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ANÁLISE DOS FATORES COMUNS ENTRE MULHERES COM FIBRO EDEMA
GELÓIDE ATENDIDAS EM UM CENTRO ESTÉTICO DE BALNEÁRIO
CAMBORIÚ ENTRE 2006 E 2008.
¹Carine Gotardo - Acadêmica do Curso Superior de Tecnologia em Cosmetologia e Estética
da Universidade do vale do Itajaí – UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina.
²Lucimara da Cunha - Acadêmica do Curso Superior de Tecnologia em Cosmetologia e
Estética da Universidade do vale do Itajaí – UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina.
³Elaine Watanabe – Tecnóloga em Cosmetologia e Estética; Professora do Curso Superior de
Tecnologia em Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI,
Balneário Camboriú, Santa Catarina.
Contatos:
¹carine_gotardo@hotmail.com
²lulu.lucci@hotmail.com
³ewatanabe@univali.br
Resumo
O Fibro Edema Gelóide (FEG) é um problema estético enfrentado por cerca de 95% das mulheres e que pode trazer conseqüências à auto-estima e comprometimento em sua vida social. Suas causas são variadas com etiologia multifatorial, ocorrendo também sob influência de condições genéticas favoráveis que, somados a vários outros fatores endógenos e exógenos provocam seu surgimento e agravamento. Até o presente momento não foi encontrada a sua cura e, como descrevem diversos autores, pode ser progressiva e atingir quatro graus de evolução. Sendo assim este trabalho tem por objetivo verificar os aspectos ou causas comuns do FEG em mulheres atendidas no Laboratório de Cosmetologia e Estética da Univali de Balneário Camboriú no período de setembro de 2006 a março de 2008, através da análise de quarenta fichas de anamnese das mesmas. Os dados foram tabulados e analisados a partir de gráficos e tabelas. A análise do estudo mostrou relação positiva entre idade e graus mais avançados, assim como fatores agravantes da FEG, entre eles estão os estresses, consumo de álcool e baixa ingestão de água, porém fatores como o uso de contraceptivos e o tabagismo não se mostraram significativo. Diante do exposto percebe-se a necessidade de uma investigação mais plausível sobre as reais causas desse problema estético presente na maioria das mulheres.
Palavras-chave: Fibro edema gelóide: Fatores desencadeantes: Anamnese.
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INTRODUÇÃO
A preocupação com a beleza do corpo sempre fez parte do universo feminino. Presente
na maioria das mulheres e rara a ocorrência em homens, o que é confirmado por Peña e
Hernandez-Perez (2005, p. 132) ao afirmarem que fibro edema gelóide, tratado no texto como
FEG, “Afeta principalmente as pernas das mulheres”, Chorilli et al. (2004) acrescentam ainda
cintura pélvica, membros inferiores e abdômen. O FEG, conhecido popularmente como
celulite pode causar muitos incômodos, tanto estéticos como na auto-estima desse público,
podendo ser causado por diversos fatores como a alimentação, hormônios, alterações
circulatórias e hereditariedade.
De acordo com Guirro e Guirro (2002) o fibro edema gelóide tem se demonstrado
mais adequado para descrever o quadro que é indevidamente chamada de celulite, pois o
termo define um processo patológico do tecido sobre uma base inflamatória, quando na
realidade este fenômeno se apresenta somente em uma segunda instância e não sempre, não
podendo ser considerada uma patologia grave. A literatura traz outras denominações para o
FEG, como lipodistrofia ginóide e hidro lipodistrofia ginóide. O mesmo representa a mais
freqüente e uma das mais indesejadas disfunções estéticas na mulher. Segundo Macedo (1998,
p. 67): “O problema atinge 95% das mulheres, sendo uma patologia crônica e que não tem
cura”. É, portanto, um grande problema estético enfrentado pelas mulheres atualmente,
afetando muitas vezes a sua auto-estima e comprometendo a sua vida social.
Desta forma, este estudo objetiva verificar os aspectos ou causas comuns do fibro
edema gelóide em mulheres atendidas no Laboratório de Cosmetologia e Estética da Univali
de Balneário Camboriú no período de setembro de 2006 a março de 2008, através da análise
de 40 fichas de avaliação corporal das mesmas.
