Post on 21-Dec-2015
UNISALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium
Curso de Fisioterapia
Murilo Centureli Pitondo
Tainá Tridapalli Noronha
A UTILIZAÇÃO DO LASER DE BAIXA POTÊNCIA E
O ULTRA-SOM TERAPÊUTICO, NOS
PROCESSOS DE REPARAÇÃO TECIDUAL:
ESTUDO COMPARATIVO.
LINS – SP
2008
MURILO CENTURELI PITONDO
TAINÁ TRIDAPALLI NORONHA
A UTILIZAÇÃO DO LASER DE BAIXA POTÊNCIA E O ULTRA-
SOM TERAPÊUTICO, NOS PROCESSOS DE REPARAÇÃO
TECIDUAL: ESTUDO COMPARATIVO.
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado à Banca examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Fisioterapia sob
orientação do Prof. Ms. Luís Ferreira Monteiro Neto e orientação técnica da
Profª. Esp. Ana Beatriz Lima.
LINS – SP
2008
Pitondo,Murilo Centureli; Noronha, Tainá Tridapalli
A Utilização do laser de baixa potência e o ultra-som terapêutico, nos processos de reparação tecidual: estudo comparativo. / Murilo
Centureli Pitondo; Tainá Tridapalli Noronha. – – Lins, 2008. 46p. il. 31cm.
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – UNISALESIANO, Lins-SP, para graduação em Fisioterapia,
2008 Orientadores: Beatriz de Lima; Luis Ferreira Monteiro Neto
1. Reparo Tecidual. 2. Laser de Baixa Potência. 3. Ultra -som terapêutico. 4. Laserterapia. 5. Fisioterapia. I. Título.
CDU 615.8
P76u
MURILO CENTURELI PITONDO
TAINÁ TRIDAPALLI NORONHA
A UTILIZAÇÃO DO LASER DE BAIXA POTÊNCIA E O ULTRA-SOM
TERAPÊUTICO, NOS PROCESSOS DE REPARAÇÃO TECIDUAL: ESTUDO
COMPARATIVO.
Monografia apresentada no Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium,
para obtenção do título de Fisioterapeuta
Aprovada em: ___/___/___
Banca Examinadora:
Prof. Orientador: Luís Ferreira Monteiro Neto
Titulação: Mestre em Engenharia Biomédica pela UNIVAP – IP&D
Assinatura: ______________________________
1º Prof. (a): _____________________________________________________
Titulação:_______________________________________________________
_______________________________________________________________
Assinatura: ____________________________________
2º Prof. (a): _____________________________________________________
Titulação:_______________________________________________________
_______________________________________________________________
Assinatura: ____________________________________
Dedicatória
Aos meus pais, Orlando e Fátima, Que por inúmeras vezes dispuseram de seus sonhos e do meu irmão para a realização do meu, que sempre me apoiaram e me conduziram, mesmo quando por muitas vezes pensava em que não ia conseguir, sempre tinham uma palavra, um conselho para me reerguer e me fazer ir adiante. Obrigado pelo esforço e amor sem medidas que sempre tiveram na formação pessoal e profissional. Essa vitória dedico a vocês que não mediram esforços para eu hoje ser o que sou... Amo vocês! Ao meu Irmão, Orlando, Que apesar de nossas desavenças no passado, eu tenho muito orgulho e estima por ti mano, eu te amo e te adoro, eu sou seu fã e se hoje estou aqui, conquistando essa vitória devo parte dela a você, onde estou saiba que você tem imenso envolvimento nisso, pois eu sempre me inspiro em você e no seu potencial. Muito obrigado pela confiança, atenção a mim dispensada quando eu mais precisei. “Eu aprendi que para se crescer como pessoa eu preciso me cercar de gente mais inteligente do que eu”. (William Shakespeare). TE AMO Jr. A minha família que me apoiaram e me motivaram em especial aos avôs Pedro, Anita, Almira e Pedro (in memorian), aos meus padrinhos Cida e Altamaiel, aos meus primos Kisch e Kellen Patrícia, e ao meu tio Wilson (Zebra), que sempre me motivaram para a realização do meu sonho. Amo a todos e vocês sabem que moram no meu coração. Ao Prof. Lula, A quem eu tenho tamanha estima e carinho, poderia tentar buscar todas as palavras e homenagens e mesmo assim seriam poucas para diante de tanta do que você é para mim, pois você foi mais que um professor para mim, foi como um pai, sempre me ensinando, desde quando eu era um “seve” lembra Lula, das revistas em quadrinho,
dos jogos, das conversas fúteis e engraçadas, dos momentos sérios, como a minha
primeira nota de fisio geral, das chamadas de atenção, me incentivando a pesquisas, estudos, por ser um grande amigo amigo este que tenho como uma jóia rara, afinal quem encontrou um amigo, encontrou um tesouro e eu já tenho encontrar a ti. Sou muito grato pela sua amizade, das suas cobranças e criticas, sempre em busca melhor que pudesse dar. Obrigado por conduzir sempre, com muita sabedoria e dedicação. A minha princesa, Daniele, Obrigado pelo carinho, paciência e principalmente a compreensão... Quantas voltas eu dei procurando o meu amor, sem saber que você Dani, estava bem mais perto do que eu imaginava! “Aonde quer que eu vá levo você, no olhar..” Amo-Te!
“"Aprendi que não posso exigir o amor de ninguém. Posso, apenas, dar boas razões para
que gostem de mim e ter a paciência para que a vida faça o resto..."
William Shakespeare
DEDICATÓRIA
Aos meus pais, Cristina e Francisco
Lembram quando eu era criança e acreditava em contos de fadas? Aquela fantasia de como minha vida seria. Mas eventualmente, eu cresci. Chega um momento em que é mais que um
simples sonho... e ou eu dava aquela passo à frente ou me virava e ia embora. A vida é complicada, é assim que somos feitos. É tudo uma questão de linhas. Portanto você pode passar a vida traçando linhas... ou viver a vida
atravessando-as. Aprendi que temos que cometer nossos próprios erros e temos que aprender nossas próprias lições. Se às vezes não demonstrei admiração que tenho e o que representam para mim, me redimo e digo a vocês que são tudo nesta vida que tenho de mais importante. Obrigado pelo apoio, confiança e dedicação. Por estarem presentes
em todos os momentos que precisei, pela paciência que tiveram, pelo incentivo e pela colaboração. Mamãe, se estou feliz, quantas vezes te esqueço? Se estou triste, quantas vezes te procuro? Sabe, a gente põe o pé
na estrada e pensa que cresceu, e quantas vezes nessa estrada a gente se perde? Quero que saiba que tenho você como exemplo, tanto de mãe, quanto de mulher! Me inspiro em você, me sinto corajosa, não me imponho limites
para realizar o que quero. Papai, a educação que me deram foi fundamental para minha formação como pessoa, onde aprendi a ser responsável e determinada. Vocês me deram a vida e me ensinaram a vivê-la com dignidade.
Hoje, sou grata por tudo que fizeram e dedico a vocês a minha vitória e colheremos os frutos dessa longa caminhada juntos! Amo vocês !!
Ao meu irmão, Tauan
Não poderia deixar de dedicar essa vitória à você. As palavras não são o suficiente para expressar o quanto você é importante na minha vida e o quanto eu me orgulho de você! Pode ser difícil fazer algumas escolhas, mas muitas vezes é necessário, existe uma diferença entre conhecer o caminho e percorre-lo. Eu aprendi que vai demorar muito
para me transformar na pessoa que quero ser e devo ter paciência; que posso ir além dos limites que eu própria me coloquei. Se aprendêssemos algumas coisas, tudo seria fácil, certas coisas realmente eu já aprendi, outras, ainda
não... estou tentando. Nunca se esqueça que o futuro pertence aqueles que acreditam na beleza dos seus sonhos. Amo muito você !
Dedico este trabalho à todos da minha Família, que acreditaram na minha capacidade e me deram o apoio necessário para concretização do mesmo. A família é a base de tudo, o alicerce fundamental para o crescimento de uma pessoa.
Ao meu parceiro, Murilo
É amigo, finalmente conseguimos! Parece até um sonho. Quantos planos feitos, quantas coisas não aconteceram da maneira que esperávamos, quantas brigas tivemos? Mas, no final tudo deu certo. Não teria graça se tudo fosse fácil. Nossa jornada termina aqui e logo iniciaremos outra, cada um segue seu rumo e a saudade aperta! Saudade das
conversas, dos conselhos sobre meus casos errados, das cervejas com amendoim, das festas na sua casa, de você me dando broncas, das suas músicas que sempre me irritavam, dos almoços com a „Tia Fátima‟, e tudo mais. Quero que
saiba que além do meu parceiro de monografia, você se tornou um amigo.Te admiro muito como pessoa. Te desejo toda a sorte para seguir em frente e sucesso nessa nova fase de sua vida.
As pessoas que conviveram comigo nesses 4 anos e as que passaram por minha vida ...
