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I - APRESENTAÇÃO
Projeto. ( Do latim projectu , "lançado para diante ".) S.M. 1.
Idéia que se forma de executar ou realizar algo , no futuro , plano ,
intento , desígnio . 2. Empreendimento a ser realizado dentro de
determinado esquema (Aurélio 1986, p.1400).
"O projeto busca um rumo, uma direção. É uma ação
intencional, com um sentido explícito, com um compromisso definido
coletivamente. Por isso, todo projeto pedagógico da escola é, também,
um projeto político por estar intimamente articulado ao compromisso
sociopolítico com os interesses reais e coletivos da população majoritária.
É político no sentido de compromisso com a formação do cidadão para
um tipo de sociedade. Na dimensão pedagógica reside a possibilidade da
efetivação da intencionalidade da escola, que é a formação do cidadão
participativo, responsável, compromissado, crítico e criativo. Pedagógico,
no sentido do definir as ações educativas e as características necessárias
às escolas de cumprirem seus propósitos e sua intencionalidade". (Ilma
Passos Alencastro Veiga, 2001).
Portanto, este documento contempla a identidade da
Escola abordada nas três dimensões. Ato Situacional, mostrando à
realidade em que a mesma está inserida; Ato Conceitual, que traz o
embasamento teórico que a Escola segue para traçar suas linhas de ação
e Ato Operacional, onde as ações se efetivam pelo trabalho de cada
segmento que compõe a comunidade escolar.
O projeto resultou do trabalho coletivo de todos os
segmentos que formam a Escola, pais, professores, funcionários, equipe
técnico-pedagógica, alunos e comunidade. Sua elaboração pretendeu
levantar a realidade atual para chegar a realidade desejada, traçando
planos de ação que permitirão alcançarmos os objetivos pretendidos.
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II - INTRODUÇÃO
2.1 IDENTIFICAÇÃO
Escola Estadual Curitiba - Ensino
Fundamental
Rua Amador Aguiar, 909, Jardim Panorama,
CEP 87.707-130, Município de Paranavaí,
Telefone/fax (044) 34228234
E- Mail:curitiba-
paranavai@netescola.pr.gov.br
Núcleo Regional de Educação de Paranavaí.
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2.2 CARACTERIZAÇAO GERAL
2.2.1 ASPECTOS HISTÓRICOS
O Estabelecimento foi construído em 1965 e recebeu o
nome de: "Casa Escolar Jaime Antunes de Araújo". No mesmo ano teve
início o seu funcionamento. Foi fundada pelo então engenheiro chefe do
14º Distrito Rodoviário, Dr. Hamilton Vilela Magalhães, com o objetivo de
atender a clientela desta região.
Em homenagem póstuma, o título de patrono da Escola foi
concedido a "Jaime Antunes de Araújo", primeiro morador do 14º Distrito
Rodoviário que exercia a função de motorista do Departamento de
Estradas e Rodagem (D.E.R.), tendo falecido no exercício de suas funções.
A primeira professora designada para exercer a função de
diretora do estabelecimento foi a senhora Odete Ferraz de Magalhães,
através do Ato Administrativo nº. 41 de 15 de março de 1965, pelo então
Inspetor Regional de Ensino, professor João Borba de Camargo.
O primeiro corpo docente era composto pelos seguintes
professores:
Odete Ferraz de Magalhães
Zilda Barros Vilela
Mercedes Serrano Lima
Dilma Selhorst dos Santos
Anésia Martins Braga
Ao ser fundada, a Escola possuía as seguintes
dependências: uma sala de direção, dois banheiros, uma cozinha e duas
varandas cobertas.
A Escola foi criada pela Secretaria da Educação e Cultura,
no ano de 1968 pela portaria nº. 11.481 de 15/08/1968 e foi designada
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para exercer a função de diretora, a professora Dilma Selhorst dos
Santos, portaria nº. 10.553 de 23/08/1968.
Ainda no ano de 1968, foi realizada reforma e construção
de mais duas salas de aula e seis banheiros no estabelecimento. Uma das
salas antigas foi transformada em sala de Direção e biblioteca e a que
antes era destinada à Direção passou a ser sala dos professores, que
também foi ampliada.
A elevação à categoria de grupo escolar foi efetivada pela
portaria nº. 20.134 de 02/05/1970.
O estabelecimento passou a contar com as seguintes
dependências: quatro salas de aula, seis banheiros, um banheiro para
professores, uma cozinha, uma sala de direção, uma sala de professores,
duas varandas cobertas e um pequeno almoxarifado, perfazendo um total
de dezessete dependências.
A Escola contava com o seguinte corpo docente:
Dilma Selhorst dos Santos Diretora
Zila Maria Carvalho Regente de Classe
Zélia Pilati Rodrigues Regente de Classe
Therezinha Bogoni Regente de Classe
Elga Machado Spigolon Regente de Classe
Leonilda Roseli Maguetas Regente de Classe
Sueko Yamagutty Regente de Classe
Mafalda Danieli Regente de Classe
Ephídia Honorina Ribeiro Regente de Classe
Nair Campana Aux. de Reg. de 1ª série
Creide Aparecida V. Marques Aux. de Reg. de 1ª série
Ilda Portelo Selhorst Licença pré - natal
Marlene Serrano Lima Aux. de Reg. 2ª série, funcionária
do D.E.R., adida no estabelecimento.
Irene dos Santos Substituta
Yoshie Hirose Orientadora
Débora Maria dos Santos Merendeira
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Delfina Maria dos Santos Biblioteca e Sanitarista
Anésia Martins Braga Licença
Iolanda Maria P. de Barros Licença sem vencimento
Zedenir Bosa Lotada neste
estabelecimento e adida em outro estabelecimento
Laura A. de Oliveira Lotada neste
estabelecimento e adida em outro estabelecimento.
Iracy Travassos Assistente Técnica da Escola
Normal de Guairaça.
SERVENTES
Rosália Sanches Bilches Recebida
Maria B. D. Padilha Recebida
Laura da Silva Gangussu Lotada no Grupo
escolar São Jorge, adida no estabelecimento.
O corpo discente era então constituído por 276 alunos.
Cumprindo exigências da Lei Federal nº. 5.692, de 11 de
agosto de 1971, que fixava Diretrizes e Bases de Ensino de 1º e 2º Graus,
homologados pelas resoluções nº. 1547/76 e 1553/76 e. satisfeitos os
requisitos contidos nas Deliberações nº. 26/71 e 40/75 do Conselho
estadual de Educação, ficou autorizado em 17 de janeiro de 1977, pelo
Decreto nº. 2843, a funcionar nos termos da legislação vigente, o
complexo Escolar Jaime Antunes de Araújo - Ensino de 1º Grau, mantido
pelo governo do Estado do Paraná, resultando da reorganização do Grupo
Escolar Getúlio Vargas, Casa Castro Alves e Grupo Escolar Jaime Antunes
de Araújo, todos do mesmo município.
A Casa Escolar Castro Alves e o Grupo Escolar Jaime
Antunes de Araújo, passaram a constituir-se em um único
estabelecimento sob a denominação de Escola Curitiba - Ensino de 1º
Grau.
O Grupo Escolar Getúlio Vargas passou a denominar-se
Escola Getúlio Vargas - Ensino de 1º Grau.
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Em 24 de junho de 1976 foram inauguradas as instalações
da Escola Estadual Curitiba, no então governo Jaime Canet Junior, no
intuito de atender a crescente demanda populacional, visto que, o
município experimentava, nessa época, notável desenvolvimento a nível
nacional. Recebeu o nome de Escola Estadual Curitiba em retribuição a
homenagem de uma escola da capital do Estado que passou a chamar-se
Escola Paranavaí.
O Curso de 1º Grau - Regular da Escola Curitiba - Ensino de
1º Grau, em 30 de novembro de 1981, tornou-se reconhecido, através da
Resolução nº 2811/81.
De 1977 a 2005, a Escola Estadual Curitiba - contou com os
seguintes diretores:
1977/1978 - Irma Moreira Alves
1979 - Creide Aparecida Vera Marques
1980 - Nair Campana
1981/1983 - Ester Angeli de Oliveira
1983 - agosto -1985 - Elenice Pereira
1986/1989 - Luisa Nogueira Firmiano
1990/1992 - Paulo Cesar Franzini
1993 - Ester Bove Vieira
1993- agosto- 1995 - fevereiro - Lusia Nogueira Firmiano
1995- março - 2001 - Ester Bove
2002/2003 - Zenaide Maia
2003/2005- Zenaide Maia
Atualmente o estabelecimento conta com 487 alunos,
atendidos nos períodos matutino e vespertino.
