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1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO .............................................................................. 2
2 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 3
3 FUNDAMENTO CONTEXTUAL ............................................................................. 4
3.1 IDENTIDADE: A COMPANHIA DE JESUS E O COLÉGIO DOS JESUÍTAS.............. 4
3.2 EDUCANDO PARA O MAGIS ........................................................................... 5
4 FUNDAMENTO DOUTRINAL................................................................................ 7
4.1 DIMENSÕES DA PEDAGOGIA INACIANA......................................................... 8
4.2 DIMENSÕES DA PEDAGOGIA INACIANA NA PRÁTICA DOCENTE........................ 12
5 FUNDAMENTOS CONCEITUAIS.......................................................................... 13
5.1 EDUCAÇÃO INCLUSIVA ................................................................................. 16
5.2 EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL................................................................... 17
6 PROGRAMAÇÃO.................................................................................................. 18
6.1 MISSÃO........................................................................................................ 18
6.2 VISÃO.......................................................................................................... 18
6.3 VALORES..................................................................................................... 18
6.4 OBJETIVOS DO COLÉGIO............................................................................... 19
6.5 OBJETIVOS DOS NÍVEIS E MODALIDADES DE ENSINO..................................... 19
7. DIMENSÕES DO PROCESSO EDUCATIVO.......................................................... 20
7.1 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR.......................................................................... 21
7.2 ASPECTOS CONTEMPLADOS NA ORGANIZAÇÃO CURRICULAR ......................... 21
7.3 NÚCLEO DE FORMAÇÃO INTEGRAL ................................................................ 25
8. AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DA VIDA ESCOLAR DO ALUNO.............................. 26
8.1 INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO .................................................................... 26
8.2 PROMOÇÃO DO ALUNO ................................................................................. 30
8.3 ESTUDOS DE RECUPERAÇÃO ......................................................................... 34
8.4 CLASSIFICAÇÃO E RECLASSIFICAÇÃO ........................................................... 37
9. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL ....................................................................... 39
9.1 ORGANIZAÇÃO DO TEMPO ESCOLAR ............................................................. 44
9.2 CLIMA INSTITUCIONAL ................................................................................. 46
9.3 ACOMPANHAMENTO PERSONALIZADO DO ALUNO .......................................... 47
10. RELAÇÃO COM A FAMÍLIA E COM A COMUNIDADE ....................................... 49
11. ANEXOS........................................................................................................... 51
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ENTIDADE MANTENEDORA:
ASSOCIAÇÃO NÓBREGA DE EDUCAÇÃO
E ASSISTÊNCIA SOCIAL
ENDEREÇO: Avenida Paulista, 2300 – 17º andar, conjunto 172
CEP: 01310-200 SÃO PAULO - SP
FONE/FAX: (11) 3956-6400 EMAIL: presidenterje@jesuitasbrasil.org.br
CNPJ nº 33.544.370/0001-49
ESTABELECIMENTO: COLÉGIO DOS JESUÍTAS
ENDEREÇO: Avenida Itamar Franco, 1600
CEP: 36016-320 JUIZ DE FORA - MG
FONE/FAX: (32) 2101-5700 EMAIL: contato@coljes.com.br
Nº Cadastro : 33.544.370/0007-34
NATUREZA DO ATO
LEGAL RELATIVO AO
ESTABELECIMENTO
ÓRGÃO EMISSOR
NÚMERO
DATA
Portaria de Autorização Ministério de Educação e
Cultura 892 12/04/1962
Portaria de Unificação e
Designação SEE/MG 660/2015 15/04/2015
CURSOS OFERECIDOS PELO ESTABELECIMENTO DE ENSINO
EDUCAÇÃO INFANTIL
ENSINO FUNDAMENTAL
ENSINO MÉDIO
ENSINO MÉDIO INTEGRAL VESPERTINO
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O Projeto Político Pedagógico do Colégio dos Jesuítas se organiza a partir das
orientações da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN, 1996), das Diretrizes
Curriculares Nacionais Gerais para Educação Básica (2013), do Plano Nacional de Educação (PNE,
2014-2024), da Base Nacional Curricular Comum (BNCC) e das orientações específicas dos órgãos
legisladores de Minas Gerais, tudo de acordo com o modo específico da Companhia de Jesus de
fazer educação, expresso em documentos e no Projeto Educativo Comum da Rede Jesuíta de
Educação.
O contexto socioambiental em que estamos inseridos nos apresenta apelos aos quais
não podemos estar indiferentes e insensíveis. Releituras de antigos princípios e busca de novos
caminhos são possibilidades que não devem trazer temor, mas, antes, vigor e esperança. O foco
central de nossa escola baseia-se nas aprendizagens que os estudantes têm em coerência com a
proposta para a formação integral, que é própria da tradição educativa da Igreja e, por suposto,
da Companhia de Jesus.
O desafio de articular fé e justiça nos leva a considerar, no espaço escolar, os temas
referentes a gênero, diversidade sexual e religiosa, novos modelos de família, questões étnico-
raciais, elementos referentes à cultura africana no Brasil e todos os temas similares relacionados a
categorias ou grupos sociais que sofrem discriminação, violência e injustiça.
Nesse sentido, há uma necessidade premente de reformulação do ambiente escolar e
de repensar muitas das atuais práticas pedagógicas. Rever espaços, recursos e metodologias para
que utilizem as tecnologias digitais para inovação considerando, conforme o critério que norteia os
trabalhos apostólicos da Companhia, a relação entre meios e fins.
O nosso desafio, nesse início de século, é a construção de um Currículo que recupere a
Tradição Educativa da Companhia de Jesus (Humanismo e Excelência) e que qualifique o processo
de aprendizagem, revendo métodos e recursos de ensino na perspectiva de uma educação que
seja para toda a vida.
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No fundamento contextual deste projeto, são abordados os principais aspectos
históricos da Instituição com suas atualizações e avanços, numa visão global da educação de
ontem até os dias atuais, com traços da realidade contemporânea.
3.1 - Identidade: A Companhia de Jesus e o Colégio dos
Jesuítas O Colégio dos Jesuítas faz parte da Rede Jesuíta de Educação1 – uma rede
internacional da Companhia de Jesus, fundada por Santo Inácio de Loyola em 1534. Atualmente
essa rede reúne, aproximadamente, 1.500 unidades de ensino em mais de 60 países. Estas
instituições têm como função substantiva oferecer uma educação de qualidade no contexto social
em que estão inseridas e assumem as finalidades estabelecidas para a educação em nível
nacional, no nosso caso: "o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da
cidadania e sua qualificação para o trabalho". (LDBEN nº 9394/96)
O Colégio dos Jesuítas possui sua sede central na Avenida Presidente Itamar Franco,
nº 1600 - bairro Centro, em Juiz de Fora, estado de Minas Gerais, CEP 36016-320, telefone (32)
2101-5700, e está inscrito sob o 33.544.370/0007-34.
A Instituição possui como Entidade Mantenedora a Associação Nóbrega de Educação e
Assistência Social (ANEAS), associação civil sem fins lucrativos, declarada de Utilidade Pública pelo
Decreto Federal nº 892 – de 12/04/1962, credenciada pela Portaria SEE/MG nº 660/2015 – de
15/04/15, com sede na cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Avenida Paulista, 2300 –
17º andar, conjunto 172, CEP 01310-200, inscrita sob o CNPJ nº 33.544.370/0001-49 e registrada
no Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas da Cidade do Rio de Janeiro/RJ. Rege-se pela
Província dos Religiosos Jesuítas do Brasil (BRA) da Companhia de Jesus.
Na primeira metade do século XX, a fundação de uma escola da Companhia de Jesus
em Juiz de Fora, era o desejo de muitas famílias, que se mobilizaram em torno da aquisição da
“Chácara das Palmeiras”, entregue aos jesuítas em 1945 e que se tornaria, onze anos depois, a
primeira sede do “Colégio Nossa Senhora Imaculada”, o colégio dos jesuítas na cidade.
1 Fonte: www.jesuitasbrasil.com
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As aulas começaram no dia 5 de março de 1956, com 40 alunos, em regime de
horário integral, que se iniciava às 7horas com a missa diária e terminava às 17horas, com
interrupção para o almoço nas casas. Nos primeiros anos da instituição, foi o velho casarão quase
centenário, na Avenida Barão do Rio Branco, nº 2954, que, junto com os terrenos arborizados de
sombra e pomar, testemunhou a vida escolar dos alunos.
A construção do prédio definitivo da escola foi iniciada em outubro de 1959 e, no ano
seguinte, começou a funcionar na parte recém-construída o Curso Preparatório para o 1º ano
Ginasial. Em 1967, já denominado “Colégio dos Jesuítas”, dos 700 alunos matriculados, apenas 6
eram mulheres. E, sendo a primeira vez em que meninas eram aceitas na instituição, o “Jesuítas”
tornou-se o pioneiro das escolas mistas da Ordem Religiosa em todo o mundo.
Naquele mesmo ano, o fim do período letivo foi marcado pela primeira formatura de
turma do 3º ano Científico, no dia 8 de dezembro, dia de Nossa Senhora da Conceição, padroeira
e protetora da escola.
Desde que se instalou em Juiz de Fora, o Colégio dos Jesuítas passou por inúmeras
mudanças, físicas e estruturais, acompanhando a evolução da sociedade e buscando sempre
desenvolver com excelência a missão institucional.
3.2 - Educando para o MAGIS!
O período escolar apresenta ótimas oportunidades para que, além do trabalho
relacionado ao conhecimento científico, o processo formativo reforce elementos essenciais ao
crescimento humano, desenvolvendo e integrando, de maneira equilibrada, as dimensões afetiva,
ética, social, cognitiva, esportiva, comunitária e espiritual dos estudantes.
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Com esse objetivo, no Colégio dos Jesuítas, os alunos da Educação Infantil, do Ensino
Fundamental e do Ensino Médio Diurno e Vespertino Integral vivenciam diversas experiências que
dão aos estudantes a oportunidade de uma inserção responsável e comprometida na sociedade,
como presença transformadora.
Na Educação Infantil, um dos principais desafios é proporcionar aos alunos uma
educação de qualidade, que supere a preocupação com o conteúdo trabalhado em cada período. A
socialização é beneficiada por atividades recreativas e de convivência, que têm o lúdico como
elemento motivador, além de projetos que buscam introduzir, no cotidiano das crianças, hábitos
mais saudáveis de alimentação e possibilitar o início de uma consciência ecológica.
No Ensino Fundamental, projetos são desenvolvidos conforme a temática
contextualizada em cada série. Em todos os níveis, destacam-se a atenção e o cuidado, quer
consigo e com os colegas, quer com a escola e a comunidade, quer com o meio ambiente e o
planeta, buscando sempre a promoção da “Vida em plenitude”. Nesse período, os estudantes são
motivados a participar de ações e campanhas sociais, desenvolvendo virtudes humanas como a
lealdade, o respeito, a fidelidade e o compromisso.
Ainda, um conjunto de iniciativas e espaços de atuação possibilita aos alunos do
Colégio dos Jesuítas desenvolverem competências e habilidades para a vida profissional e para o
protagonismo juvenil, que se manifesta por meio do Projeto de Liderança Cristã desenvolvido na
escola e nos processos de formação para a cidadania, concebidos internamente ou em parceria
com instituições, como a Câmara Municipal e a Assembleia Legislativa.
O dia a dia no Colégio dos Jesuítas é marcado pela presença e pela efetiva
participação dos jesuítas, preservando a dimensão religiosa e apostólica da escola, apresentando-
se como referência e orientando a comunidade educativa, no desempenho da missão institucional.
Assim, a diversidade do processo formativo desenvolvido em Juiz de Fora ocorre em sintonia com
o que acontece em outros colégios que integram a “Rede Jesuíta de Educação” e com as diretrizes
do Projeto Educativo Comum.
Atuando em rede, alunos do Ensino Médio participam de dois projetos desenvolvidos
pela Federação Latinoamericana de Colégios da Companhia de Jesus - FLACSI: “Embaixadores de
Transformação” (experiência de intercâmbio e transformação continental que envolve alunos de
colégios jesuítas de diversos países, reunidos em torno da campanha “Inacianos pelo Haiti”, criada
em 2011 para contribuir com a construção de escolas e a formação de professores no país-irmão
da América Central, devastado no ano anterior por um grande terremoto) e a “Rede de Análise
Política”, da FLACSI (que reúne alunos de colégios jesuítas de vários países, com o objetivo de
compartilhar artigos escritos pelos estudantes, ideias e opiniões sobre Educação, Direitos
Humanos, Ecologia, Pobreza, Corrupção, Processos Eleitorais e Populismo).
Também, desde 2011, o Colégio dos Jesuítas destina parte dos seus recursos para
oferecer o projeto “Ensino Médio Integral Vespertino”, curso totalmente gratuito, destinado ao
exclusivo atendimento de alunos na faixa etária para ingresso de 14 a 17 anos e que estejam em
desfavorável situação socioeconômica. Por meio da concessão de bolsas de estudo integrais - que
obedece a critérios de carência de acordo com a legislação em vigor e o regulamento interno da
instituição - o Colégio oferece a mensalidade escolar, uniforme, lanche, vale transporte e livros
didáticos. Nas três séries, além do trabalho realizado em sala de aula, os alunos têm a
oportunidade de participar de atividades, encontros e projetos de formação desenvolvidos no
Colégio.
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O foco central do nosso trabalho pedagógico baseia-se na excelência acadêmica com
foco na aprendizagem integral que é própria da tradição educativa da Igreja e, por suposto, da
Companhia de Jesus. Nossa finalidade considera mais as demandas por sustentabilidade ambiental
do planeta do que as metas de desenvolvimento econômico viciadas na exploração dos recursos
naturais.
O Projeto Político Pedagógico do Colégio dos Jesuítas está centrado na formação da
pessoa toda e para toda a vida, trabalhando na perspectiva de uma aprendizagem integral que
leve o aluno a participar e a intervir, autonomamente, na sociedade: uma educação capaz de
formar homens e mulheres comprometidos, compassivos, competentes e críticos.
Competentes, profissionalmente falando, têm uma formação acadêmica que lhes
permite conhecer, com rigor, os avanços da tecnologia e da ciência. Conscientes, além de
conhecer-se a si mesmos, graças ao desenvolvimento de sua capacidade de interiorização e ao
cultivo da vida espiritual, têm um consistente conhecimento e experiência da sociedade e de seus
desequilíbrios. Compassivos, são capazes de abrir seu coração para serem solidários e assumirem
o sofrimento que outros vivem. Comprometidos, sendo compassivos, empenham-se honestamente
e desde a fé, e com meios pacíficos, na transformação social e política de seus países e das
estruturas sociais para alcançar a justiça (Nicolás, Medellín, 2013).
O Colégio dos Jesuítas busca uma formação integral à luz da fé e da justiça, em
consonância com as necessidades e diretrizes da Igreja Católica no Brasil e no mundo, numa
dimensão moral e ética, buscando a construção da comunidade educativa onde cada um assume,
no âmbito de suas funções e capacidades, responsabilidades no desenvolvimento da missão
educativa promovendo a realização dos fins por ela propostos:
Uma formação acadêmica que lhes permite conhecer, com rigor os avanços da tecnologia e da
ciência.
Desenvolvimento da capacidade de interiorização e do cultivo da vida espiritual, possibilitando
um consistente conhecimento e experiência da sociedade e de seus desequilíbrios.
Engajamento humanitário com os meios pacíficos, na transformação social e política das
estruturas sociais que visam à justiça.
Experiências educativas que despertam a abertura de coração para serem solidários e
assumirem o sofrimento que outros vivem.
