A estrela

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“ A ESTRELA”

AS CATEGORIAS DA

NARRATIVA

Prof. Sílvia Rebocho

PEDRO

Caracterização física: tem sete anos; quando foi roubar a estrela estava descalço e usava calças sem bolsos, presas com um cordel.

PEDRO

Caracterização psicológica: imaginativo; sonhador; aventureiro; curioso; medroso; corajoso; ágil; destemido; persistente; traquina; determinado; gosta de brincar e ouvir histórias.

PEDROCaracterização social:

pertence a uma família humilde e vive num meio rural.

PROCESSOS DE CARACTERIZAÇÃO

CARACTERIZAÇÃO DIRECTA – as características da

personagem aparecem directamente no texto.

* Autocaracterização: é a própria personagem que

refere explicitamente os seus traços característicos.

* Heterocaracterização: os traços distintivos da

personagem são apresentados explicitamente pelo narrador

e/ou outras personagens.

PROCESSOS DE CARACTERIZAÇÃO

Caracterização indirecta – é o resultado de deduções feitas a partir de atitudes, comportamentos, reacções, actos de fala da personagem ao longo da acção.

PEDROCaracterização directa, por

autocaracterização – não existe, pois o Pedro nunca apresenta as suas próprias características.

Caracterização directa, por heterocaracterização – quando o narrador diz que o Pedro tem sete anos, que ia descalço e usava calças sem bolsos, presas com um cordel.

PEDRO

Caracterização indirecta – a partir do seu comportamento e das falas de outras personagens, nós, os leitores, deduzimos muitas características psicológicas do Pedro. Por exemplo, deduzimos que era sonhador, imaginativo e determinado, quando decidiu ir roubar a estrela do céu.

ACÇÃO (quanto à delimitação)

No conto estudado, a acção é fechada, porque sabemos o final da história, embora a morte do Pedro possa ter vários sentidos.

Ex.: “Toda a gente chorou a sua morte. E o Cigarra, que andou de luto um ano inteiro, fez mesmo uns versos sobre ele para os cantar depois à viola.”

ORGANIZAÇÃO DAS

SEQUÊNCIAS NARRATIVAS

O conto tem encadeamento, uma vez que as acções surgem ordenadas por ordem cronológica. Isto quer dizer que uma acção dá origem a outra e assim sucessivamente.

NARRADOR (quanto à presença)

O narrador é não participante, pois limita-se a contar a história, sem intervir nela enquanto personagem. Como tal, utiliza a 3.ª pessoa ao longo da narrativa.

Ex.: “Pedro ia ouvindo tudo sem ter opiniões, que também lhe não pediam.”

NARRADOR (quanto ao ponto de vista)

O narrador, por vezes, é subjectivo, já que à medida que vai narrando a história vai demonstrando a sua opinião sobre determinados aspectos.

Ex.: “Suara que se fartara, apanhara frio, tivera mesmo a sua ponta de cagaço para aquela porcaria. Que era mesmo uma porcaria.”

NARRADOR(quanto à ciência)

O narrador é OMNISCIENTE, porque sabe tudo sobre a história e sobre as personagens.

Ex.: “Pedro ficou muito corado, com o sinal à vista que fizera uma das dele, e pôs-se a comer à pressa para parecer que não.”