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Prefeitura do Município de São Paulo – PMSP Secretaria Municipal de Cultura – SMC
Coordenadoria do Sistema Municipal de Bibliotecas – CSMB
Balanço de gestão 2014:
Bibliotecas Públicas da Coordenadoria do Sistema Municipal de Bibliotecas
SÃO PAULO, 2015
Divisão de Planejamento Arlete Martins Benatti
Joeli Espirito Santo da Rocha Wladimir Martins do Prado Deise Maria Tebaldi Pedro
“Por isso na impaciência Desta sede de saber,
Como as aves do deserto As almas buscam beber... Oh! Bendito o que semeia
Livros... livros à mão cheia... E manda o povo pensar!
O livro caindo n'alma É germe — que faz a palma,
É chuva — que faz o mar.”
Castro Alves Espumas Flutuantes
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APRESENTAÇÃO
Em primeiro lugar gostaria de agradecer a todos (as) pela colaboração, pois esse
estudo só foi possível em virtude dos coordenadores e técnicos das bibliotecas terem
preenchido mensalmente o Relatório de Monitoramento das Ações (REMA), que é o
principal instrumento por meio do qual recebemos os dados numéricos das bibliotecas
públicas. Também agradeço ao comprometimento e motivação dos analistas desta
divisão e ao apoio institucional da Coordenadoria do Sistema Municipal de Bibliotecas
(CSMB) da Secretaria Municipal de Cultura (SMC) para a construção deste trabalho.
Enfatizamos a importância deste relatório que, a partir de um processo de análise,
conseguiu transformar os dados coletados durante o ano de 2014 em informações,
atribuindo-lhes significado dentro do contexto da biblioteca. Com os dados coletados,
que são a matéria prima para este trabalho, foi possível avaliar os resultados por meio de
indicadores que retratam a situação atual da rede de bibliotecas, do mesmo modo a
situação de cada biblioteca, a fim de apontar as necessidades de correção dos problemas
existentes, fazer os ajustes metodológicos e técnicos que couberem e destacar os êxitos
das práticas que alcançaram as metas desejadas.
Assim, a Divisão de Planejamento com este documento dá um retorno às
bibliotecas, às diversas instâncias de gestão e ao controle social dos dados compilados
ao longo de 2014.
Arlete Martins Benatti Diretora da Divisão de Planejamento
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LISTA DE ILUSTRAÇÕES FIGURA 1 – MAPA DOS EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS DA CSMB……………………………………………………………………………………………………….9 FIGURA 2 – BIBLIOTECAS AVALIADAS NOS GRAUS INSUFICIENTE E REGULAR NA DIMENSÃO LAYOUT…………………………………………114 FIGURA 3 - BIBLIOTECAS AVALIADAS NOS GRAUS INSUFICIENTE E REGULAR NA DIMENSÃO MOBILIÁRIO……………………………………115 FIGURA 4 - BIBLIOTECAS AVALIADAS NOS GRAUS INSUFICIENTE E REGULAR NA DIMENSÃO SERVIÇO DE LIMPEZA……………………..118 FIGURA 5 - BIBLIOTECAS AVALIADAS NOS GRAUS INSUFICIENTE E REGULAR NA DIMENSÃO SEGURANÇA TERCEIRIZADA……………119 FIGURA 6 - BIBLIOTECAS AVALIADAS NOS GRAUS INSUFICIENTE E REGULAR NA DIMENSÃO HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO…….121 FIGURA 7 - BIBLIOTECAS AVALIADAS NOS GRAUS INSUFICIENTE E REGULAR NA DIMENSÃO ACESSIBILIDADE…………………..…………123 FIGURA 8 - BIBLIOTECAS AVALIADAS NOS GRAUS INSUFICIENTE E REGULAR NA DIMENSÃO INFORMÁTICA - SOFTWARES E
CAPACITAÇÃO, EM 2014…………………………………………………………………………………………………………………………………………………..125 FIGURA 9 - BIBLIOTECAS AVALIADAS NOS GRAUS “INSUFICIENTE E REGULAR NA DIMENSÃO INFORMÁTICA – ALEXANDRIA E SUPRI,
EM 2014……………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………….….127 FIGURA 10 - BIBLIOTECAS AVALIADAS NOS GRAUS INSUFICIENTE E REGULAR NA DIMENSÃO INFORMÁTICA – HARDWARE E
