Avaliação do Ruído Urbano

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UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDOUNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO

FACULDADE DE ENGENHARIA E ARQUITETURAFACULDADE DE ENGENHARIA E ARQUITETURA

PROGRAMA DE PÓSPROGRAMA DE PÓS--GRADUAÇÃOGRADUAÇÃO

MESTRADO EM ENGENHARIAMESTRADO EM ENGENHARIA

INFRAINFRA--ESTRUTURA E MEIO AMBIENTEESTRUTURA E MEIO AMBIENTE

Defesa de DissertaçãoDefesa de Dissertação

Avaliação do ruído urbano: o caso da área Avaliação do ruído urbano: o caso da área Avaliação do ruído urbano: o caso da área Avaliação do ruído urbano: o caso da área central de Passo Fundocentral de Passo Fundo

Mestrando: Arq. Rodrigo Carlos FritschMestrando: Arq. Rodrigo Carlos Fritsch

Orientadora: Dr.Orientadora: Dr. a a Prof. Arq. Rosa Maria Locatelli KalilProf. Arq. Rosa Maria Locatelli Kalil

ResumoResumo

O presente estudo descreve o resultado de uma pesquisa emnível exploratório, realizada na área central da cidade de Pa ssoFundo, Rio Grande do Sul, que busca avaliar o atual estado dapoluição sonora nos horários de pico diurnos em quatro ponto sdo centro desta cidade. O estudo compara os dados obtidos coma legislação municipal, com as normas brasileiras vigentes ecom as recomendações da Organização Mundial da Saúde. Osresultados são compilados e sistematizados através de análisesresultados são compilados e sistematizados através de análisesestatísticas, contribuindo com subsídios para o planejame ntoconsciente da urbanização em Passo Fundo, bem comoestabelecem recomendações urbanísticas e construtivas pa raesta e outras cidades de porte médio.

Problema de pesquisaProblema de pesquisa

Qual seria o real estado da degradação sonora no centro de Passo Fundo?

Atualmente poderíamos dizer que o contexto urbano referente ao ruído em Passo Fundo está dentro de

padrões aceitáveis?

Atualmente poderíamos dizer que o contexto urbano referente ao ruído em Passo Fundo está dentro de

padrões aceitáveis?

centro de Passo Fundo?

JustificativasJustificativas

• Crescente adensamento no centro da cidade em função dosíndices do II PDDU (Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano )de 1984;

• Aumento da circulação de veículos e mercadorias torna aAvenida e seu entorno uma grande fonte de emissão de ruídos;

• Necessidade de coleta e criação de banco de dados da própriarealidade local;

ObjetivosObjetivosObjetivo geralObjetivo geral

Identificar a situação de importantes pontos naárea central da cidade de Passo Fundo quanto àadequação dos níveis de ruído gerados àLegislação Municipal e Federal, por meio doLegislação Municipal e Federal, por meio domonitoramento dos níveis de pressão sonora deum dia típico da cidade durante os horáriosdiurnos de pico.

Objetivos específicosObjetivos específicosa) Caracterizar quantitativa e qualitativamente os níveis depressão sonora no centro da cidade de Passo Fundo através dosindicadores (L eq, L10, L90, Lmáx e Lmín), por meio do monitoramentode quatro pontos selecionados, durantes os horários diurno s depico;

b) Comparar os dados coletados com a Legislação Municipal eas normas atuais, analisando sua adequação quanto aozoneamento, uso e ocupação do solo na área central ;zoneamento, uso e ocupação do solo na área central ;

c) Analisar o nível de poluição sonora na área central em funç ãodo L eq diário obtido nas medições e da equação de L ps – Nível dePoluição Sonora;

d) Apontar soluções urbanísticas e/ou construtivas para as áreasem que os níveis de intensidade sonora ultrapassarem osvalores permitidos pela legislação, estabelecendorecomendações para um planejamento urbano adequado emcidades de porte médio, baseado nas conclusões formuladas;

