AGROTÓXICOS

Post on 15-Jan-2016

7 views 0 download

description

Excelente texto sobre agrotóxicos.

Transcript of AGROTÓXICOS

1

SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO RURAL E OS AGROTÓXICOS

2

Segurança e Saúde no Trabalho Rural e os Agrotóxicos

50% da PEA no mundo trabalha na agricultura

1,3 bilhão de trabalhadores participam na produção agricola

FORÇA DE TRABALHO: 10% da PEA em países desenvolvidos e 59% nas regiões menos desenvolvidas

AGRICULTURA é uma das 3 atividades mais perigosas, junto com a mineração e a construção

3

Característica do mercado de trabalho

A metade da força de trabalho mundial trabalha em:

áreas rurais na agricultura de subsistência

economias informais das cidades do mundo em desenvolvimento

não ganha o suficiente para manter-se a si mesma e a suas famílias acima da linha de pobreza dos 2 dólares diários.

4

Característica do mercado de trabalho

4 em 10 homens e mulheres tentam extrair o sustento da terra

Três quartos ou mais dos trabalhadores, especialmente mulheres, dedicam-se à agricultura

A maioria são muito pobres

Existe uma profunda e poderosa corrente migratória em busca de um trabalho melhor remunerado.

5

Segundo a OIT :– de um total de 330.000 acidentes de trabalho fatais

próximo de 170.000 foram com trabalhadores rurais

O aumento do risco– uso de máquinas, praguicidas e outros produtos

agroquímicos

Segurança e Saúde no Trabalho Rural e os Agrotóxicos

6

Em alguns países

a taxa de acidentes fatais na agricultura é o dobro da média de todos os demais setores

Incidência de acidentes e doenças profissionais

são imprecisos e

estão subestimados em todos os setores da economia e na AGRICULTURA é mais evidente

Segurança e Saúde no Trabalho Rural e os Agrotóxicos

7

SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO RURAL E OS AGROTÓXICOS

Em alguns países a taxa de acidentes fatais na agricultura é o

dobro da média de todos os demais setores

Incidência de acidentes e doenças profissionais

são imprecisos e estão subestimados em todos os setores

da economia e na AGRICULTURA é mais evidente

8

SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO RURAL E OS AGROTÓXICOS

Os trabalhadores rurais gozam de menos proteção que os trabalhadores de

outros setores Suas taxas de acidentes e lesões são maiores

Os grupos mais vulneráveis trabalhadores da agricultura familiar de subsistência, os diaristas, os trabalhadores de temporada ou migrantes, as mulheres “crianças trabalhadoras”

9

SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO RURAL E OS AGROTÓXICOS

Associam-se outros problemas:

acesso aos serviços de saúde,

degradação dos recursos naturais,

falta de informação e formação a respeito dos perigos que estão expostos

10

caráter sazonal do trabalho e a urgência das tarefas

exposição dos trabalhadores à condições climáticas

diversidade das tarefas realizadas por uma mesma pessoa

Circunstâncias específicas do trabalho rural:

11

tipo de postura e a duração das atividades que realizam

contato com animais e plantas - mordidas, alergias, etc.

utilização de produtos químicos e biológicos

distâncias consideráveis entre os lugares em que vivem e os locais de trabalho

Circunstâncias específicas do trabalho rural:

12

introdução de máquinas cada vez mais complexas que não vem acompanhadas de informação e capacitação adequadas

implantação de novas tecnologia com repercussões sobre a ergonomia

utilização de produtos químicos na agricultura

Comprometimentos na saúde do trabalhador rural:

13

Uso de agrotóxicos no mundo é da ordem de 3 milhões de toneladas/ano

expõe cerca de 500 milhões pessoas os casos de intoxicação não intencionais são

estimados em 3 milhões 70% são de exposição ocupacional 700 mil casos/ano de dermatoses 37 mil casos/ano de câncer em países em

desenvolvimento 25 mil casos/ano de seqüelas neuro-comportamentais

Comprometimentos na saúde do trabalhador rural:

14

agricultura, saúde pública, tratamento de madeiras para construção armazenamento de grãos e sementes, produção de flores, combate a piolhos e outros parasitas, pecuária, etc.