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2.2.2 ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO
A Escola Estadual Curitiba - Ensino Fundamental conta com
o seguinte espaço físico:
01 pátio coberto;
10 salas de aula;
02 banheiros para alunos;
01 sala de direção;
01 sala de supervisão escolar,
02 salas de orientação escolar;
01 sala de professores;
01 sala de vídeo;
01 sala para gravação da TV Escola e videoteca;
01 sala de secretaria;
01 biblioteca
03 banheiros para funcionários;
02 almoxarifados;
02 cozinhas;
01 dispensa para merenda escolar;
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01 refeitório;
01 quadra aberta;
01 quadra coberta
02 mesas e ping-pong;
01 campo de futebol;
01 pista de atletismo;
Quadras polivalentes e vôlei de areia, bem como o campo
de futebol, são utilizados durante as aulas de educação física e também
em período contrário com o objetivo de integração social dos alunos.
A biblioteca atende os dois períodos, sendo espaço para
leitura, pesquisa e construção do conhecimento.
A sala de vídeo é freqüentemente usada, pois os
professores usam as fitas gravadas da videoteca com apoio didático.
O refeitório é um espaço onde os alunos podem fazer
as refeições com tranqüilidade e em algumas vezes, é usado para
palestras.
2.2.3 RECURSOS HUMANOS
A escola dispõe atualmente de um quadro com vinte e
nove professores, sendo que 100% deles possuem curso de
especialização em sua área específica ou dentro da área da educação,
destes apenas seis professores possuem lotação neste estabelecimento
de ensino, outros quinze pertencem ao Quadro Próprio do Magistério, mas
estão sem lotação ou lotados em outros estabelecimentos de ensino,
sendo os demais com contratos temporários. Conta também com uma
professora efetiva na área de Educação Especial para atendimento a Sala
de Recursos com 20 horas na escola.
A Equipe Pedagógica conta com direção de 40 horas e mais
duas professoras-pedagogas com 20 horas cada, uma no período
matutino e outra no período vespertino, sendo que toda a equipe possui
especialização em educação.
8
O quadro de funcionários administrativos é formado por
uma secretária com 40 horas e três auxiliar - administrativos, sendo dois
com 40 horas e um com 20 horas, destes um possui terceiro grau
completo, dois ensino médio completo e um ensino médio incompleto,
sendo todos os funcionários efetivos. Em relação ao quadro de Apoio a
escola conta com três funcionários efetivos com 40 horas, sendo uma
com Ensino Médio completo e duas com Primário, um funcionário com 40
horas no Regime CLT COM Ensino Médio completo, um Paranaeducação
com Ensino Fundamental completo com 40 horas e um CLT com 20 horas
com Primário completo.
2.2.4 OFERTA DE CURSOS E MODALIDADES
A Escola Estadual Curitiba atende de 5ª a 8ª séries do
Ensino Fundamental, em dois turnos matutino e vespertino, sendo que no
período matutino as aulas têm início as 7h30m. e término as 11h 55m.,
incluindo o intervalo de 15 minutos, e no período vespertino com início as
13h 15m. e término as 17h 35m., incluindo o intervalo de 10 minutos.
No período matutino atende dez turmas assim distribuídas:
três 5ª três 6ª, duas 7ª e duas 8ª séries, contando também com
atendimento de uma Sala de Apoio a Aprendizagem de Matemática e
uma de Português. No período vespertino são atendidas quatro turmas
sendo duas 5ª, uma 6ª e uma 7ª série, Sala de Recursos e Sala de Apoio a
Aprendizagem de Matemática e Português.
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OBJETIVOS GERAIS:
1 - Cumprir exigência legal estabelecida pela Lei de
Diretrizes e Bases da Educação – LDB (Lei 9394, de 20 de dezembro de
1996) em seus artigos 12, I “elaborar e executar a sua proposta
pedagógica”; 13 I “elaborar e cumprir um plano de trabalho, segundo a
Proposta Pedagógica do estabelecimento de ensino”; e l4, I “ participação
dos profissionais da educação na elaboração do Projeto Pedagógico da
Escola”.
2 - Integrar toda a Comunidade Escolar visando o
desenvolvimento pleno de um cidadão crítico, participativo, ético e
solidário.
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3 - Organizar o trabalho escolar estabelecendo as linhas
de ação do trabalho coletivo, que após proceder a prática investigativa da
realidade, aponta o caminho a ser percorrido entre o real e o ideal.
4 - Garantir a aprendizagem com apropriação crítica do
conhecimento, por todos os alunos da escola, cientes de que alguns
necessitam de condições específicas.
MARCO SITUACIONAL
O Brasil é um país de grandes contrastes; grandes riquezas
para poucos, miséria para muitos. Em um país privilegiado por riquezas
naturais, com imensas áreas de terra produtiva, poderíamos acreditar
que a população desfrutasse de qualidade de vida invejável, porém
contrariando as expectativas, o que se observa é que uma considerável
parcela da população enfrenta condições de vida bastante precárias,
onde de acordo com o site: www.educaterra.terra.com.br, cinqüenta
11
milhões estão abaixo da linha da pobreza, em extrema miséria, passando
fome. Esta contradição acontece porque o país está entre os mais
injustos na distribuição de renda, a corrupção é prática freqüente e o
descaso do poder público gera uma desigualdade das mais graves do
planeta. Nesta perspectiva surgem os graves problemas sociais;
violência, uso de drogas, desemprego, mendicância, crianças de rua...
Entre crianças e adolescentes cresce a olhos vistos o consumo de drogas,
influenciadas pelo descaso das autoridades, filhos de famílias
desestruturadas, sem esperança no futuro, buscam no vício um
subterfúgio, tanto em drogas lícitas, como ilícitas, assim como muitos
pais de família se refugiam no álcool agravando ainda mais a crise
familiar. A falta de políticas públicas gera o caos social.
A Educação no Brasil enfrenta problemas de base que
ainda não foram resolvidos, sendo assim, ao mesmo tempo em que
encontramos setores da economia que se caracterizam por um perfil
modernizador, nos deparamos também com amplos setores tradicionais,
cujos integrantes vivem muitas vezes em condições mínimas de
sobrevivência. Frente a esta realidade a Educação vem enfrentando
uma crise sem precedentes, a Escola tenta suprir uma função social que
vai muito além das suas possibilidades, sem o apoio da sociedade,
famílias desestruturadas e desesperançadas, depositam na escola seus
filhos como “tábua de salvação”, cabe a ela, Escola, dar todo o suporte
que a família em si não pode mais oferecer, tarefa esta que acaba por
tornar-se um fardo pesado demais para os profissionais em Educação,
que travam como “Dom Quixote” uma luta inglória, tentando à deriva dar
conta de todas as exigências que recaem sobre seus ombros,prova disto
está no grande número de trabalhadores afastados por problemas de
saúde, inclusive com perturbações psiquiátricas.
Em todas as camadas sociais observa-se mudanças
significativas na estrutura familiar, com a crescente expansão da
presença da mulher no mercado de trabalho, o corre-corre da vida
moderna, não temos mais uma presença constante para dar atenção e
qualidade na educação dos filhos, mesmo nas classes mais privilegiadas
12
financeiramente a crise se evidencia, como comprova o aumento da
marginalidade e o crescente número de usuários de drogas entre os
jovens da classe média-alta. Assim a responsabilidade pela formação fica
a cargo de terceiros e sob a influência da televisão, dos jogos eletrônicos
e da Internet.
Em vista desta realidade, é fundamental que a questão
educacional seja debatida no contexto das esferas política, econômica e
social, relacionado-a não apenas a um modelo de desenvolvimento
produtivo, mas, sobretudo, a um modelo norteado pela equidade, por um
sentido solidário da vida e uma ética pública.
A educação publica encontra-se em estado de deterioração
não apenas devido à má gestão, mas, sobretudo devido a questão
político-econômica que atravessa a sociedade brasileira.
