Post on 16-Jul-2020
AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA
NO PACIENTE
REUMATOLÓGICO
Profa. Dra. Daniela Cristina Carvalho de Abreu
Doutoranda Jaqueline Mello Porto
Mestranda Anne Bandeira
Universidade de São Paulo
Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto
Curso de Fisioterapia - 2020
FICHA DE AVALIAÇÃO
2ª Parte
Capacidade funcional e
Testes específicos
Classificação Funcional
Classe funcional I: Capacidade funcional completa com condições de
executar todas as atividades de vida diária, sem restrições
Classe funcional II: Capacidade funcional adequada para executar
todas as atividades da vida diária, apesar do desconforto ou
limitação da mobilidade em uma ou mais articulações
Classe funcional III: Capacidade funcional adequada para executar
poucas ou nenhuma das atividades habituais, incluindo cuidados
pessoais
Classe funcional IV: Incapacitação completa, com o paciente
limitado ao leito ou cadeira de rodas, permitindo pouco ou nenhum
cuidado pessoal.
Avaliação da marcha
- Independente, dispositivos auxiliares
- Análise qualitativa
Marcha
Análise da Marcha – Instrumento de Avaliação de Tinetti
Instruções: sujeito de pé com o examinador, caminha num corredor ou na sala, primeiro no seu
ritmo usual, depois rápido, porém num ritmo seguro (com os dispositivos de auxílio a marcha
usuais)
10. Iniciação da marcha Imediatamente após dizer o comando “vá”
(qualquer hesitação ou múltiplas tentativas
para iniciar)
Sem hesitação
0 ( )
1 ( )
11. Comprimento e altura do
passo
a) Perna direita em balanceio
Não passa o membro esquerdo
Passa o membro esquerdo
Pé direito não se afasta completamente do
solo com o passo
Pé direito se afasta completamente do solo
a) Perna esquerda em balanceio
Não passa o membro direito
Passa o membro direito
Pé esquerdo não se afasta completamente do
solo com o passo
Pé esquerdo se afasta completamente do solo
0 ( )
1 ( )
0( )
1 ( )
0 ( )
1 ( )
0( )
1 ( )
12. Simetria do passo Passos direito e esquerdo desiguais (estimado)
Passos direito e esquerdo parecem iguais
0 ( )
1( )
13. Continuidade do passo Parada ou descontinuidade entre os passos
Passos parecem contínuos
0 ( )
1 ( )
14. Desvio da linha reta
(distância estimada em
aproximadamente 3 m de
comprimento por 30 cm de
largura)
Desvio marcado
Desvio leve ou moderado ou usa dispositivo de
auxílio à marcha
Caminha em linha reta sem dispositivo de
auxílio a marcha
0 ( )
1 ( )
2 ( )
15 Tronco Oscilação marcada ou usa dispositivo de auxílio
a marcha
Sem oscilação, mas com flexão dos joelhos ou
dor lombar ou afasta os braços enquanto anda
Sem oscilação, sem flexão, sem uso dos braços e
sem uso de dispositivo de auxílio a marcha
0( )
1( )
2( )
16. Base de apoio Calcanhares afastados
Calcanhares quase se tocando durante a marcha
0 ( )
1 ( )
Avaliação da velocidade da marcha (habitual e máxima)
- Checar capacidade funcional
Middleton, Fritz e Lusardi, 2015
Recomendado para pacientes com OA de quadril e joelhos:
- Caminhar 4 x 10m (40 metros): desconsiderar o tempo de giro.
Dobson et al, 2013
Velocidade normal da marcha
Stacy Fritz, Michelle Lusardi. White paper:“Walking Speed: the Sixth Vital Sign”. Journal of Geriatric
Physical Therapy 2009, 32(2):46-49.
Mensuração da ação funcional de levantar-se
Exige força e potência muscular dos MMII
Levantar da cadeira requer:
– Visão;
– Propriocepção;
– Equilíbrio;
– Habilidades sensório-motoras.
Teste de levantar e sentar 1 vez
- Tarefa de levantar-se: cerca de 60 (±22) x/dia
Articulação do joelho precisa resistir a uma
magnitude de cerca de 4,7 vezes o peso corporal
para levantar da cadeira
Khemlani et al, 1999
Dall e Kerr, 2010
Camara et al., 2008; Sibley et al., 2014
Levantar e sentar
Bohannon RW. Reference values for the five-repetition sit-to-stand test: a descriptive meta-analysis of
data from elders. Perceptual and Motor Skills 2006; 103: 215-222.
Referências para o Teste de levantar e sentar 5 vezes.
Pessoas com tempo superior ao abaixo possuem pior desempenho no
teste:
Buatois S, Miljkovic D, Manckoundia P, et al. Five-Times-Sit-to-Stand test is a predictor of recurrent falls in healthy
community-living subjects aged 65 and older. J Am Geriatr Soc. 2008;56:1575–1577.
Caidor recorrente
- Ponto de corte = 15 seg
- Superior a 15 segundos = fracassou no teste
- 60 a 69 anos: 11,4 segundos
- 70 a 79 anos: 12,6 segundos
- 80 a 89 anos: 14,8 segundos
Recomendado para pacientes com OA de quadril e joelhos:
- Contar o número de repetições (levantar e sentar representa 1
tentativa)
Teste de levantar e sentar: 30 segundos
Dobson et al, 2013
Levantar e sentar
Mancini & Horak, 2010; Sibley, et al, 2014
Teste curto e simples
Relacionado a sequência de várias tarefas de mobilidade
importantes: capacidade de sentar e levantar, andar em linha reta e
girar
Velocidade habitual da marcha
Timed Up and Go (TUG)
Timed Up and Go
Alexandre et al., 2012:
-TUG ≥ 12,47 seg: preditor de quedas na população brasileira
-73,7% sensibilidade e 65,8% de especificidade
Bohannon, 2009
Valores para baixa funcionalidade
- 60 a 69 anos: > 9,0 segundos
- 70 a 79 anos: > 10,2 segundos
- 80 a 99 anos: >12,7 segundos
Subir e descer degrau
Tarefa necessária para a inclusão social do idoso:
Cosme, Okuma, Mochizuki, 2008; Nightingale, Pourkazemi, Hiller, 2014
Atividades como subir e descer escada e do transporte público
(ônibus) representam, juntas, cerca de 15% das atividades de vida
diária (AVDs).
