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19.06.2013 Maury Leoncine
Maury Leoncine
Mestre em Engenharia de Produção pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina).
Extensão em Logística pela UNICAMP (Universidade Estadual de Campinas).
Bacharel em Administração de Empresas pela FAM (Faculdade de Americana).
Atua na implantação e gerenciamento de projetos de gestão de custos e resultados por centro de custos e por procedimentos, gestão orçamentária, planejamento estratégico e organização de processos com atuação em hospitais públicos e privados.
Palestrante e professor convidado em diversas instituições.
19.06.2013 Maury Leoncine
O TRINÔMIO CUSTOS x QUALIDADE x EFICIÊNCIA UMA ABORDAGEM DOS RESULTADOS DA GESTÃO DE CUSTOS
NA EFICIÊNCIA OPERACIONAL E ASSISTENCIAL
CENÁRIO DA SAÚDE
CENÁRIO DA SAÚDE
ECONOMIA EM SAÚDE
Recursos => demanda crescente x insuficiência.
Gestores passam a ter necessidade de instrumentos gerenciais.
E AS INSTITUIÇÕES PÚBLICAS DE SAÚDE CONVIVEM COMO?
Os sistemas de saúde preventiva, saneamento e saúde curativa
(hospitalares), indiscutivelmente, assumem papel relevante a uma adequada gestão operacional e financeira de saúde pública.
GESTÃO DE CUSTOS
Gestores possuem baixo conhecimento sobre os conceitos de custos
hospitalares.
Informações de custos disponibilizadas são pouco aproveitadas, não
são bem compreendidas e, segundo os respondentes, não
representam a realidade da área.
A melhoria desse resultado requer maior capacitação e
conscientização dos gerentes dos centros de custos e também
aprimoramento do sistema de gestão institucional, de forma a propiciar
maior autonomia e responsabilização dos gerentes.
DALLORA (2007)
GESTÃO DE CUSTOS
A eficiência e a eficácia gerencial envolvem certamente a questão do custo. A excelência hospitalar exige eficácia em custos aliada à qualidade do serviço prestado e consequente satisfação do paciente.
Planejamento econômico-financeiro das instituições de saúde
Como a análise de custos auxilia o gerenciamento?
É um trabalho complexo...
A POSSE DA INFORMAÇÃO SERIA PODER?
PERGUNTA:
19.06.2013 Maury Leoncine
O TRINÔMIO CUSTOS X QUALIDADE X EFICIÊNCIA
EFICIÊNCIA OPERACIONAL
EFICIÊNCIA OPERACIONAL NO CENTRO CIRÚRGICO
Estrutura de custo fixo alta.
Cancelamento de cirurgias.
Relações hierarquizadas.
Gerente do setor com autonomia.
Agendamento cirúrgico.
EFICIÊNCIA OPERACIONAL NO CENTRO CIRÚRGICO
GESTÃO DO CENTRO CIRÚRGICO
HORÁRIOS SALA 1 SALA 2 SALA 3 SALA 4
7:00
7:30
8:00
8:30
9:00
9:30
10:00
10:30
11:00
11:30
17:00
18:00
19:00
SUGERE-SE UMA
SALA DISPONÍVEL
PARA EMERGÊNCIA.
ANALISAR A
INCIDÊNCIA DE
OCORRÊNCIA DE
EMERGÊNCIA
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
GESTÃO DO CENTRO CIRÚRGICO
EFICIÊNCIA OPERACIONAL NO CENTRO CIRÚRGICO
“O caminho para se alcançar o equilíbrio entre eficiência e eficácia em
um centro cirúrgico obriga os gestores a conhecer detalhadamente a
realidade, desde questões relacionadas ao desenvolvimento do ato
anestésico-cirúrgico até à globalidade do processo de trabalho realizado
neste setor”.
