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Índice
Introdução....................................5
Capítulo 1 Origem da Igreja...........7
Capítulo 2 Unidade......................11
Capítulo 3 Concordância...............17
Capítulo 4 Oração........................21
Capítulo 5 Evangelização..............31
Capítulo 6 Amor..........................35
Conclusão....................................41
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Introdução
Somos participantes da maior e mais influente
comunidade do mundo: a Igreja. Este fato nos
dá uma ideia muito positiva sobre o meio em
que estamos inseridos. A Igreja a qual me refiro
não são as denominações, mas a fonte delas.
Precisamos entender que a Igreja subsiste
independente das denominações; mas as
denominações são grupos de cristãos inseridos
na Igreja. Também é importante ressaltar que
através dos séculos, a Igreja tem resistido a
ataques diretos de homens, organizações,
grupos sociais, até mesmo grupos religiosos.
Mas o que a Igreja tem de tão especial que
nada nem ninguém consegue detê-la? Porque
os cristãos são um povo que tem resistido
durante tanto tempo sem se extinguir? A
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verdade é que a Igreja é um organismo, que a
Bíblia chama de “Corpo de Cristo”, e jamais
será vencida porque em suas mãos estão as
chaves que abrem as portas para sua benção,
socorro, e proteção. Você faz parte da Igreja?
Se ainda não, eu lhe convido que se ingresse; e
se já é um cristão, continue esta leitura para
juntos sabermos quais são “as chaves da
Igreja”.
Lindomar Gabriel
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Capítulo 1
Origem da Igreja
“E sobre esta pedra edificarei a minha Igreja”
(Mt 16:18)
Durante o período do Antigo Testamento, a
Igreja foi tipificada em diversas passagens
bíblicas, mas para os homens e mulheres
daquela época, a Igreja estava oculta – era um
mistério (Leia Ef 1.3-23). A Igreja estava no
plano de Deus, no Seu eterno propósito. Isto
significa que Deus a projetou, planejou e
investiu para que viesse a ser uma realidade.
Sobre esta pedra. A declaração de Jesus a
Pedro tem sido confundida ao longo do tempo,
e alguns imaginam que Jesus está falando de
Pedro ser a pedra, mas não é isso. Jesus fez
nesta declaração um trocadilho com o nome de
Pedro que no original é Petros e significa
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“fragmentos de pedra” com a palavra pedra
que no original é petra e significa “Rocha”.
Então o significado da afirmação de Jesus é o
seguinte: Sobre esta Rocha edificarei a minha
Igreja. Jesus é a Rocha! Para a Igreja, Ele é a
Rocha de salvação, mas para o mundo, Ele é a
Rocha de tropeço: Por isso também na Escritura
se contém: Eis que ponho em Sião a pedra
principal da esquina, eleita e preciosa; E quem
nela crer não será confundido.
E assim para vós, os que credes, é preciosa,
mas, para os rebeldes, a pedra que os
edificadores reprovaram, Essa foi a principal da
esquina, e uma pedra de tropeço e rocha de
escândalo, (1 Pe 2:6-8).
A Igreja foi idealizada na eternidade, originada
em Jesus, seu fundamento e cabeça.
Pois também eu te digo que tu és Pedro, e
sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as
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portas do inferno não prevalecerão contra ela;
(Mt 16:18)
E sujeitou todas as coisas a seus pés, e sobre
todas as coisas o constituiu como cabeça da
igreja, (Ef 1:22)
Porque o marido é a cabeça da mulher, como
também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele
próprio o salvador do corpo. De sorte que,
assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim
também as mulheres sejam em tudo sujeitas a
seus maridos. (Ef 5:23-24)
Grande é este mistério; digo-o, porém, a
respeito de Cristo e da igreja. (Ef 5:32)
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Capítulo 2
Unidade
Uma Igreja Unida é Invencível!
Muitos de nós cristãos
ainda não sabemos a
força e o poder da
unidade, e por isso
somos constantemente
atacados por divisões
que rompem os relacionamentos de uns com
os outros. Divisões do tipo: Denominacional,
Teológica, Teórica, Filosófica e Pessoal. Muitos
estão divididos por essas questões sem
saberem que a unidade não depende de
similaridade. Sim, pra sermos unidos não
precisamos ser idênticos, não precisamos ter a
mesma liturgia, ou os mesmos costumes; só
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precisamos ter a mesma fé, que vem através da
Palavra de Deus e que nos faz ser novas
criaturas: Rogo-vos, pois, eu, o preso do Senhor,
que andeis como é digno da vocação com que
fostes chamados, Com toda a humildade e
mansidão, com longanimidade, suportando-vos
uns aos outros em amor, Procurando guardar a
unidade do Espírito pelo vínculo da paz.
