finalmente, promov-lo ou no para a ano seguinte.
O resultado da avaliao ser expresso atravs de notas numa escala de 0,0 (zero) a 10,0 (dez).
Os resultados das avaliaes sero comunicados aos pais ou aos responsveis e ao prprio educando, mediante a entrega de boletins, cuja nica finalidade a de informar os resultados obtidos.
8.1 Recuperao da Aprendizagem:
No cenrio da acelerao de estudos, os docentes ao avaliarem a aprendizagem dos contedos e igualmente a aquisio das habilidades e atitudes essenciais ao exerccio da cidadania devero mostrar-se sensveis s dificuldades apresentadas para oferecer estudos de recuperao e enriquecimento.
A recuperao de estudos ser concomitante ao processo de ensino e de aprendizagem, no se restringindo, apenas a reaplicao do instrumento avaliativo (prova ou outro), porm por meio de novas intervenes didticas (atividades significativas e, quando necessrio, novo instrumento de avaliao). Ocorrer na prpria aula mediante aos esclarecimentos de dvidas, reviso, quando necessrio de contedos anteriores ao estudo em pauta e/ou um trabalho mais direcionado, se for o caso (Resoluo SED n. 2.541, de 13/04/2012, Artigos 84 a 85).
8.2 Apurao do Rendimento Escolar:
Em conformidade com a Resoluo SED n. 2.496, de 12/12/2011, Artigos 86 a 89, A apurao do rendimento escolar ser registrada semanalmente na hora atividade docente e bimestralmente, por meio de Parecer Descritivo, emitido pelos professores da turma.
8.3 Exame Final:
De acordo, Resoluo SED n. 2.496, de 12/12/2011, Artigos 90 a 92, ser encaminhado para exame final o educando com mdia anual inferior a 6 (seis) e com frequncia no inferior a 75% (setenta e cinco por cento).
8.4 Promoo:
Ser considerado aprovado e promovido para o nvel e/ou ano seguinte, (aquele equivalente em caso de reposicionamento no ensino regular 7 Ano, nvel AEI e 9 Ano, nvel AEII), os educandos com:
frequncia igual ou superior a 75% (setenta e cinco por cento) do total da carga horria do calendrio especfico da acelerao;
mdia anual igual ou superior a 6,0 (seis) por componente curricular ou disciplina;
mdia final igual a superior a 5,0 (cinco) por componente curricular ou disciplina (Resoluo SED n. 2.496, de 12/12/2011, Artigos 93 e 94);
8.5 Reteno:
Ser considerado retido o educando das turmas da Acelerao de Estudos com:
frequncia inferior a 75% (setenta e cinco por cento) do total da carga horria letiva do calendrio especfico da acelerao, independentemente dos resultados obtidos no aproveitamento;
media final inferior a 5,0 (cinco) aps exame final (Resoluo SED n. 2.496, de 12/12/2011, Artigos 95).
9. MATRIZ CURRICULAR
Projeto de Acelerao de Estudos do Ensino Fundamental - Escola Estadual Joaquim Murtinho
Ano: a partir de 2012.
Turno: Diurno.
Semana Letiva: 5 (cinco) dias.
Durao da h/a: 50 (cinquenta) minutos.
Hora aula: 5 (cinco) horas-aula dirias.
Durao do ano letivo: 200 (duzentos) dias.
