A CONTRIBUIÇÃO DA GEOLOGIA URBANA AO PLANO DIRETOR DA CIDADE DO RIO DE … · 2018. 12. 12. · A...

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Oficina Interativa Áreas Frágeis de Encosta e Baixada e o Uso do Solo

A CONTRIBUIÇÃO DA GEOLOGIA URBANA AO PLANO DIRETOR DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO

Nelson Meirim Coutinho, Ricardo D’Orsi & Marcela Tuler

Fundação GEORIO

PLANO DIRETOR 1992

análise desenvolvida a partir da leitura do Projeto do Plano Diretor, publicado pelo Diário da Câmara em julho de 1991;

destaca a importância de dados que retratem o conhecimento do meio físico, com a distribuição horizontal e vertical de seus materiais componentes;

mapa geológico-geotécnico como documento síntese, que permite o entendimento fenomenológico, fruto da interação de um quadro geológico com o tipo de solicitação externa

Anuário de Geociências da UFRJ vol.15 (1992)

O PROJETO DO PLANO DIRETOR E O MEIO ABIÓTICO

• 8 títulos, subdivididos em capítulos, seções e subseções, além de 8 anexos, totalizando 227 artigos;

• preocupação dos legisladores com as questões ambientais;

• envolvimento do meio físico através de políticas, processos, instrumentos, ações, projetos e programas em mais de 90 artigos (40% do total);

• os autores dividem as disposições do Plano Diretor naquelas de caráter geral (amplitude municipal), com caráter de semi-detalhe (amplitude zonal) e disposições com caráter de detalhe (amplitude local).

Como planejar e controlar o uso do solo sem conhecê-lo?

UMA PEQUENA REFLEXÃO SOBRE A EVOLUÇÃO DA ABORDAGEM DAS “ÁREAS FRÁGEIS DE ENCOSTAS” E TEMAS CORRELATOS NOS

PLANOS DIRETORES DO RIO DE JANEIRO (número de entradas da palavra no texto de cada Plano)

1992 2001 2011

Áreas frágeis Art. 50 9

Art. 15 9

Art. 3º 14

1992 2001 2011

Áreas de risco 27 25 43

1992 2001 2011

Alerta − − 1

1992 2001 2011

Monitoramento 4 6 25

1992 2001 2011

Mapeamento 1 2 4

1992 2001 2011

Clima − − 5

1992 2001 2011

Climático(s) − − 1

1992 2001 2011

Climática(s) − − 14

1992 2001 2011

Geotécnico(a) 1 1 8

AS ÁREAS FRÁGEIS DE ENCOSTAS

As Áreas Frágeis de Encosta são as que apresentam suscetibilidade a movimentos gravitacionais de massa e condições físicas adversas à ocupação. Áreas Frágeis de Encostas podem englobar:

• Cabeceiras e linhas de drenagem naturais (talvegues); • Depósitos de blocos rochosos e materiais terrosos transportados

provenientes de deslizamentos pretéritos; • Depósitos de blocos rochosos in situ assentes sobre superfícies rochosas não

aplainadas; • Zonas situadas imediatamente a jusante dos afloramentos rochosos com

dimensões significativas (escarpas, frentes de pedreiras, encostas rochosas) ou muito fraturados, com qualquer dimensão;

• Zonas situadas imediatamente a montante e a jusante das vias abertas nas encostas;

• Degraus estruturais (áreas de ruptura abrupta de gradiente); • Encostas naturais terrosas com inclinações acentuadas (maiores do que 30o); • Taludes terrosos artificiais (aterros), em especial aqueles associados a

depósitos de lixo (aterros sanitários).

http://apps.data.rio/armazenzinho/pages/evolucaoUrbana/?tipo=1&app=crescimentoCentro

Registros de ocorrências: 1711, 1756, 1779, 1811, 1860, 1864, 1896, 1897, 1910 10 a 17 de fevereiro1811 – conhecida como “Águas do Monte”, pela destruição no Morro do Castelo, quando desabaram várias casas, muralhas e barracos, deixando sobre as ruínas inúmeras vítimas. 15 de outubro de 1864 – casamento da Princesa Isabel – comemorações foram interrompidas, naufrágios na Baía e diversos deslizamentos

Morro do Querosene – 1962 e atual

10 de Janeiro de 1966

Estado da Guanabara chuvas intensas – alagamentos e escorregamentos generalizados

12 de Maio de1966

O governador do então Estado da

Guanabara,Embaixador Francisco Negrão

de Lima, ainda sob o impacto da tragédia,

assina o Decreto nº 609, criando o Instituto

de Geotécnica.

