7. comunicando através da paisagem 3

Post on 22-Dec-2014

1.373 views 2 download

description

 

Transcript of 7. comunicando através da paisagem 3

PAISAGISMO I e IIProfa.: Ana Cunha Araújo

Comunicando através da paisagem - 3José Augusto de Lira Filho

2. FORMA

2. Forma

Em paisagismo, não dá para se falar em forma sem se referir às linhas.

A forma e a linha estão muito ligadas entre si, e uma depende da outra para que o observador compreenda os componentes que se encontram no jardim.

2. Forma

A linha pode constituir-se dos limites de uma forma.

E a forma pode ser definida como a superfície ou volume formado pelas linhas.

2. Forma

Ao se fechar, a linha estabelece as mais variadas formas. Assim é que visualizamos uma esfera ou um círculo e não notamos a linha que o circunda que é a circunferência.

O fechamento da linha nos dá formas variadas, tanto nos elementos naturais quanto nos elementos construídos que se encontram na composição paisagística.

2. Forma

A leitura das formas depende do tamanho do tamanho do objeto que compõe o jardim. Normalmente, formas grandes são mais pesadas.

Mas vale salientar que mesmo um elemento pequeno pode ser trabalhado no projeto de jardim de modo a adquirir peso na composição - por exemplo, pelo uso de cores adequadas.

2. Forma

Por outro lado, a posição que as formas ocupam no espaço visual também influencia muito seu peso visual.

Um elemento colocado na posição central do jardim insinua a conotação de que os demais elementos estão girando em sua volta.

Praça do coreto em Camocim-CE

2. Forma

2. Forma

Deve-se ter muito cuidado com a distribuição dos elementos no jardim.

Por exemplo, o lado direito da composição deve ser bem estudado, por ser área de finalização da composição. Dependendo do elemento aí colocado, a composição pode adquirir aspecto que tire o interesse dos demais elementos.

2. Forma

Outro exemplo a ser mencionado diz respeito à posição simétrica - distribuição de elementos com pesos iguais em cada lado da composição.

A simetria tende a deixar a composição com menor dinâmica.

2. Forma

Cada forma apresentada no jardim tem um valor próprio que pode lhe aumentar o peso visual.

Exemplo disso são as formas humanas e de animais, símbolos - como cruzes, setas, corações, etc.

2. Forma

Para os judeus, por exemplo, a estrela de Davi (com seis pontas) tem um significado todo especial de afinidade. Entretanto, eles têm grande repulsa pela suástica, por razões históricas.

Já os cristãos têm na cruz uma forma cuja simbologia transmite a espiritualidade pregada por Jesus Cristo.

2. Forma

2. Forma

Na paisagem construída, a vegetação com suas mais variadas formas adquire uma significação toda especial para os espectadores e usuários.

Tais formas encontram-se em todas as partes das plantas (da raiz à copa), sendo mais marcante o formato das copas nas árvores e nos arbustos.

2. Forma

Ovoide Ereta Piramidal Chorão Estirada Frouxa

Irregular Vaso Oval Pirâmide Fastígio Redonda Caída

2. Forma

Vaso Obavada Achatada Semielíptica Irregular Espalhada

Coluna Copitada Aberta Prostrada Arredondada

3. TEXTURA

3. Textura

Ao observarmos a superfície de vidro polido, ou um muro com heras enraizadas, sem tocá-las, é possível distinguir que o vidro é liso e o muro é áspero.

3. Textura

Isto porque na superfície dos objetos existe algo que nos transmite sensações, conforme os objetos se apresentem aos nossos olhos.

A esta sensação dá-se o nome de textura.

3. Textura

Textura é o elemento que nos dá a impressão visual de uma superfície ao tato.

Observando-se as folhas das plantas, pode-se dizer, sem tocá-las, se as mesmas têm superfícies lisa ou grossa.

A textura dá a sensação sem que seja preciso tocar nos objetos.

3. Textura

Essa sensação ocorre porque, nos objetos, existe uma agregação indiferenciada de linhas, formas e, ou, cores, formando variações em suas superfícies.

Quando as formas são repetidas, cria-se uma textura, a qual pode variar muito dependendo do tamanho (escala) e da cor das formas repetidas.

3. Textura

Nos jardins, a textura pode ser encontrada nos gramados, nas copas de árvores, na folhagem dos arbustos, na casca de troncos, nos muros, na pavimentação, em corpos d'água, entre outros componentes da paisagem.

3. Textura

As plantas ornamentais oferecem uma variedade de texturas que, se bem planejadas, oferecerão ótimos efeitos visuais.

O paisagista pode tirar partido de uma série de texturas encontradas na conformação da copa das árvores, nas ranhuras dos troncos, nos pisos gramados, entre outros.

3. Textura

É bom lembrar que a distância do observador pode influir na textura no que diz respeito à nitidez com que as partes do objeto são percebidas.

Quanto maior for a distância do observador, menor será o tamanho das partes percebidas do objeto.

3. Textura

O paisagista pode tomar partido deste fator e criar efeitos de distâncias em um jardim pequeno, posicionando plantas de folhas pequenas ao fundo e plantas de folhas grandes à frente.

Invertendo-se esta ordem, a impressão será contrária, isto é, de proximidade.

3. Textura

Através das texturas, é possível passar aos frequentadores do jardim sensações agradáveis.

É o caso das texturas finas que têm a propriedade de causar a impressão de descanso, pelo relaxamento visual que proporcionam.

3. Textura

As texturas lustrosas, brilhantes, são mais pesadas, têm maior peso na composição que texturas opacas.

Assim como as agressivas, encontradas nos espinhos dos cactos, têm maior peso que texturas delicadas, além de trazerem um valor inerente, o de machucar.

3. Textura

Recomenda-se o uso de texturas, quando se deseja destacar algum elemento específico, como uma escultura ou mesmo outra planta de características peculiares.

Funciona como o trabalho, com profundidade de campo, em fotografia: foco definido para o objeto a destacar e fundo desfocado.