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02/06/2013
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Universidade Estadual Paulista ‘’ Julio de Mesquita Filho”
Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias de Jaboticabal • Introdução
• Definição qualidade e VN
• Métodos de determinação do VN
• Fatores que afetam o VN
Brasil A produção nacional de carne é baseada em
sistemas de produção a pasto, que é diretamente
influenciada pela:
“Sazonalidade de produção de forragem”
Espécies ou cultivares
Diferentes partes da
planta
Estádio de desenvolvi
mento
Condições edafoclimáti
cas
Sistemas de produção
Base para alimentação
Pastagens
Plantas forrageiras
Qualidades nutricionais bastantes distintas
Eficiência da utilização das plantas forrageiras
pelos animais
Qualidade e quantidade de forragem disponível na pastagem
Potencial do animal
Depende de vários fatores
Fatores não
limitantes
Qualidade da pastagem é definida pela produção por
animal relacionada consumo voluntário e
disponibilidade dos nutrientes
Qualidade de forragem / valor alimentício
Valor nutritivo
Digestibilidade Consumo Eficiência energética
Desempenho animal Raymond, 1969
1969 “Qualidade, Avaliação e Utilização de Forragem”
Mott e Moore avaliaram as definições de qualidade, consumo e valor nutritivo
1- Concentração de Nutrientes
2- Digestibilidade dos nutrientes
3- Natureza dos produtos digeridos
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Fatores associados ao valor nutritivo da forragem (Adaptado de Mott e Moore, 1970) 1Prot.: Proteína, EE: extrato etéreo, ENN: Extrativo não nitrogenado, Vit: Vitaminas
Estrutura da Pastagem
• Introdução
• Definição qualidade e VN
• Métodos de determinação do VN
• Fatores que afetam o VN
A melhor avaliação da qualidade de uma forragem é o
desempenho animal (Moore, 1994).
O consumo, a digestibilidade e a eficiência de
utilização são características da forragem que
determinam o desempenho animal, sendo que o
consumo responde por 60 a 90% das variações nos
valores de digestibilidade da energia (MERTENS, 1994).
A eficiência de utilização de plantas forrageiras pelos animais
depende de inúmeros fatores, incluindo a qualidade e a quantidade
da forragem disponível, o potencial do animal e a natureza dos
produtos da digestão.
A qualidade da forragem pode ser expressa em relação à produção
por animal, quando a disponibilidade do alimento e potencial do
animal não são limitantes.
CRAMPTON et al. (1963) ao determinarem o Índice de
Valor Nutritivo observaram que 70% das variações neste
valor correspondem ao consumo e 30% a digestibilidade
da forragem.
As frações químicas relacionadas ao consumo e
digestibilidade da forragem incluem os teores de fibra,
proteína e lignina (CHERNEY e MERTENS, 1998).
ANÁLISE DE FORRAGEM
deve incluir a determinação dos teores de fibra, proteína e lignina, sendo o primeiro ponto crítico para a precisão dessas determinações
a avaliação dos conteúdos de MS da forragem
Algumas avaliações, tais como as de carboidratos solúveis são de particular importância em pesquisas sobre ensilagem.
As análises de taninos, amido e fibra solúvel podem ser de interesse para algum tipo de forragem e algumas situações específicas.
Van Soest, (1994)
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• Introdução
• Definição qualidade e VN
• Métodos de determinação do VN
• Fatores que afetam o VN
Van Soest, (1994)
Alimento
Água Matéria seca
ASA x ASE
Cinza ou Matéria mineral Matéria orgânica
Proteína bruta EE ou Gordura bruta
Fibra bruta Extrato não nitrogenado
Van Soest, (1994)
A análise química pode não fornecer uma estimativa direta do VN de uma forragem, mas pode-se estabelecer relações estatísticas
para se determinar a digestibilidade e o consumo
A utilização dessas relações é de grande importância para se predizer o desempenho animal através da análise dos teores de
fibra, proteína, lignina e de outros componentes da forragem
Alimento
Água Matéria seca
ASA x ASE
Cinza ou Matéria mineral Matéria orgânica
Proteína bruta EE ou Gordura bruta
FDN Carboidratos Não fibrosos
Matéria seca
Matéria orgânica
FDN
O conteúdo de matéria seca (MS) não é considerado uma
característica química por muitos pesquisadores em plantas
forrageiras, mas sua avaliação precisa é essencial para a
acurácia das outras avaliações.
