Post on 18-Jul-2022
INTRODUÇÃO
O Município de Maringá está inserido no contexto da região Norte do Paraná
cuja sua produção teve como agente hegemônico a Companhia Melhoramentos Norte
do Paraná a qual planejou minuciosamente a constituição de uma rede urbana. A cidade
nasce em 1947 com o intuito de ser uma capital regional e por tanto tem uma
localização privilegiada geograficamente e um sitio urbano favorável.
Para Endlich e Moro (2003) o principal papel do município em seus primórdios
era receber a produção agrícola e fornecer alguns produtos manufaturados. O ritmo de
construção que se impôs foi bastante acelerado com um rápido surgimento de papeis
urbanos tais como comércio, prestação de serviços e indústrias, sobretudo alimentícias.
Com esta vasta gama de estabelecimentos que visavam atender a população local e
regional a cidade passa a assumir seu papel pré-estabelecido de localidade central.
Os mesmos autores acrescentam que nos idos de 1970, a revolução verde
promoveu mudanças no espaço regional do Norte do Paraná, compondo novos grupos
sociais na região de Maringá. Houve a égide das agroindústrias e cooperativas além da
instalação de outras empresas. A modernização da agricultura foi estopim para uma
mudança no cenário causando a diversificação agropecuária, a concentração fundiária e
a reorganização da população local, diferenciando a articulação entre cidade e campo.
Diante dessas transformações houve duas repercussões nas relações
interurbanas: o declínio dos pequenos núcleos e a concentração de novas atividades nas
capitais regionais que passaram também a receber parte da população oriunda dos
pequenos núcleos. Maringá, incluída nessas novas relações, passa então a ser
efetivamente um polo regional concentrando uma série de serviços e atividades
comerciais atendendo a demanda da agricultura moderna, ampliando e reforçando seus
papéis urbanos (ENDLICH e MORO, 2003).
Ainda na década de 1960 inicia-se em Maringá um processo de verticalização.
Sobre este fato Machado e Mendes (2003) caracterizam quatro fases distintas. No
primeiro período (1960-69), os recursos são resultado do excedente de riquezas,
oriundas sobretudo da fase inicial da cultura cafeeira e das atividades comerciais, neste
período a verticalização maringaense só não foi mais expressivo dada as altas taxas de
inflação pela qual passava a economia brasileira no momento. No segundo momento
(1970-79), marcado pela modernização da agricultura, Maringá vivenciou a expansão
vertical, para atender a classe média e alta, cada vez mais significativa
quantitativamente no solo urbano. A terceira fase (1980-1989), marcada pela
agroindústria, há uma distribuição ampla da área de edifícios e um acentuado aumento
no número de construções. O quarto período (1990 - 1999), foi marcado por uma
instabilidade político-econômica do país no início dos anos 90, diminuindo novamente
o número de construções de edifícios.
Com base no Cadastro Imobiliário do Município de Maringá observa-se dois
períodos de maior relevância na história da construção civil maringaense com foco na
construção de edifícios. O primeiro momento entre 1986 e 1989 no qual foram
concedidos o maior número de Habite-se da história local e o segundo entre 2009 e
2013, quando o setor se recupera de uma crise acentuada na década de 1990.
A pujança do setor da construção civil em Maringá, sobretudo o pautado no
padrão de verticalização demanda, via de regra, um grande volume de trabalhadores. A
distância temporal entre esses dois períodos de intenso crescimento imobiliário nos
incita a investigar as diferenças no padrão desta mão-de-obra, sobretudo no que tange a
mobilidade desta força de trabalho. Ressaltamos que o objetivo deste artigo é trazer
algumas notas preliminares sobre a temática que ainda está em desenvolvimento em
uma pesquisa de dissertação de mestrado.
A metodologia empregada neste baseia-se numa abordagem multidimensional,
envolvendo dados estatísticos, pesquisa documental, levantamento bibliográfico e
questionário quantitativo/qualitativos tratados no software Sphinx Plus Léxica.