Acelerao de
Estudos (6 ao 9 ano)
Organizao
Acelerao de
Estudos I AEI
Acelerao de
Estudos II AE II
Equivalncia
6 e 7 - E.F. de 9 anos
8 e 9 - E.F. de 9 anos
Base Nacional Diversificada
reas de
Conhecimento
Componente Curricular
Horas-aula
Cincias da Natureza
Cincias da
Natureza
3
3
Matemtica
Matemtica
5
5
Cincias Humanas
Histria
3
3
Geografia
3
3
Linguagens
Lngua Portuguesa
5
5
Arte
2
2
Educao Fsica
2
2
Lngua Estrangeira
Moderna (Ingls)
2
2
Ensino Religioso
1
1
Total de
carga
Horria:
Semanal em h/a
26
26
Anual em h/a
900
900
Anual em horas
750
750
Tabela 3 Distribuio de horas-aula por disciplina
10. EMENTA CURRICULAR
6/7 ANO ACELERAO DE ESTUDOS I - AEI
LNGUA PORTUGUESA
1 Bimestre
Oralidade
Escuta e contao de narrativas, histria de tradio oral (contos populares, lendas, anedota, causos, encantamento)
Gneros textuais
Gramtica no contexto, discursivo ou pragmtico
Diferena entre a lngua oral e a escrita
Elementos da expresso oral em situaes que o dia a dia nem sem oferece, mas que devem ser dominadas (cumprimentos, palavras de saudao)
Prtica de leitura
Contos populares, utilizando a apresentao de leitura (antecipao, inferncia, seleo e verificao)
Texto de diferentes gneros
Objetivos do texto
Idias principais e secundrias
Produo de texto
Gneros textuais trabalhados no bimestre
Condies de produo: finalidade, especificidade da modalidade textual e do suporte; papel assumido pelos interlocutores; progresso temtica
Processo de construo de significao
Anlise e reflexo sobre a lngua
Fontica e fonologia
Estrutura e formao da palavra
Parnimo e homnimos
Gramtica no contexto morfolgico, sinttico e semntico-discursivo
Nveis de linguagem (coloquial, culta, regionalista, gria)
Classes gramaticais
Ortografia
Acentuao
Funes dos sinais de pontuao e seu papel na organizao do texto
Segmentao das frases, orao e perodo
Termos essenciais da orao
2 Bimestre
Oralidade
Discurso, em diferentes contextos, com maior grau de formalidade, planejamento prvio, sustentao de um ponto de vista ao longo da fala
Temporalidade e causalidade no contexto narrativo
Utilizao de tramas: descritiva, narrativa e dissertativa
Relato de opinio de idias por meio de argumentos verbais
Marcadores conversacionais (ento, est bem, pois, pois , deixa l, v l, diz l, pronto, assim, e tal, e tudo, no sei qu), entre outros
Situao comunicativa diversa (fala, com clareza e objetividade)
Prtica de leitura
Textos de diferentes gneros (contos, lentas, crnicas e outros)
Significao da palavra no texto e no contexto
Idias principais e secundrias
Idias implcitas e explcitas
Produo de texto
Condio de produo
Segmentao das frases, orao, perodo e paragrafao
Processo de produo de significado
Norma padro da lngua portuguesa
Recursos figurativos (uso de elementos conotativos, metafricos, metonmicos entre outros
Anlise e reflexo sobre a lngua
Recursos estilsticos utilizados nas caractersticas textuais (metforas, hiprboles, onomatopias dentre outros)
Modos verbais
Acentuao grfica
Pontuao
Ortografia
Concordncia verbal e nominal
Crase
Conectivos textuais (conjunes, preposies, pronomes, advrbios, e locues adverbiais ma produo do texto em estudo)
Conotao e denotao
Termos integrantes das oraes
3 Bimestre
Oralidade
Dramatizao de textos
Rcita de textos poticos (poema: lricos, narrativos, reflexivo, cano e pardia)
Simulao: apresentao jornalstica de rdio e televiso
Prtica de leitura
Textos poticos (poema, lrico, narrativo, descritivo, cintico e reflexivo, cano, pardia)
Informaes explcitas e implcitas
Poesias: poemas/poemas de cordel
Estratgia de leituras em textos verbais e no verbais (seleo, antecipao, inferncia e verificao)
Produo de texto
Textos informativos, poticos e outros
Elementos que estruturam e caracterizam o texto
Estudo da linguagem contida nos gneros
Locutor e interlocutor de um texto
Anlise e reflexo sobre a lngua
Polissemia
Perodo simples e composto
Caracterizao dos personagens e dos espaos, nos gneros textuais em estudo, por meio do emprego dos adjetivos e locues adjetivas
Flexes verbais empregadas na dissertao e narraes em estudo
Figuras de linguagens metfora, comparao, aliterao, repetio, personificao etc. e recursos de estilo empregados nos textos poticos