Pequenos erros na avaliação da MS são ampliados no cálculo
das outras frações, afetando a determinação da qualidade da
forragem.
ALIMENTO
Água Matéria
seca
“Método gravimétrico”
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Matéria seca ASA
Cinza ou Matéria mineral
Matéria orgânica
“Incineração do material em mufla (550 ºC)”
“Correção para ASE”
Resumindo...
Qualidade de forragem pode ser definida como o potencial que a forragem tem para produzir uma desejada resposta animal
Fatores que influenciam ...
• Aceitabilidade
• Consumo
• Digestibilidade
• Conteúdo de nutrientes
• Fatores antiqualitativos
• Desempenho animal
Aceitabilidade Animais consumirão a forragem????
Selecionam a forragem baseados
no cheiro, gosto...
Pode ser influenciada:
Textura Quantidade de folhas
Quantidade de esterco ou urina Infestação
} Determinam o
gosto doce
azedo salgado
Forragens de alta qualidade são altamente aceitáveis
Consumo Quanto os animais comerão????
Animais tem que consumir adequadas
quantidades de forragem
Bom desempenho
Quanto mais alta a aceitabilidade e a qualidade da forragem maior consumo
Consumo
Condições de pastejo torna-se o fator principal na predição do desempenho animal
Manejo do pastejo Determinação da estrutura do pasto
Efeito direto sobre o consumo
Densidade de MS
Volume do bocado
Número de refeições
Tempo de pastejo
Duração das refeições
Consumo de forragem
Taxa de consumo
Taxa de bocado
Massa do bocado
ESTRUTURA Adaptado de Carvalho et al. (2001)
VARIÁVEIS QUE COMPÕE O CONSUMO DE FORRAGEM DE UM ANIMAL EM PASTEJO
Somatório de toda forragem consumida em cada uma das ações
realizadas na menor escala de pastejo, o bocado
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Variáveis Altura do dossel (cm) Meses
CV
15 25 35 Fev Abr
TP (h) 7,3 a 6,4 ab 5,5 b 6,1 b 6,7 a 11,5
NR (Ref/dia) 4,8 b 5,7 ab 6,0 a 6,3 a 4,7 b 14,3
TR (h) 1,7 a 1,2 b 1,0 b 1,0 b 1,6 a 19,1
Tempo de pastejo (TP), número de refeições (NR) e tempo da refeição (TR) de
novilhas Nelore em pastos de capim-marandu, submetidas a alturas do dossel nos
meses de fevereiro e abril de 2008.
Médias seguidas pela mesma letra minúscula na linha dentro de cada fator analisado não diferem entre si
pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
CASAGRANDE 2010 15 cm permaneceram pastejando 32,7% 35 cm Compensar a menor taxa de ingestão em função da redução do bocado e aumentar o consumo de forragem em condições de
baixa massa de forragem
Digestibilidade Quanto de forragem será digerida???
Tecidos imaturos e folhas 80 a 90% digeridos
Varia bastante
Tecidos maduros e colmos menos que 50%
Conteúdo de nutrientes
Digerida disponibiliza quanto de nutriente???
70 a 90% de água
Análises padrões rendimento de forragem e conteúdo de nutrientes expressos com base na matéria seca
Forragem seca pode ser dividida em duas
categorias
Conteúdo celular (partes não estruturais do tecido da planta
Componentes estruturais da parede celular (celulose, hemicelulose e lignina)
Podem ser tolerados pelos animais se as concentrações forem restritas a certos limites
Mecanismo de defesa das plantas contra predadores
Compostos tóxicos:
Tornam as forrageiras menos palatáveis Reduzem o consumo
Provocam redução da atividade microbiana do rúmen Resultando em menor digestibilidade
Fatores antiqualitativos
Reduzem a qualidade da forragem
Fatores antiqualitativos
Vários compostos podem estar presentes na forragem podendo diminuir o desempenho animal
Nitrato
Alcalóides
Glicosídeos cianogênicos
Micotoxinas
Doença Morte
}
Espécie da planta
Estação do ano
Condições ambientais
Sensibilidade do animal
Forragem de alta qualidade não devem
conter niveis prejudiciais de compostos
antiqualitativos
• Nitrato ocorre normalmente em muitas plantas forrageiras: Brachiaria radicans (tanner grass), alfafa, kikuio, milho, sorgo ...
• Acúmulo: adubação nitrogenada, baixa luminosidade, seca e doença que restrinja a utilização pela planta.