Diante deste contexto, percebe-se a necessidade de uma investigação das reais causas
deste problema estético, verificando assim, se o que consta na literatura condiz com as
características das mulheres estudadas, através da análise dos fatores e características destas
clientes, como as causas desencadeantes e agravantes do quadro como: disfunção hormonal,
uso de anticoncepcional, consumo de açúcar, ingestão de água, características específicas do
FEG, quadro de alteração circulatória, edema, atividade física, índice da massa corpórea
(IMC), função intestinal, consumo de álcool, fumo e estresse.
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REFERENCIAIS TEÓRICOS DA PESQUISA
A literatura descreve o FEG como um processo dinâmico, podendo estar em diversos
estágios. Saggioro (1999) descreve quatro graus de acordo com a gravidade do problema,
sendo que uma mesma pessoa pode ter diferentes graus em áreas diferentes do corpo e se
nenhuma medida for tomada para conter sua evolução tende a piorar.
Para Gomes e Gabriel, (2006, p. 57) “na fase inicial o FEG apresenta-se com
alterações metabólicas e edema intersticial reversível, invisível a olho nu e com ausência de
dor”. Já Rona, Carrera e Berardesca (2006) são mais precisos e descrevem que nesta fase, as
paredes dos vasos tornam-se tão permeáveis que induzem a perda de •uídos para os espaços
entre os adipócitos, a circulação linfática tem dificuldade para remover os fluidos que
acumulam promovendo um edema, as camadas de gordura incham e os adipócitos tornam-se
atrofiados, e segundo Chorilli et al. (2004), essas alterações são determinadas pelo estrógeno.
Na segunda fase conhecida como edematosa, Kede e Sabatovich (2004) classificam
como tendo irregularidades no relevo cutâneo visível pela compressão e contração muscular,
diminuição de temperatura e elasticidade da pele apresentando ainda palidez. Guirro e Guirro
(2002) complementam que os líquidos residuais lançado ao tecido conjuntivo das células
vizinhas desempenham papel de um corpo estranho no organismo que provocam reações de
defesa no tecido, ocasionando o espessamento dos septos interlobulares e proliferação das
fibras colágenas, isso faz com que o tecido adquira uma consistência gelatinosa, cada vez
mais densa, formando assim um processo de floculação e de precipitação de substância
amorfa do tecido conjuntivo.
A terceira fase segundo Kede e Sabatovich (2004, p. 341) “apresenta o aspecto
conhecido como casca de laranja, nódulos frios, dor a palpação, palidez, redução da
temperatura e da elasticidade”. Para Guirro e Guirro (2002) é a fase considerada nodular, há
formação de micronódulos, o tecido adiposo é formado por uma malha muito cerrada e muito
densa que comprimem as artérias, veias e nervos, fato esse que provoca dor no tecido afetado
e que pode ser irreversível.
A quarta e última fase apresenta uma continuidade do processo, ocorre um
espessamento do tecido conjuntivo. Quanto ao tecido adiposo torna-se mais cerrado, endurece
continuamente e com o tempo ocorrem esclerose e formação de macronódulos. Os nódulos
são mais dolorosos, maiores e mais palpáveis, provocando aparência fortemente ondulada na
pele. (KEDE; SABATOVICH, 2004 e GUIRRO E GUIRRO, 2002).
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O FEG é muitas vezes relacionado com a obesidade, porém pode estar presente tanto
nas mulheres com peso normal como naquelas que se apresentam com baixo peso. De acordo
com Kede e Sabatovich (2004), “isso ocorre porque o FEG é uma patologia multifatorial”. O
que é confirmado por Campos, Bontempo e Leonardi (1999, p. 99) quando afirmam que: “em
geral, uma combinação de fatores tais como estresse, má circulação, vida sedentária,
alimentação inadequada e desequilíbrio hormonal, atua como predisponente e condicionante
deste problema estético”. Devido ao fato do FEG ser uma disfunção causada, influenciada e
agravada por múltiplos fatores, não tendo possível cura, este se torna progressivo piorando
com a idade. Ciporkin e Paschoal (1992 apud GRAVENA, 2004) explicam que:
[...] a lipodistrofia ginóide possui uma etiologia multifatorial, porém interligada, onde os fatores atuam em cima de condições genéticas favoráveis, que somados a vários outros fatores endógenos e exógenos, tanto gerais quanto locais, desencadeiam uma reação, em cascata lenta e progressiva que recai sobre a região do tecido dermo-subdérmico.