Voz passiva
Funo apelativa
Ambiguidades
Termos acessrios
4 Bimestre
Oralidade
Relato de opinies e de idias
Marcadores conversacionais (ento, est bem, pois, pois , deixa l, v l, diz l, pronto, assim, e tal, e tudo, no sabem qu), entre outros
Situao comunicativa diversa (fala, com clareza e objetividade)
Fala clareza e objetividade, em situao comunicativa diversas
Marcadores conversacionais
Turno de fala
Prtica de leitura
Textos narrativos (clssicos, contemporneos entre outros)
Textos narrativos ficcionais (contos, lendas, fbulas, histria em quadrinhos e outros
Textos informativos (resumos, relatrio tabelas e grficos)
Objetivos do texto (situao de enunciao: relao autor-texto-leitor)
Interpretao do texto com o auxlio de materiais grficos diversos
Produo de texto
Textos narrativos ficcionais
Elementos bsicos da narrativa: fato, personagem, tempo, lugar
Reescrita do prprio texto
Analise e reflexo sobre a lngua
Pretrito perfeito e imperfeito do modo indicativo
Regncia verbal e nominal
Vozes verbais nos textos dissertativos e narrativos ficcionais em estudos
Emprego do vocativo
Valor dos pronomes de tratamento
Emprego de preposies, pronomes relativos, advrbios e locues adverbiais e conjunes como elementos articuladores nos textos argumentativos
MATEMTICA
1 Bimestre
Conjuntos numricos: naturais, inteiros e racionais
Operaes fundamentais
Mltiplos e Divisores
Nmeros primos
Figuras planas
Slidos geomtricos
Tabelas
Grficos de barras e colunas
2 Bimestre
Potenciao
Radiciao
Fraes
Nmeros Racionais: Operaes
Polgonos
Permetro e rea dos quadrilteros
Tabelas
Grficos de linha
Mdia
3 Bimestre
Sistema Monetrio Brasileiro
Equao
Unidade de medida de massa e capacidade
Volume
ngulos
4 Bimestre
Porcentagem
Regra de Trs simples e composta
Circunferncia e Crculo
Mapas e plantas
Razo e proporo
Probabilidade
CINCIAS
1 Bimestre
Teoria de formao do Universo, Sistema Solar e Planeta Terra.
Origem da Vida.
Solo, gua e Ar: composio e propriedades.
Classificao Biolgica dos Seres Vivos
Vrus, Bactrias, Protozorios e Fungos
2 Bimestre
Invertebrados principais caractersticas do grupo, principais componentes e doenas causadas no ser humano.
3 Bimestre
Vertebrados principais caractersticas do grupo, principais componentes e doenas causadas no ser humano.
4 Bimestre
Vegetais principais caractersticas do grupo, principais componentes e importncia das reas verdes.
GEOGRAFIA
1 BIMESTRE
INTRODUO GEOGRAFIA
Orientao: pontos cardeais, colaterais e formas diversas de localizao
Coordenadas geogrficas: linhas imaginrias e Hemisfrios terrestres
Fusos horrios
Cartografia: elementos de um mapa e tipos de mapas e escala geogrfica
O UNIVERSO
Origem
Sistema Solar
O Planeta Terra e sua evoluo geolgica (Deriva continental e Tectnica de placas)
A LITOSFERA
Formao do Planeta Terra
O relevo terrestre e suas formas fundamentais
Estrutura geolgica de Mato Grosso do Sul
2 BIMESTRE
HIDROSFERA
Hidrografia do Brasil
Hidrografia de Mato Grosso do Sul
ATMOSFERA (CLIMA E VEGETAO)
Fenmenos atmosfricos
O tempo e o clima
Relaes entre clima e vegetao
Estaes do ano
Climatologia de Mato Grosso do Sul
3 BIMESTRE
A FORMAO DO TERRITRIO BRASILEIRO
Localizao geogrfica e extenso territorial
Indicadores econmicos e desigualdades sociais
Quadro econmico e social Indgena e Afro-Brasileiro
POPULAO CRESCIMENTO E CONDIES SOCIOECONMICAS
A populao brasileira: movimentos migratrios, diversidade, indicadores sociais
Populao Afro-Brasileira e Indgena
Populao de Mato Grosso do Sul
REGIONALIZAO GEOECONMICA - CENTRO-SUL BRASILEIRO
Condies naturais, sociais e econmicas: industrializao, comrcio, agropecuria, estrutura fundiria
Transporte: ferrovias, rodovias e hidrovias
Conflitos urbanos e rurais (xodo rural e reforma agrria)
Cidades: problemas sociais e ambientais
Geografia de Mato Grosso do Sul
4 BIMESTRE
NORDESTE
Condies naturais, sociais e econmicas: industrializao, comrcio, agropecuria,
Estrutura fundiria
As subdivises nordestinas
Conflitos urbanos e rurais (xodo rural e reforma agrria)
Transporte: ferrovias, rodovias e hidrovias
Cidades: problemas sociais e ambientais
AMAZNIA
Condies naturais, sociais e econmicas: industrializao, comrcio, agropecuria, estrutura fundiria.
