APRESENTAÇÃO DO AMBIENTE DE INVESTIMENTO E NEGÓCIOS NA GUINÉ-BISSAU.

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APRESENTAÇÃO DO AMBIENTE DE INVESTIMENTO E NEGÓCIOS NA GUINÉ-BISSAU

Situação Geográfica

GUINEA

GAMBIA

SENEGAL

GUINEA BISSAU

Farim

BissauGabu

GUINEA

GAMBIA

SENEGAL

GUINEA BISSAU

Farim

BissauGabu

•Superficie de 36.125 Km2

• A parte Insular é constituida por ilhas• ilhotas,na maioria desabitadas

CONTEXTO

Em matéria de governação, realizamos progressos consideráveis em 2010.

Contudo, a situação financeira e económica do país ainda permanece frágil.

Prevemos uma taxa de crescimento de 3,3% para 2010, contra 2,9% em 2009, com a inflação inferior aos 2%, isto é, abaixo do limite máximo fixado pelo Pacto de Convergência e Estabilidade da UEMOA.

Porém, a situação de pós-crise económica mundial poderá condicionar estas expectativas.

A manutenção do actual ritmo de reformas e o clima de relativa estabilidade permitiram ao país concluir a tempo o programa de médio prazo com o Fundo Monetário Internacional(FMI), o “Crédito de Facilidades Alargado”, em virtude da qual atingimos, no dia 16 de Dezembro de 2010, o almejado ponto de conclusão da Iniciativa HIPC e o consequente perdão de cerca de 85% do stock da nossa divida externa, estimada em mais 1,2 mil milhões dólares americanos.

 

 

•  

Contin.

  Com este novo cenário macroeconómico, bastante mais favorável ao crescimento e ao desenvolvimento, espera-se agora que o Governo possa desfrutar da merecida estabilidade institucional, a fim de poder pôr em marcha o seu programa eleitoral, sufragado pela maioria dos guineenses nas legislativas de 2008, com o objectivo de tirar o país do marasmo económico e social, e colocá-lo no verdadeiro caminho do crescimento forte e sustentado, única forma de reduzir a pobreza e erradicar a exclusão social.

As poupanças internas resultantes desta nova conjuntura vão permitir ao Executivo canalizar mais fundos para as áreas sociais tais como a saúde, educação, água e saneamento. As infra-estruturas básicas também serão contempladas, designadamente a energia, transportes, telecomunicações, portos e aéroportos.

 

 

 

QUADRO MACROECONÓMICO

• População : 1.520.380 habitantes (RGPH-2009)

• Sexo Masculino: 48,5%

• Sexo Feminino: 51,5%

• Crescimento Demográfico: 2,5%

• Densidade Populacional: 40hab/km2

PIB: 885,5 milhões de doláres (2009)

• PIB/Per capita: 590 doláres por habitante

• PIB Primário: 44,2%

• PIBSecundário: 16,6%

• PIBTerciário: 39,2%

• Inflação: -1,6%

• Exportação: 78,6 milhões de doláres

• Importação: 130,1 milhões de doláres

• Defice da balança comercial: (51,5 milhões de doláres)

EVOLUÇÃO DO PIB

EVOLUÇÃO DA INFLAÇÃO

EXPORTAÇÕES

Importações

POTENCIALIDAES DE INVESTIMENTO

SECTOR PRIMÁRIO

•A castanha de caju, cultivada por uma larga maioria dos agricultores, cobre uma vasta superficie, cerca de 41% das terras cultivadas e representa 98% das receitas de exportação e 17% das receitas do Estado

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ORIZICULTURA

• A oririzicultura de mangrove, com um rendimento de 1.700 à 2.600 kg/ha, constitui cerca de 32% de produção total de arroz.

• A orizicultura de bas-fond, com um rendimento de 600 à 1.200 kg/ha, representa cerca de 33% da produção total de arroz, e a orizicultura pluvial, de uma colheita de 400 à 600 kg/ha, contribui assim com cerca de 35% da produção país.

•  A balança de cereais apresenta um defice bruto de 129 mil toneladas de arroz, 12 mil toneladas de farinha de trigo e 49 mil toneladas de outros cereais.

• A importação média anual de arroz é avaliada em 100 mil toneladas.

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Pesca

As potencialidades de pesca na Zona Economica Exclusiva(ZEE) são estimadas e entre 200.000 e 300.000 toneladas por ano, incluindo 5.000 à 5.500 toneladas de camarão.

•As potencialidades das águas maritimas da Guiné-Bissau, são estimadas em 420 mil toneladas de biomassa, o que pode permitir uma captura potencial entre 150.000 e 200.000 toneladas de peixes e camarão e sem por em causa a sustentabilidade destes recursos.