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1.1 - Dimensões da Pedagogia Inaciana
A prática educativa na Companhia de Jesus, inspirada na ação de Inácio de Loyola
como orientador espiritual e articulando seus princípios com os saberes das tendências atuais da
educação, constitui-se numa caminhada em busca da excelência acadêmica e humana, segundo as
dimensões do Paradigma Pedagógico Inaciano: contexto, experiência, reflexão, ação e avaliação.
A Pedagogia Inaciana sugere vários caminhos pelos quais os professores podem
acompanhar seus alunos e facilitar-lhes a aprendizagem e o amadurecimento, propiciando o
despertar da capacidade intrínseca de ultrapassar o meramente teórico e chegar a um instrumento
prático e eficaz no sentido de efetuar mudanças na nossa maneira de ensinar e na de nossos
alunos aprenderem.
O Paradigma Pedagógico Inaciano é o caminho mais difundido atualmente para a
concretização da Pedagogia Inaciana. Partindo sempre de um contexto e fechando todos os
processos com avaliações diagnósticas, o Paradigma Inaciano está centrado na experiência, na
reflexão e na ação.
Além desse núcleo ativo, desde suas origens, a Educação na Companhia de Jesus
primou por atitudes e princípios pedagógicos personalizados, valorizando a atividade do aluno, sua
singularidade, criatividade e socialização, a normalização de suas atitudes e o desenvolvimento da
dimensão transcendente. Para isso reforça a formação da afetividade, da liberdade, da autonomia
e da espiritualidade2.
Mais do que um método, a Pedagogia Inaciana lança as bases do ensino e
aprendizagem de um modo consciente e comprometido de habitar o mundo. Radica numa
experiência de crescimento pessoal, espiritual e de serviço aos outros, vivida por Santo Inácio de
Loyola, e, reconhecendo que a formação humana ultrapassa os limites da escola e se estende para
além dos anos de estudo, promove o desenvolvimento integral e duradouro dos seus alunos e
professores, nos seus aspectos intelectual, emocional, espiritual e relacional.
Concretamente, o modelo pedagógico inaciano integra cinco elementos-chave, no qual
cada um dos passos se integra de tal modo que se afetam mutuamente e interagem durante todo
o processo, promovendo, assim, um crescimento e afetando sempre, de alguma forma, a realidade
envolvida:
Contexto - situar a realidade num contexto ou situar-se nela.
Experiência - experimentar vivencialmente essa realidade.
Reflexão - refletir sobre a experiência.
Ação - agir consequentemente à reflexão.
Avaliação - avaliar a ação e todo o processo anterior.
2 Fonte: www.jesuitasbrasil.com
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CONTEXTO3: O professor deve e precisa conhecer o mundo do estudante, incluindo
as formas pelas quais a família, os amigos, os colegas, a cultura juvenil e seus costumes, as
pressões sociais, a vida escolar, a política, a economia, os meios de comunicação social, a arte, a
música, a religião e outras realidades têm impacto sobre esse mundo e afetam bem ou mal o
estudante. Do mesmo modo, ajuda a conhecer o contexto social, político, econômico, cultural,
religioso, no qual se desenvolve a ação educativa. (CEC: 86, 147 e 149)
Cada ação educativa, cada escolha de conteúdos e procedimentos depende do
contexto em que atuamos. O que precisamos saber sobre os alunos para os ensinarmos bem? O
que o aluno sente? O que ele pensa? Que ideias trazem consigo? Como é sua vida? O que ele já
sabe sobre a matéria?
EXPERIÊNCIA3: A experiência inaciana vai além da compreensão puramente
intelectual. Santo Inácio pede que o homem todo - mente, coração e vontade - esteja implicado
na experiência educativa. As dimensões afetivas do ser humano deverão estar tão envolvidas
quanto as cognitivas, porque, se o sentimento interno não se unir ao conhecimento intelectual, a
aprendizagem não moverá à ação. (CEC: 56)
3 FUENTES, Jose Luis. "Pedagogia Inaciana - uma visão sintética"
10
A experiência humana pode ser:
a) direta: no contexto acadêmico, apresenta-se nas relações interpessoais, tais como
conversas ou debates, descobertas no laboratório, trabalhos de campo, práticas de assistência
social, atividades sólidas de acordo com cada projeto pedagógico ou outras experiências
semelhantes.
b) indireta: no contexto acadêmico, a experiência direta nem sempre é possível. Em
seu lugar, a aprendizagem se consegue com frequência através de experiências indiretas, lendo ou
ouvindo uma leitura, por meio de simulações e dramatizações, utilizando materiais audiovisuais,
etc.
A experiência envolve o "sentir e saborear internamente" tudo aquilo que se estuda, se
lê, se aprende. Implica levar o aluno a usar a imaginação, os sentidos, ultrapassando a
compreensão puramente intelectual e levando a reações de caráter afetivo com relação ao que se
conhece.
REFLEXÃO3: Com o termo reflexão, queremos expressar a reconsideração séria e
ponderada de um determinado tema, experiência, ideia, propósito ou reação espontânea, a fim de
captar seu significado mais profundo. Portanto, a reflexão é o processo mediante o qual se traz
para a superfície o sentido da experiência. Entre os processos de reflexão diferenciamos duas
operações fundamentais: entender e julgar. (CEC: 56, 78 e 90)
Entender é descobrir o significado da experiência, estabelecer as relações entre os
dados vistos, ouvidos, tocados, cheirados, etc. É o insight que ilumina o que se apresentava em
penumbras na percepção sensível. É o que permite ao sujeito conceituar, formular hipóteses,
conjeturar, elaborar teorias, dar definições. Julgar (verificar) é emitir um juízo, verificar a
adequação entre o entendido e o experimentado, entre a hipótese formulada e os dados
apresentados pelos sentidos. A reflexão coletiva dá possibilidade de reforçar, desafiar e estimular a
reconsideração, permitindo uma maior segurança na ação que vai se realizar e a oportunidade de
crescer em comunidade.
Na dimensão da reflexão, os sentidos e sentimentos implicados na experiência
(memória, entendimento, imaginação, reações afetivas...) são trazidos à tona para captar o
significado mais profundo daquilo que está sendo estudado, fazendo relações com outros temas e
aspectos do conhecimento.
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AÇÃO3: O Paradigma Pedagógico Inaciano ensina que a reflexão está unida
indissociavelmente com a ação. Esta se encontra no cume ou, se preferir, no término do
paradigma. Não teria sentido uma experiência e reflexão fechadas em si mesmas. A reflexão só faz
crescer e amadurecer quando resulta em decisão e compromisso (Pedagogia Inaciana – uma
proposta prática, nº 60). Uma vida humana sem compromisso com a ação, sem o serviço
desinteressado aos demais, não vale a pena. (CEC: 73, 80, 89 e 111)
Inácio de Loyola escreveu que "o amor se mostra com fatos, e não com palavras". A
experiência e a reflexão inacianas seriam estéreis se não levassem à ação.
Esperamos contribuir com nossa educação para que os alunos sejam capazes de agir.
Agir com relação a cada conteúdo, passando a amar o saber e desejando conhecer mais. Agir em
suas próprias vidas, tornando-se pessoas melhores. Agir no contexto social, comprometendo-se
com a construção de novas estruturas à luz da integração entre fé e justiça.
AVALIAÇÃO3: O Paradigma Pedagógico Inaciano, através da avaliação, ensina a
buscar resultados, a que as coisas se façam efetivamente e a que sempre se procure a excelência.
Mais concretamente, ensina a fazer as coisas corretas e bem feitas desde o princípio. (CEC: 145)
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Por avaliação, entende-se a revisão da totalidade do processo pedagógico
empreendido ao longo de cada um dos passos do paradigma, para verificar e ponderar em que
medida foi realizada fiel e eficientemente e, por outro lado, em que grau foram alcançados os
objetivos perseguidos, em termos de mudança e transformação pessoal, institucional e social.
Em coerência com toda a prática, a avaliação deve ser um processo natural, que dá
tanto ao aluno como ao professor a possibilidade de verificar se tudo está bem ou se ainda pode
melhorar. Para esse trabalho educativo dar certo é preciso estar em permanente avaliação. E, para
manter a coerência com as outras dimensões do paradigma inaciano, a avaliação não pode ser
punitiva, excludente, massificadora nem apavorante.
1.2 - Dimensões da Pedagogia Inaciana na Prática Docente
A consideração da diversidade de estilos e ritmos de aprendizagem guia os professores
na preparação dos planos, das aulas e na seleção e organização dos materiais utilizados para
propor e avaliar as aprendizagens (PEC 38).
O professor, ao assumir as dimensões da Pedagogia Inaciana como inspiração para
seu trabalho docente, reconhece para si o princípio da singularidade da pessoa: “cada pessoa é
um sujeito único que não se repete e como tal deve ser vista e respeitada pelo educador” (CEC:
42)4, e inclui na dinâmica desenvolvida na sala de aula ações personalizadas:
Preleção: preparar os alunos para a atividade pessoal que realizarão.
Contextualização: motivar, iniciar a experiência, aprender.
Repetição: ajuda a esclarecer o momento da aprendizagem que se está vivendo e
aprofunda a assimilação do aprendido. Retomar o tema em estudo recuperando
aqueles pontos que produziram maior satisfação ou insatisfação.
Ritmo de trabalho personalizado: mapas conceituais, programações, projetos,
problematização do conteúdo ou do assunto - facilitadores para a construção do
conhecimento com a participação e o compromisso de todos.
Orientação: transmite informações relevantes sobre o seu conteúdo e direciona os
alunos a fontes diversificadas de acesso a mais informações sobre o tema.
Metas: orienta os alunos para que alcancem os objetivos propostos.
Partilha: cria condições para que os alunos partilhem as suas experiências de
aprendizagem.
Instrução: instrui os alunos sobre as atividades específicas a serem realizadas
(trabalhos, pesquisas, etc).
Conduta: com seu exemplo e com as orientações normativas, modela atitudes e
condutas dos seus alunos.
Feedback: oferece retorno sobre o processo de aprendizagem de cada aluno.
Avaliação: utiliza diversos métodos e instrumentos de avaliação, permitindo que os
alunos avaliem, junto com o professor, o alcance dos objetivos propostos.
4 FUENTES, Jose Luis. "Pedagogia Inaciana - uma visão sintética"
13
No Colégio dos Jesuítas toda a ação educativa converge para a formação da pessoa,
enfatizando a necessidade de reconhecer as potencialidades do indivíduo e garantindo o
desenvolvimento das dimensões: cognitiva, afetiva, ética, espiritual, comunicativa, estética,
corporal e sociopolítica. De acordo com o PEC 25, a proposta pedagógica das escolas jesuítas está
centrada na formação da pessoa toda e para toda a vida, trabalhando para realizar uma
aprendizagem integral que leve o aluno a participar e a intervir, autonomamente, na sociedade:
“uma educação capaz de formar homens e mulheres comprometidos, compassivos, competentes e
críticos”. Diante desse compromisso com a formação integral, a interdisciplinaridade e a
transversalidade, aliadas aos demais componentes curriculares, assumem o compromisso com a
qualificação para a estética, a sensibilidade e a ética.
Acreditamos que os professores, alunos, famílias, profissionais não docentes, todos são
protagonistas do processo educativo, participando de diferentes formas e lugares da vida escolar.
Pressupondo o aluno como centro do processo de aprendizagem, o currículo oferece
oportunidades para que o conhecimento seja constituído de diversas formas, individual e
coletivamente, garantindo acompanhamento sistemático do aluno, do processo de ensino e de
aprendizagem e dos modos de avaliação daquilo que se espera como resultado.
A meta é garantir um caminho no qual ensino e aprendizagem sejam constantemente
avaliados, evitando que a não aprendizagem seja entendida como responsabilidade exclusiva dos
educandos.
No Colégio dos Jesuítas, o papel do professor é mais que o de mediador das
aprendizagens, especialmente em tempos de tamanha diversidade de “mediações”. O professor
é o profissional que propõe o caminho, apresenta o mapa e acompanha os alunos indicando
critérios para que a apropriação do conhecimento seja feita de maneira significativa e com valor.
A Proposta Pedagógica do nosso colégio busca pôr em prática um novo conceito, que
tem como base tornar a educação acessível às pessoas e, com isso, atender às exigências de uma
sociedade que vem combatendo preconceitos, discriminações, barreiras entre indivíduos, povos e
cultura (PEC 49). A escola é um espaço que valoriza a diversidade, no qual se experimentam as
vantagens de um ensino e de uma aprendizagem cooperativos, em que todos ajudam e são
ajudados.
14
A noção de valor fundamenta a vida escolar e está explícita no currículo da instituição.
As normas, os regulamentos, a relação estabelecida entre os membros da comunidade educativa,
as decisões e ações transparecem os valores que pregamos. Educamos na justiça, no respeito, na
solidariedade, na compaixão.
A educação jesuíta é instrumento efetivo de formação, fundamentado na fé, na prática
da justiça, no diálogo inter-religioso e no cuidado com o ambiente. Nesse sentido, é importante
promover uma aprendizagem que capacite o aluno a perceber o valor do aprendizado ao longo da
vida e possibilite o desenvolvimento dos talentos individuais e coletivos. (PEC 41)
Desejamos, assim, que o outro, seja ele colega, funcionário ou professor, possa
experimentar no cotidiano escolar uma cidadania ética que inspire e marque nossas ações. As
normas, os regulamentos, as decisões e ações transparecem os valores em que acreditamos e os
quais ensinamos. Formar lideranças à luz dos valores cristãos, que crescem como agentes de
transformação na sociedade, é um dos nossos principais compromissos.
A diversidade de estilos e ritmos de aprendizagem guiará os professores na preparação
dos planos, das aulas e na seleção e organização dos materiais utilizados para propor e avaliar as
aprendizagens (PEC 38). Baseados nas opções expressas no currículo, o professor propõe
situações diferenciadas de mediação para atender os sujeitos de aprendizagem que se encontram
em momentos distintos. Entendemos que a separação entre ensino, aprendizagem e estudo como
momentos estanques está superada e que o trabalho docente precisa ser organizado a partir da
aprendizagem e das metas definidas para as múltiplas dimensões envolvidas no processo.
A organização das diversas áreas do conhecimento, os componentes curriculares e a
carga horária dedicada a cada um deles, de acordo a LDBEN, está sistematizada em duas partes:
base comum e parte diversificada. Na base comum, parte obrigatória com especificações claras
nos documentos oficiais que norteiam a educação escolar formal, as orientações apontam para a
necessidade de integrar, cada vez mais, os conteúdos dos diferentes campos disciplinares de
forma interdisciplinar e transversal. Além da base comum, a parte diversificada que revela a
identidade da instituição e considera o contexto em que se insere cada unidade educativa. A
construção da matriz curricular garantirá a integração das duas partes (base comum e parte
diversificada), refletindo a realidade da escola em atenção à cultura local e à identidade da
proposta pedagógica jesuítica.
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Em relação à organização do sistema avaliativo, o critério norteador será sempre o
“muito no pouco”. Mais que a fragmentação do ano letivo em etapas curtas e assoberbadas de
conteúdos trabalhados de maneira superficial e desarticulada, o que se pretende é um sistema de
avaliação que permita a apropriação com profundidade e de maneira integrada das aprendizagens
propostas.
A avaliação da aprendizagem é sempre uma avaliação do ensino; lugar pedagógico de
acompanhamento da caminhada de alunos e professores. É na dinâmica de acompanhamento do
que e do como se ensina e do que e do como se aprende que professores e alunos, em um
exercício constante de metacognição, situam-se e tornam-se capazes de pensar no que fazem. No
Colégio dos Jesuítas, entende-se por avaliação a revisão da totalidade do processo pedagógico
empreendido ao longo de cada um dos passos do paradigma, para verificar e ponderar em que
medida foi realizado fiel e eficientemente e, por outro lado, em que grau foram alcançados os
objetivos perseguidos, em termos de mudança e transformação pessoal, institucional e social. É
um movimento coerente com a prática. Espaço de revisão do processo, em que tanto o aluno
quanto o professor verificam se tudo está bem ou se ainda pode melhorar.