O Brasil está entre os principais consumidores mundiais de agrotóxicos,

15

Profissionais que tem contato com agrotóxicos:

Do setor agropecuário

Saúde pública

Empresas desinsetizadoras

Transporte e comércio

Formulação e síntese

16

São produtos e os componentes físicos, químicos ou biológicos usados em diversas atividades cuja finalidade

é de alterar a composição das flora e da fauna, a fim de preservá-la da ação danosa de seres vivos considerados nocivos,

bem como substâncias e produtos empregados como

desfolhantes, dessecantes, estimuladores e inibidores do crescimento.

Definição:

17

Inseticidas:Inseticidas: organofosforados, carbamatos, organoclorados, piretróides

FungicidasFungicidas : etileno-bis-ditiocarbamatos, difenil estânico, captan, hexaclorobenzeno

Herbicidas:Herbicidas: paraquat, glifosato, pentaclorofenol, derivados do ácido fenoxiacético, dinitrofenóis.

Outros:Outros: raticidas, acaricidas, nematicidas, molusquicidas, fumigantes

Classificação:

18

Extremamente tóxicos - Extremamente tóxicos - Classe IClasse I - faixa vermelha – DL50 menor ou igual a 5mg/kg = uma pitada a algumas gotas

Altamente tóxicos-Classe IIAltamente tóxicos-Classe II- faixa amarela – DL50: 5-50 – algumas gotas a 1 colher de chá

Medianamente tóxicos – Classe IIIMedianamente tóxicos – Classe III – faixa azul – DL 50: 50-500, 1 colher de chá a 2 colheres de sopa

Pouco tóxicos – Classe IVPouco tóxicos – Classe IV – faixa verde – DL 50: 500 - 5000 – 2 colheres de sopa a 1 copo

Muito pouco tóxicos –Muito pouco tóxicos – DL 50: 5.000 ou mais, l copo a l litro

Classificação toxicológica:

19

Agudas:Agudas: sintomas surgem rapidamente, exposição excessiva, curto

período de tempo, produtos altamente tóxicos

Sub agudasSub agudas: exposição moderada, produtos altamente ou medianamente

tóxicos, aparecimento mais lento. Sintomas subjetivos ou vagos

Crônica:Crônica: surgimento tardio, após meses ou anos, exposição pequena

a produtos tóxicos ou a múltiplos produtos

Intoxicações:

20

Característica do produto:Característica do produto: toxicidade, forma de apresentação, solubilidade

Característica do indivíduo exposto:Característica do indivíduo exposto: idade, sexo, peso, estado nutricional

Condições da exposição:Condições da exposição: condições gerais do trabalho, frequência, dose, formas de exposição

Fatores:

21

respiratórias, pele as mucosas do nariz, boca e olhos

Toda situação que provoque um aumento do ritmo respiratório ou da permeabilidade do tecido cutâneo ou das membranas, aumenta o risco da absorção - calor, esforços, lesões cutâneas

Quanto mais longo o tempo de exposição, maior é a dose de produtos químicos que se absorve

Fontes de intoxicação são também a contaminação dos alimentos pelas mãos e a utilização de

embalagens para transporte de água ou alimentos

Vias de entrada dos agrotóxicos no organismo:

22

São inibidores da colinesterase são absorvidos pela pele, por ingestão ou por inalação.Inibe a acetilcolinesterase, levando a um acúmulo de

acetilcolina nas sinapses nervosas, desencadeia uma série de efeitos

parassinpaticomiméticos.é o responsável pelo maior número de intoxicações no

paísFOLIDOL, AZODRIN, MALATION,

DIAZINON,NUVACRON, TAMARON, RHODIATOX

Inseticidas Organofosforados e Carbamatos:

23

é o grupo muito utilizado no Brasil. CARBARIL, TEMIK, ZECTRAM, FURADAM, SEVIN.

Os Carbamatos diferem dos organofosforados por serem inibidores reversíveis da colinesterase

Pode alterar outras enzimas, como as esterases e a principal delas é a neurotoxicoesterase.

Quando inibida pode determinar neuropatia periférica (membros inferiores) por ação neurotóxica retardada, que surge após 15 dias da intoxicação aguda inicial.