Há um só corpo e um só Espírito, como também
fostes chamados em uma só esperança da
vossa vocação; Um só Senhor, uma só fé, um só
batismo; Um só Deus e Pai de todos, o qual é
sobre todos, e por todos e em todos vós.
Mas a graça foi dada a cada um de nós
segundo a medida do dom de Cristo.
(Ef 4:1-7).
No v. 2 do texto citado acima está a base para
a unidade: humildade e mansidão. Será que
isso não nos faz lembrar o que disse Nosso
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Mestre quando convidou os cansados e aflitos
para Si? E como Ele se identificou? Vinde a
mim, todos os que estais cansados e oprimidos,
e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e
aprendei de mim, que sou manso e humilde de
coração; e encontrareis descanso para as
vossas almas. (Mt 11:28-29).
Manso e Humilde. É assim que Jesus é e nos
ensina a ser também. Para que haja unidade,
deve haver mansidão e humildade, porque a
Igreja é a junção de pessoas distintas em seus
conceitos familiares, culturais e sociais; mas
mesmo assim, há condições de Unidade em
meio essa diversidade.
Para que sejam um (Jo 17.21,22)
Jesus intercedeu pela Igreja no capítulo 17 de
João, e nesta oração está declarado o Seu
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propósito de Unidade. Por estar registrado nas
Escrituras e por termos as Escrituras como
regra de fé e prática, reconhecemos que a
Unidade é parte do propósito de Deus para Seu
povo, e sabemos que Ele responde
positivamente quando existe unidade entre os
crentes. Confira:
E, cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam
todos concordemente no mesmo lugar; E de
repente veio do céu um som, como de um vento
veemente e impetuoso, e encheu toda a casa
em que estavam assentados. E foram vistas por
eles línguas repartidas, como que de fogo, as
quais pousaram sobre cada um deles. E todos
foram cheios do Espírito Santo, e começaram a
falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo
lhes concedia que falassem. (At 2:1-4).
Eles estavam em união quando o Espírito
Santo desceu no Dia de Pentecostes.
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E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e
na comunhão, e no partir do pão, e nas
orações. E em toda a alma havia temor, e
muitas maravilhas e sinais se faziam pelos
apóstolos. E todos os que criam estavam juntos,
e tinham tudo em comum. E vendiam suas
propriedades e bens, e repartiam com todos,
segundo cada um havia de mister. E,
perseverando unânimes todos os dias no
templo, e partindo o pão em casa, comiam
juntos com alegria e singeleza de coração,
Louvando a Deus, e caindo na graça de todo o
povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à
igreja aqueles que se haviam de salvar. (At
2:42-47)
Deus respondia a unidade, a comunhão e o
temor da Igreja primitiva com sinais, milagres,
salvação e crescimento.
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Oh! quão bom e quão suave é que os irmãos
vivam em união. É como o óleo precioso sobre a
cabeça, que desce sobre a barba, a barba de
Arão, e que desce à orla das suas vestes.
Como o orvalho de Hermom, e como o que
desce sobre os montes de Sião, porque ali o
SENHOR ordena a bênção e a vida para
sempre. (Sl 133:1-3)
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Capítulo 3
Concordância
E eu te darei as chaves do reino dos céus; e
tudo o que ligares na terra será ligado nos
céus, e tudo o que desligares na terra será
desligado nos céus. (Mt 16:19)
A concordância tem o
poder de abrir portas
que jamais seriam
abertas por outros
meios. Através da
concordância curas podem acontecer, milagres
podem ser realizados, situações podem ser
revertidas, mas com uma concordância
baseada na Palavra de Deus. Não adianta eu
concordar com meu irmão que eu serei o
presidente do país e ele será o vice que isso
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não vai acontecer! É sério! Não é uma
brincadeira de dizer ao final da oração dos
outros a frase mágica: eu concordo. Não são
assim que as coisas funcionam com Deus. Em
primeiro lugar, tudo o que diz respeito a
receber de Deus inclui concordar com Ele. As
vezes orações não tem alcançado êxito devido
a falta de sincronia com a vontade de Deus: E
esta é a confiança que temos nele, que, se
pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade,
ele nos ouve. (1 Jo 5:14)
Para sabermos se nossas petições estão em
concordância com Deus é simples; é só ter o
bom senso e analisar se não estamos querendo
e orando por coisas sem necessidade ou
prejudiciais a nós ou a outros. Cobiçais, e nada
tendes; matais, e sois invejosos, e nada podeis
alcançar; combateis e guerreais, e nada tendes,
porque não pedis. Pedis, e não recebeis, porque
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pedis mal, para o gastardes em vossos
deleites. (Tg 4:2-3)
Segundo o texto referido, é necessário avaliar
as motivações da oração.
