Anno IV 1875 N. 496memoria.bn.br/pdf/128066/per128066_1875_00496.pdf · dia : uma ao nascer e outra...

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Anno IV— +.

Recife.—Domiugo 24 de Janeiro de 1875•*__¦ ;

ASSIGNATUEAS

( Recife)Trimestre 4$000Anno.........: 1G$000'

( Interior e Provincias )Trimestre 4$500Anno 18í§000

As assiguaturas come-çam em qualquer tempo eterminam no ultimo de Mar-ço, Junho, Setembro e De-zembro. Bublica-se to- 'dos os dias.

PAGAMENTOS ADIANTADOS.

Awm . ¦%,

ÓRGÃO DO PARTIDO LIBERALVejo portodaparte um symptoma, que meassusta

pela liberdadedasnações edaIgreja:acentralisação.Um dia os povos despertarão clamando:—Onde•nossas liberdades?

p. vsLix—Disc. no Gongr. deMalines, 1864.

N. 496

COEBESPONDENCIA

A Eedação acceita e agra*dece a collaboração.

A correspondência politi*ca será dirigida árua Duquede Caxias r.. 50 1- andar.-

Toda a demais correspon-dencia.annuncios e reclama-ções serão dirigidos para o es- 'criptorio da typographia árua do JIWPEE-ADORN.77.

PAGAMENTOS ADIANTADOS.

Edieção de hoje 1600.Bogamòs aos nos-

sos assignantes, quese acham em atraz/j,o favor de mandaremsatisfazer suas assig-naturas.

Eecife, 23 de Janeiro de 1875.O s<t>I<I!st«-Í4» Jttãft Ray-HUH_-_4lo

Ergueu-se toda esta cidade: pedio dei joelhos, ao Imperador, a vida do soldado

João Eaymundo.Ora !, a canalha de Pernambuco ! .Foi o corpo acadêmico...

„ Eoram as senhoras em geral...Foram em especial as alumnas da escola

normal...Eoram muitos cidadãos... .Ora! a canalha de Pernambuco ! Pois

não se vê, que ahi anda dedo liberal ?Se fosse Antônio Castilho, pedindo em

verso alexandrino,, á imperatriz... Valia apena, que era cousa para fallar-se ná Eu-ropa.v Se fosse o Camaragibe, um homem queensangüenta, eulamêa, pisa, calca todos ossentimentos nobres d'esta terra, e é zangâodó thesouro publico, e é obscurantista, e éfunesto, e é escravo do rei... Valia.a pena,que os reis sábios gostam dos regidos brutos,que só estes o admiram.

Mas, foi a canalha de Pernambuco. -,¦ João Eaymundo, nem foi executado, nemfoi perdoado : pedra em cima.

Executal-o, não... que na Europa bem po-dein dizer,_ que o Sr. D. Pedro, o rei maissábio e mais liberal do mundo, não é ao mes-mo tempo o mais clemente.

Baixar decreto, de perdão, tambem não,.,que a canalha de Pernambuco pôde supporque ¦ vale alguma cousa, que a canalha donorte deve convencer-se, de.que, mesmo em

matéria de perdões na semana santa, ha norte e sul.

Vá João Eaymundo para Fernando, e nadase diga.

E passavam-se os dias, e veio vindo a re-flexão.

•Aquella gentalha liberal de Pernambucopôde lembrar-se outra vez do soldado

j Estava_em Fernando o coronel Pyrrho; e; poucos dias antes do horroroso attentado naI pessoa de Antônio Feitosa de Mello, morreu

afogado o soldado João .Eaymundo

Deus te salve, imperador do Brazil! Acanalha de Pernambuco não mais te incom-modará pelo soldado João Eaymundo! Tu,e elle e Pyrrho, e todos nós, havemos d'en-contrar-nos em Josaphat....

Era em 1873,. na capital do Maranhão.Devia executar-se uma sentença de morte, elevantava-se a forca. O povo agitava-se,fallava em pedir a suspensão, para implorara clemência imperial.

Anoiteceu, c ao alvorecer o dia seguinte,o dia da execução, u carcereiro annunciou,que o paciente havia morrido, á noite, deum ataque apoplectico.

Disse uma folha, ingênua ou maliciosa-mente : tece o fim que o caso exigia.

Foi no reinado do Sr. D. Pedro II

Assassinaram Fidió em Pernambuco, foipreso o assassino, a voz publica fallava mui-to... o assassino amanheceu morto.

Foi no reinado do Sr. D. Pedro II

João Manoel Fralzào e Sequeira d'Athay-de, appareceram mortos na prisão.

Foi no reinado do Sr. D. Pedro II

Thomaz, terror dasmorto em Fernando.

Foi no reinado do Sr.

prisoe3, appareceu

D. Pedro II

FOLHETIMNadajnfelizmente mais certo:—O Sr. Lucena

abortou!Afnrniam os paspalhões assistentes, que elle

ia muito bem até aquelle fatal momento, em quea Província apresentou a Pyrrho como fructosazonado da sementeira de Maio. Até abi, di-zem elles,—boa disposição, appotite canino, de-sejos de comer á cada iustante Pyrrho assado ecosido; dahi por diante tonturas, inappetencia,symptomas de asylo.

O Moscoso, como um novilho de trem eras as-segura que fez o que poude. Passou a mãopela cabeça do enfermo, repetio-lhe aquella iu-terminavel historia d'agua potável do Diário,desenvolveu-lhe um melhor systema de canossubterrâneos, tudo isso para distrahil-o, e paranão assustal-o inventou uma voz aflautada comque conseguiu por algumas vezes adormecer oenfermo. Mas nada disso produziu effeito ; láem certa òccasião o homem temperou-se, pulouao meio dacaza, deu duas voltas e meia, gemeue... pufh.'...—íyrrho no Brum!

Que desgraft,, e como havia de rçè-r tão lindo—se vingasse !...E ahi anda o doutor por um lado, e a comadre

Parente por outro, aquelle no mais baixo daclave o esto no mais alto dos agudos, á dizerque, se não vingou não foi a falta de esforços de ,ambos, de cuidado o zelo com que o AntônioJcrsey,enfermeiro da Cri nica. e amigo do governo ino por inducção, serviu-lhe á tempo de òxtractode carne e de saborosas canjas de symprthiai

Tudo isso será assim, mas eu tenho cá umateima birrenta, que me faz duvidai*, principal-mente pelos motivos allegados, do mau suecessodo nosso distinetissimo capitão-inòr. Não é

Eduardo, indiciado como envenenador depessoas muito conhecidas, ao mando de pa-rentes do Si*. Camaragibe, appareceu mortoem Fernando.

Foi no reinado do Sr. D. Pedro II

O incendiario da casa de Barbosa, na pra-ça da Bóa-Vista, tambem morreu de repentena cadêa.

Foi no reinado do Sr. D. Pedro II

que elle não seja muito capaz de—abortar, masé que o julgo incapaz de—conceber.

Feitosa foi denunciado iw dia 28 de Dezem-bro e chibatado por um crime que devia praticarno dia 24; o medico retombado, na phrase chis-tosa do Tavora Trez cocos, confessa o facto ; asleis civis e militares foram violadas com satã-nico furor; os gritos da victima ouviram-se nestacidade e por toda parte onde chegam, vão levan-tando a opinião publica, que pede satisfação con-tra esse feroz attentado; o órgão official mur-murou umas. palavras que tranquiUisaram pro-visoriamente a ansiedade publica; só se espe-rava o Wernek para so vêr castigado o autor detão nefando crime, e de repente I...

Chega o Wemeclc e o faccinora, que tudo issopraticou sem causa, nem autorisação legal, queultrajou a sociedade, brazileira senão a humani-dade em peso na pessoa de Feitosa, ainda hon-tem major do corpo de policia o feitor coiiferentedo consulado provincial, foi mandado buscar emum navio do estado para commandar a fortalezado Brum!...

Pois o capricho contra o orgatn da opposiçãodevia ir ató ahi: mandar á praia com dois pau-sinhos a constituição violada, as leis escarneci-das, a opinião publica desprezada ?

Pois tudo isso não é justificar o juizo .daquelleórgão, quando dizia, que nenhuma providenciaso havia de tomar em relação ao facto, como ne-nhuma se tomou em relação ao 16 de Maio ?