De acordo o PEC 45, os sistemas de avaliação nas escolas da Rede Jesuíta de Educação devem
contemplar tanto o aspecto cognitivo (intelectual) quanto o socioemocional e o espiritual-religioso.
Os estudos de recuperação visam a proporcionar ao aluno novas oportunidades de
aprendizagem para superar as deficiências verificadas no seu desempenho escolar. Neste processo
de aprendizagem é fundamental a retomada dos conteúdos, assim como uma proposta de estudos
autônomos com roteiros de orientação e exercícios extras, produzidos pelo professor.
Os dados de registro e de desempenho acadêmico são usados para gerar informação
sobre o desempenho de professor e aluno, retroalimentando a ambos no desafio da qualificação
dos processos de ensino-aprendizagem-avaliação e na comunicação com alunos e famílias (PEC
47).
A Comunidade Educativa é constituída de docentes, não docentes, discentes, pais de
alunos e antigos alunos, podendo os mesmos associar-se em órgãos representativos. A
participação de todos os membros da comunidade educativa dar-se-á nos níveis, possibilidades e
16
funções de cada um, podendo as formas variar, segundo as finalidades específicas, desde que
venham a contribuir positivamente com as diretrizes educacionais expressas no Projeto Político
Pedagógico do colégio.
As tecnologias digitais vêm alterando a vida nas sociedades contemporâneas. Novas e
surpreendentes tecnologias da informação e da comunicação têm estreitado as distâncias e
possibilitado a co-criação, a apropriação e a disseminação de conhecimentos como nunca antes
visto (PEC 26). Nesse sentido, há uma necessidade premente de reformulação do ambiente
escolar e de repensar muitas das atuais práticas pedagógicas. A incorporação das mídias sociais
como meio para o desenvolvimento dos processos educativos permite a promoção de uma
revolução metodológica no processo de ensino e de aprendizagem, contribuindo, assim, para que
a escola seja um espaço mais eficaz na construção significativa do conhecimento e espaço de
qualificação dos estudantes no uso das mídias sociais (PEC 28).
A reflexão pedagógica dos educadores e funcionários visa à mobilização para a
construção de um estilo de docência inaciano, à reformulação de projetos específicos para o
alcance das metas e estará sempre articulada com a melhoria da qualidade do ensino e a
excelência na formação humana e cristã no desenvolvimento do trabalho do Colégio.
Visando à capacitação teórica e prática dos educadores, professores e funcionários,
bem como seu aperfeiçoamento pessoal e religioso, serão promovidos, no Colégio, ciclos de
estudos, seminários, palestras, oficinas, reuniões por séries, por áreas e por setores, troca de
experiências e produções coletivas de textos e livros.
5.1 - Educação Inclusiva
Preocupação mundial que impulsiona uma busca constante para torná-la uma
realidade cada vez mais frequente, ancorada na garantia de direitos, a partir de uma vasta
legislação específica, que evidencia, entre outros aspectos, a diversidade como um fator essencial
para a transformação social. O Colégio dos Jesuítas buscará oferecer recursos especializados, um
espaço que valoriza a diversidade e um ensino que possibilita experiências de aprendizagem
cooperativa, em que todos ajudam e são ajudados.
Tal processo está em consonância com a Política Nacional de Educação Especial, na
Perspectiva da Educação Inclusiva de 2008, no Decreto Federal 7611/2011, da Resolução CNE/CEB
nº 04/2009, da Resolução CEE/MG nº 460/2013 e na Resolução SEE/MG nº 2197, que orienta o
atendimento educacional a alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento ou
altas habilidades/superdotação na matrícula, no processo acadêmico e na avaliação da
aprendizagem, mediante um trabalho pedagógico interdisciplinar e transversal.
17
O Colégio dos Jesuítas reconhece e valoriza as experiências do aluno, suas habilidades,
suas diferenças e atende às suas necessidades educacionais especiais sem perder de vista a
consecução dos objetivos educacionais a que ele tem direito. O tratamento a ser dispensado aos
alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento ou altas habilidades/superdotação,
será elaborado pela equipe pedagógica da série, acompanhado pelo Diretor Acadêmico, à luz da
legislação vigente.
5.2 - Educação em Tempo Integral
A Educação que pretende congregar-se com as necessidades do contexto atual é
aquela que vê o aluno em sua singularidade, ou seja, como um ser humano com características
próprias e únicas. Como coloca Veiga-Neto (1996, p.163):
Cada indivíduo, na sua singularidade, é o produto transitório de sua própria
história e, nesse sentido, cada um personifica o cruzamento de inúmeras práticas
discursivas e não discursivas às quais vem se expondo desde sempre. Dada a
variabilidade infinita de combinações possíveis entre essas práticas, cada um de
nós é único enquanto sujeito. A questão então não é só que somos biológica e
socialmente singulares, senão é que somos também historicamente singulares. O
resultado disso é que cada um de nós constrói a realidade de uma maneira um
pouco diferente da realidade construída pelos demais e, desse modo, vê as coisas
do mundo de maneira sempre peculiar.
Esta perspectiva nos remete ao fato de que, em nosso Colégio, temos alunos diversos
e singulares, mas que a escola precisa saber trabalhar diante da pluralidade sem perder a
individuação na multiplicidade. Nosso ensinar precisa ir além daqueles que consideramos como
sendo os desejáveis em um espaço de aprendizagem e que facilitam nossos planejamentos.
O desafio é buscar uma escola que modifique seus espaços e tempos, inserindo novas
tecnologias, arriscando propostas de currículos mais inovadores; uma escola onde o ensino não
fica submisso a conteúdos descritivos. O saber é dinâmico e ultrapassa o aparente.
O ensino, no Colégio dos Jesuítas, deve dar visibilidade à diversidade de experiências
vivenciadas pelos alunos, proporcionando-lhes a possibilidade de se prepararem para viver cada
vez com maior perfeição, segundo um projeto pessoal de vida, de acordo com a sua dignidade.
A Educação em Tempo Integral tem como principal objetivo a implantação de uma
concepção de educação, que compreenda não apenas a permanência do aluno na instituição
educacional, mas, sobretudo, a realização de atividades e vivências que possam favorecer o
interesse do aluno pela aprendizagem, bem como desenvolver as competências inerentes ao
desenvolvimento da cidadania, buscando a qualificação tanto dos processos de ensino
característicos da escolarização regular, quanto a participação dos alunos em projetos
socioculturais e ações educativas que contemplem as múltiplas possibilidades e dimensões sociais
na contemporaneidade.
Além disso, o ensino não deve ficar confinado apenas à sala de aula, a teoria e a
prática não podem aparecer como princípios dicotômicos, ou seja, o aluno dever ter oportunidades
de, além de saber, fazer. Assim, a proposta curricular pode contemplar disciplinas optativas que,
quando cursadas pelo aluno, agreguem valor e possibilitem um enfoque de personalização ao seu
histórico escolar.
18
O Colégio dos Jesuítas, ao incluir a Educação em Tempo Integral no Ensino Médio
Vespertino, acredita que a ampliação da jornada ou do tempo de permanência do aluno na escola,
favorece a promoção e a implantação de metodologias de ensino que privilegiem a
transdisciplinaridade, a criatividade, a reflexão e as experiências diversificadas.
Na estrutura e organização do Colégio dos Jesuítas está presente a atenção e a
exigência em alinhar o horizonte e a missão do seu Projeto Educativo, sendo assim indica a
missão, a visão, os valores e os objetivos em conexão com a realidade de cada faixa etária dos
seus alunos e a descrição das suas atividades curriculares. A pertinência da educação jesuíta,
como capacidade de responder às necessidades e desafios da contemporaneidade, está em buscar
desenvolver nos alunos a capacidade de conhecer a realidade e avaliá-la
criticamente. Esta consciência inclui a noção de que as pessoas e as estruturas
podem mudar, juntamente com um compromisso de trabalhar por essas mudanças
de modo que se construam estruturas humanas mais justas, que possibilitem o
exercício da liberdade, unida a uma maior dignidade humana para todos.
(Características da Educação da Companhia de Jesus – 58 – P. 38)
6.1 - Missão
Realizar a proposta pedagógica da Companhia de Jesus no Brasil por meio do
Apostolado Educativo e comprometido com a aprendizagem integral, de acordo com os princípios
e valores estabelecidos no Projeto Educativo Comum da Rede Jesuíta de Educação.
6.2 - Visão
Tornar-se um centro de aprendizagem integral de excelência, sustentável, e com
processos de ensino e de aprendizagem inovadores e colaborativos.
6.3 - Valores
O Colégio dos Jesuítas é uma instituição educativa, confessionalmente católica, que
oferece uma formação pautada em valores éticos e cristãos, uma vez que acreditamos ser possível
educar crianças, adolescentes e jovens para que sejam conscientes, competentes, compassivos e
comprometidos na construção de um mundo mais justo, fraterno, solidário, inclusivo e cristão.
19
6.4 - Objetivos do Colégio
As finalidades e objetivos, fundamentados no Projeto Educativo Comum da Rede
Jesuíta de Educação (PEC – RJE, 2016) têm o seu desdobramento na “formação de homens e
mulheres competentes, conscientes e comprometidos na compaixão” (Kolvenbach, 1993):
I. Uma formação acadêmica que lhes permite conhecer, com rigor, os avanços da
tecnologia e da ciência.
II. Desenvolvimento da capacidade de interiorização e do cultivo da vida espiritual,
possibilitando um consistente conhecimento e experiência da sociedade e de seus
desequilíbrios.
III. Engajamento humanitário com os meios pacíficos, na transformação social e política
das estruturas sociais que visam à justiça.
IV. Experiências educativas que despertam a abertura de coração para serem solidários e
assumirem o sofrimento que outros vivem.
6.5 - Objetivos dos níveis e modalidades de ensino
O objetivo da Educação Infantil é o desenvolvimento integral da criança em seus
aspectos físico, afetivo, cognitivo, psicológico e social, completando a ação da família e da
comunidade. Em sintonia com as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil (DCNEI -
Resolução CNE/CEB nº 05/09, artigo 4º), o Colégio dos Jesuítas tem, como pressuposto
pedagógico nesta faixa etária, a criança como sujeito histórico e de direitos, que brinca, imagina,
fantasia, deseja, aprende, observa, experimenta, narra, questiona e constrói sentidos sobre a
natureza e sobre a sociedade, produzindo cultura. Como consequência dessa perspectiva
educacional, a escola colabora com as famílias, com a comunidade e com o poder público,
assegurando o direito das crianças à proteção, à saúde, à liberdade, à confiança, ao respeito, à
dignidade, à cultura, às artes, à brincadeira, à convivência e à interação com os demais.
O Ensino Fundamental, iniciando-se aos 6 (seis) anos de idade, tem por objetivo a
formação integral do cidadão, mediante:
I. o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos a expressão
e a interação a partir das linguagens do corpo, da fala, da escrita, das artes, da
matemática, das ciências humanas e da natureza, assim como a formação através dos
vários recursos de comunicação e informação;
II. a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das
artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade; cuidando e se
responsabilizando pela saúde e pelo bem-estar próprios e daqueles com quem
convive, assim como promovendo o cuidado com os ambientes naturais e os de
vivência social, em condições dignas de vida e para todos;
III. o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de
conhecimentos e habilidades, e a formação de atitudes e valores que potencializam
suas qualidades e cultivam o convívio afetivo e social, alicerçado no respeito ao outro,
sem discriminação por etnia, origem, idade, gênero, condição física ou social,
convicções ou credos;
IV. o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços da solidariedade humana e de
tolerância recíproca em que se assenta a vida social através de critérios racionais,
20
políticos e éticos, mobilizando o conhecimento diante de questões e de situações
socioambientais.
O Ensino Médio, etapa final da Educação Básica, terá como finalidades:
I. a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no Ensino
Fundamental, possibilitando o prosseguimento dos estudos; através de vivências,
individuais e coletivas, em práticas corporais e intelectuais nas artes, em letras, em
ciências humanas, em ciências da natureza e em matemática, em situações
significativas que promovam a descoberta de preferências e interesses, o
questionamento livre, estimulando formação e encantamento pela cultura;
II. a preparação básica para o trabalho e para a cidadania do educando para continuar
aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar, com flexibilidade, a novas condições
de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores;
III. o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o
desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico, através da
participação ativa na vida social, cultural e política, de forma solidária, crítica e
propositiva, reconhecendo direitos e deveres, identificando e combatendo injustiças, e
se dispondo a enfrentar ou mediar eticamente conflitos de interesse;
IV. a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos,
relacionando conceitos e procedimentos da cultura escolar àqueles do seu contexto
cultural; articulando conhecimentos formais às condições de seu meio e se baseando
nesses conhecimentos para a condução da própria vida, nos planos social, cultural, e
econômico;
V. o reconhecimento de suas potencialidades, possibilidades, perspectivas e preferências,
reconhecendo e buscando superar limitações próprias e de seu contexto, para dar
realidade à sua vocação na elaboração e na consecução de seu projeto de vida
pessoal e comunitária;
VI. a promoção de ideias e projetos sobre a constituição e a evolução da vida, da Terra e
do Universo, visando à transformação nas formas de interação entre humanos e com
o meio natural, nas diferentes organizações sociais e políticas, passadas e atuais,
assim como problematizar o sentido da vida humana e elaborar hipóteses sobre o
futuro da natureza e da sociedade.
Na sua organização pedagógica, o Colégio dos Jesuítas tem como principal meta a
formação integral de seus alunos enfatizando a necessidade de reconhecer as potencialidades do
indivíduo e garantindo o desenvolvimento das dimensões: cognitiva, afetiva, ética, espiritual,
comunicativa, estética, corporal e sociopolítica.
Nesse sentido, é importante promover aprendizagem que capacite o aluno a perceber
o valor do aprendizado ao longo da vida e possibilite o desenvolvimento dos talentos individuais e
coletivos. A garantia de aprendizagem integral exige da escola, hoje, a compreensão de que o
contexto mudou, os alunos aprendem de formas e em tempos distintos, em espaços que não se
limitam ao escolar, exigem respostas individualizadas, diversos modos de fazer e de mediar a
construção do saber, oportunizando vivências que atendam a diferentes necessidades (PEC 41).
21
7.1 - Organização Curricular
A construção do currículo considera a concepção de mundo, de sociedade, de homem
e que pessoa se quer formar, assim como contempla aspectos da formação integral que tenham
fundamentação de natureza: epistemológica, indagando sobre limites e possibilidades do
conhecimento e as relações que se estabelecem entre conhecimento, sujeitos e meio; pedagógica,
buscando os melhores caminhos e meios para que a aprendizagem integral aconteça; e
psicológica, considerando os diferentes estágios de desenvolvimento do aluno e sua capacidade de
pôr-se em atividade em consonância com os desafios postos a cada etapa.
Pressupondo o aluno como centro do processo de aprendizagem, o currículo oferece
oportunidades para que o conhecimento seja constituído de diversas formas, individual e
coletivamente, garantindo acompanhamento sistemático do aluno, do processo de ensino e de
aprendizagem e dos modos de avaliação daquilo que se espera como resultado. A meta é garantir
um caminho no qual ensino e aprendizagem sejam constantemente avaliados, evitando que a não-
aprendizagem seja entendida como responsabilidade exclusiva dos educandos.
