Post on 30-Jun-2015
Introdução à Parasitologia
Prof. Esp.: Anny C. G. Granzoto
1
O que é parasitologia? É o estudo dos parasitas ou doenças parasitárias,
métodos de diagnóstico e controle de doenças parasitárias. Relação íntima e duradoura entre indivíduos de duas espécies distintas a nível
histológico.Na maioria dos casos um organismo (o hospedeiro)
passa a constituir o meio ecológico onde vive o outro (o parasito).”
Grupos estudadosProtozoários HelmintosArtrópodes 2
OBJETIVO
Conhecer o parasitismo num contexto ecológico e como forma
de relação entre os seres vivos.
3
Parasitismo
É toda associação desenvolvida entre indivíduos de espécies diferentes, em
que se observa além de associação íntima e duradoura, uma dependência metabólica de grau variado, onde um organismo não só vive às custas de
outro organismo, mas depende bioquimicamente deste.
4
Origem do parasitismo
Evolução de uma associação onde um organismo menor foi beneficiado com
proteção e obtenção de alimento.
Parasito ⇝ agressor
Hospedeiro ⇝ organismo que alberga
o parasito
5
“ A doença parasitária é um acidente que ocorre em consequência de um
desequilíbrio entre hospedeiro e o parasito.”
(NEVES, 1991)
6
Hospedeiro: é um organismo que alberga o parasito.
• Natural fonte obrigatória
• Acidente ou ocasional não obrigatória
7
Âmbito da Parasitologia
Servir de fundamento para patologia, diagnóstico, terapêutica, epidemiologia
e profilaxia das doenças parasitárias.
8
Interesse médico na parasitologiaIDENTIFICAÇÃO diagnóstico
BIOLOGIA patologia transmissão tratamento controle
RELAÇÃO PARASITO X HOSPEDEIRO prognóstico
9
Importância do estudo da parasitologia
• Brasil :
55,3% crianças parasitadas
51% poliparasitadas
consequências
10
• O parasitismo pode causar incapacidade funcional
• A doença parasitária pode levar à morte
11
• As doenças parasitárias são freqüentes na população mundial
• Alguns parasitos representam grave problema de saúde pública
12
Dados importantes para estudar a parasitologia
13
14
Para que uma parasitose se instale e se propague ...
• É necessário condições favoráveis (temperatura, umidade, altitude), indispensáveis exigidas pela espécie parasita, compondo o FOCO NATURAL DA DOENÇA.
• Potencial biótico elevado• Baixas condições de vida• Deficiência de higiene• Presença de hospedeiro susceptível• Migrações humanas
15
16
Ano Total Pop. Urbana % Pop. rural %
1940 41.000.000 13.000.000 30 28.000.000 70
1970 93.000.000 82.000.000 56 41.000.000 44
1996 157.000.000 124.000.000 78 33.000.000 22
2000 170.000.000 138.000.000 80 32.000.000 20
Fonte : IBGE
Mecanismo de transmissão
saúde públicaPara haver a “transmissão“ de um parasito
são necessários:Ex.: E. histolytica
Fonte de infecção portador assintomáticoForma infectante cistosVeículo de transmissão água e alimentos
contaminadosVia de penetração boca
17
Portas de entrada do parasito
• Contaminação direta no ambiente• Inoculação por insetos transmissores• Inoculação por objetos• Contato com outras pessoas• Alimentação : carne verduras água
18
19
URBANIZAÇÃO DA SOCIEDADE
O êxodo rural, motivado pela forte concentração de renda, pela inexistência de
uma política agrícola séria e pela não execução da reforma agrária, tem “inchado” desordenadamente as cidades de pequeno,
médio e grande porte.
20
Mecanismos de transmissão de
parasitoses
Fecal – Oral (ingestão); Congênito; Sexual; Pele• penetração ativa de larvas;• vetorial (inoculativa e contaminativa);
21
Fatores envolvidos na propagação de doenças
22
“Sob o ponto de vista parasitológico, veremos que são nas classes mais baixas que os parasitos encontram campo fértil para, paulatinamente, sugarem a saúde física e mental da população. Crianças e adultos se transformam em seres improdutivos, sendo causas e consequências do subdesenvolvimento. Apáticos, não são capazes de buscar ou exigir uma mudança da estrutura social e sanitária reinante [...] Por isso, nessas situações, não se pode jamais pensar em “descaso das autoridades”. [...]O desequilíbrio social, a falta de serviços sanitários, a falta de oportunidades e a falta de escolas existem pela omissão da população, que se permite permanecer submissa e alienada...”
