Post on 13-Jul-2020
Anais 51º Congresso da
Sociedade Brasileira de Medicina Tropical DOENÇAS TROPICAIS: DO ENSINO E PESQUISA AOS SERVIÇOS DE SAÚDE
Resumos de trabalhos apresentados durante o
51º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical
Fortaleza / Ceará / Brasil
14 a 17 de junho de 2015
APRESENTAÇÃO
Caro colega,
É com imenso prazer que o estou convidando a se fazer presente ao 51 ° Congresso da
Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, que se realizará em Fortaleza de 14 a 17 de junho
de 2015, no segundo maior Centro de Eventos da América Latina.
Estamos esperando pelo menos 2500 pessoas, para apresentar e discutir os mais variados
aspectos da Medicina Tropical, desde o ensino, passando pela pesquisa de pontos
importantes, até a assistência. A maior característica do nosso congresso será congraçar,
irmãmente, os mais variados tipos de profissionais que atuam nesta área. Serão de todos os
cantos do Brasil e também do mundo, o que contribuirá para aumentar seus conhecimentos
e poderá ser uma oportunidade ímpar, para você apresentar suas idéias e resultados.
Aproveite as belezas, a hospitalidade e o clima do Ceará, para ganhar energias e exercer
com melhor desempenho suas atividades, desde as científicas até as de simplesmente
descansar, ou dançar forró ou praticar esportes, até os radicais, aproveitando o mar, o
vento, as trilhas da nossa região.
Portanto, una a ciência à qualidade de vida estando presente ao nosso Evento.
Ivo Castelo Branco Coelho
Presidente do 51º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical.
Presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical: Mitermayer Galvão dos Reis
Presidente do Congresso: Ivo Castelo Branco Coelho
Presidente da Comissão Organizadora: Terezinha M J Silva Leitão
Presidente da Comissão Científica: Luciano Pamplona de Góes Cavalcanti
• Assuntos internacionais: Anastácio de Queiroz Sousa • Temas Livres: Carlos Henrique Morais de Alencar • Cursos pré-congresso: Jorge Luiz Nobre Rodrigues
Membros da Comissão Científica: • Alberto Novaes Ramos Junior • Aldo Lima (CE) • Aluísio Augusto Cotrim Segurado (SP) • Anastácio de Queiroz Sousa (CE) • Anya Pimental
• Benedito Antônio Lopes da Fonseca (SP) • Carlos Henrique Nery Costa (PI) • Cleudson Nery de Castro (DF) • Dalmo Correia Filho (MG) • Enrique Vazquez (OPAS-Brasil) • Érico Antônio Gomes de Arruda (CE) • Flávio de Queiroz Teles (PR) • Guilherme Ribeiro (BA) • James Maguire (EUA) • Jarbas Barbosa da Silva Júnior (DF) • José Rodrigues Coura (RJ) • José Wellington de Oliveira Lima (CE) • Julio Croda (MS) • Kleber Giovanni Luz (RN) • Ligia Regina S Kerr • Luciano Pamplona de Góes Cavalcanti (CE) • Marcus Boulos (SP) • Mônica Cardoso Façanha (CE) • Olga Vale Machado (CE) • Pedro Luiz Tauil (DF) • Pedro Vasconcelos (PA)
• Rivaldo Venâncio da Cunha (MS) • Roberto da Justa Pires Neto (CE)
• Sinval Pinto Brandão Filho (PE) • Terezinha M J Silva Leitão (CE)
Comissão Organizadora Local • Alberto Novaes Ramos Junior • Anastácio de Queiroz Sousa • Braulio M Carvalho • Carlos Henrique Morais de Alencar • Christiane Takeda • Danielle Malta Lima • Dione Bezerra Rolim • Érico Arruda • Evelyne Santana Girão • Fernando Schemelzer de Moraes Bezerra • Guilherme Alves de Lima Henn
• Jania Maria Texeira • Jorge Luiz Nobre Rodrigues • Keny Colares • Lara Távora • Ligia Regina S Kerr • Luciano Pamplona de Goes Cavalcanti • Margarida Maria de Lima Pompeu • Melissa Medeiros • Mônica Cardoso Façanha • Olga Vale • Patrícia Batista Rosa • Roberta Santos • Roberto Da Justa Pires Neto • Terezinha M J Silva Leitão • Zirlane Castelo
PRÊMIO PESQUISADOR SÊNIOR 2015
A Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT) tem como objetivo reconhecer anualmente um Pesquisador Sênior por seu trabalho e sua contribuição para a Medicina Tropical. Com esta finalidade criou, em 2014, o prêmio Pesquisador Sênior.
Os sócios da SBMT já podem indicar nomes para concorrer ao Prêmio Pesquisador Sênior 2015, observando os seguintes critérios: possuir elevada produção científica; ter atuação na formação e na capacitação de recursos humanos; bem como exercício de atividades de gestão na área da Medicina Tropical. As sugestões de nomes devem ser enviadas para o endereço eletrônico da assessoria de comunicação da SBMT: ASCOMSBMT@GMAIL.COM inserindo o assunto: Prêmio Pesquisador Sênior 2015. Os três nomes com maior indicação serão avaliados pela comissão julgadora que escolherá aquele a ser agraciado. Essa comissão será indicada pela diretoria da SBMT.
O nome do homenageado será divulgado oficialmente durante a sessão de abertura do 51º Congresso da SBMT, que será realizado em Fortaleza, de 14 a 17 de junho.
PRÊMIO JORNALISTA TROPICAL 2015
O objetivo desse prêmio é reconhecer o trabalho de quem contribui levando informações relevantes sobre temas relacionados à Medicina Tropical. Com esta finalidade a SBMT criou, em 2014, o prêmio Jornalista Tropical.
A proposta é valorizar profissionais da área de comunicação que colaboram para disseminar informações e conhecimentos à população, ajudando na prevenção e no controle de doenças e epidemias, como: dengue, malária, leptospirose, hepatites, esquistossomose, Aids, febres hemorrágicas entre outras.
Podem se inscrever ou indicar matérias produzidas entre 15 de março 2014 e 15 de maio de 2015. Os prêmios serão para jornalistas que produziram matérias escritas veiculadas em jornais ou revistas e matérias apresentadas na tv. Os interessados podem enviar material veiculado (impresso ou edição online), até o dia 30 de maio de 2015,para o endereço eletrônico: ascomsbmt@gmail.com, indicando o assunto: Prêmio Jornalista Tropical 2015. No e-mail, também deve constar telefone para contato. Os selecionados serão informados por e-mail ou telefone. A premiação contemplará duas categorias: o jornalista e o veículo.
Além do prêmio em dinheiro, os ganhadores serão convidados a participar da abertura do 51º Congresso da SBMT, que será realizado em Fortaleza, de 14 a 17 de junho, sem custo, para receberem o título de Jornalista Tropical 2015 – reportagem e veículo.
mailto:ASCOMSBMT@GMAIL.COMmailto:ascomsbmt@gmail.com
PALESTRANTES Adele Schwartz Benzaken Arnaldo Lopes Colombo Daniel Garkauskas Ramos
Alberto Novaes Ramos Júnior Armando de Oliveira Schubach Danielle Malta Lima
Alda Maria da Cruz Benedito Antônio Lopes da Fonseca Danilo Amâncio
Aldo Ângelo Moreira Lima Braulio Matias David Allan Brett Dance
Alejandro Marcel Hasslocher Moreno Carla Magda Allan Santos Domingues
Deborah Nunes de Melo Braga
Aluisio Cotrim Segurado Carlos Alexandre Antunes de Brito Dina Cortez Lima Feitosa Vilar
Ana Carolina Faria e Silva Santelli Carlos Henrique Moraes de Alencar DIONNE BEZERRA ROLIM
Ana Freitas Ribeiro Carlos Henrique Nery Costa Direk Limmathurotsakul
Ana Laura de Sene Amâncio Zara Carlos Magno Castelo Branco Fortaleza
Dorcas Lamounier Costa
Ana Yecê das Neves Pinto Claude Pirmez Douglas Adriano Augusto
Anastácio de Queiroz Sousa Cláudia Duarte dos Santos Duane Charles Hinders
André Gustavo Tempone Cardoso Claudia Mendonça Bezerra Edgardo Moretti
Andrea Caprara Cláudio Tadeu Daniel-Ribeiro Eduardo Chaves Leal
Andrea Marchiol Cláudio Maierovitch Pessanha Henriques
Eduardo Krempser
Andréa Silvestre de Sousa Constança Simões Barbosa Eduardo Lima da Rocha
ANTÔNIO AFONSO BEZERRA LIMA Constância Flávia Junqueira Ayres Lopes
Eduardo Pacheco de Caldas
Elainne Christine de Souza Gomes Fernando Abad-Franch Ila Fernanda Nunes Lima
Eliana Amorim de Sousa Fernando Dias de Avila Pires Isabella Fernandes Delgado
Elisabeth Carmen Duarte Fernando Ferreira Carneiro Ivo Castelo Branco Coelho
Elodie Hyppolito FERNANDO SCHEMELZER DE MORAES BEZERRA
James H. Maguire
Eric Martínez Torres Flavio de Queiroz Telles Filho James Lee Crainey
Érico Antônio Gomes de Arruda Francisca Lidiane Sampaio Freitas Jane Margaret Costa
Eros Antônio de Almeida Francisco Abaeté das Chagas Neto Jansen Fernandes de Medeiros
Ethel Leonor Noia Maciel George Dimech Jay Edward Gee
Eurico Arruda Neto Gilmar Josá da Silva Ribeiro Júnior Jeffrey Jon Shaw
Evaldo Stanislau Affonso de Araújo Giovanini Evelim Coelho Jeová Keny Baima Colares
Evelyne Santana Girão Glauco José de Souza Oliveira João Carlos Pinto Dias
Expedito José de Alburqueque Luna Guilherme Alves de Lima Henn João Paulo Toledo
Fábio Moherdaui Guilherme de Sousa Ribeiro Jonas Lotufo Brant de Carvalho
Fabio Rocha Formiga Gustavo Adolfo Sierra Romero Jorg Heukelbach
Fan Hui Wen Haiana Charifker Schindler Jorge Alvar
Fernanda Montenegro de Carvalho Araújo
Henrique Luis do Carmo e Sá Jorge Luiz Nobre Rodrigues
Fernanda Remígio Hooman Momen JOSÉ ALEXANDRE MENEZES DA SILVA
José Angelo Lauletta Lindoso Lisandra Serra Damasceno MARCELO ADRIANO DA CUNHA E SILVA VIEIRA
José Cassio de Moraes Luciano Pamplona de Góes Cavalcanti
Marcelo José Monteiro Ferreira
José Daniel Vieira de Castro Luis Eduardo Ribeiro da Cunha Marcelo Naveira
José Ernesto Vidal Bermúdez Luís Fernando de Macedo Brígido Márcia Chame
José Mauro Peralta Luis Gerardo Castellanos Márcia dos Santos Lazera
José Milton de Castro Lima Luiz Ernesto de Almeida Troncon MÁRCIO HENRIQUE DE OLIVEIRA GARCIA
José Paulo Gagliardi Leite Mara Rúbia Santos Gonçalves Marco Antonio Cardoso de Almeida
José Rodrigues Coura MARCELO ADRIANO DA CUNHA E SILVA VIEIRA
Marco Antônio Lima
José Wellington de O. Lima Marcelo José Monteiro Ferreira Marcos Boulos
Julio Henrique Rosa Croda Marcelo Naveira Marcus Vinícius Guimarães de Lacerda
Kleber Giovani Luz Márcia Chame LIGIA REGINA FRANCO SANSIGOLO KERR
Lara Gurgel Fernandes Távora Márcia dos Santos Lazera Lileia Gonçalves Diotaiuti
Laura Branquinho do Nascimento MÁRCIO HENRIQUE DE OLIVEIRA GARCIA
Marco Antônio Lima
Lauro Vieira Perdigão Neto Marco Antonio Cardoso de Almeida Mara Rúbia Santos Gonçalves
Lícia Pontes Maria Clara Galhardo Pedro Emmanuel Alvarenga Americano do Brasil
Margareth Dalcolmo Maria da Glória Lima Cruz Teixeira Pedro Fernando da Costa Vasconcelos
Maria Beatriz Ruy Maria Paula Gomes Mourão Pedro Luiz Tauil
Maria Carolina Batista dos Santos Maria Vitória Ramos Gonçalves Priscila Leal Leite
Maria Clara Galhardo Mariana Mota Moura Fé Rachel Soeiro
Maria da Glória Lima Cruz Teixeira Marina Boni Rafael Henrique Machado Sacramento
Maria Paula Gomes Mourão Marta Guimarães Cavalcanti Renato Santana de Aguiar
Maria Vitória Ramos Gonçalves Matheus de Paula Cerroni Renato Vieira Alves
Mariana Mota Moura Fé Mathieu Pierre Nacher Ricardo Sobhie Diaz
Marina Boni Mauro Cunha Ramos Robério Dias Leite
Marta Guimarães Cavalcanti Melissa Medeiros Roberto da Justa Pires Neto
Matheus de Paula Cerroni Mitermayer Galvão dos Reis Roberto Salvatella
Mathieu Pierre Nacher Mônica Façanha Rodrigo Guerino Stabeli
Margareth Dalcolmo Naftale Katz Rodrigo Gurgel Gonçalves
Maria Beatriz Ruy Nancy Cristina Junqueira Bellei Rosely Maria Zancopé Oliveira
Maria Carolina Batista dos Santos Sinval P. Brandão Filho Valdes Roberto Bollela
Rivaldo Venâncio da Cunha Paula Frassinetti Fernandes Walquiria Aparecida Ferreira de Almeida
Rossana de Aguiar Cordeiro Tânia do Socorro Souza Chaves Wanderson Kleber de Oliveira
Santha kumari Veluppillai Natkunam Terezinha M J Silva Leitão Washington Luis Conrado dos-Santos
Sergio Marcos Arruda Uriel Dan Kitron Zulma Maria de Medeiros
CÓDIGO DO TRABALHO: 19
INSTITUIÇÃO: Ilmd- Fiocruz/amazonia
AUTOR(ES): Lucas Barbosa Oliveira,
TÍTULO: AVALIAÇÃO IMUNOENSAIOS UTILIZANDO ANTICORPOS POLICLONAIS PARA DETECÇÃO DE MARCADORES DE
INFECÇÃO NA MALÁRIA
PALAVRAS-CHAVES: Malária; LDH; Anticorpo.