Conflitos urbanos e rurais: xodo rural e reforma agrria
Transporte: ferrovias, rodovias e hidrovias.
Cidades: problemas sociais e ambientais
Populaes indgenas
HISTRIA
1 BIMESTRE
O mundo Primitivo
A evoluo do ser humano
A diviso da Pr Histria
A pr histria no Mato Grosso do Sul.
Mesopotmia
Egito
2 Bimestre
Antiguidade Clssica da Grcia
O legado cultural grego
Antiguidade Clssica em Roma
O legado cultural em Roma
A crise do mundo romano
3 BIMESTRE
O mundo rabe
Feudalismo
A crise feudal
Expanso martima e as Prticas mercantilistas e acumulao primitiva do capital. - foi adicionado o item expanso martima, pois, complementa o contedo
Renascimento
Reformas Religiosas e Contra Reforma
4 BIMESTRE
Brasil Colnia: processo de colonizao portuguesa e espanhola foi includo estes dois colonizadores, pois se tratam dos principais.
As Revoltas coloniais
Brasil Holands.
Histria da frica e dos povos africanos no Brasil
Histria dos povos indgenas e quilombolas do Mato Grosso do Sul.
ARTE
1 BIMESTRE
Arte na Pr-Histria, com nfase em Mato Grosso do Sul
Arte Grega
2 BIMESTRE
Arte Egpcia
Arte Romana
3 BIMESTRE
Arte Bizantina
Arte Renascentista
4 BIMESTRE
Arte Barroca
Arte Neoclssica e o Romantismo.
EDUCAO FSICA
1 Bimestre
CONHECIMENTO SOBRE O CORPO
Posturas corporais adequadas e implicaes de posturas inadequadas (posio para sentar, abaixar, para levantar peso, entre outras)
Capacidades fsicas - flexibilidade, agilidade, velocidade, fora e resistncia (conceito e importncia)
Composio corporal IMC (conceito e como avaliar
Disfunes alimentares e composio corporal:
Hbitos de higiene
Aparelho locomotor e seus sistemas muscular, esqueltico, e nervoso.
2 Bimestre
B22
ATIVIDADES RTMICAS E EXPRESSIVAS
Manifestaes rtmicas regionais - Sul, (Caranguejo, Chimarrita, Pezinho, Balaio, Maanico,Rancheira, Pau-de-Fita, Tatu, Chula, Tirana do Leno, entre outras)
Manifestaes rtmicas regionais - Sudeste (Ticumbi, Congos, Congados ou Congadas, Moambique, Catops, Jongo, Caboclinhos ou Caiaps, Folias de Reis, Marujos, So Gonalo, Calango Mineiro, entre outras)
Reproduo de coreografia caracterstica das manifestaes rtmicas dessas regies
Histria e relao sociocultural das manifestaes rtmicas dessas regies
Noes conceituais sobre o ritmo (conceito e funo)
Manifestaes rtmicas de repercusso nacional (Ax, Forro Universitrio, Funk, MPB, Pagode, Rap, Samba, Sertanejo Universitrio, entre outras).