Carbamatos

24

A atividade pode ser determinada por meio de teste específico em sangue total, plasma ou eritrócito.

Intoxicações graves apresentarão níveis muito baixos.

Neste tipo de intoxicações a atividade pode permanecer diminuída durante até noventa dias após o último contato.

Colinesterase

25

Na intoxicações por carbamatos os exames devem ser realizados pouco tempo após a exposição.

Estudos demonstram que os organofosforados tem sido relacionados com a aparecimento de certas formas de câncer de sangue, neuropatologias motora e sensorial

Não se acumulam no organismo. É possível o acúmulo de efeitos.

Alerta

26

InicialmenteInicialmente: Suor abundanteSalivação intensaLacrimejamentoFraquezaTonturaDor e cólica abdominaisVisão turva ou embaçada

Sintomas de intoxicação Aguda Organofosforados e Carbamatos

27

Posteriormente:

– Pupilas contraídas – miose – Vômito– Dificuldade respiratória– Colapso– Tremores musculares– Convulsões

Sintomas de intoxicação Aguda Organofosforados e Carbamatos

28

INFORMAÇÕES MÉDICAS DE URGÊNCIA NAS INTOXICAÇÕES POR PRODUTOS AGROTÓXICOS

ORGANOFOSFORADOS E CARBAMATOS

29

USOS Inseticidas e acaricidas

VIAS DE ABSORÇÃO Oral, respiratória, dérmica

ASPECTOS TOXICOLÓGICOS

Inibidores da colinesterase

SINTOMAS E SINAIS CLÍNICOS

Síndrome Colinérgica: sudorese, sialorréia, miose, hipersecreção brônquica, colapso respiratório, brocoespasmo, tosse vômito, cólicas, diarréia.

Síndrome Nicotínica: fasciculação muscular, hipertensão arterial transitória.

Síndrome Neurológica: confusão mental, ataxia, convulsões, depressão dos centros cardiorespiratórios

DIAGNÓSTICO LABORATORIAL

Doseamento da colinesterase sanguínea (abaixamento de 25% ou mais no nível de pre-exposição indica intoxicação.

TRATAMENTOS

Sulfato de atropina, I.M. ou I.V. 1 a 6 mg cada 5 a 30 min., até a atropização leve.

Oxinas (contrathion): 1-2 g/dia, nos 3 primeiros dias; são contra-indicadas nas intoxicações por inseticidas carbamatos.

Manter o paciente em repouso sob observação, no mínimo por 24 horas, após remissão dos sintomas. CONTRA-INDICAÇÃO: morfina, aminofilina e tranqüilizantes.

30

Foram muito utilizados na agricultura

Atualmente está proibido o seu uso por serem de lenta degradação acumulando-se no meio ambiente por aproximadamente 30 anos

Apresentam efeitos cancerígenos

Utilizado somente em campanhas de saúde pública e no controle de formigas.

INSETICIDAS ORGANOCLORADOS

31

São produtos derivados do petróleo e Pouco solúvel em água devendo ser solúveis em solventes o

que os tornam mais perigosos e possibilita uma grande absorção pela pele.

Acumulam-se na cadeia alimentar e no tecido adiposo humano. A eliminação é feita pela urina e possível a eliminação pelo

leite materno Atuam no sistema nervoso central,

– alterações do comportamento,distúrbios sensoriais, do equilíbrio, da atividade da musculatura involuntária e depressão dos centros vitais, particularmente a respiração.

INSETICIDAS ORGANOCLORADOS

32

– Sintomas neurológicos de inibição, – Hiperexcitabilidade– Parestesia na língua, nos lábios e nos membros

inferiores– Desassossego, desorientação, – Fotofobia, escotomas– Cefaléia persistente– Fraqueza, vertigem, alterações do equilíbrio– Tremores, ataxia, convulsões tônico-crônicas,

depressão do sistema central severa,– Coma e morte.

