BAC002 - Material 2 - Linguagem e Comunicação.pdf

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BAC002 –COMUNICAÇÃO E

EXPRESSÃO

Professora: Cibele Moreira Monteiro Rosa

E-mail: cibelemonteiro@unifei.edu.brTelefone: 3629-1549

LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO

� “Comunicar”

tornar algo comum entre duas ou mais pessoas

� O homem é, por natureza, um ser que secomunica.

Desde o início da humanidade, o homemsentiu a necessidade de comunicar-se. Paratanto, passou a instituir códigos que lhepermitissem compreender e sercompreendido.

Linguagem

elemento fundamental para a comunicação entre as pessoas nas mais diversas

situações

LINGUAGEM

VERBAL

NÃO VERBAL

Linguagem

todo e qualquer sistema de signos que serve de meio de comunicação de ideias

ou sentimentos

Signo

representa ou significa alguma coisa que é exterior a ele

SIGNO

SIGNIFICANTE ASPECTO SENSÍVEL

SIGNIFICADO ASPECTO INTELIGÍVEL

*Observação: um significante pode assumirsignificados diferentes. O significadoatribuído a um significante depende docontexto em que o signo é utilizado e dasvivências e conhecimentos dosinterlocutores.Exemplos: a palavra mala, o barulho defogos de artifício.

SIGNO

ÍCONE

ÍNDICE

SÍMBOLO

� Ícone: signo que apresenta uma relaçãode semelhança ou analogia com o objetoque representa.Exemplos: a imagem da lixeira na área detrabalho do computador, a fotografia deuma paisagem.

� Índice: signo que está fundado na relaçãode contiguidade com a realidadesignificada. Pode ser entendido como umindício, um sinal.Exemplos: fumaça indicando fogo, nuvensescuras indicando chuva, pegadas nalama indicando que alguém passou pelolocal.

� Símbolo: signo cuja relação com o objetoou a ideia que representa é baseadaapenas em convenção. Há símbolosverbais e símbolos não verbais.Exemplos: as palavras, a cor verdesimbolizando esperança, a pombasimbolizando paz.

*Observação: o caráter do signo não é fixo.Exemplo:

ELEMENTOS DO PROCESSO

COMUNICATIVO

O modelo comunicativo de Roman Jakobson

Críticas ao modelo comunicativo de Jakobson

� A mensagem não pode ser vista como um“pacotinho” de informações que sai do emissor echega ao receptor.

A construção do sentido da mensagem resulta dainteração entre as pessoas envolvidas no processo decomunicação e é influenciada pelo contexto.

*Observação: Os termos “emissor” e “receptor” sãocriticados por transmitirem a concepção de um leitorou ouvinte passivo. Essas palavras têm sidosubstituídas por “coenunciadores”, “enunciadores” ou“interlocutores”.

Nossa! Esse comentário

foi tão inteligente!

� Seres humanos não são máquinas.

As pessoas estão inseridas em um contextohistórico-social.

EU/OUTRO

PAI (MÃE)

FILHO(A)

PROFES-SOR(A)

ALUNO(A)

CHEFE

EMPRE-GADO

(A)

ADOLES-CENTE

ADULTO

� A comunicação é um processo complexo,influenciado por vários questionamentos:- Quem sou eu?- Quem é o outro?- Quem o outro pensa que eu sou?

� Comparação entre as duas situações: mesmoemissor, mesmo receptor, mesmo referente,mesmo código, mesmo canal, mesma mensagem,mas significado diferente.

� Os elementos da comunicação estãorelacionados entre si, ou seja, cada umdeles pode influenciar os outros.Exemplo: o referente (assunto) podedeterminar a escolha do canal.

� Um código pode apresentar váriaspossibilidades de uso. As escolhas devemser feitas de acordo com o contexto decomunicação.

Contribuições do modelo comunicativo de Jakobson

� Detecção de ruídos e busca de soluções.Elementos da comunicação Detecção de ruídos

Interlocutores Meu interlocutor sabe quem eu sou?Eu conheço bem meu interlocutor?