• Nitrato: normalmente não é toxico no rúmen reduzido a nitrito amônia metahemoglobinuria – restrição no transporte de O2.
• [Nitrato] 0,44% na MS é seguro. • Respiração ofegante, tremor muscular e falta de coordenação
motora, diarreia e micção frequente. • Retirar animais do pasto e fornecer dieta rica em energia, para
rápida utilização de N amoniacal.
Qualidade da forragem
Fatores antiqualitativos
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Qualidade da forragem
Fatores antiqualitativos
• Glicosídeos cianogênicos: um C e uma aglicona (cianeto CN-). • Cynodon, Sorghum e trevo branco. • Durante a mastigação há a liberação de conteúdo celular que
contem beta-glicosidase que mistura-se ao GC liberando cianeto absorvido pelo rúmen, vai à corrente sanguínea e interfere na capacidade de transporte do O2, causando a morte por parasilia respiratória.
• Ruminantes: cianeto metabolizado a tiocianeto no rúmen (adição S), e excretado.
• Dose letal 0,5 a 3,5 mg/kg PV. • Respiração ofegante e mais lenta a seguir, espasmos musculares e
pupilas dilatadas. Morte rápida.
Qualidade da forragem
Fatores antiqualitativos
• Oxalatos: ingestão de alta quantidade presente Brachiaria humidicola e Setaria complexação Ca formando compostos insoluveis que podem depositar-se na parede dos vasos causando necrose e hemorragia desbalanço Ca:P mobilização do mineral manqueira em equinos.
• Ruminantes apresentam MO capaz de degradar oxalato (Oxalobacter formigens).
• Suplementação com Ca propicia condições de solução ao problema.
Famílias e espécies de plantas forrageiras que em determinadas épocas podem conter compostos tóxicos em concentrações suficientemente altas para causar prejuízos aos animais
• Introdução
• Definição qualidade e VN
• Métodos de determinação do VN
• Fatores que afetam o VN
Ecossistema Vários são os fatores que determinam o desempenho animal
Alterações constantes
Controláveis Não
controláveis
Fatores de manejo
Ilustração dos principais fatores que interferem no desempenho de animais mantidos em um ecossistema pastoril. Fonte: Reis et al., 2005a
Quantidade, qualidade e estrutura da forragem disponibilizada
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Espécie forrageira
Sazonalidade da produção
Idade da planta
Fertilidade do solo
Fatores ambientais
Luz
Temperatura
Precipitação
Espécie forrageira
As variações na composição química são resultantes da diversidade genética das plantas (Van Soest, 1994)
Forrageiras de clima tropical X Forrageiras de clima temperado
Qualidade inferior
Maior conteúdo da fração fibrosa Menores valores de digestibilidade da matéria
seca, da fração fibrosa e da proteína bruta
Características anatômicas das gramíneas C3 e C4 podem responder pelas diferenças nutricionais desses grupos de plantas forrageiras
Espécie forrageira
Leguminosas x Gramineas
Leguminosas: qualidade > gramineas
Menos fibra
Consórcio de leguminosas e
gramíneas
Melhoria da
qualidade
Espécie forrageira
Relação lâmina/colmo DIGESTIBILIDADE
Folhas: tecidos vegetais ricos em PB
Menos fibrosas
Maior quantidade de colmos:
Menor consumo
Mais digestíveis
Maior fibra
Menor digestibilidade
Espécie forrageira Proporção de Tecidos em Lâminas Foliares de forrageiras C3 e C4
TVL (Tecido vascular lignificado), BPF(Bainha parenquimática dos feixes), ESC (Esclerênquima), EPI(Epiderme), MES (Mesófilo). Adaptado de Wilson (1997)
Espécies Digestibilidade
(% da MS) Teor de PB (% da MS)
Leguminosas de clima tropical 57 16,5
Gramíneas de clima tropical 54 9,2
Gramíneas de clima temperado 67 11,7
Leguminosas de clima temperado 61 17,5
Valores médios de proteína bruta e de
digestibilidade de espécies forrageiras
Minson (1990)
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Espécie PB
%MS
Frações Fonte
A B1 B2 B3 C
---------------Plantas C4 ------------------------------
Tifton85 13,7 34,8 10,7 15,4 19,6 19,5 Moreira, 2004
Tanzânia 12,2 24,0 5,9 21,1 40,0 9,0 Balsalobre et al., 2003
Mombaça 11,3 14,9 52,8 20,5 11,9 Lista et al.2007
----------------Plantas C3 ------------------------------
Alfafa 20,6 23,4 17,1 51,6 3,1 4,8 Elizalde et al., 1999
Aveia 20,6 95,5 4,1 0,5 Ferrola el at., 2008
Teores de compostos nitrogenados de
forrageiras C3 e C4 Espécie forrageira
0 30 40 50 60 70 80 85
20
15
10
05
Freq
üên
cia
de
o
bse
rva
ções
(%)
Digestibilidade da matéria seca (%)
_ _ _ _ _ espécies tropicais
_______ espécies temperadas
Van Soest, 1994
- 13% DMS
Forrageira Estação das águas Estação das secas
t ha-1 % t ha-1 %
Tifton 85 13,35 91,00 1,32 9,00
Coastcross 10,94 81,46 2,49 18,54
Tifton 9 10,94 84,94 1,94 15,06
Marandú 11,40 87,69 1,60 12,31
Tanzânia 11,75 84,90 2,09 15,10
Produção de matéria seca e distribuição estacional de forrageiras de clima tropical.
