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A investigação participada de base comunitária na construção da saúde
PROCAPSResultados de um estudo exploratório
Carta de Ottawa
Carta de Ottawa (1986)
Promoção da saúde:
“Processo que visa criar condições que permitam aos indivíduose aos grupos controlar a sua saúde, a dos grupos em que seinserem e agir sobre os factores que a influenciam”.
ESTRATÉGIAS:
construção de políticas públicas saudáveis desenvolvimento de ambientes de suporte aumento da participação comunitária desenvolvimento de competências pessoais re-orientação dos serviços de saúde
AMBIENTE SÓCIO-ECOLÓGICO
Recursos Factores de Risco
INDIVÍDUO(S)
Mental Social
Física
CAPACIDADES DE SAÚDE
SAÚDE
Saúde e Bem-estar Doença
Perspectivas analíticas do desenvolvimento da saúde
Patogenese
Pro
mo
ção
da
Saú
de
Preve
nção
Cu
idad
os d
e Saú
de
Pro
tecção
da Saú
de
Adaptado do modelo EUHPID, Bauer et al., Health Promotion International. 2009
OPORTUNIDADES DE SAÚDE
Salutogenese
SAÚDE
Acções de Promoção da Saúde
Desenvolvimento do Contexto sócio-ecológico
Desenvolvimento Político
Desenvolvimento organizacional / redes
Desenvolvimento comunitário
Desenvolvimento de competências
/ educação para a Saúde
Princípios da
Promoção da Saúde
Participação, empowerment.
Equidade e sustentabilidade
Abordagem holística,intersectorial, multiestratégica.
Capacidades de Promoção da
Saúde
Infraestrutura de Promoção da
Saúde
Sustentabilidade do programa
Resolução de problemas
Apresentação do PROjecto de CApacitação em
Promoção da SaúdeProjecto para estudo das necessidades e potencialidades de acção e
formação em promoção da saúde a nível local
Objectivos
1- Diagnosticar o hiato existente entre a situação real e a desejável, prevista no Plano Nacional de Saúde (PNS) 2004-2010, em promoção da saúde e prevenção da doença, no âmbito da actuação dos municípios.
2- Colaborar na identificação de necessidades de capacitação de recursos humanos (competências, instrumentos e redes).
30 de Julho de 2008Discussão pública do PDE do INSA, IP com as autarquias
2008
2009
10 de Novembro de 2008Reunião exploratória com 22 Câmaras Municipais e 47 elementos autárquicos
(Rede de Cidades Saudáveis / Rede de Cidades Educadoras)Análise SWOT e grupos de trabalho para levantamento das necessidades e
potencialidades das Autarquias em promoção da saúde
16 de Janeiro e 17 de Fevereiro de 2009Reuniões do Departamento de Promoção da Saúde e Doenças Crónicas e Departamento de Epidemiologia do INSA, I.P. com as ARS (continente)
Fevereiro, 2010
Relatório: “A investigação participada de base comunitária na construção da saúde “
RELATÓRIO PROCAPS (Projecto de Capacitação em Promoção da Saúde)2010
Abril a Setembro, 2009Questionário PROCAPS (on-line)
Análise SWOT (Autarquias – Novembro 2008)
Pontos Fortes• Experiência de trabalho em rede;
• Disponibilidade de indicadores a nível da qualidade de vida;
• Instrumentos de planeamento (Perfis, Cartas Educativas, PMS, PDM, …).
Pontos fracos• Saúde “escondida” noutras áreas;
• Dificuldade em desenvolver parcerias com os Centros de Saúde;
• Falta de dados (indicadores relacionados com a saúde) a nível da autarquia;
• Falta de instrumentos para medir o nível de saúde a nível “micro”;
• Falta de técnicos capacitados (definir competências para formação) para o levantamento de necessidades em saúde em cada município.
Oportunidades • Estabelecimento de parcerias com
entidades privadas e públicas (universidades, serviços de saúde, indústria farmacêutica, outras);
• Abordagem “Saúde em todas as políticas”;
• Plano Nacional de Saúde (articulação do sector da saúde com autarquias, HIA; intersectorialidade);
• Transferência de competências para os municípios: Comissões municipais de saúde comunitária.
Ameaças• Dificuldade de ver resultados em promoção
da saúde a curto prazo (falta de indicadores intermédios de monitorização de investimentos);
• Pouca visibilidade (política) da promoção da saúde.
