8 Gastrulação II

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Desenvolvimento intermediário do embrião Gastrulação II:

aves e mamíferos

Disciplina: Embriologia Geral (BIO129)

Profs. Emilio Lanna e Antônio de Souza Batista

https://sites.google.com/site/biodevufba/

E-mail: emilio.lanna@ufba.br

Clivagens geram o blastodisco

acima de uma grande

quantidade de vitelo.

Gastrulação em aves

Essa massa impõe restrições à

movimentação celular.

A primeira vista, gastrulação de

aves é muito diferente das

vistas anteriormente.

Wolp

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Área pelúcida –

sem contato com o

vitelo

Área opaca – em

contato com o vitelo.

Formação do epiblasto e hipoblasto

As células do epiblasto delaminam-se para formar as

ilhas polinvaginação (hipoblasto primário).

Gilbert 1999

Células da área opaca migram em direção anterior,

unindo-se as ilhas para formar o hipoblasto secundário.

Blastoderma com duas camadas e uma cavidade central.

Gastrulação em aves

Somente o epiblasto contribui para o embrião strictu

sensu.

As células do hipoblasto formarão porções da membrana

externa, especialmente o saco vitelínico e o pedúnculo (que

liga a massa vitelínca ao tubo digestivo endodérmico).

As três camadas germinativas e boa parte das membranas

extra-embrionárias são formadas a partir do epiblasto.

Gilbert 1999 Mapa de destino do epiblasto da galinha.

Porém, células transplantadas ainda tem capacidade de se

diferenciar em outros tipos celulares.

Gastrulação em aves

Formação da linha primitiva

Gastrulação em aves

Característica da gastrulação de répteis, aves e mamíferos.

Ingresso de células mesodérmicas do

epiblasto e migração de células da região

lateral do epiblasto em direção ao centro.

A extensão convergente forma a linha

primitiva que se extende anteriormente.

Ocupa 60-75% da área pelúcida.

Enquanto as células convergem para a linha primitiva,

forma-se a fenda primitiva, que servirá como o

blastóporo de anfíbios, enquanto o nódulo de

Hensen funciona como o lábio dorsal. Gilb

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Inicialmente formada como um espessamento na região

posterior do embrião.

Formação da linha primitiva

Gastrulação em aves

A população celular da linha primitiva é trocada

constantemente.

Células ingressando na blastocele através do nódulo de Hensen,

migram anteriormente formando o intestino anterior, o mesoderma da

cabeça e a notocorda; células passando através das porções laterais

da linha primitiva dão origem à maioria dos tecidos endodérmicos e

mesodérmicos do embrião e das membranas extra-embrionárias.

Células migram sozinhas. Não

se forma arquêntero.

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Formação da linha primitiva

Gastrulação em aves

Enquanto as células entram na linha primitiva, essa se

estende em direção a futura cabeça do embrião.

Na mesma direção, células do hipoblasto secundário estão

continuando a migrar da margem posterior do blastoderma.

Sla

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Migração através da linha primitiva

Gastrulação em aves

As primeiras células são destinadas a formar o intestino

anterior.

Elas migram anteriormente e deslocam o hipoblasto na

porção anterior.

As células hipoblásticas ficam confinadas a porção anterior

da área pelúcida. Nessa região forma-se o cresente

germinativo.

No crescente germinativo encontram-se as

células germinativas primordiais, que irão migrar

através dos vasos sanguíneos até as gônadas.

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Migração através da linha primitiva

Gastrulação em aves

As próximas células a entrarem no nódulo de Hensen formarão o

mesoderma da cabeça e o cordomesoderma.

Também movem-se anteriormente, mas não ventralmente, ficando entre

o endoderma e o epiblasto.

A movimentação conjunta dessas células forma o processo cefálico.

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22h após o início da imigração, o endoderma já está estabelecido, mas

células mesodérmicas continuam a movimentação.

Migração através da linha primitiva

Gastrulação em aves

A linha primitiva começa regredir, movendo o nódulo de

Hensen da região central para uma área posterior.

O epiblasto passa a ser composto 100% por células

ectodérmicas.

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Migração através da linha primitiva

Gastrulação em aves

Devido a essa gastrulação em duas etapas, o embrião de aves (e

também mamíferos) apresenta um gradiente de maturação.