Em segundo lugar, a concordância abrange a
união entre os cristãos, um mesmo sentimento,
uma disposição legítima para promover o bem.
Qualquer grupo de cristãos que desejarem
saúde, santificação, revestimento de poder e
muito mais, desde que estejam empenhados
no mesmo propósito certamente alcançarão o
que precisam. No tocante ao contexto da
passagem de Mt 18.18, Jesus ensina que a
concordância promove uma importante área na
Igreja: a disciplina. Só onde há concordância
também existe verdadeira disciplina. No
mesmo contexto também fala da real presença
de Cristo em meio aos crentes por causa da
concordância. Ora, se teu irmão pecar contra ti,
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vai, e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir,
ganhaste a teu irmão; Mas, se não te ouvir,
leva ainda contigo um ou dois, para que pela
boca de duas ou três testemunhas toda a
palavra seja confirmada. E, se não as escutar,
dize-o à igreja; e, se também não escutar a
igreja, considera-o como um gentio e publicano.
Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na
terra será ligado no céu, e tudo o que
desligardes na terra será desligado no céu.
Também vos digo que, se dois de vós
concordarem na terra acerca de qualquer coisa
que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai,
que está nos céus. Porque, onde estiverem dois
ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no
meio deles. (Mt 18:15-20)
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Capítulo 4
Oração
E, tudo o que pedirdes na oração, crendo, o
recebereis. (Mt 21:22)
Quando falamos de
oração normalmente
sabemos que as
pessoas não ficam
surpresas, e já até
imaginam o que virá a ser falado. Pregações
sobre oração geralmente cansa os ouvintes,
mas não deveria ser assim. Estamos
acostumados com o ritmo e maneira com que
oramos; o que prejudica nossa comunhão com
Deus. É necessário crescermos neste assunto e
sempre aprender sobre a oração, nunca
estamos tão craques a ponto de não precisar
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melhorar. Os discípulos de Jesus queriam
aprender orar; não porque eles não sabiam,
mas porque queriam orar a ponto de serem
ouvidos por Deus e alcançar as respostas.
Precisamos entender alguns aspectos da
oração. A seguir, está uma lista de observações
acerca da oração.
Natureza da oração
Primeiramente, a oração abrange a confissão
de pecados a Deus: Confessei-te o meu pecado,
e a minha maldade não encobri. Dizia eu:
Confessarei ao SENHOR as minhas
transgressões; e tu perdoaste a maldade do
meu pecado. (Sl 32:5)
Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e
justo para nos perdoar os pecados, e nos
purificar de toda a injustiça. (1 Jo 1:9)
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Em segundo lugar, a oração também é súplica:
O qual, nos dias da sua carne, oferecendo, com
grande clamor e lágrimas, orações e súplicas ao
que o podia livrar da morte, foi ouvido quanto
ao que temia. (Hb 5:7)
Em terceiro, agradecimento também faz parte
da oração: Não estejais inquietos por coisa
alguma; antes as vossas petições sejam em
tudo conhecidas diante de Deus pela oração e
súplica, com ação de graças. (Fp 4:6)
Quarto lugar; interceder é incluso na oração:
Confessai as vossas culpas uns aos outros, e
orai uns pelos outros, para que sareis. A oração
feita por um justo pode muito em seus efeitos.
(Tg 5:16)
Em quinto, oração precisa estar atrelada a
comunhão com Deus: Se vós estiverdes em
mim, e as minhas palavras estiverem em vós,
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pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito.
