Post on 28-Feb-2018
A LITERATURA E A MAGIA DA DOBRADURA E SUAS IMPLICAÇÕES NA APRENDIZAGEM DOS ANOS INICIAIS
OLIVEIRA, Ligia Alves de1 - SEED PARANÁ
SPLICIDO, Lesily Chiavelli2 - SEED PARANÁ
Grupo de Trabalho - Didática: Teorias, Metodologias e Práticas
Agência Financiadora: não contou com financiamento Resumo A Magia da literatura e a Arte da dobradura é um projeto que está inserido numa dinâmica de interação, atenção e criatividade que incentiva o gosto pela literatura infantil integrado à arte de dobrar papel. É de suma importância para a criança perceber a riqueza do significado dessa interação, uma vez que ela está inserida num processo de aquisição da leitura e escrita. Pretendemos assim possibilitar aos alunos da I e II etapa do ciclo I do Ensino Fundamental a oportunidade de ouvir e contar histórias, utilizando a arte com dobraduras como espaço lúdico na aprendizagem, convidando-os a entrarem num universo maravilhoso de criações com papéis e livros de história, e interagir através de diferentes atividades como: teatro, maquetes, painéis, confecção de livros, produções escritas e muitas outras que irão incentivar, motivar, e interferir na construção do conhecimento de forma significativa da aprendizagem. Assim este projeto deu prioridade à estimulação da leitura, à criatividade, imaginação, construção de ideias, a aproximação com a arte da dobradura, através de diferentes momentos de histórias, resultando assim, numa descoberta maravilhosa, que desperta o interesse pela aprendizagem, uma vez que podemos explorar todas as áreas do conhecimento, utilizando a dobradura enquanto recurso pedagógico e alternativa lúdica que compõe o processo de ensino- aprendizagem. Desta maneira proporcionamos aos nossos alunos, momentos de encanto, alegria, pois demonstraram uma receptividade muito significativa nos momentos compartilhados ao participarem das atividades de execução deste projeto, causando-nos inteira satisfação.
Palavras chaves: Literatura. Dobradura. Arte. Aprendizagem. Criatividade.
1 Especialista em Educação: Metodologia do Ensino Fundamental dos Anos Iniciais pela Universidade Federal do Paraná. Graduada em Pedagogia pela UFPR, Técnica Pedagógica da Equipe de Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental do Departamento da Educação Básica da Secretaria do Estado de Educação do Paraná (SEED/PR). E-mail: ligiaolliver@seed.pr.gov.br. 2Especialista em Educação: Ensino de Sociologia na Universidade Estadual de Londrina.Graduada em Pedagogia pela UEL. Técnica Pedagógica da Equipe de Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental do Departamento da Educação Básica da Secretaria do Estado de Educação do Paraná (SEED/PR). E-mail: splicido@seed.pr.gov.br
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Introdução
A busca de alternativas para o desenvolvimento da aprendizagem sempre nos reporta a
uma metodologia criativa, com o objetivo de despertar na criança o interesse e a motivação
para uma aprendizagem significativa que possa vir de encontro com as necessidades de
nossos alunos e com a finalidade de inseri-los no mundo do conhecimento através de
diferentes linguagens, bem como os tornando capazes de decifrá-las.
Faz-se necessário o professor e aluno estabelecer uma relação de compromissos e
responsabilidade na questão da aprendizagem, no qual percebe-se o conflito entre o fazer
pedagógico e o ensino-aprendizagem que permeia essa relação durante todo o processo de
construção do conhecimento.
Nessa relação entre aluno e professor e vice versa, busca-se práticas pedagógicas
desenvolvidas dentro e fora da sala de aula, que visam contribuir para a superação da
defasagem da aprendizagem de modo a estimular alunos do I ciclo Segundos e terceiros anos
do Ensino Fundamental para o desenvolvimento de atividades interativas, seja pela expressão
oral, corporal, visual, e principalmente pelos elementos cognitivos da leitura e a escrita, pois
a criança ao realizar a leitura passa a buscar um sentido nas palavras, aventura-se no
desvendamento do enigma do código escrito e no decorrer com a experiência cotidiana da
leitura. Pretendemos, com o uso da dobradura, também influenciar no ensino da matemática,
no qual o aluno em contato com a literatura e a arte, poderá ampliar suas habilidades
cognitivas, sob vários aspectos, que os torna capazes de refletir, avaliar, criticar e até mesmo
reconstruir o mundo no qual fazemos parte.
Percebemos a partir de resultados apontados através da avaliação de Português e
Matemática da SME e de acordo com os descritores das Matrizes de referência da Provinha
Brasil, a necessidade de estabelecer novos desafios no que diz respeito as necessidades de
nossos alunos, referente ao plano de ação estabelecido para melhores resultados a serem
obtidos de acordo com práticas de leitura e escrita, o uso adequado da língua, que
modifiquem resultados apontados como negativos, relacionados ao rendimento escolar,
fatores que desencadeiam uma grande preocupação na busca de recursos que viabilizem tais
superações, que minimizem os problemas de aprendizagem, muitas vezes atrelados ao
comportamento, falta de atenção, concentração e outros que ocorrem dentro e fora da escola
que envolve as situações adversas que interferem na vida do aluno e na qualidade do ensino.