“Se eu pudesse deixar algum presente à vocês, deixaria aceso o sentimento de amar a vida dos seres humanos. A consciência de aprender tudo que foi ensinado pelo tempo a fora. Lembraria os erros que foram cometidos para que não mais se repetissem. A capacidade de escolher novos rumos. Deixaria para vocês, se pudesse, o respeito aquilo
que é indispensável. Além do pão, o trabalho. Além do trabalho, a ação. E, quando tudo mais faltasse, um segredo: o de buscar no interior de si mesmo a resposta e a força para encontrar a saída.” (Mahatma Gandhi)
Não posso deixar de dedicar este trabalho as minhas companheiras , que sempre estão comigo. Vou sentir falta das festas no rancho, dos churrascos, do clube das „Luluzinhas‟ que fazíamos na rep. da Jack, das conversas de
madrugada, dos chats no msn, das longas conversas por telefone, dos chás de bebês, das bagunças no oásis, dos aniversários, dos rodízios, do Pub, das baladinhas, da queda de energia, dos tombos de moto, das voltinhas de carro, da fogueira na rep. do „abacatão‟, dos percursos de moto, das compras, dos conselhos, dos namoros, dos jantares,
dos vira-vira, das danças, das músicas, dos noivados e agora que venha os casamentos! Vocês são muito importantes pra mim, sempre podem contar comigo, para o que for e desejo de coração, que tudo dê certo para todas! Para as
piriguetes, as casadas, as encalhadas, as chifrudinhas, as amantes, as responsáveis, as largadas e as mamães. HINO DO RANCHO “Ela balança, mais não pára”, MÚSICA CANTADA NO ESTÁGIO “Mais o problema, é que a chuva ta caindo..” Amo muito tudo isso! Como esquecer da Rep. do Abacatão? Sempre me recordo de tudo. Lá conheci pessoas
que se tornaram muito especiais pra mim e agora, fazem parte da minha vida! Algumas deixaram lembranças, outras continuam ao meu lado.. aquele „pé de abacate‟ vai ficar pra história!
As minhas melhores amigas e confidentes desde o colegial, Benetti e Greicy
Meninas, consegui! Não poderia esquecer de vocês, que são muito importante na minha vida. Lembro de quando estudávamos juntas, das fofocas, das brigas, das paqueras, do cinema, dos churrascos.. ah, que saudade dessa época! Como o tempo passa. O engraçado é que, o tempo passa e as pessoas importantes sempre ficam, né? Amigas a gente
sente, entende, é a base quando falta chão, melhor cúmplice e não tem hora pra consolar. “ Brindo à casa, brindo à vida, meus amores, minha família...” (O Rappa).
Tainá Tridapalli Noronha
Agradecimento
A Deus, pela forma como abre nos olhos para enxergarmos a vida a cada dia de um modo diferente, mais aprimorado e pelos obstáculos propositados a
nossa frente. Por ter nos concedido a graça de realizarmos nosso sonho e por ter nos dado força em todos os momentos.
Ao nosso Orientador, Lulu (Lulinha, Lula, Preto) Por ser paciente conosco e nos ajudar com seus conhecimentos e nos corrigir
nas horas certas. Pelas inúmeras vezes que disponibilizou seu tempo para nos ajudar e que além de professor, supervisor e orientador, sempre foi nosso
amigo em todos os momentos. A Bia pela sua paciência e tolerância conosco, para a realização desde
trabalho.
Ao Moacir funcionário do biotério; Ao Prof° Cristiano (Cris); e ao Thi, por nos ajudar na realização da pesquisa e nos materiais necessários. Muito Obrigado
Ao Dr. Prof° Celso Vilela, pela atenção e disponibilidade de seu tempo, de nos passar seus conhecimentos e por nos fornecer seu acervo pessoal. Obrigado
pela colaboração e sua ajuda foi de mera importância no termino desde trabalho.
A Dr. Aline Guimarães Barros, por nos ajudar nos momentos de apuro com os ratos. Por ser sempre atenciosa e compreensiva na realização da pesquisa.
A professora Pardal (Tina), muito obrigado pelos puxões de orelha, pela ajuda na gramática deste trabalho, sua persistência em achar erros na nossa
monografia, por sua leitura embaçada e lenta. Nosso muito obrigado e sinto muito mas não podemos deixar de dizer...VALEU VELHINHA!!!!
Aos nosso amigos/severinos, que nos ajudaram para realização da pesquisa; Ian (apesar da imensa preguiça, colaborou), ao nosso maninho (Tauan) que foi
nosso filósofo com o pensamento do Maracujá humano, à Luna (com suas danças para animar), Modinho, Rafael, Benetti (que alem de nos ajudar com
segundas intenções, conseguiu arrumar um namorado durante a ajuda), Greicy (pelos seus conhecimentos de piriguete, rs), Anderson (o bombom das meninas), Felipe (Que foi nosso fast-food ambulante, durante a pesquisa) e a
dupla dinâmica das BB (Brunas, com seu apoio “gramatical”). Valeu Galera!!! “...desconfie do destino e acredite em você.
Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que
esperando.
Porque, embora quem quase morreu esteja vivo, quem quase vive já morreu.”
Sarah Westphal Batista Da Silva
Murilo e Tainá
Agradecimento
Aos Amigos, Pe. Edmilson Tadeu, Edmar e Vitor, pelo apoio, confiança e orações, pois ser amigo é entender
especialmente que uma boa amizade precisa ser verdadeira. Ser amigo é compreender e ajudar, é estar em constante
sintonia, aceitando virtudes e limitações, é compartilhar os bons e difíceis momenstos que a vida oferece, Obrigado a todos vocês que esteve sempre ao meu lado.
Ao Reverendissimo Reitor Pe. Paulo, por me ajudar a ingressar na vida acadêmica, pela confiança depositada em
mim, tornando possível a realização do meu sonho.
Aos Profs, de modo especial ao Profo Evandro Emanoel, Profo. Cristiano Manoel (Cris), Profo. Flávio, Profo.
Júnior, Profa Márcia, Profa. Ana Claudia, Profo Lula, que com seu brilhantismo enriqueceram meus dias. Pelos
inúmeros ensinamentos, lições, paciência que tiveram comigo, e por ter tido humildade de aceitar minhas limitações
com tamanha honradez e pelo inestimável apoio, M uito Obrigado.
Aos meus colegas e amigos de faculdade, em especial aos meus maninhos de facul Mariane e Tauan pelos
ensinamentos de como a vida deve ser levada de maneira simples e com lealdade. Para conseguir a amizade de uma
pessoa digna é preciso desenvolvermos em nós mesmos as qualidades que naquela admiramos. Ao longo desses anos
passamos por cada uma, que ficará marcadas em meu coração. Muito Obrigado
As amigas de faculdade Bruna Mara do Amaral Verdelli e Bruna Carolina da Silva Marcelino, entre tantos
outros, por tudo que passamos juntos nesta longa jornada e pela saudade que ficará. Teremos historias para contar por
um bom tempo...Afinal, Deus não quis que fiquemos sozinhos, por isso inventou os amigos.
A minha maezinha, Tina Obrigado pelas conversas, pelas vezes ao qual voçê foi minha psicologa e ficamos até altas horas conversando e voçê
sempre me aconselhando, lembra?! me mostrando coisas que eu não conseguia enxergar, obrigado também pelas
vezes ao qual sua casa esteve sempre aberta para mim, pelos almoços, jantares, pousadas...enfim pela sua amizade,
consideração, dedicação e confiança depositada em mim...Pode esperar você não ficará livre de mim tão facil
assim...(rs)...Valeu Tininha!
.
A minha parceira Tainá
Conseguimos, e vai chegar um tempo que a saudade vai ficar mais forte e duradoura, dando angústia, mas lembre-se
que a saudade não significa que estamos longe, e sim que um dia estivemos juntos, e que essa saudade é a saudade de alguém ao qual não pode ficar. Cuide-se nesta nova fase, mas saiba que não lhe esquecerei, pois a nossa amizade foi
feita na rocha e firme como ela permanecerá, poderemos nos distanciar um dia, mas o que você é e será para mim
ficará guardado no meu coração para a vida inteira. Muito obrigado pelas conversas, conselhos amorosos (rs), pelas
risadas, pela sua amizade...Amigos também se amam, por isso parceirinha, TE AMO! Valeu.
Murilo Centureli Pitondo Ao meu parceiro de monografia, Ripa Branca
Gostaria de te agradecer por ser paciente comigo, principalmente nos meus momentos de estresse total, pela
colaboração, pelo incentivo de continuar mesmo sentindo algumas dificuldades e pela capacidade de terminar esta
pesquisa conforme planejado. Obrigada pelas pipocas, coca-cola, lanches e conversas que rolaram no decorrer deste
trabalho. Não tente adivinhar o que as pessoas pensam a seu respeito. Faça a sua parte, se doe sem medo. O que importa mesmo é o que você é! Mesmo que outras pessoas não se importem. Atitudes simples podem melhorar sua
vida. Um covarde é incapaz de demonstrar amor, isso é privilégio dos corajosos. “Quem sabe concentrar-se numa
coisa e insistir nela como único objetivo, obtém, ao cabo, a capacidade de fazer qualquer coisa.” Valeu a pena
parceiro!!!
