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Curso de Arquitetura e Urbanismo ● História da Arquitetura e do Urbanismo I ● professor: Frederico Braida
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Curso de Arquitetura e Urbanismo ● Maquetes de Arquitetura e do Urbanismo ● Prof. Dr. Frederico Braida | Profa. Dra. Juliane Figueiredo 2013/1
AULA | 07
A ordem e a composição da forma arquitetônica
Sensação de movimento.
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PERCEPÇÃO VISUALNós estudamos a percepção visual para compreendermos:
• Por que algumas formas agradam e outras não?
• Que fatores são determinantes para a legibilidade do que vemos e como
usar estes fatores de maneira a conseguir uma comunicação satisfatória doque queremos transmitir?
teoria da percepção que possibilitou a compreensão da maneira como se
ordenam ou se estruturam, no nosso
cérebro, as formas que percebemos.
Estas perguntas começaram a ser respondidas de forma mais objetiva nosestudos realizados por uma escola alemã de psicologia experimental, em1910 - Escola da Gestalt.
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Fatores de Coerência formal ou de composição (REIS, 2002:17)
Existem evidências sobre a necessidade de ordem para o ser humano, a qualestá associada ao funcionamento orgânico adequado nos níveis fisiológicos e
psicológicos.
A percepção de ordem na composição da forma arquitetônica, que implica
percepção de unidade e de uma estrutura na organização dos elementoscompositivos, provoca uma reação satisfatória ao estimulo e é condiçãopara uma percepção apropriada da forma.
Segundo Ching (2005):
“A ordem se refere não apenas àregularidade geométrica, mas sim uma
condição em que cada parte de um todoestá apropriadamente disposta comreferência a outras partes e ao seu
propósito, de modo a produzir um arranjoharmonioso” (CHING, 2005, p.320).
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Fatores de Coerência formal ou de composição (REIS, 2002:17)
A forma arquitetônica necessita ser inteligível aos sentidos e possuir, em simesma, um tipo de ordem que possa ser compreendida dentro dos
parâmetros biológicos da percepção humana.
Embora o processo total de percepção da composição da forma
arquitetônica envolva também um processo de aprendizado de conceitos, eseja direcionado por aspectos da personalidade, da experiência prévia e dacultura – o próprio processo fisiológico de organização perceptiva éautônomo e independente de tais influências.
No processo de percepção visual,o olho seleciona e combina
elementos, procura a forma mais
simples e tenta integrar os várioselementos do campo visual em
unidades reduzidas.
Portanto, os princípios formais ou de
composição seriam válidos em diferentes contextos culturais e temporais, com evidencias da
psicologia da Gestalt, baseados na percepção visual estruturada nas características neurológicas dos
indivíduos.
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Em nosso estudo, os conceitos relativos à composição da forma arquitetônica
são definidos com base nos trabalhos de Ching (2005), Reis (2002) e nas leisda Gestalt.
Princípios de ordem(Ching, 2005):
Eixo
Simetria
Hierarquia
Dado
Ritmo / Repetição
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Fatores de Unificação dos Elementos (REIS, 2002:21)
Estes fatores unificam os elementos arquitetônicos em grupos e
caracterizam grupamentos por proximidade, similaridade, fundo comume dado.
As razoes pelas quais os grupamentos são percebidos explicam-se atravésda psicologia da Gestalt, que formulou princípios de organização perceptivabaseados em estudos empíricos e neurofisiológicos.
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Grupamento por proximidade (REIS, 2002:23)
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Grupamento por proximidade (REIS, 2002:23)
Objetiva formar grupos de
elementos arquitetônicos [ex. janelas] de acordo com o efeito
visual desejado na fachada e no
volume.
Casa de Rembrandt, em Amesterdam
http://pt.wikipedia.org/wiki/Casa_de_Rembrandt. Acessado em 27nov.2013
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Grupamento por similaridade (REIS, 2002:25)
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Grupamento por similaridade (REIS, 2002:25)
Podem ocorrer devido a semelhança de
cor, textura, forma geométrica, tamanho.
Objetiva formar grupos de elementos
arquitetônicos [ex. janelas] de acordo com o efeito visual desejado na fachada
e no volume.