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As experiências propostas e desenvolvidas com as crianças durante a execução do
projeto servirá também para ampliar a linguagem como meio específico de comunicação e a
linguagem é criação social. Cabendo a nós professores criar um espaço que alunos possam
vivenciar, intervir, modificar, reconstruir e construir conceitos de sua realidade que interfiram
nas relações sócio-afetivas enquanto função integradora de todo processo educativo.
Nesse sentido este projeto, visa utilizar a literatura e a dobradura, enquanto arte e
magia, para exercer influência na vida dos alunos incentivando ao gosto pela leitura e a
partir desta prática incentivar e motivar a identificar finalidades e funções da leitura em
função do reconhecimento do suporte, do gênero e da contextualização do texto, dar ênfase
ao papel da escrita, enquanto a criança dispõe do mundo literário, que interfere e enriquece o
pensamento lógico a sequência de ideias, a organização espaço temporal, favorece a
interpretação e a necessidade de comunicar-se seja pela linguagem corporal, oral e escrita,
processos esses que resultam da mediação da literatura e a arte da dobradura contribuindo
também na matemática, considerando as implicações que a própria dobradura vem a
proporcionar
Delimitação do Problema
A prática da dobradura em sala de aula encanta e desperta interesse no aluno, pelo
simples fato de contribuir significativamente para o desenvolvimento da atenção, coordenação
visual e auditiva e psicomotora, quesitos essenciais para o desenvolvimento cognitivo no
processo ensino aprendizagem.
O projeto pretende contribuir para o aluno desenvolver a atenção, disciplinando sua
capacidade de ouvir, analisar, assimilar e sistematizar as informações, recursos humanos
essenciais para a formação humana podendo expressar-se de diferentes maneiras através de
atividades orais, brincadeiras, músicas, teatro. Por outro lado é na interação com a literatura e
a arte da dobradura que buscamos suprir a necessidade de fazer com que o aluno busque
diferentes maneiras de aprender a fazer relações com diversas áreas do conhecimento, no
caso, a língua português e a matemática, que se destacam pela característica própria da
literatura e a dobradura, que por sua vês explora a geometria, e as diferentes formas que ela
proporcionará durante a aplicação do projeto, acreditamos poder de exercitar criatividade e
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estimular a imaginação, que trazem benefícios significativos para a aprendizagem de nossos
alunos.
Ao perceber que a literatura infantil e a arte da dobradura são ferramentas
indispensáveis na construção do conhecimento nasceu este projeto, com objetivo de explorar
a literatura infantil enquanto instrumento de ensino – aprendizagem juntamente com a
dobradura (origami), no qual será desenvolvido, possibilitando para a criança a oportunidade
de exercitar sua capacidade de interagir com a fantasia, criatividade, imaginação, a partir do
interesse que ela própria manifesta, estabelecendo assim uma proximidade com o mundo real
e o imaginário que desenvolvem e ampliam seus conhecimentos pelo mundo fascinante que
a própria literatura dispõe.
Assim, buscaremos estimular, desenvolver diversas atividades com leitura, filmes,
conversações, a dobradura, ler e contar histórias, contribuindo e enriquecendo a
aprendizagem da leitura, prioridade para essa etapa de ensino, por compreendermos essa fase
o melhor tempo para fazê-lo, em razão das necessidades educacionais apontadas nos
processos avaliativos da SME. Faz-se importante, no cotidiano do aluno, essas atividades
serem aplicadas como atividade lúdica, tendo em vista que o ato de ouvir, contar, e
representar, com leitura e releitura, a criança imita, brinca, ri, emociona-se, tornando para ela
esse momento o mais significativo, consequentemente, influi positivamente em melhores
resultados na aprendizagem.
Tais procedimentos tornam-se ainda mais um aliado contribuir desenvolver
autocrítica, resgate de valores como respeito, solidariedade, amizade, melhorando com isso a
convivência dentro e fora da escola, por se tratar de alunos que necessitam um olhar mais
voltado a essas necessidades que fazem parte da sociedade que estão inseridas.
Certamente que este trabalho não dará conta de solucionar todas as dificuldades que
encontramos do dia a dia da escola e da vida de nossos alunos, mas utilizar a literatura e a
dobradura, acreditando nas possibilidades quantitativas e qualitativas que contribuem para o
desenvolvimento do gosto da leitura, da escrita, através da afetividade que se estabelece neste
processo de interação, socialização, fatores essenciais para que se produzam resultados
positivos na vida do aluno. com o mundo real e o mundo da fantasia. A relação entre o real e
o imaginário, se faz necessário devido a importância de percebermos como construímos o
mundo em que estamos inseridos, e através destas atividades o aluno trabalho este que já vem
sendo realizado pelos alunos, por tratar-se de alunos que muitas vezes, necessitam de um
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olhar mais voltado a atividades mais dinâmicas e interativas, o que diferencia de suas
experiências durante o horário de aula no Ensino Regular.
Devido a sua riqueza e importância, espera-se proporcionar momentos para que o
aluno demonstre através do desenvolvimento das atividades, novas formas de relacionar-se
consigo, com os outros, podendo tornar-se capaz de melhorar sua capacidade criativa,
desenvolver sua imaginação, construir novos conceitos e valores, a partir de discussões e
reflexões de acordo com os temas abordados, inserido com todos os assuntos voltados a todas
as formas de vida, real ou irreal, atrelados Biodiversidade, pois nas histórias contadas, tudo
passa a ter vida, encanto e beleza.