Neste contexto, Guirro e Guirro (2002) classificam as causas do FEG em três fatores:
fatores predisponentes: causas genéticas, desequilíbrio hormonal, sexo e idade; fatores
determinantes: estresse, fumo, sedentarismo, desequilíbrios glandulares, perturbações
metabólicas, maus hábitos alimentares e disfunção hepática; fatores condicionantes: aumento
da pressão capilar, dificuldade na reabsorção linfática e favorecimento da transudação
linfática nos espaços intersticiais.
Quanto aos fatores predisponentes, Kede e Sabatovich (2004), descrevem que a
predisposição genética determina o número, a disposição e a sensibilidade dos receptores para
hormônios nos adipócitos, assim como a susceptibilidade desta patologia na raça branca,
quase não ocorrendo nas negras e orientais. O que é confirmado por Peña e Hernandez-Perez
(2005) ao apontarem algumas características genéticas para a obesidade e a lipodistrofia
sendo elas: o biótipo constitucional, o aumento da massa adiposa localizada, distribuição do
tecido adiposo, a hiperplasia e hipertrofia dos adipócitos, a resistência à lipólise regional, o
hiperinsulinismo e hiperestrogenismo receptorial, a suscetibilidade de insuficiência
circulatória de retorno e ainda por defeito no sistema linfático.
Kede e Sabatovich (2004) descrevem que os principais hormônios envolvidos no FEG
são: o estrógeno, que aumenta a permeabilidade e diminui o tônus vascular, levando prejuízo
a circulação; a insulina, que é lipogênica; a prolactina, que aumenta a retenção hídrica no
tecido adiposo e as catecolaminas que em altas concentrações e na presença do estrógeno
ativam os alfa-receptores lipogênicos. Rossi e Vergnanini (1999) explicam que as
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catecolaminas podem estimular ou inibir a lipólise dependendo dos receptores ativados (beta
ou alfa). Sendo que em baixas concentrações, os beta-receptores são mais sensíveis do que
receptores alfa, desta forma estimula a lipólise, o contrário ocorre com concentrações
elevadas, onde os receptores alfa são ativados, estimulando assim a lipogênese.
Terranova, Berardesca e Maibach (2006) complementam ao afirmarem que a presença
do estrógeno e receptores deste nas células endoteliais e na musculatura lisa, explicaria a
diferença e maior ocorrência em mulheres do que homens, principalmente em relação a
permeabilidade vascular. Guirro e Guirro (2002) expõem ainda, que as mulheres apresentam
duas vezes mais adipócitos que os homens, e o aumento excessivo do peso devido a uma
alimentação hipercalórica na mulher se “dirige” às regiões chamadas de ginóides, regiões
estas preferenciais no desenvolvimento do FEG, isso aliado à idade, pois, com o passar dos
anos a gordura na mulher tende a se depositar nas zonas dos estrógenos, sobretudo nos braços,
quadris, glúteo e coxas. Peña e Hernandez-Perez (2005) acrescentam a esses fatores a
anatomia do tecido adiposo feminino contribuindo em grande parte no surgimento de FEG
nas mulheres. O que é confirmado por Chorilli et al. (2004) ao se referir que o limite derme-
hipoderme nas mulheres é irregular e os septos de tecido conjuntivo formam vigas verticais.
Desta forma, se houver hipertrofia da hipoderme formará herniações para a derme reticular,
formando o aspecto “casca de laranja”, já nos homens o limite derme-hipoderme é liso e os
septos espessos e oblíquos, pressionando as células para a musculatura subjacente em direção
à derme quando hipertrofiados, não formando assim herniações.
Outros fatores agravantes no FEG são os fatores coadjuvantes endógenos e exógenos,
os quais Peña e Hernandez-Perez (2005) identificam como sendo todos aqueles que de forma
direta ou indireta participam no processo tanto para provocar como para agravar a celulite,
classificando esses fatores em: endógenos aqueles de origem biológica; e exógenos os de
origem ambientais ou agregados como o sedentarismo e o tabagismo, entre outros.
Outro fator determinante do FEG não mencionados ainda é a dieta. Arcangeli (2002)
expressa que uma dieta equilibrada garante um organismo mais harmonioso e livre de toxinas.