•Quanto as águas interiores, admite-se que se possa pescar cerca de 20 mil toneladas de peixes por ano e mil toneladas de camarão.

Cont.

•A pesca industrial pratica-se para além das 12 milhas e sobre a toda a extensão da Zona Económica Exclusiva( ZEE )da Guiné-Bissau

•Em 2008 a contribuição das pescas para o PIB foi de 32,2 milhões de doláres, o que representa cerca de12% du PIB Primário e 4% du PIB total. A contribuição oficial da pesca nas exportações da Guiné-Bissau é estimada em 7,6 milhões de dolares.

•En 2008, a pesca gerou 38% das receitas internas do Estado.

EXPLORAÇÃO DE MADEIRAS

•A Guinée-Bissau dispõe de 2 milhões de hectares de florestas(55% do território nacional), uma grande diversidade ecológica(floresta humida, floresta seca, floresta galeria, savanas, palmeiras e mangroves), e de reservas de madeiras estimada em 48 milhões de m³.

SECTOR SECUNDÁRIO

Industrias extractivas

• Bauxite

- O Jazigo de bauxite de Boé situado ao Norte/Este da Guiné-Bissau, ao longo da fronteira com a Guiné- Conakry. Reserva estimada em 110 milhões de toneladas, de qualité intermédia (44% A12O3; 3,5% SiO2)

Fosfato

- Quanto ao jazigo do Fosfato de Farim, situado ao Norte da Guiné- Bissau, os estudos realizados, prevêm a existência de uma reserva da ordem de 100 milhões de toneladas.

Industria Extractiva

– Petroleo

Foram descobertas diversas reservas de petrleo bruto em offshore e gás natural.

TRANSFORMAÇÃO DA CASTANHA DE CAJU

• O fruto do caju é muito fibroso e está

provado 65% pode ser transformado em polpa e 35% em fibra.

• Somente 3% da produção de castanha de caju é transformada no país.

cont

Exportações da castanha de caju

72,7

78,0

72,8

75,0

93,2

96,1

92,3

96,1

109,

6 135,

5

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Evolução da exportação de castanha "in natura" TM

SECTOR TERCIÁRIO

•TURISMO

• As condições climáticas e da paisagem são favoráveis e atractivas.

• O espaço maritimo oceánico oferece multiplas oportunidades para actividades comerciais, económicas e turisticas( cruzeiros, pesca, surfs, desportos nauticos, mergulho, vela etc,)

Cont.

• Poteciais elementos de criação de um turismo ecológico.

• Grande diversidade de património natural e riquezas em biodiversidade ecológica.

REFORMAS NO AMBIENTE DE INVESTIMENTO E NEGÓCIOS

• O Governo está ciente dos constrangimentos do sector privado guineense. Todavia, não obstante estas dificuldades, temos vindo a dar passos consistentes para ultrapassar a situação, com a gradual consolidação do estado de direito e a melhoria do ambiente de negócios.

 

• Neste domínio, a nossa política focaliza-se na redução da intervenção directa do Estado na economia, acompanhada da definição de um quadro legal e regulamentar adequado à sua substituição pelos privados, à criação de incentivos e reduções fiscais e à simplificação de procedimentos administrativos e judiciais.

• O Governo adoptou medidas recentes, tendo sempre na mira o reforço do papel do sector privado na economia nacional e o estímulo ao investimento e desenvolvimento empresarial, que passamos a citar:

Cont.

Aprovação em Conselho de Ministros, da Lei-base das Telécomunicações;

Aprovação em Conselho de Ministros, da Lei das Parcerias Publico/Privadas;

Aprovação pela Assembleia Nacional Popular e Promulgado pelo Presidente da República, da Lei da Terra, cuja a regulamentação está em fase de conclusão;

Promulgação pelo Presidente da República, e entrada em vigor, do novo Código de Investimento, muito mais abrangente e atractivo;

Está em curso a elaboração do novo Código de Trabalho, numa perspectiva de torná-lo muito mais flexivel e adequá-lo a realidade económica do país;

A instalação do Tribunal Comercial;

A instalação do Tribunal Arbitral;

Nova Legislação Comercial;

Adesão a MIGA do Grupo Banco Mundial;

• Adesão a FAGACE;

Contn.

A instalação do Centro de Formalização de Empresas (CFE) ou “Guichet” Único, em parceria com o sector privado e com a assistência técnica do Banco Mundial.