Em relação à gestão do sistema, torna-se urgente a
articulação das esferas públicas do poder, a garantia de continuidade nas
políticas e programas, o redimensionamento e democratização dos canais
e recursos do financiamento em educação, a garantia dos municípios de
autonomia na gestão dos recursos financeiros, o fortalecimento das
articulações entre o MEC, o Congresso Nacional e outras esferas de
governo.
Embora o Brasil tenha avançado no campo da educação
nas últimas décadas, ainda há muito para ser feito. Pesquisas na área
educacional apontam que um terço dos brasileiros freqüentam
diariamente a escola. São mais de 2,5 milhões de professores e 57
milhões de estudantes matriculados em todos os níveis de ensino. Esses
números apontam um crescimento no nível de escolaridade do povo
brasileiro, fator considerado importante para melhoria do nível de
desenvolvimento de nosso país, também o analfabetismo vem caindo
mostrando um grande avanço nesta área,site
www.suapesquisa.com./educacaobrasil .
Apesar dos avanços obtidos nos últimos anos pelo BRASIL
na educação, o país ainda tem um desafio a enfrentar , a má qualidade
do ensino oferecido pelas escolas brasileiras ,segundo a UNESCO, o Brasil
13
aparece na 72ª colocação no índice de Desenvolvimento da Educação
para todos entre os 127 paises que assinaram o acordo no Fórum Mundial
de Educação em Dacar, no Senegal, em 2000, que se comprometeram a
tomar seis medidas para melhorar o ensino em suas escolas: expandir o
acesso a cuidados e a educação para a primeira infância; garantir a
educação primária universal; criar oportunidades aprimoradas de
aprendizados para jovens e adultos; gerar um aumento de 50% em taxas
de alfabetização de adultos; promover a igualdade de gênero; melhorar
todos os aspectos da qualidade da educação.
. O Brasil está em condições de alcançar quase todas as
metas propostas pela Educação para todos e recebeu elogios. No entanto,
a questão da qualidade ainda é um problema, pois a capacidade
pedagógica, a formação continuada e o salário dos professores ainda
deixam muito a desejar.
Sabemos que no Brasil cerca de 10% da população é
portadora de algum tipo de deficiência, tornando-se, portanto,
imprescindível que o sistema educacional brasileiro organize-se e se
estruture de forma que essas pessoas tenham o acesso e permanência na
escola assegurada.
Para tanto, a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação
(lei nº 9394/96) apresenta características básicas de flexibilidade, além
de algumas inovações que em muito favorece o aluno portador de
necessidades educativas especiais.
A nova proposta de Educação Inclusiva recomenda que
todos os indivíduos portadores de necessidades educativas especiais
sejam matriculados em turma regular, o que se baseia no princípio de
educação para todos.
O Paraná comparado ao restante do país, principalmente as
regiões Norte e Nordeste, é considerado um Estado promissor, atingindo
melhores índices em qualidade de vida e em Educação, porém, ainda há
muito que se aprimorar em termos sociais: geração de empregos,
atendimento a saúde, ampliação de verbas destinadas a Educação,
projetos de atendimento a criança e ao adolescente, entre outros.
14
Os resultados positivos alcançados pelo Programa Paraná
Alfabetizado levou o governo do Paraná a estabelecer uma audaciosa
meta: zerar o número de analfabetos em todo o Estado em até quatro
anos.
O Paraná alfabetizado é desenvolvido pela Secretaria de
Estado da Educação em parceria com o governo federal, municípios e
entidades de serviços o Paraná espera até o final de 2006 que os 27
municípios paranaenses que tinham os maiores índices de analfabetos
sejam os primeiros a serem declarados Territórios Livres do Analfabetismo
no Paraná.
O Programa Paraná Alfabetizado começou em 2004 e até
o final do ano deve encerrar as atividades com 131 mil alfabetizados.
De acordo com os dados do censo do Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE) de 2000, 9,5% da população do Paraná -
com idade acima de quinze anos era analfabeta.. Isso representa um
universo de 649 mil pessoas. Em 2003, um outro levantamento apontou
que esse índice reduziu em 37%, passando para 597 mil pessoas.
Paraná se destaca em combate ao analfabetismo, entretanto, 50% das
crianças da 4ª série do ensino fundamental têm dificuldades de leitura.
Dados do Sistema Nacional de Avaliação da Educação
Básica (Saeb) mostram que 50% das crianças paranaenses que cursam a
4ª série do ensino fundamental têm dificuldades de leitura. Destas,
13,7% teve um desempenho considerado “muito crítico”, não
conseguindo responder às questões da prova. Também foi apurado que
estas crianças continuam com deficiências de aprendizado nas séries
posteriores, agravando o problema.
Em 1993, 11,5% desta população paranaense não sabiam
ler e escrever, em 2003, o índice baixou para 7,8%. Estes números são
creditados a iniciativa como os Centros de Educação Básica de Jovens e
Adultos (CEBJAS). Contudo, o Estado tem uma porcentagem de freqüência
escolar de adolescentes de baixa renda inferior à média nacional. No
Brasil este índice é de 75,9% e no Paraná 67,7%.
15
Fonte: (O Estado do Paraná, p.12 – Sâmar Razzak; Tribuna
do Paraná, p.2; Gazeta do Povo-PR, p.8 – Marcio Antonio Campos; Hoje-
PR, p.6)
Também o nosso município enfrenta dificuldades: distante
da capital, pouco industrializado, gerando poucas oportunidades de
emprego para as novas gerações que acabam por migrar para centros
maiores, os que ficam são obrigados a se submeter a subempregos, com
baixa remuneração e nenhuma perspectiva de crescimento profissional,
ou pior ainda, toma o rumo da marginalidade empurrados pela
negligência da família, do Estado e da Sociedade.
Paranavaí tem um povo preocupado com a educação de seus filhos.
O município de Paranavaí é sede do Núcleo Regional de
Educação que coordena as atividades escolares de 21 municípios.
A população escolar é composta de 23.757 alunos,
distribuídos nas quatro modalidades de ensino: Educação Infantil, Ensino
Fundamental de 1ª a 4ª série ( a cargo da rede municipal ) e de 5ª a 8ª
série e o Ensino Médio da competência da rede estadual. O Estado oferta
também a Educação de Jovens e Adultos pelo CEEBJAS.
A Rede Municipal é composta de...
21 Escolas urbanas e 4 Escolas rurais, 3 centros de
Educação Infantil e Educação Especial, com um número aproximado de
7.800 alunos.
A rede estadual é composta de 3 escolas, 8 colégios, 2
CEEBJAS, com os alunos assim distribuídos:
Ensino Fundamental de 5ª a 8ª série _________ 4.772
Ensino Médio ____________________________ 3.153
EJA - F2_______________________________ 151
F3_______________________________ 299
Perfazendo um total de ________________ 8.375 alunos.
O quadro de professores da rede estadual é no momento
(junho de 2005) de 297 professores QPM, 40 especialistas, 41 CLT, 57 PSS
e 1 PR Educação.
APAE – Educação Especial - 245 alunos.
16
Temos 02 (duas) instituição de Ensino Superior. Contamos
ainda com a rede particular
Escola de Educação Básica e Profissional – Fundação
Bradesco, Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio, atende
um total de cerca de 1000 alunos.
Escola Intentus – Educação Infantil e Ensino Fundamental
atende 238 alunos.
Escola Dinâmica – Educação Infantil e Ensino Fundamental
atende 200 alunos.
Colégio Nossa Senhora do Carmo Educação Infantil, Ensino
Fundamental e Ensino Médio. Atende 589 alunos. Oferta um importante
cursinho de preparação universitária com aproximadamente 200 alunos
durante o ano e um curso de Teologia com 160 alunos com duração de 2
anos – 950 alunos.
Colégio Nobel – Ensino Médio e Pré-vestibular atende 600
alunos.
Escola Simetria-Educação Infantil e Ensino Fundamental,
atende 179 alunos.
Colégio Objetivo – Ensino Médio atende 105 alunos.
Escola Vicentina São Vicente de Paulo – Educação Infantil e
Ensino Fundamental – atende aproximadamente 500 alunos. 20 a 25%
das vagas são ofertadas às crianças carentes, filantropia.
Centro de Educação Infantil Século XXI S/C – atende 90
alunos.
FAFIPA - Faculdade Estadual de Educação, Ciências e Letras
de Paranavaí – oferta 11 cursos – atende 2.220 alunos.