QuestionárioPROCAPS
ParticipaçãoComunitária,
Empowerment,Famílias
Hábitos e Estilos de Vida
Saudáveis
Formação e Informação
Gabinetede“Qualidade de
vida e de Bem estar”
na Autarquia
Avaliação do Impacte em
Saúde
Redes (Cidades Saudáveis,
Cidades Educadoras, rede social, CPCJ, …)
Articulação Estruturante e
Sustentável entre Autarquias
e Serviços de Saúde
Desigualdades nos municípios, nos serviços de
saúde e em saúde
PlaneamentoUrbano Saudável
Planeamento Estratégico
Questionário(s) PROCAPS
online
Questionário Municípios (INE, 2006)
Respondentes % municípios respondentes
PROCAPS 308 89 28,90 %
Disponibilidade de indicadores relacionados
com a saúde
308 73 23,70 %
( n = 89 )
0 0
48
41
0
10
20
30
40
50
60
Nada importante Pouco importante Importante Muito importante
Importância das autarquias na PromS
nº
de a
uta
rqu
ias
Importância atribuída ao envolvimento das
autarquias na Promoção da Saúde
( n = 89 )
0
0,5
11,5
2
2,5
3
Acçã
o social
Am
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Cultura
Desp
orto
Educa
ção
Empre
go
Form
ação
Habitaç
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de
Outros
Áreas prioritárias em PromS
Méd
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e
3 -
Máxim
a p
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ad
e
Áreas prioritárias de intervenção em
Promoção da Saúde identificadas pelas Autarquias
1 2 3 4
Trabalhar em equipa
Negociar/construir parcerias
Seleccionar instrumentos de avaliação
Aplicar investigação/acção em situações de mudança
Gerir informação e conhecimento
1 - Nada necessária4 - Muito necessária
Co
mp
etê
ncia
s e
m P
rom
S
(n = 89)
Competências em Promoção da Saúde
consideradas necessárias pelas Autarquias:
3 mais citadas e 3 menos citadas
Mobilizar os parceiros relevantes
( n = 89 )
1 1,5 2 2,5 3 3,5 4
Médicos que prestam cuidados directos
Médicos de Saúde Pública
Enfermeiros
Psicólogos
Nutricionistas
Assistentes Sociais
Terapeutas ocupacionais
Fisioterapeutas
Professores
Sociólogos
Animadores socioculturais
Terapeutas da Fala
Viaturas
Instalações físicas
Equipamento audiovisual
Equipamento clínico
Alocação de verbas do Estado
Candidaturas a projectos específicos
Mecenato social
Outros
Méd
ia (
1 -
4)1
- M
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o
4 -
Mu
ito
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rio
Recursos em PromS
Recursos em Promoção da Saúde considerados necessários
pelas Autarquias
(n = 89)
1 1,5 2 2,5 3 3,5 4
Médicos que prestam cuidados directos
Enfermeiros
Alocação de verbas do Estado
Candidaturas a projectos específicos
Recu
rso
s e
m P
rom
S
Média (1 - 4)1- Muito desnecessário
4- Muito necessário
Recursos em Promoção da Saúde considerados
necessários pelas Autarquias:
4 mais citados (Recursos humanos e recursos financeiros)
( n = 89 )
1 1,5 2 2,5 3 3,5
Centros de Saúde (CS)
Agrupamento de Centros de Saúde (ACES)
Hospitais
Administrações Regionais de Saúde (ARS)
Instituto da Droga e da Toxicodependência, I.P.
(IDT)
Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge,
I.P. (INSA)
Direcção Geral da Saúde (DGS)
Alto Comissariado da Saúde (ACS)
Misericórdias
IPSSs
Outros serviços de saúde privados
Est
rutu
ras
de
saú
de
Média (1 - 4)1 - Nulo
4 - Muito elevado
Articulação entre autarquias e estruturas de saúde
SíntesePara as autarquias…• … o envolvimento nas políticas de Promoção da Saúde é importante (48;
53,9%) ou muito importante (41; 46,1%); • … as áreas de intervenção prioritárias em Promoção da Saúde são: saúde
(1º), acção social (2º) e educação (3º); • … há necessidade de mais verbas do Estado (1º) de desenvolvimento de
candidaturas a projectos específicos (2º) e de mais profissionais de saúde(médicos, enfermeiros) (3º), para desenvolverem intervenções na área da Promoção da Saúde;
• … as competências referidas como mais necessárias em Promoção da Saúde referem-se a mobilizar os parceiros relevantes (1º), a negociar e construir parcerias (2º), ao trabalho em equipa (3º), situando-se as competências mais metodológicas no fundo da tabela: Gerir informação e conhecimento (18º), Seleccionar instrumentos de avaliação (19º) e Aplicar investigação/acção em situações de mudança (20º).
