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Henrique MeirellesMinistro da Fazenda
Ministério da
Fazenda
08 de Novembro de 2016
Ajuste Fiscal: Pré-Condição para o Crescimento Sustentado
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Fazenda
Diagnóstico
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Ministério da
FazendaAjuste Fiscal: Pré-Condição para o Crescimento Sustentado
Crescimento da Despesa Primária Governo Central
• Desde o início da década de 90, nenhum governo reduziu adespesa primária do governo central como proporção do PIB.
• De 2007 a 2015, em termos reais, a despesa primária do governocentral cresceu o triplo do PIB (56% versus 18%).
• Nos últimos anos, além do desequilíbrio estrutural da despesa, oorçamento público foi sobrecarregado pelos impactos deintervenções mal sucedidas do governo federal na economia.
• Somente de 2012 a 2015, a despesa primária do governo centralpassou de 17,3% para 19,5% do PIB.
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Despesa Primária do Governo Central 1991 – 2015 - % do PIB
10,0%
11,0%
12,0%
13,0%
14,0%
15,0%
16,0%
17,0%
18,0%
19,0%
20,0%
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
10,8%
13,6%
14,6%
15,6%
16,7%16,9%
18,1%
19,5%
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De onde vem tamanho crescimento da despesa?
• Essencialmente de:
• Previdência, assistência social e programas detransferência de renda.
• Despesas de custeio com saúde e educação.
• Subsídios e subvenções econômicas.
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O que as projeções indicam?
• Com as regras atuais, as despesas do INSS passariam de 8%do PIB em 2016 para 17,5% do PIB em 2060.
• O déficit estimado do INSS em 2016, equivalente a 2,4% doPIB, ficaria estável nesse patamar até 2060 somente se acarga tributária aumentasse em torno de 10 p.p. do PIB.
• Mantida a tendência recente de crescimento da despesa, adívida bruta ultrapassaria 100% do PIB em curto espaço detempo.
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Quais as lições de quadro tão desafiador?
• É necessário otimizar a utilização dos recursos públicos.
• É necessário garantir que os programas de assistência socialsejam direcionados somente para aqueles que realmenteprecisam.
• É necessário reformar a Previdência.
• É necessário reduzir a rigidez do orçamento, desvincular edesindexar o gasto público.
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O que fazer?
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1- PEC 241 (PEC do Teto)
• Limita a “zero” o crescimento real da despesa primária dogoverno central por 20 anos.
• O limite poderá ser modificado a partir do 10º ano, poriniciativa do Presidente da República.
• No Projeto de Lei Orçamentária para 2017, foi observado olimite de crescimento da despesa contido na PEC do Teto.
• Com a PEC 241, pela primeira vez, a razão despesaprimária/PIB diminuirá de forma consistente.
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10,0%
14,8%
16,2%
19,5%
0,0%
5,0%
10,0%
15,0%
20,0%
25,0%
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Com PEC 241 Sem PEC 241
Trajetória da despesa primária, com e sem PEC do Teto (% PIB)
Fonte: STN Estimativa: MF
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2- Reforma da Previdência
• Sistemática atual é insustentável.
• Sistemática atual é injusta ao conceder privilégios apequenos grupos, sobrecarregando toda a sociedade.
• A reforma da Previdência contempla idade mínima paraaposentadoria e redução das disparidades entre os diversosregimes.
• A reforma garantirá o direito do trabalhador de receber suaaposentadoria na data certa e no valor justo.
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3- Medidas adicionais
• Maior engajamento do setor privado no processo dedesenvolvimento do País.
• Reformas estruturais voltadas ao aumento da produtividadee da competitividade.
• Fortalecimento das agências reguladoras.
• Melhora do ambiente de negócios.
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Considerações finais
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• Nos últimos anos, a despesa pública e, consequentemente,a dívida pública entraram em trajetória insustentável.
• A correção desses desequilíbrios é pré-condição para que aeconomia cresça de forma sustentada, com estabilidade depreços e, assim, volte a gerar emprego e renda.
• A correção desses desequilíbrios somente será possível coma aprovação da PEC do Teto e da reforma da Previdência.
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• Com a aprovação da PEC do Teto e da reforma da Previdência:
• O governo deixará de ser o grande absorvedor de poupança daeconomia e o viés inflacionário da política fiscal desaparecerá.
• Haverá redução estrutural da taxa de juros.
• A taxa de investimento e o crescimento potencial serãoaumentados.
• A política monetária será mais eficaz, os ciclos monetários e osciclos dos negócios serão mais suaves.
• O emprego, o salário, o lucro e o bem-estar das famílias serãoaumentados.
Ministro da FazendaHenrique Meirelles
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