MASTRANTONIO; GRAZIANO (2002)
GESTÃO DO CENTRO CIRÚRGICO
EFICIÊNCIA OPERACIONAL NO CENTRO CIRÚRGICO
Estudos indicam que o índice de ocupação de salas cirúrgicas nos
hospitais de países desenvolvidos gira em torno de 85%, em
comparação com os 53% de ocupação detectado em instituições de
saúde pública do Brasil, principalmente aquelas com caráter de
ensino e pesquisa.
GATTO (1998)
GESTÃO DO CENTRO CIRÚRGICO
EFICIÊNCIA OPERACIONAL NO CENTRO CIRÚRGICO
OBSERVAÇÕES:
Hospital A: hospital privado, médio porte, 6 salas cirúrgicas, 19 leitos de UTI.
Hospital B: hospital privado, médio porte, 7 salas cirúrgicas, 5 leitos de UTI .
Hospital C: hospital filantrópico (púbico + privado), grande porte, 6 salas cirúrgicas, 7 leitos de UTI.
Hospital D: hospital filantrópico (privado), pequeno porte, 3 salas cirúrgicas, 6 leitos de UTI.
TAXA DE
OCUPAÇÃO
HOSPITAL A HOSPITAL B HOSPITAL C HOSPITAL D
REGIÃO NORTE REGIÃO SUL REGIÃO LESTE REGIÃO OESTE
MANHÃ 27,53% 41,13% 66,69% 41,92%
TARDE 12,29% 22,05% 37,28% 24,23%
EMERGÊNCIA 6,16% 6,11% 6,71% 2,37%
MÉDIA GERAL 16,11% 22,65% 42,69% 23,29%
ABBAS; LEONCINE; LEONARDO, 2014.
GESTÃO DO CENTRO CIRÚRGICO
EFICIÊNCIA OPERACIONAL NO CENTRO CIRÚRGICO
ALTERNATIVAS PROPOSTAS
Remuneração por performance.
Pagamento no ato (fluxo de caixa / glosa).
Procedimentos mais rentáveis (margem de contribuição).
Ou... deixa como está?!
Inovação!!!
83%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
TAXA OCUPAÇÃO U.T.I. ADULTO MAIO 2015
EFICIÊNCIA OPERACIONAL
NA
UNIDADE DE INTERNAÇÃO
EFICIÊNCIA OPERACIONAL NA UNIDADE DE INTERNAÇÃO
C R TO
Radiologia 1.759 477 27% 27%
Tomografia Computadorizada 516 445 86% 86%
Ressonância Magnética 516 258 50% 50%
Ultrassonografia 1.547 566 37% 37%
Mamografia 288 38 13% 13%
Densitometria Óssea 267 10 4% 4%
MÉDIAServiçosMÉDIA 2015
EFICIÊNCIA OPERACIONAL
NO
CENTRO DE DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
EFICIÊNCIA OPERACIONAL NO CENTRO DE DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
EFICIÊNCIA OPERACIONAL
NAS
ÁREAS DE APOIO
GESTÃO DA CENTRAL DE MATERIAIS ESTERILIZADOS
19.06.2013 Maury Leoncine
O TRINÔMIO CUSTOS X QUALIDADE X EFICIÊNCIA
APURAÇÃO DOS CUSTOS
SISTEMÁTICA PROPOSTA
Etapa 2 – Fazer reunião para apresentação
da sistemática
Etapa 3 – Visitar as unidades
Etapa 1 – Formar uma equipe de trabalho
Etapa 4 – Fazer reunião individual com os
responsáveis pelas unidades
Etapa 5 – Elaborar diagnóstico do sistema
de gestão hospitalar
Etapa 6 – Determinar os centros de custos
Etapa 7 – Elaborar relatórios de coleta de
dados
Etapa 8 – Desenvolver aplicativo de
informática
Etapa 12 – Determinar o custo por
procedimento
Etapa 9 – Processar os dados
Etapa 11 – Elaborar relatórios gerenciais
Etapa 10 – Fazer acompanhamento dos
dados
Fim
Faturamento
Custos Diretos (Farmácia
e Almoxarifado)
Etapa 13 – Analisar os
resultados
Início
Acesso em: http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/PesquisaObraF
orm.do?select_action=&co_autor=129467
GESTÃO DE CUSTOS
OBJETIVOS
VALORIZAÇÃO DOS SERVIÇOS PRESTADOS
Fornecer dados de custos para medição do lucro.