O centro vai concentrar num único espaço todos os serviços indispensáveis ao licenciamento de uma empresa ou negócio, encurtando assim os prazos. Isto permite à Guiné-Bissau melhorar ainda mais a sua classificação em matéria de Doing Business, o que facilitará a atracção de investimentos, em particular o estrangeiro.

 Ainda na perspectiva de desenvolver o sector privado, proporcionando-lhe condições para criar postos de trabalho, produzir riqueza e acelerar o crescimento económico, foi validado o Estudo Diagnóstico sobre o Sector Privado da Guiné-Bissau, que recomendou a criação de um Fundo de Promoção do Sector Privado, que o Banco Oeste Africano de Desenvolvimento (BOAD) e a União Europeia manifestaram desde já o seu interesse em apoiar.

O Governo, através do Ministério da Economia, do Plano e Integração Regional, firmou uma parceria com o experiente Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), a fim de se encontrar um modelo de cooperação destinado a apoiar o sector informal da economia.

• A Câmara de Comércio, Indústria, Agricultura e Serviços da Guiné-Bissau acabou de assinar um acordo com a Região da Macaronêsia, para a criação de um Centro Atlântico de Arbitragem, com vista a conferir maior confiança ao clima de negócios e investimentos do país, e assim, o investidor passa a ter um centro de arbitragem, em alternativa ao centro nacional de arbitragem.

Cont.

• A vinda a Bissau, no início de Dezembro, de uma missão da Sociedade Financeira Internacional (SFI), um organismo do Grupo Banco Mundial especializado no apoio ao investimento de médio e longo prazo ao sector privado dos países em desenvolvimento, é um sinal do renovar de interesse das instituições financeiras internacionais pelo país.

• A Sociedade Financeira Internacional regressou e discutiu com delegações governamentais e do sector privado possibilidades de cooperação para a melhoria do ambiente de negócios e o desenvolvimento de parcerias público-privadas. Um resultado imediato da missão foi a promessa da Sociedade Financeira Internacional (SFI) de assegurar assistência técnica a fim de apoiar a Guiné-Bissau no seguimento dos indicadores do Doing Busines;

• Um estudo de viabilidade para a transformação da Direcção Geral de Promoção do Investimento Privado numa Agencia de Promoção de Investimento, está em curso para depois ser submetido a discussão e aprovação em Conselho de Ministro.

• Para estimular e promover o sector da microfinanças, foi estabelecido o Fundo de Garantia entre o Governo e um banco do país, a partir do qual se criou um Fundo de Impacto Rápido, com o objectivo de estimular o desenvolvimento e promover a implementação de micro, pequenos e médios projectos e actividades, e proporcionar impacto imediato na economia e a redução da pobreza.

Cont.

.

• Os créditos bancários a médio e longo prazo têm sido pouco praticados ao nível bancário.

• É neste âmbito que se encontra em processo de criação o “Fundo de Apoio a Iniciativas Empresariais”, no qual já se incluem os fundos destinados ao crédito concedidos por Angola, com a finalidade de promover de forma ligeira e muito flexível e com juros muito bonificados o investimento privado.

• Estes fundos serão completamente geridos pela banca comercial, e poderão ter a forma de empréstimos, fundo de garantias e/ou empréstimos participativos. Irão para os sectores considerados prioritários para a concentração dos projectos de investimento, isto é, para a agricultura, pescas, sector mineiro, energia, transportes e telecomunicações, etc.

• Esta linha de crédito poderá posteriormente ser reforçada por outras fontes de financiamento mais específicos, nomeadamente as previstas no âmbito do Fórum Macau e outras ainda a negociar no quadro bilateral com países amigos.

• Com as reformas em curso em algumas empresas públicas e semi-públicas e após o respectivo saneamento preliminar, nomeadamente da Guiné-Telecom, Porto de Bissau e da Empresa de Electricidade e Água da Guiné-Bissau (EAGB), pretende-se abrir novas perspectivas de parcerias público-privadas.

Cont.

Minhas Senhoras e meus Senhores

Gostaria, no entanto, de vos reafirmar o nosso interesse nos investimentos dos países de Língua Portuguesa (Macau). As potencialidades agrícolas, turísticas e em recursos minerais do país são conhecidas, e muitas empresas dos vossos países já possuem informações fiáveis sobre a nossa realidade.

Queremos projectos viáveis e ganhadores, que gerem riqueza para os seus promotores e para o país. Para tal, estamos dispostos a melhorar ainda mais a nossa legislação e regulamentos relacionados com o investimento, e promover junto dos vossos países acordos de protecção do investimento e que evitem igualmente a dupla tributação.

Termino formulando votos de maiores êxitos ao encontro entre as Agências de Promoção de Negócios e Investimentos dos países de Língua Portuguesa (Macau).