Análise de Dados Qualitativos. OBJETIVO Você já está há 1 mês coletando documentos, fazendo...

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Análise de Dados QualitativosAnálise de Dados Qualitativos

OBJETIVOOBJETIVO

• Você já está há 1 mêscoletando documentos,fazendo observações,conduzindo entrevistasde todos os tipos,transcrevendo asentrevistas (!), etc, …

• Como analisar estaenorme quantidade dedados?

• É baseada na idéia de codificar,

que é o processo de analisar os dados.

• A análise é feita sobre:

– As notas de campo;

– As entrevistas transcritas;

– Os documentos coletados; e

– Outros artefatos coletados.

ANÁLISE QUALITATIVAANÁLISE QUALITATIVA

Dados qualitativos:

descrições detalhadas de fenômenos, comportamentos; citações diretas de pessoas sobre suas experiências; trechos de documentos, registros, correspondências; gravações ou transcrições de entrevistas e discursos; dados com maior riqueza de detalhes e profundidade; interações entre indivíduos, grupos e organizações.

ANÁLISE QUALITATIVAANÁLISE QUALITATIVA

Análise dos dados qualitativos

Em pesquisas qualitativas, as grandes massas de dados são quebradas em unidades menores e, em seguida, reagrupadas em categorias que se relacionam entre si de forma a ressaltar padrões, temas e conceitos .

Análise é o processo de ordenação dos dados, organizando-os em padrões, categorias e unidades básicas descritivas.

Interpretação envolve a atribuição de significado à análise, explicando os padrões encontrados e procurando por relacionamentos entre as dimensões descritivas.

ORDENAÇÃO DOS DADOS:Transcrição de fitas cassetes,

Releitura do material,

Organização dos relatos,

Organização dos dados de observação.

ANÁLISE QUALITATIVAANÁLISE QUALITATIVA

ANÁLISE

CLASSIFICAÇÃO DOS DADOS:

• Leitura exaustiva e repetida, assumindo uma relação interrogativa;

• Elaboração de uma primeira classificação, onde cada assunto, tópico ou tema, é separado e guardado;

• Enxugamento da classificação por temas mais relevantes.

ANÁLISE QUALITATIVAANÁLISE QUALITATIVA

A análise dos dados em pesquisas qualitativas consiste em três

atividades interativas e contínuas:

Redução dos dados

Processo contínuo de seleção, simplificação,

abstração e transformação dos dados originais

provenientes das observações de campo.

Apresentação dos dados Organização dos dados de tal forma que o pesquisador consiga tomar decisões e tirar conclusões a partir dos dados (textos narrativos, matrizes, gráficos, esquemas etc.).

Delineamento e verificação da conclusão Identificação de padrões, possíveis explicações, configurações e fluxos de causa e efeito, seguida de verificação, retornando às anotações de campo e à literatura, ou ainda replicando o achado em outro conjunto de dados.

ETAPAS NA ANÁLISE DE DADOS QUALITATIVOS

Descrever a amostra populacional Ex.: Tabelas de Freqüências com sexo grupo etário e ocupação dos inquiridos

Organizar os comentários/respostas em categorias similares Ex.: preocupações sugestões, pontos fortes, pontos fracos etc.

Identificar padrões, tendências, relações bem como associações de causa - efeito

ANÁLISE QUALITATIVAANÁLISE QUALITATIVA

Formas de Apresentação de dadosQualitativos:

Narrativas das respostas dos participantes

Diagramas de Causa-Efeito

Matrizes

Taxionomia:

diagrama de relações das várias categorias e o

respectivo significado dado pelos participantes

ANÁLISE DE CONTEÚDOANÁLISE DE CONTEÚDO

Todo documento falado, escrito ou sensorial contém, potencialmente, uma quantidade de informações sobre: seu autor, sobre o grupo ao qual ele pertence, sobre os fatos e acontecimentos que são relatados, sobre o mundo ou sobre o setor da realidade que este documento questiona.

A percepção dessas informações é filtrada, deformada, alterada por toda uma série de seleções e interpretações que provêm dos centros de interesse, das motivações, das ideologias daqueles que as analisam.