Justificativa
Ao longo da história da humanidade, a arte de contar histórias é encantadora, e é na
infância que se acentua ainda mais, convidando sempre aquele que tem o dom de contar, e o
poder de envolver quem ouve numa doce magia de viajar pelo tempo e espaço num passe de
mágica. É com esse fascinante enredo que esta pesquisa pretende vivenciar experiências com
os alunos do ciclo I, oportunizando o enriquecimento das práticas de ensino-aprendizagem,
valiosíssima durante a alfabetização.
Não há como pensar no processo de ensino-aprendizagem sem múltiplas interações. A
escola precisa estar sempre voltada para buscar qualidade em tudo o que se propõe a realizar.
Por se tratar de uma oportunidade valiosa advinda da proposta do Projeto Universidade
Escola, somos todos responsáveis pelos alunos que nos chegam a cada dia, pelo seu
desenvolvimento integral, do equilíbrio, coordenação global e especifica, contribuindo na
aprendizagem da leitura e escrita, além de estimular a criatividade no aspecto biopsicossocial.
As múltiplas linguagens que vão se estabelecendo nos espaços escolares nos
encaminham sempre para uma alternativa que desperte o interesse de nossos alunos na
questão aprendizagem tanto no aspecto socializador quanto no aspecto afetivo. Assim, com o
objetivo de fazer uso dos recursos que julgamos ser motivador e por despertar interesse nas
crianças as quais vimos atendendo, pretendemos através da utilização da dobradura (origami)
envolver os alunos no mundo maravilhoso da fantasia e podemos citar, dentre várias
vantagens do projeto, a mais importante, que é oportunizar momentos de prazer, alegria,
criação e magia.
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Perceber que a literatura está presente em nossa vida, principalmente na infância,
quando é o ápice do mundo imaginário, é uma ótima oportunidade para ser estimulada a
sensibilização, a consciência, para desenvolver a leitura, a expansão da capacidade criativa e
o despertar sentimentos que leve os alunos perceber o mundo, sendo fundamental refletir
sobre as relações afetivas e conflituosas vivenciadas nas histórias.
A literatura neste momento torna-se um recurso indispensável para enriquecer o
desenvolvimento humano, estimular, encorajar o aluno a desenvolver sua criatividade, sua
imaginação, a oralidade e suas diferentes formas de expressão, fazendo com que os alunos
passem a interagir com as histórias lidas e contadas, tanto pelo professor como pelos alunos
utilizando a dobradura paralelamente como enriquecimento de ilustração, da representação
realizada também por eles, os envolvendo num círculo prazeroso de construção,
possibilitando desenvolver e compartilhar diferentes histórias e atividades com
representações como: teatro de bonecos, dedoches, painéis e exposições que serão apreciadas
por eles mesmos , professores e a comunidade escolar realizados com as dobraduras a partir
das histórias a serem trabalhadas.
Ao utilizarmos a dobradura, como recurso metodológico para desenvolver o projeto,
estaremos integrando a literatura , com as necessidades cognitivas das crianças, na relação
com a atividade da dobradura, os alunos estarão se apropriando também dos conceitos
matemáticos. Essas relações podem se dar de uma maneira natural, sem que seja necessário
trabalhar a matemática propriamente dita, mas de acordo com os passos da dobradura, não há
como não fazer relações com as formas geométricas, as cores, comparações, as modificações
de tamanhos, como grande, pequeno, maior, menor, dentro, fora, associações cognitivas que
compõem um sistema de linguagem representada por signos e símbolos que passam a serem
compreendidos pela criança na medida em que ela de aproxima e se apropria desses conceitos
que fazem parte da criação humana.
Ao utilizarmos o papel para realizarmos a dobradura, executamos verdadeiros atos
geométricos a partir do quadrado, retângulo, triângulo, ao construirmos: retas, ângulos,
polígonos, poliedros, figuras bidimensionais e tridimensionais.
1. Explorando uma folha branca de papel A4, perguntando e informando aos alunos que
não é possível utilizar lápis, cola, régua ou tesoura, para suas produções.
Diante disso questionamos:
a) O que significa uma folha de papel?
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b) O que eu posso criar com ela?
c) Dê vida a esta folha e após brinque.
d) A partir do objeto criado, o que podemos explorar nos diferentes componentes
curriculares?
A literatura, a arte e a matemática faz parte da vida das pessoas como criação humana, ao
mostrar que ela tem sido desenvolvida para dar respostas às necessidades e preocupações de diferentes
culturas, em diferentes momentos históricos, e aqui levar em conta a importância de se incorporar ao seu
ensino os recursos das tecnologias e da comunicação.
O trabalho com dobraduras é enriquecedor, no que se refere também, às inúmeras
possibilidades que oferecem quanto aos diversos ramos da literatura, arte, assim como no
ensino da matemática. A que se salientar que o aluno tem preferências significativas por este
tipo de abordagem, uma vez que, envolve o lúdico, a manipulação e o prazer de aprender.
A criança traz dentro de si uma história cheia de emoções e sentimentos, que se
refletem na sua vida escolar, e interferem no seu processo de aquisição do conhecimento.
