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COLÉGIO ESTADUAL VITAL BRASIL – VERA CRUZ DO OESTE
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - GEOGRAFIA
1. - APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL E
MÉDIO
A disciplina de Geografia só foi sistematizada no século XIX, na
Alemanha, por intermédio dos geógrafos Humboldt e Karl Ritter. A importância
do ensino da Geografia vem do fato do espaço fazer parte da vida dos homens,
como um produto histórico, construído pela sociedade, uma vez que a
Geografia tem a sua contribuição na formação do cidadão, fazê-los pensadores
e críticos.
O ensino da Geografia vem gradativamente passando por
transformações, mudando suas metodologias de ensino, deixando de lado
métodos tradicionais de memorização, passando para uma discussão mais
crítica para a compreensão das relações entre o homem e o espaço.
A geografia era tema de interesse de poucos, isto é, dos comerciários, dos que
mantinham o poder e de alguns pensadores, porém com o passar dos tempos
seus temas foram tomando corpo e começando a interessar também à ciência,
pela insistência de indagações pertinentes.
Com o surgimento do sistema capitalista e dos interesses econômicos e
políticos o estudo de geografia dos países colonizados e também dos
desconhecidos passaram a ganhar relevância, surgindo assim as sociedades
geográficas, que passaram a fazer expedições científicas a esses países,
visando conhecer outros territórios para explorá-los economicamente.
Essas sociedades geográficas favoreceram o surgimento das escolas de
pensamento geográfico, que visavam as “conquistas cultas”, pois acreditavam
que quanto maior for a cultura intelectual de uma população, maior seria seu
domínio sobre a natureza, favorecendo assim o progresso e o bem estar de
seu povo.
No Brasil a Geografia só passou a fazer parte dos currículos escolares
no século XIX, que trazia como objetivo enfatizar o território nacional dentro de
suas belezas e dimensões.
A partir de 1930 a Geografia foi institucionalizada no Brasil, foi quando a
mesma passou buscar a compreensão do território, objetivando os interesses
políticos e econômicos do Estado. Nesses estudos estavam em foco as
“descrições do espaço, na formação e fortalecimento do nacionalismo” na qual
era dada ênfase na memorização dos temas, sem levar em consideração a
verdadeira compreensão dos mesmos, estudo esses conhecidos como
“Geografia Internacional”, que perdurou até o início dos anos 1980.
Este pensamento teve reflexo na escola, ofertando um ensino de
compêndio pautado na simples memorização de fatos e informações sem dar
importância para a compreensão do espaço. Lembrando que esse
encaminhamento não era dado somente a disciplina de Geografia, mas nas
demais áreas do conhecimento trabalhadas na escola. Na área da geografia
essa maneira de ensinar ficou conhecida na história da educação como
Geografia Tradicional.
Após a Segunda Guerra Mundial surgiram novas correntes denominadas
como Geografia Teorética ou Quantitativa e Geografia da Percepção. Essas
correntes se opunham a Geografia Tradicional. Acontecimentos de cunho
político e econômico, tais como mudanças do sistema produtivo capitalista
alavancaram também mudanças no pensamento geográfico e,
conseqüentemente mais uma vez refletiu no ensino de forma significativa,
opondo-se radicalmente a Geografia Tradicional e seu método, o qual pautou-
se na idéia de uma análise crítica do espaço geográfico. Tal abordagem foi
chamada de Geografia Crítica.
Enfatiza-se que, acontecimentos pós guerra interferiram em diversos
segmentos inclusive na educação e isso fez com que houvesse um atraso na
efetivação dos ideais da Geografia Crítica. Um exemplo foi o Golpe Militar em
64, o qual para atender o sistema vigente a educação teve que ser moldada.
Uma das modificações realizadas em função da situação vivida na época foram
as reformas na educação universitária, por meio da Lei no. 5540/68 e também
no ensino de 1º e 2º Graus, pela Lei no. 5692/71, pois estas leis vinculavam a
Educação à formação de mão de obra para suprir a demanda do mercado de
trabalho da época. No 1º Grau em específico este redirecionamento afetou os
conteúdos de Geografia e História que foram reunidos e empobrecidos.
Já no 2ª Grau foram excluídas as disciplinas de Sociologia e Filosofia
vistas como secundárias para a modalidade vigente, que buscava a formação
técnica emergencial, cedendo lugar para Organização Social e Política do
Brasil e Educação Moral e Cívica.