Sem duvida.Tenho, portanto, cá de mim para mim, quetodo esse berreiro do aborto não passou de parto',supposto e outros fingimentos.

O escravo do Dr. Pereira do Carmo, quetentou assassinar seu senhor, todo cutila-do no acto' da1 prisão, appareceu morto nacadêa.

Foi no reinado do Sr. D. Pedro II

Padre Pio, nonagenario, recolhido a umquartel, e atacado por soldados, maltratadoe ferido.

Foi no reinado do Sr. D. Pedro II

O assassino da infeliz Bottini... Èspe-rem : lia muito quem diga, que elle tem to-quês de morrer de repente.

E tudo no reinado do Sr. D. Pedro II!...

No Paraguay fariam mais do que isto ?Presos assassinados nas prisões!

Os romanos,' os pagãos romanos diziam:Res sacra réus: o réo é cousa sagrada.No Brazil, os presos encontram nas pri-sõés a mão do assassino : para Pernambuco

nem lei rigorosa, nem clemência, só o arbi-trio de um homem.

Infeliz João Eaymundo!/ Porque não pedio por ti a Bahia, S. Pau-Io, fosse quem fosse lá do sul ?

Tudo, qualquer carcamano viageiro,.va-ler-te-hia mais do que o pedido de Pernam-buco...

'Oh ! que nunca mais o povo de Pernam-bucó se lembre de dirigir uma petição degraça ao Sr. D. Pedro II!

Londres, 22-Eechou-se o empréstimobrazileiro subscreveudo-se mais do dobro dasomma pedida. ¦¦„/*...¦.Foi uni verdadeiro triumpho para o cre-dito do Brazil.Já se dá um prêmio pelas acções. -.¦'.•Iaeiz, 23 -- Pela nona vez começou a ás-'semblea de Versailles a discussão da lei paraa transmissão do governo da republica, du-rante o setenado.

feiS11'*30,3 1ue aiucla não irá avante' desta

(Havas-Eeuteb')

illiTeBegB*aU--lias — Transcrevemos

das outras folhas diárias o seguintes:Pauis, 22 de janeiro—A esposa do conde

de Paris deu á luz hontem, (21) um menino.Tanto a condessa como a criança passamperfeitamente bem. Esse accontecimentofoi recebido com grande prazer pelo partidomonarchista francez. O conde re ebeu pelotelegrapho congratulações dos mais impor-tantes. membros desse partido. O condecommunicou telegraphicamente ao conde deChambord esse accontecimento.

Versailles, 22 de janeiro—A lei sobre aorganisação dos quadros do exercito, de quese tem oecupado a assembléa nacional, foihontem approvada.

: IfrO!A

Foi-se o Onoratti da Baixa Verde para o Cea-

rá, segundo lè-se em lettra redonda. O Totoniosabe o que faz.

Para obter uma colleirá encarnada não e pre-ciso mais que sair de caza.E elle sahiu com reservas o batedores, cavai-

gando um lindo corsel da côr dos seus cabellos.No corpo de batalha, o sob suas vistas immedia-tas, caminhava pausadamente a—ucharia, asfrasqueiras sortidas, as fruetas de conserva, osdoces em caixas, em uma palavra, o—grandeforrobodó.

Ató a Escada em vapor especial, depois emcarro e afinal escanchado no bicho principiou oitinerário á lápis., Duas horas de viagem pordia : uma ao nascer e outra ao pôr do sol, e eraquanto bastava pára não estragar 'a. côr de rosasecca da pello àotitórréas. E assim devia ser—um corroa sem cor de rosa—seria uma desgraçapara esta terra, onde os corroas são fidalgos porafinidade e contacto camaragibino.

O Sr. Antônio nuncafoi tão discreto, emboraperdesse os cavallos do corpo do seu commando,e comprasse outros com assèdulas do thesouro.

. O que vomá ser isso em comparação a rosa sec-ca das suas faces e do seu cachaço ? Haverá quan-tia que compense o prejuízo de uma assadura ?

Um cachaço queimado é uma verdadeira des-graça, e um senão irreparável para uma autori-dade policial de pomada e lenço de rendas.

E assim foi seguindo o seu caminho até..chegar; infelizmente quando chegou, achou orasto do Onoratti !

O que tem isso,se a colleirá está segura, se ocachai;o não foi prejudicado e se o paiz vai serenrequecido com essa nova Jerusalém da BaixaVerde " •.-¦¦ jiívJii.!,*i?:-o1Jjni' )i niod.'. . '•

• •»:- *Noticia fresca:O Vieira faz piquetes, e os piquetes do Vieira

são omboscadas de assassinos.

•n ,,- -'5aÇ»o «ia provin-caa-Pubhcou a folha official de hontemque, por portaria da presidência da provin-cia de 20 do corrente, foram nomeados • te-nente Francisco Pereira Lagos, delegado do.termo do Bom Conselho ; aiferes Herminode Senna Barros, subdelegado da fregueziade Alagoa de Baixo, e Balbino Bezerra Oa-valcante, 2- supplente do delegado do termo«de Cimbres.

A casiceâa'ía <]_<íi> «_3Míí_«Sq»—An-dam os camaragibinos da columna, ce*osque não querem ver, a importunar-nos todosos dias sobre a questão religiosa.

E' bôa ! A cousa è tão clara !Nós queremos tudo, de preferencia ao que

quor o gabinete Eio-Branco.O nosso programma v—nada de chicote. , .Ora, tomar o chicote ao jesuíta, para en-tregal-o ao governo !Trocar a cúria dos jesuitas, pela cúria do

Sr. D. Pedro II!Mudar frei Vital pelo famoso ex-Pedro

Cavalcante ! Os manes de Tavares e Freirehaviam d'estremecer ! E teríamos o viscon-de com duas caixas pias, para defraudal-as :a thesouraria de fazenda e o palácio da So-ledade I

Entende agora a columna aluriada ?Acarta d© vlsco-BíIe—Anda oDiário a importunar o nosso amigo Dr.Aprigio Guimarães, pela tal carta ao vis-conde.

Tenha paciência o Diário, que o nossoamigo está com a mão na massa...

Bompa logo nas descomposturas, queaqui estamos para as represálias.Quanto a questão, o visconde está entre-

gue ao nosso amigo : a mascara ser-lhe-haarrancada.

A estatua de pés de barro vai desta vezao chão, nós lhe promettemos.

_.

E' no logar Vertentes, onde morava uma po-bre famiiia, composta de cinco moças, um irmãoe o dono da casa, homem trabalhador e honrado.

Uma das emboscadas de Vieira foi ter ahi*era ella commandada por um primo, recora-mendado á consideração do primo por umasduas mortes,- e alguus cavaUinhos do próximo.Ora, o tal agente do governo, porque o gover-no é quem lhe paga, lembrou-se de acabar comessa pobre família, até então feliz com a suapo-breza

Intimou ao dono dacaza e ao filho que o acom-panhassem, mas elles o não ,'quizeram fazer re-ceiaiido deixar as moças em abandono. J'--'

Ketirou-se a emboscada, e mais tarde-tor-,nou reforçada,; resolvida ã obrar-segundo asordens.

Não estava em casa o chefo da"familia, mas ápouca, distancia onde trabalhava. O filho nãose quiz entregar, levou tres tiros para não serdesobediente, aceudio o pae e principiou o rolo.

Tiro para cú, facada para lá; $òntapés,quedas"gritos, sangue \

Acabou a lucta com a morte do dono da casaferimento do primo do Vieira, prisão do filhod'aquelle, eas cinco moças ?... epitadinhas... le-vadas ao matto, gritaram muito, choraram edepois !... abandono completo, nem pae, nemirmão, nem honra!

_Eis.aqui os louros do governo, obtidos nas:victorias do interior !

Eis aqui o que valem os destacamentos locaes,confiados á amigos do governo, que os querproteger por conta dos dinheiros públicos !

O que ficará depois da pacificação intentadapelo governo ?

A viuvez, a orphandade e a deshonra !Deus te salve—Pernambucano de 16 de Maio!

'CO

Jif.O

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A Província__•_•*¦ __p___K«WIB>

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EsseadplOf-íricano ha de ser leito em milpedaços.- Arífe a_e s-a___e_e__,a—0 Diáriode hontem iaz a defeza do Pyrrho, e prepa-ra um hymnü á raiz 'de ganieleira. •

, Pois o povo de Pernambuco esperava ou-tra cousa?

