9º ano aula 4 - belle époque brasileira

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Colégio Santo Antonio - Objetivo

Apostila 1- 9º AnoAula 4: Acertando o passo com a

Europa

Prof.ª Me. Luciana Carvalhoprofessoralu.historia@gmail.com

Você se lembra??

Belle Époque... O que foi isso mesmo??

A BELLE ÉPOQUEBelle Époque é o nome que damos ao período que vai dos últimos anos do século XIX aos primeiros anos do século XX.

Esse nome surgiu na França... e a ideia foi copiada em todo o mundo. Até por aqui...

Contradança no Moulin Rouge, quadro de Toulose-Lautrec, 1892.

Os membros da nova elite republicana queriam apagar as marcas do nosso tempo de Colônia e Império... E tornar as cidades parecidas com as de uma República moderna.

Buscando inspiração na Europa e especialmente em Paris, que os reformadores acreditavam representar a modernidade desejada, o modelo do Barão Haussmann chegou em terras tupiniquins por volta de 1905.

Algumas capitais passaram por reformas urbanísticas e arquitetônicas. Foram construídas grandes avenidas, belos jardins e enormes edifícios.

Alguma semelhança entre eles?

Não é mera coincidência!

NOVOS VENTOS, NOVOS HÁBITOS

Além das mudanças nas paisagens urbanas, outras novidades surgiram também...

O footing...

Fazer o footing era a moda da época... Andar pelas avenidas, tomar um café nas confeitarias da cidade...

footing

A reforma urbana e os mais pobres

Civilizar

Modernizar

2. A “regeneração urbana” do Rio de Janeiro

O Rio de Janeiro era a capital da República e cresceu desordenadamente. Não havia moradias para todos.

Com isso, os cortiços e moradias inadequadas se espalharam pela cidade. Nesses lugares, as condições de higiene eram precárias e proliferavam as epidemias de varíola e febre amarela.

Para concretizar as reformas das cidades, a população mais pobre, que morava em cortiços ou prédios antigos nas regiões centrais, foi despejada de suas moradias.

Essa população foi obrigada a procurar moradia em bairros mais distantes do centro. Os que não tinham como pagar aluguel foram morar nos morros ou em terrenos baldios. Assim começaram a aparecer as favelas...

Para a elite, essa situação era ideal, pois assim conseguiram viver na cidade moderna em que desejavam e ainda longe dos mais pobres, especialmente negros.

O preconceito... Ah, o preconceito...

A reforma urbana era urgente e foi defendida por médicos-higienistas, políticos e engenheiros.

A pobreza foi associada à doença, aos vícios morais, ao ócio e com isso os mais necessitados ao invés de receberem ajuda, foram afastados dos centros, como se essa fosse a saída.

Afastar os pobres era uma das maneiras de tornar o Rio de Janeiro um “cartão-postal” à exemplo de Paris, que havia passado por uma grande reforma urbana anos antes.

Cortiços foram destruídos na região central, avenidas foram construídas, prédios “modernos” foram levantados.

Pereira Passos, prefeito do Rio (1902-1906).

Proibiu cuspir dentro dos bondes, e todas as repartições públicas deveriam ter escarradeiras disponíveis ao público. Foi proibido também ordenhar vacas leiteiras nas ruas, vender loterias nos quiosques, mendigar e atirar polvilho no Carnaval. 

Para tornar realidade o sonho de uma capital da República conforme os novos tempos, a prefeitura avisou também que seriam demolidos todos os imóveis existentes em locais onde seriam executadas obras. Os proprietários que ao amanhecer, encontrasse um aviso de desapropriação na porta deveriam sair dali o mais rápido possível. 

A Revolta da Vacina

Depois do Rio reurbanizado, era necessário “desinfectar” a população e imunizá-la contra doenças... Especialmente a VARÍOLA, que fazia muitas vítimas naquele momento.

Oswaldo Cruz