Adeus Mundo velho, bem vindo robôs!

Post on 20-Jun-2015

110 views 3 download

description

Temas da atualiadade

Transcript of Adeus Mundo velho, bem vindo robôs!

ADEUS T

RABALHO

VELHO, B

EM-V

INDOS

ROBÔS

G U S TAV O D E M E L O 1 0

I S A B E L A R O S A S 1 1

L A R I S S A D U A RT E 1 5

Eles já são mais de 8 milhões. Estão nas casas, nas escolas, nas ruas, nos campos de guerra, nos ares – e chegaram até o planeta Marte. Representam uma esperança ou uma ameaça?

Na era dos robôs, eficácia, rapidez e padronização tornam-se as palavras de ordem. Quanto mais racionalizados e mecanizados, melhor será o trabalho.

O termo robô foi utilizado pela primeira vez em 1923, numa peça de teatro do autor tcheco Karel Capeck. No idioma tcheco, a palavra robota significa trabalho. Não existe uma definição universalmente aceita para o termo.

A população de robôs do planeta aumentou em 85 mil máquinas a cada ano, segundo relatório divulgado pela Organização das Nações Unidas.

Em 1975, a indústria automobilística japonesa produzia 2,5 milhões de carros por ano, empregando 500 mil trabalhadores. Dez anos depois, passou a produzir 10 milhões de carros por ano, isto é, quatro vezes mais, com o mesmo número de trabalhadores.

Os conceitos políticos, sociais, valores éticos, o uso da ciência, das artes, enfim, a cultura criada pela humanidade em milênios está sendo afetada, substituída e modificada.

Significa a proporção de pessoas desempregadas na sociedade. Não um desemprego temporário, por pedido de dispensa ou demissão da empresa em que trabalhava. Mas o desemprego demorado, provocado por falta de oportunidade no mercado de trabalho. Estudos feitos na Alemanha apontam cada robô como o responsável pelo desemprego de dois a dez trabalhadores. Nos países altamente industrializados, nunca trabalho humano esteve tão desvalorizado.

Desemprego estrutural

A introdução desses novos sistemas tecnológicos e de padrões de organização do trabalho tem elevado substancialmente a produtividade industrial. Mas, por outro lado, essa mesma produtividade crescente imposta pela revolução tecnológica acarreta um problema extremamente sério: que lugar terá o trabalho humano nesse mundo de máquinas?

Além disso, apesar de caras, as máquinas só são compradas uma vez, enquanto os trabalhadores têm de ser pagos mensalmente. Máquinas não ficam doentes, não se acidentam, não precisam descansar, nem reclamam do que fazem. A questão é: o que fazer com os trabalhadores?

As conquistas tecnológicas produzidas na era da globalização em geral são apresentadas como benefícios para toda a humanidade. Porém, cabe a pergunta: até que ponto a ciência, a tecnologia e a indústria atuais beneficiam toda a sociedade?