Revisão BibliográficaRevisão Bibliográfica

• A problemática do ruído ;

• Aspectos físicos do som ;

O decibel

A percepção subjetiva ao ruído

As redes de ponderação• Ruído urbano ;

A problemática do ruído urbano

• Legislação e normatização;

• A poluição sonora em Passo Fundo;

• Poluição sonora e saúde;A problemática do ruído urbano

Fontes de ruído urbano

Propagação do som no meio urbano

Planos refletores, barreiras acústicas e permeabilidade urbana

• Poluição sonora e saúde;

• Índices para descrição do ruído urbano;

• Critérios e medidas de controle para implantação de projetos.

LAeq Nível sonoro equivalente ponderado em A

Nível sonoro equivalente ponderado em A, que é o valormédio dos Níveis de Pressão Sonora, integrado em uma faixade tempo especificado, e que corresponde à energia do ruído.

L10

Corresponde ao nível de intensidade sonorasuperado por 10% dos valores observados, ou,equivalentemente, ocorre em 10% do tempo deduração da pesquisa, equivalendo aos maioresruídos (maior nível de atividade), podendo serassociado ao pico do ruído.

L90

É o nível de intensidade, superado por 90% dosvalores observados, correspondendo ao ruídode fundo.

LmáxÉ o pico máximo medido em um determinadointervalo de tempo.

Outro método de avaliação do ruído urbano é o cálculo do Nívelde Poluição Sonora. Pode ser calculado em função da constant eK baseada na distribuição normal Gaussiana e desvio padrão σσσσ,(GERGES, 1998):

Lps = Leq + K x σσσσ dB(A) [cálculo do nível de poluição sonora]

Onde:

LmínÉ o pico mínimo medido em um determinadointervalo de tempo.

Gerges (1998).Gerges (1998).

Onde:Lps = nível de poluição sonoraLeq = nível de pressão sonora equivalenteL10 = nível de pressão sonora percentual 10%L90 = nível de pressão sonora percentual 90%K = constante igual a 2,56, baseada na distribuição norma

Gaussianaσσσσ = Desvio Padrão em dB(A)

Métodos e materiaisMétodos e materiaisDados a respeito da área de intervençãoDados a respeito da área de intervenção

• Latitude: 28º 3' sul;

• Longitude: 52º 4' oeste ;

• Área aproximada: 758,27 km²;

• População estimada em 01/07/2005:185.279 habitantes (IBGE, 2005);

• Densidade demográfica: 221,8 habitantes por Km²;

• Altitude: 687m acima do nível do mar;

• Clima: temperado com característica subtropical úmido, com chuvas bem distribuídas durante o ano;

BR 285

RS 135

Radial leste

O município de Passo Fundo integra a chamada zona fisiográfi cado Planalto Médio, sobre a Serra Geral, entre as bacias do Uru guaie do Jacuí, ocupando apreciável porção da parte norte do Esta do.

durante o ano;

• Temperatura média anual: 17,5ºC;

• Umidade relativa do ar: 72% (média anual);

• Vegetação: predominam campos abertos com matas nativas do tipo Floresta Subtropical com araucária;

• Relevo: solos derivados de derrame basáltico, profundos e bem drenados, pertencentes ao grupo Latossolo Vermelho, argiloso. O relevo é ondulado e suave ondulado, formado por elevações com longos pendentes que criam depressões fechadas (coxilhas). Possui terras facilmente corrigíveis com adubos e fertilizantes;

N

RS 153

Radial leste

Radial sul

Mapa da cidade de Passo Fundo

Método de abordagemMétodo de abordagem

Processo de tomada e sistematização dos dados

Análise quantitativa

Tabelas com parâmetros mais usuais nas análises acústicas

Análise qualitativa

Observações in loco Identificação das fontes de maior

Zoneamento, usos e índices da área

central

usuais nas análises acústicas

Influência do entorno no comportamento do ruído

urbano

Identificação dos elementos compositivos

do meio urbano

fontes de maior contribuição para o

ruído

Comparação com a Legislação vigente

Métodos e técnicas utilizadosMétodos e técnicas utilizados

• As medições foram realizadas em quatro pontos do centro da cid ade;