Implicações funcionais e formais.
Sobrado Mar de Espanha http://www.asminasgerais.com.br/Zona%20da
%20Mata/Biblioteca/Paisagem/Fazendas%20Antigas/1113001006%20Sobrado%20Mar%20E
spanha.JPG. Acessado 27 nov. 2013
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Grupamento por fundo comum (REIS, 2002:29)
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Grupamento por fundo comum (REIS, 2002:29)
Os fundos ou campos são
definidos por diferentes cores e/ou texturas num mesmo plano.
O que está incluído num fundo é diferenciado do que está fora de
tal fundo, mesmo que os
elementos dentro do fundo sejam heterogêneos.
Haverá uma compartimentação
da fachada em dois ou mais fundos.
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Grupamento por Dado (CHING, 2005)
Uma reta, um plano ou volume que, por sua
continuidade e regularidade, servem para reunir, medir e organizar o padrão de formas e espaços.
Uma reta pode atravessar ou formar uma aresta comum para o padrão, observe
que não se refere a uma composição simétrica,enquanto uma malha de retas pode formar um campo neutro e unificador para o padrão.
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Dado (CHING, 2005:346)
Um plano pode reunir o padrão de elementos abaixo dele
ou servir como um pano de fundo abrangente para os elementos e emoldurá-los em seu campo.
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Dado (CHING, 2005:346)
Um plano pode reunir o padrão de elementos abaixo dele
ou servir como um pano de fundo abrangente para os elementos e emoldurá-los em seu campo.
Arcadas unificam as fachadas dos edifícios
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Dado (CHING, 2005:346)
Um volume pode acolher
o padrão de elementos dentro de suas fronteiras ou organizá-los ao longo do seu
perímetro.
Pavilhão americano da exposição de Montreal, 1967
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Fatores Determinantes da Regularidadena relação entre Elementos (REIS, 2002:35)
Estes fatores determinam o tipo de relação quanto à regularidade entre oselementos arquitetônicos e são categorizados como: ritmo, continuidade ehierarquia .
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RITMO / REPETIÇAO
Um movimento unificador caracterizado por uma repetição ou alternação
padronizadas de elementos ou motivos formais na mesma forma ou emuma forma modificada (CHING, 2005:321).
Objetiva a formação de uma direção através da repetição alternada de doisou mais elementos arquitetônicos diferentes [ex. uma coluna e umaabertura], conferindo um certo dinamismo à fachada e volume (REIS, 2002:39).
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RITMOConstante, regular ou uniforme – 2 ou mais elementos são repetidos demodo constante.
Partenon, Atenas, sec. V a.C. Disponível em: <http://1.bp.blogspot.com/_JcAUz9s_p8g/TAggsfydzhI/AAAAAAAAOjA/1zggd5OiS-4/s1600/partenon_perspectiva.jpg >.Acesso em: 02 dez. 2012.
Planta Partenon, Atenas, sec. V a.C. Disponível em: <
http://www.xtec.cat/~jarrimad/grecia/partenon%20planta.png >.Acesso em: 02 dez. 2012.
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RITMOIrregular – 2 ou mais elementos são repetidos com alteração de algumade suas características tais como forma, tamanho, orientação ou distancia.
Sede Mondadori Disponível em:
http://www.rappresentazione.it/?p
age_id=5737. Acesso em: 27 nov.2013.
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RITMOEm crescimento ou gradação – quando a alteração acontece através doaumento ou diminuição gradual de alguma característica formal ou quando
existe uma progressão ascendente ou descendente do ritmo irregular.
Ópera de Sidney Disponível em:http://www.pasaporteblog.com/category/oceania/Acesso em: 27 nov. 2013
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Chrysler Building, Nova York, William Van Alen, 1928. Disponível em:
<http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/7/7
6/Chrysler_Building_by_David_Shankbone_Retouched.jpg/250px-
Chrysler_Building_by_David_Shankbone_Retouched.jpg>.Acesso em: 02 dez. 2012.
RITMOEm crescimento ou gradação
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Continuidade
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HIERARQUIA
Acentuação de um determinado elemento em comparação aos demais.