Uma importante forma de eliminação de toxinas do corpo é o consumo de água. Kede e
Sabatovich (2004) ainda expõem a importância da alimentação ao afirmar que o excesso de
açúcares e gorduras leva à hiperinsulinemia e a lipogênese; o sal contribui para a retenção
hídrica; a falta de proteína favorece a desestruturação do tecido conjuntivo; o consumo de
álcool estimula a lipogênese e a baixa ingestão de água e fibras dificulta o funcionamento
intestinal, levando a estase venosa. Já o café de acordo com os autores pode ser benéfico, pois
a cafeína é uma xantina. E segundo Martin, Childs e Betourne (1983), as bases xantinas são
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substâncias lipolíticas, ou seja, tem ação contra o acúmulo excessivo de lipídeos. Os autores
descrevem que a cafeína age sinergicamente e potencializa a ação das catecolaminas presentes
no tecido adiposo, estas por sua vez em baixas concentrações, estimulam a lipólise periférica
por ação sobre a lipase adrenalinosensível.
ASPECTOS METODOLÓGICOS
Foi realizado um estudo qualitativo e quantitativo com dados subjetivos, onde foram
analisadas 40 fichas de anamnese de mulheres que apresentavam fibro edema gelóide, em
suas avaliações estéticas corporais, atendidas no período entre setembro de 2006 a março de
2008 (modelo das fichas no ANEXO I). Os critérios de inclusão das fichas de anamnese
analisadas foram clientes do sexo feminino, que apresentavam fibro edema gelóide
independente do grau evolutivo, que continham o maior número das informações como:
idade, ciclo menstrual, graus e classificação do FEG, estresse, consumo de álcool,
regularidade intestinal, consumo de açúcar, ingestão de água, índice de massa corporal (IMC),
alterações circulatórias (presença de edema, sensação de peso nos membros inferiores e
varizes), contraceptivos hormonais, fumo e atividade física. Houve, porém, limitações ao
estudo devido à falta de informações nas fichas e também a ausência de detalhes importantes
da avaliação deste problema estético. Foram, portanto, desconsideradas as fichas de
anamnese onde as clientes não apresentavam fibro edema gelóide, fora do período escolhido
para a análise das fichas, e as que não continham os dados relevantes ao estudo, citados
acima, e também clientes do sexo masculino.
A coleta de dados possibilitou viabilizar o estudo das fichas de anamnese de mulheres
que apresentavam fibro edema gelóide em diversos graus, atendidas no Laboratório de
Cosmetologia e Estética da Univali em Balneário Camboriú, Santa Catarina. A pesquisa
envolveu indiretamente os clientes do laboratório, sendo que as pesquisadoras não tiveram
contato com os clientes apenas com as fichas de anamnese das mesmas. Este estudo
possibilita uma melhor avaliação dos fatores desencadeantes e determinantes do fibro edema
gelóide.
Os dados coletados na pesquisa foram analisados e tabulados com o auxílio dos
programas Microsoft Office Excel e Word. Ao se analisar as informações e ao fazer as
correlações dos fatores envolvidos com o FEG, foi desconsideradas o número de fichas que
não continham as informações comparadas, desta forma ao se fazer a porcentagem de
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mulheres que apresentavam determinadas características, foi utilizado apenas as mulheres
onde nas fichas continham essas informações.
Visando não incorrer nenhum procedimento antiético, esse trabalho foi aprovado pelo
comitê de ética da Universidade do Vale do Itajaí, para a realização da análise das fichas, bem
como da posterior divulgação dos resultados da pesquisa à banca.
RESULTADOS
Observou-se nas fichas selecionadas a média de idade de 35,5 anos com maior
incidência de mulheres de 15 a 45 anos.
Na amostragem, 13 delas (32,5%; média de 26,5) tinham ciclo menstrual regular,
seguido das que não menstruavam e em fase de menopausa (17%; n=7), enquanto duas (5%)
apresentavam irregularidade no ciclo, as restantes (48%, n=18) não apresentavam está
informação. No gráfico 1 estão expostos os graus de FEG diagnosticados nas 40 participantes
do estudo, nas fichas que continham grau misto (com mais de um grau de FEG) foi
considerado o grau mais elevado. Observou-se com maior prevalência o grau III da FEG, uma
média de 28 (40%; n=16), seguidos pelo grau II (35%; n=14).
GRAU DA FEG
20%
35%
40%
5%
Grau IGrau IIGrau IIIGrau IV
FEG TIPO
15%
60%
7,5%
17,5% flácidacompacta
edematosa
não consta
No gráfico 2 está exposta a classificação, quanto aos tipos de FEG das fichas
analisadas com maior prevalência do tipo compacta que apresentou 60% (média de 32; n=24).
