Post on 03-Jul-2015
description
Língua Portuguesa
Prof. André Luiz
Contatos: andrezinhofigundio@gmail.com
Facebook: andre figundio
Aula 13:
Figuras de Linguagem
Objetivos da aula:
• Apresentar as Figuras de Linguagem
• Introduzir o uso e exemplos das respectivas figuras
• Projeto : Figuras de Linguagem
As figuras de linguagem são recursos que tornam mais
expressivas as mensagens. Subdividem-se em figuras de som,
figuras de construção, figuras de pensamento e figuras de palavras.
Por que saber sobre as Figuras de Linguagem?
É muito importante saber identificar as diversas figuras de linguagem,
porque desta forma é possível compreender melhor diferentes textos.
Metáfora
A metáfora é um tipo de comparação, mas sem os termos comparativos
(tal como, como, são como, tanto quanto, etc).
Na metáfora, a comparação entre dois elementos está implícita,
trazendo uma relação de semelhança entre eles.
Exemplo:
Tempo é dinheiro.
Percebemos neste exemplo a relação implícita, onde o tempo é tão
valoroso quanto o dinheiro, por isso ele é colocado como semelhante à
moeda.
Comparação
A comparação consiste na aproximação entre dois objetos por
meio de uma característica semelhante entre eles, dando a um
as características do outro. Difere da metáfora porque possui,
obrigatoriamente, termos comparativos. Em suma, é uma
comparação explícita.
Exemplo:
Tempo é como dinheiro.
Neste exemplo vemos o principal definidor de uma comparação:
a palavra como traz explicitamente a ideia de que o tempo é
valoroso como o dinheiro.
Metonímia
É a substituição de uma palavra por outra sendo que, entre ambas, há
uma proximidade de sentidos, uma relação de implicação.
Exemplos:
Não leu Machado de Assis.
Não leu a obra de Machado de Assis.
Vemos no exemplo que a obra de Machado de Assis foi substituída só
pelo nome do autor. A metonímia consiste nessa substituição de
palavras, dando o mesmo sentido a uma frase.
A seguir, outro exemplo que reforça essa substituição:
A cozinha italiana é maravilhosa!
A comida italiana é ótima.
Entendendo um pouco sobre o início da educação
• Revolução Industrial
• Início da educação (Escolas) Qual era o principal objetivo de estudar?
• Trabalho escravo/ infantil (Leis)
• Escola autoritária. Professores autiritarios
• Preparava alunos para o “mercado de trabalho” (fábricas)
• Ler e escrever vs. Senso crítico
Antítese
A antítese consiste no uso de palavras, expressões ou ideias que se
opõem.
Exemplo:
Soneto da Separação
De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto
Vinícius de Moraes
Neste soneto vemos claramente a antítese por trás da temática da
separação amorosa: o que antes era riso trouxe lágrimas com a
separação; as bocas unidas pelo beijo no amor se separam como a
espuma que se espalha e se dissolve. A oposição de sentimentos e
atos forma claramente a antítese.
Paradoxo
Paradoxo é a presença de elementos que se anulam numa frase,
trazendo à tona uma situação que foge da lógica.
Exemplo:
Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;
Luís de Camões
A situação do paradoxo aqui é clara: os elementos marcados se
anulam, trazendo uma série de questionamentos. Como pode
uma ferida, algo que causa dor física, não ser sentida? Como o
contentamento, que causa felicidade, pode ser descontente?
Como a dor pode não doer? Vemos claramente a fuga da lógica.
Personificação (ou prosopopeia)
A personificação, também chamada prosopopeia, consiste na
atribuição de características humanas, como sentimentos, linguagem
humana e ações do homem, a coisas não-humanas.
Exemplo:
Congresso Internacional do Medo
Provisoriamente não cantaremos o amor,
que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos.
Cantaremos o medo, que esteriliza os abraços,
não cantaremos o ódio, porque esse não existe,
existe apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro.
Carlos Drummond de Andrade
Neste exemplo, o medo, uma sensação, é transformado em pai e
companheiro, algo que só é atribuído a um ser humano.
Hipérbole
Esta figura de linguagem consiste no emprego de palavras que
expressam uma ideia de exagero de forma intencional.
Exemplo:
Ela chorou rios de lágrimas.
Chorar rios remete a um choro contínuo, exagerado e o termo rios
vem para enfatizar a ideia de que foi um choro intenso.
Eufemismo
O eufemismo ocorre quando utilizamos palavras ou expressões que
atenuam e substituem outras que produzem um efeito desagradável e
chocante.
Exemplos:
Faltei com a verdade ao dizer que fui à igreja.
Menti ao dizer que fui à igreja.
A expressão e o impacto negativo que a palavra menti traz é
""suavizado" ao dizer que "faltei com a verdade".
Ironia
É a expressão de ideias com significado oposto ao que se realmente
pensa ou acredita.