• Para a escolha do dia do monitoramento foram descartadas a se gundae a sexta-feira, finais de semana, feriados, véspera e pós-f eriados;

• Assim, as medições poderiam ser realizadas entre terças e qui ntas-feiras;

• Os níveis foram amostrados a cada 1 segundo;

• O monitoramento forneceu 7 horas de medição por ponto ;

Os horários monitorados são os seguintes:

• 7:00 h às 8:00 h;

• 8:00 h às 9:00 h;

• 11:00 h às 12:00 h;

• 12:00 h às 13:00 h;

• 13:00 h às 14:00 h;

Parâmetros obtidos:

• Os valores horários de L Aeq;• Os valores horários de L máx e Lmín;• Os níveis estatísticos horários de L 10 e L90;• Os valores médios para o dia todo de LAeq;• O monitoramento forneceu 7 horas de medição por ponto ;

• 3600 dados por hora;

• 25.200 dados por dia/ponto;

• A escolha dos pontos levou em consideração a sensibilidade a o ruídoe importância de alguns equipamentos urbanos existentes no s locaiscomo o Hospital da cidade e o Hospital São Vicente de Paulo;

• Também levou em consideração a importância da Avenida Brasi l comovia balizadora e histórica para a cidade, assim como a Rua Moro n;

• 13:00 h às 14:00 h;

• 17:00 h às 18:00 h;

• 18:00 h às 19:00 h.

• Os valores médios para o dia todo de LAeq;• Os valores médios para o dia todo de L 10 eL90.

Sonômetro utilizado: sonômetro digital padrão da marcaInstrutherm, modelo DEC-5010, com display de cristal líqui do (LCD)de 4 dígitos, fabricado conforme norma ANSI S1.4, IEC-651 Ti po 2 eIEC-804, com microfone omnidirecional e condensador elétr ico de0.5”(½ polegada);

Figura 2 - Sonômetro utilizado nas medições

Figura 3 - Equipamento preparado para as medições

Equipamentos complementares:

• Windscreen para proteger o microfone dos ruídos do vento;

• Calibrador da marca Simpson , padrão, de ½ polegada, com

freqüência de 1000Hz a 94 dB e 114 dB, pertencente ao LABCONF

(Laboratório de Conforto Ambiental) da Faculdade de Engenh aria e

Arquitetura da Universidade de Passo Fundo;

• Tripé da marca Velbon® cx 300, para apoio do sonômetro ;• Tripé da marca Velbon® cx 300, para apoio do sonômetro ;

• Software Estatística WHM para processamento dos dados

estatísticos;

• Software Microsoft Excel®, para processamento dos gráficos e

estatísticas;

• Software Data Logger para o armazenamento dos dados obtidos

hora a hora nas medições;

• Máquina fotográfica digital para o registro de imagens nos pontos

de medição.

ClasseFreqüência

Absoluta

Freqüência Simples

Relativa (%)

Freqüência Acumulada Relativa (%)

Classificação do nível sonoro

50,9 a 55,9 428 11,88 11,88 L90 = 55,9 dB(A)

55,9 a 60,9 1558 31,38 43,27

Devido à limitação técnica do medidor os parâmetros L 10 e L90 foramestimados conforme procedimento adotado por De Bortoli (20 02),utilizando-se de um histograma de freqüências.

