Post on 17-Apr-2015
ARTRITE GOTOSA/GOTAARTRITE GOTOSA/GOTA
ARTRITE = Inflamação das articulações
GOTOSA: Ela leva esse nome pelo acúmulo do ácido úrico, que fica localizado geralmente nas articulações das extremidades (mãos e pés), ter um formato de uma “gota”.
ARTRITE GOTOSA/GOTAARTRITE GOTOSA/GOTAÉ uma das mais antigas doenças
descritas pela humanidade. É considerada crônica e progressiva.Pode causar sérias deformidades
articulares e invalidez se não tratada corretamente.
EPIDEMIOLOGIAEPIDEMIOLOGIAAcomete cerca de 50.000 pessoas
no Brasil. Ocorrendo em 2 a 3 pessoas a
cada10.000 na população geral.Sua maior incidência ocorre entre
os 30-50 anos de idade, Predomínio do sexo masculino
(95%). No sexo feminino ocorre geralmente
após a menopausa.
ETIOLOGIAETIOLOGIAPode ser causada por dois mecanismos básicos sendo classificada em primaria ou secundária:
Primaria: 95% dos casos esta associado a causas hereditárias ou genéticas, por um defeito no metabolismo das purinas (proteínas) por superprodução (deficiência da HGPRT-ase, glicose-6-fosfatase ou APRT-ase ativa) e/ou defeito na excreção renal de urato (ácido úrico).Secundária: 5% dos casos esta diretamente associado á algumas doenças específicas que podem elevar o acido úrico do corpo por hipoexcreção, como leucemia, insuficiência renal, anemias, diabetes mellitus, hipertensão arterial e hiperparatireoidismo.
FISIOPATOLOGIAFISIOPATOLOGIAA gota é uma alteração metabólica das
proteínas (purinas) que leva ao aumento do ácido úrico no sangue (hiperuricemia) acima de 7,0 mg/dl , ou uma capacidade reduzida dos rins de eliminar o ácido úrico.
Este aumento na concentração de ácido úrico pode provocar a formação de minúsculos cristais de urato que se depositam nos tecidos, principalmente nas articulações.
Formação de cristais nas articulações
FISIOPATOLOGIAFISIOPATOLOGIAO depósito de cristais nos tecidos forma
nódulos inflamatórios e dolorosos; Nas articulações provoca episódios
recorrentes de inflamação (artrite gotosa) e nos rins pode formar cálculos de ácido úrico.
É importante saber que nem todas as pessoas que estiverem com a taxa de ácido úrico elevada (hiperucemia) serão portadoras de gota (somente 20% dos hiperucêmicos desenvolverão a doença).
RESUMOVeja abaixo o processo mais comum de manifestação da
doença:
RESUMOVeja abaixo o processo mais comum de manifestação da
doença:
ESTÁGIOS CLÍNICOSESTÁGIOS CLÍNICOSOs estágios clínicos da gota podem ser divididos em:
1) Hiperuricemia assintomáticaCom início na puberdade, sendo assintomática. Caracterizada pelo nível elevado de ácido úrico em decorrência deficiência no metabolismo das purinas
ESTÁGIOS CLÍNICOSESTÁGIOS CLÍNICOS2) Artrite gotosa aguda
Tem inicio na quarta década de vida, com crises que duram em média 3 a 10 dias.
Caracterizada pela reação inflamatória, normalmente mono ou oligoarticular,
De origem rápida e súbita, extremamente dolorosa que geralmente aumenta durante o período noturno. Afetando primeiramente os dedos dos pés e tornozelos, (metatarsofalangeanas, tarsometatarsianas e tibiotarsicas), joelhos, mãos ,punhos e cotovelos .
ESTÁGIOS CLÍNICOSESTÁGIOS CLÍNICOS2) Artrite gotosa agudaOs sinais e sintomas são :Inchaço, edema, aumento da temperatura no local, pele avermelhada e brilhante no local e ao redor, e aumento da sensibilidade no local. Após uma crise pode acontecer descamação da pele no local afetado.