CONTROLE
Análise das variações, parâmetros da área e orçamentos.
TOMADA DE DECISÃO
Comprar ou produzir, fechar ou manter um serviço deficitário.
Quanto
MAIOR a diferença
MAIOR será o
Lucro
RECEITAS
CUSTOS
LU
CR
O
PARTICIPAÇÃO DOS CUSTOS NA APURAÇÃO DO LUCRO
aquilo que não é controlado,
não pode ser gerenciado" .
WILLIAM EDWARDS DEMING
" Aquilo que não é medido, não pode ser controlado;
QUESTÃO
Como aumentar o LUCRO do hospital?
AUMENTO
DAS
RECEITAS
REDUÇÃO
DOS
CUSTOS
AUMENTO DO LUCRO
aumento do preço => mercado/governo
aumento da produção => mercado
novos serviços => mercado
redução dos preços => negociação
diminuição do consumo => só da empresa
aumento da produtividade => só da empresa
DIMINUIÇÃO DO
CONSUMO
AUMENTO DA
PRODUTIVIDADE
DEPENDE SÓ DO HOSPITAL
controle do consumo;
treinamento;
conscientização.
controle da operação;
otimização dos recursos.
REDUÇÃO DOS CUSTOS
REDUÇÃO
DE CUSTOS NÃO É
PRATICAR
QUALIDADE INFERIOR
OU
MENOS SEGURNÇA
A LONGO PRAZO QUALIDADE E SEGURANÇA REDUZEM CUSTO
IMPORTANTE
???
É assim que você se sente quando recebe o relatório de custos de sua área?
hnf
Qual o MAIOR custo?
MANUTENÇÃO
DEPRECIAÇÃO
REFEIÇÃO TELEFONE
SALÁRIOS
SEGURO
QUESTÃO
A função de custos deve deixar de pertencer a uma única área do hospital, e ser compartilhada entre todos os níveis.
Obter comprometimento total das pessoas
Conscientização Participação Envolvimento
COMPROMETIMENTO
19.06.2013 Maury Leoncine
O TRINÔMIO CUSTOS X QUALIDADE X EFICIÊNCIA
Eficiência assistencial com abordagem na qualidade
PORTER e TEISBERG (2006)
Mudança de paradigma:
De: Competição de soma zero
Para: Competição baseada em valor => pagamento
baseado em resultado
Mudança endossada pelas organizações:
IOM, IHI, National Quality Foundation, entre outras.
BASES PARA A INOVAÇÃO DO MODELO ENTREGANDO VALOR E ELIMINANDO O DESPERDÍCIO
As empresas de seguros e planos de saúde só deveriam ser capazes de lucrar através da efetiva melhora de assistência médica e da redução de custos, e não pela transferência da responsabilidade pelo pagamento dos altos custos aos pacientes e provedores do sistema.
O atendimento de melhor qualidade é em geral de custo inferior, devido à eficiência das equipes, menor incidência de complicações e à superioridade de resultados a longo prazo.