3 Bimestre
4==O
Ea2JOGOS, LUTAS, GINSTICAS E ESPORTES
Ginstica artstica (histrico)
Posies bsicas do corpo na ginstica artstica (estendido, grupado, carpado, afastado, afastado-carpado, equilbrio, suspenso e apoio)
Aparelhos femininos (mesa, paralelas assimtricas, trave de equilbrio e "solo")
Aparelhos masculinos (cavalo com alas, argolas, mesa, barras paralelas, barra fixa e "solo")
Movimentos bsicos da ginstica artstica (giro, suspenso, salto e aterrissagens, aberturas e fechamentos, balanceio, volteios e deslocamentos com diferentes apoios)
Capoeira e lutas/artes marciais caractersticas da populao local:
- Histrico (objetivo, e principais caractersticas)
- Localizao de criao e expanso pelo Brasil e pelo mundo
4 Bimestre
4==2222
JOGOS, LUTAS, GINSTICAS E ESPORTES
Passes
Recepes
Dribles
Condues
Histria(s) da(s) modalidade(s) esportiva(s)
Regras bsicas da(s) modalidade(s) esportiva(s) Construo/adaptaes de regras/materiais da(s) modalidade(s) esportiva(s)
Jogo e esporte cooperativo e competitivo (conceitos)
Fintas
Finalizaes
ENSINO FUNDAMENTAL LEM - ESPANHOL
6 E 7 ANO
1 Bimestre
CONTEDOS
Funciones Comunicativas
Saludos (formal e informal)
Datos personales
Lxico
El alfabeto
Los pases de habla hispana
Nombres, apellidos y apodos.
Los das de la semana, los meses y estaciones del ao.
Contenido Gramatical
Adjetivo gentilicio
Pronombres personales
Los artculos definidos e indefinidos.
Verbos en presente de indicativo (ser, estar y tener).
Fonemas
A / E / I / O / U
2 Bimestre
CONTEDOS
Funciones Comunicativas
La talla
Los colores
Objetos de clase
Los nmeros y su entorno I
Cantidades en general
Aspectos de la ropa (tela, modelos)
Contenido Gramatical:
Pronombres interrogativos y exclamativos
Numerales cardinales (1 a 100)
Sustantivos
Signos de puntuacin I
Verbos regulares en presente de indicativo (AR)-(ER)-(IR)
Fonemas:
R / RR
3 Bimestre
CONTEDOS
Funciones Comunicativas
La edad
La altura
El peso
Las horas
Fechas importantes
Hechos pasados
Lxico
Los nmeros y su entorno II
Los medios de transporte
Contenido Gramatical
Numerales ordinales (1 a 100)
Adjetivos posesivos
Adjetivos calificativos
Uso de muy y mucho I
Empleo de Tener y
Haber
Pretrito perfecto simple en presente de indicativo
Fonemas
C / S / Z
4 Bimestre
CONTEDOS
Funciones Comunicativas
Profesiones
Descripcin de una habitacin
Elaboracin de un anuncio
Lxico
Los objetos deportivos
Tipos de viviendas
Objetos de la casa
Lugares en un barrio y una ciudad
Contenido Gramatical
Apcope
Uso de Muy y Mucho I
Demostrativos (adjetivos y pronombres)
Pronombres reflexivos
Preposiciones y contracciones
Verbos irregulares
Fonemas
D / T
1 Bimestre
8/9 ANO ACELERAO DE ESTUDOS II
LNGUA PORTUGUESA
1 Bimestre
ORALIDADE
Linguagem, em diferentes contextos
Relato de opinies, de ideias, conhecimento por meio de argumentos verbais
Gramtica no contexto discursivo ou pragmtico
Marcadores conversacionais: (ento, est bem, pois, pois , deixa l, v l, diz l, pronto, assim, e tal, e tudo, no sei qu, entre outros)
Turno de fala
Escuta orientada de crnicas, contos
Dramatizao (expresso corporal)
Variaes lingusticas
PRTICA DE LEITURA
Leitura de textos (notcia)
Interpretao de texto com ou sem auxlio de materiais grficos diversos, relaes entre recursos:
Utilizao das estratgias de leituras como mecanismos de interpretao dos textos:
Formulao de hipteses (antecipao e inferncia)
Verificao de hipteses (seleo e checagem)
Parfrases (reconto dramatizaes, resumo etc)
Os elementos da comunicao: emissor, receptor, canal, mensagem, cdigo.