3) Período IntercríticoCom duração variável. Caracterizada após o primeiro ataque agudo de artrite gotosa, quando esta fica por um período sem aparecer e retorna no período de 6 meses a 2 anos. Nesta fase é necessário uma abordagem clinica e laboratorial ampla, objetivando o controle da doença e a prevenção de complicações para o paciente.
ESTÁGIOS CLÍNICOSESTÁGIOS CLÍNICOS
4) Gota tofácea crônicaCaracterizada pelo aparecimentos de poliartrite crônica (quando afeta varias articulações) algumas vezes com o aparecimento de tofos indolores (acúmulo de microcristais circundados por reação inflamatória) em articulações e tecidos subcutâneos, as dores nesta fase são mais suaves e contínuas, com pouco sinais de inflamação.
CASO CLÍNICOCASO CLÍNICO1º CASO
Paciente, 40 anos . Apresentou a patologia na articulação do
tornozelo aproximadamente 2 anos atrás.O tratamento foi imediato, com a reeducação
alimentar, prática de exercícios físicos e uso de medicamentos.
CASO CLÍNICOCASO CLÍNICO• 2 º CASO
CASO CLÍNICOCASO CLÍNICO
Paciente, 46 anos.Apresentou a patologia na articulação do cotovelo,
dedos das mãos e tornozelo aproximadamente 6 anos atrás.
O tratamento foi tardio, somente depois de 4 anos com a patologia foi tratar. Com isso, teve sequelas da falta do mesmo.
Hoje ele faz reeducação alimentar, pratica exercícios físicos e faz uso de medicamentos naturais composto de plantas medicinais.
DIAGNÓSTICODIAGNÓSTICO
DIAGNÓSTICODIAGNÓSTICORaio X – em um
estágio inicial o exame radiológico é normal ou pode apresentar aumento das partes moles
O exame de raio x serve para visualizar os efeitos da degeneração e o grau de acometimento da articulação inflamada.
RX - Destruição Articular pela Artrite Gotosa
DIAGNÓSTICO DIAGNÓSTICO DIFERENCIALDIFERENCIAL
INFECÇÃO: Celulite, bursite séptica, joanete infectado ou artrite séptica devem ser eliminadas, se necessário pela aspiração imediata da articulação.
DOENÇA DE REITER: Pode apresentar dor aguda e inchaço de um joelho ou tornozelo; porém, a história é mais prolongada e a resposta a drogas anti-inflamatórias é menos dramática.
PSEUDOGOTA: A deposição de cristais de pirofosfato pode causar uma artrite aguda indistinguível da gota, exceto pelo fato de que tende a afetar as articulações grandes, ao invés das pequenas, e é igualmente comum em homens e mulheres. A calcificação articular pode aparecer no raio X. A presença de cristais no fluído sinovial estabelece o diagnóstico.
ARTRITE REUMATÓIDE: A gota poliarticular que afeta os dedos poderá ser confundida com artrite reumatoide, e os tofos do cotovelo, com nódulos reumatoides. Em casos difíceis, a biópsia poderá estabelecer o diagnóstico.
TRATAMENTO MÉDICOTRATAMENTO MÉDICONão há cura definitiva para a gota, já que a maioria dos casos acontecem devido a falhas na eliminação ou na produção do ácido úrico. Como ambas as causas são genéticas, o tratamento não é definitivo.
1)MEDICAMENTOSO
Prescrição médica de antiinflamatórios (como colchicina e antiinflamatório não-hormonal ou corticoesteróides) e uricorredutores (aloputinol).
ORIENTAÇÕES: quanto a redução de peso, dieta pobre em purinas, redução do consumo de bebidas fermentadas e alcoólicas como cerveja e vinho; café; bebidas destiladas; certos peixes (como anchova, salmão e sardinha); frutos do mar; vísceras; conservas; defumados; lentilhas; espinafre; couve-flor e carnes de aves.