UNIPAR - Universidade Paranaense - oferta 08 cursos –
atende 1.500 alunos.
Rede Municipal - 7.800 alunos ( Fonte: Secretaria Municipal
de Educação)
Rede Estadual - 8.375 alunos
Rede Particular – 7.582 alunos
23.757 alunos
17
A Biblioteca Pública Municipal Júlia Wanderley foi criada
pela Lei 230 de 07 de Dezembro de 1950 e atende a toda a população de
Paranavaí e Região. Está localizado na Praça Rodrigo Ayres ao lado do
Teatro Municipal de Paranavaí – Dr. Altino Afonso Costa.
Para as atividades recreativas a cidade conta com 03
grandes clubes sociais, que são o Clube Campestre, Harmonia Country
Clube, SPDC (Sociedade Paranavaiense de Desporto e Cultura),
pertencente à Colônia Nipônica. Além desses clubes, ainda temos a Idade
Dourada, para quem gosta de dançar.
A população Paranavaiense conta com a prestação de
serviços do SESC, SENAC e SENAI que oferecem cursos
profissionalizantes, recreação variadas, atendimento diferenciado ao
idoso, entre outros serviços.
A realidade da Escola Estadual Curitiba não é diferente da
apresentada na sociedade como um todo, porém temos certas
especificidades, pois a Escola está localizada em um bairro que atende
regiões periféricas do município e a população que a compõe é carente,
com baixa situação sócio-econômico-cultural. Em relação aos pais dos
educandos, cerca de 70% obtém sua subsistência em ocupações sem
carteira assinada, são coletores de lixo reciclável, bóias-frias, entre outras
atividades informais, muitas famílias são formadas apenas pelos filhos e
as mães que geralmente trabalham como domésticas ou diaristas,
também não são poucos os casos em que quem assume a
responsabilidade pelas crianças são os avós. A Comunidade Escolar é
atendida pelos programas sociais criados pelo governo como paliativo
para o desemprego e remuneração injusta, certas vezes, tornando-se
quase que única fonte de renda, o que garante a presença dos educandos
na Escola, mas não garante a valorização do saber, visto por pais e
educandos como único motivador para a presença na Escola. Neste
contexto o assistencialismo é praticado na Escola que recebe crianças
doentes, carentes de recursos e desmotivadas, sem esperança em um
futuro melhor. A presença dos responsáveis para acompanhar o
desempenho dos filhos fica comprometida pelo excesso de trabalho ou
18
por acreditarem-se incompetentes diante da tarefa de auxiliar a Escola na
formação de seus filhos. O conhecimento formal é escasso, pois a luta
pelo pão impede que se disponha de recursos para a aquisição de livros,
revistas ou jornais, assim, as crianças que não adquiriram o hábito da
leitura na família, acabam desvalorizando esta prática, dificultando o
trabalho dos professores que precisam acender o interesse com práticas
diárias de leitura, pois o espaço escolar é efetivamente o único momento
em que têm contato com a leitura. As moradias precárias impossibilitam
espaço adequado para realização das tarefas escolares, pois moram em
conjuntos habitacionais que se localizam em regiões sem infra-estrutura
e as casas têm espaço reduzido para o número de moradores,quando não
vivem em barracos erguidos com restos de diversos materiais, como
tábuas, lonas e papelão, que se formam no entorno dos conjuntos
habitacionais, vivendo em condições sub-humanas.
Assim sendo, não é de causar espanto o descaso e o
desinteresse com que muitos tratam a Escola e o próprio saber
representado por ela, que enfrenta o preconceito dos que não participam
do dia-a-dia escolar, confundindo periferia com ineficiência e carência
com indisciplina. Certas famílias acreditam que buscando vaga em
escolas centrais estariam oferecendo a seus filhos uma fuga da situação
de carência apresentada.
Cabe então a Escola superar este preconceito através de
ações voltadas ao desenvolvimento pleno do educando, fica claro que
todos os profissionais precisam trabalhar coletivamente para oferecer a
esta população condições de aprendizado, propiciando
instrumentalização política para que o educando utilize-se do
conhecimento como componente do processo de cidadania.Objetivando
prepará-lo para a atuação solidária e participativa na sociedade,que
possa causar mudanças na realidade imposta.
A Escola Estadual Curitiba atende alunos de projetos como:
"BOLSA FAMÍLIA, FORMANDO CIDADÃO, GUARDA MIRIM", onde há um
acompanhamento nas suas atividades escolares, através, de registros em
fichas e controle de assiduidade, que são enviadas aos responsáveis
19
pelos programas; os pais são comunicados com freqüência sobre o
rendimento escolar de seus filhos através de reuniões.
Em decorrência da série crise familiar vivida pela
sociedade, os problemas disciplinares têm se agravado visivelmente, o
que tem dificultado o bom andamento das atividades escolares e
notadamente, gerado dificuldades de aprendizagem , pois se não
bastasse as condições precárias em que se encontra a Educação pública
no Brasil, como revelam os indicadores de qualidade existentes no
país,somam-se a este a desigualdade social que expõe estes alunos e
suas famílias a luta pela sobrevivência ,sendo privados , muitas vezes,
até mesmo de alimentação adequada ao se pleno desenvolvimento físico
e intelectual.A qualidade de ensino oferecida aos alunos atendidos pela
escola está dentro dos padrões das demais escolas públicas do nosso
estado, o que não pode ser considerado satisfatório, existe muito boa
vontade por parte dos profissionais em educação que aqui prestam
serviço , mas a falta de investimento , principalmente em relação ao
número insuficiente de funcionários na patê de pessoal de apoio e equipe
técnico-pedagógica , acaba por prejudicar os avanços necessários.
A Escola Estadual Curitiba, por atender a uma comunidade
de baixo poder aquisitivo, advinda da periferia do município (Vila
Operária, Vila Alta, Conjunto Hélio Lopes, Conjunto Habitacional Dona
Josefa, Jardim Simone I e II, Jardim Renascer, Laranjeiras, Palmeiras, etc.),
apresentando muitas vezes, problemas de estrutura familiar, procura
oferecer a esses educandos e aos pais, um tratamento individualizado,
que objetiva conhecer a verdadeira realidade em que vive o nosso aluno,
para então, atendê-lo em suas peculiaridades. Com esta finalidade, todos
os funcionários são orientados a acolher a comunidade com dedicação,
mesmo quando a solução para os problemas que nos chegam, fujam das
nossas atribuições. Assim, muitas vezes, a direção e equipe de apoio, são
procuradas para ouvirem o desabafo de pais e alunos que, cansados da
dura vida que levam, procuram um ombro amigo para se apoiarem, no
que são prontamente atendidos, nos fazemos ouvintes e conselheiros.
20
Este tipo de atendimento nos permite conhecer profundamente a
comunidade, estreitando os laços entre a Escola e a mesma.
O horário de funcionamento da escola atende as
necessidades de aprendizagem dos alunos e a hora–atividade dos
professores é espaço de reflexão para a integração interdisciplinar.
A escola apresenta espaço físico privilegiado com uma área
de 20.000 mts2(vinte mil metros quadrados), o que por um lado favorece
o desenvolvimento de atividades diferenciadas, mas por outro, exige
cuidados na conservação e limpeza que demandam dedicação dos
funcionários de apoio que são em número insuficiente. Os recursos
didáticos disponíveis, assim como materiais e equipamentos, são
utilizados democraticamente pelos professores, de acordo com suas
necessidades, ou por agendamento, que organiza a utilização da sala de
vídeo, biblioteca e aparelho de som.
Apesar desde espaço físico privilegiado, a construção já
apresenta certo desgaste natural, em decorrência dos trinta anos de
existência sem receber grandes reformas, sendo que há problemas com o
telhado ocasionando goteiras em várias salas, as portas de ferro das
salas de aula estão enferrujadas, as janelas não fecham completamente,
a pintura interna está descascando, o piso de madeira, tipo taco, tem
falhas, cantos apodrecidos e presença de cupim.
Há necessidade de envio de recursos pela mantenedora
para adaptações do espaço físico para atender a inclusão, aos alunos
com necessidades educativas especiais.
As manifestações culturais vêm acontecendo há alguns
anos, em parceria com outras instituições presentes na comunidade
(CASA DE CRIANÇA, TIRO DE GUERRA, CECAP), procurando acolher
diferentes culturas.