Análise de ConteúdoConjunto de técnicas de análise das

comunicaçõescomunicações visando obter, por procedimentossistemáticos e objetivos de descrição doconteúdo das mensagensconteúdo das mensagens, , indicadoresindicadores(quantitativos ou não) que permitam a

inferênciainferência de conhecimentos relativos àscondições de produção/recepçãoprodução/recepção

destas mensagens(Bardin, 1977)

Análise de Conteúdo

• É uma técnica de pesquisa cujo objetivo é a

busca do(s) sentido(s) de um texto - Semântica.

Análise de Análise de ConteúdoConteúdo

é uma técnica....é uma técnica....

Para fazer inferências

Identificando características específicas de mensagens, de maneira objetiva e sistemática.

Fonte

(emissor)

Processo de comunicação Mensagem Processo de

decodificaçãoReceptor

Quem? Por que? O que? Com que efeito?

Para quem?

Análise de Conteúdo– É a partir do conteúdo manifesto e explícito que se

inicia o processo de análise.– Isso não significa, porém, descartar a possibilidade

de se fazer análise do sentido “oculto” das mensagens e de suas entrelinhas, que podem ser decifradas mediante códigos especiais e simbólicos.

– Resumindo: o que está escrito é o ponto de partida, a interpretação é o processo a ser seguido e a contextualização o pano de fundo que garante relevância.

AC - TÉCNICAS

• Análise da Expressão• Análise das Relações• Análise de Avaliação ou Representacional • Análise da Enunciação• Análise Categorial

Análise Temática

Análise Categorial

• É a técnica mais antiga, sendo a Análise Temática a prática mais utilizada.

“Tema é a unidade de significação que se liberta naturalmente de um texto

analisado segundo critérios relativos à teoria que serve de guia à leitura”.

(BARDIN, 1979, p. 105)

Análise Categorial

“Consiste em descobrir os núcleos de sentido que compõem a comunicação e cuja presença ou freqüência de aparição

podem significar alguma coisa para o objetivo analítico estudado”.

(BARDIN, 1979, p.105)

Análise Categorial

• Etapas

– Pré-Análise

– Exploração do material

– Tratamento dos Resultados e Discussão

1. Pré-análise

• Leitura superficial do material para sistematizar as idéias iniciais

2. Exploração do material

Codificação/CategorizaçãoCodificação/Categorização

– É o processo através do qual os dados brutos (por exemplo: uma transcrição de uma entrevista inteira) são sistematicamente transformados em categorias, que permitam uma descrição das características relevantes do conteúdo.

2. Exploração do materialCategorizaçãoCategorização

• Em primeiro lugar é preciso decidir, de acordo com os objetivos da pesquisa, que unidades de análise devem ser privilegiadas. As As unidades de análise podem ser uma palavra, um tema, um item, etc.unidades de análise podem ser uma palavra, um tema, um item, etc.

• Formular categorias, em análise de conteúdo, é, via de regra, um processo longo, difícil e desafiante.

• Não existem “fórmulas mágicas”. Em geral, o pesquisador segue seu próprio caminho baseado em seus conhecimentos teóricos.

• Implica em constantes idas e vindas da teoria, ao material de análise, do material de análise à teoria e pressupõe a elaboração de várias versões do sistema categórico.

2. Exploração do material

– Os critérios, para a validação das categorias, baseiam-se na validade interna, ou melhor na validade teórica de determinada codificação.

– Busca-se sempre o vínculo, que se estabelece entre determinada asserção e que se expressa na “fala” do sujeito, e determinadas teorias explicativas, que conferem o caráter de “cientificidade” à análise de conteúdo.

2. Exploração do material

- A tarefa que se coloca, não é, eliminar a subjetividade

(o que seria impossível) mas tentar a melhor maneira de, num processo de ida e vinda do material de análise à teoria, compatibilizar os dados empíricos e manifestos em pressupostos teóricos é seus respectivos referenciais explicativos.

3. Tratamento dos resultados• Operações estatísticas: tratamento informático

• Inferência: indução a partir dos fatos

Utilização da reflexão, da intuição, com embasamento nos materiais empíricos, para o estabelecimento de relações e conexões entre as idéias.

O pesquisador não se atém ao conteúdo manifesto, mas procura desvendar o conteúdo latente, para descobrir ideologias, tendências das características dos fenômenos e dos agentes (é dinâmico, estrutural e histórico).