Adaptado de Soares Filho et al. (2001)
Porcentagens de material verde e material morto no pasto de Brachiaria
brizantha cv. Marandu avaliado ao longo do ano. Fonte: Oliveira (2003)
43,55
60,75
60,23
63,25
62,4558,48
51,11
56,45
41,52
37,5536,75
39,7739,25
48,89
25,00
30,00
35,00
40,00
45,00
50,00
55,00
60,00
65,00
70,00
Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro
Meses do ano
Ma
teri
al
Ve
rde
(%
)
25,00
30,00
35,00
40,00
45,00
50,00
55,00
60,00
65,00
70,00
Ma
teri
al
Mo
rto
(%
)
Material Verde (%) Material Morto (%)
41,90
40,62
38,63
41,57
39,73
42,6542,70
60,27
59,38
61,37
58,43
57,30 57,35
58,10
36,00
37,00
38,00
39,00
40,00
41,00
42,00
43,00
44,00
Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro
Meses do Ano
Fo
lha
(%
)
55,00
56,00
57,00
58,00
59,00
60,00
61,00
62,00
Co
lmo
(%
)
Folha Colmo
Porcentagens de folha e caule no pasto de Brachiaria brizantha cv. Marandu
avaliado ao longo do ano. Fonte: Oliveira (2003) Adaptado de Bertipaglia et al (2005)
Alterações na composição bromatológica (planta inteira - PI, caule - C e folha - F),
em amostras de Brachiaria brizantha cv. Marandu, obtidas na época das águas (A)
ou nas secas (B).
Águas Seca
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Idade da planta
O estágio de desenvolvimento da planta apresenta ampla relação com a composição química e digestibilidade das forrageiras
Mudanças na estrutura
Redução L:C
Aumento de CHO estruturais Aumento de lignina Redução no conteúdo celular
REDUÇÃO NA DIGESTIBILIDADE
Com o crescimento
Plantas mais velhas = maiores proporções de colmo que
folhas, reduzindo o conteúdo de nutrientes digestíveis
O estágio de desenvolvimento da planta apresenta
ampla relação com a composição química e
digestibilidade das forrageiras
Alterações na composição química de gramíneas forrageiras em função do
estágio de crescimento. Adaptado de Blaser (1988). Qualidade da planta forrageira em função da idade Blaser, 1989
O estágio de desenvolvimento da planta apresenta
ampla relação com a composição química e
digestibilidade das forrageiras
Idade da planta
Seções transversais de fragmentos de colmo mostrando aumento da espessura da parede de células do esclerênquima com o aumento da idade
Tifton 85
B. decumbens
JOVEM IDADE AVANÇADA
Paciullo (2000).
Formado por células longas que desenvolvem uma parede celular espessa, que se lignifica progressivamente com a maturação
Estrutura promove vários pontos de ligação a epiderme e a Bainha Feixe Vascular Efeitos negativos sobre os processos de mastigação Fragmentação Taxa e extensão da digestão Taxa de passagem e no consumo de forragem
Idade da planta
A maturação, que é acompanhado com o decréscimo do valor nutritivo, pode ser acelerada:
Umidade
Ou pode ser retardado pelo pastejo
Colheita forragem:
Deve estar relacionada com o estádio de desenvolvimento
da planta – Valor nutritivo Plantas mais velhas = baixa relação L:C, CHO solúveis e digestibilidade
Luminosidade Temperatura
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Idade da planta
Componente
químicoIdade
Jovem Avançada
PB 7,2 a 4,60 b
FDN 78,9 b 84,6 a
FDA 54,3 b 59,4 a
CEL - -
HEM - -
. Teores de PB, FDN e FDA em segmentos de colmo, conforme a idade
Médias seguidas de letras diferentes na linha são diferentes (P<0,05) pelo teste de Tukey.