60,9 a 65,9 2659 30,58 73,86

65,9 a 70,9 3275 17,11 90,97 L10 = 70,9 dB(A)

70,9 a 75,9 3518 6,75 97,72

75,9 a 80,9 3593 2,08 99,80

80,9 a 85,9 3600 0,19 100

Figura 4 - Determinação estatística hipotética dos n íveis sonoros percentuais L 10 e L90

43,27

73,86

90,97

97,72 99,8 100

40

60

80

100

Fre

qüên

cia

%

11,88

0

20

50,9 a55,9

55,9 a60,9

60,9 a65,9

65,9 a70,9

70,9 a75,9

75,9 a80,9

80,9 a85,9

Intervalos de classe

Figura 5 - Determinação estatística hipotética dos n íveis sonoros percentuais L 10 e L90

Pontos selecionados:• Ponto 1 – Avenida Brasil;

• Ponto 2 – Rua Moron;

Área de estudoÁrea de estudo

P3

• Ponto 2 – Rua Moron;

• Ponto 3 – Rua Paissandu;

• Ponto 4 – Rua Teixeira soares.P4

P2

P1

Figura 6 - Área central de Passo Fundo

N

Estudo dos níveis de pressão sonora da Estudo dos níveis de pressão sonora da área centralárea central

Passo Fundo vem sofrendo forte adensamento nas últimas déca das.

Figura 7 - Passo Fundo na década de 80

Fonte: arquivo Foto CzamanskiFonte: Prefeitura Municipal de Passo Fundo

Figura 8 – Passo Fundo no ano de 2003

Caracterização do entorno dos pontos de mediçãoCaracterização do entorno dos pontos de medição

P1

Ponto 1 – Avenida Brasil

• ZC1 – Zona Comercial 1;

• Via de ligação entre dois extremos da cidade;

• Movimento intenso de veículos leves,coletivos urbanos e caminhões;

• Vocação comercial onde se desenvolve ocomércio mais popular ;

Ponto 1 – Avenida Brasil

• Passeios com 4 metros em média;

• As duas vias com 9 metros cada;

• Canteiro central com 11,5 metros;

• Totalizando uma caixa de rua de 29,5 metrosem média;

P1comércio mais popular ;

• O gabarito das edificações possui, em média,de 2 a 9 andares;

• Apesar do adensamento ainda existe umnúmero significativo de edificações de baixogabarito;

• As edificações não possuem recuos frontais;

• 2 vias asfaltadas com arborização no canteirocentral;

Figura 9 – Ponto 1

A Avenida Brasil sempre se destacou nocontexto urbano local, por ser um marcoreferencial físico-temporal importante e aindapor ter mantido, ao longo de todo o seu tempo,seu caráter de “passagem e de comércio”.Continua, como a 150 anos atrás, articulando omovimento e os elementos demandados peladinâmica urbana da cidade de Passo Fundo(GELPI et al., 2005).

N

Figura 10 – Uma das vias de tráfego da Avenida Brasi l com vista do fluxo no sentido Boqueirão/centro

Fonte: o autor

Ponto 2 – Rua Moron

• ZC1 – Zona Comercial 1;

• Comércio diferenciado;

• Movimento intenso de veículos leves;

• Trafegam em baixa velocidade;

• Gabarito das edificações entre 4 e 9 andares;

• Apesar do adensamento ainda existe umnúmero significativo de edificações de baixo

P2número significativo de edificações de baixogabarito;

• As edificações não possuem recuos frontais;

• 1 via asfaltada de mão única no sentidoleste/oeste com 6 metros de largura;

• Passeios com 4 metros de largura em média;

• Caixa de rua com um gabarito total de 14metros;

• Arborização de pequeno porte nos passeios.