• … apenas 2 dos 37 indicadores relacionados com a saúde estão disponíveis em 100 % (73) das autarquias respondentes (Existência de escolas com cantina (…) e espaços verdes com acesso público)
Investigação participada de base comunitária (INSA, I.P.; 2010)
PráticaEvidência
Adaptação livre de: Green, L., 2009
A investigação participada de base comunitária
garante a investigação fundamentada ética e socialmente relevante
Vai ao encontro das
prioridades da comunidade
Tem relevância para a
comunidade
Divulga resultados
Ajuda a comunidade a
reorganizar-se
Assegura instrumentos
acessíveis
Assegura um recrutamento
efectivo e seguro
Tem valor científico
Vai ao encontro das prioridades
dos financiadores
Assegura um recrutamento
científico efectivo e seguro
Assegura o rigor científico
Constrói novo
conhecimento
Publica resultados
Desenvolvimento
> enfoque na definição do
problema
Melhor desenho metodológico
Maiores possibilidades de
financiamento
Implementação
> facilidade no recrutar
participantes
> facilidade na colheita de dados
Melhor análise e interpretação dos
dados
Disseminação
Conclusões mais adequadas
ao contexto e mais realistas
> possibilidade de transferência do
conhecimento da teoria para a
prática
Atribuições das estruturas formais
Autarquias Serviços de Saúde
Atribuições do Ministério da Saúde
Assegurar as acções necessárias à formulação, execução,acompanhamento e avaliação da política de saúde;
Exercer, em relação ao Serviço Nacional de Saúde, funções deRegulamentação, planeamento, financiamento, orientação,acompanhamento, avaliação, auditoria e inspecção;
Exercer funções de regulamentação, inspecção e fiscalizaçãorelativamente às actividades e prestações de saúdedesenvolvidas pelo sector privado, integradas ou não nosistema de saúde, incluindo os profissionais neles envolvidos.
(artigo n.º 2, do Decreto-Lei n.º 212/2006, de 27 de Outubro)
Saúde: Compete às autarquias…
Participar no planeamento da rede de equipamentos de saúde concelhios; Construir, manter e apoiar centros de saúde; Participar nos órgãos consultivos dos estabelecimentos integrados no Serviço Nacional
de Saúde;
Participar na definição das políticas e das acções de saúde pública levadas a cabo pelas delegações de saúde concelhias;
Participar nos órgãos consultivos de acompanhamento e avaliação do Serviço Nacional de Saúde;
Participar no plano de comunicação e de informação do cidadão e nas agências de acompanhamento dos serviços de saúde;
Participar na prestação de cuidados de saúde continuados no quadro do apoio social à dependência, em parceria com a administração central e outras instituições locais;
Cooperar no sentido da compatibilização da saúde pública com o planeamento estratégico de desenvolvimento concelhio;
Gerir equipamentos termais municipais.
(Artigo 22.º Lei nº 159/99 de 14 de Setembro)
Atribuições das ARS Assegurar, na respectiva área geográfica, a prossecução das atribuições do
Ministério da Saúde;
Coordenar, orientar e avaliar a execução da política de saúde na respectiva região de saúde, de acordo com as políticas globais e sectoriais, com vista à optimização dos recursos disponíveis;
Desenvolver e fomentar actividades no âmbito da saúde pública, de modo a garantir a protecção e promoção da saúde das populações;
Assegurar a adequada articulação entre os serviços prestadores de cuidados de saúde de modo a garantir o cumprimento da rede de referenciação;
Desenvolver e consolidar a rede de cuidados continuados integrados e supervisionar o seu funcionamento de acordo com as orientações definidas;
Participar na definição das medidas de coordenação intersectorial de planeamento, tendo como objectivo a melhoria da prestação de cuidados de saúde;
(art. 3.º Decreto-lei n.º 222/2007, de 29 de Maio)
ACES: Missão e atribuiçõesOs ACES têm por missão garantir a prestação de
cuidados de saúde primários à população de determinada área geográfica.
Para cumprir a sua missão, os ACES desenvolvem actividades de promoção da saúde e prevenção da doença, prestação de cuidados na doença e ligação a outros serviços para a continuidade dos cuidados.
Os ACES desenvolvem também actividades de vigilância epidemiológica, investigação em saúde, controlo e avaliação dos resultados e participam na formação de diversos grupos profissionais nas suas diferentes fases, pré -graduada, pós -graduada e contínua.
(Artigo 3.º, Decreto-Lei n.º 28/2008, de 22 de Fevereiro)
APELO
Encontrem os vossos parceiros e marquem um
encontro.
Ponham na mesa os v/conhecimentos e
combinem como os usar, para benefício das vossas
comunidades.
APELOEncontrem os vossos parceiros e marquem com eles um encontro para porem na mesa os v/conhecimentos e combinarem como os vão usar,
em conjunto, para benefício das vossas comunidades.
APELO
Encontrem os vossos parceiros e marquem um
encontro.
Ponham na mesa os v/conhecimentos e
combinem como os usar, para benefício das vossas
comunidades.