Assim, trabalhamos na perspectiva teórica dos estudos de população nas ciências
geográficas nos apoiando, entre outros, em: BEAUJEU-GARNIER (1980), DAMIANI
(1991), GEORGE (1971), OLIVEIRA (2013), ROCHA (1998). A partir desses podemos
conceber os deslocamentos de população como as migrações e movimentos pendulares.
Compreendendo a existência da centralidade das relações de trabalho na mobilidade
espacial da população trabalhadora da construção civil, nos pautamos na teoria da
Mobilidade da Força do Trabalho de Gaudemar (1977) para balizar nossa investigação.
NOTAS PRELIMINARES SOBRE A MOBILIDADE DA FORÇA DE
TRABALHO NA CONSTRUÇÃO CIVIL DE MARINGÁ – PR ENTRE 1986 –
1989 E 2009 – 2013
Neste item, abordamos uma das características do setor da construção
habitacional, sobretudo da construção verticalizada, que é pouco investigada no
município de Maringá, a mobilidade da força de trabalho empregada no setor.
Procuramos dispender maior esforço acadêmico sobre os períodos de maior
aquecimento do setor de 1986 a 1989 e 2009 a 2013.
Durante a década de 1980 houve um período de grande investimento na
construção civil maringaense, entre o período de 1986 e 1989 foram concedidos 295
documentos de habite-se pela prefeitura municipal de Maringá. Neste período a
espacialização desses empreendimentos foi bastante concentrada nas zonas centrais do
município, zonas 01, 02, 03, 04, 05, 06 e 07, conforme observamos na figura 01.
Devida à alta rotatividade do setor da construção civil e à distância temporal
desse primeiro período de quatro anos da década de 1980 foram poucos, 21 dos 130,
entrevistados que vivenciaram esse período trabalhando na construção civil
maringaense. Destes, cinco são naturais de Maringá - PR, dois naturais de Paiçandu -
PR, e dois naturais de Sarandi - PR. Os quatro últimos trabalhadores se deslocam
diariamente de suas cidades para o município de Maringá para trabalhar no setor da
construção civil desde o ingresso em suas profissões. Para além disso, dois
trabalhadores maringaenses residem no município de Sarandi, passando a também se
deslocar diariamente.
Os outros 12 trabalhadores entrevistados que vivenciaram o período são
migrantes, cinco oriundos do estado de São Paulo, um do estado do Rio Grande do Sul e
os outros seis do próprio estado do Paraná. Desses 12 trabalhadores migrantes três
paulistas e sete paranaenses moram fora do município de Maringá, em Sarandi,
Paiçandu, Cambé e Itambé, se deslocando de forma pendular diariamente.
Figura 01 - Espacialização dos edifícios com quatro pavimentos ou mais com Habite-se concedido entre 1986 e 1989 na malha urbana de Maringá – PR. Fonte: Prefeitura Municipal de Maringá, 2013. Elaboração: Santos, B.M., 2014.
Ainda que o número de trabalhadores entrevistados que vivenciaram este
período seja modesto é o suficiente para inferir que desde aquele período o setor da
construção civil maringaense possui um cenário de mobilidade territorial bastante
complexo, incluindo migrantes de ao menos três estados da união e deslocamentos
pendulares relativos a quatro municípios paranaenses.
Ao final da década de 2000, após um declínio acentuado do número de
edificações com quatro pavimentos ou mais ocorreu uma retomada no ritmo de
crescimento do setor. Entre o período de 2009 e Abril de 2013, quando foi gerado o
relatório de edifícios da prefeitura municipal de Maringá, houve a liberação de 108
registros de Habite-se. Embora as áreas com maior número de edifícios finalizados no
período ainda se concentrassem nas áreas centrais, sobretudo na zona 07, a distribuição
dos edifícios tomaram uma área de abrangência maior do que o período entre 1986-
1989, estendendo-se às seguintes zonas: 01, 02, 03, 04, 05, 06, 07, 08, 09, 10, 11, 15,
23, 27, 28, 33, 46, 39 e 43, conforme o observado na figura 02.