NEVES, Parasitologia Dinâmica 3ª ed pag7
23
Causas que contribuem para o aumento das parasitoses
• Crescimento desordenado das cidades criando os chamados cinturões de pobreza com elevada densidade populacional em estado de confinamento
• Condições de vida e higiene das comunidades
24
• Hábitos e costumes das pessoas
• Falta de: abastecimento de água
esgotos
coleta de lixo
tratamento dos dejetos..
25
• Moradia inadequada
• Salários insuficientes
• Nutrição deficiente
• Educação insuficiente
26
27
28
Fatores envolvidos no controle integrado de
doenças
29
Por que as doenças parasitárias estão associadas à pobreza, à fome, ao analfabetismo e a
injustiça social?
30
A transmissão dos enteroparasitos está diretamente relacionada com as condições de vida e higiene das comunidades urbanas e rurais
31
A alta prevalência de parasitos entre as populações de baixo nível sócio-econômico é resultante do padrão de vida, de higiene e de educação, os quais, são inadequados e
deficientes.
32
A erradicação de parasitoses intestinais requer melhorias das condições sócio-econômicas, no saneamento básico e
na educação sanitária, além de mudanças de certos hábitos culturais.
33
34
“O tipo de sociedade organizada por nós e as condições ambientais e sanitárias implementadas é que permitem a proximidade e o afastamento das espécies nocivas.Poderíamos dizer que as parasitoses são doenças criadas pelos próprios humanos, ou seja, elas são doenças decorrentes de nossa ação ou omissão”
Neves, 2009
Modalidades de parasitismoEm relação ao número de hospedeiros:
Monoxênico ↪parasito com apenas 1 hospedeiro
Ex.: Trichomonas vaginalis
Heteroxênico ↪parasito com mais de um hospedeiro. Ex.:Toxoplasma gondii
35
Em relação ao habitat
• Normal
• Errático ou ectópico ↪ vive fora do seu habitat normal
• Obrigatório ↪ é aquele incapaz de viver fora do hospedeiro. Ex.: T. gondii
36
Em relação ao tipo de hospedeiro:
H. Definitivo: possui o parasito em fase adulta ou fase de atividade sexual Ex.: Gato ( T. gondii)
H. Intermediário: possui o parasito em fases larvárias ou fase assexuada
37
Em relação ao ciclo do parasito
• Autoxênico↪ ciclo onde todas as formas evolutivas do parasito são encontradas em apenas um hospedeiro ( Sarcoptes scabei - sarna)
• Monoxênico ↪ ciclo onde parte das formas evolutivas do parasito são encontradas em um hospedeiro e a outra parte no ambiente ( T. vaginalis)
• Heteroxênico ↪ ciclo onde parte das formas evolutivas do parasito são encontradas diferentes hospedeiros ( Schistosoma mansoni )
38
Tipos de Vetores Vetor ⇨ é um artrópode, molusco ou veículo
capaz de transmitir o parasito entre dois hospedeiros.
Biológico⇝quando além de ser transmitido, o parasito tb se reproduz ou se desenvolve no vetor. Ex.: Barbeiro
• Mecânico ⇝quando o parasito não se multiplica nem se desenvolve no vetor, este simplesmente serve de transporte.
• Inanimado ou fômite ⇝ quando o parasito é transportado por objetos, tais como lenços, seringas, espéculos, talheres, etc. Ex.: T. vaginalis
39
40
Relação Parasito- Hospedeiroequilíbrio da vida
Associações entre os animais
Os animais nascem, crescem, reproduzem-se, envelhecem e morrem, porém a espécie:
• Adapta-se
• Evolui
• Permanece como população ou grupo
Assim, muitas espécies passam a conviver num mesmo ambiente, gerando associações que podem ser: Harmônica ou positiva
Desarmônica ou negativa
41
Formas de interação entre os seres vivos
Harmônica ou positiva há benefício mútuo ou ausência de prejuízo mútuo
Desarmônicas prejuízo para alguns dos
participantes
42
Tipos de Associações entre osAnimais
- Competição;- Canibalismo;- Predatismo;- Parasitismo;- Comensalismo;- Mutualismo;- Simbiose.