Já não e tempo do punhal de Tavares edo bacamarte de Freire, porque o povo jásabe, qiie-é mollea barriga dos fidalgos...

Venha' a- raiz da ganieleira.Venha • •.Pois, o visconde de Camaragibe não ha

de morrer, como tem vivido !Áquelles medalhões da recepção do João

Alfredo; e no alto da eça.;—Um'punhal, um bacalháo, uma chibata

de gàmeleira, uma canna de assucar, e o co-fre da thesouraria de fazenda de Peruam-buc.o,

Ha de ser um funeral concorrido !¦ •_->e4-»_,t_-i-0 <_'«»B-fl0O—O juiz mu-

nicipal do Triumpho, desta vez, metteu-seem calças pardas.

O homem pensava que o Lucena aindaera amigo do jesuíta, ainda o consideravasanto varão, optimo preceptor-ãâ mocidade, epara consolal-o. pelas verdades que lhe man-dou dizer, inserio esta pedacinho :

,« O padre Onoratti é o idolo deste povo deTriumpho ; es sertanejos de Pajeú, julgam-no um Deus »

,Peior a emenda!Está irremessivamente perdido, os tempos

agora são outros.Ontr'ora seria recompensado, hoje ha de

ser-cástigado para não dizer taes cousas aum presidente da força do Sr. Lucena.

Outr'ora devia dizer assim, porque o pre.sidente assim pensava ; hoje deve dizer ocontrario, porque o presidente já pensa deoutro modo.

C«_-_o se €U©s___e5i_te _____ ps*©-§ã4fie__í-i—Agora não somos nós Sr. Lu-cena/:,-: oi-

E' o juiz municipal do Tri.umpho quemdiz em uni officio — relatório que V. Exc.mandou publicar na -ma gazeta.

O.uçamol-o. Falia o Sr.. Vieira de Mello.« Nada poderemos conseguir porque as auto-

ridacles ^nomeadas nào merecem muita con-fiança. »• ..">¦¦

E esta...Como è que se diz na rosca deum presidente, phrase da columna, que nãomerecem confiança autoridades por elle no-meadas ou conservadas, que tanto importa ?

Só de propósito para desmentir o presi-dente !

Só de propósito para provar que sãoinca-pazes-os homens revestidos dos cargos po-liciaes.

Que taes essas autoridades!...—E^um juiz que falia—Ouçamoho ainda.« A falta de um bom delegado é a causa

das maiores desordens deste termo. »Logo-permitta-nos Sr. juiz, ha um mau

delegado que tem motivado as desordens dotermo.-

E para desmoronar todo.o castello presi-deucial,-o malvado juiz, para coroar-süa'*';.-funda obra, diz : ,

« Ate hoje não tenho podido conhecerquaes sejam os eabecilhaa de taes sediciosos»

Esta foi do mais! Sr. juiz ! 'Não sabia dizer, como o in-Fiel Graugeiro,

que os liberaes são oo autores da revolução ?O juiz disse tudo isto. ' E agora o Sr. Lu-

cena o que dirá*?-''Pobre juiz ! será removido a ¦pqftdofV&m

de outra vez saber foliar a verdade...offieial.Desmentir uni presidente é es.te sendo

o Sr."L-Çèna.....:só.removido para Fernan-do com recommendaçàp da maçonaria parao Pyrrho, .-, ...

Cniisas «Sa íWdEãção—De variascartas, noticias, e .correspondências do inte-rior que temos publicado em diversas, ocea-siões;'-tem resultado com evidencia que asautoridades em geral, e particularmente aspoliciaes, alem de não cumprirem bem seusdeveres áo app.arecimento do motim quebra-Idlos, muitóSitem sido causa directa ou indi-recta-de taes' agitações populares. O vigáriodo Granito, á..respeito do.qual temos.lido naimprensa' muitas àecusações, veio em officioao governo de ,29 de. dezembro,defender-se,-e ahi garante a paz e trauquillidade, decla-rando que á imprudência do delegado de poli-cia Simão Geraldo de Carvalho, se deverá adesordem Por toda a parte e de tsdos os la-dos políticos partem bra,dos clamorosos, con-tra a política conservadora. *

Registremos mais um documento para a'historia ; o tal officio do vigário de Gra-nito :

« Granito—A' presidência da provínciaacaba de dirigir aoRvm. vigário da fregueziade Granito, o officio em seguida, no qualexplica o procedimento que alli tem tido,quelhe acarretou as àecusações de diversas au-

toridades locaes- constantes dos officios quepublicamos no principio do corrente mez :

« Villa do Granito, 29 de. dezembro de1874—Illm. e Exm. Sr.—Sou informadoque a câmara municipal deste termo do Gra-nito, reunida em sessão extraordinária, as-sim como alguma outra autoridade, repre-sentara contra mim, dizendo que com asminhas praticas na oceasião da missa, offen-do-aos meus parochiános; que fallo do go-verno porque persegue os bispos e os padres,que preparo o povo para a revolução arma-da, por seguir os mesmos princípios dos je-suitas.

«Acreditando serem certas ditas representa-ções. me'apresso em declarar a V. Exc. quotaes àecusações são falsas, são filhas da in-disposição que teem contra mim certos man-does deste lugar, porque eu'não vim sorvi-gario aqui por intermédio delles, como eraisso de costume velho, porque só caso e bap-tiso estando preenchidos os requesitos quea santa igreja exige, e não esquecendoformalidades essenciaes, só por servil-os;porque da cadeira evangélica fallo contra airregularidade dos homen3, porque fallo con-tra a mancebia, contra o calumniador, con-tra o ladrão, coutra o assassino, contra omaldizente, emfini, de todos os vicins queoffendem a sociedade e infringem os manda-mentos da lei de Deus : fallo dos vicios,Exm. Sr., e não das pessoas, mas é que amuitos toca, quem se julga no caso diz—ovigário fali ou positivamente de mim—o tán-tos são os offendidos quanto são.os perversos.

« Nunca fallei sobre revolução, e quandotenha ainda dofallar, será para.lamentaresse desvario dos meus semelhantes ; pro-testo portanto contra semelhante calumnia,contra tão grande falsidade.

« Tenho lamentado o que vão soffrendoos meus irmãos sacerdotes, porque não é cri-me dar expansão aos sentimentos do meucoração pela sorte dos meus irmãos em Je-sus Christo.

« Nào sou patético, Exm. Sr., isso mesmotenho declarado aos meus parochiános, ete-•nho dado provas e darei, o meu crime peran-te inimigos gratuitos é viver com indepen-dencia e terem elles esgotados os meios parabotarem-me para íóra desta freguezia, e nãoterem podido.

«, Estou prompto para demonst-ar em tempoa im/jtocedencia de taes àecusações, e garanto aV. Exc. que por mim não será perturbada aordem e tranquillidade publica, apezar da ex-trona imprudência do delega^ de policiaactual Simão Geraldo de Carvalho.

« Deus guarde aV.Exc.—Ilhn. e.Exm.Sr. Dr. Henrique Pereira de Lucena, diguopresidente da província.—Padre Manoel An-tonio Martins de Jesus, vigário encommenda-do do Granito.»

Ig_'<?jja ¥-ãva-e .ao j__sía._« .___-Í'S"<j-j — Esta these que sempre pertenceu epertence a escola, liberal, é"a qual o partido:liberal do Brazil tem prestado sua defezapela imprensa, e na tribuna parlamentar ;está these acaba de ser abraçada com deci-são, pelo maior o mais antigo órgão da im-prensa no norte, o Diário de Pernambuco. Dizeste jornal em seu Retrospecto político do1874, que «não vô nenhuma outra soluçãopara o malfadado c -nílicfco, senão a separaçãodo Estado da Igreja, mas não quer a Igrejanacional creada pelo3 poderes do estado. »

Para não sermos accusados de falsear atheoria do Diário, damos suas palavras taesquaes lemos em suas columnas,—diametral-mente oppostos as suas, ideas com as que osdefensores do governo estampam n'outra co-lumna qup chamam alugada. Eis o tópicodo Retrospecto > •:{¦ n.',., « Na questão que se cônveio chamar reli-giosá, e que desde dous annos traz apprc-hensivos os espíritos e alarmadas as con-sciencias, digamos de uma vez a verdade, sótem caminhado bem quem, desde o seu come-,ço, julgou inadiável uma solução radical.•••-••/ '•••'• ••¦«••¦ •

'. Fomos também dos que se deixaram ora-balar pelos sonhos.de reconciliação entre osdous poderes em couflicto ; tnas, arrancadosdomando das alusões pelo fatídico noa possu-pias de Roma, temos a precisa energia para cri-fileira)--nos nas phulunges dos pugnadores daseparação do estado da igreja, confessando fran-camente que não vemos boje nenhuma outra so-Inçãopara o malfadado, couflicto, fomentadopelos jesuítas o abraçado nesciameute poruma parto do alto clero do paiz e seus se-nuazes.