Objetiva tornar mais importante ou enfatizar na fachada e no volume algum
elemento arquitetônico [ex. porta] através de suas características formais (REIS,
2002:42).
A articulação da importância ou do significado de uma forma ou espaço através de
sua cor/textura, seu tamanho, formato ou localização, relativamente a outras formas
e espaços da organização (Ching, 2005:321).
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TIPOS DE HIERARQUIA
A hierarquia pode ser de três tipos diferentes:
pelo TAMANHO por FORMATO por LOCALIZAÇÃO
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HIERARQUIA
Em uma composição arquitetônica
pode haver mais do que um único elemento dominante. Pontos secundários de ênfase, que têm
menor valor de atenção do que o foco principal, criam acentos visuais.
Assim como pode haver mais de um princípio de ordem.
Basílica de São PedroRelação planta/corte
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Fatores relacionados ao Equilibrio na relação entreElementos (REIS, 2002:67)
Estes fatores tratam da relação de equilíbrio entre elementos arquitetônicose são categorizados com eixos, simetrias, balanço assimétrico.
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Reta estabelecida por dois pontos no
espaço, em relação à qual é possível dispor formas e espaços de maneira regular [simétrica ou equilibrada] ou
irregular [assimétrica].
EIXO
Condição retilínea, portanto, tem qualidade
de comprimento e direção, induzindo movimento e promovendo vistas ao longo de sua trajetória.
A noção de eixo pode ser reforçada ao se
definirem bordas ao longo de seu comprimento, tais bordas podem ser simplesmente retas no plano do solo ou
planos verticais que definem um espaço linear coincidente com o eixo.
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EIXONem sempre é visível, podendo
ser imaginário.
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SIMETRIA
Distribuição e disposição equilibradas de formas e espaços equivalentes
em lados opostos de uma linha ou plano divisores, ou em relação a umcentro ou eixo (Ching, 2005:321).
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TIPOS DE SIMETRIA
Há dois tipos fundamentais:
Simetria BILATERAL Simetria RADIAL
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Simetria BILATERAL
Estúdio de Frank Lloyd Wright, Oak park, Illionois, 1889. Disponível em: <https://lh6.googleusercontent.com/-24UOmjqDV88/Tej9iwCy10I/AAAAAAAAJHY/ynWHY0yVPuw/Frank%252520Lloyd%252520Wright%252520Casa%252520y%252520estudio.%2525201888.jpg >.Acesso em: 02 dez. 2012.
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Simetria RADIAL
Villa Capra (Rotonda) - Andrea Palladio, Vicenza, 1566-69. Disponível em: <http://www.italian-architecture.info/VI/VI-003.htm>.Acesso em: 02 jun.
2011.
Planta da Villa Capra (Rotonda) - Andrea Palladio. Disponível em: <http://content.answcdn.com/main/content/img/oxford/Oxfor
d_Architecture/0198606788.palladio-andrea.1.jpg >.Acesso em: 02 jun. 2011.
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BALANÇO ASSIMÉTRICO
Refere-se a uma composição dinâmica e equilibrada. As relações entre os
diferentes pesos na composição e, especificamente a relação horizontal evertical, parecem ser fundamentais no balanço assimétrico de umacomposição. (REIS, 2002:73).
Equilíbrio simétrico
Equilíbrio assimétrico
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BALANÇO ASSIMÉTRICO
Objetiva estruturar a composição dos elementos arquitetônicos na fachada
e no volume de maneira mais dinâmica (REIS, 2002:73).
Castelo de Chennonceaux.Disponível em: http://www.flickr.com/photos/pliniodaniel/8610986750/Acesso em: 27 nov.2013
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Referência bibliográfica
CHING, Francis D. K. Princípios de ordem. In: Arquitetura: forma, espaço e ordem. [4. tiragem]. São Paulo: Martins Fontes, 2005. p.319-373.
GOMES FILHO, João. Leis da Gestal. In: ______. Gestalt do objeto:
sistema de leitura visual da forma. 7.ed. São Paulo: Escrituras, 2006. p.27-37. ISBN.: 85-86303-57-7.
REIS, Antonio T. Repertório, análise e síntese: uma introdução ao projeto arquitetônico. Porto Alegre: Ed. Da UFRGS, 2002.