Post on 05-Aug-2015
PREGUIÇA GIGANTE EM ITAITUBA (PARÁ)
Professor: Adailson Sena-
Historiador e pesquisador da
Faculdade de Itaituba-FAI
A DESCOBERTA!
A descoberta dos fósseis de três preguiças gigantes
(Eremotherium) e um mastodonte (Cuvieronius), todos
encontrado em julho de 2001, no Município de Itaituba (PA),
possui 13.340 anos.
DATAÇÃO DO MATERIAL ENCONTRADO
O material foi datado nos Estados Unidos e o resultado do
exame foi encaminhado ao Museu Paraense Emilio Goeldi,
Instituto de Pesquisa vinculado ao Ministério da Ciências e
Tecnologia e responsável pelo estudo do material.
O fóssil da preguiça pôde ser datado porque preservou o
colágeno (proteína contida no osso), o que possibilitou a
datação do material através da análise do Carbono 14. Essa
é a primeira datação em um exemplar em fosseis de
mamíferos da Amazônia.
O fóssil do animal encontrado é uma preguiça gigante de
hábitos terrestres, do grupo Megatérios (ordem Xenarthra ou
Edentata), com distribuição pela América do Sul e cujos
representantes atuais são o bicho preguiça, o tatu e o
tamanduá. O mamífero gigante media cerca de 6 metros de
comprimento, pesava mais de 5 toneladas e se alimentava de
folhas.
LOCAL DO ACHADO
O material estava enterrado em uma propriedade privada em
Itaituba e foi encontrada durante escavações para fazer um
tanque de criação de peixes. Ao que tudo indica, os animais
foram levados por uma enxurrada e ficaram presos em um
buraco.
A PESQUISA ARQUEOLÓGICA
O grande porte do animal, a dificuldade de movimentação e o
fato de viver em bandos confirmam a teoria de que há cerca de
14 mil anos atrás, a Amazônia era uma imensa savana, parecia
com o que é hoje a África. “Com essas características é
impossível imaginar que a preguiça vivesse em uma floresta
densa”, explica o paleontólogo e diretor e diretor do Museu
Emilio Goeldi, Peter Toledo, que estuda os fósseis encontrados.
A PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO ARQUEOLÓGICO
CONHECER
VALORIZAR
PRESERVAR