A pessoa de cristo

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Material da aula de Cristologia no Curso de Teologia IASD Centro de Aparecida

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A pessoa de

Cristo

Organizado por

Gilson Barbosa

Texto extraído da obra

Introdução à Teologia

Sistemática

Autor: Millard J. Erickson

Deus nos ama, e por isso escolheu agir por

meio de Cristo para nos restaurar à

condição e ao relacionamento pretendidos.

Assim, nossa compreensão da pessoa e da

obra de Cristo nasce diretamente das

doutrinas da humanidade e do pecado.

A Autoconsciênciade Jesus

• Que Jesus pensava e cria a respeito de Si mesmo?

• Jesus não fez nenhumaalegação explícita e aberta de Sua divindade, dizendo com todas as letras: “Eu sou Deus”.

• Sua alegação de perdoar pecados resultounuma acusação de blasfêmea contra ele. Mar. 2:5

• A autoridade que Jesus reivindicou e exerceu é também vista claramente no que diz respeitoao sábado. Mar. 2:27 e 28

Reivindicadas por Jesus

• Vemos também alegando ter um relacionamento incomum com o Pai:

– Alega ser um com o Pai (João 10:30).

– Vê-lo e conhecê-lo é ver e conhecer ao Pai(João 14:7-9).

– Afirmação de pré-existência (João 8:58).•Usa a mesma fórmula que Deus usou em

Êxodo 3:14 e 15.

Reivindicadas por Jesus

• Mateus registra que o Sumossacerdote teria

dito: “Eu te conjuro pelo Deus vivo que nos

diga se tu és o Cristo, o filho de Deus” (Mat.

26:63). A resposta de Jesus deixa clara a

sua divindade.

• Aceitou que seus discípulos lhe atribuíssem

divindade, quando Tomé declarou: “Senhor

meu e Deus meu”. João 20:28.

Reivindicadas por Jesus

• Indicações complementares de

autoconsciência:

– Justapõe suas palavras e as do Antigo

Testamento. Mat. 5:21,22,27 e 28.

– Declara ter poder sobre a vida e a morte.

João 5:21 e 11:25.

– Associou sua obra com a do Pai. João 5:2-18.

Reivindicadas por Jesus

O Evangelho deJoão

• O Evangelho de João é notávelpor suas referências à divindade de Jesus. O prólogoexpressa particularmente essaideia. João afirma: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus”.

Evangelho de João

O Evangelho deJoãoHebreus

No capítulo de abertura, o autor fala do

Filho como o resplendor da glória de

Deus e a expressão exata de sua

natureza (Hb. 1:3), por meio de quem

Deus criou o mundo (v. 2), sustenta

todas as coisas pela palavra do seu

poder (v. 3), o Filho é tratado por

“Deus” (cit. o Salmo 45:6), o Filho é

superior aos anjos (1:4 a 2:9), a Moisés

(3:1-6) e aos sumos sacerdotes (4:14 -

5:10).

O Evangelho deJoãoPaulo

Em Colossenses 1:15-20:

•O Filho é a imagem do Deus invisível

(v. 15);

•É aquele em quem e por meio de quem

e para quem todas as coisas subsistem

(v. 17);

•“porque aprouve a Deus

que, nele, residisse toda a plenitude” (v.

19);

O Evangelho deJoãoPaulo

Em Colossenses 2:9:

•“porquanto, nele, habita, corporalmen

te, toda a plenitude da divindade”.

•No AT, o julgamento é atribuído a

Deus. Embora por vezes Paulo se refira

ao julgamento de Deus (Rom. 2:3), ele

também fala de “Cristo Jesus, que há de

julgar vivos e mortos” (II Tim. 4:1) e do

tribunal de Cristo (II Cor. 5:10).

O Evangelho deJoãoPaulo

Filipenses 2:5-11:

•O texto fala dele sendo ou existindo

em “forma” (morfhé) de Deus.

•No grego bíblico e clássico, esse termo

refere-se ao “conjunto de

características que fazem com que uma

coisa seja o que é”.

•Jesus, sendo Deus, esvaziou-

se, tornou-se homem e, depois, foi

novamente exaltado à posição de

divindade ou de igualdade com o Pai.

Os ebionitas, uma seita de cristãos heréticos,

negavam a divindade real ou ontológica de Jesus.

Jesus era um homem comum que possuía dons

incomuns, mas não sobre-humanos ou

sobrenaturais, de retidão e sabedoria.

Rejeitavam o nascimento virginal, sustentando

que Jesus nascera de José e Maria, normalmente.

O batismo foi o evento significativo na vida de

Jesus, pois foi então que o Cristo desceu em

forma de pomba sobre ele. Isso foi

compreendido mais como a presença do poder

e da influência de Deus no homem Jesus do que

uma realidade pessoal, metafísica. Próximo ao

final da vida de Jesus, o Cristo afastou-se dele.

O ensino de um presbítero de Alexandria

tornou-se a primeira grande ameaça à

concepção sustentada implicitamente pela

igreja no que diz respeito à divindade de Jesus.

A concepção central na visão ariana de Jesus é a

absoluta singularidade e transcendência de

Deus.

Deus é a única origem de todas as coisas, a

única existência não criada em todo o universo.

Somente Ele possui os atributos da divindade.

O Verbo é um ser criado, apesar de ser o

primeiro e o mais elevado dos seres. Embora

seja uma criatura perfeita, não sendo, de fato,

da mesma classe que as outras criaturas, ele não

tem existência própria.

Os arianos baseavam suas posições numa

coleção bem extensa de referências bíblicas:

• João 14:28 “O pai é maior do que eu”;

• Mc 13:32 “a respeito daquele dia e hora

ninguém sabe,... senão o Pai”;

O Evangelho deJoão

Implicações dadivindade de Cristo

1. Podemos ter conhecimento real de

Deus – João 14:9.

Se quisermos saber como é o amor de

Deus, a santidade de Deus, o poder de

Deus, só precisamos olhar para Cristo.

O Evangelho deJoão

Implicações dadivindade de Cristo

2. A redenção está à nossa disposição.

A morte de Cristo é suficiente para

todos os pecadores de todos os tempos,

pois quem morreu não foi um mero

homem finito, mas um Deus infinito.

Ele, a vida, o Doador e o Mantenedor

da vida, que não precisava morrer,

morreu.

O Evangelho deJoão

Implicações dadivindade de Cristo

3. Deus e a humanidade foram religados.

Não foi um anjo ou um homem que

veio da parte de Deus para nós, mas o

próprio Deus cruzou o abismo criado

pelo pecado.

O Evangelho deJoão

Implicações dadivindade de Cristo

4. É correto adorar a Cristo.

Ele não é apenas o mais elevado das

criaturas, mas é Deus no mesmo

sentido e no mesmo grau que o Pai. Ele

merece, tanto quanto Pai, nosso

louvor, nossa adoração e nossa

obediência.

Próximo estudo:

A Humanidade de Cristo