A segunda guerra mundial

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A Segunda Guerra Mundial

“Cinqüenta anos após o fim da Segunda Guerra Mundial as sociedades ainda estão sob o choque de um conflito que as feriu profundamente. Sem dúvida, o ressentimento das nações se explica pela violência dos combates, pela vastidão dos dramas humanos, pela multiplicidade dos crimes cometidos”.Marc Ferro. História da Segunda Guerra Mundial. São Paulo, Ática, 1995.p.31.

A brutalidade da guerra provocou a morte de milhões de pessoas, entre militares e civis. Alguns historiadores calculam que o conflito produziu cerca de 60 milhões de mortos, 35 milhões de feridos, 20 milhões de órfãos e 190 milhões de refugiados.

O que levou à Segunda Guerra Mundial?

Causas

Primeira Guerra Mundial ( 1914 – 1918) - Tratado de Versalhes;

Crise de 29 : Crise do liberalismo

Ascensão do Socialismo; Estados Totalitários

Esquerda / Direita

Economia da Alemanha - grave crise,

Adolf Hitler: despertar o sentimento

alemães; Apelou para o orgulho nacional; Alcançou o poder; Fortaleceu o Estado nazista.

Principais objetivos: Desafiar as imposições do Tratado de

Versalhes; Romper o domínio internacional dos

países que venceram a Primeira Guerra.

A Liga das Nações - incapaz de manter a paz mundial. Em termos políticos, era controlada pela Inglaterra e pela

França que se aproveitavam das condições favoráveis para fortalecer seus impérios coloniais.

Política de Apaziguamento Estados Unidos e a União Soviética não participavam da Liga

das Nações: O EUA mantinha uma Política isolacionista; Atenções na América Latina e na Ásia. A União Soviética foi excluída da Liga das Nações.

O socialismo soviético era uma espécie de epidemia social que poderia contaminar os trabalhadores de todo o mundo, destruindo a “saúde” das classes dominantes. Por isso, a União Soviética foi isolada pelo chamado cordão sanitário internacional.

POLITÍCA INTERNACIONAL DAS DITADURAS Alemanha, da Itália e do Japão :

Alto grau de disciplina social; Dirigindo seus esforços para a recuperação econômica; Desenvolvimento militar. Política externa de expansão territorial, militar e econômica.

Inglaterra e da França:

Política de apaziguamento, pois se beneficiavam da ordem internacional em vigor e queriam evitar um novo conflito mundial.

JAPÃO:

Em setembro de 1931- invasão do reino da Manchúria.Guerra contra a China (1935).Liga das Nações - condena formalmente o expansionismo japonês, mas não conseguiu evitar os conflitos.

ITÁLIA:

Outubro de 1935 - invasão da Etiópia (Abissínia), no leste da África.

Maio de 1936, tomaram Adis-Abeba, a capital da Etiópia, e Mussolini proclamou o rei italiano Vítor Emanuel III imperador da Etiópia.

A Liga das Nações impôs sanções econômicas à Itália, bloqueando seu comércio.

jornal La Domenica del Corriere

As empresas petrolíferas dos Estados Unidos continuaram a vendendo seu produto ao mercado italiano;

Os alemães lhe forneciam carvão.

Mussolini anexou a Albânia ao território italiano em abril de 1939.

ALEMANHA: A EXPANSÃO PELA RENÂNIA, ÀUSTRIA, TCHECOSLOVÁQUIA E POLÔNIA.

Espaço vital: Março de 1936: ocupação da Renânia;

Reação francesa: Elaboraram um estratégia de defesa

prevendo uma guerra de trincheiras; Ordenaram a construção de uma longa

fortificação percorrendo a fronteira entre a França e a Alemanha, conhecida como Linha Maginot.

Infantaria alemã na Polônia

Março de 1938, Hitler anexou a Áustria à Alemanha.

Pan-germanismo: A Anschluss foi confirmada por um plebiscito realizado na Áustria em abril de 1938.

Reivindicação da anexação da região dos Sudetos, na Tchecoslováquia, habitada por 3 milhões de alemães.

Soldados alemãs nas trincheiras

Conferência de Munique: Hitler e Mussolini, os primeiros – ministros Neville Chamberlain (Inglaterra) e Èdouard Daladier (França).

Os representantes do governo da Tchecoslováquia foram impedidos de participar da conferência.

Franceses e ingleses decidiram ceder mais uma vez às ambições nazistas e concordaram com a anexação dos Sudetos pela Alemanha.