As minhas parceiras Bruna Loka e Bruna Jatobá,
Não me dêem fórmulas certas, por que eu não espero acertar sempre. Não me mostrem o que esperam de mim, por
que vou seguir meu coração. Não me convidem a ser igual, por que sinceramente eu sou diferente. Não sei amar pela
metade. Não sei viver de mentira. Não sei voar com os pés no chão. Sou sempre eu mesma, mas com certeza não
serei a mesma para sempre. Saibam que quando estamos juntas se cercar vira hospício e se cobrir vira circo (risos). Esses 4 anos foram muito importantes pra mim! Como esquecer o „quarteto fantástico?‟ (Tainá, Jack, Loka e Jatobá).
Foram momentos marcantes demais, que permaneceram sempre na lembrança. Agradeço muito à vocês por estarem
sempre presentes nos momentos em que mais precisei. Muito obrigado pelo apoio, conselhos, ajuda na realização
deste trabalho, respeito e confiança! Amo muito vocês. “Quando não se pode fazer o que se deve, deve-se fazer o que
se pode.”
Tainá Tridapalli Noronha
RESUMO
Entre os recursos mais utilizados nas ultimas décadas, a laserterapia de baixa potência tem auxiliado a cicatrização de feridas por meio dos seus efeitos
biomoduladores. Além do comprimento de onda, o laser possui outras variáveis para modular a atividade celular, com fluência, potência, tempo de tratamento e irradiância. O ultra-som terapêutico é um recurso físico muito empregado como
coadjuvante na promoção do reparo tecidual. A cicatrização de feridas é um processo complicado, interativo e integrativo, que envolve atividade celular e
quimiotática, com liberação de mediadores químicos associados a respostas vasculares. O presente estudo tem como objetivo avaliar o efeito do laser GaAsAl (830 nm) isolado e associado com o laser InGaAIP (685nm), e o ultra-
som na cicatrização de feridas em ratos, através de análise de índice de retração e fotogrametria computadorizada. Foram divididos 3 grupos de 8
animais cada, sendo o G-LIA (grupo laser InGaAIP + laser GaAsAl), G-USP (grupo ultra-som) e G-LIR ( grupo laser GaAsAl).O experimento foi realizado com os lasers modulados com densidade de potência de 10J/cm2 e irradiância
de 35mW e o ultra-som modulado com freqüência de 1MHz, 0,5W/cm2 por 5 min, durante 7 dias, sendo que no oitavo dia, cada animal foi sacrificado.
Foram fotografadas as lesões e analisadas pelo índice de retração e fotogrametria computadorizada de cada ferida dos ratos, os resultados foram avaliados pelo teste post-hoc HSD de Tukey. O G-LIA apresentou média de
56,5% da retração da lesão, enquanto o G-LIR apresentou 57,6% e o G-USP apresentou o pior resultado, com média de 36,5% do índice de retração das
feridas. Os achados obtidos neste trabalho permitem concluir que os grupos G-LIA e G-LIR não apresentaram diferenças significativas no processo de reparação tecidual no modelo de pesquisa proposto com média de índice de
retração de 56,5% e 57,6% respectivamente, entretanto ambos apresentaram resultados significativos quando comparados com o G-USP, que obteve a
menor eficácia com a média de 36,5%.
Palavras-Chaves: Reparo Tecidual. Laser de Baixa Potência. Ultra-som terapêutico. Laserterapia. Fisioterapia.
ABSTRACT
Among the resources used in more recent decades, the low-power laser
has helped the healing of wounds through its effects biomodulator. In addition to the wavelength, the laser has other variables to modulate cellular activity, with
fluency, potency, duration of treatment and irradiance. The ultrasound therapy is a very physical employed as an adjunct in promoting tissue repair. The healing of wounds is a complicated, interactive and integrative, involving cellular
activity and chemoattractant, with release of chemical mediators associated with vascular responses. This study aims to evaluate the effect of GaAsAl laser
(830 nm) isolated and associated with the InGaAIP laser (685nm), and only the ultrasound on wound healing in rats, through analysis of index of retraction and photogrammetry computed. They were divided 3 groups of 8 animals each, and
the G-LIA (laser group InGaAIP + laser GaAsAl), G-USP (group ultrasound) and G-LIR (GaAsAl laser group). The experiment was conducted with the modulated
lasers with power density of 10J/cm2 and irradiance of 35mW and ultrasound modulated with a frequency of 1MHz, 0.5 W/cm2 for 5 min for 7 days, and on the eighth day, each animal was sacrificed. The lesions were photographed and
examined by the index of retraction and photogrammetry computed for each of the injured rats, the results were evaluated by the test of post-hoc Tukey HSD.
The G-LIA had an average of 56.5% of the retraction of the lesion, while the G-LIR showed 57.6% and G-USP had the worst outcome, with an average of 36.5% of the index of retraction of the injured. The findings in this study
suggests that the groups G and G-LIA-LIR showed no significant differences in the process of tissue repair in the search model proposed with the average rate
of shrinkage of 56.5% and 57.6% respectively, however both had significant results when compared with the G-USP, who got the worst result with an average of 36.5%.
Keywords: Tissue repair. Low-power laser. Therapeutic ultrasound. Laser. Physiotherapy.
Lista de Tabelas
Tabela 1. Classificação dos laser de baixa potênica............................................ 19
Tabela 2. Caracteristicas do lase de baixa potência utilizado na pesquisa...... 19
Tabela 3. Média percentual das lesões, G-USP ................................................... 32
Tabela 4. Média percentual das lesões, G-LIR ..................................................... 33
Tabela 5. Média percentual das lesões, G-LIA ..................................................... 33
Tabela 6. Média percentual de retração comparativa por grupos ...................... 34
Tabela 7. Resultados do teste de Tukey ................................................................ 34
Lista de Figuras
Figura 1. Aparelho de Laserterapia ......................................................................... 25
Figura 2. Aparelho de Ultra-som terapêutico ......................................................... 25
Figura 3. Bomba de Anestesia ................................................................................. .26
Figura 4. Aplicação dos pontos de Laser ............................................................... 29
Figura 5. Aplicação do ultra-som dentro e fora da lesão ..................................... 30
Figura 6. Programa imagelab ................................................................................... 31
Figura 7. Digitalização e conversão das fotos para o formato BMP .................. 32
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
cm: Centímetros
cm2 : Centímetro quadrado
CO2: Dióxido de Carbono
DE: Densidade de Energia
DP: Densidade de Potência
GaAs: Arseneto de Gálio
GaAlAs: Arseneto de Gálio e Alumínio
Hz: Hertz
He-Ne: Hélio Neônio
InGaAIP: Fosfeto de índio Gálio e Alumínio
J: Joule
J/cm2: Joule por Centímetro quadrado
KHz: Kilo Hertz
Laser: light amplification by stimulated emission of irradiation (amplificação da l
uz por emissão estimulada da radiação.
L.B.P.: Laser de Baixa Potência
LED: Diodo emissor de luz
MHz: Mega hertz
mm: Milímetros
mm2: Milímetros quadrados
mW: Miliwatts
Nd:YAG: Neodímio dopado em matriz cristalina de Y3 Al5Oi 2
Nm: Nanômetro
S.Z.D: Sulfadiazina de Prata
us: Micro segundos
U.S.: Ultra-Som
U.S.B.I.: Ultra-som de Baixa Intensidade
U.S.P.: Ultra-som Pulsado
W: Watts
W/cm2: Watt por centímetro quadrado
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 13
1 CONCEITOS PRELIMINARES .................................................................... 15
1.1 Sistema tegumentar ....................................................................................... 15
1.1.1 A reparação tegumentar ................................................................................ 15
1.1.2 Fase de inflamação ........................................................................................ 16
1.1.3 Fase de proliferação....................................................................................... 17
1.1.4 Fase de remodelação celular........................................................................ 18
1.2 O laser terapêutico ......................................................................................... 18
1.2.1 Efeitos terapêuticos do laser de baixa potência no reparo tecidual ....... 21
1.3 O ultra-som terapêutico ................................................................................. 21
1.4 Efeitos terapêuticos do ultra-som................................................................. 22
1.4.1 Mecanismos de interação do ultra-som com tecidos biológicos ............. 23
2 O EXPERIMENTO .......................................................................................... 24
2.1 Delimitação do campo de pesquisa ............................................................. 24
2.2 Material e Método ........................................................................................... 24
2.3 Animais de experimentação.......................................................................... 26
2.4 Caracterização dos Grupos .......................................................................... 27
2.5 Local da Pesquisa .......................................................................................... 27
2.6 Equipamentos.................................................................................................. 28
2.7 Procedimento cirúrgico .................................................................................. 28
2.8 Eutanásia dos animais ................................................................................... 28
2.9 Grupos experimentais .................................................................................... 29
2.10 Aplicação do laser terapêutico...................................................................... 29
2.11 Aplicação do ultra-som .................................................................................. 30
2.12 Análise estatística ........................................................................................... 30
2.13 RESULTADOS................................................................................................ 31
2.14 DISCUSSÃO ................................................................................................... 35
2.15 CONCLUSÃO ................................................................................................. 39
REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 40
13
INTRODUÇÃO
A pele é um excelente órgão de proteção ao corpo, onde a interrupção
na continuidade desta representa uma ferida. A cicatrização de feridas é um
processo complicado, interativo e integrativo, que envolve atividade celular e
quimiotática, com liberação de mediadores químicos associados a respostas
vasculares. (MARCOM; ANDRÉ, 2005, p.25).
