Post on 18-Nov-2018
ADUBAÇÃO
da
SERINGUEIRA
ONDINO C. BATAGLIAondino@conplant.com.br
CULTIVO DA SERINGUEIRA
TOMAR A DECISÃO DE
PLANTAR
Talvez seja a fase mais difícil
pois uma vez tomada a
convivência com a planta será
muito longa.
Tem que ser técnica,
econômica, social, familiar e
acima de tudo pessoal
como diz o Benesi
14 ANOS
DECISÃO TOMADA
VAMOS AO QUE INTERESSA
UM BOM PLANEJAMENTO
1. O local: clima, topografia, solo
2. A planta: clone, muda
3. As técnicas de cultivo: práticas corretas
4. A gente envolvida: produção, assessoria,
mercado
Qualquer
variedade
ou clone?
Clonesmédia 9 anos % em relação à
testemunhaKg/ha/ano
IAC 500 2.232 140
IAC 501 2.060 130
IAC 502 2.678 168
IAC 503 2.058 129
IAC 504 1.722 108
IAC 505 1.831 115
IAC 506 1.807 114
IAC 507 1.791 113
IAC 508 1.395 88
IAC 509 1.343 84
IAC 510 1.421 89
IAC 511 2.249 141
IAC 512 1.689 106
IAC 513 1.545 97
IAC 514 1.418 89
RRIM 6006 1.590 100
Informação pessoal do Dr. Paulo Gonçalves - 2015
SOLO - CONVENCIONAL SUBSTRATO
Muda é tudo igual. Será mesmo?
A MUDA - PRECISA TER QUALIDADE
Muda produzida em substrato
Algumas vantagens:
Livre de pragas e doenças
Sistema radicular mais desenvolvido
Maior facilidade de transporte
Melhor pegamento no campo – cuidados***
Maior uniformidade do seringal
Sistema moderno de produção de mudas ja usado
para: citros, eucalipto, café, fruteriras, hortaliças - tomate industrial,
flores e até cana de açúcar!!!
Seringueira não?
Os solos de origem da seringueira
são ácidos e pobres.
Vale a pena melhorar o solo e
adubar?
ÁREA DE CAFÉ?
AREA DE CANA?
AREA DE CITROS?
AREA DE PASTO?
IMPORTANTE É COMEÇAR BEM
CONHEÇA O SEU SOLO
Qualidade física é indispensável
Perfil adequado, sem limitações para o
desenvolvimento radicular.
Evitar áreas encharcadas.
CITROS
PASTAGEM
MANEJO DA ADUBAÇÃO
PLANTIO Correção do SoloAdubação na cova
FORMAÇÃO e PRODUCAO
CalagemAdubação
Qualidade química é mais fácil de
corrigir
Fazer amostragem de solo
0-20 cm e 20-40 cm
Análises básicas pH MO macros
Análises de micronutrientes
Na camada 20-40 cm
Al e argila
CALAGEM
NC = CTC(V2-V1)/10 PRNT
NC = NECESSIDADE DE CALCÁRIO (Kg/ha)
CTC = CAP. TROCA DE CATIONS
V2 = SAT. DE BASES DESEJADA =
V1 = SAT. DE BASES ATUAL
PRNT= PODER RELATIVO DE NEUTRALIZAÇÃO TOTAL DO CALCÁRIO (%)
GESSAGEM?
Al - m>40% Ca < 4 mmolc/dm3
Gesso (kg/ha)= Argila (g/kg) x 6
Solo ácido
pastagem
Solo preparado para
plantio de soja
Calcário no sulco?
Bom para citros e café
não recomendado
para seringueira
Abuso do gesso
Café tolera sem problema
Seringueira
morre torrada
Plantio de mudas no
campo
Preparo do local de plantio para melhorar o
pegamento das mudas e não induzir distúrbios
nutricionais.
ADUBAÇÃO DE PLANTIO NO CAMPO
1. Cova ou sulco de plantioSolos pobres - teores baixos/médios de P e/ou K
0 – 30 – 15 g/cova de N, P2O5 e K2O
Solos férteis - teores altos/muito altos de P e K
0 – 15 – 0 g/cova de N, P2O5 e K2O
Micronutrientes - Zn deve ser usado para solos com baixos teores
Se disponível usar esterco de curral curtido, galinha ou compostos.
ADUBOS E ESTERCOS DEVEM SER
MUITO BEM MISTURADOS COM O SOLO
2. Primeiro ano - complementarNo primeiro ano completar a adubação com cerca de
30-30-30 g/planta de N, P2O5 e K2O
OPORTUNIDADE DE MELHORAR O AMBIENTE
RADICULAR
ÁGUA ?
ÁGUA + NUTRIENTES?
(Ca, Mg, N, B, Zn, Cu + Enraizador)
Nutrimudas é um fertilizante liquido usado para facilitar o enraizamento e
desenvolvimento inicial das plantas transplantadas no campo.!!
Dose:
4 litros/2000
litros de água
Três aplicações
nas águas de
irrigação nos dois
meses iniciais
após o
transplante
Deficiências de micronutrientes
Muito comum no primeiro e segundo ano após o
transplante no campo. Como evitar?
