Arte no brasil colonial 8o ano 2013

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Arte no Brasil Colonial

Arquitetura e urbanismo

8º ano - 2013

A arte no Brasil colonial (1500 a 1808) foi marcada pela forte influência européia.

O principal estilo que surge neste período é o BARROCO, que estudaremos adiante.

A arte colonial é essencialmente sacra, ou seja, ligada à religião.

Estudaremos as expressões desta arte na arquitetura, bem como veremos como se formaram as cidades coloniais – e os reflexos desta arte nos dias de hoje.

• Atenção!

• Muitas das obras e construções do

período colonial se perderam com o

tempo, ou foram bastante transformadas.

• Muitas das imagens que veremos nesta

apresentação não são do período colonial,

mas sim posteriores – cuidado para não

confundir!

• Trabalharemos em especial com imagens

do Rio antigo.

Urbanismo

O termo urbanismo refere-se ao estudo e ao planejamento das cidades.

No período colonial e até bem recentemente, as cidades não eram planejadas – surgiam de acordo com as necessidades imediatas (habitação, comércio, segurança, etc.) e eram delimitadas (e determinadas) pelos acidentes geográficos de cada região.

Urbanismo

- Você já visitou alguma cidade histórica,

especialmente pelo interior do país?

- Como era a organização espacial das

construções desta cidade?

Urbanismo

Antes de responder a estas questões, vamos relembrar...

Qual era o papel da Igreja Católica

no período colonial?

Ela desempenhava apenas

a função religiosa?

Urbanismo

A Igreja não estava relacionada apenas à

questão religiosa; desempenhava também

um importante papel na sociedade ligado

à política, aos costumes e às relações

econômicas – ou seja, estava ligada ao

poder, à dominação em vários níveis

sociais.

Urbanismo

A organização das cidades coloniais reflete este

poder que a Igreja exercia.

Voltando àquelas perguntas iniciais, notamos

que a Igreja mais antiga, nestas cidades

históricas, está situada sempre em um local de

destaque na cidade. Geralmente são locais

altos e/ou centrais, representando a dominação

espacial e também simbólica (expressão do

poder) sobre a cidade.

• Convento de Santo Antonio – Centro do RioObservem a relação com os prédios ao fundo (vamos relembrar conceitos de

patrimônio – importância da preservação do entorno de um bem)

• Ouro Preto - MG

Vista aérea de parte do núcleo histórico de Olinda

UrbanismoEm torno das Igrejas, a cidade ia se

desenvolvendo conforme as necessidades cotidianas e os acidentes geográficos.

Como não havia um planejamento, o „desenho‟ de ruas, quarteirões e praças era sinuoso, não-geométrico, resultando em blocos irregulares e ruas estreitas.

- Alguma região aqui de nossa cidade reflete ainda um pouco desta organização irregular do espaço?

Vista aérea do Campo de Santana

Vista aérea do Saara - Rio

Urbanismo

Este modo de se ocupar o espaço é

chamado de crescimento orgânico.

A partir do que vimos até agora, procure

elaborar uma definição para este termo.

Urbanismo

Crescimento orgânico de uma cidade é

aquele que não é planejado, que acontece

de acordo com as necessidades da

comunidade e sendo determinado

também pelos acidentes geográficos.

Urbanismo

A noção de planejamento das cidades surge no Brasil já na parte final do período colonial, no auge do estilo Barroco (que estudaremos adiante).

Começa com a idéia de que a natureza deve ser “adaptada”, transformada pelo homem, para se adequar ao desenho das cidades.

Praça Paris hoje

Praça Paris em sua inauguração

Urbanismo

Posteriormente, já no século XX, as idéias relacionadas a saneamento básico, acesso aos transportes, etc., reforçam a necessidade de haver um planejamento das cidades.

A primeira cidade totalmente planejada no Brasil foi Brasília.

Plano piloto e vista aérea de Brasília

Urbanismo

Muitas outras cidades, como o Rio de Janeiro, foram remodeladas conforme as novas idéias que vigoravam na época. No início do século XX, o Rio passou por grandes mudanças, procurando adaptar a cidade às novas concepções de organização: amplas avenidas, quarteirões mais regulares, prédios modernos.

Com este impulso “modernizador”, muito material de nossa história se perdeu.

Avenida Presidente Vargas em 1942

• Abertura da Avenida Rio Branco

Avenida Rio Branco

• Demolição do Morro do Castelo

Arquitetura colonial

Voltando ao período colonial, temos a arquitetura da época dividida em três funções básicas:

• Arquitetura civil

• Arquitetura militar

• Arquitetura religiosa

Veremos algumas características de cada tipo de arquitetura.

Arquitetura colonial

ARQUITETURA CIVIL

Abrange as construções destinadas à moradia, ao comércio e à parte administrativa das cidades.

As casas populares, em geral, eram bastante simples – um andar, portas e janelas retangulares, paredes caiadas de branco. A técnica de construção mais usada era a da taipa de pilão.

• Técnica da Taipa de Pilão

Igreja matriz de Pirenópolis-MG

• As moradias apresentavam fachada

simples, definida por linhas retas, sem

ornamentação e eram caiadas de branco.

• Casario colonial de Ouro Preto

e de Tiradentes - MG

• Parati - RJ

Arquitetura colonial

ARQUITETURA CIVIL

Havia também as moradias mais

sofisticadas, onde materiais mais

resistentes (em geral madeira, pedras)

eram empregados. São exemplos as

casas das fazendas coloniais.

Arquitetura colonial

ARQUITETURA CIVIL

Ao longo do período colonial, as construções

foram se transformando, adaptando-se ao gosto

típico de cada época. Assim, notamos uma

tendência para as formas mais curvas e a

presença de mais elementos decorativos nas

fachadas das casas colonais, com o passar do

tempo. Contudo, esta transformação será ainda

mais visível nas igrejas (arquitetura religiosa).

Arquitetura colonial

ARQUITETURA MILITAR

Refere-se aos fortes e fortalezas,

destinados à defesa das cidades. Como a

maioria dos ataques estrangeiros

acontecia pelo mar, os fortes localizam-se

ao longo do litoral brasileiro.

Fortaleza de Santa Cruz – Niterói

• Forte da Urca - RJ

Forte dos Reis Magos - Natal

Arquitetura colonial

ARQUITETURA MILITAR

Caracteriza-se pelo uso de materiais resistentes,

como pedras, e apresenta uma forma de

construção mais elaborada que a dos outros dois

tipos.

Tanto materiais (pedras numeradas) quanto a mão-

de-obra especializada costumavam vir de

Portugal para o Brasil, para executar estas

construções.

Interior do forte dos Reis Magos

Arquitetura colonial

ARQUITETURA RELIGIOSA

Abrange as igrejas e demais construções ligadas

ao exercício da religião católica.

É a forma arquitetônica onde percebemos com

maior clareza a transformação do gosto, dos

estilos ao longo do tempo: partindo da influência

clássica para o Barroco.

Arquitetura colonial

ARQUITETURA RELIGIOSA

A fachada de uma igreja geralmente

apresenta estes elementos:

Arquitetura colonial

À medida em que o Barroco se fortalece,

notamos uma tendência cada vez maior

aos frontões curvilíneos, às janelas e

portadas arredondadas e à fachada

repleta de elementos decorativos: relevos,

nichos com esculturas, pilastras

decoradas, etc.