7.2 - Aspectos contemplados na organização curricular
Considerando que, na Educação Infantil, as aprendizagens e o desenvolvimento das
crianças têm como eixos estruturantes as interações e a brincadeira, assegurando-lhes os direitos
de conviver, brincar, participar, explorar, expressar-se e conhecer-se, a organização curricular está
estruturada em cinco campos de experiências, no âmbito dos quais são definidos os objetivos de
aprendizagem e desenvolvimento.
Os campos de experiências constituem um arranjo curricular que acolhe as situações e
as experiências concretas da vida cotidiana das crianças e seus saberes, entrelaçando-os aos
conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural. Considerando esses saberes e
22
conhecimentos, os campos de experiências são: o eu, o outro e o nós; corpo, gestos e
movimentos; traços, sons, cores e formas; escuta, fala, pensamento e imaginação; espaços,
tempos, quantidades, relações e transformações.
Possui duração de dois anos – Pré-Escola I e Pré-Escola II –, com idade mínima de 4
(quatro) e 5 (cinco) anos para ingresso, respectivamente, completos até 30 de junho do ano letivo
em curso.
Seus componentes curriculares são:
Linguagens - Linguagem Oral e Escrita, Arte, Música e LEM-Inglês; Linguagem
Matemática - Matemática; Conhecimento de Mundo - Ensino Religioso, Informática Educativa e
Atividades Complementares (excursões culturais e atividades interdisciplinares com foco em
educação ambiental, educação para o trânsito e alimentação saudável); Corpo e Movimento -
Educação Física, Brincar e Alimentação e Higiene.
A partir da análise do contexto educacional e cultural, percebe-se a relevância da
língua estrangeira, principalmente do Inglês, como instrumento de comunicação que possibilita
ações globais e comprometimento com discussões e projetos de maior impacto. As atividades
curriculares, através da Língua Estrangeira, não visam apenas à formação de futuros profissionais
competitivos, mas, sobretudo, de pessoas com maior possibilidade de influência e comunicação,
melhor preparadas para o convívio com a diferença e as multiplicidades do ser.
Outro fator importante na formação integral das crianças são as atividades
interdisciplinares, com foco na educação socializadora.
O Ensino Fundamental está organizado em cinco áreas do conhecimento. Essas áreas,
como bem aponta o Parecer CNE/CEB nº 11/201025, “favorecem a comunicação entre os
conhecimentos e saberes dos diferentes componentes curriculares” (BRASIL, 2010). Elas se
intersectam na formação dos alunos, embora se preservem as especificidades e os saberes
próprios construídos e sistematizados nos diversos componentes.
Seus componentes curriculares são:
Linguagens - Língua Portuguesa, Educação Física; Arte e Língua Inglesa;
Matemática – Matemática;
23
Ciências da Natureza – Ciências;
Ciências Humanas – História e Geografia;
Ensino Religioso.
A partir da análise do contexto educacional e cultural, percebe-se a relevância da
língua estrangeira, principalmente do Inglês, como instrumento de comunicação que possibilita
ações globais e comprometimento com discussões e projetos de maior impacto. As atividades
curriculares, através da Língua Estrangeira, não visam apenas à formação de futuros profissionais
competitivos, mas, sobretudo, de pessoas com maior possibilidade de influência e comunicação,
melhor preparadas para o convívio com a diferença e as multiplicidades do ser.
Para além dos componentes curriculares, o Colégio dos Jesuítas oferece ainda,
no Ensino Fundamental, outras atividades interdisciplinares e extraclasse: Projetos de
Apoio - Informática em Educação, Orientação Vocacional e Atividades de Formação Cristã
e Laboratórios de Aprendizagem - Língua Portuguesa e Matemática (1º ao 9º Ano) e
Física, Química e Biologia (9º Ano).
Acreditamos que a transversalidade favorece a formação de cidadãos com consciência
ambiental, capazes de uma integração harmoniosa entre saúde, sexualidade e gênero, tanto na
família como na sociedade; sujeitos conhecedores dos direitos e deveres, favorecendo uma
convivência humanizadora. Nesse sentido, Educação Física, Arte, Espanhol e o Empreendedorismo
são oportunidades de desenvolvimento humano, na interlocução com a Alfabetização Tecnológica,
como saberes que possibilitam a aprendizagem alimentar e nutricional, a educação para o
consumo, a educação fiscal e a ampliação da visão de mundo em seus aspectos do Trabalho,
Ciência e Tecnologia.
Na perspectiva da aprendizagem integral, a interdisciplinaridade tem um papel crucial,
aproximando as dimensões cognitivas, socioemocionais e espiritual-religiosas. A Formação Cristã
focada no desenvolvimento dos valores universais dialoga com os demais componentes
curriculares através de dois projetos fundamentais: a formação para a liderança e o
acompanhamento personalizado de cada aluno em seu projeto vital.
24
A sociedade contemporânea impõe um olhar inovador e inclusivo a questões centrais
do processo educativo: o que aprender, para que aprender, como ensinar, como promover redes
de aprendizagem colaborativa e como avaliar o aprendizado. No novo cenário mundial,
reconhecer-se em seu contexto histórico e cultural, comunicar-se, ser criativo, analítico-crítico,
participativo, aberto ao novo, colaborativo, resiliente, produtivo e responsável requer muito mais
do que o acúmulo de informações. Requer o desenvolvimento de competências para aprender a
aprender, saber lidar com a informação cada vez mais disponível, atuar com discernimento e
responsabilidade nos contextos das culturas digitais, aplicar conhecimentos para resolver
problemas, ter autonomia para tomar decisões, ser proativo para identificar os dados de uma
situação e buscar soluções, conviver e aprender com as diferenças e as diversidades.
Em consonância com a Lei 13.415, no artigo 35-A, o Ensino Médio trabalha com as
seguintes áreas do conhecimento:
Linguagens e suas tecnologias;
Matemática e suas tecnologias;
Ciências da natureza e suas tecnologias;
Ciências humanas e sociais aplicadas.
A parte diversificada articula o contexto histórico, econômico, social, ambiental e
cultural. Daí a importância dos estudos e práticas de Educação Física, Arte, Sociologia e
Filosofia. Os estudos da língua inglesa e de outras línguas estrangeiras, preferencialmente o
espanhol, são essenciais para a formação de cidadãos comunicativos e com habilidades
necessárias para o contexto global.
A proposta curricular do Ensino Médio considera a formação integral do aluno, de
maneira a adotar um trabalho voltado para a construção de seu projeto de vida e para sua
formação nos aspectos físicos, cognitivos, socioemocionais e espiritual-religiosos.
Os conteúdos, as metodologias e as formas de avaliação processual e formativa serão
organizados por meio de atividades teóricas e práticas, provas orais e escritas, seminários,
projetos e atividades, de tal forma que, ao final do Ensino Médio, o educando demonstre o
domínio dos princípios científicos e tecnológicos que presidem a produção moderna e o
conhecimento das formas contemporâneas de linguagem.
O Ensino Médio possui duração de três anos. Para o Ensino Médio Integral Vespertino,
a idade para ingresso é de 14 a 17 anos completos até o início do ano letivo.
25
Seus componentes curriculares são: Base Nacional Comum: Linguagens - Língua
Portuguesa, Literatura/Arte e Educação Física; Matemática - Matemática; Ciências da Natureza -
Física, Química e Biologia; Ciências Humanas - História, Geografia, Filosofia e Sociologia. Na Parte
Diversificada: Linguagens - Redação, LEM-Inglês (opcional para 3ª Série), LEM-Espanhol (1ª Série
e opcional para 3ª Série) e Atividades Complementares (Grupos de Estudos, Nivelamentos de
Língua Estrangeira e Matemática, Coral, Orientação Vocacional e excursões culturais); Ensino
Religioso - Ensino Religioso (1ª e 2ª Séries); Ciências da Natureza - Laboratórios de Física, de
Química e de Biologia (1ª e 2ª Séries).
7.3 - Núcleo de Formação Integral
No Colégio dos Jesuítas, toda a ação educativa converge para a formação da pessoa,
enfatizando a necessidade de reconhecer as potencialidades do indivíduo e garantindo o
desenvolvimento das dimensões: cognitiva, afetiva, ética, espiritual, comunicativa, estética,
corporal e sociopolítica. A Área de Formação Cristã é responsável pela dinamização da vivência e
da educação cristã, pela atenção e orientação espiritual aos diversos membros da Comunidade
Educativa.
No Colégio dos Jesuítas, instituição de inspiração inaciana, todos os membros da
Comunidade Educativa são responsáveis pela formação cristã, devendo cada um, de acordo com
suas funções, partilhar do mesmo espírito de Missão Apostólica.
A Educação Física do Colégio dos Jesuítas, em acordo com a Pedagogia Inaciana, tem
por objetivos:
Estimular o desenvolvimento das capacidades físicas naturais através do
movimento;
Desenvolver as aptidões perceptivas como meio de ajustamento do
comportamento psicomotor;
Propiciar o desenvolvimento das qualidades físicas, objetivando a adaptação
orgânica ao esforço físico;
Melhorar a aptidão física por meio da prática de habilidades motoras
fundamentais, em atividades de iniciação aos desportos individuais e coletivos;
Estimular a capacidade de expressão individual por meio de movimentos criativos;
Contribuir para aquisição e formação de hábitos de higiene;
Favorecer a sociabilização e a afetividade através de atividades físico-recreativas;
Desenvolver a criatividade, o gosto artístico e o respeito pelas tradições.
Diante do compromisso com a formação integral, a Escola de Esporte e Cultura, aliada
aos demais componentes curriculares, assume o compromisso com a qualificação para a estética,
a sensibilidade e a ética. Ao mesmo tempo, colabora com os processos de humanização e
cidadania, criando oportunidades de experiências e vivências nas práticas corporais e culturais. No
Colégio dos Jesuítas, o componente curricular Arte está centrado nas seguintes linguagens: as
Artes visuais, a Dança, a Música e o Teatro. Essas linguagens articulam saberes e fenômenos
artísticos e envolvem as práticas de criar, ler, produzir, construir, exteriorizar e refletir sobre
formas artísticas. A sensibilidade, a intuição, o pensamento, as emoções e as subjetividades se
manifestam como formas de expressão no processo de aprendizagem em Arte.
26
A avaliação da aprendizagem é sempre uma avaliação do ensino; lugar pedagógico de
acompanhamento da caminhada de alunos e professores (PEC 43). Cabe aos profissionais
encarregados de acompanhar o trabalho acadêmico garantir que os processos de avaliação do
ensino ocorram de maneira sistemática e em diálogo com a avaliação das aprendizagens.
É na dinâmica de acompanhamento do que e do como se ensina e do que e do como
se aprende que professores e alunos, em um exercício constante de metacognição, situam-se e
tornam-se capazes de pensar no que fazem.
Mais que a fragmentação do ano letivo em etapas curtas e assoberbadas de conteúdos
trabalhados de maneira superficial e desarticulada, o que se pretende é um sistema de avaliação
que permita a apropriação com profundidade e de maneira integrada das aprendizagens propostas
em cada ano letivo.
A verificação do rendimento escolar é parte integrante do processo educativo e
observará os seguintes critérios:
Avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno nas atividades
curriculares, considerando os aspectos qualitativos e quantitativos, e os resultados
acadêmicos ao longo do ano letivo;
Aproveitamento de estudos concluídos com êxito;
Recuperação Paralela, no decorrer do ano letivo, conforme o disposto neste
documento e no Regimento Escolar.
Nos colégios de inspiração inaciana, como é o caso do Colégio dos Jesuítas, a avaliação
é a permanente revisão da totalidade do processo pedagógico, não constituindo um fim em si
mesma (PEC 46). Seu objetivo é realimentar o processo de ensino-aprendizagem, caracterizando-
se por ser mais diagnóstica do que classificatória, ocorrendo antes, durante e ao fim do processo
educativo, sem se limitar à dimensão acadêmica, mas incluindo também o crescimento do aluno
em termos de atitudes e ações.
8.1 - Instrumentos de avaliação
A avaliação da aprendizagem é realizada através de instrumentos diversificados que
permitem medir de diversas formas as múltiplas inteligências e potencialidades dos alunos, sendo
sempre complementada pelas informações de ordem qualitativa, relacionadas a atitudes e
habilidades desenvolvidas, que o professor obterá através da própria observação e do
acompanhamento personalizado do educando.
O processo de avaliação contemplará os instrumentos descritos abaixo e o professor
organizará as atividades avaliativas em consonância com os mesmos e com os critérios de
avaliação definidos junto à sua Coordenação de Área:
27
INSTRUMENTO DE
AVALIAÇÃO
AVALIAÇÕES NO
TRIMESTRE VALORIZAÇÃO
I – Diversificada - D limitada a até 3 (três)
atividades avaliativas.
8 pontos no 1º Trimestre
9 pontos no 2º e 3º trimestres
II – Teste - T 1 (uma) única avaliação 11 pontos no 1º Trimestre
13 pontos no 2º e 3º trimestres
III – Prova Trimestral -
PT
1 (uma) única avaliação 11 pontos no 1º Trimestre
13 pontos no 2º e 3º trimestres
IV - Integrada CRITÉRIOS:
Por adesão formal a 1 (uma) das opções oferecidas (avalição
única no valor de 11 pontos no 1º trimestre e 13 pontos no
2º e 3º trimestres):
“Integrada” como avaliação de Segunda Chamada (em
todos os trimestres); ou
“Integrada” como avaliação de Recuperação (no 1º e
no 2º trimestres); ou
“Integrada” como avaliação Suplementar (no 1º e no 2º
trimestres).
I. Diversificada: atividade a ser realizada individual ou coletivamente. Possui como
objetivo diversificar o modo de promover a aquisição do conhecimento e/ou avaliar as habilidades e
aprendizagens adquiridas pelo aluno num período específico, podendo constituir-se de trabalhos em
sala de aula, pesquisas, projetos ou debates, interdisciplinares ou não.
a) A valorização da “Diversificada” será distribuída considerando o percentual de 30%
(trinta por cento) do total do trimestre, limitada a até 3 (três) atividades avaliativas.
Esse percentual poderá ser alterado para atender às necessidades dos diferentes
segmentos de ensino e melhor favorecer a aprendizagem dos alunos.
b) Em caso de perda da “Diversificada”, a reposição das atividades será organizada pelo
professor/ coordenador de série.
c) Não há opção de alteração da nota da “Diversificada” após Recuperação.
II. Teste: instrumento de avaliação que visa a avaliar os conhecimentos, aptidões e
competências adquiridas pelo aluno no período inicial do trimestre, com abordagem interdisciplinar ou
não. Pode constituir-se de questões discursivas e/ou objetivas, formuladas para respostas do aluno em
um período de tempo determinado.
a) A valorização do “Teste” será distribuída em uma única avaliação considerando o
percentual de 35% (trinta e cinco por cento) do total do trimestre. Esse percentual
poderá ser alterado para atender às necessidades dos diferentes segmentos de ensino
e melhor favorecer a aprendizagem dos alunos.
b) No 9º Ano do Ensino Fundamental, os testes das disciplinas avaliadas no PISM, de 2º
e 3º trimestres, serão substituídos pela realização do Simulado no modelo do PISM –
Processo de Ingresso Seletivo Misto da Universidade Federal de Juiz de Fora. As
outras disciplinas serão avaliadas, conforme orientação da série.
c) No Ensino Médio os testes de todas as disciplinas, em todos os trimestres, serão
substituídos pela realização do Simulado no modelo do ENEM – Exame Nacional do
Ensino Médio.