Essii solução de dia cm. dia, ganha terrenom> paiz. quer nas fileiras dos que se incluíam, capoiam, a altitude do poder civil, quer nas que))U','iiam. pela outra parle contendora, embora aiiiui('>s destes pareça inrlispensavd o predo-minio da igreja com prejuízo da soberaniamicii-nal,-' embora a muitos daquelles se figu-

re possivel ó predomínio ¦ do estado com acreação de uma igreja nacional.

A solução pela igreja nacional, creada pe-los poderes do estado, a solução pelo schisma,pela constituição civil do clero, como naPrtíssia e na Suissa, não é porém, nem podoser de boa política, e muito menos de politi-ca americana, nãò só "porque contra ella pro-testam as. crenças do povo-.e a liberdade reli-giosa, mas também porque contra ella sp le-vantam os próprios interesse, do estado,sem contar que, significando a oppressãodas consciências, pôde, ser o motu para lutasreligiosas, para guerra civis.

se falharam as tentativas de reconciliação,so Roma persiste em dizer nou possumus, nãoresta outro alvitrè que acceitar a situaçãotal como foi creada e é mantida pelo ultra-montanisrao o resolvei-a nobremente, sahin-do resolutamente pela única porta que offereceo con fido,—pela separação dos dous po-DERES. . .

Registrando a opinião do Diário de Per-nambuco, cumpre-nos observar que a theseseparação da Igreja do Estado—não nasceucom o couflicto D. Vit,aJ, mas ó muito ante-rior ao seu governo; assim como, que embo-ra esse couflicto, se resolva por alguma r%'iconciliação com Roma, nem assim a theseperecerá, ou desapparecerá da discussão. OPontifico romano, por amor aos ¦ immensosinteresses da maioria catholica do Brazilpôde sacrificar o poder dos bispos presos, oimpor-lhes que resignem os bispados.

Esta solução não extingue a necessidadede proseguir-se no estudo e na discussão se-ria e elevada da these separação do Estado eda Igreja, porque o futuro deve ser acaute-lado tanto quanto for permittido a previsãohumana. Se esta solução—Igreja livre noEstado livre—uão é ainda artigo de program-ma partidário, nem por isto deixa de ser dou-trina da escola liberal, e ;objecto da maisprofunda meditação e estudo, para todosquantos desejam com sinceridade a liberda-de para a Igreja, e a liberdade para o Esta-do,—a liberdade para todos.

€t]í*_!V<5 H_ill5.---*a_,_a — Reunio-séante-hontem esta sociedade com'assistênciados Srs. Drs. Souza Pinto, Ceciliano Mame-de, Baptista Regueira, e dos 5_rs. VictorianoPalhares, João Cândido, Rangel de S. Paio,Ferreira da Silva, Lopes Cardoso, AugustoCosta e Demetrio d'Albuquerque: não com-pareceram os Srs. Dr. Gencrino dos Santose Eduardo de Carvalho; aqueile por affaze-ros e este por doente,

j Foi acckmado presidente da sessão o Sr.Victoriano Palhares.

I O Sr. Demetrio d'Albuquerque procedeu aI leitura do um—Estudo biographico sobre Do-

¦mingos José Martins, niartyr da revolução de1817 ; e o Sr. Lopes Cardoso leu uma poe-tia sob o titulo—O Solitário

Encetada a palestra sobre o primeiro des-tes trabalhos fatiaram diversos sócios..' Foram iudicajdos e eleitos sócios effectivosos Srs. Drs. Francisco Antônio RegueiraCosta e Manoel Fernandes Barros. • ¦

._N$ei.--_-©---«i* ,paa*s_ a Mstí©-_'_a—Lemos no Diário de ante-hontem :

« A presidência da província recebeu hon-tem a seguiu te communicação da comarcado Triumpho, acerca do Rvm. padre Ono-ratti :

«Juizo municipal do termo do Triumpho,O^do. janeiro de 1875.—Illm. e Exm. Sr.—Depois do meu officio de 25 de dezembr»ultimo, em que communiquei a V. Exc. oestado precário o sedicíoso deste termo, na-da mais oceorreu digno do maior attenção-do quo p seguinte facto :

« Np dia 31 de dezembro, por oceasião dachegada dos jornaes officiaes da, capital, edepois de divulgada a. importantíssima por-tarradeV.Exc.de 21, o povo, que aindaexistia em grande numero nesta villa, mani-festara logo a maior indignação contra oprocedimeuto do governo sobr. os jesuítas ;e, não obstante nesse mesmo dia o jesuítaOnoratti funico. aqui existente actualmente)ter manisfestado publicamente, que em vis-ta da portaria dessa presidência; jamais po-deria deixar de seguir o destino de seus com-panheiros que só acham a bordo, e não obs-taute mesmo por oceasião de uma coufereu-cia que o Onoratti tivera naquelle dia com onosso Dr. juiz do direito era que tambémmanifestara o inaii* firme propósito de omais breve que for possivel seguir para essacapitül, o povo insensato pelo fanatismo,deque se acha possuído, mostrara por sua vez,que deforma alguma consentiria que daqui8ahisse o padre Onoratti, e fosso por qual-quer meio, elle estava disposto, a fazer amais rigorosa opposição.

« De feito, nesse malévolo propósito pro-curou em.a noite desse mesmo dia, e reunio*se arrndo a a favor dós jesuítas ; tanto assim

[oÍ!fàCbhf~y*<- ¦¦'¦¦ 7f: ¦¦.fjí-J-íi

que pelas 11 horas da noite, quando ja meachava agazalhado, fui dispertadd "por ai-guns amigos desta villa,. que vieram com- ,rnunicar-me quo na porta da casa do vigáriodesta freguezia existia um grando grupo desediciosos armados, o no proposto de atten-tar contra a vida das autoridades judiciarias,deste termo, e evitar a sahida dos jesuítasdeste lugar.

« Isto posto, procurei immediatamentereunir o pequeno destacamento de policiaaqui existente, o ordenei que aquarteladosestivesse de promptidão, em seguida mandeilogo postar quatro praças na porta da casa. :em que reside o Dr. juiz de direito, ,que na-quefla oceasião ;achava-se agazalhado des-cançando na ordem publica ; em acto conti-nuado pedi ao tenente-coronel Antônio deCampos e ao tenente Izidoro José da SilvaMascarenhas, qüe então sé achavam em nos-sa casa, que por meios brandos e sut.sorios,me ajudassem a dissuadir o grupo sedieioso,dispersando-o.

« Effectivamente seguiram elles ao lugarda reunião, e lá auxiliados,também pelo de-putado Attico Leite, podernm conseguir dis-suadir o grupo, dispersando-o já depois de iunia hora da madrugada, sem que _e desse omenor prejuízo. Entretanto constou-me no <ontf-tdia que nessa noite existiam outrosgrupos armados, em diversos pontos da vil-Ia, mas que felizmente acompanharam a re-solução do primeiro.

« Até hoje não tenho podido conhecerquaes sejam os cabecilhas de taes sediciosos,.mas -jspero que mais tarde elles serão co-nhecidos.

« Felizmente acham-se findas as festasnesta villa, pelo que já não permanece den-tro delia o grande numero do povo de fora,que era por certo o mnis prejudicial e fa-natico.