Exércitos alemães não só ocuparam a região dos Sudetos, mas também acabaram invadindo toda a Tchecoslováquia, em março de 1939.

França e da Inglaterra não se manifestaram energicamente contra essas ofensivas nazistas.

Acreditavam que o grande inimigo do mundo capitalista era o socialismo da União Soviética.

Enquanto isso, Hitler Traçava Planos para novas invasões.

27/08/1939 - Ribbentrop-Molotov (pacto secreto de não-agressão)

Stalin e Hitler: ocupar a Polônia e dividi–la entre as duas potências.

1/ 09/1939, Invasão da Polônia;

Inglaterra e da França declararam Guerra à Alemanha;

Início da Segunda Guerra Mundial.

A GUERRAO palco das operações militares

A Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945) envolveu povos de 58 países das várias regiões do mundo, embora os principais choques armados tenham sido travados na Europa, no norte da África e no extremo Oriente.

A Alemanha invade a Polônia Soldados alemães retiram barreira na fronteira da Polônia,

no primeiro dia da Blitzkrieg

A ofensiva alemã

Panzers 1 geração

Ofensiva das forças nazistas. BlitzKrieg:

rápido avanço dos tanques blindados (Panzers), apoiado pela aviação (Lutfwaffe); em seguida vinham as tropas de ocupação, consolidando a vitória dos alemães.

Equipe do AZ em 1938. Repare os símbolos nazistas nas camisas

Conquista alemãs: Dinamarca (9 de abril de 1940) Ataque

combinando forças navais, aéreas e terrestres, ao qual os dinamarqueses não conseguiram resistir.

Holanda (15 de maio de 1940) – a família real fugia para Londres, formando um governo no exílio para coordenar a resistência contras os nazistas.

Bélgica (28 de maio de 1940) – os exércitos ingleses e franceses que combatiam no norte do território belga foram obrigados a se retirar pelo porto de Dunquerque. Com a rápida chegada dos exércitos alemães, quase todo o equipamento militar inglês e francês foi tomado pelos nazistas. Na retirada, milhares de franceses foram aprisionados pelos alemães.

Noruega (10 de junho de 1940) – apesar da heróica resistência, as tropas norueguesas foram vencidas pela superioridade dos armamentos dos alemães. O rei da Noruega fugiu para Londres, e os nazistas entregaram o poder a Vidkun Quisling, chefe do Partido Fascista norueguês.

Jornal francês noticiando a invasão simultânea da Holanda e da Bélgica, deixando o flanco norte das forças aliadas desprotegido.

França (14 de junho de 1940) – contornando as defesas francesas posicionadas na linha Maginot, os alemães invadiram a França e ocuparam Paris.

Parte do território francês ficou diretamente sob o controle nazista, enquanto na outra parte formou-se um governo que se colocou com os alemães, comandado pelo marechal Pétain e sediado na cidade de Vichy.

Em oposição ao governo colaboracionista do marechal Pétain, organizou – se o grupo Franceses Livres, liderado pelo general Charles de Gaulle, que representava as forças da resistência francesa ao nazismo.

Por meio da Rádio BBC de Londres, De Gaulle conclamava os franceses a lutar contra a ocupação nazista.

Batalha da Inglaterra (1940 – 1941), a aviação inglesa, Royal Air Force (RAF), conseguiu rechaçar os ataques da Luftwaffe.

Norte da África - tropas alemãs e italianas, comandadas pelo general Rommel, obtiveram significativas vitórias sobre os ingleses, ameaçando a dominação britânica no Egito.

A RESISTÊNCIA EUROPÉIA

Manifestações pacíficas e espontâneas da população (como ao dinamarqueses, que se retiravam dos bares assim que entrava um militar alemão)

Formação de milícias armadas para lutar diretamente contra os nazistas.

A ENTRADA DA URSS E DOS EUA

1941 - fato significativo mudou profundamente os rumos da guerra:

Rompendo acordos anteriores, Hitler decidiu invadir a União Soviética (22 de junho), o que motivou a reação russa.

No caso dos Estado Unidos, a decisão de entrar na guerra resultou, principalmente, do ataque dos japoneses à base militar norte americana de Pearl Harbor, no Havaí, em 7 de dezembro de 1941.

A EXPASÃO DA GUERRA (1942 – 1945)

Com a participação das forças militares da União Soviética e dos Estados Unidos, a guerra ganhou proporções mundiais. Formaram –se, então, dois grandes blocos em conflitos : potências do Eixo (Alemanha, Itália e Japão) e potências aliadas (Inglaterra, Estados unidos e União Soviética).