28
d) Na 3ª Série do Ensino Médio, devido à sua especificidade e ao momento vivido pelos
alunos, poderão ser oferecidos no trimestre até 2 (dois) Simulados no modelo ENEM –
Exame Nacional do Ensino Médio.
e) Simulado: prova composta de questões objetivas e discursivas no modelo do PISM e
exclusivamente de questões objetivas no modelo do ENEM, cujo objetivo é oferecer
aos alunos a oportunidade de simular a experiência da realização de exames
vestibulares ou de situações de processos seletivos e classificatórios. Caracteriza-se
por ser uma vivência prática dos aspectos envolvidos nesse tipo de exame
(emocionais, estruturais, de gerenciamento do tempo e das condições de aplicação e
realização das provas), além da clara oportunidade para testar os conhecimentos
adquiridos e as habilidades e competências para leitura e interpretação dos mais
variados contextos dos componentes curriculares e/ou áreas de conhecimento.
III - Prova Trimestral: instrumento de avaliação que visa a avaliar os conhecimentos,
aptidões e competências adquiridas pelo aluno no decorrer do trimestre, com abordagem
interdisciplinar ou não. Pode constituir-se de questões discursivas e/ou objetivas, formuladas para
respostas do aluno em um período de tempo determinado.
a) A valorização da “Prova Trimestral” será distribuída em uma única avaliação
considerando o percentual de 35% (trinta e cinco por cento) do total do trimestre.
Esse percentual poderá ser alterado para atender às necessidades dos diferentes
segmentos de ensino e melhor favorecer a aprendizagem dos alunos.
b) No Ensino Médio, as provas trimestrais das disciplinas avaliadas no PISM, em todos os
trimestres, serão substituídas pela realização do Simulado no modelo do PISM –
Processo de Ingresso Seletivo Misto da Universidade Federal de Juiz de Fora. As
outras disciplinas serão avaliadas, conforme a orientação da série.
c) Na 3ª Série do Ensino Médio, devido à sua especificidade e ao momento vivido pelos
alunos, poderão ser oferecidos no trimestre até 2 (dois) Simulados no modelo PISM –
Processo de Ingresso Seletivo Misto da Universidade Federal de Juiz de Fora.
IV - Integrada: prova que contempla a avaliação dos conteúdos, habilidades e
competências da etapa letiva, a partir do 2º Ano do Ensino Fundamental.
a) A “Integrada” não é obrigatória; trata-se de uma opção que o Colégio dos Jesuítas
oferece ao aluno. Para usufruir dessa oportunidade de avaliação em até 03 (três)
disciplinas no Ensino Fundamental (2º ao 9º Ano) e em até 04 (quatro) disciplinas
no Ensino Médio Matutino e Ensino Médio Integral Vespertino, o aluno e seu
responsável deverão aderir formalmente a apenas uma das opções abaixo:
1. “Integrada” como avaliação de Segunda Chamada (todos os trimestres); ou
2. “Integrada” como avaliação de Recuperação (somente no 1º e 2º
trimestres); ou
3. “Integrada” como avaliação Suplementar (somente no 1º e 2º trimestres).
b) A avalição Integrada será aplicada em data e horário determinados pelo Colégio,
consoante o Calendário Escolar, e serão previamente informados ao aluno e à
família.
29
c) Não haverá, em hipótese alguma, a realização de segunda chamada para a
avaliação “Integrada”.
A “Integrada” como avaliação de Segunda Chamada será aplicada com esse fim, em
todos os trimestres, e somente possuirá correspondência para suprir a ausência do aluno no
“Teste” ou na “Prova Trimestral”, sendo-lhe atribuída a valorização igual à da atividade não
realizada.
Em situação de resultado do aluno abaixo da média após a aplicação do procedimento
descrito acima, no 1º e/ou no 2º trimestre, o sistema processará a fórmula abaixo para oferecer
ao aluno a oportunidade de recuperação da Nota Trimestral.
Cálculo da Nota Trimestral:
Se o resultado dessa fórmula for maior que a nota da avaliação realizada pelo aluno no
decorrer do trimestre (“Teste” ou “Prova Trimestral”), o resultado substituirá a nota até então
obtida pelo aluno nessa avaliação; se o resultado for menor, será mantida a nota obtida na
avaliação realizada pelo aluno no decorrer do trimestre.
Em situação de perda das duas avaliações do trimestre pelo aluno (“Teste” e “Prova
Trimestral”), devidamente justificada, a nota da avaliação “Integrada” substituirá as notas em
branco das duas avaliações por ele não realizadas, em todos os trimestres. Nesta situação, não
haverá a opção para realização da “Integrada como avaliação de Recuperação”.
Segunda chamada
A “Integrada” como Segunda Chamada (Testes ou Provas Trimestrais) somente será
concedida ao aluno se requerida por motivo justo (baseado em dispositivos legais ou não) e
devidamente comprovado, dentro do prazo de até 48 horas úteis após o seu afastamento,
consoante o Calendário Escolar. O responsável deverá entrar em contato com a Coordenação da
Série e preencher o requerimento argumentando em favor do aluno e, se for o caso, anexar o
documento necessário. A concessão da segunda chamada será deferida se o motivo for entendido
como procedente pela Coordenação da Série e/ou Direção Acadêmica.
Observações:
A “Integrada” como Segunda Chamada não se aplica à avaliação Diversificada e à
Integrada como avaliação de Recuperação ou Suplementar.
Casos pontuais e/ou excepcionais serão analisados pela Direção do Colégio dos
Jesuítas.
A “Integrada” como Segunda Chamada será cobrada através de taxa apropriada.
30
8.2 - Promoção do aluno
O acompanhamento e a verificação da aprendizagem ocorrerão através da observação
sistemática e da análise do desenvolvimento e das produções dos alunos, que serão repassadas às
famílias através de Relatórios Individuais descritivos ao final de cada trimestre, não havendo
provas.
Os alunos deverão obter o percentual mínimo de frequência de acordo com a
legislação vigente:
Educação Infantil: 60% (sessenta por cento) do total das horas letivas anuais,
conforme determina a Lei nº 12.796, de 04/04/13;
1º Ano: 75% (setenta e cinco por cento) do total das horas letivas anuais –
conforme a LDBEN nº 9394/96, art. 24, inciso IV.
31
O Relatório Individual descritivo no 1º Ano do Ensino Fundamental conterá, também, a
verificação do rendimento do aluno, expressando o seu desenvolvimento e aprendizagem através
dos conceitos obtidos em cada disciplina curricular, a cada etapa letiva, conforme a seguir:
A – EXCELENTE: alcançou plenamente os objetivos propostos, aproveitamento entre
86% e 100%
B – BOM: alcançou os objetivos propostos, aproveitamento entre 70% e 85%
C – REGULAR: alcançou parcialmente os objetivos propostos, aproveitamento entre
60% e 69%
D – INSUFICIENTE: não alcançou os objetivos propostos, aproveitamento entre 40%
e 59%
O processo pedagógico da alfabetização no 1º Ano do Ensino Fundamental
implementará medidas pedagógicas articuladas com as estratégias desenvolvidas na Educação
Infantil, objetivando a plena alfabetização do educando ao final desta etapa: que ele seja capaz de
escrever, ler e interpretar pequenos textos.
A verificação da aprendizagem ocorrerá em regime de aprovação nas séries anuais. Ao
final do 3º trimestre, será aprovado o aluno que obtiver, em todos os conteúdos curriculares, o
total de 60 (sessenta) pontos na soma das 3 (três) etapas trimestrais e, ao mesmo tempo, obtiver
o percentual mínimo de frequência de 75% (setenta e cinco por cento) do total das horas letivas
anuais – conforme a LDBEN nº 9394/96, art. 24, inciso VI. As médias trimestrais corresponderão a
60% (sessenta por cento) do valor da etapa, conforme a seguir:
32
Para os casos de admissão por transferência de estabelecimento de ensino situado no
país ou no exterior, constatada a impossibilidade da adaptação dos resultados até então obtidos
pelo aluno para o sistema de avaliação do Colégio dos Jesuítas, poderá ser considerado aprovado
o aluno que obtiver 60% de aproveitamento na(s) etapa(s) letivas(s) por ele cursada(s) na
Instituição.
Distribuição de 100 (cem) pontos anuais para cada uma das disciplinas curriculares
1º Trimestre (NT1) 30,0 pontos (média: 18,0 pontos)
2º Trimestre (NT2) 35,0 pontos (média: 21,0 pontos)
3º Trimestre (NT3) 35,0 pontos (média: 21,0 pontos)
Nota Trimestral:
NT (Nota Trimestral) = D + T + PT
D: Diversificada (30%)
T: Teste (35%)
PT: Prova Trimestral (35%)
Média Anual:
total de 100 (cem) pontos
MA (Média Anual) = NT1 + NT2 + NT3
(Mínimo para aprovação: 60 pontos)
33
A verificação da aprendizagem ocorrerá em regime de aprovação nas séries anuais. Ao
final do 3º trimestre será aprovado o aluno que obtiver, em todos os conteúdos curriculares, o
total de 60 (sessenta) pontos na soma das 3 (três) etapas trimestrais e, ao mesmo tempo, obtiver
o percentual mínimo de frequência de 75% (setenta e cinco por cento) do total das horas letivas
anuais – conforme a LDBEN nº 9394/96, art. 24, inciso VI. As médias trimestrais corresponderão a
60% (sessenta por cento) do valor da etapa, conforme a seguir:
Distribuição de 100 (cem) pontos anuais para cada uma das disciplinas curriculares
1º Trimestre (NT1) 30,0 pontos (média: 18,0 pontos)
2º Trimestre (NT2) 35,0 pontos (média: 21,0 pontos)
3º Trimestre (NT3) 35,0 pontos (média: 21,0 pontos)
Nota Trimestral:
NT (Nota Trimestral) = D + T + PT
D: Diversificada (30%)
T: Teste (35%)
PT: Prova Trimestral (35%)
Média Anual:
total de 100 (cem) pontos
MA (Média Anual) = NT1 + NT2 + NT3
(Mínimo para aprovação: 60 pontos)
34
A Proposta Pedagógica do Colégio dos Jesuítas busca pôr em prática um novo
conceito, que tem como base tornar a educação acessível às pessoas e, com isso, atender às
exigências de uma sociedade que vem combatendo preconceitos, discriminações, barreiras entre
indivíduos, povos e cultura (PEC 49). A escola é um espaço que valoriza a diversidade, no qual se
experimentam as vantagens de um ensino e de uma aprendizagem cooperativos, em que todos
ajudam e são ajudados.
Nosso colégio tem como um dos seus objetivos a formação de líderes que tenham, na
justiça e no serviço, seus principais compromissos. Lideranças à luz dos valores cristãos que
crescem como agentes de transformação. Daí a importância de um sistema avaliativo que
contemple tanto o aspecto cognitivo (intelectual) quanto o socioemocional e o espiritual-religioso.
Para isso, é necessário construir projetos de maneira integrada entre os diferentes
setores ou áreas da escola que considerem todas as etapas da vida escolar. Tais projetos
garantem o protagonismo do aluno e o desenvolvimento de competências e habilidades a atingir
em cada uma das dimensões, assim como de meios e instrumentos para avaliar o
desenvolvimento dos estudantes em cada etapa de sua vida escolar.
O sistema de avaliação por conceito será adotado pelas disciplinas curriculares
Arte/Música, Arte, Educação Física e Informática Educativa, conforme a seguir:
A: aproveitamento entre 86% e 100%
B: aproveitamento entre 70% e 85%
C: aproveitamento entre 60% e 69%
D: aproveitamento entre 40% e 59%
E: aproveitamento entre 0% e 39%
a) Mínimo para aprovação no Ensino Fundamental (a partir do 2º ano) e Ensino
Médio Matutino = conceito “C”.
b) Mínimo para aprovação no Ensino Médio Integral Vespertino = conceito “C”.
8.3 Estudos de Recuperação O Colégio dos Jesuítas considera as práticas renovadas de avaliação nas quais se leva
em conta a contextualização, a relação teoria e prática, a reflexão e a análise crítica, a importância
do raciocínio e da apreciação das diferentes dimensões da pessoa nos processos avaliativos (PEC
44).
Nesta perspectiva, estabelece programas de estudos de Recuperação da etapa - ao
final do 1º e do 2º trimestres para alunos que não tenham alcançado a média na(s) respectiva(s)
etapa(s) e de Recuperação Final - para aqueles que não alcançaram a média anual, bem como
para aqueles que desejarem melhorar as suas Notas Trimestrais.
Os estudos de recuperação visam a proporcionar ao aluno novas oportunidades de
aprendizagem para superar as deficiências verificadas no seu desempenho escolar. Neste processo
de aprendizagem, é fundamental a retomada dos conteúdos, assim como uma proposta de
estudos autônomos com roteiros de orientação e exercícios extras, produzidos pelo professor.
A oportunidade de recuperação das aprendizagens será oferecida através das
modalidades:
I. Atendimento personalizado ao aluno;
35
II. Retomada dos conteúdos pelo professor durante as aulas da etapa seguinte;
III. Orientação de estudos durante as aulas da etapa seguinte;
IV. Laboratório de Aprendizagem no contraturno;
V. Estudos autônomos com roteiros de orientação produzidos pelo professor;
VI. Estudos de recuperação com aulas no contraturno;
VII. Plantões por áreas do conhecimento com estudos autônomos.
Os estudos de Recuperação com aulas no contraturno, assim como os plantões
oferecidos a partir das áreas do conhecimento, estarão integrados ao processo que valoriza a
aprendizagem do aluno e o seu real desenvolvimento. Ambas as modalidades – aulas ou plantões
– estarão sujeitas à autorização da Direção Acadêmica, considerada a possibilidade de execução
das atividades elaboradas pela equipe pedagógica. As datas e os horários serão definidos e
agendados pela Coordenação da Série, conforme o Calendário Escolar, e serão previamente
informados ao aluno e à família.
a) Recuperação da etapa
Na recuperação da etapa - ao final do 1º e do 2º trimestres - será oferecida a
realização de 1 (uma) única avaliação “Integrada” no valor de 11 e 13 pontos, respectivamente
(equivalente a 35% do valor do trimestre).
O resultado do trimestre após a recuperação da etapa será composto, unicamente,
pelo somatório das notas obtidas pelo aluno, não havendo a utilização de fórmula ou cálculo em
sua composição, conforme detalhado a seguir:
I. Avaliação “Integrada como Recuperação”: o instrumento de avaliação será aplicado com
esse fim, ao final do 1º e do 2º trimestres, para o aluno que não obtiver a média de 60%
(2º ao 9º Ano/EF e Ensino Médio Matutino e Integral Vespertino) do valor de cada etapa.
a) A nota obtida na “Integrada como avaliação de Recuperação” substituirá a menor
nota até então obtida pelo aluno no decorrer do trimestre, considerados o “Teste” e
a “Prova Trimestral” – somando-se à nota da Diversificada (que não possui a opção
de recuperação da nota).
b) Se a nota da “Integrada como avaliação de Recuperação” for inferior à menor
obtida pelo aluno no “Teste” ou na “Prova Trimestral”, a nota obtida anteriormente
prevalecerá no somatório do resultado da etapa.
c) A “Integrada como avaliação de Recuperação” não é obrigatória; trata-se de uma
opção que o Colégio dos Jesuítas oferece ao aluno. Essa oportunidade de avaliação
está limitada a até 03 (três) disciplinas no Ensino Fundamental (2º ao 9º Ano) e em
até 04 (quatro) disciplinas no Ensino Médio Matutino e Ensino Médio Integral
Vespertino.
d) Esta opção não será oferecida ao final do 3º trimestre.
e) A “Integrada como avaliação de Recuperação” será cobrada através de taxa
apropriada.