« Consta-me quo a câmara municipal destavilla representará a V. Exc. a conveniênciada estada temporária do Onoratti, por aqui,ato ser concluída a obra da matriz, e quecanfiam que V. Exc. não deixará de atten-der, e que por isto o Onoratti ainda per-manece entre nós. E' por esta razão quenão posso affirrna. a V. Exc. que o comple-,to restabelecimento da ordem e da paz es.tàplantado neste termo, o creio mesmo que,quem quer que isto asseverar a V.' Exc,procurará por certo diflicultar qualquer pro-videncia preventiva e necessária, dada porV. Exc. O padre- Onoratti é o idolo deste'povo do Triumpho ; os sertanejos. doPajeíí, ';julgam-n'o um Deus o por este motivo a sa-iaida desso homem do meio deste povp não'podo deixar de sor perigosa'; entretanto nãodevemos trepidar, porque estou certo tam-bem que a eonservação delle aqui têmpora-riamento é mais prejudicial.o funesta.-

« Do combinação com o Dr. juiz do direi- *to, procuraremos levar a effeito o iTppareci-mento da paz, o império da lei e o respeito .ás autoridades, e auxiliados pelas pessoasgradas do lugur muito temos conseguido.'Vivemos

ainda na' defficiencia do policia, esempre á espera de boas providencias. Peço"encarecidamente a V. Exc. á nomeação ieum delegado de policia militar, enérgico eintelligente, em quem possamos descançar,e algumas praças de policia oü de linha; cer-to de que nada poderemos conseguir, porqueas autoridades nomeadas não merecem mui-ta confiança. A falta' de um bom delegadoó a cansa das maiores desordens deste termo.Aguardo-me ás ordens de V. .Exc.—Deusguarde a V. Exc—Illm. e Exm. Sr. com-mendador Henrique Pereira de Lucena, mui-to digno presidente da província.—O juiz.municipal, Joaquim Manoel Vieira de Mello. «i

ORbivíaiiaa-io—A mortalidade do dia 21do corrente, foi de 6 pessoas.

As moléstias que oceasionaram os fal-lecimeutos foram as seguintes:Pthysica pulmonar 2Tubcrculos pulmonares... -. 1Espasmo 1Variolas hemorrhagicas 1Hydropesia no utero 1

—*-raíP*_—

AYISOS 1Ma-Eii-naf- snaa-a «o«_3ia*a—Os

Srs. Vianna Castro & O., logistas fie ferra-gens, á rua do Dnque de Caxias n. 115,.são os_uuicos agentes n'està Província dasmachinas americanas para costura—Singer,.c chama a attenção para o annuncio que vai :no lugar competente. k

ISasea-D* «Sas Ví.i_--i£Gas — Este-eptabeleoimento de fnzendas finas, sito árúa Duque de Caxias n. 60 À, e proprieda-de dos Srs. Reis e Silva k Guimarães, re-cebeu pelo ultimo paquete diverversas novi-dades, entro as quaes se notam lindos cha-

. ../.'-y.' ;

»IU\ .!

:-¦¦¦

A' Provinciapéos e chapolinas para senhoras: o que hade mais moderno, e por diversos preços.Eecommendtimol-o aoréspeitavel publico.

CfllIÜlCiDÜCaríaíiJ «3o S&ir. Ágwêsíão €*•__*-

asaarãésano Vãscaíüade cSe Ca-"' ifiiaarasg-âSne;

'¦;•'.\ Terceira

Eecife, 21 de Janeiro de 1875.Eu tsou o offendido, Sr. visconde: o véo

das desgraçadas relações, a que me levou umfalso amigo, fostes vós que o levantastes :mexericástes aos ouvidos de vossos malsins,queeu^ vos havia escripto uma carta; e hámuitos annos trazeis essa carta suspensasobre a minha cabeça.

Afinal, Sr. visconde... .Encommendemosas nossas almas a Deus : h'este duello pe-rantè a opinião, um de iiós ha de ficar es-tendido no' chão. Tenho fé, que sereisvós...

Sabeis de quo duello estou faliando... D'a-quelle do tempo de Tavares e de Freire,d'esse não cuido eu, porque a victoria «a-iavossa... •'•

Em guarda, Sr. visconde! Foi afinal noanno de>187$, que o poderoso Sr. visconde

• de'Oamaragibe encontrou-se frente á frentecom: o infimo plebeo Aprigio Guimarães.

~-Ha de ser caso para ser contudo...

- Eu sei, que nos escuta a nio cidade..; poisnão sei," Sr.;^?|soonde ?Perante queítí' una pai deve zelar mais a

a sua honra ?—Pòrante seus filhos.Perante quem um mestre deve .zelar mais

a sua dignidade ?—Perante os seus discipu-los:

Eis o meu caso, Sr. visconde.V. Hugo (sempre eu ás voltas com este

velho tonto .y.)- V. Hugo, lutando contra aComedia Franceza, a propósito dos seusdramas, .desculpou-se de ter tomado a pala-'

. vrá no'tribunal, e disse :« Ninguém estranhe quo, no meio da au-

djencia, quando a questão já estava adianta-da, o autor se tenha levantado do súbito e-fallado : é que também subitanienta acabavade sentir á necessidade* de fallar; é que elleviu girando*, em torno das articulações deseus adversários, um grande interesse demoral publica e liberdade 'lioterariu, que lhéestava impondo levantar a voz : é que elleacabava cie ver á questão geral surgindobruscamente da questão particular. 0 au-¦tor fará sempre como fez. Qualquer queseja a situação do sua vida, em que o devero toraó de improviso, .seguirá o dever. »

Se.a audácia de collocar-me á vossa fren-te, Sr. visconde, eousentis que^eu junte aaudácia (sem duvida muito menor) de com-parar-mo remotamente a V. Hugo,. dir-vos-hei que é pela mocidade, o para a mocidade,que tomo a palavra.

Euò vós, Sr. viscòiido, somos a questãoparticular : ora, a questão particular não medá cuidadqs, porque eu e vós somos conhe-cidos h-esta terra.

Más,; ella,; a mocidade, precisa de ser.pre-cavida contra uma ninliada do. ctmaragibi-nhoí-r, que agulhais sób as vossas amplasazas de ga lio voliiò, senhor absoluto do ter-reiro...' Mas, ella, a mocidade, precisa de ver ho-meus em pé,,;firmes, de.costas voltadas paraum idolo africano...!

E' a questão geral, a cujo serviço tenhovivido, em cujo serviço morrerei : è o tênue

.tributo, que posso pagar ao meu infeliz Per-nambuco.

« $ste processo, dizia V. Hugo, será umdia Historia'litterariá, não por causa de tres

peças insignificantes em quo então se falia-va, mas por causa do processo em si, dasrevelações estranhas qua d'elle brotaram, daluz que projectou em certas cavernas, daschagas theatraes que desnudou, da littera-•tura cujos direitos consagrou, do publicointeiro cuja attenção e syrupathias vivamen-te provocou.»

Assim a nosso respeito, Sr. visconde.Não.é. a minha carta-de 1859. não ha de

ser a vossa figura nem a minha, o que ha deficar d'esta luta desigual: vós gigante e eupygmeo, vós,fidalgo_ e eu plebeo.

Hão de ficar as revelrtções quo tenho defazer, a propósito da caria do 1S59.

Ha de ficar a luz projectacla nas cavernascamaragibinas.

Hão de ficar os ensinamentos das .chagasdesnudadas de uma infame e mil vezes mal-dita1-' olygarchia.

: Ha de ficar o triumpho dos brios do: pie-boQ,. a consagração dos direitos do pernam-bücano livre.Hão de ficar' os applausos de todos os"

homens de vergonha ; porque (desenganai-vosj Sr. visconde), Pernambuco não cifra-seh'essàsduas dúzias de lacaios e bobos, quevoe, fazem a Corte com a mira uo vosso the-sbúrp, isto é, no thesouro do estado : mesmoemVorno de vós ha muito quem veja a cha-ga pútrida do calcanhar do Achilles íloren-tino...

_< Devo levantar a voz, dizia V. Hugo notribunal. \ Fallar por seu interesse privado,é um direito, que eu facilmente renunciaria ;fallar pelo interesse de todos é um dever, enunca receio perante um dover.¦»

Ainda uma vez, Sr. visconde, é q que meacontece : vou fallar pelo interesse de todos,e principalmente pelo interesse da mocida-de, vou cumprir um dever.