Coeficientes de DIVMS em segmentos de colmo, conforme a idade
Médias seguidas de letras diferentes são diferentes (P<0,0) pelo teste de Tukey.
Idade DIVMS
Jovem 62,7 A
Avançada 58,2 B
Paciullo , 2000
Idade da planta
Teores de proteína bruta, de fibra detergente neutro (FDN) e fibra detergente ácido (FDA) da planta, folhas e haste do Tifton 85 em cinco idades de corte
Médias seguidas por letras diferentes na coluna diferem (p<0,05) entre si, pelo teste SNK. Cv= coeficiente de variação
Faria Junior et al, 2009
Fertilidade do solo
.
Disponibilidade de nutrientes do solo exerce influência sobre o crescimento e composição química das plantas forrageiras
Influencia a composição química das plantas
Permite que a planta absorva nutrientes essenciais e também
aqueles tóxicos aos animais
Aumenta a produção de forragem pelo estímulo do
crescimento da planta
Influindo diretamente nos teores de PB, fósforo e potássio e, consequentemente, na digestibilidade e no consumo das forrageiras
Fertilidade do solo
Composição mineral das forrageiras varia em função de uma série de fatores interdependentes
Idade da planta Solo e as adubações feitas
Diferenças entre espécies e variedades Estações do ano Sucessão de cortes
Embora os minerais não forneçam energia, o desbalanço em qualquer elemento considerado essencial aos animais pode limitar ingestão, absorção e utilização dos componentes da dieta, assim como provocar toxidez aos animais (Boin, 1986).
Fertilidade do solo ADUBAÇÃO NITROGENADA
Nitrogênio elemento mais limitante para o
desenvolvimento de gramíneas forrageiras
Aplicado nas pastagens
Aumentar a Produção de matéria seca
(perfilhamento inicial)
Disponibilidade de forragem (rápido crescimento)
> Capacidade de suporte da área
Época quente e chuvosa do ano
> Eficiência de resposta
Fertilidade do solo
Doses de nitrogênio e produção de massa de matéria seca acumulada de seis cortes de Brachiaria brizantha cv. Xaraés. Araçatuba, SP, 2005/2006. Heinrichs et al, 2010
ADUBAÇÃO NITROGENADA
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Fertilidade do solo ADUBAÇÃO NITROGENADA
0
5
10
15
20
25
30
0 25 50 100 200
Doses de nitrogênio (kg N/ha corte)
Nit
rog
ên
io p
lan
ta (
g/k
g)
0
2000
4000
6000
8000
10000
12000
14000
16000
18000
20000
Pro
du
çã
o d
e m
até
ria
se
ca
(kg
/ha
)
Nitrogênio planta (uréia)
MS (uréia)
Concentração de nitrogênio na planta e produção de MS total, soma de cinco cortes, em capim coast-cross, em função de doses nitrogênio.
Adaptado de Primavesi et al., 2004.
Fertilidade do solo
A participação de lâmina folhar foi incrementada com a fertilização, passando de 64, 35, 46 e 55% na ausência de N, para 69, 49, 57 e 58% sob a dose de 360 kg/ ha/ano
Resposta no acúmulo de forragem (kg de MST/ha) de biótipos de Paspalum ao N fertilizante
Médias seguidas pela mesma letra, minúscula nas linhas e maiúsculas nas colunas, não diferem estatisticamente (Tukey a 5%); Modelo: NS-não significativo; **-significativo a 1%; *-significativo a 5%. Townsend et al, 2009
Espécie Doses (kg N/ha) Kg MS/kg N Citação
Braquiarão 0 a 360 11,2 a 20,7 Marcelino et al. (2001)
Coast cross 0 a 750 16,0 a 43,0 Primavesi et al. (2001)
Elefante anão 0 a 600 5,0 a 11,0 Mistura et al. (2001)
Panicum maximum 0 a 450 60,5 a 89,2 Lugão et al. (2001)
Tifton 85 0 a 600 18,5 a 43,0 Alvim et al. (1999)
Pangola 0 a 400 20,0 a 44,0 Salles & Gonçalves, (1982)
Cynodon 0 a 120 39,0 Isepon et al. (1998)
Adaptado de Balsalobre (2002)
Número médio de perfilhos surgidos por geração (G) em touceiras de capim-mombaça (Panicum maximum Jacq.) submetido a doses de nitrogênio e densidades de plantas
Outono = G2,G3 e G4; Inverno = G5,G6 e G7; Primavera = G8,G9 e G10; Verão = G11, G12, G1.