(Jo 15:7)
Diante de tais observações sobre oração,
ainda encontramos pessoas com dúvida sobre a
eficácia dela. Tenho me deparado algumas
vezes com a pergunta: “Se eu oro, porque não
recebo resposta?”
Bom, penso que seria melhor responder esta
pergunta com mais algumas observações a
seguir.
Impedimentos à oração
Eis que a mão do SENHOR não está encolhida,
para que não possa salvar; nem agravado o seu
ouvido, para não poder ouvir. Mas as vossas
iniqüidades fazem separação entre vós e o
vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o
seu rosto de vós, para que não vos ouça. (Is
59:1-2) Este é o maior impedimento à oração:
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Pecados não confessados. Que fazer então em
relação a isso? Confessar é a melhor coisa a
fazer, e se desprender do fardo do pecado,
derrubando a barreira de impedimento entre
nós e Deus – quem confessa e abandona o
pecado, com certeza alcança misericórdia.
Jesus é nosso advogado diante do Pai, e nos
livra da culpa do pecado sempre que
confessamos a Ele e buscamos seu perdão.
Porque, se perdoardes aos homens as suas
ofensas, também vosso Pai celestial vos
perdoará a vós; se, porém, não perdoardes aos
homens as suas ofensas, também vosso Pai vos
não perdoará as vossas ofensas. (Mt 6:14-15)
Por um lado temos um Pai amoroso,
compassivo, misericordioso; mas por outro
lado temos feridas provocadas por outras
pessoas em nós. Porém, se Deus nos perdoa
sempre que reconhecemos e necessitamos,
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porque negar o perdão a alguém que nos
ofendeu? Liberar perdão, ou simplesmente
decidir esquecer a ofensa recebida, e tratar o
ofensor como se nada aconteceu parece um
tanto estranho; mas o maior beneficiado
quando perdoamos alguém é a pessoa que
libera o perdão. Tenho aprendido que não
temos o “direito de reter o perdão”.
Pedis, e não recebeis, porque pedis mal, para o
gastardes em vossos deleites. (Tg 4:3) Egoísmo
é um grande impedimento a oração. Deus não
atende orações com teor egoísta! Certa vez
ouvi um pregador orando no culto de oração –
pois ouvia muitos orando naquela reunião e era
impossível não ouvi-lo – e na sua oração dizia:
Deus me usa, Deus mostra para todos que eu
sou teu escolhido, me honra Senhor. Não sou
juiz, mas uma oração assim está cheia de
egoísmo. Em vez de orar para Deus usar os
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pregadores, o irmão se preocupava só consigo
mesmo. Em vez de buscar a honra a glória para
Deus, pedia honra a si mesmo. Como disse, não
sou juiz, mas depois não reclame se Deus não
te responder, pois uma oração egoísta não tem
eficácia para Deus.
Igualmente vós, maridos, coabitai com elas
com entendimento, dando honra à mulher,
como vaso mais fraco; como sendo vós os seus
co-herdeiros da graça da vida; para que não
sejam impedidas as vossas orações. (1 Pe 3:7)
Nesse contexto de 1Pe 3.1-7 encontramos
normas de respeito no casamento, tanto da
mulher quanto do homem. E no final do
versículo 7 explica que a quebra desse respeito
acarreta em impedimento as orações. É
importantíssimo que no lar haja harmonia
entre o casal e entre pais e filhos.
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E da mesma maneira também o Espírito ajuda
as nossas fraquezas; porque não sabemos o que
havemos de pedir como convém, mas o mesmo
Espírito intercede por nós com gemidos
inexprimíveis. (Rm 8:26) Não sabemos pedir
como convém significa que não temos
conhecimento suficiente para pedir o que
realmente necessitamos. Falta de
conhecimento é ignorância. Às vezes temos
visto pouco resultado de oração por causa da
ignorância. Mas quanto a isso, não temos
muito a fazer, precisamos confiar no Espírito
Santo que intercede por nós, e trata do nosso
assunto resultando em resposta para as
orações.
Peça-a, porém, com fé, em nada duvidando;
porque o que duvida é semelhante à onda do
mar, que é levada pelo vento, e lançada de uma
para outra parte. (Tg 1:6) A dúvida anula nossa
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oração, porque se pedimos algo, e não cremos
que Deus pode fazê-lo seria melhor não pedir.