ARTIGO ARTIGO A Retrospective Study of the Relationship Between Serum Urate
Level and Recurrent Attacks of Gouty Arthritis: Evidence for Reduction of Recurrent Gouty Arthritis With Antihyperuricemic Therapy
Autores: AKIRA SHOJI, HISASHI YAMANAKA, AND NAOYUKI KAMATANI
Um estudo retrospectivo da relação entre o nível Urato e ataques recorrentes de artrite gotosa: Evidência para a Redução da artrite gotosa recorrente com a Terapia Anti-Hiperuricêmico
15 de junho de 2004 - Colégio Americano de Reumatologia
Estudo feito com 267 pacientes. Drogas Anti-hiperuricêmico, tais como alopurinol e agentes uricosúricos
têmsido amplamente prescritos para pacientes com gota.
Este estudo demonstrou que quanto menor os níveis de ácido úrico, menor a probabilidade de recorrência de ataques de artrite gotosa aguda.
Neste estudo , as drogas anti-hiperuricêmico efetivamente reduz o risco de ataques de gota recorrentes durante a observação daquele período , reduzindo significativamente a concentração de urato.
Portanto, somente o uso de medicamentos já reduz bastante as chances de recidivas, por conta da diminuíção da produção do ácido lático.
TRATAMENTO MÉDICOTRATAMENTO MÉDICO
TRATAMENTO TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICOFISIOTERAPÊUTICO
3) CONSERVADORObjetivo: Redução do quadro álgico Conduta: TENS e corrente interferencial (iontoforese).
Objetivo: Controle do processo inflamatório;
Conduta: Ultrassom
Objetivo: Estimular o uso de órteses, se necessário (diminuir atrito dos tofos gotosos com o calçado e roupas),
Conduta: Orientações sobre o uso da órtese.
TRATAMENTO TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICOFISIOTERAPÊUTICO
3) CONSERVADOR
Objetivo: Estimular o paciente a seguir uma dieta regularmente e praticar exercícios.
Condutas: Orientações quanto aos alimentos que podem ser ingeridos durante todo o tratamento e incentivar a pratica da atividade física.
Objetivo: Melhorar a mobilidade articular
Conduta: Trações manuais passivas e pompagens.
Reduz a rigidez articular e a dor; aumentam a flexibilidade e a força muscular, melhoram a capacidade cardiovascular e contribuem com a redução do peso corporal.
TRATAMENTO TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICOFISIOTERAPÊUTICO
3) CONSERVADOR
Objetivo: Mobilizações ativo-assistidas
Conduta: Movimentos das articulações acometidas
Objetivo: Treino funcional (com intensidade leve)
Conduta: Uso de prancha de equilíbrio, balancim, bolas e cama elástica (MMII), Pegar objetos, escrever (MMSS)
TRATAMENTO TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICOFISIOTERAPÊUTICO
3) CONSERVADOR
Objetivo: Estimulação sensoriomotora
Conduta: Propriocepção (equilíbrio, coordenação e CCF)
Objetivos: Estimular as AVD’s
Condutas: Exercícios funcionais (agarrar, subir e descer escadas)
REFERÊNCIAS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASBIBLIOGRÁFICAS CHIARELLO et al. Fisioterapia Reumatológica. 1 ed. São
Paulo: Manole, 2005.
CORRIGAN, B. MAITLAND, G.D. Ortopedia e Reumatologia:
Diagnóstico e Tratamento. 1 ed. São Paulo: Premier, 2000.
CRUZ,B.A. Gota. Revista Brasileira de Reumatologia. v.46,
n.6. Nov./dez. 2006. p. 419-422
MOREIRA,C.I.; CARVALHO, M.P. Reumatologia: Diagnóstico e
Tratamento. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001.
http://www.clinicaecirurgiadope.com.br/artigos/22
http://www.saudecominteligencia.com.br/gota.htm