Conhecer o solo - Análise com métodos adequados
Adubo na cova deve ser em dose adequada e bem
misturado ao solo
Evitar excesso de calagem e calagem na cova
Aplicar micronutrientes via solo - Novos produtos com uso
de quelatos para metais – Uso via fertirrigação ou em
mistura com herbicidas. (Ex. Fertisolo)
Adubação foliar corretiva – efeito rápido
POSSIVEIS PROBLEMAS RESULTANTES DE ADUBAÇÃO DE PLANTIO.
Def. Zn induzida por uso
de adubos fostatados na
cova sem homogeneizar o
solo Def. Cobre em solo
pobre/cerrado.
FERTILIZANDE PARA FERTIRRIGAÇÃO
QUELATOS DE EDTA Cu, Mn e ZnBoro solúvel
6,2 % de B6,2% de Zn1,55% de Cu1,55% de Mn
Adubação de formação e produçãoProporcionar pleno desenvolvimento das plantas.
Incrementar o perímetro do caule, a espessura da
casca, o equilíbrio da copa , bom sistema radicular.
Fluxos e distribuição de CO2, H2O e minerais
CO2H2O
CO2
Minerais
H2O
Sacarose
Minerais
Luz
CO2 + H2O (CH2O)n + O2
Luz
Clorofila
(Folhas)
BORRACHA
Ca Mg BS Cl Cu Fe Mn Mo Ni Zn
Macronutrientes primários
Macronutrientes secundários
Micronutrientes
N P K
LUZ
Função dos nutrientes
Crescimento da planta muito dependente dos nutrientes
N, P e K
N deficiente induz formação de células pequenas e
parede celular espessa.
N em excesso o tamanho da célula aumenta, as paredes
celulares diminuem, induzindo copas pesadas, frágeis,
muito vulneráveis a quebra pelo vento.
K envolvido na fotossíntese e translocação de
assimilados para zona de formação do látex. Promove o
crescimento e deprime os níveis de Ca e Mg no látex,
aumentado a estabilidade.
K aumenta o período de fluxo de látex devido ao
aumento da relação P/Mg
Alguns nutrientes como N, P, K e Mg são
fundamentais para aumentar a espessura da casca,
numero e tamanho de vasos laticíferos e o índice de vasos
laticíferos (HAMZAH et al., 1975)
CambioVasoCélulas Raio
medular
Casca
Hamzah et al., 1975
N, P, K e
Mg
Aumento
da
espessura
da casca
Número e
tamanho
dos vasos
laticíferos
NUTRIENTES NAS PLANTAS
• QUANTIDADES NECESSÁRIAS
• PROPORÇÕES PARA O EQUILÍBRIO
• FASES VEGETATIVA E PRODUTIVA
• TAMANHO E DURAÇÃO DA ÁREA FOLIAR
• AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL
• RECOMENDAÇÕES
FERRAMENTAS OU TÉCNICAS PARA
MONITORAMENTO NUTRICIONAL E
RECOMENDAÇÃO DE ADUBAÇÃO
Fases de formação e produção
Análise de solo
Diagnose nutricional
diagnose visual e
análise foliar
Resultados experimentais
Remoção de nutrientes pela planta
INTERPRETAÇÃO DE
RESULTADOS DE
ANÁLISE de SOLO
Deve considerar qual foi o
médoto de análise e o
respectivo critério de
interpretação
Analise solo
Sistema IAC
K troc. P resina
Teor mmolc/dm3 mg/dm3
M. baixo 0-0,7 0-5
Baixo 0,8-1,5 6-12
Médio 1,6-3,0 13-30
Alto 3,1-6,0 31-60
M. Alto >6,0 >60
Interpretação de teores de micronutrientes em solos - Bol. 100 IAC
Teor B Cu Fe Mn Zn
Água
quente
DTPA
mg/dm3
Baixo 0-0,20 0-0,2 0-4 0-1,2 0-0,5
Médio 0,21-0,60 0,3-0,8 5-12 1,3- 5,0 0,6-1,2
Alto >0,60 >0,8 >12 >5 >1,2
DIAGNOSE FOLIAR
Amostragem
Interpretação
Plantas jovens até quatro anos de idade
Época de amostragem –
verão - janeiro/março.
Procedimento -
Coletar folhas sem pecíolo na base
do ultimo lançamento maduro em
ramos expostos ao sol num total de 15
a 20 plantas representativas do talhão.
Último
lançamento
maduro
Ramo
exposto ao
sol
PLANTA COM
MENOS DE 4 ANOS
Árvores adultas com mais de quatro
anos de idade
Época de amostragem
Verão – janeiro/março.
Procedimento
Coletar folhas em ramos sombreados
no interior copa aproveitando a segunda
folha da base do ultimo lançamento, sem
os pecíolos. Amostrar 15 a 20 plantas
para cada amostra composta do talhão.