Figura 02- Espacialização dos edifícios com quatro pavimentos ou mais com Habite-se concedido entre 2009 e 2013 na malha urbana de Maringá – PR. Fonte: Prefeitura Municipal de Maringá, 2013. Elaboração: Santos, B.M., 2014.
Em Abril de 2013 constava no relatório de edificações da prefeitura o número de
231 edifícios com quatro pavimentos ou mais sem habite-se, ou seja, que
burocraticamente não estavam finalizados, configurando-se como localidade de trabalho
do setor da construção civil naquele momento. Esses 231 edifícios, representados na
figura 03, estão distribuídos também em maior parte em algumas zonas centrais do
município como: 07, 01, 03, 08, mas também estão presentes nas zonas:
27,02,04,05,06,08,09,10,11,15,23,28,33,46,39 e 43.
Figura 03- Espacialização dos edifícios com quatro pavimentos ou mais sem Habite-se concedido em Abril de 2013 na malha urbana de Maringá – PR. Fonte: Prefeitura Municipal de Maringá, 2013. Elaboração: Santos, B.M., 2014.
Quanto ao perfil desses trabalhadores na atualidade o Sindicato dos
Trabalhadores da Construção Civil - SINTRACON - destaca que apenas nos canteiros
de obra são 4.000 trabalhadores, porém apenas 1.900 se encontram sindicalizados. Essa
disparidade se deve, sobretudo, a exigência do sindicato que todos os sindicalizados
tenham carteira de trabalho assinada. Na maioria são homens entre 18 e 57 anos que
possuem apenas o ensino fundamental. A forma de contratação na maioria das vezes é
feita por empreita, na qual os trabalhadores são registrados no nome do condomínio dos
edifícios, justificando pela a alta rotatividade do setor. Atualmente a necessidade de
mão de obra do setor não é suprida pela mão de obra local e se faz necessário a
contratação de migrantes. (SINTRACON, 2013).
Entre os meses de Janeiro e Junho de 2014 foram realizados trabalhos de campo
percorrendo edifícios em construção situados nas Zonas 07, 01, 03, 09 e 02 nos quais
foram aplicados 130 questionários que possibilitaram a compreensão da mobilidade do
trabalho no atual estágio do setor da construção civil maringaense.
Observa-se que apenas 19 trabalhadores (14,6%) são maringaenses e moram no
município de Maringá, os demais 121 trabalhadores (85,4%) ou são migrantes ou fazem
mobilidade pendular1 diária para trabalhar.
Quanto à naturalidade 25 trabalhadores são nascidos em Maringá – PR, sendo
que seis deles migraram para outros municípios do aglomerado de Maringá. Quanto aos
outros 105 trabalhadores, 75 são de outros municípios do Paraná, 12 do estado de São
Paulo, cinco do estado de Minas Gerais, três do estado de Alagoas, dois do estado do
Ceará, dois do estado de Rondônia, dois do estado da Bahia, um do estado do Rio
Grande do Sul, um do estado do Mato Grosso do Sul, um do estado da Paraíba e um do
estado do Piauí.
Quanto aos motivos que levaram essas pessoas a migrar para a região de
Maringá, verificou-se que 49,5% dos migrantes citaram a busca por emprego como um
dos fatores principais, 19% vieram com a família quando ainda eram crianças, 9,5%
declararam a busca por melhores condições de vida como motivação.
Ainda que quando questionados sobre os motivos de migração os trabalhadores
migrantes não tenha citado com expressividade o êxodo rural como fator, 82 dos 130
entrevistados afirmaram já ter trabalhado no meio rural. Desses 46,3% afirmaram ter
vontade de voltar a viver no meio rural caso tivesse incentivo, 48,8% não voltariam a
viver no meio rural, 2,4% voltariam dependendo das condições e 1,2% tem o desejo de
viver no rural e continuar trabalhando no urbano.