Verão condições de
elevada temperatura, pluviosidade,
insolação diária
estimula as gemas
basilares e axiais
Perfilhamento
< densidade > perfilhamento
O perfilhamento do capim-mombaça aumenta com a adubação nitrogenada e menor densidade de plantas na área, independente da estação do ano
Pereira et al, 2009
Fatores ambientais - Temperatura
Exerce grande influência em todas as fases e processos fisiológicos da planta
Germinação Crescimento Floração Frutificação
Processos de fotossíntese Respiração Transpiração
Atividades enzimáticas
Permeabilidade das membranas
Absorção de água e nutrientes
Induzir precocidade ou
retardar a produção final Velocidade das reações
Lucchesi, 1987
Fatores ambientais - Temperatura
Espécie forrageira
Temperatura (°C)
Mínima Ótima Máxima
Gramíneas e leguminosas tropicais 15 30 a 35 35 a 50
Gramíneas e leguminosas temperadas 5 a 10 20 30 a 35
Temperaturas para o crescimento das forrageiras
Fonte: COOPER e TAINTON (1968); RODRIGUES et al. (1993).
Segundo Van Soest (1994), os efeitos gerais da temperatura mostram-se uniformes em todas as espécies, embora os efeitos quantitativos da temperatura na
qualidade da forragem variem com as partes e espécies de plantas
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Fatores ambientais - Temperatura
Crescimento alterações no nível de tecidos
Compostos estruturais
Celulose Hemicelulose Lignina
Conteúdo celular
Redução na relação folha/caule Aumento da senescência Aumento na quantidade de material morto
Disgestibilidade da forragem
Fatores que aceleram o processo de maturação das plantas afetam negativamente a sua qualidade
Carboidratos solúveis Proteína Minerais Vitaminas
Fatores ambientais - Temperatura
Digestibilidade de plantas quando crescem em temperaturas
VAN SOEST (1994)
Aumento na lignificação da
parede celular Atividade metabólica mais rápida, a qual
diminui o pool metabólico do conteúdo
celular
Os produtos fotossintetizados são deste
modo mais rapidamente convertidos em
componentes estruturais
Decresce o nitrato, proteína e
carboidratos solúveis e
aumentam os componentes
estruturais da parede celular
2 fatores
Espécie Tipo Digestibilidade¹ Fonte
Média de 10 gramíneas C3 e C4 - 1,14% Minson e McLeod (1970) citados por HENDERSON
e ROBINSON (1982b)
Brachiaria ruziziensis C4 - 0,8 a -1,0 % Deinum e Dirven (1975) citados por REIS e
RODRIGUES (1993)
Cynodon dactylon C4 - 1,07% HENDERSON e ROBINSON (1982b)
Festuca arundinacea C3 - 0,8 % Dirven e Deinum (1977) citado por BUXTON e
FALES (1994)
Phleum pratense L. C3 - 0,5 % Ohlsson (1991) citado por BUXTON e FALES
(1994)
Trifolium pratense L. C3 - 0,7 % Ohlsson (1991) citado por BUXTON e FALES
(1994)
¹ Redução proporcionada pelo aumento de 1°C na temperatura de crescimento.
Efeito da temperatura na digestibilidade das forrageiras
Médias seguidas de mesmas letras minúsculas não diferem as estações do ano; médias seguidas de mesmas letras maiúsculas não diferem as variedades de capim pelo teste de Tukey (p>0,05) (Alencar et al., 2010).
Valores médios de produtividade de massa seca, proteína bruta, FDN e digestibilidade in vitro da matéria seca em diferentes estações
Fatores ambientais - Luz
Radiação
solar
Fonte primária da energia para a vida na terra
Regula...