Sempre o mesmo, que deshonrou-se, es-crevendo-vos uma carta.

Aprigio Guimarães.

illll 11

,;" COIYIMERCIOALFÂNDEGA DE PERNAMBUCO .23

DE JANEIRO DE 1870.Rendimento do dia 2 a 21. 7-13:08^$G80Idem dodia22 50:444$180

Ao puSíâãCfl)Muito embora o Sr. subdelegado Decio

de Aquino Fonseca me negasse o traiamen-to, a qúetenho direito, devo-lhe uma ros-posta séria, ao seu escripto áo Diário dePernambuco de hontem.

Os honrosos precedentes da minha ,'ida,que fazem o objecto da, minha gloria, cujohistórico poderia offerecer a consideraçãodo Sr. subdélegado da Bôa Vista, so.porven-tura assim me parecesse necessário, nuncame habilitarão a contar historias ao publi-co, que respeito. Para que o' subdélegado'Decio Fonseca possa fazer melhor juizo so-bre a consideração, que sempre mereci doshomens honestos e illustrados, offereço-lhealguns documentos, que não são todos, quopossuo."

Ej qne o Sr. subdélegado não me conhe-ce. Deveria, porem, informar-se a respeitode minha pessoa, para então offerecer a suacontestação, quo não recebo, em òpp.osição averdade dos factos, que sustentei.protestan-do exhibir a prova, se assim for preciso.Vamos ao que importa.

Disse o Sr. subdélegado que Manoel Por-phyrio Nery, e não Manoel Felippe, comoescreveu, que não ¦ tinha o/atra oecupação,senão o furto e o roubo, sendo faquistá/e o

.terror da freguezia.Devo dizer ao Sr. subdélegado, sem fal-

tar-lhe com a cortesia, própria da minhaeducação, que, posto não conhecesse ManoelPorphyrio,. assim como conheci a sua mu-lher, e ainda conheço seus pães, honestos ede exceliente moral, é para mim fora de du-vida, que o recrutamento de Manoel Por-

phyrio não justifica a policia, no caso figu-rado por mim no artigo de 20 do corrente,impresso neste jornal.

Se o recrutado era roubador, fosse proces-sado, sujeito a defender-se de tantos crimes,nos tribunaes competentes. O exercito nãoquer ladrões. Terrível machina dé guerraé o recrutamento.

Mas, diz ainda o Sr. subdélegado, queManoel Porphyrio Nery, sendo casado, nãovivia com a mulher, nem delia cuidava, esim com outra, que se dizia sua cunhada, ea quein havia offendido na mesma casa, emque residia dita mulher,.e onde ella também'sé achava;

Ora, Sr. subdélegado, Manoel Porphyrionão vivia com a mulher, e ao mesmo tempovivia na mesma casa com a amásia e a mu'lher! Que contradição !

Quando a defeza o má, é melhor deixarcorrer a causa a revelia.

Sobre ;factos da vida privada, não dareiuma palavra. Para mim foi e será sempreobjecto sagrado.

Anossa própria legislação criminal nãoadmitfce—á prova—as allegaçoes ou impu-taçõos^que contiverem factos'da vida priva-da, ou sejam contra empregados públicos,ou contra particulares. Não explicarei oespirito da lei, porque não estou dando pre-leCções de direito. E' notável o trecho doescripto do Sr. subdélegado, quando assimse exprimio:—E' possível e eu creio, que amulher de Manoel Felippe, em lugar dePorphyrio, levada por promessas do seu ma-rido tivesse requerido para sei* elle postoem liberdade, allegandò viver maritalmentese antes a amasia do mesmo Manoel Felip-pe, a conselhos de advogado, não se tivesseapresentado, trocando o nome e figurando-se a verdadeira mulher deste ! A nossadignidade pessoal, honradez e probidade,quõ offerecemos a analyse critica de quemquer que seja, sem diferença de côr política,repollem a allusão, que tanto tem de gros-seira, como de injusta.

Recife 22 de Janeiro de 1875.,Jeronymo Salgado de Castro Accyoly.

P. S.—Os nossos artigos serão publica-dos com mais ou menos demora, segundo osnossos afazeres. Os documentos serão pu-blicados suecessivamente.

793:524$860Navios ádescargapara o dia 25,do Janeiro

Vau. ing. Doura, (esperado) mercadoriase bagagens para alfândega e trapiche Con-

;'* ção.Patacho dinamarquês Calhrenc, (atraca-

do) mercadorias para alfândega.Patacho americ. Martha A. Berry bren já

despachado para o 5* Ponto.Esouna ingleza Flora M. Corwky, farinha

já.despachada para o 1* Ponto.Lugar ing. Petunia, bacalháo já despa-

chado para o trapiche Conceição. J

Escunaiug. Mayrlower, bacalháo já des-pachado para o trapiche Conceição.

Vapor nacional Marquez de Caxias, (espe-rado) gêneros nacionaes para o trapicheDantas. . .

OAPATAZIA DE PERNAMBUCORendimentododia 2 a 22 12:111$569Idem do dia 22 1:059§505

Este heróe-comico está outra vez se ex-hibindo em scena.

Hoje vae elle fazer oração no theatro San-to Antônio !

Ah! rotundo sacerdote, lias de escorre-gar do ultimo degrau do capitólio, o- cahi-rás com as ventas na lama podre! ,'ícaro

popular, liasse ver as tuas azas so-brepostas se desligarem de teu corpo desapo-boi.

Filhos do povo correi!Ide enlaçar coroas na fronte enrugada

do vosso pai universal.Um professor publico quo foi nomeado

para substituir o Monteiro Pessoa, quo foiremovido pçrque bateu o pé ao escrivão Bri-to Rolha, anda cabalando para acompanha-rem o orador até sua casa!

Paraizo também tem séquito ; Arraia temadoradores.

Salve, presidente Brito.

Que papel fases tu na niaçonaria pernam-bncana!

Consentes que -o pescador turve as tuaságuas para nellas pescar !...

Quem não connece as tradicções maçoni-cas de Floriano do Brito ?

Quereis saber a sua ultima obra ?Sabei-o filho do povo.

VOLUMES SAHID0SDo diã2a21

* DÍÀ--23l\porta. ... . . .2.' dita.. .....3-.ditaTrapiche Conceição

13:171$074

37,506

91. 244

."¦¦: .452268

,<-. i SERVIÇO MARÍTIMO38:621

Alvarengas descarregadas nos trapi-cl|es d'alfandega do dia 2 a 22 43

Idem no dia 23:•¦*¦.,

43Idem idem até 22 2

2CONSULADO PROVINCIAL

Rendimento do dia 2 a 22.. 146:211$889dem do dia 23 6:362^336

152:574^225

RECEBEDORIA DE RENDAS INTER" NASGERAESRendimento do dia 2 a .22... 35:318$650

do dia 23 3:527§697

Floriano Correia de Brito tem se oppostoa que sua loja faça manifestações em favordo infeliz Fei tosa ' ,.'Sabeis porque ? iPorque está vendido ao presidente Luce- •

na, que o considera.Floriano de Brito dispõe hoje dos cargos

públicos : tem empregado muitos dos que oacompanharam na crusada do Club.E ainda hontem Floriano de Brico des-compunha o Lucena.Engahe-se quem quizor.Hão de ver esse Judas da democracia ven-der o povo a quem tem illudido.Isto elle fará no dia em que tiver de pres-tar contas do que se passa dentro do queijo

que elle róe. v 'O escrivão de orphãos Floriano de Brito,

adula o governo, defende o seu juiz, porqueteme uma corrécção no seu cartório, ondegemem e choram sangue os orphãos e asviuvas._ E é este o homem que merece ás bênçãosda pátria !

Desgraçado paiz !A queabysmos te conduzirão íDemocracia ! Pobre de ti, sobre cujo ca-daver os Britos batem moedo !Cobri as faces de vergonha, filhos do povo.Reneguemos o bandido político, o espe-

culador, o traiçoeiro Floriano que tem ven—dido seus irmãos que chega a pactuai* com oinfame Pyrrho e com o miserável governoque o sustenta.

O filho do pevo.

Vãila <lo Cal»o. 22 de janeiro de 1875.