1 Considerando o fenômeno da mobilidade pendular como um importante elemento na compreensão das dinâmicas interurbanas o caracterizamos como: o conjunto de deslocamentos que o indivíduo efetua para executar os atos de sua vida cotidiana (trabalho, compras, lazer). Em concordância com Adan, D’Arcier e Raux apud Pereira e Herrero, 2009.
No que se refere ao município de residência 53,8% residem em Maringá – PR,
26,9% em Sarandi - PR, 12,3% em Paiçandu - PR, 1,5% em Itambé - PR, 0,8% em
Ângulo - PR bem como 0,8% em Cambé - PR, Cruzeiro do Sul – PR e Tamboara - PR.
A média de tempo de deslocamento para chegar ao trabalho é de 31 minutos
sendo que a média por cidade se mostra diferente, os residentes de Maringá demoram
26 minutos para chegar ao trabalho, os residentes de Paiçandu 27 minutos, o residente
de Marialva 30 minutos, os residentes de Sarandi 32 minutos, os residentes de Itambé
45 minutos, os residentes de Ângulo e Cambé 60 minutos, os residentes de Cruzeiro do
Sul 1 hora e 30 minutos.
As explicações sobre o tempo de deslocamento dos residentes de cada município
são diversas, os residentes de Maringá, Sarandi e Paiçandu apresentam tempos de
deslocamentos semelhantes dada a conurbação urbana existente entre os três
municípios. O tempo de deslocamento do residente de Marialva se apresenta menor do
que os residentes do município de Sarandi por causa do modal utilizado, no caso o carro
enquanto dos moradores de Sarandi 30,8% utilizam a bicicleta como modal, 25,71% a
moto, 22,4% ônibus circular, 8,5% carro e 2,8% vão a pé para o trabalho. Ângulo,
Cambé, Cruzeiro do Sul e Itambé possuem essa média de tempo dada a distância
percorrida.
A justificativa para residir em um município diferente do qual trabalham pauta-
se primeiramente por questões relacionadas ao emprego (58,3%), são 10% que alegam
dificuldade em conseguir emprego no município de residência; 10% se sentem atraídos
para Maringá devido à maior oferta de emprego; 8,3% pelo valor da remuneração; 5%
alegam a falta do setor de construção de edifícios nos municípios de residência como
impulsionador dessa mobilidade; 3,3% se deslocam diariamente pois foram contratados
por empresas prestadoras de serviços com sede no município de origem e 5% alegam
que a qualidade do emprego em Maringá é melhor incluindo fatores além da
remuneração, como o registro em carteira assinada e garantia dos direitos trabalhistas.
Em segundo lugar entre as justificativas para a realização de deslocamentos
diários estão os fatores econômicos (15%). Durante a realização das entrevistas muitos
citaram o valor do aluguel, o preço dos imóveis e o custo de vida maringaense como um
fato excludente. Ainda como fator de exclusão há 3,32% dos entrevistados que habitam
em outros municípios por não encontraram moradia no município de Maringá.
Questões pessoais relacionadas à família, costumes e pertencimento ao
município de residência é a motivação de 10% dessa população, há ainda 3,3% que
permanecem no município por causa da aquisição da casa própria.
Quanto à fixação no município de residência 81,9% dos migrantes pretendem
continuar morando onde residem, 2,9% tem outros planos, 1,9% não sabem, 1%
pretende migrar novamente conforme o mercado de trabalho exigir.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por todos os dados apresentados nessa investigação, nota-se que no bojo do
desenvolvimento do setor da construção civil maringaense há uma demanda de mão de
obra que mobiliza uma gama de trabalhadores. Assim, influencia na dinâmica territorial,
configurando-se como uma importante forma de inserção de muitos migrantes no
mundo do trabalho local, bem como mobilizando diariamente um montante de
trabalhadores vindos de outros municípios da região.