Figura 11 – Ponto 2

N

Fonte: Prefeitura Municipal de Passo Fundo

Figura 12 – Rua Moron em 1953

Fonte: o autor

Figura 13 – Rua Moron em 2005

Ponto 3 – Rua Paissandu

• ZC2 – Zona Comercial 2;

• Via de sentido único no sentido oeste/leste;

• Tipo de tráfego semelhante à Rua Moron;

• Diferencia-se desta pela velocidade dos veículos queé mais alta;

• Tráfego intenso de ambulâncias;

• Área predominantemente residencial;

• O gabarito das edificações possui, em média, de 4 a

P3

• O gabarito das edificações possui, em média, de 4 a9 andares;

• As edificações não possuem recuos frontais;

• Poucas residências térreas com recuos frontais de 4metros;

• A vegetação predominante encontra-se na praçaonde foram realizadas as medições;

• Passeios com 4 metros em média;

• A via possui 9 metros de largura em média;

•A caixa total da rua possui em média 17 metros delargura;

Figura 14 – Ponto 3

N

Figura 15 – Vista da Rua Paissandu com as ambulâncias estacionadas no entorno da praça

Fonte: o autor

Ponto 4 – Rua teixeira Soares

• ZC3 – Zona Comercial 3;

• Vocação comercial e de prestação deserviços;

•Abriga em seu entorno o Hospital São Vicentede Paulo e os principais estabelecimentos deserviços médicos e laboratoriais;

• Via de mão única, com 8 metros de largura,no sentido centro/bairro ;

P4no sentido centro/bairro ;

• A via é asfaltada com arborização poucosignificante nos passeios;

•Movimento intenso de veículos leves,coletivos urbanos, ambulâncias e caminhõesde pequeno porte;

•O gabarito das edificações possui, em média,de 4 a 9 andares;

• As edificações não possuem recuos frontais;

Figura 16 – Ponto 4

N

Figura 17 – Rua Teixeira Soares com vista do Hospita l São Vicente de Paulo

Fonte: o autor

Resultados e análise das medições

Ponto 1 – Avenida Brasil

• A montagem do equipamentoseguiu o procedimentoestabelecido pela NBR 10151 como medidor devidamentecalibrado;

• Ponderação em A;

• Modo fast de registro de dados;

Figura 18 – Equipamento instalado no canteiro centra l da Avenida |Brasil

Fonte: o autor

• Medições realizadas com tempobom, temperatura, umidaderelativa e ventos dentro dopadrão necessário para uma boatomada de dados;

• Equipamento instalado nocanteiro central aaproximadamente 5,25 metros decada via;

62,577,591,557,073,212 - 13

62,777,789,057,473,611 - 12

61,681,693,756,374,508 - 09

58,778,790,753,374,207 - 08

L90L10LmáxLmínLeq (dB(A))Hora

58,707 - 08Horário de menor L 90 (ruído de

94,018 - 19Horário de maior pico

53,307 - 08Horário de menor pico

73,7-Média logarítmica para o Leq do dia todo

73,212 - 13Horário de menor Leq

74,508 - 09Horário de maior Leq

Valores em dB(A)HoráriosDescrição

65,180,194,059,373,818 - 19

66,081,090,660,573,717 - 18

63,978,988,658,673,313 - 14

Figura 19 – Valores horários diurnos do ponto 1

Fonte: o autor

80,1-Média logarítmica para o L 10 do dia todo

81,608 - 09Horário de maior L 10 (ruído de atividade)

65,0-Média logarítmica para o L 90 do dia todo

58,707 - 08Horário de menor L 90 (ruído de fundo)

Figura 20 – Compilação dos valores diários do ponto 1Fonte: o autor

Resultados e análise das medições

Ponto 2 – Rua Moron

• A montagem do equipamentoseguiu o procedimentoestabelecido pela NBR 10151 como medidor devidamentecalibrado;

• Ponderação em A;

• Modo fast de registro de dados;

Figura 21 – Equipamento instalado no canteiro centra l da Avenida |Brasil

Fonte: o autor

• Medições realizadas com tempobom, temperatura, umidaderelativa e ventos dentro dopadrão necessário para uma boatomada de dados;

• Equipamento instalado sobre amarquise do edifício.

