Aula 06 história do design gráfico

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Abstracionismo e concretismo

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HISTÓRIA DODESIGN GRÁFICO

Prof. Ms. Elizeu N. Silva

O abstracionismo nas artes se constitui como

ruptura radical com a tradição artística da

representação pictórica, ou seja, a representação

das imagens naturais.

A invenção da fotografia no começo do século XIX

levará os artistas a reproduzir as formas de maneira

impressionista. Abre-se, desta forma, um novo

caminho estético que conduzirá os mais radicais à

reduções absolutas e finalmente à forma abstrata.

Caipirinha, de Tarsila do Amaral

As senhoritas de Avignon (1907), de Pablo Picasso

Peixe cantor (1907), de Joan Miró

Arabesco folhado, de Andruchak

Alguns artistas se encarregam de explorar a estética

a limites desconhecidos.

Compositio VIII, de Vassily Kandinsky, 1923

Daí à exploração das formas

geométricas puras, foi um pulo –

salto dado pelo holandês Piet

Mondrian nos anos 1920, com o

Neoplasticismo.

Mondrian defenderá uma limpeza total da pintura.

Por “limpeza”, entende a eliminação de todos os

traços representativos e limitando a criação à

artificialidade – ou seja, à criação do artista –,

usando sempre cores primárias (azul, amarelo,

vermelho) saturadas, bem como o preto e o branco.

O neoplasticismo eliminava o individualismo da

arte, reduzindo-a a seus elementos constitutivos

primordiais, como a linha, o espaço e a cor.

O nome “arte concreta” é uma criação de 1930 do

também holandês Theo Van Doesburg, que

produziu obras dadaístas, do neoplasticismo e

concretistas. Foi um dos líderes do De Stijl e

professor da Bauhaus.

Doesburg não

pensava numa nova

estética, mas tão

somente descrever

uma arte

completamente

dissociada da

representação da

natureza. Segundo

Ferreira Gullar, trata-

se de uma redefinição

da pintura não

figurativa.

O primeiro defensor da arte concretista no Brasil é

o crítico de arte e ensaísta Mário Pedrosa, que

influenciou artistas como Ivan Serpa e Almir

Mavignier.

Ivan Serpa

Almir Mavignier

A primeira exposição acontece no MAM/SP em

1952.

O artista concretista deseja tão somente a

concretização de uma ideia que pode ser

compreendida, porém sem expressar a

subjetividade do artista.

Produzem sob uma base racional, fundamentada

na Gestalt e vinculada à matemática (geometria).

Trata-se de uma crítica ao ilusionismo das

representações da natureza, de uma negação ao

cromatismo tonal e aos truques ópticos que dão

movimento às formas.

Os artistas concretistas adotam materiais como

tinta industrial, esmalte, acrílico, aglomerado de

madeira e outros materiais industriais.

De certa forma, apresentam por meio da arte um

contraponto ao atraso da arte e da sociedade

brasileira, visto como cultura colonizada e

subdesenvolvida – inclusive em outros setores,

como economia, política, educação, saúde etc.

Abstração, de Judith

Lauand

Na literatura, o Concretismo tem nos irmãos Décio

Pignatari e nos irmãos Haroldo e Augusto de

Campos os principais nomes.

Os três lançaram em 1952 a revista Noigandres

que se constituiu no marco fundador da poesia

concretista internacional.