Os recursos financeiros recebidos dos governos estadual e
federal e os obtidos através de contribuições da comunidade (festas,
ações entre amigos, etc.) são gerenciados pela A. P.M. F. (Associação de
Pais, Mestres e Funcionários) em parceria com a Direção da Escola.
21
Tais recursos são administrados de forma eficiente,
transparente e democrática, pois a comunidade é sempre consultada
para decidir onde melhor aplicar os recursos, visando priorizar a
aprendizagem dos alunos.
Os recursos do Fundo Rotativo (proveniente da Fundepar –
Governo Estadual) são destinados a compra de material de limpeza,
pequenos reparos, material de expediente, material didático para o aluno
e pagamento de mão-de-obra. Os enviados pelo governo Federal
“Dinheiro Direto na Escola” através do F.N.D.E. (Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação) são utilizados para os mesmos fins
citados anteriormente e também para a aquisição de material
permanente e renovação do ambiente escolar.
Todos os professores que trabalham nesta escola tem
habilitação necessária para o exercício de sua função, bem como os
demais funcionários. Os professores e funcionários têm participado
efetivamente de cursos e ações de formação continuada, cujos resultados
tem sido satisfatórios. Professores e funcionários também participam de
grupos de estudos aos sábados por área ou em Encontro de Conselheiros.
Também os professores pedagogos participam de grupos de estudo e
reuniões pedagógicos mensais a fim de discutirem vários temas como:
planos de aula, proposta pedagógica, avaliação, currículo, conselho de
classe, inclusão, etc., com o objetivo de melhorar a prática pedagógica.
Com a conquista da implantação de 20% de hora-atividade
houve um avanço, pois os professores puderam se dedicar ao trabalho
pedagógico com remuneração, porém o tempo ainda é insuficiente para
que o professor possa efetivamente trabalhar como pesquisador de
saberes.
Um fator que prejudica o andamento dos trabalhos
pedagógicos e contribui para a queda na qualidade em Educação é a
grande rotatividade de professores e o número de escolas em que os
mesmos lecionam, não permitindo que criem laços com a comunidade
atendida. Outro fator é o grande número de licenças médicas por conta
das condições precárias de trabalho a que são submetidos os educadores
22
e funcionários, grande carga de problemas psicológicos e número
insuficiente de funcionários tanto na equipe pedagógica, quanto
administrativos e principalmente serviços gerais.
A comunidade exige atenção redobrada em virtudes das
carências apresentadas, sendo necessário um número maior de
profissionais principalmente na equipe pedagógica para que seja possível
o atendimento aos alunos, pais e professores, pois a escola não só atende
as questões educacionais, mas também sociais (Leite das Crianças,
Problemas Familiares, Problemas de Saúde, Violência, Uso de Drogas,
Problemas Emocionais, Econômicos, Gravidez Precoce, entre muitos
outros atendimentos).
23
MARCO CONCEITUAL
“É triste ver meninos sem escola, mais triste ainda é vê-los
sentados, enfileirados em salas sem ar, com exercícios estéreis, sem
valor para a formação do homem.”
Carlos Drummond de Andrade
A sociedade em que vivemos sofre uma crise muito séria
em sua base estrutural desencadeando conflitos que refletem
diretamente na escola, a qual passou a ser uma extensão da família.
Espera-se que haja um resgate dos valores éticos que foram perdendo-se
ao longo dos tempos. Esses valores terão que ser revistos para termos a
sociedade que almejamos uma sociedade humanista onde todos possam
exercer sua cidadania com dignidade.
O homem é um ser social, ou seja, necessita viver em
grupo para suprir suas necessidades, mas não apenas suas necessidades
de sobrevivência biológica como os demais animais, muito mais do que
isso para interagir com os iguais e preservar sua história. Inicialmente
foram constituídas sociedades bastante simples, porém através dos
séculos as sociedades foram evoluindo e junto com elas também foram
crescendo os conflitos gerados inevitavelmente pela amplitude que
alcançaram. Impulsionados pelo desejo de poder e riquezas os líderes
destas sociedades passaram a explorar os humildes como forma de
ampliar o seu poder e riqueza e esta forma de governar se estendem até
os dias atuais, gerando a desigualdade social.
Com o avanço tecnológico o mundo tem experimentado
conquistas fantásticas e desenvolvimento surpreendente, porém cabe ao
ser humano descobrir o mistério mais profundo que permita a todos
usufruírem os benefícios decorrentes deste avanço, caso contrário,
24
melhor seria termos permanecido como as sociedades primitivas, porque
acima de toda tecnologia tem de estar a dignidade humana,capaz de
fazer-nos verdadeiros cidadãos com perspectiva de futuro.
Queremos uma sociedade mais justa e igualitária onde o
ser humano seja primordial, uma sociedade fraterna e democrática com
cidadãos politizados com ampla visão de mundo, capazes de superar os
preconceitos sociais existentes, que todos usufruam os direitos e deveres
prescritos na Constituição Brasileira.
Baseados nesses pressupostos defendem pessoas
decididas a valorizar sua história, seus meio, que possam atuar de
maneira positiva e solidária na sociedade. Tudo isso expressa uma utopia
social e educacional, uma utopia a partir do coletivo Escolar, família e
comunidade, deixando de ser uma sociedade excludente para ser uma
sociedade transformadora, justa, igualitária e democrática.
O homem é um ser eminentemente social, segundo
Aristóteles, porque desde o seu nascimento necessita de uma sociedade
para sobreviver e se desenvolver. A primeira sociedade a interar-se é a
própria família, ampliando seu universo social, se relaciona com a
natureza, com os outros homens e consigo mesmo. O homem tem um
jeito específico de realizar sua humanidade. É um ser em construção
permanente que vai moldando-se através do tempo pelas constantes
transformações do meio onde se desenvolve e constrói sua própria
realidade social. É nesse conjunto de atividades desenvolvidas no âmbito
destas relações que constitui seu universo de trabalho, a esfera da
produção técnica e econômica. E em decorrência dessas relações sociais
que ele ultrapassa todas as barreiras e prevalece entre os demais seres
vivos, é o vencedor entre os animais, pois é privilegiado por Deus com
sua inteligência e potencial que o faz ultrapassar os níveis puramente
transitivos dos instintos biológicos.
O que diferencia o homem dos outros animais, segundo
Saviani, é o trabalho. O homem busca e entende o conhecimento como
emancipador sendo agente transformador da sociedade onde está
25
inserida, sua atitude são fundamentais no processo de transformação
social.
A Escola é o lugar institucional de um projeto educacional,
isto quer dizer que ela deve instalar-se como espaço, tempo, como
instância mediadora e articuladora dos dois projetos que tem a ver com o
agir humano.
De um lado, o projeto político da sociedade e do outro os
projetos pessoais dos sujeitos envolvidos na educação.
Assim sendo, a escola se acha no lugar de
entrecruzamento de projeto político coletivo da sociedade com os
projetos pessoais e existenciais de educandos e educadores. É ela que
viabiliza as ações pedagógicas. Se a sociedade precisa dos educadores
para concretização dos fins, os educadores precisam das políticas
educacionais para concretizar suas ações humanizadoras .
A Escola é imprescindível para uma sociedade autêntica e
moderna. Jamais poderá ser substituída pelos meios de comunicação de
massa. As armas que dispõem os educadores prioritariamente são as
fornecidas pelo conhecimento, os educadores possuem argumentos para
reivindicar, como intelectuais poderão atuar como transformadores.
Pela mediação da escola é que se concretiza a passagem
do saber espontâneo ao saber sistematizado, da cultura popular a cultura
erudita. A escola deve considerar os educandos como sujeitos culturais e
adotar uma cultura aberta as suas distintas manifestações, onde a ação
escolar permita que acrescentemos novas determinações que
enriqueçam as anteriores e que de forma alguma sejam excluídas. Só a
presença do conhecimento formal na escola é insuficiente, é necessário
que ofereça ao educando as condições necessárias para compreender
sua produção e dele participar sempre que possível.