Intoxicação aguda:Intoxicação aguda:

33

– Tosse – Rouquidão– Edema pulmonar– Irritação laringotraqueal– Rinorréia, broncopneumonia– Bradipnéia– Hipertensão

Inalação ou absorção respiratória:

34

Nas intoxicações crônicas salientam-se Nas intoxicações crônicas salientam-se neuropatias periféricas com paralisia, discrasia neuropatias periféricas com paralisia, discrasia sanguínea, como aplasia de medula, lesões sanguínea, como aplasia de medula, lesões hepáticdas, lesões renais, arritmias cardíacas e hepáticdas, lesões renais, arritmias cardíacas e dermatosesdermatoses .

35

INFORMAÇÕES MÉDICAS DE URGÊNCIA NAS INTOXICAÇÕES POR PRODUTOS AGROTÓXICOS

ORGANOCLORADOS

36

USOS Inseticidas e acaricidas

VIAS DE ABSORÇÃO Oral, respiratória e dérmica

ASPECTOS TOXICOLÓGICOS

Ação sobre o S.N.C. nos casos agudos. estimulante das enzimas microssômicas hepáticas, nos casos crônicos.

Armazenam-se no tecido adiposo.

São venenos cumulativos.

SINTOMAS E SINAIS CLÍNICOS

Cefaléia persistente, contrações musculares, tremores, convulsões. Parestesias ( língua, lábio, face e mãos), perturbações no equilíbrio. Perda do apetite, mal-estar geral. Hepatomegalia, lesões hepáticas e renais. Pneumonite química.

DIAGNÓSTICO LABORATORIAL

Doseamento do teor no sangue por cromatografia de fase gasosa

TRATAMENTOS

Tratamento sintomático.

Nos casos de excitação neurilógica, Diazepínicos e fenitoína.

Antibióticos e costicosteróides nas paneumonites químicas.

37

São compostos sintéticos que apresentam estruturas semelhantes à piretrina, substância existente nas flores do Chrysanthemum (Pyrethrum) cinerariaefolium.

Alguns desses compostos são: aletrina, resmetrina, decametrina, cipermetrina e fenpropanato. Ex.: Decis, Protector, K-Othrine, SBP,Ambush, Fuminset.

Inseticidas Piretróides:

38

Possibilita seu emprego em pequenas dosagens, Tem permitido o aparecimento de novos produtos

de origem sintética,

Mais estáveis à luz

Menos voláteis que os de origem natural,

Propiciando sua grande difusão como domissanitários ou para uso na agropecuária.

A alta atividade inseticida dos piretróides

39

São facilmente absorvidos pelo trato digestivo, pela via respiratória e pela via cutânea.

Pouco tóxicos do ponto de vista agudo Irritantes para os olhos e mucosas, Hipersensibilizantes Causam tanto alergias de pele como asma

brônquica. Seu uso abusivo nos ambientes domésticos

– vem causando incremento dos casos de alergia, tanto em crianças como em adultos.

Piretróides

40

Estimulantes do SNC.

Em doses altas podem produzir lesões duradouras ou permanentes no Sistema Nervoso Periférico.

Capacidade de produzir alergias.

Piretrinas e Piretróides Modo de ação

41

Sintomas de intoxicação agudaPiretróides

Início• formigamento nas

pálpebras e nos lábios

• irritação das conjuntivas e mucosas

• espirros

Depois• coceira intensa• mancha na pele• secreção e

obstrução• reação de

hipersensibilidade• excitação• convulsões

42

INFORMAÇÕES MÉDICAS DE URGÊNCIA NAS INTOXICAÇÕES POR PRODUTOS AGROTÓXICOS

 

PIRETRINA E PIRETRÓIDES

43

USOS Inseticidas

VIAS DE ABSORÇÃO Oral, respiratória e dérmica

ASPECTOS TOXICOLÓGICOS

Mecanismo de ação: ação excitatória intensa do S.N.C.; doses altas acarretam hipersensibilidade aos estímulos excitatórios em nervos periféricos

SINTOMAS E SINAIS CLÍNICOS

Tremores , hipersensibilidade, hiperexcitabilidade, cãimbras musculares e convulsões, coreoatetose, salivação excessiva, lacrimejamento, hipersecreção nasal, hipersensibilidade, distúrbios sensoriais cutâneos (formigamento, entorpecimento e sensação de queimação), irritação cutânea ( eritema papular), cefaléia intensa, perda do aptetite, fadiga, tonturas, perda da consciência , cãimbras musculares e convulsões

DIAGNÓSTICO LABORATORIAL

Resíduos no sangue periférico por cromatografia fase gasosa ou HPLC.