Ressaltamos que há indícios de que a dinâmica populacional desses
trabalhadores vem se desenvolvendo desde o primeiro boom do setor da construção
civil, e que desde este período há uma relevante relação dos trabalhadores da construção
civil com o mundo rural onde muitos já trabalharam e viveram.
Apontamos que para a melhor apreensão do fenômeno da mobilidade da força
do trabalho na construção civil maringaense é necessário pontuar a forte dinâmica que
existe entre o município estudado e os demais municípios que compõem o Aglomerado
Urbano de Maringá onde residem grande parte dos trabalhadores. Para Borges (2004) à
luz do desenvolvimento desigual e combinado o aglomerado se configura de forma
desorganizada, sem a existência de um objetivo comum nem a integração entre as
cidades, assim prevalece a esfera privada na gestão dos envolvidos na dinâmica local.
Durante o decorrer da pesquisa, percebeu-se a importância e a centralidade do
trabalho nas decisões pessoais dos trabalhadores da construção civil. Ainda que os
resultados presentes neste sejam notas preliminares de um trabalho em andamento
espera-se que o mesmo possa estimular e servir de subsídio a outras pesquisas no ramo.
REFERÊNCIAS
BEAUJEU-GARNIER, Jacqueline. Geografia da População. São Paulo: Editora Nacional e Editora da USP, 1980. BORGES, William Antonio. A Periferia Decorrente Da Mobilidade Centrada No Trabalho: A Questão No Aglomerado Urbano De Maringá. 2004. Dissertação (Mestrado em Geografia). Programa de Pós Graduação em Geografia da Universidade Estadual de Maringá. Maringá. DAMIANE, Amélia Luisa. População e Geografia. São Paulo: Contexto, 1991. EDLICH, Angela Maria; MORO, Dalton Aureo. Maringá e a Produção do Espaço Regional. In: Maringá Espaço e Tempo: Ensaio de Geografia Urbana. Org. Moro, Dalton Aureo. Maringá: Programa de Pós-Graduação em Geografia, 2003. GAUDEMAR, Jean-Paul de. Mobilidade do Trabalho e Acumulação do Capital. Lisboa: Editora Estampa, 1977. GEORGE, Pierre. Geografia da População. São Paulo: Difusão Européia do Livro, 1971. MACHADO, José Roberto; MENDES, César Miranda. O Centro De Maringá E A Sua Verticalização. Boletim de Geografia. Maringá. 2003. Disponível em: http://www.periodicos.uem.br/ojs/index.php/BolGeogr/article/view/12836 Acesso em: Junho de 2014. MARINGÁ (Prefeitura Municipal). Cadastro Imobiliário. Maringá: Prefeitura Municipal, 2013. OLIVEIRA, Antônio Tadeu Ribeiro de. Algumas Abordagens Teóricas a Respeito do Fenômeno Migratório. In: Reflexões Sobre os Deslocamento Populacionais no Brasil. Org. OLIVEIRA, Luiz Antônio Pinto; OLIVEIRA, Antônio Tadeu Ribeiro. Rio de Janeiro: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, 2011. Disponível em: < http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/reflexoes_deslocamentos/deslocamentos.pdf> Acesso em: Março de 2013. PEREIRA, Rafael Henrique Moraes; HERRERO, Verónica. Mobilidade Pendular: Uma Proposta Teórico-Metodológica. Rio de Janeiro: IPEA, 2009. Disponível em: <http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/TDs/td_1395.pdf> Acesso em: Junho de 2013. ROCHA, Márcio Mendes. A Espacialidade Das Mobilidades Humanas: Um olhar para o Norte Central Paranaense. 1998. 186p. Tese (Doutorado em Geografia) Programa de Pós- graduação em Geografia. Universidade de São Paulo. São Paulo. SINTRACON. Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil. Entrevista concedida em: Fevereiro de 2013.