Desta forma, este projeto pretende contribuir ao aluno a desenvolver a atenção,
disciplinando sua capacidade de ouvir, analisar, assimilar e sistematizar as informações,
recursos humanos essenciais para a formação humana podendo expressar-se de diferentes
maneiras através de atividades orais, brincadeiras, músicas, teatro. Por outro lado é na
interação com a literatura e a arte da dobradura que buscamos suprir a necessidade de fazer
com que o aluno busque diferentes maneiras de aprender a fazer relações com diversas áreas
do conhecimento, no caso, a Língua Portuguesa e a Matemática, que se destacam pela
característica própria da literatura e a dobradura, que por sua vez explora essas áreas do
conhecimento, e as formas como iremos proporcionar durante a aplicação do projeto, tais
informações, pois acreditamos se possível exercitar criatividade e estimular a imaginação,
que trazem benefícios significativos para a aprendizagem de nossos alunos.
Assim é de suma importância, a compreensão de que a literatura infantil ocorre no
nível da sensibilidade, da emoção, da criatividade, do lúdico, da fantasia e da imaginação, que
na realidade é a intenção principal do projeto que pretende desenvolver através destes
procedimentos uma relação significativa de afetividades e emoções onde as crianças sejam
beneficiadas durante o processo de construção do conhecimento.
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Objetivos
Objetivo Geral
Oportunizar aos alunos dos anos iniciais do Ensino Fundamental, uma aproximação
prazerosa e lúdica com a Literatura, a Arte da dobradura e a suas implicações na matemática,
através do ato de ouvir, interagir e contar histórias, estimulando assim habilidades cognitivas
para enriquecer o processo de alfabetização e letramento da leitura e produção escrita.
Objetivos específicos
• Despertar o gosto pela leitura;
• Ouvir e contar histórias;
• Estimular o exercício contínuo da atenção que o exercício da dobradura proporciona;
• Orientar na organização do pensamento, percepção e sensibilidade;
• Contribuir para o desenvolvimento da linguagem oral e da escrita;
• Estimular a criatividade e a imaginação ;
• Proporcionar afetividade entre as crianças na escola a através das histórias.
• Criar espaços de leitura, discussão e reflexão dos temas propostos;
• Desenvolver a oralidade e diferentes formas de expressar- se;
• Despertar o interesse pela arte da dobradura;
• Estimular a arte e apreciação da criatividade através da prática das dobraduras;
• Descobrir as formas e as representações espaciais utilizadas pelos alunos; com o
intuito de tornar mais significativa e presente a matemática da sala de aula;
• Valorizar os saberes prévios dos alunos.
Fundamentação Teórica
Literatura Infantil
A importância da literatura infantil vem se acentuando cada vez mais no aprendizado
da língua materna, escrita e falada. Também é inegável a sua riqueza enquanto arte e magia
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para estimular na aprendizagem dos códigos da língua escrita, quando utilizada de forma
prazerosa.
Entendemos que a literatura, abre um leque de opções para a prática pedagógica,
refletindo-se numa prática aberta, atual, que permite a criança interagir com a linguagem
escrita e falada de forma ativa e enriquecedora, liberando-se de sua passividade e ampliando
para novas formas de ler o mundo.
Segundo Yunes e Pondé (1989, p-38), “enquanto o ensino alimenta urna proposta
distante, desarticulada e fragmentada da realidade do aluno, a literatura pode oferecer
elementos desta mesma realidade, como auxílio para compreender a realidade”. Concordando
com esta concepção é que adotamos e incorporamos uma prática pedagógica que vem
contribuir para a aprendizagem e desconfigurar a fragmentação do ensino, segundo Calvino
(1991, p-96) “coloca a literatura, como criadora de imagens e capaz de desenvolver a
capacidade de imaginar, fantasiar e criar a partir das imagens visíveis no texto”. Esses fatores
são de fundamental importância para levar a criança ao mundo da leitura, tornando-se capaz
de desenvolver diversas relações que se estabelecem com o livro.
Desta forma, a literatura aparece à criança como um jogo, ou ainda uma brincadeira,
onde a faz interagir tanto com o mundo imaginário, uma fantasia próxima do real, onde ela
passa então a sentir e perceber as coisas ao seu redor de maneira a permitir a inventar, renovar
e discordar, favorecendo sua autonomia frente suas ações nas quais se depara perante o
mundo das histórias. Entendemos que o papel da literatura é desenvolver nas pessoas,
principalmente nas crianças, um espírito analítico e crítico, o que não acontece quando a
oportunidade lhes é negada.
Enfocar a literatura e a dobradura, enquanto objeto norteador deste trabalho devido sua
importância no processo de alfabetização, permite explorar a capacidade que a criança tem de
inventar, construir através de seu imaginário, perceber que pode aprender a transformar e dar
novas formas com o papel e os personagens o que nos permite articular a arte da dobradura,
vista como uma rede de significações, pois o texto literário não se fecha em si mesmo, coloca-
se na tangência de outros e do próprio leitor.
Neste sentido, fazer da literatura uma ferramenta em conexão com a arte de dobrar
papel, é um desafio e ao mesmo tempo estimulante quando a criança percebe a transformação
do objeto, suas nuances ao desenvolvimento como um jogo, exercitando a criatividade tão
necessária durante o processo da aprendizagem como: da atenção, passos seqüenciais,
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observação, organização do pensamento que aproxima se da construção de novos
conhecimentos, desencadeando uma relação muito próxima com a matemática, a qual se
destaca o uso de códigos e símbolos de acordo com a linguagem estabelecida.
Góes (1991, p-51), afirma que “ao colocar o desenvolvimento da leitura literária entre
as crianças resultará em um enriquecimento progressivo nos campo dos valores morais, no
campo racional, no campo da cultura e no campo da linguagem”. Desta forma, nossa
perspectiva é utilizar a literatura infantil, como fonte de informação e prazer, acreditando que
a literatura infantil pode ser um modo desafiante e lúdico para as crianças pensar e exercitar a
leitura e a criatividade integrando com a dobradura.