43
harmônicas
Onde se localizam os parasitos?
• Sobre o corpo ECTOPARASITOS
• Dentro do corpo ENDOPARASITOS
• No ambiente ( formas de resistência ou formas de vida livre dos parasitos)
44
Localização
• Ectoparasito↪ atua apenas sobre a pele ou na epiderme ( Pediculus humanus humanus)
• Endoparasito ↪ atua sobre as mucosas e tecidos internos ( Trichinella spiralis - helminto que vive
mergulhado na mucosa duodenal )
45
Tipos de desenvolvimento
• Infecção ( relacionado com endoparasitismo)
“ penetração e desenvolvimento, ou multiplicação, de um agente infeccioso no homem ou animal”
( inclusive vírus, bactérias, protozoários e helmintos)
• Infestação ( relacionado com ectoparasitismo )
“ é o alojamento, desenvolvimento e reprodução de artrópodes na superfície do corpo ou vestes”
46
47
48
AÇÃO PATOGÊNICA
Ação do parasito sobre o hospedeiro
49
Ação dos parasitos sobre o hospedeiro
“Nem sempre a presença de um parasito em um hospedeiro
indica que está havendo ação patogênica do mesmo.”
(NEVES, 1991)
50
Equilíbrio da relação parasito-hospedeiro depende...
Espécie do parasitoIdadeEstado nutricionalCondições sanitárias,Nível de resposta imunitária do
hospedeiro
51
Ação dos parasitos sobre o hospedeiro
Ação espoliativa
Quando o parasito absorve nutrientes ou mesmo sangue do hospedeiro. Ex.: hematofagismo dos triatomídeos ou de mosquitos, Giardia no duodeno
Ação tóxica
É resultante quer seja da produção de metabólitos por algumas espécies que podem lesar o hospedeiro ou da inoculação, introdução no organismo de secreções dos parasitos.
Ex.: Plasmodium libera substâncias responsáveis pela febre
52
53
Ação expoliativa
54
Ação mecânica
Algumas espécies podem impedir o fluxo natural de alimento, bile ou absorção alimentar do hospedeiro. Ex.: Ascaris “atapetando” o duodeno.
Ação traumática Quando há lesão de células ou tecidos por meios
mecânicos ou químicos do parasito. Ex.: rompimento das hemácias pelo plasmódio; lesões da mucosa intestinal do IG pela ameba
55
Ação mecânica:obstrução intestinal pelo Ascaris
56
Ação irritativa
Presença constante do parasito que, sem produzir lesões traumáticas, irrita o local parasitado. Ex.: lábios dos A. lumbricoides A. lumbricoides na mucosa intestinal. na mucosa intestinal.
57
Problemas associados às parasitíases
• Dermatites
• Gastrenterites
• Parasitemias
• Linfopatias
• Cardio e miopatias
• Neuropatias
• Doenças crônicas ( portadores )
58
Nenhum ecossistema é permanente, há uma
sucessão de comunidades e de fatos, até que se apresente estável onde uma ou várias espécies apresentam desenvolvimento máximo, em perfeito equilíbrio com o resto do ambiente.
59
60
Períodos da interação parasito-hospedeiro
Durante a interação parasito-hospedeiro, existem diversos períodos que se iniciam com a infecção do hospedeiro e terminam
com sua cura ou morte.
Estes períodos podem ser....
Períodos Clínicos e Parasitológicos
Clínicos
Parasitológicosperíodo de incubação período pré-patente
sintomático período patente
Latente subpatente
61
• Período pré-patente (PPP): período que decorre entre a infecção e o aparecimento das primeiras formas detectáveis do agente infeccioso.
Obs.: não consegue identificar o parasito logo após a infecção. Ex.: esquistossomose PPP aprox. 43dias após a penetração da cercária p/ o aparecimento de ovos nas fezes
Período patente: período no qual o parasito pode ser facilmente demonstrável por qualquer método laboratorial
Período subpatente: período em que a presença é difícil de ser demonstrada.
62
Glossário
63
Termos técnicos usados na parasitologia
Agente etiológico
É o agente responsável pela origem da doença
Antroponose
Doença exclusivamente humana. Ex.: filariose
Antropozoonose Doença primária de animais, que pode ser
transmitida dos animais. Ex.: brucelose, sendo o homem um hospedeiro acidental.