RESUMO:
Introdução: O aumento do número de casos com complicações clínicas graves vem colocando em questão se a malária pelo
Plasmodium vivax (P. vivax) pode ser ainda definida como benigna. A gravidade da malária vivax geralmente é atribuído à co-
infecções e o atraso no diagnóstico e tratamento inadequado pode resultar em complicações fatais. Visando o desenvolvimento
de um imunoensaio com sensibilidade superior ao diagnóstico padrão ouro (gota espessa) o objetivo do trabalho foi avaliar a
eficiência dos anticorpos policlonais anti–LDH em amostras com parasitemias não detectáveis teste da gota espessa. Material e
Métodos: Dois anticorpos policlonais foram gerados contra as proteínas LDHp-14kDa e LDHp-50kDa em coelhos e camundongos,
respectivamente. Dispondo de amostras sanguíneas de pacientes atendidos na FMT-HVD, o imunoensaio foi testado com
diluições seriadas das amostras positivas em sangue humano sadio e comparadas com a respectiva parasitemia mensurada pela
gota espessa. A padronização do Elisa foi realizada com o anticorpo de captura anti LDHp-14kDa à 8ug/ul e o anticorpo primário
anti LDHp-50kDa à 16ug/ul. O imunoensaio ficou mais sensível com a adição de anticorpo anti IgG de camundongo Biotinilado
acrescido posteriormente estreptavidina - peroxidase. Resultados e Discussão O imunoensaio apresentou uma sensibilidade de
100% com amostras sanguíneas congeladas. O Elisa sanduíche com amostras frescas deu um resultado bastante significativo,
observando que a D.O em relação as amostras que estavam congeladas . Foi feito análise da parasitemia de todas as amostras e
todas as diluições que foram realizadas a cada Elisa vendo o nível de sensibilidade dos anticorpos e do sistema Elisa para
diagnóstico de malária. O ELISA no modelo sanduíche com as novas amostras em um número amostral de cem amostras de
pacientes infectados com malária pelo Plasmodium Vivax. Os resultados com estes anticorpos foram animadores para torná-lo
útil na pesquisa de campo e detecção de parasitemias subclínicas. Conclusão. O nível de sensibilidade do sistema ELISA para
diagnóstico de malária são bastante animadores, pois o imunoensaio foi dose dependente e detectou a LDHp no plasma podendo
abrir perspectiva para outros estudos relacionados, imunopatologia dentre outros. No entanto Agora está sendo realizado PCR
para comparar o nível de PvLDH com o nível de DNAg do parasita para estimar a carga parasitaria. Estes testes estão sendo
realizados em parceria com a plataforma PCR-REAL TIME da FMT-AM com amostras de pacientes com malária.
CÓDIGO DO TRABALHO: 20
INSTITUIÇÃO: Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública
AUTOR(ES): Ana Elisa Almeida Santos de Oliveira,
TÍTULO: Incidência de AIDS na juventude soteropolitana
PALAVRAS-CHAVES: DST. Aids. Salvador. Jovens.
RESUMO:
Introdução: Em 1983, foi descoberto o vírus HIV e ele foi associado à Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), a qual cursa
com um espectro de manifestações clínicas. Mais tarde, houve o advento da terapia antirretroviral, permitindo-se assim que a
AIDS seja uma doença crônica, já que tem aumentado a expectativa de vida dos doentes. Apesar disso, continua sendo incurável
e uma epidemia mundial, brasileira e baiana. Material e Método: Trata-se de um estudo descritivo, com dados obtidos através do
SINAM (Sistema de Informações de Agravo de Notificação), SIM (Sistema de Informações sobre Mortalidade) e SISCEL (Sistema
de Controle de Exames Laboratoriais), disponíveis no Departamento de Informação e Informática do Sistema Único de Saúde
(DATASUS). Resultados: Do período de 2008 a 2013, foram notificados, na capital baiana, 389 casos de AIDS entre os jovens (faixa
etária de 15 a 24 anos). Sendo que no ano de 2008, foram 18 casos, em 2009, 38, já em 2010 foram 61 atingidos pela doença, em
2011, 50, 2012, teve 89 notificações e em 2013, 85. Discussão: Com os dados obtidos, é possível afirmar que, em geral, a
incidência da AIDS tem aumentado na juventude soteropolitana ao decorrer dos anos (quadro semelhante ao dos jovens
brasileiros). Dessa forma, pode-se inferir que isso se deve aos seguintes fatos: diante do grande avanço na medicina, muitos
doentes têm vivido com relativa qualidade, não se vendo muitas pessoas morrendo em estado grave, como foi logo na
descoberta da síndrome. Com isso, muitos jovens têm um entendimento distorcido da invunerabilidade ao HIV/AIDS, começando
a vida sexual cedo e a levando de forma irresponsável, o que inclui o não uso do preservativo e a vulgarização do sexo. Isso
reflete quanto o jovem soteropolitano está imaturo social, emocional e psicologicamente. Somado a esse aspecto, a doença está
sendo cada vez mais banalizada nas escolas e na mídia, o que faz com que a falta de informação seja um problema. Além disso, a
juventude é uma fase muito exposta às bebidas alcoólicas, fumo e drogas, fatores responsáveis por tornar o indivíduo mais
suscetível à aquisição do vírus. Conclusão: A prevenção continua sendo a melhor alternativa para mudar essa situação. O
processo educação- saúde precisa ser implementado melhor nas comunidades, permitindo palestras de doenças sexualmente
transmissíveis, métodos contraceptivos e combate às drogas, pois, deste jeito, pais e filhos são informados e podem fazer esses
temas como rotina nas conversas. Sem contar que a atenção à saúde do adolescente/ jovem precisa ser estruturada de uma
forma mais eficaz no Sistema Único de Saúde, já que a atual é muito precária.
CÓDIGO DO TRABALHO: 21
INSTITUIÇÃO: Upe
AUTOR(ES): Andrea Santos de Oliveira, LEUCIO CÂMARA ALVES,
TÍTULO: DISTRIBUIÇÃO E COMPORTAMENTO DA LEISHMANIOSE VISCERAL AMERICANA NO MUNICÍPIO DE FORTALEZA - CE,
ENTRE 2010 E 2012
PALAVRAS-CHAVES: Leishmaniose Visceral Americana. Leishmaniose Visceral Canina.
RESUMO:
INTRODUÇÃO A Leishmaniose Visceral Americana (LVA) é uma antropozoonose com ampla distribuição geográfica e ocorrência
mundial. No Brasil, das 27 unidades federativas, 19 já relataram casos da doença. O protozoário responsável é a Leishmania
(Leishmania) infantum e a doença que era eminentemente rural atualmente se encontra urbanizada. Seu vetor é o inseto
Lutzomyia longipalpis. Dentro da cadeia epidemiológica da LVA, o cão é considerado a principal fonte de infecção para o homem
no ambiente urbano no Brasil devido à elevada susceptibilidade à infecção e pela estreita relação com o homem. A grande
explosão da LVA em Fortaleza aconteceu no ano de 2006, quando 287 casos foram notificados. A epidemia piorou em 2007, com
o surgimento de 304 novos casos. O objetivo deste trabalho foi avaliar a distribuição de casos humanos e casos caninos de
Leishmaniose Visceral no município de Fortaleza entre os anos de 2010 e 2012 e verificar se o número de casos de Leishmaniose
Visceral Canina (LVC) influencia o número de casos de LVA. MATERIAL E MÉTODOS O município de Fortaleza, capital do Ceará,
possui uma área de 312 km2 e 2.500.000 habitantes. Atualmente é dividido em seis Secretarias Executivas Regionais (SER). A
análise da distribuição dos casos de LVA e LVC entre 2010 e 2012 foi realizada segundo localização dos casos. Para testar se o
número de casos caninos influencia o número de casos humanos de LV foi utilizado o teste de regressão linear, com o programa
Microsoft Office Excel® como ferramenta auxiliar no processamento dos dados. RESULTADOS E CONCLUSÃO Os resultados deste
estudo evidenciaram que LVA e LVC vêm apresentando uma diminuição no número de casos ao longo dos anos estudados. Foram
227 casos de LVA em 2010, 184 em 2011 e 28 em 2012. Já em relação à LVC, foram, respectivamente, 6475, 5024 e 3461 casos.
Quando se analisa a distribuição por SER, constata-se que a tendência se manteve, com exceção do número de casos de LVC na
SER IV, que aumentou. As SER V e VI respondem por metade dos casos de LVC e 42% dos casos de LVA. A SER II é a menos
acometida. A diminuição no número de casos de LVC pode ser em parte atribuída à política municipal de realização de inquéritos
sorológicos caninos anuais e recolhimento dos cães positivos. Apesar disto, nem todos os cães diagnosticados com LVC são
efetivamente recolhidos, e estes continuam convivendo com humanos e atuando como reservatórios da doença. A regressão
linear confirmou que o número de casos de LVC tem influência sobre o número de casos de LVA, considerando-se um nível de
significância de 5%. Os valores da Frequência Calculada e da Frequência Crítica foram, respectivamente, 383319,5 e 161,4. Com a
regressão linear foi possível também obter uma fórmula que permite calcular o comportamento aproximado da LVA em relação à
LVC, com base no comportamento dos anos anteriores. Desta forma, o valor negativo da constante obtida (-1094,3) é indicativo
de que o número de casos vem diminuindo.
CÓDIGO DO TRABALHO: 22
INSTITUIÇÃO: Instituto Oswaldo Cruz
AUTOR(ES): Maria Luiza Felippe Bauer, GILMARA PEREIRA GONZAGA, ROBSON DA COSTA CAVALCANTE,
TÍTULO: CULICOIDES (DIPTERA: CERATOPOGONIDAE) DA MICROREGIÃO DE BATURITÉ, NORTE DO ESTADO DO CEARÁ.
PALAVRAS-CHAVES: Fauna. Culicoides. Ceratopogonidae
RESUMO:
TÍTULO: CULICOIDES (DIPTERA: CERATOPOGONIDAE) DA MICROREGIÃO DE BATURITÉ, NORTE DO ESTADO DO CEARÁ.