Código Meu interlocutor domina o códigoutilizado por mim?

Canal O meio que estamos utilizando estálivre de interferências?

Mensagem A mensagem está sendocompreendida?As informações são apresentadascom clareza?

Referente Meu interlocutor sabe do que eu estoufalando?Que conhecimentos ele possui arespeito do assunto abordado pormim?

� Identificação dos recursos a serem utilizados deacordo com a função da linguagem predominante.

Função da linguagem

Elemento da comunicação

enfatizado

Características dos textos Exemplos

Referencial ou denotativa

Referente - Emprego predominanteda 3ª pessoa do discurso;- pouco uso de palavrascom carga subjetiva forte.

Notícias, verbetes de enciclopédias, leis, gêneros textuais acadêmicos.

Emotiva ou expressiva

Emissor - Emprego da 1ª pessoa do discurso;- uso de interjeições;- uso de sinais de pontuação que conferem subjetividade ao texto.

Poemas, letras de canções, diários.

Função da linguagem

Elemento da comunicação

enfatizado

Características dos textos

Exemplos

Função conativa ou apelativa

Receptor - Uso do imperativo;- uso do vocativo;- uso de pronomes que se referem diretamente ao receptor.

Anúnciospublicitários, manual de instruções.

Função fática

Canal - As mensagens têm pouco ou nenhum conteúdo informativo;- o emissor busca travar contato com o receptor, verificar se há ruídos ou encerrar o contato.

Frases como “E aí? Tudo bem?”, “Alô? Você está me ouvindo?”, “Vocês estãoconseguindo enxergar?”, “Até logo!”.

Função da linguagem

Elemento da comunicação

enfatizado

Características dos textos

Exemplos

Metalinguística Código - O código é usado para falar sobre o próprio código;- uso de aspas ououtro destaque nos itens do código citados.

Verbetes de dicionários, frases como “Qual o significado de ‘coesão’?”, “Você sabe escrever‘exceção’?”.

Poética Mensagem - Emprego da conotação, com metáforas e outras figuras de linguagem;- exploração da sonoridade.

Poemas, letras de canções.

* Observações:1) Um texto pode apresentar mais de umafunção da linguagem.

2) A função da linguagem predominante emum enunciado não pode ser identificadaapenas por meio da análise de suascaracterísticas linguísticas. É necessárioobservar também o sentido que o enunciadoadquire em determinado contexto.Exemplo: Estou com muito calor.

EXEMPLO

RESUMO

A pesquisa-ação é um método de pesquisa qualitativaque cada vez mais se destaca como estratégia depesquisa adotada em engenharia de produção. Contudo,esse método sofre com preconceitos a respeito do seumérito científico, bem como com uma indefinição decomo sua condução pode ser validada. Visandominimizar essas lacunas da literatura, a partir de umapesquisa de cunho conceitual-teórico, o presentetrabalho visa propor um processo para o planejamento econdução de pesquisas na engenharia da produção pormeio da pesquisa-ação. Consideram-se comocontribuições científicas do presente trabalho adiscussão acerca das formas de iniciação e das etapasde validação das pesquisas que empregam o método da

pesquisa-ação. Conclui-se que, dentro do paradigmacientífico do realismo, os critérios mais adequados paraa validação da pesquisa-ação são a adequaçãoontológica, a validade contingente, a percepção múltiplados participantes, a fidedignidade metodológica, ageneralização analítica e a validade do construto.

Palavras-chave: Engenharia de produção. Pesquisa-ação. Metodologia de pesquisa.

BibliografiaGUIMARÃES, Thelma de Carvalho. Comunicação e linguagem. São Paulo: Pearson, 2012.

PEIRCE, Charles Sanders. Semiótica. Tradução José Teixeira Coelho Neto. 3. ed. São Paulo: Perspectiva, 2000.

TERRA, Ernani. Linguagem, língua e fala. São Paulo: Scipione, 1997.

VANOYE, Francis. Usos da linguagem: problemas e técnicas na produção oral e escrita. Tradução e adaptação Clarisse Madureira Sabóia et al. 13. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2007.