Segunda folha do último
lançamento maduro
INTERPRETAÇÃO
DE RESULTADOS
DE ANÁLISE
FOLIAR
Macro-
nutrientesTabela 1997
Valores
atuais
g/kg
N 29-35 29-35
P 1,6-2,5 2-3
K 10-17 10-14
Ca 7-9 10-20
Mg 1,7-2,5 3-5
S 1,8-2,6 1,8-3,0
Teores adequados de nutrientes nas folhas de seringueira no
Brasil. Valores da tabela de (Raij et al., 1997) e novos valores
sugeridos atualmente (Bataglia s/d).
Micro-
nutrientesTabela 1977
Valores
atuais
mg/kg
B 20-70 20-70
Cu 10-15 8-12
Fe 50-120 50-300
Mn 40-150 50-400
Zn 20-40 20-50
Teores adequados de nutrientes nas folhas de seringueira no
Brasil. Valores da tabela (Raij et al., 1997) e valores atuais
(Bataglia, s/d)
Calagem e uso de gesso
seringais em formação e produção
Nao deixe de fazer análise de solo
Além de ser barato, uma calagem mal
feita pode custar caro. Se pretende fazer
uso de gesso retire uma amostra a 20-40
cm . Incluir análise de Al e teor de argila
R² = 0,5684
20
30
40
50
60
70
80
3 3,5 4 4,5 5 5,5
Cre
scim
en
to a
nu
al
mm
pH em CaCl2
Cresc (mm)
Polinômio (Cresc (mm))
R² = 0,6386
20
30
40
50
60
70
80
0 10 20 30 40 50 60
Cre
scim
en
to a
nu
al,
mm
Saturação por bases V%
Cresc (mm)
Polinômio (Cresc (mm))DOMINGUES, 1994
Incremento do
perímetro em
um ano
Seringais em
inicio de sangria
com 7 a 8 anos
de idade - SP
Roque et al., 2004 PAB
Adaptado de SHORROCKS, 1965
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
0 5 10 15 20 25
kg
/h
a
IDADE, ANOS
P2O5
K2O
N
Quantidade de nutrientes para formação da planta
IDADEAnos
N P2O5 K2O
7 640 140 350
15 1170 250 720
20 1300 320 850
POR ANO NOS PERIODOS
0-7 91 20 50
7-15 66 14 46
15-20 26 14 26
Quantidade de nutrientes para formação da planta
Planta Produção Nutriente
N P K
t/ha Kg/ha
Cana-de-açúcar 88 45 25 121
Banana 45 78 22 224
Soja 3,4 210 22 60
Café 1,0 38 8 50
Seringueira 1,7 5 2 5
A Remoção de nutrientes pela colheita é muito pequena
Fonte correta
Adequar a fonte de fertilizante às necessidades da cultura
Dose correta
Adequar as doses às necessidades da cultura
Época correta
Tornar os nutrientes disponíveis quando a planta precisa
Local correto
Aplicar e manter os nutrientes em localacessível às culturas
MANEJO DE NUTRIENTES 4C
Adubação de formação e produção:
• Aplicar os adubos de acordo com as recomendações conforme a idade da planta e análise de solo. Doses devem ser calculadas por tabelas de adubação.
• Análise de solo anual ou pelo menos a cada dois anos.
• Os fertilizantes devem ser parcelados em duas ou três vezes durante a estação das chuvas.
• Com fertirrigação, usar 60% dos nutrientes de outubro a março e 40% de abril a setembro.
• Monitorar os nutrientes nas folhas para ajuste local das doses.
Reis et al., 1982
Adubação em época de crise
Obrigatório Sempre – monitoramento.
Manter o solo em níveis pelo menos médios em fertilidade
Verificar se não há deficiências ou desequilíbrios nutricionais
Gaste mais em análise de solo e de folhas e possivelmente
menos em adubos.
Use fontes de nutrientes mais acessíveis (fontes não
convencionais como estercos, compostos, etc. Avalie os custos.
Avalie o desempenho do seringal – crescimento, produção...
Fale com quem pode orientar e ajudar.
Regra prática para uso de adubos orgânicos
Conhecer a composição
Calcular quanto de nutrientes estarão disponíveis
CUIDADOS NO USO DE ADUBOS ORGÂNICOS
Conhecer a composição química
Dados importantes
% de umidade
C, N – C/N P, K, Micronutrientes
Metais pesados
Sódio
Contaminantes biológicos
Importância da compostagem
BANCO DE INFORMAÇÕES A SEREM MONITORADAS
Caracterização do talhão ou quadra
Análise de solo
Análise foliar
Crescimento da planta
Perímetro do caule
Espessura da casca
Cobertura vegetal (IAF)
Sistema radicular
Produtividade
Consultoria, Treinamento
P&D Agrícola
NUTRIÇÃO MINERAL
FISIOLOGIA VEGETAL
Produtos para hidroponia e fertirrigação
CONPLANT - Consultoria, Treinamento, Pesquisa e Desenvolvimento
Agrícola Ltda
Rua Francisco Andreo Aledo, 22 Campinas SP Tel. (19) 3249-2067
Obrigado
E
Sucesso!!!
Obrigado
Paz, saúde
e sucesso
a todos!!!