Na tabela 1 está exposto à presença de estresse nas mulheres avaliadas, onde 50%
(n=20) tinham este sintoma.
Gráfico 1 – Graus de FEG relatadas nas fichas no período de 2006 a 2008.Fonte: Autoras 2008
Gráfico 2 – Classificação dos tipos de FEG relatados nas fichas analisadas no período de 2006 a 2008.Fonte: Autoras 2008
GRAU DE FEG
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Tabela 1- Refere-se aos sintomas de estresse identificados nas fichas analisadas.
ESTRESSE SIM NÃO NÃO CONSTANúmero e porcentagem n=20 (50%) n=9 (22,5%) n=11 (27,5%)Fonte: autoras 2008
Ao se referir ao álcool 57,5% (n=23) não consumiam bebida alcoólica, seguido do
consumo de álcool moderadamente (32,5%; n=13) e em 10% (n=4) das fichas não continham
a informação. Quanto à função intestinal, a regularidade estava presente na maioria (55%;
n=22), seguido de 40% (n=16) com irregularidade e 5% (n=2) onde não constava esta
informação.
O gráfico 4 mostra o consumo de açúcar, onde se verificou no estudo que a maioria
consumiam muito açúcar (50%; n=20). No gráfico 5, está exposto o consumo de água,
observando-se que a maioria 67,5% (média de 33,5; n=27) das mulheres, consumiam menos
que 2 litros de água por dia.
CONSUMO DE AÇÚCAR
15%
12,5%
50%
22,5% sim
muito
pouco
não consta
CONSUMO DE ÁGUA
25%
67,5%
7,5< de 2 Litros
> de 2 Litros
não consta
Foi efetuado o cálculo do índice da massa corporal, das fichas em que ainda não
continham o IMC calculado, sendo feito da seguinte forma: dividiu-se o peso pela altura ao
quadrado, encontrando se assim o valor do IMC de cada mulher avaliada. Classificando de
acordo com a Organização Mundial da Saúde (1998), constatou-se que a maioria em média
28,5 (42,5%; n=17) tinham peso normal, seguido dos 20% (n=8) com sobrepeso, abaixo do
peso normal contabilizou-se 15% (n=6), obesidade grau um 5% (n=2) e obesidade grau três
2,5% (n=1), nos 15% (n=6) restante não havia está informação.
No gráfico 3 está exposta a presença de edema, onde verificou-se que 72,5% (média
de 37,5; n=29) apresentavam edema, contra 7,5% (n=3) que não apresentavam.
Gráfico 4 – Consumo de açúcar relatado nas fichas analisadas no período de 2006 a 2008.Fonte: Autoras, 2008
Gráfico 5 – Consumo de água nas fichas analisadas no período de 2006 a 2008.Fonte: Autoras, 2008
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PRESENÇA DE EDEMA
72,5%
7,5%
20%
sim
não
não consta
Gráfico 3 – Presença de edema relatada nas fichas analisadas no período de 2006 a 2008.Fonte: autoras 2008
Na tabela 2 está exposto a porcentagem e o número de fichas das mulheres com
alterações circulatórias como sensação de peso nos membros inferiores (MMII), varizes e
varicoses, uso de contraceptivos, fumo e atividade física.
Tabela 2- Refere-se a alterações circulatórias, uso de contracepctivos, fumo e atividade física.
DADOS AVALIADOS SIM NÃO NÃO CONSTASensação de peso nos (MMII)
n=12; (30%) n=9; (22,5%) n=19; (47,5%)
Varizes e varicoses n=24; (60%) n=9; (22,5%) n=7 (17,5%)Uso de contraceptivos n=12 (30%) n=16; (40%) n=12; (30%)Fumo n=1; (2,5%) n=34; (87,5%) n=4(10%)Atividade física n=16; (40 %) n=22; (55%) n=2; (5%)Fonte: Autoras, 2008.
Desta forma pode-se perceber que são vários os fatores determinantes e agravantes da
FEG, e não um fator isolado que leva ao seu aparecimento.