PRODUO DE TEXTO
Textos informativos, instrucionais
Condies de produo: estrutura textual; finalidade; intencionalidade; tipos de linguagem; papis dos interlocutores
Elementos que estruturam e caracterizam o tipo de texto
Reescrita do prprio texto
Elementos constitutivos dos gneros textuais (tema, ttulo, finalidade, linguagem, interlocutores)
ANLISE E REFLEXO SOBRE A LNGUA
Gramtica no contexto morfolgico e sinttico; semntico; discursivo ou pragmtico
Conotao e denotao Lingustica
Emprego do vocativo
Vozes verbais, nos textos narrativos, epistolares, informativos e instrucionais em estudo
Regncias/Crase
Comparao das diferentes possibilidades de estruturao de frases e perodos nos contos
Variaes Lingusticas
Emprego dos perodos simples e compostos
Recursos coesivos (conjunes, pronomes, preposies, advrbios e locues adverbiais)
Acentuao, pontuao e ortografia
Oraes subordinadas substantivas
2 BIMESTRE
ORALIDADE
Grau de formalidade da sala
Relato de opinies, de idias, conhecimento por meio de argumentos verbais
Elementos da expresso oral
PRTICA DE LEITURA
Argumentao
Adequao da fala s inmeras variedades de situaes comunicativas com clareza e objetividade
Recursos estilsticos quanto inteno do autor
Textos informativos (resumo, resenha, relatrio)
Textos narrativos ficcionais (crnicas)
Textos poticos (cinticos, lricos, picos, letras de msica e pardia)
Inferncia
Informaes explcitas e implcitas no texto
Interpretao do texto com ou sem auxlio de materiais grficos diversos
Funo expressiva das notaes lxicas
PRODUO DE TEXTO
Caracterizao de tipos e gneros textuais (nveis de linguagem, propsito comunicativo estrutura retrica e mecanismos lingusticos)
Textos jornalsticos, cientficos, poticos, narrativos, argumentativos, ficcionais e descritivos
Tipos de textos: mobilizao de conhecimentos prvios, organizao das informaes relevantes
Gramtica funcional a partir de textos: regncias; concordncia nominal e verbal; construo frasal e pontuao
Resumo, resenhas, temticas e crticas
Escrita de texto, considerando o destinatrio, sua finalidade, tema e ttulo, seus espaos de circulao e as caractersticas dos gneros propostos
Utilizao de palavras que estabeleam relaes de tempo causa conseqncia, oposio, comparao, anterioridade e posterioridade
Transformao da linguagem oral em linguagem escrita
Diferentes nveis de linguagem (coloquial culta etc.)
ANLISE E REFLEXO SOBRE A LNGUA
Anlise sinttica da orao
Anlise do perodo composto por coordenao (oraes coordenadas: sindticas e assindticas)
Gramtica no contexto morfolgico e sinttico, semntico, discursivo ou pragmtico
Funes da partcula que
Oraes subordinadas adjetivas
Crase
3 BIMESTRE
ORALIDADE
Linguagem, em diferentes contextos, com maior grau de formalidade
Relato de opinies, de ideias, conhecimento por meio de argumentos verbais
Gramtica no contexto discursivo ou pragmtico
Marcadores conversacionais: (ento, est bem, pois, pois , deixa l, v l, diz l, pronto, assim, e tal, e tudo, no sei qu, entre outros)
Turno de fala
PRTICA DE LEITURA
Textos epistolares (atas e requerimento)
Textos descritivos (imagens, fotos, pessoas, animais, ambientes)
Informaes implcitas e explcitas no texto
Textos dissertativos
PRODUO DE TEXTO
Marcas e mecanismos lingusticos de tipologias textuais de acordo com as especificidades de cada rea do conhecimento
Textos jornalsticos, epistolares e descritivos
Textualidade: unidade de sentido; fatores de textualizao, segmentao das frases, oraes, perodos e paragrafao
Reescrita do prprio texto em funo dos objetivos estabelecidos
Organizao do texto (perodo, pargrafo, introduo, desenvolvimento e concluso)
Estrutura textual: finalidade, intencionalidade, tipo de linguagem, papis dos interlocutores
ANLISE E REFLEXO SOBRE A LNGUA
Gramtica do contexto morfolgico e sinttico, semntico, discursivo ou pragmtico
Perodo composto por coordenao e perodo composto por subordinao
Sintaxe de colocao, de concordncia e de regncia
Oraes subordinadas: substantivas
Funes da partcula se
4 BIMESTRE
ORALIDADE
Conotao e denotao
Identificao dos recursos coesivos utilizados pelo autor
Elementos da expresso oral
Adequao da fala s inmeras variedades de situaes comunicativas com clareza e objetividade em situaes diversas
Simulao: apresentao jornalstica de rdio e televiso
Escuta orientada de crnicas, poesias e outros gneros orais
Relato de opinies de idias, conhecimento por meio de argumentos verbal
Manuteno de um ponto de vista ao longo da fala
Marcadores conversacionais (ento, est bem, pois, pois , deixa l, v l, diz l, pronto, assim, e tal, e tudo, no sei qu, etc.)
