Post on 23-Jan-2018
Visualidade na surdez: intersecções entre arte, educação e gramática visual
Educação, Mídias e Comunidade SurdaCristiane Taveira | Alexandre Rosado
O problema central está no letramento de alunos surdos, o que levou à reflexão sobre a constituição do pensamento através de signos e seus possíveis significados construídos socialmente.
O nosso enfoque está nas práticas advindas da experiência visual da surdez e a quais eventos de letramento se referem esses discursos.
Understanding Deaf Culture (ROURKE, 2010)
Problema Central
Busca inicial de teorias e práticas das Pedagogias Surdas
Problema Central
Estudo deFundamentos
fundamentos teóricos e práticos das Pedagogias Surdas e Alfabetismo ou letramento visual.
Apesar do uso intensivo da imagem fora do ambiente escolar (jogos eletrônicos, publicidade, entretenimento, quadrinhos, entre outros),
ainda é muito tímida a sistematização de seu uso para fins pedagógicos.
Textos não-lineares
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Opção por mesclas de textos lineares com os não-lineares.
Princípio democrático de acesso a imagem.
Pensamento impossível sem memórias
imagéticas.
Conceito tradicional de texto linear é
dominante.
Uma imagem pode ser lida como
argumento.
Textos não-lineares
Pesquisa e tese de doutorado
Pesquisa e tese
https://ines.academia.edu/CristianeTaveira
Os tipos de leitura ou de leitores se revezam ao longo das atividades de um mesmo leitor
Leitor imersivo(mídia digital, internet, conexões,
navegação)
Leitor movente(a cidade, a publicidade, a rua, os
letreiros)
Leitor contemplativo(a leitura, a biblioteca, a atenção
focada)
Importa-nos com maior intensidade, abrir mão da disputa entre as línguas, e observar o
comportamento de ambas na constituição de suportes
e de recursos no que se refere aos encadeamentos, as misturas entre imagem e texto.
Aprender a ler imagens, desenvolver a observação de seus aspectos e
traços constitutivos. Dar o tempo necessário para que a imagem nos enriqueça, dialogue conosco.
Letramento visual
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Tal processo depende da experiência dos
sujeitos e com os sujeitos em campo, nos envolvendo com suas
interpretações de mundo para seleção leitura e significação de imagens.G
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Nosso interesse está na Comunidade surda, como esta produz condições de registro, no enfrentamento de limitações de
estocagem de vídeos e de obstáculos às revisões de suas próprias mensagens armazenadas.
Obstáculos e limitações
Vilém Flusser e as comunicações não-humanas abissais:
o exemplo do Vampyroteuthis infernalis
As limitações estão na dificuldade de registrar e manipular o próprio pensamento em artefatos de outra ordem que não o suporte impresso, da armazenagem à decodificação por maior número de pares surdos e não-surdos.
Considerações sobre a
visualidade
Característica principal da coleção de artefatos produzidos
durante a prática pedagógica: o apelo imagético.
Este apelo acrescenta outros olhares ao letramento e à produção literária.
1Em primeiro lugar, o artista surdo (arte) e o professor surdo (ensino) são colagens justapostas, necessárias na didática da invenção surda.
Na hora que a língua portuguesa perde seu aspecto central, o corpo, a oralidade, a sinalidade e o visual, ganham terreno. Volta-se ao referente (ao objeto, à situação propriamente dita, referenciada, mais próxima do real). Isso não significaria abrir mão do território do simbólico.
2
3Os suportes e modalidades de comunicação que ainda não possuem tanto relevo na escola, tais como teatro, o cinema, a fotografia, a informática, o uso da visualidade surda, abrem caminhos para um pensamento-imagem.
4A consciência da substância visual pelos que veem não é algo inato. Alguns dos professores surdos e não-surdos bilíngues possuem intuições (feeling) sobre os usos do letramento visual e o fazem por experimentação.
Para selecionar ou criar objetos educativos, necessitamos ampliar a disposição de tempo e de espaços para codificar e decodificar mensagens visuais, para seleção, leitura e significação dessas imagens.
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5Pudemos observar que o arranjo imagético onde há a incidência da experiência de um surdo adulto é dominado pelo uso de extensões do corpo tais como câmeras fotográficas, filmadoras, computadores, notebooks, celulares, iPhones, iPads, tablets, internet.
Há a necessidade urgente de armazenar e divulgar as experiências que ainda estão dispersas.
Intervençõespráticas
criação estratégias visuais
novas tecnologias na produção de vídeo
leitura compartilhada
Aprofundar o entendimento sobre as diferentes linguagens que compõem a realização, utilização e finalidade dos recursos teatrais, fílmicos e imagéticos presentes na vida dos surdos.
Nossa agenda
Pensar em matrizes de linguagem (verbal, visual e sonora) presentes em diferentes categorias de artefatos, necessário para o enriquecimento da experiência de um leitor (da língua de sinais, da performance, do corpo).
Matrizes de linguagemNossa agenda
Pensar que os surdos, ao fazerem as suas próprias produções (autoria), possam avaliá-las (exercício crítico) e compreendê-las, desenvolvendo leitura de mensagens cada vez mais sofisticadas.
Nossa agenda
Andamento do projetoNossa agenda
Nossa agenda
Nossa agenda
Pensamos que a Educação de surdos possa se dar em termos de compreensão de técnicas, da estética, dos estilos e também dos atributos mercadológicos
ou ideológicos, seja das produções da Comunidade
Surda em geral e, mais ainda, das produções massificadas
pela mídia.
Produtos gerados
Produção de Monografia em Libras
Há a necessidade de um
acervo de vídeos em prol de uma didática e
da constituição do conhecimento científico por/para leitores surdos.
Produtos gerados
Produtos geradosProdutos gerados
Produtos gerados
Produtos gerados
Produtos gerados
Produtos gerados
Produtos geradosProdutos gerados
Materiais para cursos de extensão
O fazer cotidiano gera a necessidade de experimentar esquemas visuais traduzidos em infografia.
Produtos gerados
Produção de informes bilíngues
O desafio do bilinguismo inclui o exercício da comunicação em modelos que hibridizam linguagens consagradas (ex: jornalística) com necessidades da comunidade surda.
Produtos gerados
Produção de vídeos com alunos
A mídia-educação nos leva a pensar além da crítica aos meios (sobre), mas o uso dos meios (através) como expressão autoral e inserção social.
Produtos gerados
Todas as produções podem ser acessadas em nosso site
https://edumidiascomunidadesurda.wordpress.com
Produtos gerados
Conclusão
O que significa
ser letrado para o surdo?
O que significa
ser letrado para o surdo?
O que significa
ser letrado para o surdo?
O que significa
ser letrado para o surdo?
O que significa
ser letrado para o surdo?
O letramento da pessoa surda, ou o que significa ser letrado para um surdo, perpassa a busca e a experimentação de práticas que entrecruzem arte, educação e gramática visual.
Só os visualmente letrados podem se elevar acima dos modismos e fazer os próprios juízos de valor sobre o que consideram apropriado e esteticamente agradável, um primeiro passo para a formação autoral.
E para isso há a necessidade da vivência estética e da produção de artefatos cotidianamente.
Refletindo
Precisamos trocar experiências!