INTRODUÇÃO: Os ceratopogonídeos constituem uma família cosmopolita e megadiversa, com 6180 espécies distribuídas em 111
gêneros. Apenas 18% das espécies foram assinaladas ou descritas para a região neotropical, indicativo da enorme lacuna do
conhecimento da biodiversidade da família para essa região. O gênero Culicoides inclui 1343 espécies em todo o mundo, sendo
que 266 estão distribuídas na região neotropical e aproximadamente 142 são reportadas para o Brasil. Devido aos esparsos
trabalhos realizados no nordeste brasileiro, existem poucos registros da presença de maruins nessa região e apenas sete espécies
foram assinaladas, até o presente, para o estado do Ceará. Nesse sentido, este trabalho visa contribuir para ampliar o
conhecimento da fauna de Culicoides, através do levantamento das espécies de maruins de 12 localidades pertencentes a cinco
municípios da microrregião de Baturité, norte do estado do Ceará. MATERIAL E MÉTODOS: Foram realizadas 48 coletas com
armadilha luminosa CDC em 12 localidades de cinco municípios da microrregião de Baturité, a saber: Baturité (Jordão, Labirinto e
Tijuca), Guaramiranga (Álvaro e Granja Bonfim), Itapiúna (Boa Água), Mulungu (Bagaço, Piaba e Trapiá) e Pacoti (Pau do Alho,
Mulunguzinho e Arvoredo). Estabeleceu-se quatro coletas por localidade durante um mês entre fevereiro de 2013 a janeiro de
2014, em função da presença do coletor na área de estudo. RESULTADOS: Obtivemos um total de 110 espécimes distribuídas em
11 espécies ou grupo de espécies. A espécie predominante foi C. paraensis (Goeldi) (33,6%), seguida de C. pifanoi Ortiz (21%), C.
pusillus Lutz (6,4%), C. leopoldoi Ortiz (3,6%), C. poikilonotus Macfie (3,6%), C. venezuelensis Ortiz & Mirsa (3,6%), C. debilipalpis
Lutz (1,8%), C. guyanensis Floch & Abonnenc (0,9%). Culicoides do grupo guttatus, C. do grupo haematomyidium, C. do grupo
limai correspondem a 25,5% da amostragem e se encontram em fase de identificação. C. paraensis e C. pifanoi foram
encontradas em quatro dos cinco municípios trabalhados, estando ausente em Itapiúna, em cujo município foi observado apenas
a presença de 1 exemplar fêmea de C. guyanensis. Obtivemos um total de 72 fêmeas e 38 machos, correspondendo,
respectivamente a 65% e 35% dos espécimes coletados. Foram reportadas pela primeira vez a presença de C. pifanoi, C.
poikilonotus, C. pusillus, C. venezuelensis para o estado. DISCUSSÃO: Barbosa (1952) cita a presença de C. debilipalpis para a
serra do Baturité. No entanto, nenhum outro registro foi feito desde então para essa espécie no estado. Em nosso trabalho
encontramos duas fêmeas dessa espécie, respectivamente para as localidades de Labirinto, município de Baturité e de Granja
Bonfim, no município de Guaramiranga. O encontro de mais quatro novos registros totaliza 11 espécies reportadas para o estado
do Ceará até o presente.
CÓDIGO DO TRABALHO: 23
INSTITUIÇÃO: Ministério da Saúde Ceará / 4ª Cres
AUTOR(ES): Robson da Costa Cavalcante, MARIA DE NAZARÉ DE OLIVEIRA SEGURA, MARIA FÁTIMA FERREIRA DE OLIVEIRA,
OTAMIRES ALVES DA SILVA, FRANCISCO HÉLIO SAMPAIO FURTADO, FRANCISCO BERGSON PINHEIRO MOURA, HAMILTON
ANTONIO DE OLIVEIRA MONTEIRO,
TÍTULO: FAUNA CULICIDIANA (DIPTERA: CULICIDAE) E SUAS POSSÍVEIS IMPLICAÇÕES EPIDEMIOLÓGICAS NO MACIÇO DE
BATURITÉ-CEARÁ
PALAVRAS-CHAVES: Fauna. Culicidae. Arbovirus
RESUMO:
TÍTULO: FAUNA CULICIDIANA (DIPTERA: CULICIDAE) E SUAS POSSÍVEIS IMPLICAÇÕES EPIDEMIOLÓGICAS NO MACIÇO DE
BATURITÉ-CEARÁ INTRODUÇÃO: A manutenção dos arbovírus na natureza ocorre basicamente através da transmissão biológica
de um vertebrado infectado a outro susceptível através de artrópodes hematófagos. Os culicidae desempenham papel
importante na transmissão destes agentes por reunirem espécies vetoras de arbovírus, por isso, são mosquitos de relevante
interesse para a saúde pública. O objetivo deste estudo foi conhecer a abundância e diversidade da fauna culicidae e avaliar
possíveis implicações epidemiológicas no Maciço de Baturité. MATERIAL E MÉTODOS: Foram realizadas capturas em ambiente
silvestre por meio de atrativo humano capacitado e devidamente protegido, uma vez por semana a cada mês, com duração de
uma hora de exposição, alternando horários entre manhã e tarde, e armadilhas luminosas tipo CDC expostas das 18:00 às 06:00,
durante o período fevereiro de 2013 a janeiro de 2014. Os espécimes foram identificados pela equipe de entomologia do
Instituto Evandro Chagas, onde se encontram depositados. RESULTADOS: Foram capturados 1282 culicídeos, distribuídos em 27
espécies, pertencentes aos gêneros Aedeomyia, Aedes, Anopheles, Coquillettidia, Culex, Haemagogus, Limatus, Mansonia,
Phoniomyia, Psorophora, Runchomyia, Sabethes, Uranotaenia, Wyeomyia. Espécies incriminadas como vetores somaram juntas
566 indivíduos; 44% das capturas. CONCLUSÃO: As capturas tiveram maior êxito com atrativo humano que contribuíram com
82% dos espécimes capturados, enquanto que as capturas com CDC contribuíram com 18%. As espécies encontradas buscam
exercer hematofagia em humanos podendo atuar como vetores de agentes patológicos. A presença de Ae. albopictus, desperta
para a necessidade de vigilância da chikungunyia, que recentemente tem acometido a população de estados brasileiros como
Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Amapá, Bahia e Ceará, além de outras arboviroses que já foram registradas na Mata Atlântica,
circulando em aves. Estes registros sugerem a realização de novas capturas para melhor avaliar a fauna culicidiana na região e
submetê-los às técnicas de isolamento viral.
CÓDIGO DO TRABALHO: 24
INSTITUIÇÃO: Ministério da Saúde Ceará / 4ª Cres
AUTOR(ES): Robson da Costa Cavalcante, OTAMIRES ALVES DA SILVA, FRANCISCO FRAGA PEREIRA, RELRISON DIAS RAMALHO,
FABRÍCIO KÁSSIO MOURA SANTOS, ANTONIO JARDELINO VIGÁRIO, BENEDITO NEILSON ROLIM,
TÍTULO: ESTUDO FAUNÍSTICO DE ARACHNIDA EM MUNICÍPIOS DO MACIÇO DE BATURITÉ, CEARÁ.
PALAVRAS-CHAVES: Fauna. Arachnida
RESUMO:
TÍTULO: ESTUDO FAUNÍSTICO DE ARACHNIDA EM MUNICÍPIOS DA 4ª COORDENADORIA REGIONAL DE SAÚDE, CEARÁ.
INTRODUÇÃO: É frequente o envenenamento causado pela inoculação de toxinas em acidentes envolvendo aranhas e
escorpiões, podendo levar a distúrbios locais ou a nível sistêmico. De acordo com o Sistema Nacional de Informações Tóxico-
Farmacológica – SINITOX, em 2011, foram registrados 15.124 mil envenenamentos, sendo por escorpiões 11.542 mil casos, com
10 óbitos e por aranhas 3.582 mil casos, com 3 óbitos. Este estudo teve como objetivo avaliar a frequência desses animais e
assim descrevê-los epidemiologicamente na região. MATERIAL E MÉTODOS: Os espécimes foram coletados em ambientes de
mata e no peridomicilio de casas de veraneio construídas em ambientes similares, utilizando a técnica manual-visual em
recipiente, sendo acondicionados em copos entomológicos transparentes contendo etanol 70% e levados ao laboratório de
endemias da 4ª CRES, onde foram etiquetados e enviados ao Núcleo de Controle de Vetores/NUVET e identificados a nível
taxonômico. RESULTADOS: Foram identificadas 18 famílias e 143 morfoespécies, sendo: ARANEAE - Araneidae 74(52%);
Theribiidae 17(12%); Linyphiidae 07(5%); Pholocidae 06(4%); Theraphosidae 05(3%); Lycosidae 04(2%); Agelinidae 02(1,5%);
Ctenidae 02(1,5%); Salticidae 02(1,5%); Thomosidae 02(1,5%); Segestriida 01(1%); Amaurobiidae 01(1%); Gnaphosidae 01(1%);
Pisauridae 01(1%); Dictynidae 01(1%); OPILIONES - Gonyleptidae 08(6%); SCORPIONES - Buthidae 16(11%) e Bothriuridae
22(15%). CONCLUSÃO: Aranhas e escorpiões de importância médica para o Brasil pertencem aos gêneros Loxosceles, Phoneutria,
Latrodectus, (onde estão agrupadas as espécies da família Theribiidae) e Tityus, (onde estão agrupadas as espécies da família
Buthidae). São necessários mais estudos relacionados aos arachnidae na região, para se ter uma real dimensão da riqueza de
espécies existentes e mensurar possíveis acidentes.
CÓDIGO DO TRABALHO: 27
INSTITUIÇÃO: Cemetron
AUTOR(ES): Marcéli Skrobot,
TÍTULO: Hantavirose
PALAVRAS-CHAVES: hantavirose
RESUMO:
RELATO DE CASOS DE HANTAVIROSE NO HOSPITAL CEMETRON EM PORTO VELHO - RO : MÉDICA RESIDENTE – MARCÉLI
HAVRELUCH FANTACHOLI SKROBOT INTRODUÇÃO: A HANTAVIROSE É UMA ZOONOSE QUE APRESENTA DISTRIBUIÇÃOO
MUNDIAL E SUA TRANSMISSÃO ESTÁ RELACIONADA COM ROEDORES . A INCIDENCIA É MAIOR NO SEXO MASCULINO , A
LETALIDADE É MAIOR NO SEXO FEMININO , IDADE MÉDIA DE 35 ANOS , EM POPULAÇÃO RURAL E PERIURBANA DE BAIXA RENDA
, OCORRE COM MAIOR FREQUENCIA ENTRE OS MESES DE MAIO A JULHO E 60% EVOLUEM COM CURA. RELATO DE CASO 1-
PACIENTE A.S. ,31 ANOS , NATURAL DE VERA CRUZ DO OESTE - PR . PROCEDENTE DE ALTO PARAÍSO -RO , CASADO ,MORADOR DE
ZONA RURAL DA LINHA 80 , TRAVESSA B20 – SÍTIO RIO MUTUM . PROFISSÃO : EMPILHADOR DE MADEIRA ESCOLARIDADE :
ENSINO FUNDAMENTAL COMPLETO. NO DIA 01-09-2013 O PACIENTE APRESENTOU ASTENIA, HIPOREXIA E FEBRE INTENSA,
PROCUROU AJUDA MÉDICA AMBULATORIAL NO MUNICÍPIO DE ALTO PARAÍSO ONDE FORAM REALIZADOS 3 EXAMES DE GOTA
ESPESSA PARA PESQUISA DE PLASMODIUM,SENDO TODOS OS RESULTADOS NEGATIVOS. NO DIA 03-09-2013 O PACIENTE
EVOLUIU COM HIPOTENSÃO , TAQUICARDIA, CONGESTÃO PULMONAR ,DISPNÉIA, PROSTRAÇÃO E SUDORESE FRIA .AVENTOU -SE
A HIPÓTESE DE DENGUE GRAVE E O PACIENTE FOI ENCAMINHADO PARA O HOSPITAL DE REFERENCIA. AO CHEGAR NO HOSPITAL
CEMETRON O PACIENTE APRESENTOU AO EXAME FÍSICO: PA- 120X 70 MMHG SAPO2: 88% TAX: 36,9C FC: 102BPM FR: 32 IPM
DIURESE: 1,8ML/KG/H EXAMES REALIZADOS NA ADMISSÃO: HT- 45,7% HB- 15,3G/DL LEUCÓCITOS- 6.100/MM SEGMENTADOS -
60% LINFÓCITOS- 29% MONÓCITOS – 11% PLAQUETAS – 76.000/MM BILIRRUBINA TOTAL – 0,43MG/DL BILIRRUBINA DIRETA –
0,22 MG/DL BILIRRUBINA INDIRETA – 0,22 MG/DL URÉIA – 36,37 MG/DL TGO – 52 U/L TGP – 32 U/L CREATININA – 0,80 MG/DL
EAS: PH- 6, DENSIDADE – 1.020 , HEMOGLOBINA ++ , PIÓCITOS – 06 P/C – 400 X , HEMÁCIAS – 35 P/C 400X RESULTADO DE
SOROLOGIAS : ANTI- HIV 1 E 2 – NEGATIVO HBSAG – NEGATIVO ANTI- HCV – NEGATIVO VDRL – NEGATIVO DENGUE IGM ( ELISA)
– NEGATIVO LEPTOSPIROSE IGM – NEGATIVO PESQUISA DE ANTICORCOPOS IGM PARA HANTAVÍRUS PELO MÉTODO
IMUNOENZIMÁTICO (ICC HANTEC- INSTITUTI EVANDRO CHAGAS) – POSITIVO PESQUISA DE ANTICORPOS IGM PARA HANTAVÍRUS
POR IMUNOENSAIO (EIE – IGM – HANTEC- ICC/FIO CRUZ –PR ) – POSITIVO DISCUSSÃO: O PACIENTE RECEBEU CUIDADOS DE
TERAPIA INTENSIVA ANTES DA CONFIRMAÇÃO SOROLÓGICA POR APRESENTAR FATORES DE RISCO PARA HANTAVIROSE E
EVOLUIU COM CURA . É NECESSÁRIO CONSIDERAR COMO FERRAMENTA AUXILIAR O QUESTIONAMENTO EPIDEMIOLÓGICO E A
INTRODUÇÃO DE MEDIDAS DE SUPORTE PRECOCEMENTE.