II. Avaliação “Integrada como Suplementar”: o instrumento de avaliação será aplicado com
esse fim, ao final do 1º e do 2º trimestres, para o aluno que obtiver a média entre 60%
(2º ao 9º Ano/EF e Ensino Médio Matutino e Integral Vespertino) e 84,9% ao término da
etapa e desejar melhorar a sua Nota Trimestral.
36
a) A nota obtida na “Integrada como avaliação Suplementar” substituirá a menor nota
até então obtida pelo aluno no decorrer do trimestre, considerados o “Teste” e a
“Prova Trimestral” – somando-se à nota da Diversificada (que não possui a opção
de recuperação da nota).
b) Se a nota da “Integrada como avaliação Suplementar” for inferior à menor obtida
pelo aluno no “Teste” ou na “Prova Trimestral”, a nota obtida anteriormente
prevalecerá no somatório do resultado da etapa.
c) Como resultado da etapa, prevalecerá a nota máxima equivalente a 85% do
trimestre, mesmo que o resultado obtido a partir do somatório das notas ultrapasse
esse percentual.
d) A “Integrada como avaliação Suplementar” está limitada a até 03 (três) disciplinas
no Ensino Fundamental (2º ao 9º Ano) e em até 04 (quatro) disciplinas no Ensino
Médio Matutino e Ensino Médio Integral Vespertino.
e) Esta opção não será oferecida ao final do 3º trimestre.
f) A “Integrada como avaliação Suplementar” será cobrada através de taxa
apropriada.
III. Avaliação “Integrada como Suplementar - Superação Jesuítas”: o instrumento de avaliação
será aplicado com esse fim exclusivamente por meio de convite ao aluno que obtiver a
média igual ou superior a 85%, ao final do 1º e/ou do 2º trimestre, a partir do 6º. Ano do
Ensino Fundamental. Será aplicado 1 (um) único instrumento de avaliação que poderá
substituir a menor nota.
a) A avaliação “Superação Jesuítas” será composta de (quatro) questões desafiantes.
b) Esta opção não será oferecida ao final do 3º trimestre.
b) Recuperação Final
Num colégio da Rede Jesuíta de Educação, entende-se por avaliação, a revisão da
totalidade do processo pedagógico empreendido ao longo de cada um dos passos do paradigma,
para verificar e ponderar em que medida foi realizado fiel e eficientemente e, por outro lado, em
que grau foram alcançados os objetivos perseguidos, em termos de mudança e transformação
pessoal, institucional e social. É um movimento coerente com a prática. Espaço de revisão do
processo, onde tanto o aluno quanto o professor verificam se tudo está bem ou se ainda pode
melhorar.
Ao final do 3º trimestre, aos alunos que não alcançarem a Média Anual em até 3 (três)
disciplinas no Ensino Fundamental (2º ao 9º Ano) e em até 4 (quatro) disciplinas no Ensino Médio
Matutino e Integral Vespertino, desde que tenham obtido a frequência mínima exigida pela
legislação vigente, será oferecida a oportunidade de Recuperação Final.
Na Recuperação Final, serão distribuídos 100 (cem) pontos através da realização de 2
(duas) avaliações no valor de 50 (cinquenta) pontos cada uma. Serão oferecidos estudos de
recuperação com aulas no contraturno e/ou plantões por áreas do conhecimento.
O critério para alteração da Média Anual mediante a Recuperação Final será:
37
Nota final = (Média Anual) + (Nota da somatória das provas de Recuperação Final)
2
a) Após a Recuperação Final, a nota do aluno calculada, a partir da fórmula acima,
substituirá a Média Anual obtida anteriormente.
b) Para os alunos aprovados após a Recuperação Final – de 2º ao 9º Ano/EF e no
Ensino Médio Matutino -, prevalecerá a nota máxima de 60 (sessenta) pontos,
mesmo que o resultado obtido a partir da fórmula ultrapasse esse valor.
c) Para os alunos aprovados após a Recuperação Final – no Ensino Médio Integral
Vespertino -, prevalecerá a nota máxima de 60 (sessenta) pontos, mesmo que o
resultado obtido a partir da fórmula ultrapasse esse valor.
d) As provas da Recuperação Final são documentos do arquivo do Colégio.
e) Cabe ao Conselho Pedagógico de Classe deliberar e definir sobre casos específicos.
8.4 Classificação e Reclassificação O aluno poderá ser classificado ou reclassificado nos termos do Regimento Escolar.
Classificar significa posicionar o aluno em ano ou série, ou outra forma de organização, compatível
com sua idade, experiência, nível de desempenho ou de conhecimento, segundo processo de
avaliação realizado pelo Colégio.
Dar-se-á:
por avaliação: independentemente de escolarização anterior, mediante
Classificação feita pela escola, que defina o grau de desenvolvimento e experiência
do candidato e permita a sua inscrição no ano ou série adequado, na forma
prevista no Regimento Escolar;
por transferência: para candidatos procedentes de outras escolas situadas no país
ou no exterior, considerando os componentes curriculares da base nacional
comum, na forma prevista no Regimento Escolar.
Os documentos fundamentais ao processo de Classificação ou de Reclassificação, tais
como: atas, avaliações, relatórios e outros, serão arquivados na pasta individual do aluno, na
Secretaria Escolar.
A frequência será estimulada pelos professores, procurando mostrar a importância do
trabalho em sala de aula. As ausências e atrasos serão prontamente comunicados às famílias pelos
Coordenadores de Série.
A família deve colaborar adequando-se ao Calendário Escolar e contribuindo para que
seus filhos valorizem a pontualidade e a frequência às atividades programadas. O interesse pelas
atividades curriculares – sejam acadêmicas, formativas ou complementares - demonstra a
comunhão dos alunos e de suas famílias com a proposta educativa do Colégio.
O registro da frequência será feito pelo professor, no Diário de Classe, através de
chamada em cada aula ou atividade letiva. A Secretaria do Colégio computará as ausências ao
final de cada etapa letiva e as registrará no Boletim Escolar.
38
Observações:
1. O prazo para entrega de atestado médico na Coordenação de Série ou na Secretaria
Escolar do Colégio será de até 48h úteis, a contar da data do afastamento.
2. A ausência escolar por motivo de viagem e/ou participação de alunos em
competições desportivas não oficiais é de inteira responsabilidade dos pais e/ou
responsáveis, que devem assumir a reposição do conteúdo perdido pelo aluno, uma
vez que o planejamento pedagógico prosseguirá inalterado para os demais alunos
(avaliações, recuperações, segundas chamadas...).
É dever da família comunicar o afastamento à Coordenação da Série com
antecedência, tendo claro para si a defasagem que o mesmo acarretará no processo
de ensino-aprendizagem do aluno. Nestes casos, a segunda chamada de provas e
testes será autorizada se houver tempo hábil para sua realização, conforme
calendário estabelecido pelo Colégio, mediante o pagamento da taxa apropriada.
A Educação Física será prática facultativa para o aluno que se enquadrar nas situações
abaixo, mediante a entrega do documento comprobatório na Secretaria Escolar, conforme a Lei nº
10793, de 1º/12/03:
I. que cumpra jornada de trabalho igual ou superior a seis horas;
II. maior de trinta anos de idade;
III. que estiver prestando serviço militar inicial ou que, em situação similar, estiver
obrigado à prática da educação física;
IV. amparado pelo Decreto-Lei nº 1044, de 21/10/69;
V. que tenha prole.
O atendimento descrito acima terá o seu período de amparo iniciado na data da
entrega do documento na Secretaria Escolar, não havendo concessão de amparo retroativo às
faltas já registradas. No caso de atestado médico, o mesmo deverá informar claramente o período
do afastamento do aluno.
Caberá ao professor e à Coordenação de Série a organização de atividades acadêmicas
para suprir a ausência do aluno nas aulas práticas da disciplina.
Ao aluno integrante de representação desportiva de âmbito nacional, estadual ou
municipal, que se ausentar das aulas por motivo de competição desportiva oficial, será dispensado
atendimento especial, após a apresentação dos documentos abaixo na Secretaria Escolar e
mediante parecer favorável da Direção Geral do Colégio:
I. previamente: o comprovante de filiação à federação do esporte em questão;
II. em até 48 horas úteis após cessar o impedimento: o comprovante de participação
na competição oficial com menção do período da mesma.
39
Observação: O afastamento do aluno atleta não poderá exceder o limite de 25% do total das
horas letivas anuais, sendo as faltas registradas neste período não computadas para fins de
promoção.
Ao aluno atleta em período de competição desportiva oficial oferecer-se-á o seguinte
atendimento:
I. dispensa das aulas enquanto perdurar, comprovadamente, o período da
competição oficial;
II. reposição das atividades pedagógicas realizadas durante o período do seu
afastamento por meio de estudos autônomos, bem como a entrega do material
ora distribuído aos demais alunos.
Para efeito de frequência escolar serão consideradas como oficiais as competições
desportivas constantes do Calendário Desportivo Nacional, sendo a fase preparatória considerada
integrante ao período da competição oficial, conforme a legislação vigente.
O aluno atleta em atendimento especial deverá comprometer-se a realizar as
atividades propostas para suprir a defasagem do aprendizado durante o seu afastamento, segundo
as orientações dos professores, e estará sujeito aos mesmos critérios de avaliação e de
Recuperação Paralela dos demais alunos, limitando-se o encerramento do seu ano escolar ao do
ano letivo estabelecido no Calendário Escolar da Instituição.
Casos excepcionais poderão ser avaliados pontualmente pela Direção Geral e pela
Direção Acadêmica do Colégio, respeitada a legislação vigente.
No Colégio dos Jesuítas, a ação educativa converge para a formação da pessoa,
enfatizando a necessidade de reconhecer as potencialidades do indivíduo e garantindo o
desenvolvimento das dimensões: cognitiva, afetiva, ética, espiritual, comunicativa, estética,
corporal e sociopolítica.
O modo como os processos são geridos faz os colégios e as escolas manifestarem, de
forma explícita, o conteúdo do modo de proceder da instituição (PEC 54). Em nossa escola, o
poder é serviço e a liderança é espaço de compartilhamento de poder e de responsabilidade,
tendo como foco o cumprimento da missão.
A participação é expressão de compromisso e corresponsabilização pelo trabalho e
pelos resultados alcançados. Um movimento contínuo que possibilita as melhores práticas para a
efetivação do processo educativo, através de equipes de trabalho integradas e cooperativas. O
gerenciamento dos processos internos do centro educativo, das equipes administrativa e docente e
dos recursos disponíveis deve estar plenamente coerente com os objetivos e as metas
estabelecidas pela instituição que têm como fim último a aprendizagem integral dos alunos (PEC
56).
As decisões que afetam a vida do Colégio serão tomadas pelo Diretor Geral, mediante
consulta ao Conselho Diretor formado pelo Diretor Geral, Diretor Acadêmico, Diretor
Administrativo, Coordenador de Formação Cristã e Coordenador Comunitário.
40
Estas decisões poderão ser precedidas de consultas à Comunidade Educativa através
de pesquisas individuais, de reuniões por setor e do Grêmio dos Alunos.
A operacionalização das atividades pedagógicas é realizada através das instâncias
abaixo, realizadas periodicamente, objetivando que tais momentos permitam refletir e avaliar
acerca das atitudes cotidianas e das estratégias necessárias para alcance da educação
personalizada proposta pela Companhia de Jesus: um processo educativo que prima pelo
acompanhamento pessoal de cada educando.
Conselho Pedagógico Ampliado – reúne o Diretor Geral, o Diretor Acadêmico, os
Coordenadores de Séries e os Coordenadores de Áreas: estabelece as diretrizes gerais da ação.
Conselho Pedagógico de Classe – reúne o Coordenador de Série com os seus
respectivos professores ao final de cada trimestre: avalia a atuação e os resultados do processo
ensino-aprendizagem em cada série e turma. Os Conselhos Pedagógicos de Classe realizados ao
final do ano letivo contam com a participação do Diretor Geral e do Diretor Acadêmico, para todos
os anos/séries, e possuem autonomia para deliberação de pareceres e soberania em suas
decisões.
Reunião de Série – reúne mensalmente o Coordenador de Série com os seus
respectivos professores: traduz as diretrizes gerais para o trabalho pedagógico específico em cada
série.
Reunião de Área – reúne mensalmente o Coordenador de Área com os seus
respectivos professores: traduz as diretrizes gerais para o trabalho docente específico de cada
área e disciplina.
Educação Infantil (2 anos);
Ensino Fundamental (9 anos);
Ensino Médio Manhã (3 anos);
Ensino Médio Integral Vespertino (3 anos).
O número de turmas em cada segmento é compatível com a capacidade física da
Instituição e a melhor adequação à demanda das famílias que solicitam nossos serviços
educacionais, respeitando a legislação vigente.
O Colégio dos Jesuítas, em conformidade com o artigo 30 do Decreto nº 8242/2014,
que trata em seu parágrafo 1º da adequação às diretrizes e metas estabelecidas no Plano Nacional
de Educação – PNE, destina parte dos seus recursos para oferecer o Ensino Médio Integral
Vespertino na perspectiva da garantia da educação básica em tempo integral. O curso, totalmente
gratuito, destina-se ao exclusivo atendimento de alunos na faixa etária para ingresso de 14 a 17
anos e que estejam em desfavorável situação socioeconômica.
Através da concessão de bolsas de estudo integrais – que obedece a critérios de
acordo com a legislação em vigor e ao regulamento interno da Instituição – o Colégio oferece,
além da mensalidade escolar, o fornecimento de uniforme, lanche diário, vale transporte e livros
didáticos.
41
Matutino: 6º ao 9º Ano do Ensino Fundamental e 1ª a 3ª Série do Ensino Médio. Vespertino: Educação Infantil, 1º ao 5º Ano do Ensino Fundamental e 1ª a 3ª
Série do Ensino Médio Integral Vespertino.
O Colégio dos Jesuítas atende a alunos de todas as classes sociais que pleiteiam
estudos de boa qualidade acompanhados de formação humana e cristã, bem como atividades
esportivas e de lazer.
42
O Colégio possui uma área de 75.647m2, comportando um campo de futebol de grama
sintética, quatro quadras poliesportivas (três cobertas), vestiários, ginásio poliesportivo com
piscina aquecida, área de atletismo, parquinho infantil, espaço de morro com mata atlântica.
Na área construída: 62 salas de aula, além do prédio da Educação Infantil com salas e
banheiros apropriados, três Laboratórios de Informática, três salas de Arte, sete Salas Multimídia,
Laboratório de Física, Laboratório de Química, Laboratório de Biologia, Laboratório de Línguas,
Biblioteca, salas das Direções, das Coordenações de Série e Coordenações de Área, salas de
Professores, salas de Estudos Docentes, salas de reuniões, capelas em todos os prédios, setor de
Formação Cristã, setores administrativos, enfermaria e Grêmio.
Dispõe, ainda, de banheiros e bebedouros em todos os andares dos prédios, dois
auditórios, anfiteatro, área de convivência, estacionamento coberto e descoberto, cantina e
restaurante.
43
Diretor Geral, Diretor Acadêmico, Diretor Administrativo, Coordenação Comunitária
e Secretarias das Direções;
Chefias e equipes dos setores: Almoxarifado, Contabilidade, Departamento
Pessoal, Financeiro, Informática Administrativa, Manutenção, Recursos Humanos e
Serviços Gerais.
44
Coordenadores de Séries, Coordenadores das Áreas, Coordenação Pedagógica,
Orientação Pedagógica, Professores e Auxiliares de Coordenação de Série;
Chefias e equipes dos setores: Audiovisual, Biblioteca, Enfermaria, Informática
Pedagógica, Mecanografia, Comunicação, Secretaria Escolar e Serviço de Apoio
Pedagógico.