A função social da escola é garantir a aprendizagem dos
conteúdos que são necessários para a vida em sociedade. Inserção social
oferecendo instrumentos de compreensão da sua realidade, estimulando
e aguçando sua curiosidade através de um ambiente acolhedor que
propicie conhecimento do mundo em sua globalização assegurando-lhes
26
a continuidade de seus estudos, mobilizando-os e instrumentalizando-os
para buscar mais conhecimento e interação realizando a proposta
pedagógica que garante que todo aluno aprende em ritmos diferentes,
em momentos diferentes e de maneiras diferentes no tempo certo, com
metodologias diversificadas de modo a adquirir confiança em suas
potencialidades e capacidade de aprendizagem, elevando sua auto-
estima. Respeitar seu ritmo de aprendizagem é deixá-lo caminhar
sozinho, mas procurar compreender seu processo de aprendizagem e
ajudá-lo a avançar.
A Escola Pública é a garantia de acesso sistematizado ao
conhecimento científico e a construção do saber. A Escola Pública é uma
das poucas instituições sociais em que há possibilidade para construção
de um Projeto Político-Pedagógico voltado a emancipação humana e
transformação social, o trabalho pedagógico passou de sua natureza
educativa à formação humana.
O conhecimento é construído e transformado
coletivamente. Nesse sentido o processo de produção do conhecimento
deve pautar-se, sobretudo, na socialização e na democratização do saber.
O conhecimento escolar é dinâmico e não mera simplificação do
conhecimento cientifico, que se adequaria a faixa etária e aos interesses
dos alunos. A análise do processo de produção do conhecimento escolar
amplia a compreensão sobre as questões curriculares. O conhecimento
produzido pela pesquisa parte do concreto e da prática que precede a
teoria, de modo que esta só tem sentido quando articulada com aquela.
O importante é, sobretudo, a garantia da unicidade entre teoria prática,
conhecimento geral e específico, conteúdo e forma e dimensão técnica e
política. È preciso muita intencionalidade para provocar mudanças no
processo de produção do conhecimento. O conhecimento deixa de ser
visto numa perspectiva estática e passa a ser enfocado como processo.
(Ilma Passos Alencastro Veiga, Perspectivas para reflexão em torno do
Projeto Político- Pedagógico, pgs.20 e 21)
27
O Conhecimento implica na construção do saber e
transformação em críticos responsáveis e transformadores conscientes,
temos que passar por essa transformação e acreditar nela. Nessa
perspectiva progressista o pedagogo está empenhado em assessorar o
professor no contato professor-aluno, ajudando a solucionar os
problemas.
Somente a psicologia afirma que o conhecimento é um
direito fundamental humano. Na perspectiva sócio-histórica, ao nascer a
pessoa é inserida em um universo cultural estranho de produções
culturais que ela tem que internalizar através de processos interativos
simbólicos como os lingüísticos. Segundo Vigostsky todas as funções
psíquicas originam-se das relações reais entre os humanos. São
numerosos os autores que defendem esta corrente de pensamentos.
O ensino, hoje, na Escola Pública na perspectiva
Progressista tem que ser desenvolvido sempre em conjunto com todos,
jamais será um trabalho isolado onde cada um desempenha seu papel.
Todos os envolvidos têm que saber todos os princípios que fundamentam
a filosofia da escola para termos um ensino aprendizagem que
corresponda a ação histórico-crítica e aprofundamento desta concepção e
ser conivente com sua prática.
“Avaliação é um processo abrangente da existência
humana, que implica uma reflexão crítica sobre a prática no sentido de
captar seus avanços, suas resistências, suas dificuldades e possibilitar
uma tomada de decisão sobre o que fazer para superar os obstáculos. A
nota seja na forma de número, conceito, ou menção, é uma exigência
formal de sistema educacional.” (Celso Vasconcelos _ Avaliação )
Segundo Luckesi, 2003, pág. 168-180, a Avaliação tem de
ser um ato amoroso que desvende os possíveis caminhos para obtenção
de melhores resultados. Na escola, a mesma tem dois objetivos: auxiliar o
educando no seu desenvolvimento pessoal, a partir do processo ensino
aprendizagem, e responder a sociedade pela qualidade do trabalho
educativo realizado. Criando a base para a tomada de decisão, que é o
28
meio de encaminhar os atos subseqüentes na busca de maior
satisfatoriedade nos resultados.
Além da função diagnóstica a avaliação tem articulação
com outras funções próprias a autocompreensão, tanto do educando
quanto do educador, como aliados na construção de resultados
satisfatórios da aprendizagem e assim se desenvolverem, trazendo
ganhos para ambos e para o sistema de ensino. Propicia o crescimento,
através de reconhecimento de onde se está e pela conseqüente
visualização de possibilidades aprofunda a aprendizagem por meio de
exercícios que são executados na prática da avaliação que podem e deve
ser tomadas como exercícios de aprendizagem, auxilia a aprendizagem
na perspectiva de crescimento.
PRINCÍPIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA
A participação da comunidade escolar na gestão da escola
é condição básica para a qualidade do ensino. Essa qualidade está
diretamente associada à medida que os membros da comunidade escolar
incluindo além de professores e funcionários da escola, os pais e os
alunos são envolvidos na tomada de decisões sobre a organização da
escola e suas ações para melhorias. A comunidade se sente mais
valorizada quando participa nas atividades da escola. Além das
atividades pedagógicas devem participar da organização da escola.
A gestão participativa é uma estratégia para envolver a
comunidade escolar na vida do estabelecimento, pois contribui de formas
significativas para se obter melhores resultados na educação, melhorar a
qualidade pedagógica no processo educacional e para garantir ao
currículo escolar um maior sentido de realidade e atualidade. Para
melhorar o profissionalismo do professor, combater o isolamento físico,
administrativo e profissional dos diretores e professores, motivar o apoio
comunitário as escolas e para desenvolver objetivos comuns na
comunidade escolar, nas tomadas de decisões quanto aos investimentos
a serem realizados. No contexto escolar gestão participativa significa não
29
só o envolvimento dos professores e equipe pedagógica, mas também
dos funcionários, pais e alunos ou representantes da comunidade.
A autonomia da escola para experienciar uma gestão
participativa está prevista no artigo 17 da LDB que afirma: “Os sistemas
de ensino assegurarão às unidades escolares públicas da educação
básica que os integram progressivos graus de autonomia pedagógica e
administrativa e de gestão financeira, observadas as normas gerais de
direito financeiro público”.
A autonomia resgata o papel e o lugar da escola como eixo
do processo educativo autônomo, não sendo a escola uma mera
reprodutora de ordens e decisões elaboradas fora do seu contexto. É uma
questão importante para o delineamento de sua identidade. A autonomia
anula dependência. Autonomia para executar o Projeto Político-
Pedagógico e avalia-lo ao assumir uma nova atitude de liderança, no
sentido de refletir sobre as finalidades sociopolíticas e culturais da escola.
A APMF e o Conselho Escolar são órgãos que
instrumentalizam a Gestão Democrática, pois são eles que fazem
acontecer a participação efetiva dos pais na vida da escola. Através da
Associação de Pais, Mestres e Funcionários a Escola pode alcançar
melhoria da qualidade de ensino por meio da democratização das
discussões e decisões e do apoio direto às ações voltadas ao atingimento
dos objetivos da escola. Também o Conselho Escolar é o órgão máximo de
direção da escola pública, instituído em função do princípio constitucional
da democracia e colegialidade.
O Conselho de Classe é a mais importante de todas as
instâncias colegiadas da Escola pelos objetivos de seu trabalho, pois é
capaz de dinamizar o coletivo escolar pela via da gestão do processo de
ensino, foco central do processo de escolarização. Entretanto para que
isto aconteça é fundamental que tanto a equipe pedagógica quanto os
professores da Escola estejam atentos aos rumos dados às relações
sociais presentes na organização de todo o trabalho escolar. Seguindo os
caminhos da construção crítica e democrática da Escola.
30
CONCEPÇÃO CURRICULAR
O Currículo é o conjunto das atividades nucleares
desenvolvidas pela escola. É o eixo articulador de todo trabalho
pedagógico, distribuídos no espaço e no tempo escolares. Prioriza o
processo de transmissão dos conteúdos sistematizados essenciais da
educação. Concluindo, o currículo são metas que norteiam nosso fazer
pedagógico a fim de atingirmos os objetivos e construir maior interação
entre o sujeito e o conhecimento sistematizado de forma a interagir e
interferir na construção de uma nova sociedade. (Gramsci, A.). Os
Intelectuais e a Organização da Cultura, p.124.