CÓDIGO DO TRABALHO: 28
INSTITUIÇÃO: Cemetron
AUTOR(ES): Marcéli Skrobot,
TÍTULO: hantavirose
PALAVRAS-CHAVES: hantavirose
RESUMO:
RELATO DE CASO DE HANTAVIROSE ASSOCIADA A MALARIA VIVAX COM DESFECHO LETAL NO HOSPITAL CEMETRON EM PORTO
VELHO - RO : MARCÉLI HAVRELUCH FANTACHOLI SKROBOT INTRODUÇÃO: A HANTAVIROSE É UMA ZOONOSE QUE APRESENTA
DISTRIBUIÇÃO MUNDIAL E SUA TRANSMISSÃO ESTÁ RELACIONADA COM ROEDORES SILVESTRES COM PREDOMINIO NO SEXO
MASCULINO E ALTA LETALIDADE EM POPULAÇÃO RURAL E PERIURBANA DE BAIXA RENDA , OCORRENDO COM MAIOR
FREQUENCIA ENTRE OS MESES DE MAIO A JULHO, PODENDO SER DIAGNOSTICADA EM AREAS MALARIGENAS. RELATO DE CASO
2: M. L. D. J. 44ANOS , NATURAL DE MANICORÉ –AM , PROCEDENTE DE PORTO VELHO- BAIRRO TRIÂNGULO, PRIMÁRIO
INCOMPLETO, PROFISSÃO –AGRICULTORA. PACIENTE APRESENTOU NO DIA 24-01-2014 FEBRE E DOR EM MMII, FEZ USO DE
DIPIRONA SEM MELHORA DO QUADRO. NO DIA 28-01-2014 EVOLUIU COM CALAFRIOS, EMESE DE CONTEÚDO ALIMENTAR E
INTENSA ARTRALGIA E MIALGIA EM MMII . A FAMÍLIA TROUXE A PACIENTE DE MANICORÉ PARA UM PRONTO ATENDIMENTO EM
PORTO VELHO ,NA DATA DE 25-01-2014 ONDE ATRAVÉS DE UM EXAME DE GOTA ESPESSA FOI DIAGNOSTICADA MALÁRIA VIVAX
(++). A PACIENTE APRESENTAVA-SE DESIDRATADA ++/4, HB- 6G/DL ,PLAQUETAS – 42.000, DISPNEIA , ICTERÍCIA ++++/4 E
COLÚRIA. FOI PRESCRITO TRATAMENTO COM CLORIQUINA E PRIMAQUINA. NÃO HAVENDO MELHORA DO QUADRO A PACIENTE
FOI ENCAMINHADA PARA O CEMETRON PARA TRATAMENTO DE MALÁRIA GRAVE. EXAMES NA ADMISSÃO NO CEMETRON 01-02-
1014: HT – 14% HB – 4,6 G/DL LEUCÓCITOS- 6.500 EOSINÓFILOS 2% SEGMENTADOS – 72% LINFÓCITOS - 25% MONÓCITOS – 1%
PLAQUETAS – 42.000/MM GAMA-GT- 201U/L FA – 452 U/L PROTEÍNAS TOTAIS- 5,6 G/DL ALBUMINA SÉRICA – 2,9 G/DL
GLOBULINAS – 2,7 G/DL BILIRRUBINA TOTAL – 3,6 MG/DL BILIRRUBINA DIRETA- 2,1 MG/DL BILIRRUBINA INDIRETA – 1,5 MG/DL
URÉIA – 36 CREATININA – 1 MG/DL A PACIENTE FOI ENCAMINHADA PARA A UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA APÓS PIORA DO
QUADRO RESPIRATÓRIO E RENAL , TAMBÉM INICIOU QUADRO DE DIARREIA E OLIGÚRIA. RESULTADO DE EXAMES DA UTI: ANTI –
HIV 1 E 2 – NEGATIVO ANTI- HCV – NEGATIVO VDRL- NEGATIVO PCR – 71,3MG/L URÉIA- 128 MG/DL POTÁSSIO 3,6 MEQ/L CÁLCIO
TOTAL – 7,5 MG/DL FÓSFORO 5,9 MG/DL LDH – 2.280 U/L TGO- 81 U/L TGP- 33 U/L EAS- HEMOGLOBINAS +++ , PIÓCITOS 5P/C -
400X , HEMÁCIAS INCONTÁVEIS A PACIENTE FOI INTUBADA , RECEBEU ARTESUNATO EV, FOI SEDADA COM DORMONID E
FENTANIL , RECEBEU CONCENTRADO DE PLAQUETAS 4UI E CONCENTRADO DE HEMÁCIAS 4 UI. FORAM SOLICITADAS
SOROLOGIAS, MAS A PACIENTE EVOLUIU A ÓBITO POR FALENCIA DE MÚLTIPLOS ÓRGÃOS. RESULTADO DAS SOROLOGIAS:
PESQUISA DE ANTICORPOS IGM PARA HANTAVÍRUS PELO MÉTODO IMUNOENZIMÁTICO ( ICC HANTEC- INSTITUTO EVANDRO
CHAGAS ) – POSITIVO PESQUISA DE EIE IGM ( ICC/FIO CRUZ – PR) – POSITIVO DENGUE IGM ( ELISA ) NEGATIVO LEPTOSPIROSE
IGM – NEGATIVO DISCUSSÃO: A PACIENTE RECEBEU CUIDADOS DE TERAPIA INTENSIVA TARDIAMENTE . É NECESSÁRIO
CONSIDERAR COMO FERRAMENTA AUXILIAR O QUESTIONAMENTO EPIDEMIOLÓGICO E A INTRODUÇÃO DE MEDIDAS DE
SUPORTE PRECOCEMENTE.
CÓDIGO DO TRABALHO: 29
INSTITUIÇÃO: Universidade Federal de Sergipe
AUTOR(ES): Diana Matos Euzébio, ANGELA MARIA SILVA, Genilde Gomes Oliveira, Flávia Oliveira da Costa, Dalmo Correia
Filho, Bernard Guimarães Costa,
TÍTULO: NOVOS CASOS DA DOENÇA DE CHAGAS EM UMA ÁREA RURAL DO MUNICÍPIO DE TOBIAS BARRETO – SERGIPE
PALAVRAS-CHAVES: Doença de Chagas; epidemiologia; triatominae; sorologia.
RESUMO:
Introdução: A doença de Chagas humana, também conhecida como tripanossomíase americana, é considerada pela Organização
Mundial de Saúde uma das 17 doenças tropicais mais negligenciadas no mundo. O objetivo do trabalho foi investigar a infecção
da doença de Chagas por transmissão vetorial em humanos em área rural de Tobias Barreto. Material e Métodos: Trata-se de
estudo transversal de campo com abordagem quantitativa que investigou a transmissão vetorial da doença de Chagas em
humanos em área rural do município de Tobias Barreto - Sergipe. Os 255 participantes da pesquisa foram selecionados de forma
aleatória, possuíam idades entre 0 a 85 anos, residiam nos povoados Alagoinhas e Poço da Clara. Foram utilizados os testes ELISA
Chagas III, imunoenzimático e testes para Imunofluorescência indireta para T. cruzi para processar as amostras. Os dados foram
tabulados e analisados através do software Epi Info versão 7.1.4., sendo extraídas frequências e desvio padrão, e cruzado as
variáveis nominais com os testes Qui-Quadrado de Pearson. Resultados: A frequência de soropositividade para a doença de
Chagas nos povoados foi de 0,39%, e 1,18% da população obtiveram sorologia não conclusiva mesmo após dois testes
sorológicos. O sororeagente e dois indivíduos não conclusivos residem em Alagoinhas, o terceiro não conclusivo em Poço da
Clara, O perfil traçado por exames do sororeagente demostra fase crônica, na forma digestiva da doença, com discreto
comprometimento do esôfago. Dentre a população estudada 146 pertenciam ao gênero feminino, e 109 ao masculino; o
sororeagente e não conclusivos eram do gênero masculino. A idade média da população do estudo foi de 38,55 anos, tempo de
residência médio foi de 27 anos nas localidades. Cerca de 30,19% dos pesquisados encontraram o triatomíneo no domicilio.
Realizaram transfusão sanguínea 5,85% dos participantes, sendo um deles não conclusivo. O sororeagente e não conclusivos
apresentavam diversos fatores de risco analisados. Conclusão: Os resultados deste estudo comprovam a transmissão vetorial em
Poço da Clara e Alagoinhas na área estudada. Dados obtidos no estudo demostram subnotificação da doença evidenciada pela
presença do triatomíneo e condições precárias de moradia. A domicialização de espécie silvestre da região estudada assumindo o
papel do Triatoma infestans, pode ser responsável pela manutenção da transmissão da doença, demonstrando a necessidade de
mudanças na política de prevenção e controle da doença.
CÓDIGO DO TRABALHO: 30
INSTITUIÇÃO: Hospital Estadual Azevedo Lima
AUTOR(ES): Maria Elizabeth Herdy Boechat, Cassemiro Sergio Martins, Marcia Bessa Ramos, Luiza Herdy Boechat Luz Tiago,
Carine Marie Vasconcellos Sales, Cristiane Fernandes Ribeiro,
TÍTULO: INFECÇÃO POR DENGUE EM ADOLESCENTE COM PARTURIÇÃO DE NATIMORTO EM ANOS SUBSEQUENTES NA
MATERNIDADE DO HOSPITAL ESTADUAL AZEVEDO LIMA-NITERÓI-RJ (Ano de 2011 e 2012)
PALAVRAS-CHAVES: Dengue. Gestação. Natimorto. Prevenção
RESUMO:
INTRODUÇÃO: Dengue é uma virose aguda com importante morbi-mortalidade tendo como agente infeccioso os sorotipos virais
DEN 1, DEN 2, DEN 3 e DEN 4 no país. O seu vetor é o mosquito Aedes aegyptis. Esta doença acomete todas as faixas etárias e
ambos os sexos. Não poupando inclusive gestantes, puérperas e recém-nascidos, estes últimos por transmissão vertical. Sendo,
que no seguimento gestacional a Dengue pode promover partos prematuros, abortamentos e mesmo mortes. E este estudo é um
exemplo da sua significativa virulência. RELATO DE CASO: K.C.A, 17 anos, moradora de Inoã-Maricá-RJ, do lar, gestação com 28
semanas, fez pré-natal. Em 28/07/2011: dor no baixo ventre, perdas vaginais, em uso de metildopa. É internada nesta
maternidade em 29/07 com pressão arterial normal, em trabalho de parto prematuro, batimento cárdio-fetal inaudível ao sonar.