Fotossíntese
Desenvolvimento vegetal
Dormência
Germinação
Morfogênese
Florescimento
(LARCHER, 1995)
Fatores ambientais - Luz
Segundo BUXTON e FALES (1994), as forrageiras podem experimentar reduzida disponibilidade de radiação solar devido a várias condições:
Períodos de elevada nebulosidade
Sombreamento das partes mais baixas das
plantas, pela sua porção superior
Sombreamento pelas plantas companheiras de
maior altura, especialmente quando crescem em consórcio
Sombreamento pelas espécies arbóreas
quando crescem em sistemas silvipastoris
02/06/2013
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Fatores ambientais - Luz
Pesquisas a respeito da influência da luz sobre o crescimento e valor nutritivo das forrageiras
Estudar a competição por luz entre plantas consorciadas Determinar os efeitos do sombreamento proporcionado pelas
espécies arbóreas, componentes de sistemas silvipastoris, sobre as forrageiras que crescem no seu sub-bosque
Fatores ambientais - Luz
(BUXTON e FALES, 1994)
Sombreamento
Efeito direto
Efeitos indiretos
Qualidade, o desenvolvimento morfológico, e a
produção das forrageiras
Alteração da intensidade e
qualidade da radiação
disponível para
as plantas
Amenização da temperatura, tanto do ar como do solo
Redução do estresse hídrico devido à menor evapotranspiração
Fatores ambientais - Luz
Tolerância Gramíneas
Alta Axonopus
compressus Paspalum dilatatum
Paspalum conjugatum
Panicum maximum
Média
Brachiaria brizantha Brachiaria decumbens
Brachiaria umidicola Hemarthria altissima
Paspalum notatum Paspalum plicatulum
Setaria sphacelata
Baixa
Andropogon gayanus Brachiaria mutica
Cynodon plectostachyus
Digitaria decumbens Melinis minutiflora
Pennisetum purpureum
Fonte: CARVALHO (1998)
Tolerância comparativa de gramíneas forrageiras tropicais ao sombreamento
Crescimento na sombra em relação
àquele obtido em condições de
luminosidade plena, sob a influência de
desfolhações regulares
Fatores ambientais - Luz
Segundo BUXTON e FALES (1994), o sombreamento apresenta um menor efeito na qualidade que na morfologia e crescimento das forrageiras
Composição de PB e FDN de lâminas foliares de espécies forrageiras submetidas a diferentes densidades arbóreas no período de agosto de 2006 a abril de 2007
Médias seguidas de letras maiúsculas diferentes na linha diferem entre si (P<0,05) pelo teste Tukey para PB e FND. Médias seguidas de letras minúsculas diferentes na coluna diferem entre si (P<0,05) pelo teste Tukey para PB e FND. Soares, 2010 Média PB
Plantas sombradas foi 14% > do que as demais
Teoria de diluição de nitrogênio de Leimare &
Chartier (1992), de que existe uma porcentagem de nitrogênio ideal para
determinado nível de produção de MS. Se a pleno sol ocorreu maior produção
de MS, isso diluiu mais o nitrogênio absorvido e translocado para as partes
aéreas que nas plantas sombreadas, nas quais a produção de MS foi menor.
Analisadas apenas as lâminas foliares, que apresentam menor teor de FDN em
comparação ao colmo
Fatores ambientais - Luz
Paciullo et al, 2007
Teores de fibra em detergente neutro (FDN), fibra em detergente ácido (FDA), lignina e digestibilidade in vitro da matéria seca (DIVMS) da Brachiaria decumbens, de acordo com as condições de luminosidade. Valores médios obtidos para as frações colmo e lâmina foliar, nos dois anos experimentais
Médias seguidas por letras iguais, nas linhas, não diferem entre si pelo teste F, a 5% de probabilidade.