Ainda o derrubado de 68, pede a redacçãoda Provincia se digne publicar a carta õffi-ciai :

tlllm. Sr.—Em nome do conselho da so-ciedado Liberal-Pernambucana communiooa V. S., que em sessão de 21 de dezembrodo anno passado fora approvado para sócioda mesma sociedade.

Os estatutos, que tenho a honra de passarás* mãos de V. S., dando pleno conhecimen-to das obrigações de cada sócio, indicam aomesmo tempo adiar, em que teem lugar assessões^ordinárias; e pois fica'á vontade deV. S. vir tomar assento, quando lhe aprou-ver. -'¦¦••'¦

O conselho tem a maior satisfação emaugmentar o catalogo de seu membro comum cidadão, como V. S., que ao acrisoladopatriotismo roune outras qualidades, quecaracterisam o verdadeiro pernambucano.Deus Guarde a V. S. por muitos annos.—Eecife, 14 de janeiro de 1853.—Illm. Sr.Manoel Joaquim do Rego Barretto.—IvoMiquulino da Cunha Souto Maior.—1- secre-tario.»

Senhores redactôres. - Disse ha poucos dias '

o velho Fournié da Escola Modelo, qne nãohavia nesta terra professor mais barato doque elle, ainda quando tinha de ordenado3:800íj?Ò00 rs., que nenhum professor nacio-nal tem.. E o bom do velho, pedindo inspi-ração a frasqueira do cggngc, demonstrou ex-huberantemoute, com o horário da reparti-ção das obras publicas, ou antes como hora-rio delle mesmo, que nunca-a provincia dePernambuco fizera melhor .negocio do queesse.

Na verdade, negocio de tanta vantagemainda estames por ver. Ensinar tres horasdiárias á meninos que não entendem o fran-cez— geometria applicada ás artes — por3:909 rs. é fazer -um serviço de inapprecialestima á provincia, além da grande econo-mia que resulta para os cofres públicos.

Pondo de parte os benefícios resultantes-do ensino da geometria em francez, o ae-

38:846^347

Parte marítimadia—2a

. ENTRADASTerra Nova — 48 dias, pat. ing. Scotea, de

170 tons. cap. T. G. Saunders, equip. 9,carga 2^50 barricas com bacalháo a S.Brothers & C.

Genova-por Gcbralte—57 dias, sendo do nl-timo porto 47, lug. ing..'__. M. Rowlands,de 168tons. cap. O-wem Rowbands equipj8, carga mármore e outros gêneros a or-dem.J

Harbar Grace—83 dias, barca ingl. Delta,.de 246 tons. cap. John Brockenshar, eqüi-pagem 10, carga 3585 barricas com baoa-lháo a Johnston Pater & C.

SAHIDAS-dia 28Canal—lugar ing. Leander, capitão A.' Sevre-

çe, carga assucar.

A Provincia

guinto calculo mostra que a ecoaomia é tãogrande, que devemos todos nós, miseros con-tribuintes, levantar as mãos para o céo pelaesmola que nos faz o Sr. Fournié; se duran-te ás 2 horas do dia os professores do Gym-nasio, que percebem 7:330 rs. por hora, en-Binassem em todas ellas, haveria de despezaa quantia de 87:960 rs.; ora o velho Fourniéensina a 3:909 rs. por cada 8 horas ou a15:686 rs. por dia, teriamos uma economiade 72:324 rs. diários, ou de 2,169$720 rs.mensaes,' ou ainda de 26,037$040 rs. an-nuaes, quantia suficiente para montar umGymnasio, e ficar ainda muita cousa parafeijões verdes. Donde de segue, que o velhovale o primeiro instituto desta cidade, e'to-dos os feijões verdes do recôncavo.

Já se vê que devemos todos ser mui gra-tos a esse irmão de caridade, que veio de tãolonge ensinar-nos o que não sabíamos, e porpreço... oh ! não fallemos nisso... de graça!

O que faz o governo que não demitte osprofessores do Gymnasio, que ensinamtão caro ? Pois o tempo não é de quebra-deira ? Economise o governo os dinheirospúblicos; nem se diga que o velho não temhabilitações, pois á isso se oppõe a sua qua-lidade de estrangeiro.

Deixe somente aos nacionaes o ensinodas mulheres na Escola Normal á cruzadopor hora!

Bem digamos á Deus por nos ter enviadoesse portento da frasqueira com a sua geo-metria pratica. Agora sim, ninguém fallarásenão á compaço, ninguém obrará senãopor esquadro.

. Balsac.

José Gonçalves da Silva Freire,'empresa-rio do theatro Escola Dramática de S. José,vendo no annuncio que mandou inserir noDiário de Pernambuco de 23 do corrente,umádeclaração de que os seus espectaculos cor-rem sob a direcção de Fontes Braga, vemsolemnemente protestar contra o. abuso com-mettido na typographia do mesmo Diário,accrescentando-se palavras ao autographoque para lá mandou, sem autorisação sua.

O abaixo assignado não quer saber d'ondepartiu semelhante mysfcificação ou antes fal-sidade. Protesta, apenas, contra esse meiofraudulento, «e declara que o Sr. FontesBraga nenhuma ingerência tem nos espec-taculos de seu theatro.

23 de Janeiro de 1875,.José Gonçalves da Silva Freire.

CartaA' Cassiano Hyppolito

Meu Collega,Perdoa que eu, teu collega, ouse roubar-te

alguns minutos de attenção com estas li-nhas. E' o meu desejo, é a expansão de_unh'alma; quero patentear-te a impressãoque causou em minha imaginação astuas felicitações aos collegas, aos após-tolos da imprensa que, como tu, quasi,debalde lutam para erguer a arte de Gut-temberg do abatimento em que jaz.

Ouve-me: se entre todos os nossos irmãosd'arte houvesse sincera união, se o egoismonão fosse o acerrimo inimigo de tochs asclasses sociaes a nossa, sempre teria fluidoa senda do progresso.

Mas, tenhamos fé no porvir. Ha ainda en-trenós, alguma fraternidade. Ha aiuda um,como tu, que vieste da Bahia com o desejode ver-nos.

Bemvindo sejas irmão !Bemvindo sejas tu que em nome da As-

sociação Typographiea Bahiana, viestesaudar-nos! Aperta-nos a mão-! Dá-nosum abraço ja que não achas em Pernambucouma sociedade typographiea para receber-te...

Não cores de ver tanta degradação !...Quem deve cobrir o rosto sou eue os meus

collegas de Pernambuco.E' com toda a franqueza que te fallo...

Quem mostra-se forte,sendo fraco, não passaafinal de um covarde !

E elles que estão fracos, e elles que pen-sam ver o élo de sua fraternidade despedaça-do o que te hão de dizer !...

— A verdade »Esta é a que eu te digo.

. Mas, collega, distrai teu pensamento doque eu acabei de dizer. Bem sabes queapós a tempesta de vem a bonança ! Bemsabes que o templo de Guttemberg e o tem-pio da seieneia e da civilisação dos povos, eneste templo são santas as inspirações dequem nelle procura a felicidade reciproca deseus irmãos, e por isto nunca elle seráabandonado.

Tenbamos fé.«. A arte não morre, e a imprensa ha de

ser sempre a alavanca do progresso o a luzda civilisação.»

« A voz da imprensa, as classes equili-bram-se, as sciencias, as lettras e as artesvigorisam-se, e a sociedade avança a con-quista do futuro !» (1)

Bem sabes o que são as artes no Brazil.O inspirado poeta Baptista Guimarãesdisse :

«,No Brazil são as artes um sonho,« Trabalhai pelo nosso Brazil:» (2)Trabalhemos pelo progresso de nossa ar-

te,! Trabalhemos pelo nosso Brazil ! Oque, n'elle, hoje é, um sonho, pôde, quemsabe, ser amanhã uma realidade... i

. Que importa para os aristocratas que o'artista por infelicidade,o nobrefilhodopovo,peça na praça publica o pão para levar áfamilia porque muitas vezes .não tem traba-lhos ou porque os seus esforços são péssima-mente recompensados ?

Que importa a elles que em sua pátria oartista seja esquecido ?...

Lutemos !Se no Brazil o artista por meio de Asso-

ciações não tornar-se forte, ha de viver sem-pre escarnecido pelos grandes!

Em todas as artes tem apparecido artistas-gênios, e o que lucram, elles ?