PRTICA DE LEITURA
Textos dissertativos (artigo, editorial, carta ao eleitor)
Textos poticos
Linguagem irnica e humorstica
Estratgias de leituras (seleo, antecipao, inferncia, verificao)
Marcas lingusticas e o tema central dos textos
PRODUO DE TEXTO
Planejamento de escrita, considerando o destinatrio, sua finalidade, seus espaos de circulao e as caractersticas dos gneros propostos.
Textualidade: unidade de sentido, fatores de textualizao (coeso e coerncia) segmentao de frases, oraes, perodos e paragrafao
Transformao da linguagem oral em linguagem escrita
Organizao das informaes mais relevantes
ANLISE E REFLEXO SOBRE A LNGUA
Gramtica funcional a partir de textos: regncia, concordncia nominal e verbal, construo frasal e pontuao
Pontuao
Acentuao Grfica
Ortografia
Variao lingustica
Figuras, estilos e vcios de linguagem
MATEMTICA
1 Bimestre
Conjuntos numricos (N, Z, Q, I e R)
Expresses Algbricas
Potncias e suas propriedades
Radicais
Medidas de ngulo
Eixo de Simetria
Mediana, altura e bissetriz
Juros Simples
2 BIMESTRE
Polinmios (Fatorao)
Produtos notveis
Fraes algbricas (simplificao)
Tringulos ( elementos, congruncias)
Volume
Polgonos (semelhana)
3 BIMESTRE
Equao e Inequao do 1 grau
Equao do 2 grau
Grfico da Equao do 2 grau
Semelhana, Razo e Proporo
Teoremas de Tales
Grficos de Colunas, Barras e Setores Linhas
4 BIMESTRE
Introduo ao conceito de funo
Funo do 1 grau / grfico
Funo do 2 grau / grfico
Teorema de Pitgoras Relao Mtrica do tringulo retngulo
Circunferncia e crculo
Noo de razes trigonomtricas
Tabela de Razes trigonomtricas para os ngulos notveis
CINCIAS
1 BIMESTRE
Nveis de organizao do corpo humano (da clula ao organismo)
Histologia
Nutrio: alimentos, doenas relacionadas alimentao, sistema digestrio e o processo de digesto.
Circulao sangunea: sistema cardiovascular, circulao e as defesas do corpo.
2 BIMESTRE
Respirao.
Excreo.
Movimento e suporte: ossos, msculos e articulaes.
Integrao e controle corporal: sistema nervoso, os sentidos e sistema endcrino.
Anatomia e Fisiologia dos sistemas reprodutores masculino e feminino.
3 Bimestre
Conceituao de Qumica.
Substncias e misturas.
tomos, Elementos qumicos e Classificao peridica.
4 BIMESTRE
Conceituao de Fsica.
Cinemtica.
Dinmica.