Fatores ambientais - Luz Produção de matéria seca (MS), produção de proteína bruta (PB), teores de MS, PB, fibra em detergente neutro (FDN), fibra em detergente ácido (FDA) e matéria mineral (MM) dos sistemas com Zeyheria tuberculosa (T1) e controle (T2)
Valores seguidos por letras distintas na coluna diferem entre si pelo teste Tukey (P<0,05). DMS= diferença mínima significativa pelo teste Tukey (P<0,05), CV= coeficiente de variação. * Percentual da base seca
sombra sol
29% maior
Sousa et al, 2007
Estiolamento da planta, comprovado pela maior altura do relvado
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Fatores ambientais – Precipitação/água
+ -
Água estresse da planta
> Ocorrência de estresse por déficit hídrico
Produção da forrageira
Alterações no padrão de crescimento
Inibição do perfilhamento
Acelera a morte de perfilhos estabelecidos
Reduz área foliar pela aceleração da senescência das folhas mais velhas
Maior crescimento do sistema radicular
Fatores ambientais – Precipitação/água
DÉFICIT HÍDRICO Aceleração da senescência das folhas mais velhas
Tanto o nitrogênio como os carboidratos solúveis são mobilizados e exportados da folha
e, em conseqüência, elas senescem
Produção de forragem
Folhas grande porção
> proporção de nutrientes totais
Senescência provoca impacto na qualidade da
forrageira
Fatores ambientais – Precipitação/água
Nov 07 Dez 07 Jan 08 Fev 08 Mar 08 Abr 08 Mai 08
0
50
100
150
200
250
300
350
Precipitação
Tem
pera
tura
(°C
)
Pre
cip
itação
(m
m)
Mês
10
15
20
25
30
354ª Adubação
28/02/2008
3ª Adubação
16/01/20082ª Adubação
19/12/2007
1ª Adubação
14/11/2007
Temp mínima Temp média Temp máxima
Nov 08 Dez 08 Jan09 Fev 09 Mar 09 Abr 09 Mai 09
0
50
100
150
200
250
300
350
3ª Adubação
05/02/2009
2ª Adubação
05/12/2008
1ª Adubação
21/11/2008
Te
mp
era
tura
(°C
)
Pre
cip
ita
çã
o (
mm
)
Mês Precipitação
10
15
20
25
30
35
Temp mínima Temp média Temp máxima
Jan Fev Mar Abr
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
16,53 b
36,10 a
42,82 a
33,13 a
Ta
xa
de
ap
are
cim
en
to d
e p
erf
ilh
os
(%
)
Mês
Médias seguidas pela mesma letra não diferem entre si pelo teste de
Tukey a 5% de probabilidade.
Taxa de aparecimento de perfilhos em função dos meses estudados, em pastos de capim-Marandu manejados sob lotação contínua, durante o período das águas
Fatores ambientais – Precipitação/água
Azenha, 2010
Fatores ambientais – Precipitação/água
Jan Fev Mar Abr
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
2008 2009
Aa
Bb
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Bb
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Ab
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xa
de
mo
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ad
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erf
ilh
os
(%
)
Mês
Médias seguidas de mesma letra minúscula entre os meses dentro de cada
ano e maiúscula entre os anos dentro de cada mês, não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
Mudanças nas condições climáticas
Adubação
Taxa de mortalidade de perfilhos em função dos meses e anos estudados, em pastos de capim-Marandu manejados sob lotação contínua, durante o período das águas.
Azenha, 2010
Fatores ambientais – Precipitação/água
Restrições hídricas SUAVES/MODERADAS:
Reduzem a velocidade de maturação Retardando a formação de colmos
Maiores proporções de folhas e nutrientes digestíveis
Ligeiro aumento na digestibilidade com redução na produção da matéria seca
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Fatores ambientais – Precipitação/água
Restrições hídricas SEVERAS/PROLONGADAS
Estações secas bem definidas nos trópicos
Senescência e queda das folhas
Translocação de muitos nutrientes das folhas para o
sistema radicular
Baixa qualidade da forragem disponível
Fatores ambientais – Precipitação/água
Irrigação altura (cm) F/C MSTotal (t/ha) % PB % FDN % PB % FDN
50% de ECA 44,03 b 2,52 a 15,04 9,45 69,27 4,57 70,72 b
80% de ECA 55,01 a 1,95 b 15,98 8,92 68,24 4,17 79,41 a
Irrigação altura (cm) F/C MSTotal (t/ha) % PB % FDN % PB % FDN
50% de ECA 28,11 b 2,91 13,32 9,75 62,39 b 5,03 72,13 b
80% de ECA 35,00 a 2,74 13,53 9,45 94,41 a 4,57 75,39 a
Folha Colmo
Folha Colmo
Brachiaria brizantha cv. Marandu
Andropogon gayanus cv. Planaltina
Valores médios de características estruturais e composição bromatológica do Andropogon gayanus cv. Planaltina e da Brachiaria brizantha cv. Marandu sob diferentes lâminas de irrigação
Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. ECA =
Evaporação do Tanque Classe A (Adaptado de Magalhães, 2010).
Observou redução no crescimento e melhoria no valor nutritivo das gramíneas quando submetidas a uma menor lâmina de irrigação
Considerações Finais
A qualidade e o valor nutritivo da forragem, a qual reflete no desempenho animal , é resposta de inúmeros
fatores bióticos e abióticos do ecossistema
Entendimento dessas inter-relações permite adoção de práticas de manejo que permitam a exploração do
potencial genético do animal e da forrageira disponível