A dobradura, enquanto atividade prática e lúdica, exerce uma função importantíssima,
proporciona aos alunos interagirem com a literatura infantil de uma forma divertida e mais
consciente, contribuindo assim para o desenvolvimento na aprendizagem, da capacidade de
agir e pensar, ler e interpretar, favorecendo a concentração, destreza manual, a paciência,
além de estimular a auto estima, ao perceber que transformou um pedacinho de papel, num
objeto significativo para ele, de poder criar formas apenas com um pedaço de papel. Desse
modo, pretendemos criar situações na sala de aula que encorajem os alunos a compreender e
se familiarizar com as diferentes formas de linguagens estimulando competências e
habilidades cognitivas entre a linguagem materna, conceitos da vida real e a linguagem
formal,dando oportunidades para eles escreverem e falarem, além de formular e resolver
problemas a partir do texto literário que será o precursor, para explorar um campo semântico
que vá abrindo caminhos para trabalhar outros pontos, como no caso a dobradura, propiciando
outras questões de uma forma natural.
Assim muitos conceitos de aprendizagem estão norteados pela questão da leitura e
escrita, enfocando muitas vezes que as dificuldades de formar leitores ativos, se revelam
através de pesquisas que apontam o baixo rendimento, revelando a falta de domínio da língua
escrita e falada. Entretanto a arte de contar histórias faz parte muitas vezes da vida de nossos
alunos fora da escola, a maioria das crianças, desde muito pequenas, gostam de ouvir e pedem
para que os pais contem histórias antes de elas irem dormir. Nesta necessidade apresentada
pela criança, percebe-se que o encanto é mágico, por se tratar de algo que a própria criança
revela como fonte de seu interesse, fazendo a leitura de tudo o que se expressa pela fala, por
imagens através de filmes, histórias contadas, desenhos, revistas, jornais, porém agora, já não
é mais o pai ou a mãe, ou a avó, mas a professora passa a utilizar-se deste ponto de partida
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para então desapertar na criança de nossa escola o prazer de desfrutar deste recurso como
fonte de informação de real importância na vida da criança, merecendo assim um tratamento
especial em sala de aula.
A literatura infantil, passa a entendida como importante auxílio no desenvolvimento
das crianças, ilimitada para o poder da criação, exercendo uma influência impar dando vida,
cor, som, forma, sentimentos, conhecimento, ao que é irreal e ao real. É uma forma de brincar
com a leitura significativamente, onde animais falam, e raciocinam, superam as diferenças, os
humanos voam, diminuem e aumentam de tamanho, voltam no tempo, fazendo com que seu
imaginário solte-se.
Pode ser vista como uma gostosa brincadeira. Pois esse tipo de atividade costuma ser
enriquecedor como afirma MIRANDA (1998, P.7): “[...] a confecção do próprio brinquedo
produz valores que a fabricação em série não é capaz de atingir. Os valores do sentimento, da
afetividade, da socialização, da fantasia, da experiência, da potencialidade humana etc. ...”
Assumir este desafio e desenvolver, para os alunos com atividades práticas e lúdicas,
propicia situações em que a história e o jogo dramático vem possibilitar condições para o
desenvolvimento pessoal do ser. É contando e recontando histórias que se trabalha a
linguagem e o pensamento, pois cada história, ao contrário de todo o pensamento nem
sempre consta um começo, meio e fim. A linguagem da história infantil é cheia de conteúdo,
alimenta a alma infantil e como todo alimento, deve ser digerido e metabolizado.
A literatura e a criança
Para Friedrich Bertuch “Um livro infantil, para o quarto de uma criança, é um objeto
tão importante e mais indispensável do que o berço”.
Uma das formas de recreação mais importante para a criança, principalmente no que se refere ao seu desenvolvimento e crescimento intelectual, psicológico, afetivo e espiritual é a leitura.A literatura infantil, como meio de comunicação e modalidade da leitura, também é um dos mais eficientes mecanismos de recreação e lazer, servindo como um método prático de terapia educacional. Os condicionamentos impingidos pela vida moderna, tais como a massificação da informação pela televisão, os programas televisivos inadequados, a comunicação via ciber espaço, os filmes infantis instigando à violência, dentre outros aspectos, despejam sobre a criança informações que cerceiam a sua capacidade imaginativa, culminando num alheamento de perspectiva crítica.A literatura desempenha papel fundamental na vida da criança, não apenas pelo seu conteúdo recreativo que desempenha, mas também pela riqueza de motivações, sugestões e de recursos que oferece ao seu desenvolvimento. Em seu descobrimento da vida, a criança está ávida por descobrir e entender a realidade circundante, deslumbrando os mistérios que a aproximam do
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mundo exterior através dos símbolos, da leitura infantil. Nessa curiosidade e deslumbramento deverá encontrar estímulos sadios e enriquecedores que serão a tônica de sua motivação e crescimento como pessoa humana. (CRISTIANE MADANÊLO DE OLIVEIRA. "LIVROS E INFÂNCIA"[online] Disponível na internet via WWW URL: http://www.graudez.com.br/litinf/livros.htm Capturado em 18/8/2008.”)