56,366,383,051,262,512 - 13

58,568,584,053,164,311 - 12

56,166,182,651,163,508 - 09

52,967,984,947,462,907 - 08

L90L10LmáxLmínLeq (dB(A))Hora

89,818 - 19Horário de maior pico

47,407 - 08Horário de menor pico

65,1-Média logarítmica para o Leq do dia todo

62,512 - 13Horário de menor Leq

66,118 - 19Horário de maior Leq

Valores em dB(A)HoráriosDescrição

60,970,989,855,966,118 - 19

58,068,088,152,964,417 - 18

57,567,580,552,462,913 - 14

Figura 22 – Valores horários diurnos do ponto 2

Fonte: o autor

69,6-Média logarítmica para o L 10 do dia todo

70,918 - 19Horário de maior L 10 (ruído de atividade)

59,6-Média logarítmica para o L 90 do dia todo

52,907 - 08Horário de menor L 90 (ruído de fundo)

Figura 23 – Compilação dos valores diários do ponto 2Fonte: o autor

Resultados e análise das medições

Ponto 3 – Rua Paissandu

• A montagem do equipamentoseguiu o procedimentoestabelecido pela NBR 10151 como medidor devidamentecalibrado;

• Ponderação em A;

• Modo fast de registro de dados;

Figura 24 – Equipamento instalado no limite do grama do com o passeio na quadra da Praça Antonino Xavier

Fonte: o autor

• Medições realizadas com tempobom, temperatura, umidaderelativa e ventos dentro dopadrão necessário para uma boatomada de dados;

• Equipamento instalado no limitedo gramado com o passeio.

53,668,682,048,663,212 - 13

55,270,283,150,064,411 - 12

58,068,089,952,466,808 - 09

53,768,788,148,465,407 - 08

L90L10LmáxLmínLeq (dB(A))Hora

89,918 - 19Horário de maior pico

48,407 - 08Horário de menor pico

65,0-Média logarítmica para o Leq do dia todo

63,212 - 13Horário de menor Leq

66,808 - 09Horário de maior Leq

Valores em dB(A)HoráriosDescrição

57,567,588,652,065,418 - 19

57,867,886,352,565,017 - 18

55,765,781,150,763,813 - 14

Figura 25 – Valores horários diurnos do ponto 3

Fonte: o autor

67,7-Média logarítmica para o L 10 do dia todo

70,211 - 12Horário de maior L 10 (ruído de atividade)

57,1-Média logarítmica para o L 90 do dia todo

53,612 - 13Horário de menor L 90 (ruído de fundo)

Figura 26 – Compilação dos valores diários do ponto 3Fonte: o autor

Resultados e análise das medições

Ponto 4 – Rua TeixeiraSoares

• A montagem do equipamentoseguiu o procedimentoestabelecido pela NBR 10151 como medidor devidamentecalibrado;

• Ponderação em A;

• Modo fast de registro de dados ;

Figura 27 – Equipamento instalado sobre a casa de fo rça da Universidade e Medicina

Fonte: o autor

• Modo fast de registro de dados ;

• Medições realizadas com tempobom, temperatura, umidaderelativa e ventos dentro dopadrão necessário para uma boatomada de dados;

• Equipamento instalado no limitedo gramado com o passeio.

55,970,985,550,167,212 - 13

58,173,187,552,667,911 - 12

57,172,189,951,868,208 - 09

54,169,190,649,170,207 - 08

L90L10LmáxLmínLeq (dB(A))Hora

96,517 - 18Horário de maior pico

49,107 - 08Horário de menor pico

71,6-Média logarítmica para o Leq do dia todo

67,212 - 13Horário de menor Leq

75,817 - 18Horário de maior Leq

Valores em dB(A)HoráriosDescrição

56,971,986,651,568,618 - 19

56,571,596,551,575,817 - 18

56,571,584,852,467,613 - 14

Figura 28 – Valores horários diurnos do ponto 4

Fonte: o autor

71,7-Média logarítmica para o L 10 do dia todo

73,111 - 12Horário de maior L 10 (ruído de atividade)