Coordenação de Formação Cristã, Orientador Espiritual, Professores de Ensino
Religioso e Agentes de Formação Cristã.
9.1 - Organização do Tempo Escolar
A Educação Básica funcionará em dois turnos:
1º turno - matutino:
Ano / Série Duração / Horário do turno
6º ao 9º Ano
Ensino Fundamental
De 7h10min às 11h50min: 5 aulas
Módulo-aula: 50 minutos
Recreio: 30 minutos
1ª e 2ª Séries
Ensino Médio
De segunda a sexta - de 07h10min às 12h40min:
6 aulas
Módulo-aula: 50 minutos
Recreio: 30 minutos
Quintas-feiras (tarde) - de 14h00min às
17h40min: 4 aulas, com recreio de 20 minutos
3ª Série
Ensino Médio
De 07h10min às 12h40min: 6 aulas
Módulo-aula: 50 minutos
Recreio: 30 minutos
Sábados - de 07h10min às 11h40min: 5 aulas,
com recreio de 20 minutos
Horário de entrada no Colégio:
Às 7 horas, impreterivelmente, com fechamento dos portões de acesso.
Ao aluno que se atrasar para a entrada na 1ª (primeira) aula – e cujo atraso seja
formalmente justificado por seu responsável legal – será concedida a autorização
para ingresso na 2ª (segunda) aula até o horário limite de 7h50min.
1ª e 2ª Séries/EM, às quintas-feiras, no turno da tarde: às 13:50h,
impreterivelmente, com fechamento dos portões de acesso.
45
Ao aluno que se atrasar para a entrada na 1ª (primeira) aula – e cujo atraso seja
formalmente justificado por seu responsável legal –, será concedida a autorização
para ingresso na 2ª (segunda) aula até o horário limite de 14h40min.
Não é permitida a entrada em sala após o início da 2ª (segunda) aula.
Havendo reincidência, no 3º (terceiro) atraso para entrada ao Colégio em um
mesmo trimestre em curso, a família será devidamente informada da situação,
sendo previamente alertada de que, havendo um 4º (quarto) ou mais atrasos, o
aluno não poderá assistir às aulas do(s) dia(s) letivo(s) em questão.
Observações:
Recreio – 6º ao 9º/EF: atividade dirigida com foco da educação socializadora, com
jogos educativos.
Educação Física – 1ª e 2ª Séries/EM: extra-turno.
Laboratório de Física, de Química e de Biologia – 1ª e 2ª Séries/EM: extra-turno,
um módulo-aula de 50 minutos/mês, conforme cronograma estabelecido.
LEM Inglês e Espanhol - 3ª Série/EM: opcionais e extra-turno.
3º turno - vespertino:
Ano / Série Horário do turno
Educação Infantil
De 13h às 17h30min
1º ao 5º Ano
Ensino Fundamental
De 13h às 17h30min
Recreio: 20 minutos
1ª a 3ª Série
Ensino Médio Integral Vespertino
De 12h30min às 19h50min: 8 aulas
Módulo-aula: 50 minutos
2 Recreios: 20 minutos cada
a) Educação Infantil e 1º ao 5º Ano do Ensino Fundamental:
Horário de entrada no Colégio:
Às 12h55min, impreterivelmente, com fechamento dos portões de acesso.
Ao aluno que se atrasar para a entrada na 1ª (primeira) aula – e cujo atraso seja
formalmente justificado por seu responsável legal –, será concedida a autorização
para ingresso na 2ª (segunda) aula até o horário limite de 13h40min.
Não é permitida a entrada em sala após o início da 2ª (segunda) aula.
Havendo reincidência, no 3º (terceiro) atraso para entrada ao Colégio em um
mesmo trimestre em curso, a família será devidamente informada da situação,
sendo previamente alertada de que, havendo um 4º (quarto) ou mais atrasos, o
aluno não poderá assistir às aulas do(s) dia(s) letivo(s) em questão.
46
Observação:
Recreio – 1º ao 5º/EF: atividade dirigida com foco da educação socializadora,
orientada por educadores do Colégio (Professores, Coordenadores e Auxiliares de
Coordenação e de Disciplina). As atividades visam ao desenvolvimento físico e
motor através de jogos e brincadeiras, bem como a socialização e o respeito
mútuo, assim como a motivação e o incentivo ao hábito alimentar saudável.
b) Ensino Médio Integral Vespertino:
Horário de entrada no Colégio:
Às 12h20min, impreterivelmente.
Ao aluno que se atrasar para a entrada na 1ª (primeira) aula – e cujo atraso seja
formalmente justificado por seu responsável legal –, será concedida a autorização
para ingresso na 2ª (segunda) aula até o horário limite de 13h10min.
Não é permitida a entrada em sala após o início da 2ª (segunda) aula.
Havendo reincidência, no 3º (terceiro) atraso para entrada ao Colégio em um
mesmo trimestre em curso, a família será devidamente informada da situação,
sendo previamente alertada de que, havendo um 4º (quarto) ou mais atrasos, o
aluno não poderá assistir às aulas do(s) dia(s) letivo(s) em questão.
Observações:
Recreios: atividades dirigidas com foco na educação socializadora.
9.2 - Clima Institucional
As normas, os regulamentos, a relação estabelecida entre os membros da comunidade
educativa, as decisões e ações transparecem os valores que pregamos. Educamos na justiça, no
respeito, na solidariedade, na compaixão.
A promoção de uma cultura interna que valoriza o desenvolvimento de um sentido de
pertença, baseado na missão e na mística inaciana, nas relações entre as pessoas fundadas no
respeito e na avaliação daquilo que cada um é e com que contribui para a instituição é tarefa de
todos (PEC 76).
“O que constrói um bom clima institucional é a adesão, o sentimento de pertença e a
corresponsabilidade dos profissionais em relação à missão da escola”. Tanto os professores quanto
os funcionários técnicos e administrativos são corresponsáveis pela implementação da Proposta
Pedagógica do Colégio e colaboradores da Companhia de Jesus na consecução da missão
educativa.
As funções docentes e administrativas serão exercidas por pessoas habilitadas,
qualificadas, de reconhecida competência e postura condizente com os princípios da educação
jesuíta, devidamente registradas no órgão competente, quando assim for prescrito pela lei.
Ao ser admitido no estabelecimento, o novo membro da Comunidade Educativa tomará
conhecimento da Proposta Pedagógica e do Regimento Escolar do Colégio dos Jesuítas e das
atribuições do cargo, sabendo-se que sua vinculação contratual implica a aceitação dos mesmos e
do processo de avaliação permanente do seu desempenho.
47
O programa de formação continuada oferecido pelo Colégio dos Jesuítas aos seus
educadores contempla desde as reuniões de reflexão pedagógica e profissional até o subsídio para
participação em programas de formação acadêmica (graduação, pós-graduação, mestrado,
doutorado, capacitação profissional), perpassando pela realização de cursos e encontros realizados
na própria Instituição ou em conjunto com as demais obras da Companhia de Jesus.
Formação Permanente (Continuada): periodicamente os professores se
encontrarão para estudar, debater e refletir sobre a Pedagogia Inaciana e os
temas educacionais, assim como sobre a própria prática docente.
Encontros das áreas de conhecimento: ocorrem periodicamente com a
participação dos professores de determinada área de conhecimento e seu
respectivo Coordenador.
Encontros de séries: ocorrem periodicamente com a participação dos professores
de determinada série e seu respectivo Coordenador.
Conselhos Pedagógicos de Classe: ocorrerão a cada etapa de estudos
correspondente aos bimestres próprios de cada série, e também de acordo com a
necessidade da mesma.
A capacitação profissional consiste na busca por atualização e aprimoramento teórico e
prático de conhecimentos, competências e habilidades exigidas para o exercício das funções,
associada à compreensão e à assimilação da identidade e da missão do Colégio (PEC 83).
A consideração da diversidade de estilos e ritmos de aprendizagem guia os professores
na preparação dos planos, das aulas e na seleção e organização dos materiais utilizados para
propor e avaliar as aprendizagens (PEC 38). A formação permanente consiste na busca por
atualização e aprimoramento teórico e prático de conhecimentos, competências e habilidades
exigidas para o exercício das funções, associada à compreensão e à assimilação da identidade e da
missão do Colégio.
O investimento feito pela escola nessa direção visa à qualificação dos educadores para
serem capazes de atuar da melhor forma, de acordo com orientações e projetos da instituição.
(PEC 83) O objetivo principal deste projeto é o desenvolvimento da capacidade de ler a realidade
de maneira crítica, à luz da visão cristã e inaciana de mundo, contemplando a valorização e a
formação para a justiça social e a sustentabilidade.
Além da formação na perspectiva das dimensões cognitivas e socioemocionais, o número
80 do PEC lembra a necessidade da dimensão espiritual-religiosa: “O convite à experiência dos
Exercícios Espirituais (EE.EE.) é parte dos programas de desenvolvimento das escolas,
considerando necessidades e circunstâncias locais”.
9.3 - Acompanhamento personalizado do aluno
O Colégio oferece aos alunos Laboratórios de Aprendizagem - atividades diversificadas
realizadas por meio de estudos complementares: reforço escolar no contraturno (Língua
Portuguesa, Matemática, Física, Biologia e Química), Simulados nos modelos PISM – Processo de
Ingresso Seletivo Misto da Universidade Federal de Juiz de Fora - e ENEM – Exame Nacional do
Ensino Médio-, Educação Física (modalidades esportivas), Coral e Escola de Esportes e Cultura,
organizados de acordo com o perfil pedagógico de cada ano/série.
48
Boletim Escolar e comunicados às famílias
O Boletim Escolar é o documento oficial de comunicação do Colégio dos Jesuítas
referente ao desempenho escolar e à frequência do aluno; será enviado às famílias ao final de
cada etapa letiva e após a realização da avaliação Integrada da etapa.
O Colégio oferece, aos alunos e seus responsáveis, a possibilidade de
acompanhamento do desempenho escolar ao longo dos trimestres via internet, através de códigos
de acesso individuais: login e senha.
Os comunicados às famílias – circulares – são instrumentos que permitem transmitir
informações com clareza e rapidez, tendo como objetivo dinamizar e orientar as decisões e
encaminhamentos do Colégio. Trazem sempre a identidade da Instituição (logotipo e nome) e a
assinatura do responsável pelo comunicado – Coordenador ou Diretor.
Observação: É indispensável que o canhoto – se existente – seja devolvido à
Coordenação da Série para que o Colégio possa se certificar de que a família está devidamente
informada sobre o assunto tratado no documento enviado.
Direitos e Deveres do Pessoal Discente:
Receber uma formação integral à luz da fé cristã de acordo com as características
da educação da Companhia de Jesus e com a Proposta Pedagógica do Colégio dos
Jesuítas;
Participar da comunidade educativa, ajudando a buscar os objetivos comuns
propostos nos documentos da Companhia de Jesus;
Participar das atividades escolares a ele oferecidas;
Usar as dependências do Colégio, dentro da programação e das normas
existentes;
Reivindicar os seus direitos junto aos responsáveis imediatos, através do diálogo
franco e respeitoso;
Integrar estruturas formais ou informais de participação tais como Grêmio e
Representantes de Turmas, voltadas para o crescimento na ação política
consciente e para a construção de uma comunidade solidária.
Conhecendo com clareza o que se espera deles, os alunos devem assumir uma atitude
ativa que vise à obtenção das metas propostas para a sua formação integral, a partir de uma
educação de qualidade e de excelência humana e, cada vez mais, conscientemente, reconhecer o
que conseguiram realizar e o que falta, aceitando suas potencialidades e suas limitações.
São também deveres dos alunos:
Envolver-se nas atividades que levam a um conhecimento crítico da realidade,
capacitando-se para contribuir eficazmente para a transformação das injustiças
sociais;
Participar de todo processo educacional, atuando de forma a antecipar uma nova
sociedade fundamentada na liberdade, na solidariedade e na justiça;
Comparecer assídua e pontualmente às aulas e atividades escolares, devidamente
uniformizado e trazendo todo o material escolar necessário;
Comparecer às atividades cívicas ou religiosas com atitude de colaboração,
respeito e participação;
49
Apresentar conduta, asseio pessoal e vocabulário que correspondam aos princípios
de higiene e educação, como respeito a si mesmo e aos demais;
Zelar pela conservação e manutenção do prédio do colégio e dos equipamentos e
materiais didático-pedagógicos;
Providenciar a reparação ou indenização de eventuais danos causados ao
patrimônio escolar;
Contribuir ativamente para que os fins do colégio dos jesuítas sejam concretizados
na prática cotidiana, atuando de forma consciente e participativa para que, na
comunidade, se vivam os valores evangélicos;
Proceder com honestidade em provas, exames e demais trabalhos escolares, não
utilizando, em nenhuma hipótese, a cola. A fraude em trabalhos escolares é
considerada falta grave e está sujeita à tomada de atitudes inerentes à equipe
pedagógica, inclusive, com a possibilidade de anulação do instrumento de
avaliação, sem o direito de requerer segunda chamada do mesmo;
Acatar as normas disciplinares e as disposições do Regimento Escolar e da
Proposta Pedagógica do Colégio dos Jesuítas.
As instituições da Companhia de Jesus primam pela integração de todos os seus
membros, em interação com a comunidade social do seu entorno. Todos os educadores –
docentes e não docentes, juntamente com as famílias, são corresponsáveis pela educação
oferecida nas obras: educam desenvolvendo uma ética que respeita a dignidade de cada um e
torna possível a liberdade, a convivência democrática e pacífica e o respeito aos direitos
humanos.5
O Colégio dos Jesuítas trabalha para que haja comunicação e participação de todos e
de cada um dos segmentos de sua comunidade educativa, segundo o papel e a responsabilidade
que lhes corresponde na Instituição. Zela, em especial, pela constante comunicação e pelo
permanente diálogo entre a família e a escola.
Os pais serão informados sobre o desempenho de seus filhos através dos boletins
e das circulares sobre as atividades extras do Colégio, assim como através de
atendimentos pessoais.
O Colégio enviará às famílias, no início do ano letivo, o livreto “Convivência
Escolar” contendo as orientações gerais acerca do cotidiano escolar – documento
embasado no Regimento Escolar e neste Projeto Político Pedagógico.
O Colégio manterá, inclusive com espaço próprio, o Grêmio dos Alunos que
colabora no estabelecimento de metas e na realização de atividades de interesse
de todos da comunidade educativa.
O Colégio promoverá a integração com a comunidade através de:
Missa dominical na Capela Santo Inácio;
Missas festivas pelo Dia das Mães e pelo Dia dos Pais;
5 PEC: Projeto Educativo Comum da Companhia de Jesus na América Latina.
50
Comemoração do aniversário do Colégio;
Festa Julina;
Momentos de oração e reflexão, conforme o Calendário Litúrgico;
Atividades de assistência a creches, asilos e hospitais, dentro da atividade de
Estágio Social, promovida pela Equipe de Formação Cristã.
A interação escola, família e comunidade abre espaços para o fomento do diálogo
sobre a participação das famílias no espaço escolar. “Na relação com o colégio, as Associações de
Pais colaboram na especificidade da promoção de participação, convivência e interação” (PEC
104). No contexto de necessidade de educação ambiental, a Associação de Pais é aliada do colégio
na promoção e na comunicação da sustentabilidade junto às famílias. As Associações de Pais são
acompanhadas por Colaborador indicado pelo Conselho Diretor, visando garantir sua
representatividade orientada pela identidade inaciana e jesuíta no colégio.
