Post on 29-Dec-2015
Taninos
METABÓLITOS SECUNDÁRIOS
Corresponde a um grupo diverso de substâncias fenólicas, hidrossolúveis e com peso molecular
superior a 500 D
De acordo com sua estrutura química, pode se dividir nos seguintes grupos:
Taninos hidrolisáveis (gálicos ou elágicos )
- após hidrólise ácida dá origem a pequenas moléculas
Taninos catéquicos (condensados, proantocianidinas condensadas)
-tratamento ácido origina moléculas de elevado peso
molecular, e apenas uma pequena quantidade
de pequenas moléculas (antocianidinas)
Taninos complexos:contem unidades de taninos hidrolisáveis e condensados
TANINOS
Taninos hidrolisáveis
Ésteres de glicose (ou outros açúcares) e de ácidos fenólicos: ác. gálico (taninos gálicos) ou ác.
hexahidroxidifênico e seus derivados (taninos elágicos).
TANINOS
Taninos hidrolisáveis (gálicos ou elágicos)
TANINOS
L-fenilalanina
Ácido gálico
Formação de taninos elágico a partir do
acoplamento oxidativo.
Éster galoil
(tanino gálico )
Éster Hexahidroxidifenoil
(tanino elágico)
Ac. 3-des-hidroshiquimato
Carboidrato
TANINOS
Taninos condensados (taninos catéquicos, proantocianidinas)
Oligômeros e polímeros formados pela policondensação de duas ou mais unidades de flavan-3-ol e flavan-
3,4-diol. Não são hidrolisados e não são heterosídeos
Flavan-3-óis
Classificação:
1) Taninos hidrolisáveis ( caracterizado por um poliolcentral (beta-D-glicose), cujas funções hidroxilas sãoesterificadas com o ácido gálico.
Gálicos
+7
H+/H2O
TANINOS
Classificação:
2) Taninos hidrolisáveis
Elágicos
+1
H+/H2O
+
2
TANINOS
Classificação:
3) Taninos condensados
São oligômeros e polímerosformados pela policondensação de duasou mais unidades flavanol e flavandiol.
TANINOS
Classificação:
3) Taninos condensadosLigação C4 –C6
Ligação C4 – C8
Flavan-3,4- diol
TANINOS
TANINOS
Taninos condensados (taninos catéquicos, proantocianidinas)
2
2 cianidinas + catequina
(extensão) grupo terminal
Procianidina
Epicatequina2 4b->8catequina
Embora o termo
taninos condensados
seja amplamente
usado para descrever
estes polifenois
baseados em
flavanoides, o termo
proantocianidina tem
ganho aceitação.
Proantocianidinas são
compostos que
produzem pigmentos
antocianidínicos após
quebra oxidativa em em
meio alcoólico ácido à
quente (não é hidrólise)
H+
Quando tratados com ácidos ou enzimas, se convertem em
compostos vermelhos insolúveis conhecidos por flobafenos
(coloração vermelha de muitas drogas)
Taninos condensados
TANINOS
AntocianidinaCátion flavilium
Esta classe de taninos também édenominada como proantocianidinadevido ao fato dos taninos condensadosproduzirem pigmentos avermelhados daclasse das antocianidinas, tais comocianidina, após degradação com ácido.
TANINOS
QUANTIDADE DE
CATEQUINAS CLASSIFICAÇÃO PROPRIEDADES
1
2
FLAVONÓIDE
BIFLAVONÓIDE
• SOLUVEL EM ÁGUA
• NÃO PRECIPITA
PROTEÍNAS
3 - 10 TANINOS
CONDENSADOS
• SOLUVEL EM ÁGUA
• PRECIPITA
PROTEÍNAS
> 10
FLOBAFENOS
/TANINOS
VERMELHOS
• INSOLUVEL EM
ÁGUA
• NÃO PRECIPITA
PROTEÍNAS
TANINOS
- Os taninos ajudam no processo de cura de
feridas, queimaduras e inflamações através da
formação de uma camada protetora ( complexo
tanino-proteína/polissacarídeo) sobre a pele ou
mucosa danificada.
- Na úlcera gástrica, em que uma camada de
tanino-proteína complexados protege a mucosa
do estômago.
TANINOS
Propriedades Farmacêuticas
Como polifenol, os taninos podem interagir com outras moléculas (especialmente proteínas) de
forma múltipla.
- interações covalentes (tanagem, curtimento);
- interações não covalentes (int. hidrofóbicas, pontes de H)
TANINOS
PONTES DE HIDROGÊNIOLIGAÇÃO IÔNICA
LIGAÇÃO COVALENTE
(CURTIMENTO)
CN
O
ROH
O
OH
C N
O
H
R
TANINO
C N
O
H
R
TANINO
O-
OH
CN
RNH3
+O
HH
CADEIAPOLIPETÍDICA
N C
OH
R
CN
O
H
R
H
H
TANINO
TANINOS
Propriedades Farmacêuticas
Complexos com proteínas levam a redução da solubilidade das mesmas (no caso de proteína solúvel)
levando a agregação e precipitação.
Em mucosas, forma uma mebrana de coagulação insolúvel (originando o sabor
adstringente); pode ser responsável por efeitos antiinflamatório e inibidor de secreção.
Proteínas ricas em prolina
(principais aminoácidos)
prolina
glicina
glutamina
Superfície da cavidade bucal
Polifenol
Ligação cruzada multidentada de PRP e polifenóis com perda
de lubrificação e desenvolvimento de adstringência
proteína
proteína
proteína
Precipitação polifenol-proteína
proteína proteína
proteína
proteína
TANINOS
Baixa concentração de proteínas
Alta concentração de proteínas
Monocamada
Exclusão do solvente
Exterior hidrofóbico
proteína
fenol
TANINOS
Precipitação polifenol-proteína
proteína
TANINOS
Associação polifenol-proteína
Polifenol
Bolsas hidrofóbicas
Durante a primeira fase da interação, o polifenol “interage” preferencialmente em ambientes
hidrofóbicos da cadeia polipeptídica. Durante esta fase há expulsão de solvente e a associação
é reforçada através da formação de pontes entre hidroxilas fenólicas e grupos polares da cadeia
polipeptídica (guanidina, amida, amina, hidroxila e carboxílicos).
TANINOS
Associação polifenol-PVP
TANINOS
Doseamento de taninos
Precipitação
Complexação com proteínas (pó de pele cromado – sigma; caseína; gelatina;
PVP).
Influência de pH; força iônica do meio; concentração; temperatura...
Após precipitação
Determinação gravimétrica
Determinação espectrofotomérica
0,0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
1,0
0 30 60 90 120 150 180
Agente complexante/catequina (m/m)
FC
L
Caseína PVP
Avaliação de complexos formados entre catequina e agentes
precipitantes
TANINOS
0,0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
1,0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
pH
FC
L
PVP Caseína
Avaliação de complexos formados entre catequina e agentes
precipitantes
TANINOS
Taninos totais em solução extrativa de M. ilicifolia
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
7,0
0 50 100 150 200 250 300 350 400
Quantidade de agente complexante (mg)
TT
(g
%)
Caseína PVP
F. BRAS IV, 2003
TANINOS