Quanto a essa nova disciplina, denominada como Estudos Sociais não
davam conta de inter - relacionar os conteúdos da Geografia e História, não
passando da superficialidade. Mais tarde ocorreu um movimento para que essa
disciplina voltasse a ser desmembrada, no qual foi criado um documento que
permitia que a escola pudesse optar por continuar da forma como estava ou
separá-las, contudo demorou ainda um certo tempo para que tal separação se
concretizasse.
Com o fim da ditadura no país a renovação do ensino de Geografia
chegou ao Brasil e ganhou forças. Neste período as discussões eram
contrárias e criticava a Geografia ainda ensinadas na escola e também outras
correntes de pensamento. Foram diversos fatos ocorridos que marcaram o
marco inicial da implantação dos ideais abordados pela Geografia Crítica, o
que de acordo com as DCEs (2008) redirecionou o ensino de geografia sob o
viés das novas interpretações dadas ao quadro conceitual de referência e ao
objeto de estudo. Também valorizou os aspectos históricos e a análise dos
aspectos econômicos e políticos constitutivos do espaço geográfico, sendo que
para tanto contou-se com o método dialético, no qual para se compreender o
particular era preciso também conhecer a totalidade.
Quanto ao Estado do Paraná, no ano de 1983 o parecer número 332/84
do Conselho Estadual de Educação, permitiu que as escolas pudessem ensinar
Geografia, separadamente da disciplina de Estudos Sociais.
Tomando o método dialético os temas geográficos passaram a ser,
totalidade, contradição, aparência/essência e historicidade, buscando ir além
das aparências, afirmando ser “preciso compreender como os determinantes
políticos, culturais e econômicos se constituem na essência social e produzem
as transformações espaciais” (DCEs, 2008, p. 46).
Em 1990 surgiu no Paraná o Currículo Básico para a Escola Pública do
Paraná, trazendo emergente a Geografia Crítica, mas que durou somente até o
início dos governos neoliberais, ou seja, Jaime Lerner no Paraná e Fernando
Henrique Cardoso no Brasil quando o Estado do Paraná adota os PCNs e
juntamente com o PCN de geografia a inserção de temas vinculados às
discussões ambientais e multiculturais.
As Diretrizes Curriculares partem de uma construção coletiva iniciada
com o novo governo em 2003, a qual retoma a Geografia Crítica em sua base
teórico-metodológica. Este documento ampara o professor de geografia, dando
um norte para as tomadas de decisões de conteúdos a serem trabalhados em
sala de aula.
A linguagem cartográfica, como recurso metodológico é de grande importância
para compreender como os fenômenos se distribuem e se relacionam no
espaço geográfico. Entretanto a linguagem cartográfica deve ser trabalhada ao
longo da educação básica, como instrumento efetivo de leitura e análise de
espaços próximos e distantes, pois sem ela seria impossível fazer uma análise
precisa de um mapa, uma carta e etc.
Os mapas são grandes aliados no processo de ensino da Geografia,
podendo nos trazer várias informações. Para CASTROGIOVANI (1998, p. 34),
“a leitura de mapas implica o domínio do sistema semiótico da linguagem
cartográfica. Desta forma, ler e interpretar um mapa implica na decodificação,
na representação mental da mensagem que o mapa transmite por meio de
símbolos”.
Desta forma, vê-se a necessidade de inserir a cartografia no cotidiano do
aluno, desde sua alfabetização, tornando se assim algo rotineiro para o
educando e familiarizando-o com a Cartografia.
Quanto ao objeto de estudo da Geografia definido nas Diretrizes
Curriculares da Educação Básica, com base em uma Metodologia Histórica
Dialética é o “Espaço Geográfico” que, por sua vez, não se apresenta pronto,
estático, pelo contrário, está em constante transformação, tanto nos aspectos
físicos, quanto humanos, políticos, econômicos. O Espaço Geográfico pode ser
analisado tanto em escala regional, analisando fatos que estão presentes no
nosso dia a dia, no nosso meio, quanto em escala global, analisando e
compreendendo os fatos que ocorrem por todo o planeta, pois os homens
foram aperfeiçoando suas práticas de sobrevivência, observando e analisando
a natureza em sua volta, e estabelecendo relações com a mesma, o que os
permitiu que à transformassem, modificando-a favor dos seus próprios
benefícios.