Enquanto células da região posterior estão gastrulando, células da

região anterior já começam a organogênese.

Enquanto células endo- e mesodérmicas estão se

diferenciando, as células ectodérmicas proliferam-

se e por epibolia recobrem todo o embrião,

incluindo o vitelo.

Ao fim da epibolia, a superfície do embrião mais o

saco vitelínico estão revestidas por ectoderma, o

endoderma substituiu o hipoblasto e o

mesoderma encontra-se entre os dois.

Proséncefalo

Coração

Somitos

Nódulo de

Hensen

Estágio 10

Sla

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Essa epibolia leva 4 dias e requer a produção

contínua de novas células ectodérmica.

Mecanismos da gastrulação de aves

Gastrulação em aves

O eixo dorso-ventral é essencial para a formação do

hipoblasto.

Esse eixo é estabelecido por diferenças no pH e na

polaridade entre os meios externo e a blastoce.

pH ácido, (+)

pH básico, (-)

O eixo antero-posterior é determinado pela gravidade,

enquanto o ovo “rola oviduto abaixo”.

Dorso

Ventre

A gravidade desloca o plasma germinativo

para o lado, determinando onde se inicará a

gastrulação.

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Mecanismos da gastrulação de aves

Gastrulação em aves

Se transplantada, a zona marginal posterior continuará controlando a

formação da linha primitiva.

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As células posteriores

formarão o hipoblasto

e, ao mesmo tempo,

evitarão que qualquer

célula, com menos

atividade, forme

hipoblastos próprios.

Mecanismos da gastrulação de aves

Gastrulação em aves

Acumulação na linha primitiva

O epiblasto não é composto por células identicas.

Há diferenciação das células mesmo antes da formação da

linha primitiva.

As células que apresentam HNK-1 em suas membranas

celulares ingressam individualmente na blastocele e migram

para a região posterior.

Células expressando HNK-1 formarão o mesoderma e o

endoderma, nunca o ectoderma.

Células expressando HNK-1 interagem com as células do

epiblasto acima delas e formam o rudimento da linha

primitiva.

Mecanismos da gastrulação de aves

Gastrulação em aves

Esse rudimento passa por uma extensão convergente se alongando.

Quando a linha se estende quase que completamente, as células HNK-

1-positivas degradam a membrana basal do epiblasto, permitindo a

entrada de outras células.

Células do epiblasto HNK-1- negativas podem então contribuir para a

formação do endo- e mesoderma.

A transformação epitélio-mesênquima

no nódulo de Hensen é precedido

pela mudança na conformação das

células (células garrafas) e acontece

devido ao fator de espalhamento

que desmonta o sistema de caderina.

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O ácido hialurônico regula a

manutenção das células como

mesenquimais na blastocele.

Mas a direção da movimentação é

dada pela fibronectina.

Mecanismos da gastrulação de aves

Gastrulação em aves

Epibolia do ectoderma

Células do epiblasto migram como uma unidade firme e não

individualmente.

O envoltório vitelínico parece ser essencial para essa

movimentação.

Células marginais da área opaca são as promotoras da

epibolia.

A movimentação só ocorre com a expansão dessa área.

Se removidas, a epibolia deixa de acontecer.

Quando as células marginais são colocadas isoladas, elas

continuam a migrar.

Mecanismos da gastrulação de aves

Gastrulação em aves

Epibolia do ectoderma

Células marginais da área opaca são as promotoras da

epibolia.

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Durante a gastrulação, as três camadas germinativas

são formadas:

Gastrulação

O endoderma e o mesoderma ingressam no embrião, enquanto

o ectoderma o reveste.

Isso só é possível devido ao rearranjo das células e a

interação com os novos vizinhos.

Apesar de haver diferença na gastrulação das

diferentes espécies, todas passam pelos mesmos

processos e tem resultados similares.

O palco está agora pronto para a formação dos

primeiros órgãos.

Gastrulação

Ectoderma

Endoderma

Mesoderma

Pele

Nervos

Tecido conjuntivo

Céls. sanguíneas

Coração

Sistema urogenital

Parte da maioria dos

órgãos

Sistema respiratório

Sistema digestivo