Dificuldade funcional de subir e descer degrau pode não apenas
prejudicar a independência dos idosos, mas também restringir
sua participação social, prejudicando sua qualidade de vida.
Subir e descer degrau
Danneskiold-Samsoe et al., 1984
Solicite ao idoso que suba e desça de um degrau alternando os
membros inferiores (direito e esquerdo).
- Frente altura máxima _____ cm
- Lateral altura máxima _____ cm
( ) adequada ( ) inadequada ( ) não realiza
12, 17 e 22 cm
Recomendado para pacientes com OA de quadril e joelhos
Dobson et al, 2013
4 degraus ou 9 degraus:
- Velocidade normal, sem descansar
- Pode usar dispositivo de auxílio ou segurar no corrimão
- Registrar o tempo gasto para subir e descer separadamente
Subir e descer degrau
Vídeos explicativos dos testes Levantar e
sentar 5x, TUG e teste do degrau
estão disponíveis no Moodle
Assistam, pois os vídeos fazem parte da Aula
de Hoje!!
Avaliação do Condicionamento
Cardiorrespiratório
Teste de caminhada de 6 minutos (teste para avaliar caminhada
por longas distâncias)
Rebelatto & Morelli, 2004
Aferir PA, FC, SpO2
Observam-se sinais e sintomas
ou tolerância do indivíduo
Recomendado para pacientes com OA de quadril e joelhos
Dobson et al, 2013
Testes Especiais
O que não pode faltar???
Espondilite anquilosante
- Medidas de Schoeber, Stibor, dedos-chão
(anterior e lateral), sinal de flecha/seta
- Expansão torácica
- Avaliação da articulação sacroilíaca para
identificação de presença de sacroileíte
(disfunção sacoilíaca)
- Questionários:
BASFI
Vídeos explicativos
dos testes
estão disponíveis
no Moodle
BASFI – Espondilite Anquilosante
O que não pode faltar???
Artrite reumatóide
- HAQ
- Inspeção: deformidades
- Articulações doloridas e edemaciadas
- Força muscular: quadríceps, punho e força de preensão
- Goniometria
-MCFs
-IFPs
-Punhos
-Cotovelos
-Joelhos
HAQ: Health Assessment
Questionnaire
O que não pode faltar???
Osteoartrite
- Identificar fatores relacionados (orientação)
- WOMAC
- Inspeção: deformidades
- Articulações doloridas (goniometria, força muscular, flexibilidade)
Índice de WOMAC
Índice de WOMAC
• Critério estabelecido em 1990
• Deficientes quanto especificidade e sensibilidade do diagnóstico
FIBROMIALGIA
FIBROMIALGIA
Pressão necessária para desaparecer leito sanguíneo do terço distal da unha
Critérios diagnósticos de fibromialgia
1) Índice de Dor Difusa (IDD):
Oliveira RDR, Petean FC, Louzada-Junior P. Fibromialgia. Rev Bras Med; 67(12):31-36, 2010
2) Índice da Escala de Gravidade dos Sintomas (SS)
Critérios diagnósticos de fibromialgia
O valor da Escala SS é a
soma da gravidade dos 3
sintomas (fadiga, sono não-
restaurador e sintomas
cognitivos) mais a extensão
(gravidade) dos sintomas
somáticos em geral.
O valor final será de
0 a 12
2) Índice da Escala de Gravidade dos Sintomas (SS)
Critérios diagnósticos de fibromialgia
10 sintomas
Entre11 e 22 sintomas
Acima de 22 sintomas
Diagnóstico de fibromialgia se as 3 condições forem encontradas:
1) Índice de Dor Difusa (IDD) ≥ 7 e Valor da Escala de Gravidade
dos Sintomas (SS) ≥ 5 ou IDD 3-6 e Valor da Escala SS ≥ 9
2) Sintomas presentes com a mesma intensidade por pelo menos 3
meses
3) Ausência de outra condição que poderia explicar o quadro
doloroso
Critérios diagnósticos de fibromialgia
QIF: Questionário sobre o Impacto da
Fibromialgia
Testes Especiais – Afecções
secundárias
Síndrome do Túnel do Carpo:
- Compressão do nervo mediano (passa na região do punho),
geralmente por processo inflamatório que causa estreitamento no
seu canal de passagem.
Tenossinovite do abdutor longo e do extensor curto do
polegar (Tenossinovite de DeQuervain)
Manobra de Finkelstein: diferenciar Tenossinovite de doença
degenerativa da 1ª articulação carpometacarpal (dor base do metacarpo).
Epicondilite medial e lateral
Aula Interativa 2
Vídeo interativo 1RM
Autocrítica do caso clínico respondido na primeira aula
interativa:
– Acrescentaria ou tiraria alguma informação?
– Como avalia seu desempenho para responder o caso?
– Completar o caso + crítica na questão do Moodle até
31/03, às 17h.
Questões referentes aos vídeos “Timed Up and Go” e
“Levantar e sentar 5 vezes”
OBRIGADA
dabreu@fmrp.usp.br
jmelloporto@hotmail.com
annebandeira@usp.br