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ANÁLISE DE BATERIAS
Revolution 10 e UniqueRevolution 10 e UniquePRATOS ORIONPRATOS ORION
undada em 1985, a Multialloy Metais e Ligas Especiais
Ltda. é uma empresa fornecedora de soluções em metal de
alto desempenho para indústrias dos mais variados setores.
Em 1988, passou a fornecer também matéria-prima para fa-
bricação de pratos. Chapas de bronze B8 pesquisadas e desen-
volvidas pela própria Multialloy, fundidas e laminadas para fa-
bricação de pratos musicais foram disponibilizadas ao mercado
por intermédio de uma parceria com uma marca de pratos
a partir de 1995 que duraria quatro anos. Com o fim do
acordo de parceria, em 1999 a Multialloy criou a Orion
Cymbals como divisão musical da empresa, estabelecen-
do suas estruturas industriais,
comerciais e de desen-
volvimento de
Cesar Conticesarconti@backstage.com.br
F
A Orion, fábrica brasileira de pratos, lança sua primeira linhaconfeccionada com liga de bronze B10, a Revolution 10, e apresenta asérie Unique composta somente por pratos de condução
produtos. Hoje, a Orion Cymbals conta com mais de uma
centena de modelos de pratos e efeitos para bateria e percus-
são e exporta 25% de sua produção para mais de 50 países.
Os pratos da Orion estão presentes nos trabalhos de bateris-
tas e percussionistas dos mais diversos estilos musicais. No-
mes como Ademir Batera (Fundo de Quintal), André Jung
(Ira!), Camilo Mariano (Maria Rita), Dino Verdade (Bateras
Beat) Chico Di Medori (Dominguinhos), Fábio Brasil
(Detonautas Rock Club), Kadu Menezes (Kid Abelha),
Paulinho Black (Martinho da Vila), Rubinho Barsotti
(Zimbo Trio) e Zé Mario (Emerson Nogueira) usam e endos-
sam a qualidade dos produtos da mar-
ca. A Orion Cymbals já con-
ta com as linhas
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Mainstream, Strondo, Viziuss, Re-
volution Pro, Rage Bass, Exótica,
Solo Pro M, Solo Pro, Twister e
Opus, além da linha composta uni-
camente por pratos de condução: a
Unique. Esta série apresenta os mo-
delos Impact Rided com 21” de diâ-
metro, Balance Ride também de 21”
e o Velvet de 20”com rebites. Este
último oferece a opção de escolha
no número de rebites que o músico
desejar usar, pois existem nove fu-
ros nas extremidades do prato divi-
didos em três grupos, em que podem
ou não serem colocados os rebites.
A série Revolution 10 é a primeira
linha da marca fabricada com liga
de bronze B10 (10% de estanho e
90% de cobre), sofre martelamento
semimanual “Power Cross” com ge-
ometria diferenciada e relevo em
três profundidades, segundo o fa-
bricante, acabamento brilhante e
três modelos de crash, Thin, Me-
dium e Power. Além dos pratos da
série Unique, o setup Revolution 10
que a Orion enviou para teste é
composto por um par de hi-hat de
14”, dois thin crashes de 16”e 17”,
ride de 20”, china de 18” e dois
splashes de 8”e 10”.
BZ(Seu Cuca)
“A primeira coisa que fiz foi montar o kit
Revolution 10 na passagem de som da
banda. O hi-hat é impressionante, não
deixa nada a desejar em relação a outros
que já toquei, tanto fechado, semi-aber-
to, ou com o pé. Os crashes 16”e 17” são
finos e têm uma maleabilidade que não
se encontra em pratos nacionais, têm
volume legal e o timbre dos dois também
me agradou. O ride é bem versátil por-
que além do “ping” definido, você pode
Este mês a Backstage convidou
os bateristas Ronaldo Silva,
Marcio Horsth, BZ, Marcos
Kinder e Sandro Araújo para
testarem e opinarem sobre a so-
noridade e desempenho dos
pratos das séries Unique e Re-
volution 10 da Orion Cymbals.
atacar nele como em um crash que ele
responde bem. Essa é uma característica
muito legal porque no meio da condução
você pode ir abrindo o volume para a
condução crescer. O china, eu posi-
cionei do meu lado direito, apesar de não
usar muito, rolou numa boa para acentu-
ar certas partes das levadas. Quanto aos
splashes de 8” e 10’, curti mais o de 10,
talvez por estar mais acostumado com
essa medida. A série Unique, principal-
mente o Impact e o Balance, tem uma ca-
racterística sonora diferente dos crash-
ride. Para quem toca um som mais pesado,
eles devem se encaixar muito bem com
aquela condução que atravessa as guitar-
ras. Tem o ping muito definido, gostei
também. No geral, fiquei feliz de ver uma
marca brasileira fazendo um produto de
qualidade. Quem ainda não teve a opor-
tunidade, vale a pena experimentar que
certamente vai se surpreender”.
RONALDO SILVA(Tony Garrido/ Família Silva)
“Os Unique me agradaram, principal-
mente o Balance que tem bastante har-
mônico, inclusive fora da cúpula, que é
uma característica que eu admiro em um
prato. Achei o Velvet muito médio e não
senti o som dos rebites somando com os
harmônicos e ponta de agudo no prato. O
Impact, para quem gosta de um som mais
seco, é legal. Não é muito a minha praia.