O Currículo como eixo articulador do trabalho pedagógico
escolar tem como princípios:
.Construção coletiva da comunidade escolar;
.Função organizadora;
.Prioriza o processo/produto como contínua reflexão-ação;
.Articula os elementos e sujeitos do trabalho pedagógico,
promovendo a unidade teórico-prática;
.É o elemento norteador da organização do trabalho
pedagógico no cotidiano escolar.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional-LDB (Lei
9394 de 20 de dezembro de 1996), possibilita várias formas de
organização Educação Básica: em séries anuais, semestres, ciclos,
períodos alternados de estudos e em grupo não seriados (Art.23).
Partindo do pressuposto que as mudanças em educação,
acontecem a médio e longo prazo, a Escola continuará adotando o regime
seriado, organizado por disciplina, que contemplam a Base Nacional
Comum e Parte Diversificada ( LEM-Inglês), com carga horária de 833
horas anuais.A metodologia aplicada visa encaminhar os conteúdos por
meio de uma visão crítica e histórica,utilizando-se de vários métodos na
construção do conhecimento.A avaliação é feita numa interação diária do
professor com a classe , a fim de verificar em que medida os alunos se
31
apropriaram dos conteúdos, ocorrendo ao longo do ano letivo, não
estando centralizada em uma única atividade ou método avaliativo e
considerando os alunos sujeitos históricos do processo pedagógico.Sendo
ofertada recuperação de estudos paralela no decorrer dos bimestres,
observando-se a necessidade a cada atividade avaliativa.
Atualmente, estamos num processo de reformulação
curricular, pois o que havia se concretizado no Paraná há cerca de quinze
anos com o Currículo Básico sofreu uma descontinuidade a partir das
mudanças de políticas públicas de educação, apontadas pelas novas
gestões governamentais no estado, com uma visão fortemente
neoliberal.
Tornou-se então necessário, a partir desta gestão
2003/2006, a retomada da discussão coletiva do currículo,
estabelecendo-se a concepção de que o currículo é uma produção social,
construído por pessoas que vivem em determinados contextos históricos
e sociais. Esta produção, necessariamente, deve se dar coletivamente,
num fazer e pensar articulado que, como dizem Esteban e Zaccur(2002,
p.23) “ ...é preciso enfatizar o aspecto coletivo de todo este processo.O
objetivo central é que o/a professor/a seja competente para agir
criticamente em seu cotidiano.Tal competência se constrói num processo
coletivo, no qual tanto o crescimento individual, quanto o coletivo,é
resultante da troca e da reflexão sobre as experiências e conhecimentos
acumulados por todos e por cada um.”
AVALIAÇÃO DO ENSINO/APRENDIZAGEM
É o processo de verificação dos resultados da
aprendizagem realizado pelo aluno em sua trajetória escolar. Nas
instituições de ensino, este é o momento mais crítico do processo ensino-
aprendizagem, uma vez que a função social da escola é fazer com que as
crianças e jovens aprendam. Para tanto ela deve ser diagnóstica e
processual, ou seja, fornecer continuamente, informações que sirvam
para a adoção de medidas que tornem a aprendizagem efetiva. A
32
avaliação é um processo complexo, que merece atenção especial de toda
a comunidade escolar.
Tendo em vista que a avaliação é diagnóstica e processual,
que ela se dá em todos os momentos, a escola pretende dar relevância a
atividade crítica, a capacidade de síntese e a elaboração pessoal, sobre a
memorização, levando em consideração toda a bagagem de
conhecimentos trazida pelo aluno, devendo ao final considerar todos os
resultados obtidos durante o ano, incluindo a recuperação de estudos,
através de estratégias de avaliação: momentos de produção individual e
coletiva, pesquisas, exposição oral, seminários, dramatizações, confecção
de cartazes, declamações, debates, mostra de trabalhos artísticos e
literários, atividades esportivas, dinâmica de socialização, entre outras.
Busca-se um envolvimento cada vez maior neste processo
avaliativo, de professores, pais, alunos e equipe pedagógica, através de
momentos de reflexão que mostrem a importância da pratica da
avaliação e tomada de decisões, propondo caminhos a seguir.
Estes resultados serão comunicados aos pais e alunos
através de reuniões para entrega de boletins.
A Inclusão é compromisso da Escola Publica que precisa
garantir à todos o direito de freqüentar a escola e o êxito dentro do
sistema de ensino,
A garantia da escola pública para todos significa dar acesso
àqueles que a ela se reportam. Apenas a matrícula não garante a
permanência do aluno na escola. A cultua escolar deverá permitir aos
educandos um transcurso contínuo e progressivo no Estabelecimento de
Ensino, com apresentação de resultados positivos de aprendizagem.
O processo de inclusão educacional exige planejamento e
mudanças sistemáticas político-administrativas na gestão educacional,
que o envolvem desde a alocação de recursos governamentais até
flexibilidade curricular que ocorre em sala de aula, conforme preceituado
na Deliberação nº. 02/03-CEE.
A convivência de crianças portadora de necessidades
educacionais especiais com outras que não apresentam as mesmas
33
características diferenciais, dentro de um ambiente e de um processo
válido para todos, destaca a ênfase dada a socialização desse aluno,
impulsionado a sua aprendizagem pelo fortalecimento da sua auto
estima. Por outro lado, os demais alunos experimentarão nesse convívio
uma oportunidade única de reconhecimento de direitos para todos os
indivíduos.
34
MARCO OPERACIONAL
Em busca da transformação da realidade educacional e
social na qual nos encontramos, nossa escola assume as seguintes ações:
• Que seja efetivado o compromisso
firmado no Projeto Político Pedagógico
garantindo a qualidade do ensino-
aprendizagem.
• Que haja incentivo na formação
continuada dos trabalhadores em
Educação oportunizando a participação
em eventos ofertados pela
mantenedora bem como pela escola.
• Que o trabalho coletivo contribua para
o exercício da cidadania, respeito
mutuo e inclusão.
• Que a escola esteja organizada
internamente em um trabalho baseado
nos princípios da Gestão Democrática.
• Que a direção incentive e organize o
trabalho pedagógico escolar
garantindo a efetivação do Projeto
Político Pedagógico.
• Que o pedagogo, organize o trabalho
pedagógico escolar proporcionando
condições para a execução do Projeto
Político Pedagógico, pois e também
sua função procurar manter os
professores informados sobre as
novas tendências da educação,
inovações na metodologia e apoio aos
projetos desenvolvidos.
35
• Que o professor organize o trabalho
pedagógico escolar proporcionando
condições para que o aluno crie sua
própria produção, não apenas
transferindo conhecimento, mas
ensinando, de acordo com o Projeto
Político Pedagógico.
• Que os Funcionários participem
efetivamente do dia-a-dia da escola,
das decisões que influenciam o
andamento escolar, conforme
estabelecido no Projeto Político
Pedagógico.
• Que os Educandos possam agir de
forma responsável autônoma e
participativa na aprendizagem e nas
decisões em sala e na escola como um
todo, bem como acatar as
determinações da escola, uma vez que
elas estão pontuadas no projeto
político pedagógico.
• Que os Pais participem ativamente das
decisões da Escola, ajudando a
diagnosticar as dificuldades sugerindo
soluções, objetivando assim o sucesso
do educando bem como contribuindo
para garantia do estabelecido no
projeto político pedagógico.
A função social da Escola Pública é garantir a todos o
direito de freqüentar a escola, obtendo êxito dentro do sistema de ensino
e que este êxito na escola contribua de forma efetiva apara o sucesso na
vida. Para tanto o gestor, deve priorizar os aspectos pedagógicos de seu
trabalho que visem alcançar este objetivo maior. Os aspectos
36
administrativos devem estar a serviço dos pedagógicos, visando garantir-
lhes. A organização o controle burocrático só tem razão de ser, caso
garantam a efetivação do trabalho pedagógico.
O gestor escolar deve ter sempre em vista que administrar
uma escola é articular saberes e comportamentos diversos e que, mesmo
em um cargo de natureza administrativa, ele é ainda um educador e
como tal deve agir, pautando sua conduta profissional com ênfase na
solidariedade, diálogo, respeito, valorização da diversidade, construção
coletiva do conhecimento, integração e interação.