Para que se possa dar a completa cicatrização é necessária à
eliminação dos agentes agressores, a manutenção do poder de regeneração
das células e da irrigação e nutrição adequada. A fisioterapia objetiva, nos
processos ulcerativos, a redução no período de cicatrização destes.
A úlcera resulta da perda de tecido. Sua profundidade varia desde a de
uma erosão superficial até a perda profunda do tecido, comprometendo a
derme, o tecido subcutâneo e as estruturas subjacentes. (PITONDO et al.,
2007; SILVA, 2007).
De acordo com Pitondo et al. (2007) a aplicação da radiação laser é
realizada por pontos com distância de um centímetro aplicados na borda e no
interior da úlcera, onde toda a região deve ser irradiada pela luz laser. O
tratamento com laser de baixa potência nessas lesões é normalmente longo
chegando há meses.
O laser de baixa potência que, quando comparado a outros recursos
utilizados rotineiramente, apresenta efeitos notáveis sobre a remodelação de
tecidos cicatriciais, ocasionando a redução de edema, a diminuição do
processo inflamatório e o aumento da fagocitose, da síntese de colágeno e da
epitelização. A radiação estimula a produção de colágeno pelos fibroblastos;
modifica estes em miofibroblastos, os quais estão envolvidos na contração de
tecido de granulação; produção de ATP, acréscimo na atividade dos linfócitos
atingindo efeito antibacteriano de modo anti-séptico e melhora na
vascularização.
De acordo com (MONTEIRO NETO, 2004), a utilização do laser de baixa
intensidade nos processos de reparação dos tecidos biológicos vem sendo
investigados desde a década de 60.
14
Segundo Baldan (2005), o laser de baixa potência tem sido utilizado
para diminuir o tempo de cicatrização de feridas e melhorar as condições do
tecido bioestimulado. Estudos têm sido feitos com finalidade de descobrir quais
são os mecanismos da interação laser-tecido, envolvidos neste processo.
(MONTEIRO NETO, 2004; BALDAN, 2005; CORAZZA, 2005; PITONDO et al.,
2007; OLIVEIRA, 2007, PITONDO, 2008; NORONHA, 2008; VERDELLI, 2008).
Estudos clínicos recentes mostram que o ultra-som terapêutico tem sido
utilizado para cicatrização (CAMARGO, 2007). Segundo Koeke, 2003, em seu
estudo os animais tratados com fonoforese são os que apresentaram melhores
resultados.
Dentro da prática clínica do fisioterapeuta, o ultra-som é um dos
recursos mais utilizados no tratamento de lesões de tecidos moles, podendo
afetar a reparação tecidual de várias maneiras, dependendo do estágio da
lesão e dos parâmetros usados. Entretanto, pesquisas recentes têm revelado
grande inconsistência com o uso do ultra-som, referentes à intensidade, ao
modo de emissão e à duração do tratamento.
O ultra-som terapêutico é um recurso físico muito empregado como
coadjuvante na promoção do reparo tecidual. Estudos sobre a ação de energia
ultra-sônica na regeneração de pele animal (FERREIRA, 2005; MENDONÇA,
2006) originaram novos procedimentos no tratamento, desde úlceras venosas
(ANASTÁCIO, 2000; SANTANA, 2006), úlceras de pressão (CAMARGO, 2007;
CAMPANELLI, 2005), reparação óssea (BEZERRA, 2005; LANDA, 2005;
LEITE, 2005; HAACH, 2006) entre outros.
Estudos clínicos recentes mostram que o ultra -som pode reduzir
edemas, favorecer a circulação sanguínea, relaxar a musculatura, aliviar a dor,
acelerar o reparo tecidual e modificar a formação de cicatriz (BASSOLI, 2001;
OLIVEIRA, 2004; CAMPANELLI, 2005; FERREIRA, 2005; CAMARGO, 2006;
MENDONÇA, 2006; ALFREDO, 2008).
Estudos recentes mostraram que a utilização do laser de baixa potência
é eficaz em pacientes portadores de úlcera, permitindo a cicatrização destas
agindo diretamente na microcirculação, produzindo uma nova vascularização,
resultando uma melhora nutricional do tecido, beneficiando a multiplicação
celular e por fim regularizando a reparação tecidual. (PITONDO, et al., 2007)
Após a realização da pesquisa foi levantado o seguinte problema:
15
Os grupos experimentais irradiados com os lasers de baixa potência
analisados, apresentarão diferenças com relação ao grupo do ultra-som
terapêutico?
1 CONCEITOS PRELIMINARES
1.1 Sistema Tegumentar
A pele consiste em duas camadas distintas: a epiderme e a derme. A
pele deriva-se de duas linhagens de células germinativas: o ectoderma, que
origina a epiderme, e a derme de origem mesenquimal. Essas duas camadas
unem-se numa zona de membrana basal denominada lâmina basal.
De acordo com GOLDMAN, AUSIELLO (p. 2858, 2005) ―A epiderme,
que é uma camada epitelial escamosa estratificada, contém muitos níveis
diferentes de estrutura e função.‖ Ela é mantida unida por estruturas de adesão
distintas denominadas desmossomas. A derme papilar é uma matriz de
colágeno que contém os vasos sanguíneos que nutrem a epiderme. A derme
reticular é um coxim mais resistente que protege o tecido subjacente e contém
estruturas anexiais epidérmicas. A derme é separada da fáscia e do músculo
subjacente por uma camada de tecido adiposo subcutâneo que permite à pele
mover-se livremente em relação às estruturas internas mais profundas.
1.1.1 A Reparação Tegumentar
A pele é o maior alvo de injúrias na maioria das pessoas e é o
preeminente modelo usado para estudar a cicatrização em animais e humanos.
A cicatrização é um processo complexo com três fases seqüenciais:
inflamação; proliferação e a maturação de tecido; e remodelamento de tecido.
A última fase de tecido se prolonga por semanas a meses após o fechamento
16
da ferida, e o fibroblasto é o marco principal do remodelamento da derme, dos
vasos e da membrana basal.
De acordo com GOLDMAN; AUSIELLO (p. 2864, 2005) ―anormalidades
vasculares (insuficiência arterial, estase venosa e microangiopatia) são
comumente associadas à cicatrização pobre‖. Pobre cicatrização é também um
sério problema em pacientes com infecções crônicas ou má nutrição. Pacientes
com doenças cutâneas extensas, especialmente doenças mecanobolhosas ou
imunobolhosas, como epidermólise bolhosa ou pênfigo, também demonstram
defeitos na cicatrização. (GOLDMAN; AUSIELLO, p. 2864, 2005). Esforços
para promover a cicatrização nessas situações se concentram no reparo e na
reversão da doença vascular, reversão de edema de tecido, aplicação de
fatores de crescimento para estimular angiogênese e migração dos
queratinócitos e uso de antibiótico para diminuir a infecção local.
1.1.2 Fase de Inflamação
A fase inflamatória na cicatrização da ferida é considerada um processo
preparatório para a formação do novo tecido. É, em geral, decorrente de uma
lesão ou doença causada pela interrupção na fisiologia normal de um tecido.
Esta fase estende-se do 1° ao 10° dia (CORAZZA, 2005).
A perda de sangue tecidual ativa as plaquetas e a coagulação
sanguínea, para limitar o extravasamento de sangue no tecido. Estudo recente
demonstra que o coágulo sanguíneo proporciona uma matriz provisória, que
facilita a migração das células até a ferida. (CORAZZA, 2005). O estágio inicial
da inflamação é caracterizado por alterações vasculares, após a injúria de
vasos sanguíneos, ocorre vasoconstrição, por uma trama de fibrinoplaquetária
que adere a parede do vaso na tentativa de controlar a hemorragia. Essa
reação dura de 5 a 10 minutos, e em seguida ocorre a vasodilatação das
vênulas. Para facilitar a permeabilidade vascular, são liberadas numerosas
substâncias vasoativas como a histamina, serotonina e prostaglandina, durante
dois a três dias, promovendo sinais cardeais de inflamação como dor, calor,
rubor, edema e perda de função.
17
Segundo Corazza (2005), ―as células inflamatórias têm um importante
papel durante a cicatrização de feridas, contribuindo para liberação de enzimas
lisossômicas e produtos de oxigênio, facilitando a limpeza de debris tecidual e
bactérias.‖ Os neutrófilos e monócitos são as primeiras células a chegarem
numa lesão tecidual. Sendo a principal função do neutrófilo a fagocitose. Os
monócitos se diferenciam dos macrófagos, migrando do interior dos vasos
sanguíneos até o espaço tecidual.