Um mero applauso, e se qualquer umtrabalho seu vai para a exposição, a medalhaque lhe conferem como prêmio, quasi sem-pre, é para quem não fez o trabalho, e simpara a officina onde elle è empregado.

Assim qual a sua gloria ?Nenhuma.Eu affastei-me alguma cousa do assumpto.

Desculpa.o desejo que nutro pela elevação denossa arte, faz-me, por momentos, fallarem todas.

Continuarei a tratar da imprensa.O abatimento em que jaz, a nossa classe

emPernumouco é difficil de acreditar-se. E,para prova de que nós retrogradamos, bastadizer-te que a nossa arte, sem em cada umaprovincia ter uma associação para curar doseu bem estar é impossivol progredir.

E' este o primeiro mal para nós! E'-nosdifficil progredir sem podermos ter força*

Onde achar o typographo em Pernambucogarantia para o que for do seu direito ?

Em parte alguma.Fracos,humüdes,sem ter o direito de mur-

murar uma só queixa, ha de passar a vidasempre em continua oppressão!... Para ani-mal-os debalde será dizer-lhes :

— Irmãos d'arte ! unamo-nos ! sejamosunidos para que também, sejamos fortes !avante! Vede as outras provinoias com as-sociações typographicas 1 Vede que quandoos nossos irmãos de outras provincias camí-nham nós retrogradamos! Quando ellesavançam desfraldando em nosso Brazil abandeira do progresso, nós,como que encan-deados por tanto brilho, recuamos, fugimoscomo os moebos fogem da luz !

E' somente o que eu posso fazer, prezadocollega, exforçar-me o mais possivel paraque sejamos unidos e fortes.

Animo e perseverança iliustre collega. Senão vês em Pernambuco uma sociedade con-sjàtuida, pode ser que não longe estejas dever.

Se não achaste em Pernambuco mais pro-vas de consideração e respeito da parte daclasse typographiea em geral, tiveste a sau-dação pela imprensa que os meus nobrescollegas do Diário tiveram a idéa de fazer.Tiveste as mesmas demonstrações de apreçoem Alagoas e, por certo, terás conquistado aestima de todos nós. ,!

Animo e perseverança que a estrella ruti-lante do XV século nunca perderá o seu fui-gor.

Eecife, 23 de'Janeiro de 1875.Honorio.

(1) Reforma n. 266 de 1873.—Arte typogra-phica.—Estudo social.

(2) favos e travos—I parte.

ANNÜNCIOSCompanhia Brasileira de Nave-

gação a vaporportos no SUL

'

'¦* •

Guaráí

Commandante Alcanforado

Esperado dos portos dohoijfco, até o dia 2G do corren-te, seguirá para os do sul,

depois da demora do costume.. Para carga, encommendas, passagens e

valores trata-se no escriptorio.

Âfislk

Portos <?<» MorteCeará

Oommaudante Isaac -Esperado dos portos do sul

até o dia 27 do corrente segui-rá para os do norte depois da

demora do costume.Para carga, encommendas, passagens e

valores que deverão ser acompanhados dosdespachos d'alfaudega trata-se no escripto*io

7 — Bua do Vigário — 7

Furto

^^|_l___a.

Francisco Eduardo Campello de Mirau-da, ferido do mais doloroso sentimento,convida aos collegas e amigos do seu muitopresado filho Argerairo Alves Ferreira deMiranda para assistirem uma missa no se-timo dia do seu passamento, que terá lugarpelas 7 horas da manhã, no convento de N.S. do Carmo do Becife.

Sifleiaie Beneficente ta Trouim*ffi ei"

De ordem do presidente d esta sociedadesão convidados todos os seus sócios paracomparecerem, no dia 25 pelas 6 horas datarde, á Bua Nova de Santa Eita n. 8, a fimde assistirem á sessão, em que sé tem detratar não só da definitiva organisação dosEstatutos, como de outros negócios de altatranscedencia para a mesma Sociedade.

Eecife, 22 de Janeiro de 1875.O 1* SECEETARIO ¦ : \l'.'i.j ,'

Belmiró Ferreira da Fonseca Cadaval.

IMllfAüilIliSPAEA COSTUEA '

. A80$000rs.!-- "¦UNIOOS AGENTES NESTA CIDADE

Vianna, Castro & C.a115—Eua doDuque de Caxias—115

As machinas fabricadas por esta compa-nhia, tornam-se recommendaveis, de prefe-rencia a quasquer outras, por sua durabili-dade e siugelleza.

Com uma simples licção, qualquer pessoafica cozendo perfeitamente com a machina

ISINGER! .,Na mesma casa vendo-se também agu-

lhas, e todas as peças sobresalentes que se-jam necessárias^

Vianna, Castro & C.a115—Eua do Duque de Caxias—115

Aluga-seO 2- andar da casa da rua do

Cabugá n. 3, a traetãr na loja deour.iv.3s da mesma casa, ou narua de. Marquez d'Herval n. 21.

Furtou-se Domingo 17 do corrente, umrelógio de ouro, patente. Balaucier chrono*metro, Spival breget. Coberto, com os ns.

18413843

43',,com 13 rubins ; com uma corrente de ouro,pesando oito oitavas. Quem aprehenderdirija-se a fabrica de cerveja, rua de S. Bor*ja n. 35, que será gratificado.

eS» «_?(•£&

FLOEEÜTINOOU A GRANDE EXPOSIÇÃO DE

uras de ceraDO TAMANHO NATURAL

COMPOSTA 11ÜII 1,::2¥arna Iduque <Be €ax3as-. bí. 4L1, ean frente

«fia t^ogvauBiia .<Bo IMurlo*COSTUMA GRANDIOSA

BCFA G-BATISCom 250 prêmios, entre elles -alguns de

importância, como sejam relógios de ouro eoutros.cada pessoa que comprar a respectivaentrada, terá direito a tirar gratuitamenteda urna úm numero, receberá e immediata-mente o que lhe sahir por sorte.

Avisa-se ao respeitável publico, que sãoos últimos dias da. primeira exposição.

Principiará as 6 1/2 e findará as dez emponto.

Altas substancias !!!O chocolate.!..!..!. $;

Encontra-se sempre na Con-feitaria do Campos, das seguintesqualidades;Francez. ' i,;

1 Mssn"«pEâs»

*£• $_eniei' ¦¦« •Sufisso (Ph. Sauchard)InjçBez-(Ven Hauten's)

i JISest»anB-€ftl (Pedro Sunol)Portuguez (J. A. d'Alevura)-SraziBeiro (J. A. F. Eibeiro)E lia leite condençado, pro--

prio para o preparo do chocolateassim como

Pastilhas de chocolate au Fi-dele BergerConfeitaria do Campos

S-l- Imperador %¦§,

Excellente acquisição!Popelinásdeseda com listras, dos mais

bellos e admiráveis padrões, que teem vindoao mercado.

Preço 1$000 o covadoO bazar das famílias

Rna Duque de Caxâas n. OO

A' autoririlauBc poBicíaB oua' queasa couipetôr

Pede-se para faaer retirar da ribeira de S.José, um Sr. Marchsnte (cujo nome não sa-bemos) que se acha doente deM0RPHE'A.

Um talhaãor.

AttençãoPerdeu-se no dia 17 do corrente, na cida-

de de Olinda, no largo da igreja do Bom-Fim, na oceasião do fogo, um clarineto pre-to de granadilho apparelhado de metal prin-cipe, pertencente a musica do corpo de po-licia: quem o achou, ou souber quem oachou, dirija-se a rua Nova,de Santa Eitaa. 54, que será gratificado com generosi-dade.

Hotel cia SaúdeNa povoação do Poço da Panella

Animado pela concurrencia publica, e es*perando continuar a merecei-a, o proprieta-rio desto estabelecimento aôaba desortilopreparal-o de modo a satisfazer a todas as pes-soas que o visitarem, durante as novenas dafesta de N. S. da Saúde, cuja bandeira serálevantada no dia 23 do corrente, de um modobrilhante è estrondoso, como desde muitosannos não ha lembrança.

Ainda para obsequiar as pessoas que con-correrem, haverá sorvete todas as noites. Aqualquer hora encontrar-se-ha comida, be-bidas, boas camas, emfim tudo que pôdetrazer satisfação e commndidade.

Typ. da Trovincia