56,7-Média logarítmica para o L 90 do dia todo

54,107 - 08Horário de menor L 90 (ruído de fundo)

Figura 29 – Compilação dos valores diários do ponto 4Fonte: o autor

Comparação dos dadosComparação dos dados

Pontos L eq do dia* L 10 do dia* L 90 do dia* DesvioPadrão

Ponto 1 – Avenida Brasil 73,2 80,1 65,0 4,84

Ponto 2 – Rua Moron 65,1 69,6 59,6 4,04

75,4Ponto 2 – Rua Moron

85,6Ponto 1 – Av. Brasil

Lps*Pontos

Ponto 3 – Rua Paissandu 65,0 67,7 57,1 4,60

Ponto 4 – Rua teixeira Soares

71,6 71,7 56,7 5,60

Figura 30 – Comparação dos resultados diários dos qu atro pontos monitorados

Fonte: o autor

* Todos os valores expressos em dB(A)

85,9Ponto 4 – Rua Teixeira Soares

76,8Ponto 3 – Rua Paissandu

75,4Ponto 2 – Rua Moron

Fonte: o autor

* Valores em dB(A)

Figura 31 - Resultados dos cálculos da equação de Lp s

Comparação com a Legislação vigente

Segundo a NBR 10151, o nível diurno máximo permissível para zonas mistas com vocação

comercial e administrativa é de 60 dB;

Comparando os dados coletados, os níveis no centro já se apresentam acima do recomendado

pela NBR 10151;

A Organização Mundial da Saúde considera que a um nível de 55 dB(A) inicia-se um processo de

stress auditivo (WHO, 1980);

Todos os pontos estão acima do recomendado pela Organização Mundial da saúde;

Legislação de Passo Fundo

Para veículos automotores os constantes da resoluçã o nº 448/71 do Conselho Nacional de Trânsito;

Em zonas residenciais 60 decibéis (60 dB) no horári o compreendido entre as 7 e 19 horas, medidos na curv a

Conforme o Artigo 2º e 3º da lei nº 2.427, de 27 deabril de 1988, regulamentada pelo Decreto126/88, são definidos como níveis máximos deintensidade, os limites abaixo descritos:

Segundo a Legislação Municipal, os níveis monitorados emedidos em L eq estão dentro de padrões aceitáveis.

Níveis da Legislação Municipal acima dos níveisrecomendados pelas normas modernas.

compreendido entre as 7 e 19 horas, medidos na curv a A e 45 decibéis (45 dB) no horário compreendido ent re

às 19 e 7 horas, medidos na curva A;

Em zonas comerciais 75 decibéis (75 dB) no horário compreendido entre as 7 e 19 horas medidos na curva A e 60 decibéis (60 dB) no horário compreendido ent re

as 19 e 7 horas, medidos na curva A;

Em zonas industriais 85 decibéis (85 dB) no horário compreendido entre as 6 e 22 horas medidos na curva

A, e 65 decibéis (65 dB) no horário compreendido entre as 22 e 6 horas.

Influência do entorno no comportamento do ruído urbano

• Largura da via

• Tipo de tráfego

• Tipo de pavimentação da via

• Tipo de pavimentação das calçadas

Análises qualitativas 1

1. Materiais utilizados nas vias e passeios poucos absorventes;

2. Salvo o ponto 3 (Praça Antonino Xavier), os demais pontos não possuem vegetação representativa;

• Tipo de pavimentação das calçadas

• Uso e ocupação do solo

• Composição das fachadas

• Vegetação

3. Forma das edificações, afastamentos frontais e laterais e gabarito acabam determinando a má qualidade do campo sonoro (forma do lote condiciona estas características);

4. Não há hierarquização aparente de tráfego nas vias;

5. Problemas de ordenação do trânsito: distância entre paradas de ônibus, sincronização de semáforos.

Fontes de maior contribuição para o aumento do ruído nos pontos analisados

Análises qualitativas 2

1. Trânsito em geral: ônibus, caminhões, carros depasseio com motor desregulado e som alto,motocicletas, carros de propaganda itinerante;

2. Sistemas de som de lojas populares;

3. Lojas de instalação de som automotivo.

Fonte emissora

Hospital da Cidade

Loja de instalação de som automotivo a 50metros de hospital – descontrole naliberação de alvarás.