1.1.3 Fase de Proliferação
Durante as primeiras 24 horas após uma lesão, fibroblastos e células
endoteliais vasculares começam a proliferar para formar em 3 a 5 dias o tecido
de granulação, caracterizado histologicamente pela formação de novos e
pequenos vasos permeáveis, proliferação de fibroblastos, presença de
macrófago, colágeno imaturo e substância matricial. Os macrófagos são
responsáveis pela fagocitose e auxiliam na liberação de fatores de crescimento
em conjunto com as plaquetas. Com a proliferação do tecido de granulação,
ocorre o estimulo dos fibroblastos e conseqüente produção de colágeno,
caracterizado o processo de fibroplasia, presente no estagio proliferativo do
reparo tecidual. Na cicatrização de feridas por segunda intenção ocorre a
formação de uma quantidade muito maior de tecido de granulação para
completar o reparo, quando comparada com a cicatrização por primeira
intenção. (ROBBINS et al.,2000)
No estudo de SILVA (2007), no estágio de proliferação, a presença de
colágeno tipo III e tipo IV produz parte da membrana basal e uma sustentação
estrutural, respectivamente. Inicia-se o processo de contração da ferida,
desenvolvido por fibroblastos especiais ricos em actina localizados nas bordas
das feridas, denominados miofibroblastos. Tais células realizam contração
concêntrica, promovendo o fechamento do ferimento.
1.1.4 Fase de Remodelação Celular
18
A remodelação é o último estágio do processo de reparo tecidual,
consiste na reposição parcial do colágeno tipo III, predominante no estagio
proliferativo, pelo colágeno fibrilar maduro tipo I (CORAZZA, 2005). As fibras
colágenas tornam-se mais espessas e orientadas em paralelismo, resultando
em maior resistência à tensão. (SILVA, 2007).
1.2 O Laser Terapêutico
A palavra LASER é um acrônimo de origem inglesa que significa ―Light
Amplification by Simulated Emission of Radiation‖, o quer dizer, amplificação da
luz por emissão estimulada de radiação. (MONTEIRO NETO, 2004; SILVA,
2007).
O laser nada mais é do que uma luz com características especiais existe
muitos tipos de laser, com o mesmo principio básico para produzir um feixe de
laser.
A amplificação da luz por meio da estimulação da emissão da radiação
refere-se à produção de um feixe de radiação que difere da luz comum nos
aspectos, tais como, monocromaticidade, coerência e colimação. A radiação
laser é monocromática, ou seja, de comprimento de onda único, coerente tanto
em fase (coerência temporal) como em direção (coerência espacial), o feixe é
paralelo, se comporta como todas as radiações, ou seja, é refletida, sofre
refração, portanto pode ser focada ou difundida, é absorvida como as
radiações, produzida pela emissão de um grande número de fótons idênticos a
partir de um material energizado apropriado. (LUZ, 2005).
O laser de hélio-neônio (He-Ne) emite luz vermelha, pois tem o
comprimento de onda de 632,8 nm (nanômetro) e potência entre 30 mW
(miliwatts) a 50mW. O laser de Arsenieto de Gálio (GaAs), emite comprimento
de onda entre 904 nm, a uma potência de 10 a 15mW sendo invisivel e
pulsado. O Laser de Arsenieto de Gálio e Alumínio (GaAlAs), emite um
comprimento de onda de 780 nm a 870 nm na faixa infravermelha, com uma
densidade de potência entre 20 mW a 100 mW. (RUARO, 2006).
19
A quantidade de energia que cai em uma superfície é expressa em
joules por metro quadrado ou joules por centímetro quadrado, e geralmente é
chamada de densidade de energia, a potência média por unidade de área pode
ser expressa como irradiância ou densidade de potência em W/cm2 (Watts por
centímetro quadrado).
De acordo com BALDAN (2005), o laser de baixa potência é muito
utilizado para diminuir o tempo de cicatrização de feridas e melhorar as
condições do tecido que passou pelo processo de reparação. Estudos têm sido
feitos com a finalidade de descobrir quais são os mecanismos da interação
laser-tecido, envolvidos neste processo.
Tabela 1. Classificação dos Laser de baixa potência e seus comprimentos de
onda, e os tipos disponives no mercado.
Tipo de Laser Comprimento de Onda
HeNe 633 nm
InGaAlP 633-700 nm
GaAlAs 780-890 nm
GaAs 904nm
CO2 10.600 nm
Rubi 694 nm
Nd:YAG 1.064 nm
Fonte : Monteiro Neto, 2004.
O laser de baixa intensidade utilizado e suas características técnicas e
comprimentos de onda foram descritos conforme o manual do fabricante na
tabela 2.
Tabela 2. Características do Laser de baixa potência uti lizado na pesquisa.
EMISSOR VISÍVEL EMISSOR INFRAVERMELHO
continuação
20
Comprimento de onda : 685 nm Comprimento de onda : 830 nm
Potência do emissor : 50mW Potência do emissor : 500mW
Pulsado / Continuo Pulsado / Continuo
Meio ativo : InGaAlP Meio ativo : GaAlAs
Fonte: Elaborada pelos autores, 2008.
Segundo Damante (2003), os trabalhos que relatam o uso do laser de
baixa potência no reparo tecidual são de sua maioria da área médica.
Segundo Baldan (2005), a bioestimulação ou reações laser-catalisadas
referem-se à aplicação de energia eletromagnética de baixa intensidade,
geradas pelo laser, que influenciam as funções celulares, tais como,
estimulação ou inibição de atividades bioquímicas, fisiológicas e proliferativas.
A gravidade dos efeitos depende do comprimento de onda e das doses
utilizadas.
Em estudos recentes pode se observar que o laser de baixa potência
não acelera a cicatrização na pele, mas melhora sua qualidade de reparação
tecidual (PITONDO et. al., 2007), já em ossos, tendões e nervos acelera a
reparação.
Os diversos efeitos promovidos pelo laser terapêutico de baixa potência;
acelerar a velocidade na reparação tecidual, aceleração da neovascularização,
oclusão de feridas, maior formação do tecido de granulação, proliferação dos
fibroblastos, proliferação das fibras colágenas, aumento da síntese de ATP,
liberação de histamina pré-formada, redução do pH intracelular e alteração na
proliferação e motilidade celular, fagocitose, resposta imune e respiração.
(BARBOSA, 2006; CHIESA, F.L., 2006; PITONDO et al., 2007). Atua na fase
proliferativa do processo inflamatório, age como antiedematoso através do
estímulo da microcirculação. (LUZ, 2005).
O cromófago de absorção do laser de baixa potência é a mitocôndria e
citoplasma, dependendo do espectro do L.B.P. utilizado.
1.2.1 Efeitos Terapêuticos do Laser de Baixa Potência no Reparo Tecidual.
21
O laser de baixa potência era utilizado com uma luz guia para laser de
alta potência em cirurgias. Este recurso terapêutico é investigado no reparo de
diversos tecidos biológicos. (BARBOSA, 2006).
O laser de baixa potência é um recurso fisioterapêutico bastante
utilizado nos processos cicatriciais. Segundo Baldan (2005), o laser de baixa
potência promove um acréscimo da produção da síntese de ATP,
incrementando a produção de proteínas necessárias para a adequada
cicatrização; aumenta a produção de enzimas ligadas ao processo de
regeneração tecidual como a superóxido dismutase (SOD), que é um agente
antioxidante; modula o recrutamento de leucócitos para o sitio de lesão,
favorecendo a fagocitose; promove a angiogênese necessária para realizar o
processo de reparação tecidual.
A radiação luminosa do laser, quando atinge o tecido biológico pode ser
refletida, transmitida, absorvida ou espalhada. O principal parâmetro da
interação laser-tecido é a absorção, pois dela depende a quantidade de energia
radiado ao tecido e os efeitos nele provocados. De acordo com REIS (2006),
dependendo da energia do fóton e da posição da caneta laser, a radiação pode
ser transferida à molécula causando transições rotacionais, vibracionais ou
eletrônicos, provocando nos tecidos, efeitos fotoquímicos, fotofísicos,
fototérmicos, fotomecânicos e fotoelétricos.
Para REIS (2006), o principio básico da laserterapia é o fato que a
irradiação possui capacidade de alterar o comportamento celular sem que seja
necessária a presença de aquecimento, sendo denominada terapia de baixa
potência ou intensidade.
1.3 O Ultra-Som Terapêutico
O ultra-som (U.S.) é um aparelho que emite vibrações longitudinais ou
transversais cuja freqüência é superior a 17.000Hz (Hertz). O domínio
terapêutico está compreendido entre 500 KHz (Kilo Hertz) e 3MHz (Mega
Hertz). A produção das ondas decorre das propriedades físicas do quartzo
piezoelétricas, composto de um gerador de alta freqüência e um disco de
quartzo piezoelétrico movido pela corrente elétrica, fechado dentro de
22
transdutor, a potência é expressa em W/cm2, essa energia é dependente de
algumas características do U.S.; freqüência, intensidade, amplitude, foco e
uniformidade do feixe. (FERREIRA, 2005). A propagação só se faz em meio
sólido ou líquido e pode ser interrompida por uma fina camada de ar.
As ondas ultra-sônicas podem propagar-se de duas maneiras: continuo
ou pulsado. No modo continuo não ocorre interrupção da onda ultra -sônica e
há uma deposição ininterrupta de energia nos tecidos irradiados, já no modo
pulsado há interrupções regulares e reguláveis na liberação da energia nos
tecidos irradiados. (FERREIRA, 2005).
O objetivo terapêutico do ultra-som é para estimular respostas
fisiológicas à lesão ou acelerar alguns processos, como transporte de fármacos
através do tegumento. Em 2008, Marcelino et. al., estudou os efeitos do U.S.
contínuo e pulsado e concluiu que o ultra-som acelera o processo de reparação
tecidual, estimulando uma melhor cicatrização da pele.