64
Epidemiologia
É o estudo da distribuição ( idade, sexo, raça, geografia) e dos fatores determinantes ( fatores de risco) da frequência de cada doença ( tipo de patógeno, meio de transmissão)
Fonte de infecção
Pessoa, coisa ou substância da qual o agente infeccioso passa diretamente a um hospedeiro.
Ex.: carne com cisticerco
65
Infecção
Ocorre penetração e desenvolvimento ou multiplicação do agente infeccioso dentro do organismo de humanos ou animais (bactérias, vírus, protozoários)
Infestação
Ocorre alojamento, desenvolvimento e reprodução de artrópodes na superfície do corpo ou vestes.
66
Parasitemia É o número de parasitos no sangue.
Patogenicidade A habilidade do agente infeccioso provocar lesões.
67
Patogenia
Mecanismo de ação do agente patogênico.
Período de incubação Período decorrente entre o tempo da infecção
(exposição ao agente) e o aparecimento dos primeiros sintomas.
68
Portador ⇨ hospedeiro infectado que alberga o agente infeccioso, sem manifestar sintomas, mas capaz de transmiti-lo a outrem, neste caso portador assintomático.
Profilaxia
É o conjunto de medidas que visam a prevenção, controle ou erradicação das doenças parasitárias.
69
Reservatório
Qualquer ser vivo ou matéria orgânica inanimada onde vive e se multiplica um agente infeccioso, sendo vital para este a presença de tais reservatórios e sendo possível a transmissão para outros hospedeiros (OMS). Também é relacionado com a capacidade de manter a infecção, sendo esta pouco patogênica para o reservatório. Ex.: barbeiro que aloja em seu organismo o T. cruzi.
70
Zoonose
Doenças e infecções que são naturalmente transmitidas entre animais vertebrados e o homem. Ex.: doença de Chagas
Zooantroponose
Doença primária do homem, que pode ser transmitida aos animais. Ex.: esquistossomose
71
Com esses conceitos...
Explica o porquê dos parasitos não se distribuírem ao acaso nas várias regiões do globo, uma vez que existe especificidade parasitária e mesmo dentro do hospedeiro, o parasito possui o órgão de eleição.
72
Atividade em grupo 4 pessoas...
1. Estabelecer conceitos para os seguintes termos:
1. Parasitologia2. Parasitismo3. Parasito4. Hospedeiro5. Vetor Deverá ser formulada uma frase contendo os 5
conceitos que deverá ser entregue por escrito
1. Cite 5 medidas profiláticas que podem ser adotadas
para o combate de parasitoses.
BOM TRABALHO !!!
73
Classificação dos seres vivos e
regras de nomenclatura
74
Devido ao grande número de seres vivos existentes na natureza para serem
estudados, esses foram agrupados conforme morfologia, fisiologia, estrutura, filogenia (relacionamento da espécie estudada com outros
menos evoluídos ou fósseis), etc.. Esse agrupamento obedece a leis e possui um
vocabulário próprio.
75
Classificação
É a ordenação dos seres vivos em classe, baseando-se no parentesco, semelhança ou ambos.
Nomenclatura
É a aplicação de nomes distintos a cada uma das classes reconhecidas numa dada classificação
Taxonomia ou sistemática
É o estudo teórico da classificação, incluindo as respectivas bases, princípios, normas e regras.
76
Taxonomia é a ciência que visa identificar as espécies
A taxonomia de Lineu (1758) classifica as coisas vivas em uma hierarquia, começando com os Reinos.
Reinos são divididos em filos.
Filos são divididos em classes, então em ordens, famílias, gêneros e espécies e, dentro de cada um em subdivisões.
Categorias taxonômicas “Reino feito com ordem faz gerar esperança.”
Reino→ filo→ classe→ ordem→ família→ gênero→ espécie
77
Classificação regras internacionais de nomenclatura zoológica
Espécie É uma coleção de indivíduos que se assemelham entre si
e capazes de se cruzarem dando origem a filhos férteis ( mesmo patrimônio genético)- nomenclatura binominal
Gênero
Quando várias espécies apresentam caracteres comuns para reuni-las num grupo, dá-se a esse grupo o nome de gênero.
Um gênero pode possuir várias espécies.