Ao longo dos anos finais do Ensino Fundamental, espera-se que o aluno
amplie as noções espaciais que desenvolveu nos anos iniciais desse nível de
ensino. Por isso deverão ser trabalhados os conhecimentos necessários para o
entendimento das inter-relações entre as dimensões econômica, cultural e
demográfica política e sócio-ambiental presentes no espaço geográfico, bem
como seus conflitos e contradições.
Espera-se também que, o aluno desperte o raciocínio geográfico e a
consciência espacial. Somente dessa maneira a escola será capaz de formar
um aluno consciente das relações socioespaciais de seu tempo. No decorrer
do Ensino Fundamental o aluno também deverá analisar os fenômenos
geográficos e relacioná-los entre si se houver possibilidade, bem como
compreender as relações socioespaciais nas diferentes escalas geográficas,
isto é do local ao global e também conseguir aplicar seus conhecimentos na
interpretação crítica próximos e distantes, entendidos como empíricos ou não.
No Ensino Médio estes conhecimentos deverão ser aprofundados de
forma que o aluno consiga ampliar suas formações conceituais. Muitos
conteúdos abordados a partir de recortes temáticos mais complexos.
Também devem ser abordados no Plano de Trabalho Docente, tanto nos
anos finais do Ensino Fundamental quanto no Ensino Médio, a cultura e história
afro-brasileira e indígena (Leis no. 10.639/03 e no. 11.645/08) e também a
Educação Ambiental (Lei no. 9795/99, que institui a Política Nacional de
Educação Ambiental). Esses temas deverão ser trabalhadas de forma
contextualizada e relacionadas aos conteúdos de ensino da Geografia.
B) - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / BÁSICOS DA DISCIPLINA
Tendo em vista que as DCEs (2008, p. 69) trazem entre seus
direcionamentos a afirmação de que os Conteúdos Estruturantes e os Básicos
devem ser tratados na escola pedagogicamente a partir das categorias de
análise - relações espaço ↔ Temporais e relações sociedade ↔ Natureza – e
do quadro conceitual de referência.
Diante disso e considerando que o objeto de estudo desta disciplina é o
espaço geográfico é que se propõe o estudo dos conteúdos relacionados a
seguir. Lembrando que estes serão listados didaticamente, no entanto na
prática diária da sala de aula serão articulados.
5ª SÉRIE ou 6º ANO
Conteúdos Estruturantes
Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos
1-Dimensão econômica do espaço geográfico
2-Dimensão política do espaço geográfico
3-Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico
4-Dimensão socioambiental do espaço geográfico.
1-Formação e transformação das paisagens naturais e culturais.
2-Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção.
3-A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.
4-A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re) organização do espaço geográfico.
5-As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista.
6-A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores estatísticos.
7-A mobilidade populacional e as
1- Espaço local, regional e global por meio do estudo da paisagem.
1-O espaço natural e o espaço geográfico e as transformações ocorridas.
1-A paisagem da comunidade local e dos arredores da escola.
1-Modificação da paisagem local devido a ação humana e também do sistema agropecuário adotado no município.
1- Linguagem Cartográfica como meio de orientação e de localização.
1- Orientação e localização na Paisagem local.
2-A natureza: elementos e sua interdependência.
2- Problemas ambientais relacionados ao processo de industrialização no município.
2- Transformações na natureza causadas pela sociedade ao longo de sua trajetória.
2- O uso do solo no desenvolvimento agropecuário
manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
8-As diversas regionalizações do espaço geográfico.
2- Clima e sua relação com as atividades produtivas.
3-Causas da alteração da natureza.
3- As transformações do do Solo na comunidade de Vera Cruz do Oeste.
3-A extração mineral e o meio ambiente, minerais e rochas.
3-A extração mineral e o meio ambiente, extrativismo e indústria.
3-Agropecuária e as condições naturais como o clima e os impactos ambientais da agropecuária local, regional e global.
4- Os setores de produções e seus produtos.
4- O mercado consumidor e a sociedade consumista e sua atuação no meio ambiente.
5-A Agropecuária e os impactos ambientais.
5-A importância da agricultura familiar para o campo e para a cidade.
5- Sustentabilidade no
município.
5- O consumo dos produtos do campo e do município.
6- Pirâmide etária e a construção espacial.
6- Análise Populacional em forma de pirâmide etária na comunidade.
7- Êxodo Rural.
7- Análise do êxodo rural no município de Vera Cruz do Oeste.
7- Migrações intra-regionais.