DISCUSSÃO E ANÁLISE
De acordo com a literatura a FEG não tem idade para seu surgimento, porém autores
como Kede e Sabatovich (2004) e Peña e Hernandez-Perez (2005) apontam que seu inicio é
após a puberdade, agrava com a gravidez, ciclos menstruais e com as terapias
anticoncepcionais. Guirro e Guirro (2002) ainda afirmam que “a idade é indicada também
como um dos fatores de predileção para o desenvolvimento e evolução dos estados de
obesidade e celulite”. Quanto à idade constatou-se a média de 35,5 anos, prevalecendo à faixa
etária de 15 a 45 anos (75%; n=30), dados parecidos foram encontrados por Meyer et al.
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(2005) ao desenvolverem um protocolo de avaliação do FEG, segundo a pesquisa destes
autores, a faixa etária com maior prevalência (70%) foi entre 20 a 40 anos. Ao se relacionar a
idade com os graus mais avançados de FEG (Grau III e IV), apresentados na tabela 3,
observou-se a presença de FEG grau III em todas as faixas etárias, inclusive nas mais jovens,
porém, foi mais marcante a partir dos 30 anos, apresentando também grau IV somente nesta
faixa etária. Encontrando-se, portanto, uma correlação positiva entre os estágios mais
avançados e a idade. Quanto ao uso de contraceptivos, das 40 fichas analisadas 30% (n=12)
delas usavam.
Tabela 3 - Correlação entre as 17 mulheres que apresentavam grau III e IV da FEG com a
idade.
Idade 20-30 anos 30-40 anos 40-60 anosGrau III 5 4 6 Grau IV 0 1 1
Fonte: Autoras 2008
Ao se referir à obesidade e o FEG, Cunha et al. (2007) descrevem que aparece após a
puberdade, tanto em mulheres magras, gordas, altas ou baixas. O que pode ser verificado nas
fichas de anamnese avaliadas, onde esses dados foram confirmados. Houve ainda, uma
correlação entre o IMC e os graus de FEG, 42,5% (n=17) apresentavam peso normal, destas
10 mulheres tinham o grau III, (58,8%) de FEG, 17,6% (n=3) apresentavam grau II e 23,5%
(n=4) grau I. Quando relacionadas à obesidade 7,5% (n=3) das 40 das mulheres analisadas se
encaixam neste perfil, sendo que estás apresentavam grau I, II e III respectivamente, portanto
o grau mais grave de FEG encontrados nestas foi o grau III (33,3%; n=1), assim como nas que
tinham peso normal onde também o grau mais grave foi o grau III, porém ao associar as com
abaixo peso e o grau, percebeu-se que 50% (n=3) delas apresentavam os graus III e 16,6%
(n=1) apresentavam respectivamente os graus I, II e IV. Predominando ainda tipo compacta
entre todas as mulheres avaliadas. Desta forma o FEG e seu grau de evolução parece ter
correlação negativa com a obesidade.
Segundo Kede e Sabatovich (2004) o FEG é classificado em quatro tipos: duro,
flácido, edematoso e misto. Encontrou-se neste estudo uma correlação positiva entre o FEG
duro ou compacto com a prática de exercícios físicos, das 24 pacientes com FEG compacto,
16 praticavam atividade física, isso associado à idade que teve maior prevalência na faixa
etária de 15 a 20 anos, contabilizando 41,6% (n=10) destas. Outra correlação positiva foi
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quanto ao tipo flácido e falta de exercícios físicos (Tabela 4), sendo que das mulheres que
apresentavam esse tipo, 60% (n=3) não praticavam atividade física, porém não houve relação
destas com a terceira idade. Para Guirro e Guirro (2002) esta é a forma mais importante em
número e na aparência da pele, no entanto os dados deste estudo confrontam aos dos autores
descritos acima e ao estudo de Meyer et al. (2005) quanto ao número de ocorrência da forma
flácida, Meyer e colaboradores avaliaram 30 mulheres com FEG constatando em 73,34% a
forma flácida, já das 40 fichas analisadas esta forma estava presente em 15% (n=6) do total da
amostragem, tendo maior prevalência para a forma compacta (60%; n=24). Diante deste dado
que foi contraditório aos dos autores mencionados, sugere-se novos estudos para verificar se
realmente a forma compacta estava presente nestas mulheres ou se ocorreu algum erro na
avaliação ou ainda se foram analisadas um numero maior de mulheres com FEG compacta, já
que o critério de inclusão principal não foi o tipo, e sim a presença de FEG.
Tabela 4 - Relação do FEG flácido com idade e prática de atividade física
PACIENTE IDADE ATIVIDADE FÍSICAA 28 NãoB 34 NãoC 46 SimD 25 NãoE 21 Sim
Fonte: Autoras, 2008.