Só no ano de 1966 foram diretamente

contratadas 39 obras para enfrentar os

problemas decorrentes das chuvas

(acervo prof. Willy Lacerda)

EVOLUÇÃO DA OCUPAÇÃO IRREGULAR NAS ENCOSTAS

0

200000

400000

600000

800000

1000000

1200000

1400000

1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010 2020

Po

pu

laçã

o

Ano Fonte IBGE

Mapeamento de Risco

Pavão-Pavãozinho – 1984/85

Mapeamento de Risco

Morro Dona Marta – 1986

Cartografia de Risco- 1996

Mapeamento Geotécnico da Cidade do Rio de Janeiro (1997)

esc. 1:10.000

Layout do título

Subtítulo

Plano de Gestão

de Risco 1.Conhecimento

2. Prevenção

3. Diagnóstico

4. Intervenção

5.Monitoramento

Mapa de Suscetibilidade da Cidade do Rio de Janeiro

Verde

Amarela

Vermelha

Verde - 730 km2 - 58% Baixo Amarela – 375 km2 - 30% Médio Vermelha – 155km2 - 12% Alto

Maciço da Tijuca e adjacências (280 km2) escala 1:2000

Mapa de Susceptibilidade a Escorregamentos

ALERTA RIO Radar Meteorológico

ALERTA RIO Radar Meteorológico

O radar de alta tecnologia tem um alcance de 250 km, o que aumentou a área de

cobertura e a precisão das informações meteorológicas

ALERTA RIO Rede Pluviométrica

ALERTA RIO Probabilidade de escorregamento

Em 2018 o custo total de manutenção e de operação do

Sistema Alerta Rio, por Cidadão Carioca, será de: R$ 0,36 (trinta e seis centavos)

AREAS FORMAIS

(PARÂMETROS DE ANUÊNCIA DA GEORIO)

X

NÃO-FORMAIS

(MAPAS DE RISCO)

MACROZONEAMENTO

(CARTAS GEOLÓGICO-GEOTÉCNICAS)

X

LICENCIAMENTO EM ÁREAS DE ENCOSTA

(MAPA DE SUSCETIBILIDADE)

Plano de Gestão

de Risco

PENSAR A CIDADE PLANEJAR O FUTURO

ALGUNS CONTEXTOS E FENÔMENOS GEOLÓGICOS, GEOTÉCNICOS E HIDROLÓGICOS SUGESTIVOS DE UMA CARTA

GEOTÉCNICA

• Riscos associados a terrenos de alta declividade e alta suscetibilidade a deslizamentos naturais e/ou induzidos

• Riscos induzidos pela utilização de técnicas inadequadas na ocupação de terrenos potencialmente urbanizáveis de média e alta declividade

• Riscos associados à ocupação de margens de cursos d’água

• Risco associado à ocupação de feições naturais críticas: grotas e cabeceiras de drenagem

• Ocupação de platôs aluvionares e vales historicamente sujeitos à passagem de corridas de detritos

• Ocupação de faixas de crista e sopé de encostas naturalmente instáveis

• Ocupação de terrenos propícios a uma rápida comunicação de efluentes superficiais com o lençol freático

• Ocupação de terrenos sujeitos a recalques

• Ocupação de terrenos altamente suscetíveis a processos erosivos

Fonte: Manual Básico para elaboração e uso da Carta Geotécnica (Santos, A. R.)

Fonte: 15 Guaratiba SMU 11 2013 b

Disponível em: http://www.rio.rj.gov.br/web/smu/exibeconteudo?id=4210119

Uma excelente Oficina a tod@s!