Expeliu feto morto macerado do sexo feminino. Deste dia até 31/07 teve aumento da pressão arterial que variou de
130x60mmHg a 170x130mmHg, em uso de anti-hipertensivos. Em 31/07 submetida à wintercuretagem com saída de restos
placentários. A partir deste dia normalizou a pressão arterial. Nos exames complementares: aumento do hematócrito entre
31/07 a 01/08 (variando de 36,7% a 42,6%); menor quantitativo de plaquetas 75.000/µL em 29/07; não houve leucopenia e
linfocitose; ureia, creatinina e prova de função hepática normais; HIV, VDRL e Sorologia de Leptospirose não reagentes; Sorologia
de Dengue: IgM e IgG reagentes em 31/07. Alta hospitalar em 03/08/11. Por último, a paciente em abril/2012 está na segunda
gravidez, 18 anos, reside no mesmo endereço, com 32 semanas gestacionais, fez pré-natal. Em 16/04/12 chega nesta
maternidade com dor no baixo ventre, sem perdas vaginais, com pressão arterial de 140x90mmHg, em uso de metildopa, sulfato
ferroso e ácido fólico. Evoluiu com parto vaginal com feto morto macerado do sexo masculino. Realizada wintercuretagem com
saída de restos placentários. Não houve elevação da pressão arterial. Exames complementares: não ocorreu hemoconcentração;
presença de plaquetopenia de 114.000/µL; linfocitose de 33,1% na série branca específica; HIV, VDRL e Sorologia de Leptospirose
não reagentes; Sorologia de Dengue IgM e IgG reagentes em 17/04. Alta hospitalar em 18/04/12. DISCUSSÃO: Pensamos na
ocorrência de Dengue por sorotipos diferentes em virtude do intervalo de tempo entre os seus episódios ser superior a
permanência habitual de detecção de IgM desta infecção e não haver imunidade cruzada entre os seus sorotipos virais. Também
observamos que o endereço residencial se manteve igual, podendo contribuir na vulnerabilidade sócio-ambiental de adquirir
esta doença e ainda, o desfecho da natimortalidade ratificou a sua significativa virulência. Portanto, é fundamental a permanente
prevenção e controle da Dengue, e reiterar a inclusão desta virose como hipótese diagnóstica de infecção na gravidez junto aos
obstetras.
CÓDIGO DO TRABALHO: 32
INSTITUIÇÃO: Universidade de Brasília (unb)
AUTOR(ES): George Harrison Ferreira de Carvallho, Jaime Martins de Santana, Cecília Maria Alves de Oliveira, Rose Gomes
Monnerat Solon de Pontes,
TÍTULO: AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE PUPICIDA DA FRAÇÃO HEXÂNICA DO EXTRATO BRUTO ETANÓLICO DA CASCA DO CAULE
DA PERSEA AMERICANA (LAURACEAE) SOBRE PUPAS DE CULEX QUINQUEFASCIATUS (SAY, 1823)
PALAVRAS-CHAVES: Culex quinquefasciatus. Persea americana. Atividade pupicida
RESUMO:
Intrudução. Culex quinquefasciatus (Say, 1823) é um mosquito de distribuição cosmopolita e hábitos predominantemente
sinantrópicos. Constitui uma espécie de grande importância na saúde pública brasileira por ser o principal vetor da filária
Wuchereria bancrofti, bem como outras arboviroses de epidemiologia comprovada. Assim, estudos visando o seu controle
apresentam importância. As plantas têm sido os organismos vivos mais investigados como fonte de produtos naturais na busca
de inseticidas viáveis, seletivos, biodegradáveis e econômicos, pelo baixo impacto ambiental e maior segurança a população. A
Persea americana é uma planta frutífera e altaneira cultivada em quase todo o Brasil. O presente trabalho teve o objetivo de
avaliar a toxicidade da fração hexânica do extrato bruto etanólico da casca do caule da P. americana sobre pupas de Cx.
quinquefasciatus. Material e Métodos. Após a coleta da casca e realizados os processos de secagem, moagem, percolação e
evaporação, foi obtido o extrato bruto etanólico, este foi submetido ao método de separação de substâncias partição líquido-
líquido em funil de separação, resultando nas frações de: hexano, metanol e acetato de etila, sendo a fração hexânica a mais
efetiva. Uma alíquota da fração hexânica foi previamente solubilizado em Dimetilsulfóxido (DMSO 2%), e em seguida diluída,
obtendo-se uma solução teste. Utilizaram-se 20 pupas para cada concentração e para cada repetição, tanto para os testes quanto
para os controles feitos em água e DMSO 2%. Todo o bioensaio foi feito em triplicata. A mortalidade foi observada após 24h de
exposição das pupas de Cx. quinquefasciatus a fração hexânica. Resultados. As concentrações letais CL50 e CL90 obtidas da
fração hexânica do extrato bruto etanólico da casca do caule de P. americana foram, respectivamente, de 120,05 e 198,3 ppm
não houve morte no grupo controle. Discussão. A constatação mais importante deste trabalho foi o efeito pupicida de P.
americana, raramente encontrado em outros produtos tanto naturais quanto sintéticos. Conclusão. Esses resultados sugerem a
continuação dos estudos na obtenção de estruturas químicas passíveis de aprimoramento da atividade pela via sintética de
outros derivados e/ou pela diminuição das concentrações letais.
CÓDIGO DO TRABALHO: 34
INSTITUIÇÃO: Departmento de Medicina Clínica, Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará
AUTOR(ES): Elizabeth de Francesco Daher, LAIO LADISLAU LOPES LIMA, ANA PATRÍCIA FREITAS VIEIRA, LUCAS SILVEIRA DO
NASCIMENTO, DOUGLAS SOUSA SOARES, GERALDO BEZERRA DA SILVA JUNIOR,
TÍTULO: CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E LABORATORIAIS DA SÍNDROME HEMOFAGOCÍTICA EM CRIANÇAS COM LEISHMANIOSE
VISCERAL
PALAVRAS-CHAVES: Leishmaniose, Hemofagocitose, Calazar
RESUMO:
Introdução: A leishmaniose visceral (LV) é uma doença causada por um grupo heterogêneo de protozoários do gênero
Leishmania, que ocorre tipicamente em regiões tropicais. A síndrome hemofagocítica (SH) caracteriza-se pela produção excessiva
de citocinas e proliferação e ativação de linfócitos citotóxicos e histiócitos, levando à hemofagocitose. O objetivo deste estudo é
descrever as características clínicas e laboratoriais da SH em crianças com LV. Material e Métodos: Foi realizado estudo
retrospectivo de crianças com LV admitidas em um hospital terciário em Fortaleza, Ceará, Brasil, de janeiro de 2012 a abril de
2014. Foram revisadas as características clínicas e laboratoriais dos pacientes na admissão e durante a internação. Resultados:
Foram admitidos no período do estudo 127 crianças com LV, com média de idade de 4,2±4,3 anos, sendo 62,9% do sexo
masculino. SH foi diagnosticada em 35 pacientes (27,5%). O tempo médio entre o início dos sintomas e a admissão foi de 44±50
dias. O tempo médio de internação foi de 29±12 dias. Os principais sinais e sintomas na admissão foram: febre (100%),
esplenomegalia (91,4%), hepatomegalia (60%), dor abdominal (42,9%), tosse (40%), astenia (34,3%), palidez (25,7%), perda de
peso (22,9%) e edema (22,9%). Os principais achados laboratoriais na admissão foram: hemoglobina 6,7±1,3g/dL, leucócitos
3583±2619/mm3, neutrófilos 936±628/mm3, plaquetas 106885±102741/mm3, albumina 3,03±0,77g/dL, AST 140±90UI/L, ALT
106±98UI/L, ferritina 4296ng/dL, triglicerídeos 333±140mg/dL, globulina 3,8±1,4g/dL, sódio 133±4,9mEq/L, potássio
4,06±0,5mEq/L, ureia 22,5±6,7mg/dL e creatinina 0,4±0,17mg/dL. A maioria dos pacientes (74,3%) apresentou anemia grave
durante a internação, com hemoglobina abaixo de 7g/dL. Houve apenas 1 óbito (2,9%), e 7 pacientes necessitaram de terapia
intensiva (20%). Nenhum paciente necessitou de diálise. Leucopenia grave, com neutropenia febril, foi observada em 14 casos
(40%). Lesão renal aguda (LRA) foi observada em 10 pacientes (28,6%). De acordo com o critério pRIFLE, 9 pacientes (90%) foram
classificados em “Risk” e 1 (10%) em “Injury”. A comparação dos pacientes com e sem LRA mostrou que os pacientes com LRA
eram mais velhos (6,2±5,4 vs. 3,04±3,02 anos, p=0,042) e apresentaram níveis mais elevados de creatinina (0,73±0,2 vs.
0,48±0,13mg/dL, p
CÓDIGO DO TRABALHO: 35
INSTITUIÇÃO: Curso de Medicina, Programa de Pós-graduação Em Saúde Coletiva, Universidade de Fortaleza
AUTOR(ES): Geraldo Bezerra da Silva Junior, DOUGLAS DE SOUSA SOARES, MALENA GADELHA CAVALCANTE, SAMILLE MARIA
VASCONCELOS RIBEIRO, RAYANA CAFÉ LEITÃO, ANA PATRÍCIA FREITAS VIEIRA, ELIZABETH DE FRANCESCO DAHER,
TÍTULO: LESÃO RENAL AGUDA EM CRIANÇAS COM HIV: ESTUDO COMPARATIVO ENTRE PACIENTES COM E SEM TERAPIA
ANTIRETROVIRAL
PALAVRAS-CHAVES: HIV, AIDS, Criança, Lesão renal
RESUMO:
Introdução: A doença renal é uma complicação frequente em pacientes com HIV. Existem poucos estudos sobre o acometimento
renal em crianças com HIV. O objetivo deste estudo é avaliar as características clínicas da lesão renal aguda (LRA) em crianças
com HIV de acordo com o uso de terapia antirretroviral. Material e Métodos: Foi realizado estudo retrospective incluindo
pacientes < 16 anos de idade admitidos em um hospital terciário de Fortaleza, Ceará, Brasil, com diagnóstico confirmado de
infecção pelo HIV, entre janeiro de 2007 a dezembro de 2012. Foi realizada uma comparação dos pacientes com e sem uso de
terapia antirretroviral antes da admissão. Resultados: Foram incluídos 63 pacientes no estudo, com média de idade de 5,3±4,27
anos (variação de 1 a 14 anos); 44 (69,8%) eram manores de 7 anos; 35 (55,6%) era do sexo feminino. O tempo médio de
internação variou de 1 a 352 dias (média 34,2±57,8 dias). As causas mais comuns de internação foram: pneumonia (44,4%),
tuberculose pulmonar (9,5%) e varicela (6,3%). Os sinais e sintomas mais frequentes na admissão foram: febre (82,5%), tosse
(68,3%), diarreia (36,5%), dispneia (34,9%) e vômitos (28,6%). LRA foi observada em 31 casos (49,2%), de acordo com o critério
pRIFLE. Os pacientes foram classificados em “Risk” (64,5%), “Injury” (32,2%) e “Failure” (1,6%). Apenas 1 paciente (3,2%)
necessitou de diálise. Houve 2 óbitos (6,4%). Os principais exams laboratoriais mostraram: Ht 29,5±4,2%, Hb 9,6±1,6g/dL, LDH
839,4±989,4UI/L, ureia 24,4±12,8mg/dL, creatinina 0,5±0,2mg/dL, K 4,1±0,8mEq/L, pH 7,4±0,1, Pco2 34,3±11mmHg e HCO3
20,7±4,6mEq/L. Estavam em uso de terapia antirretroviral 43 pacientes (68,3%); 37 (58,7%) estava em uso de lamivudina, 31
(49,2%) zidovidine, 16 (35,4%) lopinavir e 5 (7,9%) tenofovir. Os pacientes em uso de antirretrovirais apresentaram níveis mais
baixos de bicarbonato (19,1±4,9 vs. 23,6±2,2mEq/L, p=0,013) e potássio (3,9±0,8 vs. 4,5±0,7mEq/L, p=0,019), além de níveis mais
baixos de AST (39,8±26,7 vs. 123,1±1899UI/L, p=0,008) e ALT (25,3±21,5 vs. 77,9±102,8UI/L, p=0,001). A taxa de filtração
glomerular (TFG) era mais alta nos pacientes em uso de antiretrovirais (102,2±36,7 vs. 77,0±32,8ml/min/1,73m², p=0,011). O
número de pacientes com carga viral < 120.000 cópias era maior nos pacientes em terapia antiretroviral (76,9% vs. 23,1%,
p=0,027). Conclusão: A doença renal é uma complicação frequente em crianças com HIV. O tratamento antirretroviral não
alterou de forma significativa a TFG, porém parece estar associado com maior incidência de acidose metabólica e hipocalemia.