Portanto, deve-se estimular e propiciar ao alcance das crianças os livros infantis, dos
Contos de Fadas, poesias, os mitos, folclore, fábulas, teatro, permitindo-lhe penetrar em seu
universo mágico dos sonhos. É o caminho não apenas de sua descoberta, mas também um dos
mais completos meios de enriquecimento e desenvolvimento de sua personalidade.
Com a leitura e os livros a criança e o jovem encontrarão caminhos, crescerão e se
desenvolverão na busca de soluções para as suas inquietações e problemas de ordem
intelectual, social, afetiva, ética e moral.
A história da Literatura Infantil começa a delinear-se mo início do século XVIII,
quando a criança passa a ser considerada um ser diferente do adulto, com necessidades e
características próprias, pelo que deveria distanciar-se da vida dos velhos e receber uma
educação especial, que a preparasse para uma vida adulta.
Além disso, a criança, acompanhando a vida social do adulto, participava também de
sua literatura. Distinguiam-se dois tipos de criança, com acesso a uma literatura muito
diferente uma da outra. A criança da nobreza, orientada por seus preceptores, lia geralmente
os clássicos, enquanto que as crianças das classes desprivilegiadas liam e ouviam as histórias
da cavalaria, de aventuras. As lendas, os contos folclóricos formavam uma literatura de cordel
de grande interesse das classes populares. Nesta época a Literatura Infantil nasceu com a
finalidade de transmitir ensinamentos morais e conhecimento.
O projeto modernista propicia conquistas para a Literatura Infantil. Em 1921, José
Bento Monteiro Lobato é que tem início a verdadeira literatura infantil brasileira. Lobato
publica Reinações de Narizinho. Com uma obra diversificada quanto a gêneros e orientação,
esse autor cria uma literatura maravilhosa, implantando o Sítio do Pica pau Amarelo no
imaginário das crianças.
A literatura é a mais importante das artes, pois sua matéria é a
palavra (o pensamento, as idéias, a imaginação), exatamente aquilo que distingue e
define a especificidade do humano. Além disso, sua eficácia como instrumento de
formação do ser está diretamente ligada a uma das atividades básicas do indivíduo
em sociedade: a leitura. Nessa ordem de idéias, torna-se claro que a formação do
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pequeno leitor deve começar bem cedo e prosseguir em gradativo aprofundamento
até o final de seu ciclo na escola. (COELHO, NELLY NOVAES, 2000; p.10)
A Literatura Infantil é grande auxiliar no desenvolvimento da criança, ela estimula o
imaginário próprio da infância. Nos textos, os animais raciocinam e falam, os humanos voam,
voltam no tempo e modificam suas dimensões ( o que a criança lê ou produz é fruto da
imaginação).
A literatura Infantil tem que propiciar à criança uma reorganização das percepções de
mundo, sendo necessário o educador esteja atento para o fato de que a literatura infantil que
materializem um mundo de desejo, de sonhos, de emoções , brincadeiras, fantasias,
criatividade, com profunda compreensão do mundo criança.
Segundo VIGOTSKY (1996, P. 66), “no brinquedo a criança se comporta além do
comportamento habitual dessa idade, além do seu comportamento diário”.
Nesse sentido, importante enquanto professores, auxiliar em seu processo de
maturação e isto só acontece pela valorização do imaginário. Dar a criança o gosto pelo contar
histórias, e alimentá-lo com narrações fantásticas é permitir-lhe tornar-se mais lúdica e mais
flexível em sua própria manipulação do real e do imaginário.
De acordo Fulle (2009),
Ler histórias para criança é sempre oportunizar que elas possam sorrir e dar gargalhadas com situações vividas pelos personagens, com idéias de um conto ou com o jeito de escrever do autor, e então ser um pouco cúmplice deste momento de humor, de brincadeiras, de fruição. É também suscitar o imaginário, é ter a curiosidade respondida e, responder a tantas perguntas e encontrar outras idéias para solucionar questões que incomodam o ser humano durante a infância (como os personagens fizeram.). www.geocities.com/ciberliteratura/literinfantil
A leitura infantil é um dos fatores básicos para a criança buscar a sua realização
como pessoa humana, incumbindo às novas gerações uma grande responsabilidade quanto à
mudança de concepção ideológica, de maneira a que o hábito da leitura seja propugnado
desde a mais tenra idade, contribuindo em sua formação sob todos os aspectos. a esse
respeito, expressam-se Yunes e Pondé (1988, p.10): “um dos papéis da arte na vida social,
hoje [...] é a formação de um novo homem, uma nova sociedade, uma nova realidade
histórica, uma nova visão do mundo”.
A obra literária é, então, “um objeto social; para que exista é preciso que alguém
escreva e um outro leia” (YUNES; PONDÉ, 1988, p. 38). Assim as experiências e trocas vêm
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se somando, de um lado os alunos de outro o professor, e assim, múltiplas trocas vão tomando
forma, cor, graça e prazer.
A literatura passa a ser uma necessidade na vida da criança que se encontra na fase
escolar, principalmente no processo de alfabetização, no qual favorece as possibilidades de
melhorias da aprendizagem no aspecto cognitivo, biopsicossocial. Fase essa que:
• O egocentrismo está diminuindo. Já inclui outras pessoas no seu universo;
• Seu pensamento está se tornando estável e lógico, mas ainda não é capaz de
compreender idéias totalmente abstratas;
• Só consegue raciocinar a partir do concreto;
• Começa a agir cooperativamente;
• Textos mais longos, mas as imagens ainda devem predominar sobre o texto;
• O elemento maravilhoso exerce um grande fascínio sobre a criança.