TRATAMENTOS

Medicação de apoio conforme os sintomas e sua intensidade, anti-histamínicos, diurese alcalina provocada, hemodiálise, diazepínicos e fenobarbital. Acetato de tocoferol pode ser útil para previnir lesões cutâneas (uso tópico).

44

Esse grupo de agrotóxicos tem tido uma utilização crescente na agricultura nas duas últimas décadas.

Os herbicidas substituem a mão de obra na capina, – diminuindo, conseqüentemente, o nível de

emprego na zona rural.

Herbicidas

45

Dipiridilos: Paraquat, comercializado com o nome de Gramoxone.

É bem absorvido através da ingestão e da pele irritada ou lesionada, sendo a via respiratória a de menor absorção.

Provoca lesões hepáticas, renais e fibrose pulmonar irreversível.

Seus principais representantes e produtos mais utilizados são os seguintes:

46

Herbicidas

Em casos graves, a fibrose pulmonar pode levar à morte por insuficiência respiratória em até duas semanas.

Não há tratamento para a fibrose pulmonar.

As intoxicações ocupacionais mais importantes são aquelas relacionadas à absorção por via dérmica.

47

Entre os herbicidas dipiridilos, o Paraquat é altamente tóxico se ingerido.

Lesão inicial: irritação grave das mucosas Lesão tardia:

– após 7-14 dias começa a haver alterações proliferativas e irreversíveis no epitélio pulmonar.

Seqüelas: – insuficiência respiratória, insuficiência renal,

lesões hepáticas.

Modo de ação - Dipiridilos

48

Sintomas de intoxicação agudaDipiridilos

causa lesões graves nas mucosas - via oral

causa lesões na pele

sangramento pelo nariz

mal estar, fraqueza e ulcerações na boca

lesões hepáticas e renais

torna a unha quebradiça

produz conjuntivite ou opacidade da córnea

fibrose pulmonar e morte

49

INFORMAÇÕES MÉDICAS DE URGÊNCIA NAS INTOXICAÇÕES POR PRODUTOS AGROTÓXICOS

DIPIRÍLIDILOS

(paraquat e diquat)

50

Usos Herbicidas

Vias De Absorção

Oral

Aspectos Toxicológicos

Paraquat: Corrosivo para pele e mucosas em soluções concentradas. Após ingestão e absorção intestinal acarreta lesões hepáticas, renais; acumula-se nos tecidos pulmonares e provoca fibrose progressiva e parenquimatização pulmonar (alveolite obliterante) . Dose oral de 2 a 4g. do produto pode ser fatal.

Diquat: Corrosivo em soluções concentradas. Não causa fibrose pulmonar, mas acarreta perda de líquidos gastrointestinais, insuficiência renal e lesões hemorrágicas no SNC.

Sintomas e Sinais Clínicos

Paraquat: Lesões corrosivas da pele. Onicoses em casos de contato com soluções concentradas. ´pós ingestão de soluções concentradas ocorre dor e edema da mucosa bucal e faríngeana com ulcerações; dificuldade em deglutir, mal-estar e náuseas, vômitos, dores abdominais, lesões hepáticas e renais 2 a 3 dias após a ingestão. Lesão pulmonar progressiva 10 a 15 dias com grande dificuldade respiratória.

Diquat: Lesões corrosivas da pele. Após a ingestão desenvolve-se gastroenterite grave com perda importante de líquidos e eletrólitos.

Diagnóstico Laboratorial

Dosagem quantitativa do paraquat no sangue. Teste quantitativo na urina (cor azul-esverdiada) após alcalinização com bicarbonato de sódio e adição de ditonito de sódio. Provas de função hepática, exame de urina, dosagem de gases no sangue arterial. Radiografia do tórax

Tratamentos

Em caso de ingestão administrar suspensão a 30% de Terra de Fuller (argila com alta capacidade de absorção) por via oral. Repetição cada 2 a 4 horas por vários dias. Purgativos salinos. Manter o O2 no mínimo indispensável, para não agravar o caso. Líquidos e eletrólitos para corrigir as perdas por gastroenterite.