Fonte de financiamento: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, CNPq.
CÓDIGO DO TRABALHO: 37
INSTITUIÇÃO: Universidade Federal do Ceará
AUTOR(ES): Camille Sampaio Torres, Breno Milhomens Arraes, Henrique Carvalho de Lima Farias, Pedro Luiz Lopes, Pedro
Philippe Pinto Moreira, Francisco Gustavo Silveira Correia, Carlos Henrique Morais de Alencar,
TÍTULO: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA DENGUE NA REGIÃO ADMINISTRATIVA I (SER I) DO MUNICÍPIO DE FORTALEZA, CEARÁ
PALAVRAS-CHAVES: dengue. epidemiologia.
RESUMO:
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA DENGUE NA REGIÃO ADMINISTRATIVA I (SER I) DO MUNICÍPIO DE FORTALEZA, CEARÁ. BRENO
MILHOMENS ARRAIS¹, CAMILLE SAMPAIO TORRES¹, HENRIQUE CARVALHO DE LIMA FARIAS¹, PEDRO LUIZ LOPES¹, PEDRO PHILIPPE
PINTO MOREIRA¹, FRANCISCO GUSTAVO SILVEIRA CORREIA¹, CARLOS HENRIQUE MORAIS DE ALENCAR¹ ¹ Departamento de Saúde
Pública, Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará. Resumo Objetivo: Traçar um perfil epidemiológico das
notificações e dos casos de dengue ocorridos na região física e administrativa extremo noroeste do município de Fortaleza
(Regional I) no período entre 2010 e 2013. Métodos: Realizado sob o viés epidemiológico da Regional I, com estudo transversal
descritivo das informações coletadas durante as visitas realizadas à Célula de Vigilância Epidemiológica de Fortaleza (CEVEPI), à
Secretaria Municipal de Saúde e a regiões da própria Regional I e dados obtidos do Sistema de Monitoramento Diário de Agravos
e Departamento de Informação (SIMDA). Resultados: Foi possível correlacionar período chuvoso com o ciclo reprodutivo do seu
principal vetor da Dengue, o Aedes Aegypti. Houve a recirculação de alguns sorotipos de vírus da dengue, como o DENV-2, um
dos mais perigosos, na Secretaria Executiva Regional I (SER I), justificando o alto número de crianças acometidas pela Dengue no
ano de 2013, e do sorotipo DENV-1, em grande parte do Estado. Em 2013, em números absolutos, foram registrados e
notificados 1153 casos de Dengue na SER I. A distribuição mensal destes casos foi predominante nos períodos chuvosos, com
ênfase em Junho. O estudo também enfatiza o número de casos diminutos de pessoas entre 10 e 35 anos, se comparado com as
outras faixas etárias, devido à sensibilização prévia dessas pessoas por determinados sorotipos do vírus, inclusive do DENV-2, em
outrora. Conclusão: Com base nesse estudo, pretende-se, a partir dos dados avaliados, mostrar de forma mais detalhada a
situação administrativa da saúde na SER I do município de Fortaleza, no Ceará, tentando retratar de forma fidedigna o
acometimento de infecções pelo vírus da Dengue na população. Assim, políticas públicas de melhor qualidade, com um
embasamento científico sério, podem ser adotadas para que se melhore as condições de vida de tal parcela da população de
Fortaleza.
CÓDIGO DO TRABALHO: 38
INSTITUIÇÃO: Pós-graduação em Ciências da Saúde, Faculdade de Medicina (FM), Universidade Federal do Mato Grosso
(UFMT)
AUTOR(ES): SAMANTHA SOARES OURIVES, DIEGO SAMPAIO ARANTES DOS SANTOS, COR JESUS FERNANDES FONTES,
AMÍLCAR SABINO DAMAZO,
TÍTULO: ANÁLISE DAS SUBPOPULAÇÕES DE CÉLULAS T E DA ATIVAÇÃO LINFOCITÁRIA DURANTE A MALÁRIA VIVAX
PALAVRAS-CHAVES: Plaquetas, malária, células T, Th1, Plasmodium vivax
RESUMO:
Introdução: A malária é uma das doenças parasitárias de maior importância global e é responsável pelas principais causas de
morbidade e mortalidade nas áreas tropicais e subtropicais do mundo. A resposta imune na malária é complexa e os mecanismos
de ativação e regulação de linfócitos T e suas citocinas ainda são pouco compreendidos. O objetivo deste trabalho foi avaliar a
correlação da parasitemia com o número de plaquetas e leucócitos, além de identificar e quantificar as subpopulações
específicas de células Th1, Th2, Th17 e Treg, durante a infecção por Plasmodium vivax. Material e Métodos: Para avaliar a
correlação da parasitemia com o número de plaquetas, número total de leucócitos, monócitos e neutrófilos, os resultados foram
submetidos à análise de regressão linear pelo teste de coeficiente de correlação de Spearman. Por meio da citometria de fluxo foi
feito a identificação e quantificação das subpopulações de células T: Th1 (CD3+CD4+IFN-γ+), Th2 (CD3+CD4+IL4+), Th17
(CD3+CD4+IL-17+), Treg (CD3+CD4+CD25+CD127-) e citotóxica (CD3+CD8+), obtidos do sangue periférico de pacientes com
malária vivax e em controles sadios. Nesse caso, o teste t de Mann Whitney foi utilizado para análise estatística. Resultados: A
plaquetopenia foi observada em pacientes com malária vivax quando comparados aos controles sadios (p
CÓDIGO DO TRABALHO: 39
INSTITUIÇÃO: Universidade Federal do Ceará
AUTOR(ES): Paula Sacha Frota Nogueira, ANITA MARIA ROSA BORRINI, LIS PAZ SAMPAIO, THAIS AQUINO CARNEIRO, RUTE
COSTA REGIS, MARILIA TORRES BENEVIDES,
TÍTULO: ATIVIDADE EDUCATIVA SOBRE HANSENÍASE EM SALA DE ESPERA COMO ESTRATÉGIA DE INTEGRAÇÃO ENSINO-
SERVIÇO
PALAVRAS-CHAVES: Educação em Saúde. Hanseníase. Enfermagem em Saúde Comunitária.
RESUMO:
Introdução: A hanseníase é uma doença infectocontagiosa, de evolução crônica, que afeta principalmente pele e nervos. A
identificação precoce, adesão ao tratamento e a posse de conhecimento evitam o aparecimento das incapacidades permanentes
e das consequências sociais vinculadas à doença. Assim estratégias educativas em sala de espera são importantes, pois oferecem
espaço de discussão e desmistificação da doença para o usuário, o que favorece o diagnóstico precoce e a redução da
estigmatização. Objetivou-se relatar a experiência de acadêmicas de enfermagem na elaboração e desenvolvimento de atividade
educativa sobre hanseníase em sala de espera. Relato: Foi realizada uma atividade de educação em saúde com aproximadamente
30 pacientes em ambiente de sala de espera para a consulta de triagem dermatológica de centro de referência em dermatologia
localizado em Fortaleza-CE. Iniciou-se com a apresentação dos objetivos do trabalho, seguido de roda de conversa com os
participantes sobre seu conhecimento prévio sobre a hanseníase, com o objetivo de detectar o conteúdo a ser abordado.
Posteriormente, deu-se início a uma explanação dialogada com o auxílio de álbum seriado sobre o tema, onde foram abordados
aspectos sobre transmissão, sinais e sintomas característicos da doença, proteção dos comunicantes, e autocuidado. Já para as
orientações sobre o tratamento foi disponibilizada aos participantes as cartelas de tratamento paucibacilar e multibacilar, como
forma de aproximar e desmistificar o tratamento. A atividade teve duração de 45 minutos, encerrando-se com a distribuição de
folhetos informativos produzidos pelas acadêmicas. Discussão: O trabalho desenvolvido mostrou-se efetivo em seu propósito,
pois os participantes mostraram-se interessados e participativos, através de esclarecimento de dúvidas e relatos de experiências
anteriores, fossem estas, pessoais ou familiares. Como produto desta atividade, ressalta-se um diagnóstico de hanseníase entre
os participantes, o qual já era acompanhado na unidade para outra morbidade; e no encaminhamento de uma comunicante para
avaliação médica, pois apresentava sinais sugestivos. A abordagem escolhida mostrou-se adequada e eficaz na sensibilização da
população, por ser em um ambiente favorável ao aprendizado e esclarecimento de dúvidas.
CÓDIGO DO TRABALHO: 40
INSTITUIÇÃO: Universidade Federal do Ceará
AUTOR(ES): Paula Sacha Frota Nogueira, ESCOLÁSTICA REJANE FERREIRA MOURA,
TÍTULO: CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE PARA USO DE MÉTODOS ANTICONCEPCIONAIS POR MULHERES COM HANSENÍASE
PALAVRAS-CHAVES: Hanseníase. Planejamento Familiar. Saúde da Mulher.
RESUMO:
Introdução: A hanseníase, geralmente, acomete o sexo feminino em plena capacidade reprodutiva, função que pode ser afetada
pela patologia nos aspectos da concepção e da anticoncepção. Em face aos possíveis agravos decorrentes desta interação,
percebe-se a relevância do acesso às orientações por mulheres com hanseníase sobre a importância de adiar a gestação e adotar
Métodos Anticoncepcionais (MAC) adequados à doença. Portanto, objetivou-se elaborar critérios de elegibilidade para uso de
MAC por mulheres com hanseníase. Material e Métodos: Tratou-se de reflexão crítica sobre as evidências disponíveis envolvendo
uso de MAC por mulheres com hanseníase. Tomou-se por base oito artigos selecionados em revisão integrativa da literatura
realizada em 12 de dezembro de 2014 nas bases de dados Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature (CINAHL),
MEDLINE/PubMed via National Library of Medicine, e SCOPUS pela utilização dos descritores leprosy (hanseníase) e pregnancy
(gravidez) de forma integrada. As demais referências utilizadas foram duas publicações da Organização Mundial da Saúde
(“Critérios Médicos de Elegibilidade para Uso de Anticoncepcionais” e “Planejamento Familiar: Um Manual para Prestadores de
Serviços de Saúde”) e duas do Ministério da Saúde do Brasil (“Amamentação e uso de drogas” e “Portaria Nº 3.175”). Resultados:
Da reflexão crítica destacou-se a necessidade de uso de MAC muito eficazes pelas mulheres com hanseníase; a interação entre a
Rifampicina e os anticoncepcionais hormonais orais, resultando na diminuição da ação do contraceptivo; e o surgimento do
Eritema Nodoso (EN) como reação adversa ao uso de anticoncepcionais hormonais. Diante dos resultados, construiu-se os
seguintes critérios: categoria 1 - laqueadura, vasectomia, DIU de cobre e hormonal, Anticoncepcional Injetável exclusivo de
Progestágeno (AIP), e Método da Amenorréia Lactacional (MAL). Este último tem seu uso permitido por não trazer complicações
à mulher, mas deve-se atentar para ocorrência de anemia grave no recém nascido de baixo peso; categoria 2 - preservativo
masculino e feminino, diafragma com espermicida, temperatura corporal basal, e tabelinha; categoria 3 – coito interrompido e
método de Billings; e categoria 4 - Anticoncepcional Oral Combinado (AOC), Anticoncepcional Injetavel Combinado (AIC), e Pílula
só de Progestágeno (PEP). Para uso por parte dos profissionais de saúde envolvidos, as categorias são simplificadas, unindo-se
categoria 1 e 2 como uso indicado do método, e categoria 3 e 4 não recomendação de uso. Conclusão: Espera-se que os critérios
elaborados auxiliem aos provedores de serviços de saúde a indicarem um MAC eficaz e seguro às mulheres com hanseníase.
