A crise de 1929

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A crise de 1929A maior crise que o mundo capitalista já viveu

“Os felizes anos 20” – as causas da crise• Devido à Primeira Guerra Mundial, os EUA ascenderam

economicamente, pois os países beligerantes necessitavam de armas, roupas e alimentos entre outras necessidades. Como, a princípio,não participavam do confronto, comercializavam com os dois lados do conflito. Dessa forma, os “neutros politicamente” enriqueciam e se tornavam credores dos europeus.

• No final da guerra os EUA tornaram-se uma potência econômica mundial, o que possibilitou um desenvolvimento econômico desenfreado. O crescimento interno de produção se alastrava por diversos setores da economia – da indústria ao entretenimento –, com os filmes hollywoodianos propagando para o mundo o American way of life (o modo de vida americano), comercializado e cobiçado mundialmente.

O modo de vida do americano na década de 20

Propagandas da década de 20 americanos consumistas

O crash de 1929

• Com o fim da Primeira Guerra, os europeus voltaram a produzir eadotaram políticas protecionistas, desbancando, assim, os produtos estadunidenses considerados caros, pois, até então, não possuíam concorrência. Com a diminuição da produção, ocorreram cortes de empregados e, devido aos cortes, o consumo interno diminuiu. Logo, os preços baixaram e novas demissões surgiram. Os investidores apostaram em um novo mercado, o acionário – Bolsa de Valores. Eles passaram, então, a atribuir às ações preços muito mais elevados do que realmente valiam. As ações valorizavam muito mais do que o crescimento da economia interna, logo os investidores desconfiados iniciaram o processo de venda de seus títulos.

• Em 24 de outubro de 1929, a bolsa quebrou, milhões de ações não achavam compradores e, consequentemente, a baixa drástica dosvalores dessas ações motivou falências de bancos, comércios, indústrias e gerou milhares de desempregados. O mundo quebrou junto com os EUA. A Europa não possuía mais o crédito externo, principalmente o estadunidense, e a América Latina não tinha como repassar os seus produtos, o que acarretou o efeito dominó

O crack da bolsa de valores de Nova York

Quinta-feira negra nos EUA

Quebra da bolsa de valores de NY

A crise gera desemprego...pobreza...miséria

A crise gerou milhares de desempregos

Aumentam as favelas

Aumenta assustadoramente o número de moradores de rua

Ironia: no outdoor destaque para o estilo americano “O American way of life”. Abaixo fila de desempregados.

Efeitos da crise no Brasil

• Neste período o produto de exportação do Brasil era o café. A crise de 1929 caiu como uma bomba devastadora na economia do país, pois a produção cafeeira gerava expectativa de lucro certo, já que o Estado a subsidiava. Com a expectativa do lucro certo, fazendeiros – Barões do café – realizaram empréstimos e contraíram dívidas altas, pois contavam com os lucros futuros que nesse ano não vieram. O governo tentou intervir comprando boa parte do estoque dos produtores e queimando-o, pois o objetivo era diminuir a oferta e aumentar o preço internacional.

• A iniciativa do Estado não deu certo, agravando ainda mais a crise econômica interna e proporcionando uma nova crise: a política. Desta forma, desmoronava a República Café com Leite, ou seja, revezamento na presidência do país entre os Estados de São Paulo e Minas Gerais e iniciava a ascensão política de Getúlio Vargas.

O LADO BOM DA CRISE NO BRASIL

Para que não houvesse uma desvalorização excessiva, o governo brasileiro comprou e queimou toneladas de café. Desta forma, diminuiu a oferta, conseguindo manter o preço do principal produto brasileiro da época. Por outro lado, este fato trouxe algo positivo para a economia brasileira. Com a crise do café, muitos cafeicultores começaram a investir no setor industrial, alavancando a indústria brasileira.

Sacas de café foram queimadas para conter a queda dos preços

New Deal (Novo Acordo)• Em 04 de março de 1933 foi eleito

presidente dos EUA Franklin Delano Roosevelt, que anunciou um pacote de reformas econômicas, pautadas na intervenção estatal na economia.O Estado investiu em infraestrutura, como construção de estradas, habitações populares, portos e aeroportos, o que fez reduzir o desemprego no país e, portanto, aquecer novamente o poder de compra. Estabeleceu, também, medidas sociais, como seguro desemprego, salário mínimo e aposentadoria.