Considerações sobre zoneamento, usos e índices da área central

Análises qualitativas 3

1. Similaridade entre as três zonas estudadas (ZC1,ZC2 e ZC3) quanto à permissibilidade de usospara atividades ruidosas;

2. Usos com atividades diametralmente opostas no que concerne à emissão de ruídos, passíveis de que concerne à emissão de ruídos, passíveis de conviverem juntas, segundo o Plano Diretor, ex: biblioteca ao lado de oficina de reparação de tratores e terraplanagem;

3. Índices favorecem adensamento (usos conforme que podem construir 100% do terreno até 7 metros de altura favorecem as fachadas contínuas, sem recuos laterais e frontais);

1. Níveis diários monitorados em L eq acimadas normas vigentes;

Conclusões

2. Resultados da equação de L ps apontam paraníveis preocupantes no centro da cidade;

3. Todos os quatro pontos medidosapresentam níveis de ruído de fundo (L 90)acima dos 55 dB(A) recomendados pelaacima dos 55 dB(A) recomendados pelaOrganização Mundial da saúde;

4. O ruído de tráfego é o principal agentepoluidor;

5. Permissibilidade da Legislação Municipal;

6. Problemas no ordenamento do trânsitocontribuem para o aumento dos níveis deruído no centro da cidade;

7. Materiais compositivos do meio urbanocontribuem negativamente na atenuação doruído;

Conclusões

8. Índices do Plano Diretor de 1984 contribuempara o aumento dos níveis de ruído atravésdo adensamento da área central ;do adensamento da área central ;

9. Fiscalização precária quanto ao controlenas fontes emissoras;

10.Descontrole na liberação de alvarás paraatividades ruidosas em áreas sensíveis;

1. Abordar a questão da poluição sonora emPasso fundo como um problema de saúdepública;

Recomendações para a cidade

2. Incluir o tema nas discussões do novoPlano Diretor de Desenvolvimento

Ações de curto prazo

Plano Diretor de DesenvolvimentoIntegrado;

3. Revisar a Legislação Municipal quanto aosíndices permissíveis;

4. Capacitar e equipar o corpo técnico dosórgãos públicos;

5. Realizar estudos sobre a ordenação dotrânsito na cidade;

6. Fiscalizar mais efetivamente as atividadesque estejam infringindo as normas vigentes;

Recomendações para a cidade

Ações de curto prazo

7. Realizar campanhas educacionais emescolas e para a população em geral;

1. Estabelecer um monitoramento mais efetivodo ruído na cidade;

Recomendações para a cidade

2. Confeccionar mapa de ruídos – ferramentade planejamento;

Ações de médio e longo prazo

3. Realizar campanhas educacionais em3. Realizar campanhas educacionais emescolas e população em geral;

4. Iniciar a construção de um banco de dadosurbanísticos;

5. Hierarquizar usos em função das fontes deruído;

6. Desenvolver pesquisas em parceriaPrefeitura/Universidade;

1. Monitorar um número maior de pontoslevando em conta as freqüências;

Sugestões para futuros trabalhos

2. Avaliar a percepção subjetiva dostranseuntes quanto ao nível deincomodidade;

3. Aquisição do software SOUNDPLAN 6.1para monitoramento do ruído ;para monitoramento do ruído ;

4. Desenvolver metodologia de análise doespaço urbano;

5. Implementação de um banco nacional dedados de livre acesso;

6. Desenvolver pesquisas em parceriaPrefeitura/Universidade;