A criança nos anos iniciais, entende-se que está numa fase particularmente lúdica.
Nessa fase predomina o pensamento mágico (impregnado de elementos fantásticos do
maravilhoso) e animista (dá vida e tudo que a cerca).
Origami
De acordo com a Wikipédia, o conceito de origami é,
a arte japonesa de dobrar o papel. A origem da palavra advém do japonês ori (dobrar) kami (papel), que ao juntar as duas palavras a pronúncia fica "origami". Geralmente parte-se de um pedaço de papel quadrado, cujas faces podem ser de cores diferentes, prosseguindo-se sem cortar o papel. No entanto, a cultura do Origami Japonês, que se desenvolve desde o Período Edo, não é tão restritiva acerca destas definições, por vezes cortando o papel durante a criação do modelo, ou começando com outras formas de papel que não a quadrada (retangular, circular, etc.). Segundo a cultura japonesa aquele que fizer mil origamis teria um pedido realizado.
Conforme se foram desenvolvendo métodos mais simples de criar papel, o papel foi
tornando-se menos caro, e o Origami, cada vez mais uma arte popular. Contudo, os japoneses
sempre foram muito cuidadosos em não desperdiçar; guardavam sempre todas as pequenas
réstias de papel, e usavam-nas nos seus modelos de origami.
Durante séculos não existiram instruções para criar os modelos origami, pois eram
transmitidas verbalmente de geração em geração. Esta forma de arte viria a tornar-se parte da
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herança cultural dos japoneses. Em 1787 foi publicado um livro (Hiden Senbazuru Orikata)
contendo o primeiro conjunto de instruções origami para dobrar um pássaro sagrado do Japão.
O Origami tornou-se uma forma de arte muito popular, conforme indica uma impressão em
madeira de 1819 intitulada "Um mágico transforma folhas em pássaros", que mostra pássaros
a serem criados a partir de folhas de papel.
Em 1845 foi publicado outro livro (Kan no mado) que incluía uma coleção de
aproximadamente 150 modelos Origami. Este livro introduzia o modelo do sapo, muito
conhecido hoje em dia. Com esta publicação, o Origami espalha-se como atividade recreativa
no Japão.
Não seriam apenas os Japoneses a dobrar o papel, mas também os Mouros, no Norte
de África, que trouxeram a dobragem do papel para Espanha na sequência da invasão árabe
no século VIII. Os mouros usavam a dobragem de papel para criar figuras geométricas, uma
vez que a religião proibia-os de criar formas animais. Da Espanha espalhar-se-ia para a
América do Sul. Com as rotas comerciais marítimas, o Origami entra na Europa e, mais tarde,
nos Estados Unidos.
As dobraduras podem ser utilizadas de várias maneiras como um recurso interessante
para a exploração das propriedades geométricas das figuras planas e espaciais. A construção e
utilização de exemplos e sua análise detalhada trazem algumas sugestões, para bem aproveitar
essa alternativa de trabalho no ensino da Geometria.
Diante disso os Parâmetros Curriculares Nacionais enfatizam a importância da exploração do
espaço, de suas representações e articulações entre a geometria plana e espacial em todos os anos da
educação básica, ou seja, exploração essa que deve se iniciar na educação infantil e se estender no decorrer
do processo de escolaridade do indivíduo.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais enfatiza que:
O trabalho com noções geométricas contribui para a aprendizagem de números e medidas, pois estimula a criança a observar, perceber semelhanças e diferenças, identificar irregularidades e vice-versa. Além disso, se esse trabalho for feito a partir da exploração dos objetos do mundo físico, obras de arte, pintura, desenho, escultura e artesanato, ele permitirá ao aluno estabelecer conexões entre a matemática e outros conhecimentos (MEC, 1997).
Uma vez que, a manipulação com objetos, permite a construção dos modelos mentais
dos diversos elementos geométricos, neste caso é possível para o professor, estar incluindo
um importante recurso metodológico que é o Origami, surgido em 1980,
De acordo com Rego, Rego e Gaudêncio (2003, p. 18):
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O Origami pode representar para o processo de ensino/aprendizagem de Matemática um importante recurso metodológico, através do qual os alunos ampliarão os seus conhecimentos geométricos formais, adquiridos inicialmente de maneira informal por meio da observação do mundo, de objetos e formas que o cercam. Com uma atividade manual que integra, dentre outros campos do conhecimento, Geometria e Arte.
A dobradura em aula pode ser utilizada para trabalhar além dos conceitos de
geometria, podendo servir para ilustrar histórias contadas, para criação de trabalhos escolares
em Artes, para fazer máscaras... Mas, principalmente, para vivenciar com o aluno um
momento de interiorização, de criação, de expressão de estados emocionais, de contato
consigo mesmo, na riqueza de conteúdos internos que são solicitados e elaborados no
momento da execução.
A criança traz dentro de si uma história cheia de emoções e sentimentos, que se
refletem na sua vida escolar, e interferem no seu processo de aquisição do conhecimento.
Assim as experiências e trocas vêm se somando, de um lado os alunos de outro o
professor, e assim, múltiplas trocas vão tomando forma, cor, graça e prazer.