O uso do ultra-som terapêutico é contra indicado em lesões
tuberculosas, evolutivas, afecções cancerosas, transplantes recentes, útero
gravídico, epífises infantis, metal no campo ultra-sônico, tromboses venosas e
tumores.
1.4 Efeitos Terapêuticos do Ultra-Som
Em relação à interface transdutor-pele, se o contato com a pele não for
feito, há reflexão, aquecimento rápido do projetor, redução da transmissão U.S.
nos tecidos e perigo de queimadura. A absorção aumenta com a freqüência,
quanto maior a profundidade, menor a freqüência. Nos efeitos mecânicos, as
pressões alternadamente positivas e negativas produzem efeito mecânico
intenso sobre os tecidos, provocando determinado número de conseqüências
biológicas. Os efeitos térmicos provocam hiperemia com vasodilatação e
aceleração da circulação linfática. A associação dos efeitos térmicos e da
micromassagem determina o aparecimento de substância de tipo histamínico
que provocam hiperemia capilar. A menor camada de ar forma obstáculos aos
23
ultra-sons. Um contato íntimo é feito por meio de substâncias gordurosas,
condutoras, como o óleo de parafina ou géis específicos.
Em 2007, Visnardi, revisou vários autores e concluiu que a utilização do
ultra-som pode ser aplicada em úlceras venosas e de pressão; cicatrização
tendinosa; consolidação de fraturas e pseudo-artrose; reparação de tecido
ósseo animal; regeneração muscular; estímulo a angiogênese; e na melhora do
tecido cicatricial.
Segundo Durigan (2006), que revisou os mecanismos e interações do
ultra-som terapêutico nos tecidos biológicos, visando às respostas de cada tipo
de tecido biológico, mostrou efeitos em síntese de colágeno, proliferação
celular, reparação tecidual, circulação, angiogênese, tecido ósseo e concluiu
que o ultra-som ainda consiste em um recurso controverso, quanto as suas
interações e efeitos nos tecidos biológicas sendo necessárias mais
investigações.
1.4.1 Mecanismos de Interação do Ultra-Som com Tecidos Biológicos
O ultra-som terapêutico acelera não somente a cicatrização de feridas,
mas também as tendinites, bursites, espasmos músculo-esqueleticos, redução
de edema e dor. (SGANZELLA, 2007). Tal recurso terapêutico possui efeito
sobre os radicais livres facilitando assim a microcirculação, mediadores de
processo inflamatório, infiltração celular e reparo dos tecidos moles,
favorecendo assim uma boa cicatrização. (SANTANA, 2006).
O ultra-som terapêutico interage com os tecidos biológicos por meios de
mecanismos térmicos e não térmicos ou mecânicos, de acordo com o modo de
propagação da onda, continua ou pulsada. Onde os dois mecanismos ocorrem
simultaneamente.
A irradiação ultra-sônica promove o aquecimento dos tecidos biológicos
devido à absorção de parte da energia mecânica do ultra-som, causando um
aumento do fluxo sanguíneo local, aumento temporário na extensibilidade das
estruturas colagenosas, como tendões, ligamentos e cápsulas articulares,
24
diminuição da rigidez articular, redução da dor e do espasmo muscular e
produção de uma discreta reação inflamatória. (FERREIRA, 2005).
Mendonça et al. (2006), em seus estudos constatou que, os efeitos do
ultra-som pulsado de baixa intensidade (30mW/cm2) sobre a cicatrização de
lesões cutâneas, estimulam moderadamente a cicatrização cutânea por 2°
intenção em condições experimentais, com potencial para aplicação clínica em
humanos. Os animais foram estimulados após a lesão, divididos em grupos de
acordo com o tempo de lesão (3, 7 e 14 dias), por 10 minutos em dias
alternados. Constatado uma diminuição significativa de células inflamatórias, e
um incremento na angiogênese. Contudo as observações na formação de
colágeno em derme e epiderme não foram diferentes significativamente, mas
as análises qualitativas indicam uma estimulação.
2 O EXPERIMENTO
2.1 Delimitação do Campo de Pesquisa
A pesquisa foi realizada no biotério do Centro Universitário Católico
Salesiano Auxilium, UNISALESIANO (unidade I), situada na Rua Dom Bosco,
265, Vila Alta do município de Lins-SP, no período de dezembro de 2007 a
janeiro de 2008.
2.2 Material e Método
Foram utilizadas luvas de procedimento, máscara de procedimento,
aparelho laser (figura 1), Ultra-som terapêutico (figura 2), gel clínico para uso
em fisioterapia, medicina e estética da marca RMC®, óculos de proteção,
bomba de anestesia (figura 3, desenvolvida pelos autores, baseada no estudo
de CORAZZA, 2005), balança, régua desenvolvida pelos autores, fita crepe,
25
caneta retroprojetora pilot WBM-7 azul, máquina fotográfica digital da marca
olympus® X-785 7.1 megapixel, algodão, bisturi cirúrgico, tesoura cirúrgica,
pinça cirúrgica, pinça dente de rato, lâmina de barbear, álcool 70%, gaze, soro
fisiológico e éter etílico.
Fonte: elaborada pelos autores, 2008.
Figura 1 - Foto do Aparelho de Laserterapia da marca DMC®.
Fonte: elaborada pelos autores, 2008.
Figura 2- Aparelho de Ultra-som Terapêutico, Avatar V da marca KLD®.
26
Fonte: elaborada pelos autores, 2008.
Figura 3 – Bomba de Anestesia.
Os animais foram pesados e divididos em gaiolas individuais, cujas
gaiolas continham água, ração em abundância. Antes da indução da injuria os
animais foram anestesiados, em seguida posicionados a maquina de sedação,
dando inicio a tricotomia e esterilizado o local da lesão com álcool 70% e
depois realizado a injuria, ao termino da lesão o local foi limpo com soro
fisiológico e fotografado com o uso de uma régua, contendo a identificação do
rato e para limitar a área da lesão. No dia procedente a lesão foi dado o inicio
do tratamento. Para realizar a lesão foi usado um punch estéril de
circunferência de 3 mm.
2.3 Animais de Experimentação
Foram utilizadas 24 ratos fêmeas (Rattus norvegicus albinus) da
variedade Wistar adultos jovens, com peso corporal médio de 254 gramas
(variação 249 - 284g), fornecidas pelo Biotério do Centro Universitario Católico
Salesiano Auxilium de Lins. Os animais foram mantidos em gaiolas plásticas
27
individuais, em temperatura ambiente controlada, mantidos em fotoperíodo de
12 horas com livre acesso à água e alimentação padrão. Os 24 animais foram
distribuídos aleatoriamente em 3 grupos com 08 animais em cada.
2.4 Caracterização dos Grupos
A caracterização dos grupos se deu através do tipo de estimulação que
cada grupo recebeu.
Grupo Experimental – ultra-som terapêutico - (G-USP)
Neste grupo, os animais, foram irradiados com ultra-som pulsado
(U.S.P.) modulado com freqüência de 1Mhz , 0,5W/cm2, após o período de sete
dias, foram eutanasiados.
Grupo Experimental – laser infravermelho 830nm (G-LIR)
Neste grupo, os animais, foram irradiados com laser meio ativo de
GaAsAl com DE (densidade de energia) igual a 10J/cm2 (Joules por centímetro
quadrado), após o período de sete dias, foram eutanasiados.
Grupo Experimental – laser infravermelho 830nm associado ao laser
vermelho 685nm - (G-LIA)
Neste grupo, os animais, foram irradiados com laser meio ativo GaAsAI
associado ao laser meio ativo de Fosfeto de índio Gálio e Alumínio (InGaAlP)
com DE igual a 10J/cm2 após o período de sete dias, foram eutanasiados.
Cada animal foi irradiado uma vez por dia durante sete dias.
2.5 Local da Pesquisa
A pesquisa foi realizada no Bioterio do Centro Universitario Católico
Salesiano Auxilium - Lins, SP. Os animais foram mantidos antes e após o
procedimento experimental no Biotério do Centro Universitario Católico
Salesiano Auxilium, em gaiolas individuais e apropriadas, em condições
28
ambientais de temperatura, luminosidade, controle de ruídos, limpeza e
cuidados especiais favoráveis.
2.6 Equipamento
Foi utilizado um aparelho de laser de baixa potência, um ultra-som
terapêutico, bomba de anestesia, uma câmera digital olympus® X-785 7.1
megapixel, para análise e aquisição de imagens.
2.7 Procedimento Cirúrgico
Os animais foram pesados no 1° dia e no último dia do tratamento, cada
rato foi anestesiado por inalação de éter etílico com a máquina de sedação, a
tricotomia foi feita na região superior, entre as escápulas, no dorso de cada
animal, e após o ato, os animais foram recolocados em gaiolas limpas
individualmente possuindo ração e água a vontade. Foram fotografados com a
régua, após a lesão no 1º, 4º e 8º dia. A lesão cortante foi realizada após a
demarcação do local a ser lesionado, com material cirúrgico. Tratados com
laser GaAsAl e InGaAlP, na modulação de 35mW, 10J/cm2, e o aparelho ultra-
som terapêutico de 1MHz, 0,5W/cm2 durante 5 minutos, tratados todos os dias
após a lesão.