Contudo, ressalta-se a não validação deste construto, o que constitui uma limitação a ser vencida em estudos futuros, inclusive
por outros autores.
CÓDIGO DO TRABALHO: 41
INSTITUIÇÃO: Universidade Federal do Ceará
AUTOR(ES): Paula Sacha Frota Nogueira, MARIA JOSEFINA DA SILVA, MARÍLIA BRAGA MARQUES, JANAÍNA FONSECA VICTOR
COUTINHO,
TÍTULO: HANSENÍASE EM IDOSOS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
PALAVRAS-CHAVES: Hanseníase. Saúde do Idoso. Enfermagem.
RESUMO:
Introdução: O envelhecimento populacional é um fenômeno de grande impacto na estrutura econômica e sanitária das
sociedades em geral. Os estigmas negativos, normalmente associados ao processo de envelhecimento, têm como um de seus
pilares o declínio biológico, ocasionalmente acompanhado de doenças e dificuldades funcionais. Desta forma, doenças que
possam potencializar as dificuldades funcionais e, consequentemente a dependência, devem ser priorizadas no cuidado desta
população. Assim destaca-se a hanseníase, doença crônica, infecciosa, cujo potencial incapacitante mantém o preconceito e o
estigma em relação aos seus portadores. Objetivou-se apresentar o conhecimento produzido no Brasil sobre o desenvolvimento
da hanseníase em idosos. Materiais e Método: Revisão integrativa norteada pela questão “Quais os temas prevalentes na
abordagem ao idoso com hanseníase, disponíveis na literatura brasileira?”. Realizou-se busca pareada realizada na Biblioteca
Virtual em Saúde, no período de março a abril de 2014, através dos descritores “hanseníase” e “idoso”, de forma integrada. Após
a leitura do título e resumo dos 2283 artigos encontrados, foram selecionados sete artigos pela primeira avaliadora e 10 artigos
pela segunda avaliadora. Entretanto para que a seleção fosse fidedigna os artigos foram submetidos a uma terceira avaliadora,
que chegou a amostra final de oito trabalhos. Resultados: O ano de publicação dos trabalhos selecionados variou de 2005 a 2013,
sendo que os anos 2005, 2011, 2012 e 2013 apresentaram um artigo, respectivamente, e os anos de 2009 e 2010 com dois
artigos, respectivamente. Quanto ao local do estudo, três foram realizados em São Paulo, dois no Pará e em São Paulo, um no
Ceará, um no Espírito Santo, e um na Paraíba. A metodologia predominante foi a qualitativa com sete trabalhos, sendo o estudo
de caso o tipo de estudo mais utilizado. Dentre os oito trabalhos encontrados percebeu-se que a abordagem ao idoso com
hanseníase ainda é incipiente, pois está baseada na apresentação de aspectos incomuns na hanseníase, principalmente através
de relato de caso, não contribuindo de forma geral no acompanhamento da população idosa com hanseníase; e na investigação
histórica do isolamento compulsório de pacientes com hanseníase no Brasil. Conclusão: Este estudo demonstrou que em muitos
estudos o idoso surge apenas como uma faixa etária na descrição da amostra pesquisada, o que não constituía objetivo, porém
traz um alerta para a escassa inserção do idoso com hanseníase e suas particularidades como problema de pesquisa.
CÓDIGO DO TRABALHO: 42
INSTITUIÇÃO: Universidade Federal do Ceará
AUTOR(ES): Paula Sacha Frota Nogueira, ESCOLÁSTICA REJANE FERREIRA MOURA, ANDREZZA ALVES DIAS, LIDIANE NOGUEIRA
REBOUÇAS AGUIAR, ADMAN CÂMARA SOARES LIMA, RAQUEL FERREIRA GOMES BRASIL,
TÍTULO: HANSENÍASE EM MEIO À GRAVIDEZ E LACTAÇÃO
PALAVRAS-CHAVES: Hanseníase. Complicações Infecciosas na Gravidez. Saúde Pública.
RESUMO:
Introdução: A hanseníase desperta interesse pelo complexo espectro clínico e a gravidade dos episódios reacionais. Assim,
circunstâncias que provoquem alterações do equilíbrio entre o bacilo e o hospedeiro expõem os pacientes ao maior risco, tais
como as alterações hormonais da puberdade e a gestação. Características de mulheres que conceberam em meio a hanseníase
são pouco conhecidas, bem como os resultados dessa interação. Objetivou-se descrever características clínicas e epidemiológicas
de mulheres com hanseníase cujo início da sintomatologia da doença ocorreu na gravidez e/ou na lactação. Materiais e Métodos:
estudo descritivo, transversal, com 49 mulheres com hanseníase, cujo houvesse relato ou registro em prontuário de gravidez ou
lactação durante o início dos sinais e sintomas, e/ou surgimento de reações hansênicas, e/ou recidiva, em acompanhamento em
centro de referência em dermatologia localizado em Fortaleza, Ceará, Brasil, de março a outubro de 2011. A pesquisa foi
aprovada pelo comitê de ética do local da pesquisa, conforme protocolo n° 012/2011. Resultados: A idade média foi de 32,1
anos, forma clínica dimorfa (44,9%), e Grau de Incapacidade Física zero ao diagnóstico (77,6%). Dentre o período da gravidez
e/ou lactação que foram percebidos os sinais da hanseníase, os mais citados foram o último trimestre da gravidez e o primeiro
trimestre de lactação, correspondendo a 10 (20,4%) mulheres, respectivamente. Oito (16,3%) mulheres não recordavam o
momento exato. A ausência de complicações foi referida por 24 (48%) mulheres. A possível justificativa para este achado ser
prevalente, pode ser o delineamento transversal do estudo, ressaltando a existência de 5 (10%) gestantes e de 5 (10%) mulheres
em amamentação neste grupo. As implicações mais relatadas foram: recém-nascido de baixo peso (12 – 22,3%) e reação
hansênica (10 – 18,6%). Conclusão: A associação entre hanseníase e gravidez está presente nos serviços de saúde, devendo ser
investigada rotineiramente, sobretudo nas regiões hiperendêmicas. Ressalta-se que a gestante com hanseníase deve ser
acompanhada com atenção no que se refere a anemia e a altura uterina, visto que a Dapsona, tem como efeito adverso a anemia
hemolítica que, aliada à anemia fisiológica da gravidez, pode trazer consequências graves à gestante, de forma indireta para o
bebê, pois haveria diminuição do aporte sanguíneo necessário para o adequado desenvolvimento da placenta.
CÓDIGO DO TRABALHO: 43
INSTITUIÇÃO: Universidade Federal de Goiás
AUTOR(ES): Evandro Leão Ribeiro, CLEVER GOMES CARDOSO, LARA STEFÂNIA DE OLIVEIRA LEÃO-VASCONCELOS, MOISÉS
MORAIS INÁCIO, WANESSA MOREIRA GOES,
TÍTULO: COMPORTAMENTO DE CULTIVOS DE Candida albicans ISOLADAS DA MICROBIOTA BUCAL DE CRIANÇAS COM E SEM
SÍNDROME DE DOWN NA PRESENÇA in vitro DE DROGAS AZÓLICAS, EQUINOCANDINAS E POLIÊNICAS
PALAVRAS-CHAVES: Candida albicans, Síndrome de Down, Antifungigrama
RESUMO:
INTRODUÇÃO: A eficácia dos antifúngicos no tratamento de candidíase bucal em crianças com Síndrome de Down (CCSD) se faz
cada dia mais necessário devido os relatos de recidivas constantes dessa infecção. Este trabalho objetivou verificar a
suscetibilidade das drogas azólicas, equinocandinas e poliênicas empregadas às Candida albicans bucais de CCSD e crianças sem
Síndrome (CSSD) frente às fitas de E-test®. MATERIAL E MÉTODOS: Quarenta C. albicans bucais de CCSD e 80 de CSSD foram
empregadas. O antifungigrama E-test® da ABBIODISK empregou cetoconazol, fluconazol, itraconazol, posaconazol, voriconazol,
caspofungina e anfotericina B para a determinação inibitória mínima (CIM). Cada Candida isolada foi submetida à preparação de
uma suspensão em 5mL de água esterilizada e a densidade celular ajustada em espectrofotômetro para a transmitância de 85%
em comprimento de onda de 530nm. As placas de Petri continham 25mL de ágar dextrose a 45oC e 25mL do meio de ágar RPMI-
1640 filtrado.Volume de 0,6mL de cada Candida, a ser testado, foi semeado, as fitas de E-test® foram adicionadas e as placas
mantidas à 30oC/24h. A CIM foi lida como sendo o ponto em que o limite da área de inibição de crescimento do micro-organismo
na superfície do ágar interceptou a fita de E-test®. RESULTADOS: IC50: CCSD (cetoconazol: 0,38µg/mL; fluconazol: 1,50µg/mL,
itraconazol: 0,25µg/mL, posaconazol: 0,008µg/mL, voriconazol: 0,125µg/mL, caspofungina: 0,006µg/mL e anfotericina B:
0,004µg/mL) e CSSD (cetoconazol: 0,75µg/mL; fluconazol: 2,00µg/mL; itraconazol: 0,50µg/mL, posaconazol: 0,12µg/mL,
voriconazol: 0,25µg/mL, caspofungina: 0,012µg/mL e anfotericina B: 0,032µg/mL). CONCLUSÃO: Ambas as amostras de C.
albicans bucais de CCSD e CSSD mostraram-se pelo método de fitas de E-test® suscetíveis às drogas antifúngicas empregadas e
com melhor resposta in vitro o grupo de leveduras de Candida de CCSD.
CÓDIGO DO TRABALHO: 44
INSTITUIÇÃO: Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (sesa)
AUTOR(ES): Relrison Dias Ramalho,
TÍTULO: INVENTÁRIO PRELIMINAR DA ESCORPIOFAUNA DA CHAPADA DA IBIAPINA CEARÁ
PALAVRAS-CHAVES: Escorpiofauna, Diversidade, Bioecologia.
RESUMO:
INVENTÁRIO PRELIMINAR DA ESCORPIOFAUNA DA CHAPADA DA IBIAPINA CEARÁ RELRISON DIAS RAMALHO¹; ADELINE COSTA
DELMONDES²; HELDER PEREIRA DA COSTA³; RAFFAEL JUNIOR DE OLIVEIRA⁴; JORGE BEZERRA DA SILVA⁵; 1. Núcleo de proteção à
saúde – COPROM/SESA/CE 2. Núcleo de Controle de Vetores – NUVET/SESA/CE 3. Laboratório de Entomologia Dr. Thomaz Correa
Aragão 4. Secretaria de Saúde do Estado do Ceará/ SESA INTRODUÇÃO: Os escorpiões pertencem ao filo artrópodes, subfilo
chelicerata, classe arachnida e a ordem scorpiones. Na ordem existem 18 famílias às quais pertencem cerca de 1500 espécies e
subespécies localizadas em todo mundo predominantemente em regiões tropicais e subtropicais. Na ordem scorpiones, a família
Buthidae tem distribuição mundial e nela está presente o gênero Tityus, com três espécies encontradas no Brasil causador de
acidentes humanos. OBJETIVO: Este estudo objetivou conhecer a composição da escorpiofauna da chapada da Ibiapina.
MÉTODOS: As coletas das espécimes de escorpiões foram realizadas por encontro ocasionais e coletados por terceiros e agente
de endemias em ambientes de mata e no intra e Peri domicílios das residências, utilizando técnica de busca ativa manual-visual
acondicionados em copos entomológicos transparentes contendo álcool 70% e enviados ao laboratórios de endemias da 13ª
coordenadoria regional de saúde (CRES), onde foram etiquetados e enviados ao núcleo de controle de vetores (NUVET), e
identificados a nível taxonômico. RESULTADO: Foram coletados 108 exemplares classificados em duas famílias Bothriuridae e
Buthidae, divididos em 4 gêneros e 7 espécimes sendo: Rhopalurus rochai 32 (29,69 %); Bothriurus rochai 26 (24,07%);
Bothriurus asper 15 (13,88%); Physoctonus debilis 14 (12,96%) foram encontrados em ambientes de matas próximo as
residências. Já Tityus stigmurus, Tityus serrulatus 5 (4,62%); Tityus martinpaechi 2 (1,85%) foram coletados no intra domiciliar.
