Arte para a eternidade

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Arte para a EternidadeEgito, Mesopotâmia e Creta

ALGUMA FORMA DE ARTE EXISTE EM TODAS AS PARTES DO GLOBO, (...) Não há uma tradição direta que ligue esses estranhos começos aos nossos próprios dias, mas existe uma tradição direta, transmitida de mestre a discípulo, e de

discípulo a admirador ou copista, que liga a arte do nosso tempo, qualquer casa ou qualquer

cartaz, à arte do vale do Nilo de cerca de cinco mil anos atrás. Pois veremos que os mestres gregos frequentaram a escola dos egípcios — e todos

nós somos discípulos dos gregos.

De fato, sabemos que as pirâmides tinham sua importância prática aos olhos dos reis

e seus súditos. O rei era considerado um ser divino que tinha completo domínio sobre eles e, ao

partir deste mundo, voltava a ascender para junto dos deuses donde viera. As pirâmides elevando-se

para o céu ajudá-lo-iam provavelmente a fazersua ascensão.

Fig. 33

FINALIDADE DA ARTE

O que mais importava não era a boniteza,

mas a inteireza. A tarefa do artista consistia em preservar tudo o mais clara

permanentemente possível.FIG JULGAMENTO

Fig 35

Talvez essa rigorosa adesão à regra tivesse algo a ver com a finalidade mágica da

representação pictórica. Pois como poderia um homem com seu braço "posto em perspectiva" ou "cortado" levar ou receber as

oferendas requeridas ao morto?

ESTILO EGÍPCIO

EQUILÍBRIO, ESTABILIDADE E

HARMONIA

O estilo egípcio englobou uma série de leis muito rigorosas, que todo artista tinha que

aprender desde muito jovem. As estátuas sentadas tinham que ter as mãos sobre os joelhos; os homens tinham que ser pintados com a pele mais escura do que as mulheres; a aparência de cada deus egípcio era rigorosamente estabelecida: Horo, o deus-sol,

tinha que ser apresentado como um falcão oucom uma cabeça de falcão; Anúbis, o deus da morte,

como um chacal ou com uma cabeça dechacal.

AMENÓFIS IV – O REBELDEFIG. 38

TUTANKHAMEM – SUCESSOR DE AMENÓFIS IV

FIG. 39

ARTE DA MESOPOTÂMIANão havia pedreiras nesses vales e a maioria

dos edifícios eram construídos com tijolo cozido que, no transcurso do tempo, se

desintegravam e convertiam em pó. A principal razão consiste, provavelmente, em que esses povos não compartilhavam da crença religiosa dos egípcios de que o corpo

humano e sua representação deviam ser preservados para que a alma sobrevivesse.