7- Estudo da Cultura Guarani no Oeste do Estado do Paraná.
7- A influência da história e cultura afro brasileira no Oeste do Paraná.
8- A cidade (urbano)
6.ª SÉRIE OU 7º ANO
Conteúdos Estruturantes
Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos
1-Dimensão econômica do espaço geográfico.
1-A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do
1-Localização do território brasileiro através da Cartografia.
2-Dimensão política do espaço geográfico.
3-Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico.
4-Dimensão socioambiental do espaço geográfico.
território brasileiro.
2-A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologia de exploração e produção.
3-As diversas regionalizações do espaço brasileiro.
4-As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
5-Movimentos migratórios e suas motivações.
6-O espaço rural e sua modernização da agricultura.
7-A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização.
8-A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re) organização do espaço
2- a biodiversidade brasileira e a questão ambiental no Brasil.
2- O Brasil e suas fontes de energia.
3- Regiões brasileiras – Região Norte; Região Nordeste; Sudeste, Centro-Oeste; Região Sul.
3-A influência indígena nas regiões em destaque: Norte, Centro-Oeste e Paraná região Oeste.
3- A organização da urbanização no Brasil.
4- Dversidade cultural e regional brasileira que foi construída ao longo da trajetória histórica brasileira por diferentes etnias.
5- as migrações intra-regionais no Brasil.
5- Influência afro brasileira e indígena na região Oeste do Estado Paraná.
6- Sustentabilidade, agricultura familiar municipal.
6- MST região.
A Revolução Industrial no Brasil.
7-A Revolução Industrial no mundo.
geográfico.
9-A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações.
7-A formação dinâmica espacial através da indústria.
7- A urbanização, metrópoles, problemas urbanos coma crescente mobilidade espacial.
8- Metrópoles perdem o foco.
8- Cidades de pequeno e médio porte ganham interesses por parte das indústrias.
8- aplicabilidade das novas tecnologias no Território Brasileiro.
9- Globalização com destaque para o consumismo brasileiro.
7.ª SÉRIE OU 8º ANO
Conteúdos Estruturantes
Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos
1-Dimensão econômica do espaço geográfico.
2-Dimensão política do espaço geográfico.
1-As diversas regionalizações do espaço geográfico.
2-A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do continente
1- Paisagem, território, lugar, natureza, sociedade e região relacionados com os conteúdos abaixo.
1-As atividades produtivas e a interferência na organização espacial e nas questões ambientais.
3-Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico.
4-Dimensão socioambiental do espaço geográfico.
americano.
3-A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço geográfico.
4-A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os indicadores estatísticos.
5- A Nova Ordem Mundial, os Territórios supranacionais e o papel do Estado.
6- O comércio em suas implicações sócio-espaciais.
7- As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.
8- Os movimentos migratórios e suas motivações.
9- Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.
2-Exploração econômica do continente americano.
2-As inovações tecnológicas do continente americano.
2-O processo de industrialização e a produção agropecuária em sua relação com a apropriação dos recursos naturais.
2-Relação entre o processo de industrialização e a urbanização
3-Regionalização em países desenvolvidos e subdesenvolvidos.
Continente Americano e suas diversas regionalizações.
3-Os blocos econômicos do continente americano.
3- Os impactos ambientais ocasionados pela grande industrialização no Continente Americano.
4- Os diferentes indicadores demográficos e suas implicações socioespaciais.
4-Fatores que influenciam na mobilidade da população e suas implicações socioespaciais.
5- Divisão - países desenvolvidos e subdesenvolvidos.
5- Países do Norte x Países do Sul.
5- As inovações tecnológicas dos países desenvolvidos influentes nos países subdesenvolvidos.
6- Comércio Exterior.
6- Mobilidade espacial na produção industrial
7- Globalização.
7- Consumismo.
7- Relações industriais e urbanas.
7- Influência da Industrialização no espaço rural.
7- As inovações agropecuárias influentes dos países desenvolvidos nos subdesenvolvidos.
7- Agricultura familiar e sustentabilidade.
8- A cultura e história afro-brasileira.
9- Industrialização e produção agropecuária x recursos naturais.
8.ª SÉRIE OU 9º ANO
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos
1-Dimensão Econômica do Espaço Geográfico
2-Dimensão Política do Espaço Geográfico
3-Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico
4-Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico
1-As diversas regionalizações.
2- A Nova Ordem Mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.
3-A revolução técnico-científico-informacional e os novos arranjos no espaço da produção.