A prática da dobradura em sala de aula, encanta e desperta interesse no aluno, pelo
simples fato de contribuir significativamente para o desenvolvimento da atenção, coordenação
visual e auditiva e psicomotora, quesitos essenciais para o desenvolvimento cognitivo no
processo ensino aprendizagem.
Procedimentos Metodológicos
O projeto será aplicado a alunos do ciclo I, nos compartimentos da escola, envolverá
diferentes etapas, 2ºs e 3º ano, do ciclo I, todos em processo de aquisição da leitura e escrita.
Durante as etapas do projeto proporcionaremos um ambiente agradável para
desenvolver as diversas atividades como: ouvir histórias, conversar com os alunos e recriar
através da releitura, histórias representadas com dobraduras.
Devido à riqueza de variedade de opções, optou-se por alguns autores como Ruth
Rocha, Sylvia Orthof, Monteiro Lobato, a serem aplicadas, trabalhados e desenvolvidos com
histórias como: , Lendas (folclore) abordando Monteiro Lobato, O mundo dos bichos que
destaca Romeu e Julieta, A primavera da Lagarta , Bom dia todas as cores da Ruth Rocha,
enfatizando o tema primavera e o dia das crianças. Com base nestes temas, selecionaremos
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atividades importantes como filmes, leituras dos livros de literatura, contos lendários, música,
poesias, relacionados aos temas, para que o aluno possa fazer relações com as situações
vivenciadas, interagindo com os personagens.
Ao utilizarmos a dobradura, como recurso metodológico para desenvolver o projeto,
estaremos integrando a literatura , com as necessidades cognitivas das crianças, na relação
com a atividade da dobradura, os alunos estarão se apropriando também dos conceitos
matemáticos. Essas relações podem se dar de maneira natural, sem que seja necessário
trabalhar a matemática propriamente dita, mas de acordo com os passos da dobradura, não há
como não fazer relações com as formas geométricas, as cores, comparações, as modificações
de tamanhos, como grande, pequeno, maior, menor, dentro, fora, associações cognitivas que
compõem um sistema de linguagem representada por signos e símbolos que passam a serem
compreendidos pela criança na medida em que ela de aproxima e se apropria desses conceitos
que fazem parte da criação humana.
Após as atividades de leitura, conversações, os alunos terão início com as atividades
práticas de dobraduras. Partindo a princípio com papéis em forma quadrada,
confeccionaremos a dobradura, os personagens, passo a passo, até que o papel ganhe a forma:
seja de uma flor, um bicho, de acordo com a história trabalhada. Esse quadrado, transforma-se
num triângulo, ocupando formas e tamanhos diferentes, e aí , acontece a magia da dobradura,
fascinante para a criança, importante para seu conhecimento. Então coloca-se, olhos, boca,
nariz, orelha, cores, na dobradura ganhando vida pela criança que por sua vez terá uma
infinidade de opções, motivando-os a desenvolver a criatividade podendo fluir a auto estima
por que percebe suas capacidades. A partir das dobraduras será proposto a confecção de
painéis, apresentação de teatro com dedoches, exposição dos trabalhos dentro dos espaços
escolares como a própria sala de aula, e outros espaço como pátio e a biblioteca.
Estaremos nos comprometendo com a responsabilidade de acompanhar e avaliar os
alunos em suas realizações, no sentido de incentivá-los a obter melhores resultados no
caminho da aprendizagem, tanto no incentivo a leitura, suas manifestações orais, corporais,
valorizando suas iniciativas.
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AGOSTO
• 1º encontro com a Coordenadora do Projeto; • Apresentação do projeto aos alunos; • Tema: Folclore • Lendas: Saci. Seria, Boto Rosa; • Dobraduras dos personagens; • Confecção de painéis pelos alunos e livro de dobradura
SETEMBRO
• 2º encontro com a Coordenadora do Projeto HISTÓRIAS: Com Ruth Rocha • ROMEU E JULIETA; • A PRIMAVERA DA LAGARTA • Dobraduras, de borboletas, flores, animais; • Teatro de dedoches / fantoches com dobraduras;
OUTUBRO
3º Encontro com a Coordenadora
• TEMA: Mês da Criança • Filmes: O Mágico de Oz, Os três porquinhos, e o Casamento da Dona Baratinha; Releitura: Todos os personagens das histórias participarão da festa de casamento; • Apresentação de teatro das crianças num cenário decorado com as dobraduras do projeto; • Exposição dos trabalhos realizados pelos alunos;
NOVEMBRO
• 4º Encontro com a Orientadora; • 17/11 à 06 12 Seminários finais; • Seminários finais • Entrega de Relatórios finais (Nas IESs) • Avaliação e resumos para Anais 2009
Fonte: As autoras
REFERÊNCIAS
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GOÉS, L. P. A aventura da literatura Infantil para crianças. São Paulo: Melhoramentos, 1991. LOMBARDI, G. Brincando com dobraduras. São Paulo: Paulus, 1999 REGO. R, GAUDÊNCIO DO; REGO, ROMULO MARINHO.; GAUDENCIO, SEVERINO. A Geometria do origami. João Pessoa, PA: Ed. Universitária, UFPB, 2003. NAKATA, A. Origami. São Paulo: Casa Ono. 4 v. s.d. 6, v.7. VIGOTSKI, L., LURIA, A., LEONTIEV, A. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. São Paulo: Ícone, 1988. YUNES, E; PONDÉ, G. Leitura e leituras da Literatura Infantil. São Paulo: FTD, 1989. www.pt.wikipedia.org/wiki/Origami