Ir até o Senhor em oração sem crer que Ele nos
ouve é uma tolice. Mas creia que Ele nos ouve
em tudo o que pedimos, e nos atende segundo
o que necessitamos, tenha confiança de que
nada é impossível para Deus. “E, tudo o que
pedirdes na oração, crendo, o recebereis. (Mt
21:22)”
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Capítulo 5
Evangelização
E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o
evangelho a toda criatura. (Mc 16:15)
Evangelização pode
ser definida como um
processo que se inicia
quando “pregamos”,
se estende quando as
pessoas “creem” na
mensagem, e se encerra quando essas pessoas
se tornam “discípulos” – cristãos autênticos.
Portanto, Evangelização não se resume em
“pregar” apenas, mas ensinar e contribuir para
que as pessoas se tornem cristãos autênticos.
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Isto é uma poderosa chave para crescimento
da Igreja. Evangelismo cada um de nós realiza
independente das demais pessoas, mas
Evangelização é dependente de um grupo
como um todo. Evangelização é um conjunto
de trabalhos feitos por várias pessoas; tem o
agente que prega, tem o agente que cuida, tem
o agente que busca, tem o agente que anima,
tem o agente que recepciona, o agente que
disciplina, por fim, um processo que depende
de várias pessoas. Por isso que muitos crentes
não têm sucesso no evangelismo, pois isso tem
sido trabalhado de maneira isolada das demais
coisas necessárias. Por exemplo: Evangelizar
um enfermo pode não dar resultado se quando
ele vier no culto na Igreja ele se deparar com
som alto – em vez de ganhar o enfermo, iremos
escandaliza-lo. Outro exemplo: Do que adianta
evangelizar um idoso, e quando ele chegar a
Igreja, os demais irmãos não estiverem
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conscientizados de que é necessário ceder o
lugar para os idosos, e deixa-lo em pé – o idoso
não virá mais.
Evangelização então é um conjunto de
elementos, e agentes tratando esses elementos
fazendo deles um conjunto para que haja
crescimento e salvação de almas.
Crescimento é resultado da Evangelização
Podemos criar métodos de crescimento, até
investir para colocar em prática esses métodos
para consegui-lo. Mas não podemos deixar de
olhar para a Evangelização e aplica-la como um
método estratégico de Deus. Não é tão
importante promover crescimento, mesmo
porque, ajuntar gentes, até os cantores do
mundo fazem. Quando se fala de crescimento
da Igreja a luz da Bíblia, significa que é um
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crescimento com duas bases; qualitativo e
quantitativo.
E, perseverando unânimes todos os dias no
templo, e partindo o pão em casa, comiam
juntos com alegria e singeleza de coração,
Louvando a Deus, e caindo na graça de todo o
povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à
igreja aqueles que se haviam de salvar.
(At 2:46-47)
Note no texto acima, que havia crescimento;
Deus mesmo acrescentava – dava crescimento
com qualidade. A Igreja crescia com “salvos” e
não com ouvintes e simpatizantes; “e todos os
dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que
se haviam de salvar”. O verdadeiro crescimento
é evidenciado em vidas transformadas.
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Capítulo 6
Amor
Nisto todos conhecerão que sois meus
discípulos, se vos amardes uns aos outros
(Jo 13:35)
As instituições oferecem
amor, mas com certa
medida. Sejam elas
instituições de caridade, de
recuperação, ou qualquer
outro tipo, para realizarem
suas tarefas logicamente tem amor, mas ao
terminar os recursos financeiros não resta
muito a fazer. Já a Igreja, não depende
somente de recursos financeiros para
demonstrar amor, pois este vem de Deus; uma
inesgotável fonte de amor. Deus é amor, e tem
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isto intrínseco em seu caráter: Aquele que não
ama não conhece a Deus; porque Deus é amor.
E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus
nos tem. Deus é amor; e quem está em amor
está em Deus, e Deus nele. (1Jo 4:8,16)
Amor é um atributo de Deus. Os atributos de
Deus são classificados de duas formas:
Exclusivos (não comunicáveis) e Morais
(comunicáveis). Os atributos exclusivos de Deus
são aqueles que Ele não comunica com mais
ninguém, é Exclusividade da Trindade. Como
exemplo de atributos exclusivos de Deus
podemos citar a Onipotência, Onisciência e
Onipresença. Já os atributos morais de Deus
são aqueles que são comunicáveis, e que
precisam ser parte da nossa vida. Atributos
morais por exemplo, são: Santidade (Deus
deseja que sejamos santos como Ele é Santo).