4-O comércio mundial e as implicações socioespaciais.
5- A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.
6-A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os indicadores estatísticos.
7-As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
1,2,3,4- Paisagem, território, lugar, natureza, sociedade e região relacionados aos conteúdos abaixo.
1- Europa: aspectos físicos e regionalização.
1- União Europeia.
1- A Europa dos 27.
1- A outra Europa.
1- A outra Europa II.
2- A regionalização colonial e a descolonização da Ásia.
2- A nova ordem mundial: o mundo pós Guerra Fria.
1,2- Estados Unidos: aspectos físicos e formação territorial.
1,2- Estados Unidos: a valorização econômica do território.
2 Canadá: espaço integrado ao dos Estados Unidos.
1,2- O Japão e o Tigres
8-Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações.
9-A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a (re) organização do espaço geográfico.
10-A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção.
11-O espaço em rede: produção, transporte comunicações na atual configuração territorial.
Asiáticos.
1,2- China: o dragão asiático.
1,2- Oceania: Austrália e Nova Zelândia.
3- A Terceira Revolução Industrial ou a revolução técnico-científico e a globalização.
3- O desenvolvimento tecnológico e a distribuição espacial das indústrias.
3- O crescimento do comércio internacional.
4- A disseminação de informações e mercadorias nos diferentes espaços mundiais.
4- Alfândegas.
4- Grupos industriais e a produção para a exportação.
4- Japão e os recursos naturais estrangeiros.
4- A indústria e a urbanização na Europa.
5- Constituição do Estado Nação e sua fragmentação no período pós Guerra Fria.
5- Conflitos territoriais e étnicos.
5- Território Urbano marginais e a formação de micro território.
O acesso às tecnologias,a s informações e as relações de poder definindo território.
5-Os blocos econômicos e as relações de poder entre os territórios.
5- Países ex-socialistas do Continente Europeu, Ásia e o fim da URSS.
6- O crescimento demográfico e as políticas populacionais.
6- A população européia e os diferentes povos e suas culturas.
6-A estrutura etária e a qualidade de vida da população.
7- Fluxos do comércio internacional.
7-Sistema bancário mundial, paraísos fiscais e zona franca.
8-Fluxos populacionais e as migrações internacionais.
8-Migrações e transformações das paisagens e do espaço geográfico.
8- Migrações internacionais de trabalhadores.
9-O efeito estufa e i aquecimento global.
9-O buraco na camada de ozônio e a ameaça a biodiversidade.
9- Água e o fututo.
9- Impactos ambientais causados pela ação do homem.
10- O capitalismo e o a sociedade do consumo.
10- A sociedade atual e a degradação ambiental.
10- Escassez do petróleo.
10-Disputa global pelos recursos naturais.
10- Questões ambientais mundiais e os danos no espaço geográfico.
11- O espaço geográfico conectados por redes de fluxos de mercadorias e informações.
11- As redes urbanas e conexões globais.
11- A economia mundial e suas áreas de influência.
1.º ANO – ENSINO MÉDIO
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos
-Dimensão econômica do espaço geográfico.
-Dimensão política do espaço geográfico.
-Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico.
-Dimensão socioambiental do espaço geográfico.
-Espaço, paisagem e lugar.
-A organização do espaço, a formação dos Estados nacionais e os países atuais.
-O espaço e suas representações.
-Fases do capitalismo, revoluções industriais e globalização
-Introdução sobre espaço, paisagem e lugar. Território e mobilidade de fronteira
-Etnia, raça, nação, povo
-Os países atuais, os territórios e as possessões
-Necessidade de compreensão e de representação do mundo
O espaço e suas representações, contexto global, terrestre e os mapas.
-Projeções cartográficas.
-A cartografia no Brasil.
-A produção do espaço geográfico no capitalismo.
-Primeiro passo para uma integração mundial.
-Capitalismo financeiro.
- Terceira revolução industrial.
-Organização do Trabalho e da produção.
-Globalização.
2.º ANO – ENSINO MÉDIO
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos
-Dimensão econômica do espaço geográfico.
-Dimensão política do espaço geográfico.
-Indústria I: transformação do espaço
-Indústria II: O desenvolvimento industrial do país
-Evolução e classificação das indústrias
-A industrialização na era da globalização
-A indústria nos Estados Unidos
-A indústria no Japão e Canadá
-A industrialização Européia
-A federação Russa e a Comunidade dos Estados Independentes-CEI
-Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico.