Há comparação significativa dos dados descritos com as afirmações de Kede e
Sabatovich (2004), os quais descrevem que a forma dura apresenta-se mais comumente em
mulheres jovens que praticam atividades físicas, sendo que o aspecto “casca de laranja”
aparece ao se beliscar a pele; na forma flácida acomete pessoas sedentárias ou que perderam
peso rapidamente, é mais freqüente em mulheres da terceira idade, e pode ser a evolução da
forma dura não tratada; a edematosa é a forma mais grave, tendo péssimo prognóstico de
reversão do processo, acomete mulheres jovens que fazem uso de anticoncepcional; e por fim
a mista que representa a evolução das formas do FEG, podendo assim, ter mais de um tipo,
em áreas diferentes do corpo. Encontrou-se ainda, correlação negativa da forma edematosa
com relação a mulheres jovens e o uso de contraceptivos, indicado na Tabela 5, sendo
negativo o uso de contraceptivos em todos os casos do tipo de FEG edematoso, ao se
comparar ao IMC destas, observou-se que das três que apresentavam esta forma de FEG, duas
têm IMC acima do que é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS, 1998) como
peso ideal ou normal. Essas afirmações têm relação ao descrito por Guirro e Guirro (2002)
12
quando afirmam que a forma edematosa pode ser encontrada em qualquer idade e de qualquer
peso.
Tabela 5 - Correlação do tipo de FEG edematosa com idade, contraceptivos e o IMC
PACIENTE IDADE CONTRACEPTIVOS CLASSIFIÇÃO DO IMC
A 47 Não SobrepesoB 27 Não Não constaC 47 Não Obesidade grau 1
Fonte: Autoras 2008
Quanto aos fatores determinantes do FEG, Guirro e Guirro (2002, p. 207) descrevem
que “uma pessoa do sexo feminino, fumante, com maus hábitos alimentares e ainda com
desequilíbrio hormonal, será alvo de fácil acesso para infiltração celulítica”. Kede e
Sabatovich (2004) acrescentam que o tabagismo diminui o fluxo da microcirculação,
favorecendo a lipogênese, além de aumentar a produção de radicais livres diminuindo o
sistema de defesa do organismo, no entanto, o presente estudo não traz relação significativa
entre o tabagismo e o FEG, pois a maioria na média 37,5 (85%; n=34), e apenas 2,5% (n=1)
era fumante e outra ex-fumante.
Ao se referir à dieta, Arcangeli (2002) expressa que uma dieta equilibrada garante um
organismo mais harmonioso e livre de toxinas. Guirro e Guirro (2002) descrevem que maus
hábitos alimentares é uma forma facilitadora e agravadora das infiltrações teciduais. Kede e
Sabatovich (2004) ainda expõem a importância da alimentação ao afirmar que o excesso de
açúcares e gorduras leva à hiperinsulinemia e a lipogênese. Neste contexto, observou-se o
consumo de muito açúcar em 50% (n=20) nas fichas analisadas, e houve correlação com o
consumo deste ao estresse, este por sua vez também estava presente em 50% (n=20) das
fichas, e de acordo com Jacquemay (2000) o estresse afeta o sistema imunológico, a
circulação sanguínea e linfática fica notadamente mais lenta, podendo ser um dos fatores
desencadeantes de edemas nos membros inferiores das mesmas. Ao se relacionar estes dois
fatores constatou-se que das 20 mulheres estressadas 11 delas consumiam muito açúcar (55%;
n=22), esses dados podem ser comparados aos estudos de Meyer et al. (2005) onde os
distúrbios emocionais estavam presentes em 53,33% da sua amostragem, e segundo Rossi e
Vergnanini (2000) perturbações emocionais levam ao aumento de catecolaminas que, em altas
concentrações estimulam a lipogênese, causando um excesso de gordura corporal. E de
acordo com os autores a gordura tem um papel importante na formação do FEG.
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Kede e Sabatovich (2004) apontam ainda que o consumo de álcool também estimula a
lipogênese e a baixa ingestão de água e fibras dificulta o funcionamento intestinal, levando a
estase venosa. Desta forma ao se relacionar o consumo de álcool e IMC, observou-se que
entre as classificadas em sobrepeso, 50% (n=4) delas consumiam álcool moderadamente. O
mesmo foi verificado entre as obesas onde 66,6%, ou seja, de 3 mulheres com obesidade 2
consumiam álcool também moderadamente, já entre as com peso normal (n=17) 29,4% (n=5)
consumiam álcool, quanto as de abaixo peso (n=6) 33% destas (n=2) consumiam álcool
moderadamente, desta forma pode-se constatar correlação positiva entre o consumo de álcool
e o aumento de peso.