Essas decisões, que resultam de um processo de envolvimento e participação das
famílias e da comunidade, referem-se, entre outras ações, a:
• contextualizar os conteúdos dos componentes curriculares, identificando
estratégias para apresentá-los, representá-los, exemplificá-los, conectá-los e
torná-los significativos, com base na realidade do lugar e do tempo nos quais as
aprendizagens estão situadas;
• decidir sobre formas de organização interdisciplinar dos componentes curriculares
e fortalecer a competência pedagógica das equipes escolares para adotar
estratégias mais dinâmicas, interativas e colaborativas em relação à gestão do
ensino e da aprendizagem;
• selecionar e aplicar metodologias e estratégias didático-pedagógicas diversificadas,
recorrendo a ritmos diferenciados e a conteúdos complementares, se necessário,
para trabalhar com as necessidades de diferentes grupos de alunos, suas famílias
e cultura de origem, suas comunidades, seus grupos de socialização etc.;
• conceber e pôr em prática situações e procedimentos para motivar e engajar os
alunos nas aprendizagens;
• construir e aplicar procedimentos de avaliação formativa de processo ou de
resultado que levem em conta os contextos e as condições de aprendizagem,
tomando tais registros como referência para melhorar o desempenho da escola,
dos professores e dos alunos;
• selecionar, produzir, aplicar e avaliar recursos didáticos e tecnológicos para apoiar
o processo de ensinar e aprender;
• criar e disponibilizar materiais de orientação para os professores, bem como
manter processos permanentes de formação docente que possibilitem contínuo
aperfeiçoamento dos processos de ensino e aprendizagem;
• manter processos contínuos de aprendizagem sobre gestão pedagógica e
curricular para os demais educadores.
O colégio é uma obra apostólica da Companhia de Jesus, ordem religiosa que integra a
Igreja Católica, e desenvolve sua missão na circunscrição eclesiástica da Arquidiocese de Juiz de
Fora. Por isso, desenvolve suas atividades curriculares em comunhão e consonância com a Igreja
Local, cooperando e sendo solidário com as iniciativas no âmbito universal da Igreja Católica.
51
MANUAL DO EDUCADOR JESUÍTA
No Colégio dos Jesuítas, o papel do professor é mais que o de mediador das
aprendizagens, especialmente em tempos de tamanha diversidade de mediações. “O professor é o
profissional que propõe o caminho, apresenta o mapa e acompanha os alunos indicando critérios
para que a apropriação do conhecimento seja feita de maneira significativa e com valor” (PEC 32).
Sendo assim, o educador jesuíta deverá:
- Ter habilidades de liderança suficientes para entusiasmar os alunos no processo da
aprendizagem integral e de forma cooperativa e colaborativa em relação aos demais
educadores;
- Nutrir gosto pelo conhecimento, dispondo de meios para atualização permanente,
buscando aprimorar sua formação acadêmica e sua prática pedagógica sob a
inspiração do Magis Inaciano;
- Ser criativo e capaz de entusiasmar os alunos na construção do conhecimento
dentro de um padrão elevado de exigência acadêmica e humana, sabendo utilizar
os recursos tecnológicos de forma convergente ao aprendizado integral;
- Ter liderança pessoal e de gestão capazes de manter os alunos no foco do
aprendizado, bem como capacidade tanto de catalisar a atenção dos alunos como
de resolver questões disciplinares de forma ágil, respeitosa e de acordo com o
Regimento do Colégio;
- Capacidade de estabelecer relações interpessoais com os pares, pais e alunos, de
forma madura, saudável e respeitosa de tal forma que os alunos aprendam a
respeitar a autoridade docente pela via da reciprocidade;
- Ser capaz de compreender e se responsabilizar pelo Regimento Interno do Colégio
de forma a motivar os que estiverem sob sua responsabilidade a preservar o bem
coletivo e um ambiente favorável à aprendizagem integral;
- Ser capaz de gerenciar suas emoções e sentimentos de forma adequada e com um
nível de urbanidade convergente a um ambiente comprometido com a
aprendizagem integral;
- Ser capaz de participar, convergir ou ao menos respeitar a identidade Cristã,
Católica e Jesuítica do Colégio bem como em relação aos valores relacionados à
Sagrada Escritura e aos Direitos Humanos;
- Ter presentes os cuidados e precauções, de acordo com a legislação brasileira e de
acordo com as orientações da Companhia de Jesus em relação ao Ministério
Saudável, buscando, acima de tudo, a proteção das pessoas menores de idade que
estão sob a nossa responsabilidade.
52
As tecnologias digitais vêm alterando a vida nas sociedades contemporâneas. Novas e
surpreendentes tecnologias da informação e da comunicação têm estreitado as distâncias e
possibilitado a co-criação, apropriação e disseminação de conhecimentos como nunca antes visto.
(PEC 26) Para além da reestruturação das formas de comunicação e de acesso à informação, essa
revolução digital está modificando o processo de aprendizagem e exige um referencial de
competências em Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC’s).
Nesse sentido, o número 27 do Projeto Educativo Comum afirma que há uma necessidade
premente de reformulação do ambiente escolar e de repensar muitas das atuais práticas
pedagógicas. A plataforma moodle deve ser usada por todos os professores como uma ferramenta
que ajuda a rever espaços, recursos e metodologias na possibilidade de transpor os limites físicos
e temporais da sala de aula.
Participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino.
Elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do
estabelecimento de ensino.
Zelar pela aprendizagem dos alunos.
Estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento.
Ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de participar
integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao
desenvolvimento profissional.
Colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a
comunidade.
(Lei de Diretrizes e Bases da Educação – 9394/96, no art. 13)
Colaborar com o crescimento pessoal do educando e contribuir para a construção
de sua autonomia, tratando-o com respeito, compreensão e firmeza, conforme os
princípios e objetivos do Colégio dos Jesuítas.
Participar dos encontros de Formação Permanente e de Conselhos de Classe,
avaliações, planejamentos, reuniões e estudos para o seu aperfeiçoamento
profissional, bem como de outros encontros, quando convocado.
Dinamizar e aproveitar o tempo destinado a cada aula, integralmente, para o
desenvolvimento de atividades referentes ao conteúdo sob a sua responsabilidade.
Ser assíduo e pontual no cumprimento do calendário escolar, do horário das aulas
e das demais atividades inerentes à sua função.
Escriturar corretamente o(s) Diário(s) de Classe sob a sua responsabilidade e
demais documentos necessários para registro da vida escolar do aluno, cumprindo
os cronogramas estabelecidos pela Secretaria Escolar e/ou outros setores do
Colégio.
(Art. 135 do Regimento Interno do Colégio dos Jesuítas)
53
- Considerar sua autoridade em sala, deixando claro para os alunos quais são as
normas de convivência, preservando o ambiente saudável, respeitoso e limpo;
- Manter a coordenação informada sobre a ausência dos alunos, em vista do
acompanhamento e do diálogo com as famílias;
- Trabalhar de forma integrada com a coordenação de série e área, com especial
atenção para o enfoque interdisciplinar e transversal dos conhecimentos;
- Manter o relatório de acompanhamento em dia, colaborando na educação integral;
- Retirar o aluno de sala, encaminhando-o para a coordenação de série, somente
como último recurso, após alertar e conversar com o aluno – salvo em casos
graves;
- Manter um padrão elevado de relacionamento, sabendo que o uso de ameaças,
formas de intimidação e constrangimento não condizem com o perfil do
profissional do nosso colégio;
- O uso do celular em sala de aula, tanto pelo aluno como pelo professor, só será
permitido de forma acadêmica, como uma ferramenta de aprendizagem;
- Elaborar e disponibilizar conteúdos e atividades na plataforma moodle como
oportunidade de aprendizagem;
- Fomentar a pesquisa e a participação dos alunos no protagonismo do
conhecimento, buscando sempre a excelência;
- Agir com honestidade, justiça e equidade, buscando a transparência e a coerência,
próprios de quem também é responsável pela formação do caráter dos nossos
alunos;
- Zelar e respeitar pela confidencialidade das informações institucionais;
- Manter um ambiente de trabalho adequado, sadio e livre de qualquer tipo de
preconceito, discriminação ou bullying;
- Zelar pela conservação dos meios de trabalho, como o próprio meio ambiente.
Quando se trata de avaliação, consideramos essencial que se avalie tanto o ensino
quanto a aprendizagem, uma vez que a finalidade do primeiro é o alcance de excelência no
segundo. Ela é o “lugar pedagógico de acompanhamento da caminhada de alunos e professores”
(PEC 43).
De acordo com o número 45 do Projeto Educativo Comum, é necessário ter clareza
sobre as competências e habilidades a atingir em cada uma das disciplinas, assim como dos meios
e instrumentos para avaliar o desenvolvimento dos estudantes em cada etapa. Daí a importância
do acompanhamento dos dados e do desempenho acadêmico, tanto do professor como do aluno,
“retroalimentando a ambos no desafio da qualificação dos processos de ensino-aprendizagem-
avaliação e na comunicação com alunos e famílias” (PEC 47).
Nesta perspectiva, seguem algumas orientações:
- Conferir provas e simulados para que não haja questões erradas ou gabaritos
incorretos;
- Redobrar a atenção no acompanhamento das avaliações, não realizando outras
atividades durante esse período;
54
- O prazo para a devolução de atividades/provas/testes corrigidos é de 10 dias.
Desta forma, os alunos, cientes de suas dificuldades, deverão se empenhar mais;
- A semana que antecede as avaliações deve ser para revisão e confirmação da
aprendizagem. Desta forma, o conteúdo da avaliação deve ser concluído antes
desse período;
- Atenção para os critérios de correção das avaliações, zelando pela justiça e
transparência no processo;
- A reescrita ou a releitura das avaliações é um momento especial da Pedagogia
Inaciana, como espaço de aprendizagem. Deve ser feita, após cada avaliação, a
correção em sala com os alunos.
- Monitorar os alunos no acompanhamento dos resultados, intervindo no processo
de ensino, com foco na aprendizagem.
ATENDIMENTO A ALUNO EM SITUAÇÃO ESPECIAL
O Colégio dos Jesuítas, em consonância com a Política Nacional de Educação Especial,
na Perspectiva da Educação Inclusiva de 2008, no Decreto Federal 7611/2011, da Resolução
CNE/CEB nº 04/2009, da Resolução CEE/MG nº 460/2013 e na Resolução SEE/MG nº 2197,
orienta o atendimento educacional a alunos com Deficiência, Transtornos Globais do
Desenvolvimento ou Altas habilidades/Superdotação na matrícula, no processo acadêmico e na
avaliação da aprendizagem, mediante parecer favorável da Direção Geral do Colégio.
A oferta do tratamento especial ao aluno com Deficiência, Transtornos Globais do
Desenvolvimento ou Altas habilidades/Superdotação somente será efetivada mediante a
apresentação do relatório ou do laudo emitido por profissional(is) habilitado(s) que guarde(m)
relação com a patologia apresentada e/ou que descreva a deficiência apresentada e a conduta
requerida para o devido atendimento ao aluno.
O percurso escolar garante ao aluno o trânsito pelas etapas e níveis referentes à forma
de organização da escolaridade do sistema de ensino. O Colégio dos Jesuítas reconhece e valoriza
as experiências do aluno, suas habilidades, suas diferenças e atende às suas necessidades
educacionais especiais sem perder de vista a consecução dos objetivos educacionais a que ele tem
direito. O tratamento a ser dispensado aos alunos com Deficiência, Transtornos Globais do
Desenvolvimento e Altas habilidades/Superdotação, no que se refere à matrícula, ao
aproveitamento e à frequência, será elaborado pela equipe pedagógica da série, acompanhado
pelo Diretor Acadêmico, à luz da legislação vigente.
O Plano de Desenvolvimento Individual (PDI) é o instrumento para o acompanhamento
do desenvolvimento e aprendizagem do aluno com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades/superdotação. Deve ser elaborado no início da vida escolar do
aluno, em parceria com a família e atualizado conforme temporalidade prevista na Proposta
Pedagógica da escola.
Aos alunos em situações excepcionais, conforme especificado abaixo, será dispensado
tratamento especial nos termos da legislação vigente, mediante parecer favorável da Direção Geral
do Colégio:
55
I. situações previstas no Decreto-Lei nº 1044, de 21/10/69, comprovadas por laudo
ou atestado médico com CID, emitido pelo médico responsável pelo tratamento do
aluno, com menção do período de afastamento necessário;
II. aluna gestante, a partir do 8º (oitavo) mês de gestação e durante 3 (três) meses,
ou outras formas previstas na Lei nº 6202, de 17/04/75, comprovadas por
atestado médico;
III. aluno convocado para prestação de serviço militar, sendo obrigado a faltar de suas
atividades civis por força desta convocação, conforme previsto no Decreto-Lei nº
715, de 30/07/69, mediante a apresentação de declaração do órgão competente;
IV. aluno em situações não previstas nos incisos anteriores, após avaliação pontual da
Direção Geral e da Direção Acadêmica, respeitada a legislação vigente.
O atendimento especial deverá ser requerido no prazo de até 48 horas úteis após o
afastamento do aluno.
O tratamento a ser dispensado aos alunos nas situações especiais previstas no
Decreto-Lei nº 1.044 ou na Lei nº 6.202, no que se refere à matrícula, ao aproveitamento e à
frequência, será elaborado pela equipe pedagógica da série, acompanhada pelo Diretor
Acadêmico, à luz da legislação vigente; para a oferta do atendimento pedagógico a que faz jus o
aluno em situação especial. O comprometimento da família é fator essencial para o
desenvolvimento dos trabalhos.
A duração do afastamento do aluno não deve ultrapassar o máximo admissível para a
continuidade do processo de aprendizagem, devendo o Colégio, se a necessidade de atendimento
especial se prolongar por mais de 1 (um) semestre letivo, orientar para o cancelamento da
matrícula naquele ano letivo.
Caso a duração do afastamento do aluno comprometa o seu aproveitamento escolar
como um todo (não realização das atividades domiciliares, comprometimento da composição das
notas, inexistência/impossibilidade de aproveitamento de trabalhos e/ou avaliações para o sistema
avaliativo, impossibilidade de curso da recuperação semestral para recomposição de notas,
frequências esporádicas registradas durante o período de afastamento, etc), o Colégio dos Jesuítas
comunicará oficialmente à família o cancelamento do atendimento especial ao mesmo.
Ao aluno em atendimento especial oferecer-se-á o seguinte suporte:
I. dispensa das aulas enquanto perdurar, comprovadamente, a situação especial;
II. atribuição de exercícios domiciliares, tarefas, trabalhos e/ou provas para execução
em domicílio, se seu estado de saúde assim o permitir;
III. possibilidade de apuração dos pontos trimestrais através de cálculos proporcionais
dos resultados obtidos nas avaliações realizadas.
Durante o período de oferta dos exercícios domiciliares com acompanhamento pelo
Colégio para fins de compensação da ausência às aulas, a retirada do material didático e dos
exercícios com orientações de estudo, na Coordenação da Série, será de inteira responsabilidade
da família.
As faltas do aluno registradas no período de amparo do atendimento especial não
serão computadas para fins de promoção. O tratamento excepcional disposto acima, após
deferimento pela Direção Geral, pautar-se-á nas condições de saúde do aluno e nas possibilidades
da Instituição.
O aluno em situação especial estará sujeito aos mesmos critérios de avaliação dos
demais alunos, limitando-se o encerramento do seu ano escolar ao do ano letivo estabelecido no
Calendário Escolar da Instituição.
56
Direção Geral
Pe. Mário Sündermann
Direção Acadêmica
Francisco Juceme Rodrigues Nascimento
Direção Administrativa
Camilo Rezende Lacerda
Assessoria de Mídia e Comunicação
Vinicius Moraes
Mecanografia
Marcelo Corrêa e Regina Fayer