DISCUSSÃO: Observou-se que o gênero Rhopalurus vivem exclusivamente em formações vegetais de matas abertas; espécies
adaptadas à micro-habitat exclusivos, como diversas espécies da família Bothiuridae, que vivem em galerias escavadas no solo.
Naturalmente, existem muitas exceções, em particular entre os Buthidae, assim espécies do gênero Tityus apresentam alta
capacidade de dispersão, que se traduzem por padrões irregulares de distribuição geográfica. CONCLUSÃO: constatou-se
espécies da mesma família Buthidae mas de gêneros diferentes; Rhopalurus, Bothriurus, Physoctonus compartilham o mesmo
nicho ecológico mostrando também que esses gêneros são típicos de áreas com vegetação abertas. Já os Tityus não fazem
partes, devido ao alto grau de predação e adaptação as áreas urbanas. O crescimento progressivo e desordenado dos centros
urbanos propicia o fenômeno da domiciliacão de escorpiões forçando esses animais a se confrontarem com novas situações
pondo em risco a saúde dos seres humanos.
CÓDIGO DO TRABALHO: 45
INSTITUIÇÃO: Universidade do Estado do Amazonas
AUTOR(ES): Luiz Henrique Gonçalves Maciel, Jacqueline de Almeida Gonçalves Sachett, Wendel Menezes de Azevedo, Juliana
Barroso de Freitas, Francielen de Azevedo Furtado, Yara Nayá Lopes de Andrade, Mônica Carolina dos Santos Saburá,
TÍTULO: CARACTERIZAÇÃO DOS ACIDENTES POR ARANEÍSMO EM MANAUS – AM, NO ANO DE 2012.
PALAVRAS-CHAVES: acidentes, araneísmo, Manaus
RESUMO:
Introdução: Apesar de ainda negligenciados os acidentes com aranhas (araneísmo) constituem um sério problema de saúde
pública, principalmente nas regiões de tropicais do planeta como a região amazônica. Objetivo: Caracterizar os acidentes
causados por aranha atendidos no serviço de urgência e emergência na cidade de Manaus. Estudo realizado a partir da análise
documental de prontuários e fichas de 55 pacientes vítimas de acidentes com animais peçonhentos no ano de 2012. A coleta de
dados foi feita no Serviço de Arquivo Médico e Estatístico (SAME) das seguintes instituições: Hospital e Pronto Socorro Dr. João
Lúcio Pereira Machado, Pronto Socorro Dr. Aristóteles Platão Bezerra de Araújo e Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor
Vieira Dourado, localizados na cidade de Manaus – AM. Resultados: Dos 55 acidentados com aranha, 35(63,60%) eram do sexo
masculino e 20(36,40%) do sexo feminino. A média de idade foi de 40 anos. Com relação à parte do corpo, 16(29,10%) tiveram o
pé como região atingida por picada, 14(25,50%) foram picados na mão, sendo estes os locais mais acometidos. Além disso,
8(14,50%) foram picados na perna, 6(10,90%) no braço, 3(5,50%) no tronco, 2(3,60%) na cabeça, 1(1,80%) na região da face e 5
pacientes (9,10%) não tiveram local da picada informado no prontuário. Quanto às manifestações clínicas, 42(76,40%)
apresentaram dor e 25(45,50%) apresentaram edema. Quanto ao tratamento com soro antiaracnídeo foi observada a grande
omissão dessa informação nos registros (94,54%) 52. Nos que constavam esta informação, foram usadas duas ampolas em 1
paciente (1,80%) e 5 ampolas (3,60%) em 2 pacientes. Discussão: O tratamento pós picada visa combater os sintomas de
envenenamento e dar suporte ao quadro clínico do paciente. O uso e informação da soroterapia nos registros é de extrema
importância, entretanto, observou-se que estes dados foram praticamente omissos nas fichas dos pacientes atendidos nas
instituições de saúde em Manaus onde foi realizado este trabalho. Conclusão: Predominantemente as mulheres são as maiores
vítimas de acidentes com aranhas, uma vez que, estas passam maior tempo dentro de casa em contato com objetos domésticos,
vestuários e calçados, locais onde esses animais podem se esconder. Entretanto, a situação em Manaus no ano de 2012 mostrou
o contrário, os homens foram os que mais sofreram acidentes com aranhas. A escolha do soro para tratamento vai depender da
aranha que causou o acidente e o número de ampolas varia de acordo com a gravidade do quadro clínico apresentado pelo
paciente, sendo obrigatório o registro da soroterapia escolhida. Entretanto, foi observado que o soro antiaracnídeo foi pouco
utilizado segundo registros encontrados.
CÓDIGO DO TRABALHO: 47
INSTITUIÇÃO: Universidade do Estado do Amazonas
AUTOR(ES): Wendel Menezes de Azevedo, Jacqueline de Almeida Gonçalves Sachett, Luiz Henrique Gonçalves Maciel, Juliana
Barroso de Freitas, Renato da Silva Galvão, Bruna Lyandra Portela Sena de Souza, Francielen de Azevedo Furtado,
TÍTULO: CARACTERIZAÇÃO E NOTIFICAÇÃO DE ACIDENTES POR LEPIDÓPTEROS (LAGARTAS) EM MANAUS/AM
PALAVRAS-CHAVES: erucismo. animais peçonhentos. lepidópteros. lagartas
RESUMO:
Introdução: Os Lepidópteros estão entre o grupo de animais peçonhentos e figuram entre os principais causadores destes
acidentes no Brasil. Muitas espécies possuem cerdas e espículas que ao contato costumam evoluir apenas com dermatite
urticante, mas, eventualmente, podem ocasionar sérias complicações sistêmicas, especialmente nos eventos provocados por
Lonomia spp. Qualquer dano à integridade física do indivíduo, provocado por circunstâncias nocivas é considerado um agravo.
Acidentes por lepidópteros são agravos de notificação compulsória no Brasil. Porém, estes têm sido, de modo geral,
subnotificados, o que dificulta seu real dimensionamento. Manaus está situada no centro de uma densa floresta cuja
biodiversidade impressiona e se torna fator importante na epidemiologia desses acidentes. Por isso, pretende-se caracterizar os
acidentes por lepidópteros e identificar sua notificação nos atendimentos ocorridos na rede de urgência e emergência de
Manaus/AM; Métodos: Trata-se de um estudo exploratório, transversal, com análise dos acidentes por Lepidópteros atendidos
em 3 hospitais de referência do serviço de urgência do município de Manaus no ano de 2012; Resultados: Participaram do estudo
74 registros de acidentes por Lepidópteros, destes, 52,70% eram do sexo masculino e 47,30% do sexo feminino. A média de
idade foi de 23 anos. Quanto ao local do corpo acometido, observou-se que há uma grande omissão desses dados nas fichas e
prontuários (38,80%), sendo os pés os mais acometidos (28,40%), seguido das mãos (17,90%), pernas (7,50%), tronco (4,50%),
braços (1,50%) e nádegas (1,50%). A principal manifestação clínica encontrada foi a dor, presente em 60,80% dos casos e não
relatada em 39,20%. Foi relatado ainda edema em 25,70% dos pacientes. O período de maior ocorrência foi nos meses de março
(17,14%), maio (20%) e junho (31,42%). O horário dos acidentes não foi informado em 82,44% das fichas e prontuários, o
restante ocorreu mais pela manhã (10,81%), seguido pela noite (4,05%) e pela tarde (2,70%). Quanto à zona de ocorrência, a
maioria dos prontuários ignorou essa informação (67,60%) e os que continham mostraram que aconteceram mais na zona
urbana (29,70%), seguido da zona periurbana (2,70%). O número de casos não notificados foi superior ao dos notificados. Sendo,
somente, 33,78% dos casos, notificados, enquanto que 66,21% deixaram de ser notificados; Conclusão: Os acidentes por formas
larvárias de Lepidópteros possuem alta prevalência em Manaus, ultrapassando as expectativas, suas manifestações clínicas são,
na maioria das vezes, leves e localizadas, acometendo adultos jovens do sexo masculino em idade produtiva. É um agravo
importante que tem sido ignorado, acarretando aumento expressivo na prevalência de casos subnotificados.Logo, deve-se
priorizar o aperfeiçoamento e qualidade do processo de notificação e elaborar meios de divulgação de condutas simples que
podem ser realizadas pelas vítimas em questão, visando o bem estar da população em geral.
CÓDIGO DO TRABALHO: 49
INSTITUIÇÃO: Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Veira Doura/ Fundação de Amparo A Pesquisa do Estado do
Amazonas/ Faculdade Metropolitana de Manaus
AUTOR(ES): DANIEL DE SOUSA MACHADO, EYDE CRISTIANNE SARAIVA DOS SANTOS, FÁTIMA TEREZA PRAIA GARCIA, LINDA
KAROLINNE RODRIGUES ALMEIDA CUNHA, VALÉRIA SARACENI, SAMIRA BÜHRER, MARIA DAS GRAÇAS GOMES SARAIVA,
TÍTULO: ACIDENTES OCUPACIONAIS COM MATERIAL BIOLÓGICO REGISTRADOS EM INSTITUIÇÃO DE REFERÊNCIA, EM
MANAUS, AMAZONAS
PALAVRAS-CHAVES: Acidentes ocupacionais. Material biológico.
RESUMO:
Introdução: No município de Manaus, ao longo dos anos têm-se registrado acidentes com exposição a materiais biológicos
envolvendo distintas ocupações. Este trabalho visa analisar dados de acidentes ocupacionais com material biológico, notificados
na Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD), 2011 a 2014. Material e Métodos: Foram utilizadas
informações do SINAN-NET/Departamento de Epidemiologia e Saúde Pública/FMT-HVD. As variáveis foram: idade, sexo,
escolaridade, raça/cor, gestante, ocupação, tipo de exposição, tipo de material orgânico, circunstância do acidente, objeto que
causou o acidente, uso de Equipamento de Proteção de Individual (EPI), situação vacinal do acidentado em relação à hepatite B,
resultado de exames sorológicos do acidentado no momento do acidente. Resultados: No período em estudo foram notificados
2.400 casos de acidentes ocupacionais, em 2011 foi observado o menor registro, 27 (1,1%) acidentes e em 2014 o maior registro,
1.027 (42,8%). Do sexo masculino 726 (30,2%) e feminino 1.660 (69,2%), desses 16 (1,0%) mulheres grávidas. O maior número de
acidentes 2.100 (87,5%) ocorreu em indivíduos entre 21 e 50 anos (idade média de 29 anos). Sobre escolaridade, 39 (1,6%) casos
eram do ensino fundamental, seguido do médio 629 (26,2%) e superior 410 (17,1%). Quanto raça/cor, a parda foi a mais
frequente, 2.304 (96%). Entre as ocupações os maiores registros foram: 761 (31,8%) técnico de enfermagem, 215 (8,9%)
faxineiro, 213 (8,9%) estudante, 418 (17,4%) com informação ignorada. Tipo de exposição com maior ocorrência foi percutânea
2.093 (80%); tipo de material orgânico mais referido foi sangue 2.076 (86,5%). Sobre as circunstâncias do acidente, maior em
descarte inadequado de material perfurocortante 307 (12,8%), e por agente perfurocortante, foi expressivo agulha com lúmen
1579 (65,8%). No que se refere ao EPI, 1.660 (38,1%) utilizavam luvas; 1.058 (44,1%) eram vacinados para hepatite B. Em relação
aos resultados dos exames do acidentado das sorologias positivas: Anti-HIV 20 (28,6%) casos, HbsAg 2 (2,9%), Anti-Hbs 48
(68,5%) e Anti-HCV sem registro. Conclusão: Observou-se crescente registro de acidentes ocupacionais com material biológico,
ano a ano, possivelmente pela implementação das notificações reduzindo as subnotificações. Maior ocorrência no sexo feminino,
envolvendo gestantes e, as faixas etárias afetando pessoas mais jovens de diferentes ocupações, especialmente técnicos de
saúde e estudantes. Portanto, é indispensável a sensibilização continuada para todas as pessoas com exposição a material
biológico, mesmo aqueles que não desenvolvam suas atividades em instituições de saúde, garantindo a redução dos acidentes
ocupacionais por diferentes tipos de material orgânico evitando futuros casos de agravos relacionados aos vírus das hepatites e
HIV, entre outros.
CÓDIGO DO TRABALHO: 50
INSTITUIÇÃO: Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (sesa)
AUTOR(ES): Relrison Dias