-Dimensão socioambiental do espaço geográfico.
-Fonte de energia, utilização e impactos ambientais
-Geopolítica agropecuária e ecologia
-A globalização e o comércio mundial.
-Comunicações, transporte e turismo no mundo
-Conceitos demográficos fundamentais e distribuição da população
-Estrutura da população mundial.
-Migrações populacionais mundial
-Urbanização mundial
-Crescimento demográfico no mundo
-Estrutura da população mundial
-Os novos países industrializados
-Classificação das fontes de energia
-Desigualdades mundiais no consumo de energia
-Carvão mineral
-Petróleo
-Usinas termoelétricas
-Hidroeletricidade
-Energia nuclear e atômica
-Fontes de energia alternativa
-Tipos de agricultura
-Mudanças na agricultura num mundo tecnológico
-Modos de produção agrícola
-Agricultura no mundo
-Agricultura, alimentação e conflitos
-Evolução do crescimento demográfico
-Fases do crescimento populacional
-Teoria demográfica e desenvolvimento socioeconômico
-Migrações populacionais mundial
- Urbanização mundial
-Estrutura ocupacional da população
-Pirâmide etária
-Tipos de movimento migratório
-As migrações e transformações no mundo
-As conseqüências das migrações
-Urbanização nos diferentes grupos e países
3.º ANO – ENSINO MÉDIO
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos
-Dimensão econômica do espaço geográfico.
-Dimensão política do espaço geográfico.
-Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico.
-A produção do espaço geográfico brasileiro, as regiões e o planejamento regional
-Brasil: globalização nova ordem mundial e desigualdade social
-O relevo brasileiro
-Os recursos minerais e as questões ambientais no Brasil
-A produção do espaço geográfico no Brasil
-Expansão territorial
-A consolidação do estado brasileiro
-Regionalização e planejamento regional
-As regiões geoeconômicas ou complexos regionais
-Desigualdades regionais e planejamento no Brasil
-Dimensão socioambiental do espaço geográfico.
-Clima, hidrografia, vegetação e domínio morfoclimático no Brasil
-O espaço das atividades industriais no Brasil
-A importância da energia no crescimento econômico do Brasil
-A atividade agropecuária no Brasil
-Distribuição da população, crescimento demográfico e estrutura da população brasileira
-Etnias e migrações populacionais no Brasil
-A urbanização brasileira
-Comércio, comunicação transporte e turismo no Brasil
-Brasil: de país periférico a país industrializado.
-Crescimento econômico
-O Brasil no processo de globalização.
-O quadro das desigualdades
-O Brasil e a nova ordem mundial
-Formação do espaço natural do Brasil
-Estrutura geológica e classificação do relevo brasileiro
-Recursos
-Estrutura e crescimento da industria no Brasil
-A participação da indústria na economia brasileira
-A dinâmica do clima e as massas de ar no Brasil
-Classificação do clima no Brasil
-Hidrografia e vegetação brasileira
-Domínio morfoclimático
-A exploração dos recursos naturais e a biopirataria
C) - ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Nos anos finais do Ensino Fundamental e Médio a metodologia de
ensino proposta deve permitir que os alunos se apoderem da noção dos
conceitos fundamentais da geografia de lugar, território, região, sociedade,
natureza e paisagem, e compreendam o processo de produção e
transformação do espaço geográfico, que tenha senso de percepção do espaço
no qual eles fazem parte. Para tanto, o professor deverá trabalhar os
conteúdos específicos de forma crítica e dinâmica abrangendo as quatro
dimensões geográficas, ou seja: dimensão econômica, dimensão política,
dimensão socioambiental e dimensão cultural. Por meio da percepção
geográfica, o aluno deverá desenvolver a capacidade de análise dos
fenômenos geográficos e relacionar com o seu cotidiano, fazer comparações e
etc. Lembrando que devem ser considerados os conhecimentos prévios dos
alunos articulando-os ao saber sistematizado, buscando a superação do senso
comum.
Um dos instrumentos do processo de ensino e aprendizagem importante
para o ensino da geografia é a Cartografia. O conhecimento da linguagem
cartográfica deve ser iniciada desde os primeiros anos do ensino fundamental
para que o aluno vá se habituando e consiga relacionar e utilizar a Cartografia
sempre que se faça necessário. Assim o domínio de leitura de mapas torna-se
um processo o qual passa por diversas etapas, inicialmente deve-se valorizar a
compreensão que o aluno tem da realidade, sua capacidade de observar e
representar o espaço vivido, com o uso da escala intuitiva e criação de
símbolos que identifique os objetos. Depois aos poucos são desenvolvidas as
noções de escala e legenda, momento este que pode perfeitamente promover
uma articulação com os conteúdos da Matemática.