2.8 Eutanásia dos Animais
A região lesada dos animais foi acompanhada diariamente, através da
avaliação clínica; diâmetro da ferida, exsudato inflamatório e/ou crosta. Os
animais foram eutanasiados com dose letal de DOPALEN® (Cloridrato de
ketamina), dose de 0,4ml/100g de peso, intra-muscular.
29
2.9 Grupos Experimentais
Foram divididos 3 grupos de 8 animais cada, sendo o G-LIA (grupo laser
InGaAIP + laser GaAsAl), G-USP (grupo ultra-som) e G-LIR ( grupo laser
GaAsAl).
2.10 Aplicação do Laser Terapêutico
A aplicação do Laser foi após a sedação do animal e colocado na
maquina sedativa para permanecer anestesiado durante toda aplicação de
laser na região dorsal das escápulas. Foi realizada a assepsia do local a ser
tratado e realizado a aplicação.
A aplicação se obteve por 5 pontos, sendo um ponto fixo no centro da
lesão, e os outros 4 pontos no contorno da injuria fechando assim a lesão em
4. O grupo G-LIR foi estimulado com o laser GaAsAl nos 5 pontos, enquanto o
grupo G-LIA foi estimulado nas bordas da lesão com o laser GaAsAl e no ponto
central da injuria com o laser InGaAlP, perfazendo um total de 28s em cada
ponto.
Fonte: Elaborada pelos autores, 2008.
Figura 4 – Aplicação dos pontos de laser em vermelho
30
2.11 Aplicação do Ultra-Som
A aplicação do ultra-som foi após a sedação do animal e colocado na
maquina sedativa para permanecer anestesiado durante toda aplicação de
ultra-som na região dorsal das escapulas. Foi realizada a assepsia do local a
ser tratado e realizado a aplicação.
Ao posicionar o animal na maquina para o procedimento, foi colocado
gel estéril no transdutor do ultra-som, para evitar a reflexão, redução da
transmissão U.S.P. nos tecidos e diminuir o perigo de queimadura, à aplicação
durou aproximadamente 5 min, sendo destes 20 s dentro da lesão e 20 s ao
redor da injuria.
Fonte: Elaborada pelos autores, 2008.
Figura 5 – Demonstração da aplicação do ultra-som dentro e fora da
lesão.
2.12 Análise Estatística
Os resultados obtidos foram submetidos à análise estatística pela
análise Variância, utilizando o teste de TUKEY para verificar a presença de
diferenças entre os grupos. Para verificar a significância da diferença
31
percentual do índice de retração, entre os grupos experimentais em cada
amostra.
2.13 Resultados
A análise morfométrica foi feita a partir de medidas de áreas de
colágeno. Foram medidos 16 campos da área da lesão em cada estimulação e
realizada a média, para cada estimulação, juntamente com o grupo G-LIA, G-
LIR e G-USP, um computador, contendo o programa para análise de imagem,
o IMAGELAB® para medidas das áreas de retração (Figura 6). Os dados
obtidos a partir da medida das áreas, foram tratados estatisticamente.
.
Figura 6 – Programa ImageLab®
Antes do processo de análise e quantificação das estruturas, todos os
campos escolhidos foram digitalizados e convertidas para o formato BMP
(figura 7), pois é um formato que apresenta a menor taxa de compressão da
imagem mantendo assim sua qualidade (PITONDO et al., 2007; MARCELINO
et al., 2008; PITONDO et al., 2008; NORONHA et al., 2008; VERDELLI et al.,
2008).
32
Fonte: Elaborada pelos autores, 2008.
Figura 7 – Digitalização e conversão das fotos para o formato BMP e
separadas as fotos por grupos.
Os dados quantificados obtidos através da digitalização de imagens para
% de índice de retração, correspondem à média de três campos por animal de
cada grupo obtendo-se 16 amostras, 8 em pré e 8 em pós, no primeiro (pré) e
no sétimo (pós) dia após a lesão cortante. Estes resultados estão
demonstrados nas Tabelas 3, tabela 4 e na tabela 5, que correspondem
respectivamente aos grupos G-USP, G-LIR, G-LIA, cuja às amostras foram
retiradas no 1° e 7° dia após a lesão.
Grupo ultra-som(G-USP)
Tabela 3. Média percentual das lesões.
Animal Lesão Inicial Lesão Final
1 0,20 0,14
2 0,31 0,33
3 0,43 0,14
4 0,31 0,14
5 0,30 0,08
33
continuação
6 0,35 0,19
7 0,27 0,24
8 0,31 0,26
Grupo laser GaAsAl (G-LIR)
Tabela 4. Média percentual das lesões.
Animal Lesão Inicial Lesão Final
1 0,52 0,53
2 0,61 0,18
3 0,67 0,22
4 0,39 0,06
5 0,86 0,16
6 0,47 0,30
7 0,45 0,12
8 0,50 0,25
Grupo laser GaAsAl + InGaAlP(G-LIA)
Tabela 5. Média percentual das lesões.
Animal Lesão Inicial Lesão Final
1 0,34 0,20
2 0,66 0,28
3 0,88 0,26
4 0,33 0,28
5 0,60 0,23
6 0,60 0,12
7 0,53 0,27
8 0,39 0,09
A média dos dados quantificados obtidos através da digitalização de
34
imagens para % de cicatrização comparada entre os grupos, estão
demonstradas na Tabela 6.
A tabela mostra os valores médios dos grupos experimentais, no 7° dia
após a lesão. Através da análise quantitativa do índice de retração dos animais
submetidos ao experimento, pode-se observar que os animais do grupo G-LIA
e G-LIR apresentaram maior percentual de retração em cicatrização (médias:
56,5% e 57,6% respectivamente), quando comparados com o grupo G-USP, e
o grupo G-USP apresentou o resultado menos expressivo, com média de
36,5% do índice de retração das feridas
Tabela 6. Média percentual de retração comparativa por grupo
Grupo Média
G-USP 36,5
G-LIR 57,6
G-LIA 56,5
Através da espectrofotometria foi possível obter e comparar os valores
da quantidade de colágeno nos diferentes grupos experimentais. A Tabela 7,
mostra os valores obtidos após o tratamento estatístico das diferenças
encontradas com a analise de variância para o colágeno. Observa-se que
ocorreram diferenças estatisticamente significativas quando relacionada o
variável colágeno dos grupos irradiados com o laser e ultra-som. Entre o grupo
G-LIA e G-LIR não houve diferença significativa. Foi observado também
diferença significativa entre os grupos de G-LIR e G-LIA com relação ao grupo
G-USP.
Tabela 7. Resultados do teste de Tukey HSD, para o percentual de retração
Teste de Tukey HSD; % Cicatrização.
G-LIA G-LIR G-USP
G-LIA 0,619041 0,000197
G-LIR 0,619041 0,000176
35
continuação
G-USP 0,000197 0,000176
p<.005
Após a análise nota-se uma evidente diferença, entre os grupos
irradiados com laser em relação ao ultra-som. Os efeitos do LBP podem ser
observados no índice de retração aumentada nos grupos irradiados,
apresentando assim uma melhor resolução da cicatrização nestes grupos.
Os achados obtidos neste trabalho permitem concluir que os grupos G-
LIA e G-LIR não apresentaram evidências significantes no processo de
reparação tecidual no modelo de pesquisa proposto com média de índice de
retração de 56,5% e 57,6% respectivamente, o G-USP obteve o resultado
menos significativo quando comparado aos grupos G-LIA e G-LIR com média
de 36,5%.
2.14 Discussão
O presente estudo objetivou verificar os efeitos do laser de baixa
potência (L.B.P.) comparado ao ultra-som, na cicatrização tecidual. O modelo
experimental utilizado foi o rato wistar, devido ao fácil manuseio e manutenção,
existem vários estudos de amostras na literatura, e apropriadamente
empregados no estudo de cicatrização envolvendo a epiderme e derme
(DOUAT, 2004; MONTEIRO NETO, 2004; BALDAN, 2005; CORAZZA, 2005;
FERREIRA, 2005; SILVA, 2007; MARCELINO, 2008; NORONHA, 2008;
PITONDO et al., 2008). Com a realização do presente estudo, foi observado
que a cicatrização foi melhor, quando comparados entre o primeiro e último dia
de tratamento.
36
Conforme estudos recentes (PITONDO et al.,2007; SILVA, 2007), o
período escolhido para avaliação foi o primeiro dia após a lesão comparando
com o sétimo dia da lesão pós tratados.
O protocolo da indução da lesão cortante foi escolhido por ser de fácil
execução dos procedimentos experimentais, este tipo de procedimento é
utilizado por diversas pesquisas. (CUZZOLIN e SILVA, 2003; FERREIRA,
2005; PITONDO et al., 2007; NORONHA et. al., 2008; PITONDO et. al., 2008).