Exemplo:
Moça linda, bem tratada,
Três séculos de família,
Burra como uma porta:
Um amor!
Mário de Andrade
O trecho é o exemplo claro de ironia: a moça é descrita como, bonita
e bem tratada, tradicional, conservadora (é de família) e burra. O
destaque em "um amor", apoiando-se na descrição da moça, mostra
que ela, ao contrário de ser esse "amor de pessoa", é, na verdade,
alguém sem atrativos, sem graça.
Elipse
Temos elipse quando, em um texto, alguns elementos são
omitidos sem ocasionar a perda de sentido, uma vez que as
palavras omitidas ficam subentendidas através do contexto.
Exemplos:
Ela está passando mal! Depressa, um médico!
Ela está passando mal! Depressa, chamem um médico!
Na primeira frase temos a elipse ao vermos que a
palavra chamem está escondida. Não é necessário colocá-la e
não há perda de sentido, porque mesmo sem ela entendemos
que é necessário chamar um médico depressa porque ela está
passando mal.
Zeugma
É parecido com a elipse, no entanto, só podemos identificar desta
forma esta figura de linguagem quando há omissão de algo que já foi
expresso no texto. Sabemos que o termo foi omitido porque já foi
apresentado.
Exemplo:
Canção do Exílio
Nosso céu tem mais estrelas
Nossas várzeas tem mais flores
Nossos bosques tem mais vida
Nossa vida mais amores
Gonçalves Dias
Neste trecho vemos a omissão da palavra tem no último trecho. Não foi
necessário o emprego dessa palavra para entender que a vida tem
mais amores, pois já houve repetição da palavra nos outros versos.
Pleonasmo
Repetição de uma ideia por meio de outras palavras. É utilizado como
forma de ênfase e, além de ser figura de linguagem, é classificada como
vício. A diferença entre a figura de linguagem e o vício de linguagem é
simples: para ser figura de linguagem, o pleonasmo vem de forma
intencional, para dar mais expressividade no texto, enquanto no vício
vem como uma repetição não intencional e desnecessária.
Exemplo:
Quando hoje acordei, ainda fazia escuro
(Embora a manhã já estivesse avançada).
Chovia.
Chovia uma triste chuva de resignação
Como contraste e consolo ao calor tempestuoso da noite.
Manuel Bandeira
A repetição proposital de Manuel Bandeira ao dizer que "chovia uma
chuva" intensifica a ideia de que estava chovendo.
Polissíndeto
Consiste na repetição de conjunções para garantir um texto mais
expressivo.
Exemplo:
O olhar para trás
E o olhar estaria ansioso esperando
E a cabeça ao sabor da mágoa balançada
E o coração fugindo e o coração voltando
E os minutos passando e os minutos passando...
Vinícius de Moraes
A conjunção e vem para caracterizar o polissíndeto, trazendo ações e
sensações que ocorrem de forma contínua e rápida.
Onomatopeia
Temos onomatopeia quando há o uso de palavras que reproduzem os
sons de seres vivos e objetos. É mais comum em história em
quadrinhos.
Anáfora
Consiste na repetição de palavras ou expressões com o objetivo de
enfatizar uma ideia.
Exemplo:
Elegia Desesperada
Tende piedade, Senhor, de todas as mulheres
Que ninguém mais merece tanto amor e amizade
Que ninguém mais deseja tanto poesia e sinceridade
Que ninguém mais precisa tanto de alegria e serenidade
Vinícius de Moraes
Sinestesia
A sinestesia traz textos que expressam as sensações humanas,
com o cruzamento de palavras referentes aos cinco sentidos.
Exemplo:
Recordação
Agora, o cheiro áspero das flores
leva-me os olhos por dentro de suas pétalas
Cecília Meireles
Aqui, vamos uma característica do olfato (cheiro) misturada com
outra do tato (áspero).
Aliteração
Consiste na repetição de consoantes em uma sequência de
palavras, trazendo um texto com um efeito sonoro.
Confira um exemplo no trecho da música Chove Chuva de Jorge
Ben Jor:
Chove, chuva, chove sem parar
Neste caso, o ch repetido vem para dar a sonoridade da chuva, além
de dar ritmo à música de Jorge Ben Jor.
Exercícios online para praticar Figuras de Linguagem:
http://rachacuca.com.br/quiz/59151/exercicios-de-figuras-de-linguagem/
Vídeo:
https://www.youtube.com/watch?v=9PJe8XAlMOE
Projeto: Figuras de Linguagem
Passo a passo:
1- Escolha 1 figura de linguagem
2- Pesquise na Internet a descrição
3- Coloque 3 ou 4 exemplos
4-Coloque 1 exercício tipo Quiz com alternativas
5- Canal: Power Point
6-Apresentação
Obs. Esta atividade valerá nota e será a última atividade valendo nota
Em Língua Portuguesa.
Bom trabalho a todos!