Em sala de aula o professor deve encaminhar suas aulas utilizando-se
dos variados recursos metodológicos, como aulas expositivas fazendo com que
haja a interação do aluno na construção do saber, desenvolver trabalhos
interdisciplinares, relacionando o máximo possível com as demais disciplinas. A
utilização de recursos didáticos disponíveis em sala como a TV multimídia,
mapas, livros didáticos, periódicos, lousa, auxiliam muito na construção do
aprendizado do educando, pois são recursos que exploram as mais diversas
habilidades e sentidos do aluno (audição, visão, tato).
O processo de apropriação e construção dos conceitos fundamentais do
conhecimento geográfico deverá se dar a partir da intervenção intencional
própria do docente, mediante um planejamento que articule a abordagem dos
conteúdos com a avaliação.
Para trabalhar com os temas Educação Ambiental, Cultura e História Afro-
brasileira e Indígena poderão ser utilizados mapas, textos, imagens, sendo que
estes deverão ser relacionados aos conteúdos da disciplina de Geografia.
D. - AVALIAÇÃO
A avaliação será respaldada no que regem as DCEs (2008, p. 85), ou
seja, esta deverá ser formativa, diagnóstica e processual.
Assim, a avaliação será constituída em uma contínua ação reflexiva
sobre a prática pedagógica, bem como acompanhamento da aprendizagem
dos alunos. Dentro dessa perspectiva e concepção de avaliação, deverão ser
considerados os mais diferentes ritmos de aprendizagem dos alunos. Neste
sentido o professor deverá utilizar-se de diferentes encaminhamentos
metodológicos e instrumentos de avaliação para que todos os alunos
aprendam e participem das aulas.
O processo de avaliação deve considerar, a mudança de pensamento e
atitude do aluno, alguns elementos que demonstram o êxito do processo de
ensino/aprendizagem, quais sejam: a aprendizagem, a compreensão, o
questionamento e a participação dos alunos.
A avaliação é o diagnóstico que o professor realiza a partir de diversos
critérios que irão variar de acordo com as particularidades de cada educando.
Quanto aos critérios de avaliação segundo as Diretrizes Curriculares de
Educação Básica do Estado do Paraná deverão acompanhar a aprendizagem
dos alunos e também nortearão o trabalho do professor, transformando-se em
“uma busca incessante de compreensão das dificuldades do educando.”
(HOFFMANN, 1993, p. 21). Assim destacam-se a “formação dos conceitos
geográficos básicos e o entendimento das relações socioespaciais,” logo o
professor deverá observar se seus alunos compreendem os conceitos
geográficos e assimilam as relações: Espaço, tempo, sociedade e natureza,
nas escalas geográficas.
Diante disso, espera-se desta forma que o aluno demonstre o seu
aprendizado. Tal diagnóstico pode ser realizado de diferentes formas, nas
diversas etapas da construção do conhecimento e pode-se utilizar os diferentes
instrumentos, como provas escritas e orais, trabalhos em grupos ou individuais,
seminários, debates, aulas de campo, pesquisas. Por meio desses
instrumentos o professor será capaz de avaliar cada educando de acordo com
as suas individualidades, utilizando os mais adequado para cada turma e cada
aluno.
Quanto a superação das dificuldades será trabalhada em forma de
recuperação paralela, por meio da retomada imediata dos conteúdos após as
avaliações, proporcionando uma nova oportunidade ao aluno de aprender e
compreender o conteúdo trabalhado, utilizando-se de instrumentos diferentes
daqueles que foram utilizados na primeira verificação da aprendizagem.
E) - REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei No 11.645 de 10 de março de 2008.
CASTROGIOVANNI, A. C. (Org.) Geografia em sala de aula: práticas e
reflexões. Porto Alegre: Ed. UFRS, 1999.
HOFFMANN, J. Avaliação mediadora: uma prática em construção da pré-escola à universidade. Porto Alegre: Educação e realidade, 1993.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do. Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares de Geografia para a Educação Básica. Departamento de Educação Básica. Curitiba, 2008.