78
• Reino: categoria superior da classificação científica dos organismos.• Filo: agrupa classes afins.• Classe: agrupa ordens relacionadas filogeneticamente, distinguíveis
das outras por características marcantes.• Ordem: agrupa famílias relacionadas filogeneticamente,
distinguíveis das outras por características marcantes.• Família: reúne gêneros semelhantes.• Gênero: agrupamento de espécies semelhantes, próximas• Espécie: é uma coleção de indivíduos que se assemelham tanto entre
si como os seus ascendentes e descendentes (mesmo patrimônio genético)
79
Regras de nomenclatura zoológica
A nomenclatura das espécies deve ser escrito em latim ou idioma latinizado.
Todas as espécies devem ter dois nomes, o 1º referente ao gênero e o segundo à espécie. É o sistema binominal criado por Lineu.
O nome do gênero deve ser escrito com inicial maiúscula e o nome da espécie deve ser escrito com inicial minúscula, mesmo quando for nome de pessoa.
80
Estas palavras devem estar sempre em destaque (itálico ou negrito) ou grifadas
Quando a espécie possui subgênero, essa virá entre o gênero e a espécie, separado por parênteses
Ex.: Anopheles (Nyssorhynchus) darlingiQuando possuir subespécie, esta palavra virá
seguida à da espécie sem nenhuma pontuação
Ex.: Anopheles (Nyssorhynchus) albitarsis domesticus
81
Exemplos...
Trichuris trichiura
G e
Culex pipiens fatigans G e sb
Anopheles ( kerteszia) cruzi
G sG e
82
Regras de nomenclatura
Para que se possa reconhecer a que nível da classificação corresponde o nome dado a um agrupamento, adotou-se fazer com que a terminação do nome em cada nível seja diferente.
Categoria sufixo exemplo Reino ......... ProtistaFilo -a SarcomastigophoraClasse -ea LoboseaOrdem -ida AmoebidaFamília -idae EndamoebidaeGênero ........ EntamoebaEspécie ........ E. histolytica 83
Nomenclatura das doenças parasitárias
Existe grande controvérsia quanto à terminação das palavras indicadoras de doenças parasitárias.
Os sufixos OSE, ÍASE e ASE (ou indicam doença) tem sido usados indiscriminadamente, gerando dúvidas.
Para normatizar a grafia alguns pesquisadores apresentaram um trabalho no qual sugerem que dos três sufixos agrega-se ose para designar doença ou infecção.
Ex.: toxoplasmose, ascariose, pediculose
84
SERÁ QUE VOCÊ ENTENDEU?
1) A sequência hierárquica das categorias taxonômicas é:
a) Ordem, classe, filo, gênero, espécie
b) Filo, classe, família, ordem, gênero
c) Gênero, família, ordem, filo, classe
d) Filo, classe, ordem, família, gênero
e) Filo, ordem, família, classe, espécie
85
2) Sobre as regras de nomenclatura, marque um X na(s) alternativa(s) correta(s):
a) Para que se possa reconhecer a que nível da classificação corresponde o nome dado a um agrupamento, adotou-se fazer com que a terminação em cada nível seja diferente, sendo que a categoria FILO possui como sufixo –idae, e a FAMÍLIA possuem o sufixo –a.
b) A nomenclatura das espécies deve ser escrito em grego ou em destaque do texto.
c) O nome do gênero deve ser escrito com inicial minúscula e o nome da espécie deve ser escrito com inicial maiúscula.
d) O sufixo OSE agrega-se para designar família.
e) Todas as alternativas estão incorretas.
86
Classificação dos parasitos segundo os modos de
transmissão
Esta classificação possibilita um entendimento global do relacionamento dos parasitos com os humanos e o meio ambiente, facilitando o estudo dos aspectos epidemiológicos e profiláticos de cada um.
87
Parasitos transmitidos pelo contato pessoalou objetos de uso pessoal:
Ex.: S. scabiei
Parasitos transmitidos pela água, alimentos,mãos sujas ou poeira:
Ex.: E. histolytica, G. lamblia, A. lumbricoides,
cisticercose, etc…
88
Parasitos transmitidos por solo contaminadopor larvas:
A. duodenale, N. americanus, S. stercoralis
Parasitos transmitidos por vetores ouhospedeiros intermediários:
Leishmania sp., T. cruzi, Plasmodium sp., S. mansoni, T. solium, T. saginata,
89