HISTRIA
1 BIMESTRE
O Iluminismo
Processo revolucionrio ingls
Revoluo industrial
Revoluo Francesa
Era Napolenica
2 BIMESTRE
O processo de independncia das Treze Colnias e formao dos EUA
Independncia dos EUA
Brasil Imprio: Processo de Independncia ( primeiro reinado, e Regncia, Segundo Reinado e Regncia)
Mudanas polticas e sociais no final do Imprio (184-1889)
Guerra do Paraguai
Mato Grosso do Sul (Ainda Mato Grosso): Economia, ciclo da erva-mate
3 BIMESTRE
Repblica Velha: O processo de implantao da Repblica brasileira
Primeira Guerra Mundial
Revoluo Russa
Ascenso dos governos totalitrios:
A Era Vargas
Segunda Guerra Mundial
Guerra Fria
4 BIMESTRE
Guerra Fria
Democracia Militar (pode se trabalhar desde o incio do movimento 1985 at as datas atuais)
Movimento divisionista do Mato Grosso
A descolonizao da frica e da sia
Apartheid.
Processo revolucionrio na Amrica Latina;
Revoluo Cubana
Sustentabilidade planetria e avanos sociais e tecnolgicos. (GLOBALIZAO)
GEOGRAFIA
1 BIMESTRE
CONCEITOS RELEVANTES
Pases desenvolvidos, em desenvolvimento e subdesenvolvidos
Globalizao: Blocos econmicos
Mudanas Ambientais Globais
REGIONALIZAO DA AMRICA
Posio geogrfica, astronmica e rea territorial
Regionalizao do continente americano
Relevo, clima, hidrografia, vegetao e mudanas ambientais
Transporte fluvial e hidrografia
AMRICA ANGLO-SAXNICOS - ESTADOS UNIDOS E CANAD
Aspectos gerais
Potncias econmicas e tecnolgicas
Espaos industriais urbanos
A populao: movimentos migratrios, diversidade, indicadores sociais
2 BIMESTRE
AMRICA DO NORTE
Caractersticas gerais
A populao: movimentos migratrios, diversidade, indicadores sociais, Pases e cidades
Lutas e reforma agrria
NAFTA
AMRICA CENTRAL
Caractersticas gerais
Amrica Central continental
Amrica Central insular
AMRICA DO SUL
Amrica Andina e Platina
Aspectos gerais
Integrao poltica econmica: propostas de integrao MERCOSUL e outros
AMRICA LATINA
Diversidades e contrastes entre os pases latinos
O espao, o ser humano e as mudanas econmicas recentes
Integrao poltica e econmica na Amrica Latina
3 BIMESTRE
ORDEM MUNDIAL CONTEMPORNEA
Origem do capitalismo e socialismo
Guerra Fria
O mundo Ps-Guerra
Revoluo Industrial e Revoluo Tcnico-Cientfica
A diviso do mundo em blocos econmicos
EUROPA
Organizao do espao geogrfico europeu
Urbanizao
Indicadores sociais e econmicos e aspectos demogrficos
4 BIMESTRE
SIA
Diversidade natural
Problemas sociais e conflitos tnicos, culturais e religiosos
Diversidade econmica: tecnologia de ponta, clssica e dependente
Japo, ndia e Tigres Asiticos: aspectos naturais, populao e espao econmico
China: questo demogrfica, produo industrial, insero e expanso no mercado
Internacional
FRICA E OCEANIA
Quadro natural, destruio das florestas e a desertificao do Continente Africano
Subdesenvolvimento e contrastes econmicos da frica
O espao natural da Oceania
Austrlia e Nova Zelndia: pases com desenvolvimento social e econmico
Disputa internacional da Antrtida e regies polares
ARTE
1 BIMESTRE
Arte Realista
Arte Impressionista e Ps-Impressionismo
2 BIMESTRE
Principais Movimentos Artsticos do Sculo xx
Arte Barroca Brasileira
Cultura afro-brasileira, indgena e demais etnias.
3 BIMESTRE
Arte no Brasil Colonial e Repblica
Arte Brasileira no Sculo XX
Cultura afro-brasileira, indgena e demais etnias.
4 BIMESTRE
Arte Brasileira no Sculo XXL
Arte de Mato Grosso do Sul
Cultura afro-brasileira, indgena e demais etnias.
EDUCAO FSICA
1 Bimestre
Conhecimento Sobre o Corpo
Hbitos de Higiene
Educao Fsica e Educao Fsica escolar (conceito)
Princpios do treinamento fsico (freqncia, intensidade e volume)
Sistema respiratrio (funo, componentes