Verdade (Ele é verdadeiro e quer que sejamos
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também). Misericórdia (Precisamos exercer
misericórdia, pois Ele é misericordioso para
conosco).
Então; o amor é um atributo moral de Deus.
Sendo assim, chegamos a conclusão que faz-se
necessário exercer o amor cristão.
O amor divino já está provado: Mas Deus
prova o seu amor para conosco, em que Cristo
morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.
(Rm 5:8)
Com o passar dos anos, as muitas diferenças
doutrinárias entre as denominações tem
levantado discussões acerca de qual sistema
embutido de regras, tradições e mandamentos
são os que agradam a Deus. A resposta para
todas as regras e mandamentos é a que Bíblia
apresenta. Regras sem amor são o mesmo que
ditadura denominacional. Mas o amor é o
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cumprimento da Lei de Deus: A ninguém devais
coisa alguma, a não ser o amor com que vos
ameis uns aos outros; porque quem ama aos
outros cumpriu a lei. Com efeito: Não
adulterarás, não matarás, não furtarás, não
darás falso testemunho, não cobiçarás; e se há
algum outro mandamento, tudo nesta palavra
se resume: Amarás ao teu próximo como a ti
mesmo. O amor não faz mal ao próximo. De
sorte que o cumprimento da lei é o amor. (Rm
13:8-10)
Agradar a Deus é simples, basta corresponder
com Seu Amor demostrando amor ao próximo.
O amor tem sido uma chave excelente para a
Igreja de Cristo. Com amor as barreiras são
rompidas. Somos reconhecidos como cristão
autênticos pelo amor que exercemos (Jo
13:35). Não podemos deixar que o amor ao
mundo, isto é, o apego às coisas mundanas
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esfrie o amor cristão que a Igreja tem. Só o
pecado pode esfriar o amor. E, por se
multiplicar a iniqüidade, o amor de muitos
esfriará. (Mt 24:12)
Jesus protesta contra uma Igreja que perdeu o
amor, e exorta a que volte, busque e pratique o
amor cristão com fidelidade: Tenho, porém,
contra ti que deixaste o teu primeiro amor.
Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te,
e pratica as primeiras obras; quando não,
brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o
teu castiçal, se não te arrependeres.
(Ap 2:4,5)
Pegue a sua Bíblia agora, e medite em dois
textos importantes: Jo 3:16 e 1Jo 3:16.
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Conclusão
Unidade, Concordância, Oração, Evangelização
e Amor são chaves indispensáveis a Igreja de
Cristo. Essas chaves estão conosco, basta
usarmos cada uma delas de acordo com a
necessidade. Portas e algemas serão abertas
pelo poder de Deus quando as chaves
disponibilizadas a nós estiverem sendo usadas
com fidelidade no Reino de Deus. Você e eu
somos a Igreja do Senhor, nas nossas mãos
estão as chaves que garantem vitória espiritual
em todo tempo. No início da Igreja, na época
apostólica, ou podemos chamar de Igreja
Primitiva; constituída por crentes como Pedro,
Tiago e João, Maria, Paulo e Barnabé, Dorcas,
Lídia e Timóteo, vemos que essas chaves eram
relevantes para a comunidade cristã. Para eles
foram fundamentais e para nós devem ser
também: E perseveravam na doutrina dos
A s C h a v e s d a I g r e j a P á g i n a | 42
apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e
nas orações. E em toda a alma havia temor, e
muitas maravilhas e sinais se faziam pelos
apóstolos. E todos os que criam estavam juntos,
e tinham tudo em comum. E vendiam suas
propriedades e bens, e repartiam com todos,
segundo cada um havia de mister. E,
perseverando unânimes todos os dias no
templo, e partindo o pão em casa, comiam
juntos com alegria e singeleza de coração,
Louvando a Deus, e caindo na graça de todo o
povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à
igreja aqueles que se haviam de salvar. (At
2:42-47)
Isto é um modelo de Igreja, que mesmo diante
de problemas e dificuldades é portadora das
chaves que Deus nos deixou a disposição.