Para que os aspectos administrativos e pedagógicos sejam
atingidos satisfatoriamente dentro da instituição de ensino, o gestor deve
ter em mente que é preciso se organizar através de planejamento que
estabeleça as metas a serem cumpridas destinando maior tempo às
ações voltadas para o cumprimento destas metas e não desperdiçar
tempo com ações de pouca importância para o êxito dos aspectos
pedagógicos.
Para garantir a Gestão Democrática e Participativa às
instâncias colegiadas devem ter garantido o seu papel dentro da
instituição, não apenas citados nos documentas escolares, mas que
possam participar efetivamente das decisões para a melhoria da
qualidade da educação. Sendo as seguintes:
Conselho de Classe
É um momento em que os professores das diversas
disciplinas, juntamente com a equipe-pedagógica reúnem-se para refletir
e avaliar o desempenho pedagógico dos alunos das diversas turmas.
Algumas características básicas o fazem diferente de outros órgãos
colegiados e lhe dão a importância conferida, tais como: a forma de
participação direta, efetiva e entrelaçada dos profissionais que atuam no
processo pedagógico; sua organização interdisciplinar; e a centralidade
da avaliação escolar como foco de trabalho da instancia. É um espaço
prioritário da discussão pedagógica.
37
É preciso que a Escola esteja sempre buscando formas de
aperfeiçoar o Conselho de Classe oportunizando também a participação
de pais e alunos para estes momentos de reflexão sobre a prática.
Conselho Escolar
A função principal do Conselho Escolar é atuar como
instrumento de gestão democrática, especialmente no acompanhamento
responsável da prática educativa que se desenvolve na escola. Prática
consciente e relevante, na aprendizagem significativa. Em sintonia com a
escola visa tomar decisões nas áreas administrativas, financeiras e
político-pedagogica. É compromisso de o Conselho Escolar refletir sobre
as questões que viabilizam as ações educativas escolares, tais como:
• Lidar com as diferenças dos sujeitos que
participam do processo educativo;
• Indicar a qualidade de uma educação
emancipadora e avaliar essa prática, garantindo
sua unidade educativa;
• Garantir a unidade da prática social na educação;
• Mostrar na prática educativa qual é o papel do
professor e do aluno e quais os parâmetros a
serem utilizados para tornar transparentes as
ações da escola.
Em sua função Político-Pedagógica, o Conselho Escolar é
um espaço de discussões para a melhoria na Educação junto com
Conselho de Classe, o Grêmio Estudantil, Associação de Pais e Mestres
e Funcionários (APMF) e outros tantos possíveis.
Compete também ao Conselho Escolar após todas as
atividades desenvolvidas no interior da escola, divulgar todas as
informações de forma impessoal, respeitando a privacidade de todos
os envolvidos no processo.
38
ASSOCIAÇÕES DE PAIS, MESTRES E FUNCIONÁRIOS.
Para o diretor de uma escola é fundamental entender a
função da APMF, pois só assim poderá beneficiar-se integralmente do
apoio dessa entidade, cujos principais objetivos são:
• Discutir, colaborar e decidir sobre as ações para a
assistência ao educando, o aprimoramento do
ensino e a integração família-escola-comunidade
em consonância com o projeto político
pedagógico,
• Integrar a comunidade no contexto escolar,
discutindo a política educacional, visando sempre
sua realidade;
• Representar os reais interesses da comunidade
escolar e dos pais dos alunos junto à escola,
contribuindo para a melhoria do ensino e para
adequação efetiva dos planos curriculares;
• Promover o entrosamento entre pais, alunos,
professores, funcionários e membros da
comunidade, através de atividades educacionais,
culturais, sociais e esportivas;
• Contribuir para a melhoria e conservação das
instalações e equipamentos do estabelecimento
escolar, sempre dentro de critérios de prioridade e
tendo em vista o beneficio dos educandos.
O foco da APMF deve ser contribuir para a elaboração e
implementação do Projeto Político Pedagógico da escola,
acompanhando os resultados obtidos e contribuir para sua melhoria
contínua.
39
CALENDÁRIO ESCOLAR, HORÁRIOS LETIVOS E NÃO-
LETIVOS.
O Calendário Escolar é um instrumento que marca o ritmo
das atividades da escola, definindo as datas dos principais eventos, tais
como: número de dias letivos /horas do ano e eventos especiais de
caráter geral.
Na rede Pública Estadual, a definição do calendário
obedece às orientações emanadas da SEED, sendo a mantenedora que o
elabora, cabendo a escola cumpri-lo fielmente.
O Calendário Escolar deve prever um mínimo de 200 dias
letivos no ano, com um mínimo de 800 horas de atividades que envolvam
professores e alunos. Os dias previstos para matrículas, provas,
comemorações e outras atividades particulares de cada escola devem ser
agendadas, após análise da Direção, Equipe Pedagógica, Professores,
Funcionários, Pais e Alunos.
CRITÉRIOS PARA ORGANIZAÇÃO E ATUALIZAÇÃO DOS
ESPAÇOS EDUCATIVOS
A biblioteca atende nos períodos matutino e vespertino,
sendo espaço para a leitura, pesquisa e construção do conhecimento.
A sala de vídeo é freqüentemente utilizada, através de
agendamento, quando os professores utilizam as fitas dos programas da
TV-ESCOLA e outras que fazem parte do acervo da videoteca, além de
locações, como apoio didático.
A partir do segundo semestre de 2004, foi implantada no
período vespertino, as salas de apoio à aprendizagem de Português e
Matemática, as quais atendem aos alunos das 5a séries do período
matutino, onde estão concentradas o maior número de turmas, que
apresentam defasagem de conteúdos das séries iniciais do Ensino
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Fundamental, tornando-se importante instrumento para melhoria na
qualidade da educação.
Foi disponibilizada sala de recursos, também no período
vespertino, para atender alunos de 5a a 8a séries do Ensino Fundamental
que apresentam dificuldades acentuadas em aprendizagem, que já
tenham passado por sala de recursos de 1a a 4a séries, ou que mesmo
não tendo sido atendido neste período seja detectado a necessidade de
atendimento em contra-turno. Obtendo excelentes resultados na
aprendizagem dos alunos atendidos.
Consideramos de crucial importância a implantação das
salas de apoio a aprendizagem e de recursos, as quais fazem parte de
antigas reivindicações de professores e de todos os envolvidos em
educação.
O regime adotado pela escola para organização de turmas
é o regime seriado, de acordo com a demanda da comunidade e a
distribuição de aulas para o professor segue as orientações emanadas da
SEED. A Escola atende de 5a a 8a séries do Ensino Fundamental.
Em face às mudanças emergenciais que se fazem
necessárias nas práticas escolares, os profissionais em educação
assumem papel relevante, pois é mediante a adoção de uma postura
reflexiva, através de sua capacidade de observar, de regular, de inovar,
de aprender com os outros, com os alunos, com a experiência, que os
novos rumos poderão vir a ser trilhados. Porém, para que ocorra os
avanços necessários é imprescindível que os profissionais em educação
estejam constantemente buscando aperfeiçoamento teórico-prático por
meio de cursos de capacitação ofertados pela SEED e também através de
grupos de estudos elaborados pela escola, durante a hora-atividade por
área do conhecimento e criação de banco de horas que possibilitem
encontros quinzenais do coletivo de educadores, embasamento teórico,
troca de experiências, temas atuais, novas propostas, entre outros.A
escola, através de sua equipe pedagógica, incentiva e disponibiliza a
participação dos profissionais em educação do estabelecimento em
cursos, encontros e eventos que contribuam para o aperfeiçoamento.
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AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO
PEDAGÓGICO
O processo de avaliação deste Projeto visa:
• Garantir o êxito do projeto;
• Participação coletiva;
• Retomada e implementação das ações.
O projeto Político-Pedagógico da Escola não pode ser visto
como algo pronto e acabado, visto que a Escola está em constantes
mudanças, palco de avanços sistemáticos, de acordo com a sociedade
onde está inserida. Portanto é imprescindível que o Projeto passe
regularmente pelo processo avaliativo de suas ações, para que não se
perca a sintonia dos fatos atuais, correndo o risco de não mais atender as
necessidades desta sociedade. Assim o coletivo da escola, ao final de
cada ano letivo, deverá realizar esta avaliação e proceder às
reformulações que se fizerem necessárias.
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