Na série Revolution, gostei muito do hi-
hat porque tem um som mais grave e se
aproximou do som a que já estou acostu-
mado. Eu não gosto de hi-hat agudo,
principalmente quando o técnico de som
coloca mais agudo no PA e esse me agra-
dou justamente por isso. Os thin crashes
se combinam muito bem, têm um timbre
legal, achei que o sustain poderia ser um
pouco mais longo. Os splashes são muito
agudos, sem muita definição e para mim
foram os que ficaram mais a desejar. O aca-
bamento e a textura dos pratos são muito
legais e de uma forma geral, gostei, sem
dúvida houve uma evolução significativa
nesses últimos anos e eu recomendo para
a rapaziada experimentar as duas séries”.
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SANDRO ARAÚJO(Diogo Nogueira/ Marcel Powell/
Rosimery)
“Gostei muito dos crashes da Revo-
lution, dos pratos nacionais, foram
os melhores que já ouvi, abrem bem,
têm um som muito legal e um bom
volume. A condução serve também
como crash. No show que fiz com o
Diogo, ele abriu muito bem. Os
splashes achei interessantes, mas
fal tou que abris-
sem mais um pou-
co, porque são meio
grossos e sobra a-
quele harmônico
quando tocados.
O china abre bem
e combina com o
restante do setup.
O hi-hat é show
de bola, bem definido com uma pon-
ta de agudo, funciona bem quando
tocado com o pé e fechado com
baqueta também me agradou bas-
tante. Na série Unique de rides, gos-
tei de todos, porque você tem opção
para qualquer onda. O Impact com
aquela cúpula grande tem o som bem
definido ideal para pop e MPB. O Ba-
lance é bem versátil e se encaixa
em uma variedade maior de traba-
lhos. O chuveiro (com rebites)
tem a vantagem de você poder es-
colher a quantidade de rebites que
quer usar e é ideal para ser usado
com vassourinhas. É a primeira
marca nacional que eu vejo chegar
a um nível tão avançado.”
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MARCOS KINDER
(Gabriel O Pensador/ Arthur Maia/ Solo)
“Bom, em primeiro lugar vou falar da
série Unique. O Impact tem um tim-
bre médio-grave com um som bem de-
finido. Como faço muito show grande
com a bateria microfonada, ele se en-
caixa bem nas ambiências de palco. O
Balance tem uma característica mais
aguda e gostei do som da campana. Já o
Velvet é bom para efeitos, gostei dos
rebites que são curtos e mais sensíveis;
para shows em lugares menores ele se
destaca muito bem. Quero parabeni-
zar a Orion pela série Revolution, é
um sinal de que as coisas estão andan-
do positivamente. Achei os crashes
um pouco agudos, principalmente o
16”; já o 17” tem um médio-grave que
me agradou e, por ser um prato maior,
espalha mais o som. Como eu tenho
uma pegada mais pesada, combinou
bem com meu som. O hi-hat tem uma
onda maneira, principalmente para
funk e MPB também com som médio-
grave e bem sequinho. O china tem
um som mais grave de que gostei, prin-
cipalmente para o tipo de som que eu
toco. O ride, para mim, funciona como
um crash-ride e por isso oferece várias
opções de condução, na cúpula, ou ata-
cando nele durante a levada, inclusi-
ve, estou interessado em um desse para
mim. Os splashes achei um pouco se-
cos, poderiam abrir mais um pouco,
talvez pela espessura, acho que esses
pratos pequenos deveriam ser mais fi-
nos, apesar do de 10” ter me agradado
mais que o de 8”.
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Para saber mais
e-mail: cesarconti@backstage.com.br
MARCIO HORSTH(Aline Barros/ Pamela/ Eyshila)
“Eu fico feliz em ver que a nossa in-
dústria está chegando a um padrão
internacional de qualidade. Na série
Unique, gostei muito do Balance,
principalmente pe-
lo fato de ele ter um
som seco. Em grava-
ções, principalmen-
te, pode haver aquela
disputa de freqüên-
cias com sobra de
harmônicos do ride
e nesse caso não há.
Só achei um pouco
menos consistente
na cúpula, que pelo
contrário tem har-
mônicos em excesso. Já o Impact tem
uma ótima cúpula, mas na área de
condução sobra um pouco de agudo.
O ride de 20” da se-
rie Revolution 10
soa para mim como
um “ping ride”, mas
em dinâmica mais
alta sobra uma fre-
qüência que me inco-
moda. Talvez para se tocar
um tipo de som que se exija me-
nos volume na execução ele funcione
bem. Gostei demais do china de 18”,
acho que não deve nada a nenhuma
das marcas internacionais. Ele tem
um ataque rápido e imediato, do jeito
que eu gosto. O splash de 8” achei óti-
mo, apesar de uma
sobra de harmôni-
co. Já o de 10”, não
gostei, deixou a de-
sejar, tem muita so-
bra de harmônico,
ainda tem de ser me-
lhorado. O hi-hat
define bem na fre-
qüência alta e mé-
dio-aguda, outra coi-
sa que me agradou
foi a resposta com o
pé. A única ressalva é quanto à
condução semi-aberta, porque no-
vamente sobra aquela freqüência
O ride de 20” daserie Revolution 10soa para mim comoum “ping ride”, masem dinâmica mais
alta sobra umafreqüência que me
incomoda
metalizada competindo com a con-
dução. Os crashes se parecem com
uns que uso de uma marca interna-
cional de que gosto muito.
Acontece que eles têm dois con-
trapontos. Quando você faz uma di-
nâmica crescente no volume, ele
chega muito rápido no ponto cul-
minante, mas em compensação a
sustentação do som é muito curta,
como se fosse um “fast crash” com a
sonoridade mais grave”.