PORTER (2009)
REPENSANDO A SAÚDE
CUSTOS DA QUALIDADE
INCIDENTES JAN FEV MAR ABR
ERROS DE MEDICAÇÃO 1 4 32 4 41
UPP 0 0 0 0 0
QUEDA 1 1 2 1 5
BRONCOASPIRAÇÃO 1 0 0 2 3
EXTUBAÇÃO NÃO PLANEJADA 0 0 0 1 1
PERDAS DE SONDAS 0 7 7 12 26
ARLEGIAS 7 2 4 3 16
HIPOGLICEMIA 2 1 4 2 9
TOTAL 12 15 49 25 101
TOTALEVENTO SENTINELA
INCIDENTES NOTIFICADOS - 1º QUADRIMESTRE / 2015
EVENTO SENTINELA
NOVO MODELO PARA REMUNERAÇÃO DE HOSPITAIS
Fonte: ANS
1ª INTERNAÇÃO
Procedimento: hernia de disco toraco-lombar
CID: dor lombar baixa
RECEITA CUSTO RESULTADO LUCRATIVIDADE
R$121.536,20 R$107.237,81 R$14.298,39 12%
RECEITA CUSTO RESULTADO LUCRATIVIDADE
R$13.703,04 R$9.508,79 R$2.194,25 16%
ESTUDO DE CASO COMO ESTÃO NOSSOS RESULTADOS ASSISTENCIAIS?
2ª INTERNAÇÃO
Procedimento: desbridamento cirúrgico de feridas ou extremidades
CID: infecção localizada da pele e do tecido subcutâneo
A POSSE DA INFORMAÇÃO SERIA O
PODER?
O poder está no uso da informação.
A informação só é útil quando leva à ação.
As ferramentas de gestão não vão tornar a empresa
competitiva e sim seus gestores, se tomarem as ações
necessárias, delineadas em dados confiáveis, gerados
em tempo hábil.
REFERÊNCIAS ABBAS, Katia ; LEONCINE, Maury; LEONARDO, Vera Sirlene . Cálculo da taxa de ocupação de salas cirúrgicas de hospitais. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO - ConBRepro, 2014, Ponta Grossa - PR. Engenharias na Indústria de Embalagens, 2014.
DALLORA, M. E. R. V. Gerenciamento de custos de material de consumo em um hospital de ensino. 2007. Dissertação (Mestrado em Saúde na Comunidade) — Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
DEMING, W.E. Qualidade: A Revolução da Administração. Rio de Janeiro: Marques Saraiva, 1982.
FEIGENBAUM, Armand V. Controle da qualidade total. V. 1 gestão e sistemas. Tradução de Regina Cláudia Loverri; revisão técnica José Carlos de Castro Waeny. São Paulo: Makron Books, 1994.
GATTO, M.A.F.; JOUCLAS, V.M.G. Otimizando o uso da S. O. Revista SOBECC. Vol. 3, n. 1, jan./ mar. 1998.
LEONCINE, Maury. Sistemática para apuração de custos por procedimento médico hospitalar . Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) – Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC, 2010.
MASTRANTONIO, M.A.; GRAZIANO, K.U. Proposta de um instrumento de avaliação dos padrões de qualidade de uma unidade de centro cirúrgico ajuizado por especialistas. O mundo da Saúde. Vol. 26. n. 2, abr./jun. 2002.
ORGANIZAÇÃO NACIONAL DE ACREDITAÇÃO (ONA). Manual das Organizações Prestadoras de Serviços Hospitalares Versão 2001. Coleção Manual Brasileiro de Acreditação ONA. Vol. 1. Pelotas: Educat, 2001.
PORTER, M. Competição. Rio de Janeiro: Campus, 1999.
PORTER, Michael E. Repensando a saúde: estratégias para melhorar a qualidade e reduzir custos / Michael E. Porter, Elizabeth Olmsted; tradução de Cristina Bazan. Porto Alegre: Bookman, 2007.
MAURY LEONCINE
CEL. (11) 976 593 068 e-mail: mauryleoncine@gmail.com
OBRIGADO PELA ATENÇÃO!
TREINAMENTO EM DESENVOLVIMENTO
PROFISSIONAL E GERENCIAL
PARA INSTITUIÇÕES DE SAÚDE