O laser escolhido foi o diodo de InGaAlP e GaAsAl, cujo os
comprimentos de onda de 685 nm e 830 nm respectivamente, por ser de
tamanho reduzido, fácil manuseio, seguro e fácil aplicação, dentro dos
espectros de onda amplamente utilizado em diversos trabalhos (CUZZOLIN e
SILVA, 2003; BRITO, 2004; MONTEIRO NETO, 2004; PITONDO et. al., 2007;
MARCELINO et. al., 2008; NORONHA et. al., 2008; PITONDO et. al., 2008;
VERDELLI et. al., 2008.)
A dosemetria estabelecida foi embasada na literatura (MONTEIRO
NETO, 2004; BALDAN, 2005) que uti lizaram janelas dosemetricas variando de
aproximadamente 2,5 J/cm2 a 40 J/cm2 com o comprimento de onda variando
de 670 nm a 830 nm.
A terapia ultra-sônica é uma modalidade terapêutica freqüentemente
utilizada na prática da fisioterapia. O ultra-som é uma forma de energia
mecânica de alta freqüência, onde a energia é transmitida pelas vibrações das
moléculas do meio através do qual a onda esta se propagando. É o recurso
físico que pode acelerar a repararão tecidual nas suas diferentes fases, sendo
possível melhorar tanto a velocidade da cicatrização, quanto a qualidade do
tecido cicatricial. (CAMPANELLI, 2004; FERREIRA, 2005; SANTANA, 2006;
VISNARDI, 2007; MARCELINO et. al., 2008.).
Analisando os achados obtidos neste estudos com os achados da
literatura, observamos que o laser foi mais eficaz na cicatrização e na retração
tecidual quando comparado ao grupo estimulado com ultra-som.
Os efeitos benéficos do ultra-som têm sido demonstrados, sobretudo à
baixa intensidade no modo pulsado, o que minimiza o risco de lesões teciduais
que podem ocorrer com as intensidades elevadas. (FERREIRA, 2005;
SANTANA, 2006; VISNARDI, 2007; MARCELINO et al., 2008).
O presente trabalho optou por exclusão do grupo controle, pois estudos
37
comprovaram a eficácia dos grupos estimulados com laser de baixa potência e
ultra-som pulsado, quando comparado com o grupo controle ou placebo, na
reparação tecidual. (DOUT, 2004; OLIVEIRA, 2004; MONTEIRO NETO, 2004;
BALDAN, 2005; CORAZZA, 2005; FERREIRA, 2005; PITONDO et. al., 2007;
VISNARDI, 2007).
A eficácia do ultra-som de baixa intensidade (U.S.B.I.) foi comprovada
em várias investigações sobre sua influência na estimulação da neo-
osteogênese (DOUAT, 2004; BEZERRA, 2005; LEITE, 2005;) e no reparo de
outros tipos de tecidos, como a pele (CAMPANELLI, 2004; FERREIRA, 2005;
SANTANA, 2006; CAMARGO, 2007; VISNARDI, 2007), o músculo (OLIVEIRA,
2004), os nervos periféricos (RASO, 2002). Apesar de várias pesquisas já
terem comprovado os efeitos benéficos do U.S.B.I. sobre o processo de
cicatrização e regeneração de diferentes tipos de tecidos, ainda pouco se sabe
sobre os seus efeitos na cicatrização da pele. Foi, portanto, o objetivo primário
da presente investigação avaliar a hipótese de qual recurso seria mais eficaz
no reparo tecidual, o L.B.P. ou o U.S.B.I., efetivamente acelera o fechamento
das lesões totais da pele, utilizando o método de índice de retração e
fotogrametria. De acordo com Corazza (2005), em seu estudo utilizou o índice
de retração para medir a cicatrização das lesões, já Pitondo et. al. (2007),
utilizou o índice de retração e análise de fotogrametria para medir as lesões
nos diferentes períodos de avaliação. Na presente pesquisa, utilizamos o índice
de retração proposto por Corazza (2005) e utilizado por Pitondo et. al. (2007),
observando assim as diferenças entre os grupos.
De acordo com Ferreira (2005), o ultra-som é um recurso onde seus
efeitos benéficos se fazem desde a fase inflamatória aguda até a fase de
remodelagem da cicatriz cutânea, resultando efetivamente numa cicatrização
mais rápida, como observado no 14° dia, em que a diferença de área exposta
em relação ao 1° dia foi significante.
De acordo com os estudos de Monteiro Neto (2004), o L.B.P. tem efeitos
positivos sobre as fibras colágenas, a diferença significativa da presença do
colágeno pode ser comprovada por uma melhor resolução do processo
inflamatório, traduzindo-se em maior atividade fibroblástica e
conseqüentemente um maior percentual de colágeno na área da lesão.
38
Segundo Campanelli (2004), em seu estudo in vivo com amostra de 6
(seis) pacientes, concluiu que o U.S.B.I., foi benéfico na cicatrização das
úlceras.
No presente estudo, observamos que o ultra-som foi eficaz,
apresentando uma discreta retração da ferida, mas quando comparado com os
grupos de laser (G-LIR) e (G-LIA) não obteve melhor eficácia.
De acordo com Santana (2006), comparou o uso do U.S., com curativos
diários a base de sulfadiazina de prata 1% (S.Z.D.), onde constatou que o U.S.
acelera todas as fases de cicatrização, e no decorrer do tratamento, observou
que o US mostrou ser mais eficiente no aumento da granulação e diminuição
da fibrina, ocasionando uma reepitelização mais rápida das úlceras.
Segundo Corazza (2005), em seus estudos, onde comparou os efeitos
do laser e do diodo emissor de luz (LED) na angiogênese de feridas cutâneas
em ratos, observou que os recursos não influenciaram na redução de feridas
de forma significativa na análise de variância e no teste de TUKEY, porém
ambos as técnicas demonstraram diferença de 7,8 e 4,8 quando comparados
ao grupo controle, e concluiu que o grupo estimulado com laser demonstrou
uma tendência positiva em relação aos grupos LED e Controle. Observando os
grupos G-LIR e G-LIA, onde foi constato que ambos influenciaram na redução
das feridas de forma significativa, ambos as técnicas demonstraram diferença
de 57,6 e 56,5, respectivamente, quando comparados ao grupo G-USP.
Segundo Oliveira (2007), ao analisar, em seus estudos, os efeitos do
LBP associado à papaína 2% na cicatrização de feridas diabéticas, observou
que houve maior eficácia, quando comparado a outros grupos.
Segundo Baldan (2005), ao estudar os efeitos do L.B.P. em diversas
modulações, concluiu que o L.B.P. quando modulado com a onda de
comprimento de 670nm, densidade de energia de 20,36 J/cm2 e densidade de
irradiância de 30 mW, obteve o melhor resultado quando comparado com os
outros grupos experimentais.
As amostras do grupo G-LIA (830nm + 685nm, 10J/cm2) apresentaram
diferenças significativas comparadas com o grupo G-USP. Na literatura
consultada os comprimentos de onda no espectro visível são os mais indicados
para o processo de reparo tecidual (BALDAN, 2005; PITONDO et al., 2007).
39
Na análise comparativa entre os grupos irradiados com laser e irradiados
com o ultra-som pulsado, submetidos ao tratamento estatístico, pode-se notar
que não houve diferença significativa entre as amostras dos grupos G-LIA e G-
LIR. Por outro lado as amostras do grupo G-USP, apresentou um menor índice
de percentual de reparação tecidual, quando comparados com os outros
grupos experimentais. Embora este grupo apresentou resultados inferiores,
ainda assim foram encontrados efeitos positivos da ação do USP na
cicatrização.
Após análisar os resultados obtidos nesta pesquisa, com a uti lização do
LBP e o USP em lesões experimentais, foi possível verificar que o índice de
retração foi mais eficaz nos grupos irradiados com laser InGaAlP + GaAsAl e o
laser GaAsAl, sendo esta melhora do índice de retração significativa, quando
defrontados com os resultados do grupo USP. Obteve-se uma melhor resposta,
utilizando-se os comprimento de onda de 830nm e 10 J/cm2 e o comprimento
de onda de 635nm + 830nm com 10 J/cm2.
2.15 Conclusão
Através da análise dos resultados obtidos no presente trabalho, pode-se
concluir que:
a) Este trabalho mostra evidências que o LBP apresentou resultados
positivos sobre o processo de cicatrização tecidual com a metodologia
empregada;
b) A aplicação do laser de baixa potência com o diodo Alumínio-Gálio-Indio-
Fósforo (InGaAlP) associado ao laser de baixa potênica de diodo de
Arseto de Gálio Aluminio (GaAsAl), foi eficaz na aceleração do processo
de cicatrização de feridas cutâneas induzidas em ratos;
c) A aplicação do laser de baixa potência com o diodo Arseto de Gálio
Aluminio (GaAsAl), foi mais eficaz na aceleração do processo de
cicatrização de feridas cutâneas induzidas em ratos.
40
d) O laser InGaAlP foi capaz de promover melhor cicatrização da úlcera em
menor tempo nos animais irradiados quando comparados aos animais
irradiados com o ultra-som terapêutico;
e) A dosimetria que promoveu melhor resposta no processo de reparo da
lesão foi a densidade de energia de 10 J/cm2, promovendo o fechamento
da lesão em menor tempo. A dose de 0,5W/cm2 com o USP também
promoveu a aceleração da cicatrização, porém menos eficaz que o
primeiro, quando comparados o primeiro com o sétimo dia de tratamento.
41
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