Post on 07-Apr-2016
Passarinho...Passarinho...você não para de cantar
Dá um pulinho...E salta um tilintar
Tiziu!...Tiziu!...Tiziu...TiziuIncansável...no seu bailarDa janela de meu quarto
Faz tempos que estou a lhe observar.
Salta...salta ...pula, voa, há mais uma nota no ar
Tiziu... Tiziu !Passarinho! Que pulinho
engraçado!Vertical... mede a altura...Retornando ao seu mesmo
lugar.
Minutos a fio segue a sua sina: a natureza modular
Pula...Pula... e parece não se cansar.De repente... Não mais o vejo brincar.
Levanto...e vou até o lugar.Vejo o bichinho agonizante a
estrebuchar.Seu semblante de piedade e
medo me fez lacrimejar
Oh!...pequeno passarinho!Seu sangue vi jorrar em luta sem parEm vida foi um trovador a encantar.
Foi valente na vida por lutarContra a rapina que lhe bicava sem
parar.
Opinião do Leitor:
www.rubensjoseoliveira.recantodasletras.com.br
Imagens Internet
Poesia:Rubéns Jose de OliveiraProdutora:Sílvia Miriam
“...Ah, poeta, esses versos me fizeram o mesmo efeito que o cheiro do chá daquela xícara para o Proust - me levaram imediatamente de volta à infância e vi-me de súbito observando os "tzius", pretinhos como eles só, pulando verticalmente, sempre verticalmente na ponta das estacas do cercado da fazenda dos meus avós...Estou até emocionado...Linda essa sua verbal máquina do tempo, que num instante me transportou a uma Terra...”( José Lindomar Cabral)
”Querido Rubens! Que linda sua poesia! Adorei a analogia da Lei do mais forte, sempre há um predador... Beijos,” (Di Matos)