FRENTE ORIENTAL

No período de 1941 a 1942, os exércitos alemães, apoiados por húngaros, finlandeses e italianos, avançaram de modo fulminante pelo território da União Soviética, aniquilando cerca de um terço de seu exército. A agressão nazista foi aproveitada pelo governo de Stalin para fortalece a vontade de resistência da população soviética contra os invasores.

As mais terríveis batalhas na segunda Guerra foram travadas na frente oriental, entre a Alemanha e a União Soviética. Foi na luta contra os soviéticos que Hitler concentrou a maior parte do exército alemão (cerca de 65%), seu melhores equipamentos militares e as tropas de elite nazistas.

Na luta contra os nazistas morreram mais de 20 milhões de soviéticos dos quais quase metade eram civis.

Setembro de 1942, tropas blindadas do exército alemão entraram em Stalingrado, onde foi travada uma das mais sangrentas das batalhas da Segunda Guerra.

Novembro de 1942, contra – ofensiva do exército soviético resultou na rendição das tropas alemãs, em fevereiro de 1943. Pela primeira vez na guerra, um general alemão

(Friedrich Paulus) e seu exército foram obrigados a se render. A batalha de Stalingrado colocava fim ao mito da invencibilidade alemã.

Depois dos episódios de Staligrado, os soviéticos tomaram a iniciativa dos ataques e foram conquistando, um por um, os territórios dos paises antes controlados pelos nazistas: Finlândia, Bulgária, Hungria, Romênia, Polônia e Tchecoslováquia. Mantendo esse avanço, os soviéticos foram os primeiros, no final da guerra, a entrar vitoriosamente em Berlim.

BOMBARDEIOS SOBRE A ALEMANHA Os nortes-americanos: enorme

poder de guerra = Milhares de navios, tanques, aviões e toneladas de equipamentos bélicos

Em 1942 - bombardeios aéreos ingleses e norte-americanos sobre as grandes cidades alemãs.

LUTAS NA ÀFRICA E NA ITÁLIA No norte da África, o general inglês

Montgomery iniciou, em outubro de 1942, a contra – ofensiva às tropas do general alemão Rommel (Afrika Korps). Em 13 de maio de 1943, 252 mil soldados alemães e italianos foram aprisionados.

Desembarcando na Sicília em junho de 1943, as tropas aliadas lideradas por norte – americanos e ingleses, iniciaram a invasão da Itália. Mussolini foi preso e afastado do poder pelo novo governo, chefiado pelo general Pietro Badoglio, que assumiu um acordo de paz com aliados.

Libertação de Mussolini - Os nazistas investiram sobre a Itália, ocupando Roma e liderando o Duce, que fundou a Republica Social italiana. Logo depois, Mussolini voltou a ser preso pelas tropas italianas da resistência anti-nazista, sendo imediatamente executado.

Os aliados retornaram a ofensiva em território italiano. Reconquistando Roma e avançaram até o norte do país, onde as tropas alemãs ainda ofereciam resistência. A Força Expedicionária Brasileira (FEB), com um efeito de mais de 25 mil homens, participou da luta contra o nazi-fascismo durante essa campanha na Itália.

O FIM DA GUERRA Uma nova frente de combate aos alemães foi

cuidadosamente planejada pelos aliados. No dia 6 de junho de 1944, as tropas aliadas

desembarcaram na Normandia (França) e iniciaram intenso ataque contra as tropas de alemãs. Esse dia ficou conhecido com “Dia D” (Dia da Decisão), que na terminologia militar, passou a significar a data escolhida para a realização de uma operação importante.

Mesmo diante da esmagadora pressão dos adversários, tanto na frente oriental (soviéticos) como na frente ocidental (ingleses e norte – americanos), o comando nazista, situado em Berlim, decidiu lutar até a morte. Para isso, promoveu uma mobilização maciça da população alemã, incluindo crianças, mulheres e idosos. Tribunais militares nazistas obrigaram a população a lutar.

Em 25 de abril de 1945, a cidade de Berlim estava totalmente cercada. Em 30 de abril, Hitler, sua mulher Eva Braun e Goebbels (ministro da propaganda) cometeram suicídio.

No dia 8 de maio de 1945 e 1946, instalou – se na cidade alemã de Nuremberg um tribunal militar internacional, que condenou os principais líderes nazistas por crime contra a humanidade.

O Fim. Bruno Mota