Em relação a água, por ser uma importante forma de eliminação de toxinas do corpo, o
que é confirmado por Saggioro (1999, p. 112) ao descrever que “beber mais de dois litros de
água por dia, é importante para manter o bom funcionamento dos rins e eliminar toxinas”. O
achado deste estudo constatou que das 40 mulheres analisadas, uma média de 33,5 (67,5%
n=27) consumiam menos de dois litros de água ao dia. E ainda observou-se que 72,5% (n=29)
apresentavam edema e 40% (n=16) apresentavam irregularidades intestinais. Desta forma,
observou-se a necessidades de se correlacionar a ingestão de água, presença de edema e o
mau funcionamento intestinal encontrou-se uma correlação positiva entre estes fatores, pois
das 29 mulheres que apresentaram edema 73,3% (n=22) bebem menos de dois litros de água
diariamente, e destas 29 mulheres, 46,6% (n=14) tinham irregularidade intestinal, a partir
desta análise pôde-se observar que tais fatores parecem estar intimamente ligados ao
surgimento ou agravamento do FEG. Kede e Sabatovich (2004) completam afirmando que as
disfunções intestinais podem levar a compressão das veias ilíacas e obstrução do fluxo
venoso, isto aliado ao desequilíbrio hormonal pode levar prejuízo a circulação sanguínea.
Saggioro (1999, p.108), confirma ao explicar que “a variação hormonal sofrida pelas
mulheres, principalmente das variações do estrógeno e progesterona implicam na retenção de
água, na congestão sanguínea e na má circulação.” Kede e Sabatovich (2004, p.339) relatam
ainda que:O estrogênio é o hormônio responsável pela disfunção inicial nos adipócitos e sistema neurovegetativo, aumentando a resposta aos receptores alfa-adrenérgeticos, antilipolítico e estimula a lipase lipoprotéica, principal enzima responsável pela lipogênese (...) na microcirculação esse hormônio é responsável pelo aumento da permeabilidade, facilitando o edema e também diminui o tônus vascular, com redução no fluxo sanguíneo.
Os autores ainda relatam, que os distúrbios circulatórios que podem ser causados pela
variação hormonal, como edema, insuficiência venosa e varizes, fornecem condições ótimas
para o inicio ou agravante do FEG. Gravena (2004) comenta ainda que pacientes com FEG
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apresentam sintomas como: fadiga, sensação de peso nas pernas tensão e ate cãibras noturnas,
relação parecida foi encontrada nas 40 mulheres avaliadas, pois dos 52,5% das fichas que
continham a informação sobre sensação de peso nos membros inferiores, 57,3% sofrem de
peso nos membros inferiores.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante do exposto, os resultados obtidos na análise das fichas e a conseqüente
correlação dos dados demonstraram que o FEG é devido a vários fatores que correlacionados
podem agravar o grau de evolução.
Os dados deste estudo mostraram que o FEG não está associado à obesidade, pois
estiveram presentes, principalmente os graus mais avançados em mulheres abaixo peso e peso
normal. Outra informação relevante foi a correlação negativa entre o tabagismo com o FEG,
porém fatores como estresse, má alimentação, baixo consumo de água e a falta de atividade
física estão intimamente relacionados ao surgimento ou agravamento do mesmo.
Sugere-se, porém, que novos estudos sejam realizados com uma amostragem maior e
que os dados e anamnese das mulheres avaliadas sejam feitos pelas pesquisadoras, a fim de
obter mais detalhes e informações pertinentes ao estudo, devido ao FEG ser um problema
estético ou até mesmo de saúde. Também se observou a necessidade de padronização das
fichas de anamnese, onde informações sobre freqüência alimentar e hábitos dos indivíduos
sejam descritos para que não se tenha nenhuma dúvida no processo de avaliação.
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ANEXO I – Ficha de anamnese utilizada para avaliação estética corporal pelo Laboratório de Cosmetologia e Estética da Univali.
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ANEXO II – Termo de consentimento utilizado pelo Laboratório de Cosmetologia e Estética da Univali