MANUTENÇÃO, EM 2014………………………………………………………………………………………………………………………………………………...129 FIGURA 11 - BIBLIOTECAS AVALIADAS NOS GRAUS INSUFICIENTE E REGULAR NA DIMENSÃO SERVIÇO DE MANUTENÇÃO, EM
2014………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………….131 FIGURA 12 - BIBLIOTECAS AVALIADAS NOS GRAUS INSUFICIENTE E REGULAR NA DIMENSÃO RECURSOS HUMANOS, EM 2014….133 FIGURA 13 - BIBLIOTECAS AVALIADAS NOS GRAUS INSUFICIENTE E REGULAR NA DIMENSÃO RECURSOS HUMANOS, EM 2014….135 FIGURA 14 - BIBLIOTECAS AVALIADAS NOS GRAUS INSUFICIENTE E REGULAR NA DIMENSÃO ARTICULAÇÃO COM ESCOLAS, EM
2014………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………….139 FIGURA 15 - BIBLIOTECAS SEM ARTICULAÇÃO COM O GOVERNO LOCAL, EM 2014………………………………………………………………………140 GRÁFICO 1 - PERCENTUAL DO PÚBLICO DE RECEPÇÃO E DO PÚBLICO DE PROGRAMAÇÃO................................................................ 18 GRÁFICO 2 – DISTRIBUIÇÃO DO PÚBLICO PARTICIPANTE DAS PROGRAMAÇÕES REALIZADAS EM 2014, POR MODALIDADE DE
EVENTO. ................................................................................................................................................................................. 19 GRÁFICO 3 - PERCENTUAIS DO PÚBLICO DA RECEPÇÃO POR SEXO, 2014 ........................................................................................... 20 GRÁFICO 4 - PERCENTUAIS DE CATEGORIAS ETÁRIAS NA RECEPÇÃO, PROGRAMAÇÃO E TOTAL, EM 2014 ........................................ 23 GRÁFICO 5 - PERCENTUAIS DO PÚBLICO DA RECEPÇÃO POR COR/RAÇA, 2014……………..…………….………....24 GRÁFICO 6 - BASEADO EM PERCENTUAIS RAÇA/COR DA POPULAÇÃO DA CIDADE DE SÃO PAULO, IBGE, CENSO 2010 ................... ...25 GRÁFICO 7 - PERCENTUAIS DO PÚBLICO DA RECEPÇÃO POR COR/RAÇA NAS REGIÕES CENTRO-OESTE, LESTE, NORTE E SUL, EM
2014…………………………………………………………………………………………………………………………………………….26 GRÁFICO 8 - PERCENTUAIS DE DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO DA CIDADE DE SÃO PAULO POR RAÇA/COR NAS REGIÕES CENTRO-
OESTE, LESTE, NORTE E SUL, EM 2010, IBGE, CENSO 2010 ...................................................................................................... 26 GRÁFICO 9 - PERCENTUAIS DE DISTRIBUIÇÃO DOS USUÁRIOS DE RECEPÇÃO DAS BIBLIOTECAS DE CSMB POR ESCOLARIDADE
(FUNDAMENTAL, MÉDIO E SUPERIOR), EM 2014 ................................................................................................................... 27 GRÁFICO 10 - PERCENTUAIS DE DISTRIBUIÇÃO DOS USUÁRIOS DA RECEPÇÃO DAS BIBLIOTECAS DE CSMB SEGUNDO A
ESCOLARIDADE (FUNDAMENTAL, MÉDIO E SUPERIOR), POR REGIÃO, EM 2014 ..................................................................... 27 GRÁFICO 11 - PERCENTUAIS DE DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO DA CIDADE DE SÃO PAULO SEGUNDO A ESCOLARIDADE
(FUNDAMENTAL, MÉDIO E SUPERIOR), PELAS REGIÕES CENTRO-OESTE, LESTE, NORTE E SUL, EM 2014. FONTE: BASEADO EM INFOCIDADE, PMSP ................................................................................................................................................................ 28
GRÁFICO 12 – PERCENTUAIS DE DISTRIBUIÇÃO DO RENDIMENTO DOMICILIAR DE SÃO PAULO, POR REGIÕES, CENSO 2010 ............ 28 GRÁFICO 13 - PERCENTUAIS DE DISTRIBUIÇÃO DO PÚBLICO DE RECEPÇÃO POR CATEGORIA DE DEFICIÊNCIA, EM 2014 ................... 30 GRÁFICO 14 - PERCENTUAIS DE DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO DA CIDADE DE SÃO PAULO POR CATEGORIA DE DEFICIÊNCIA, EM
2014 ....................................................................................................................................................................................... 30 GRÁFICO 15 - PERCENTUAIS DE DISTRIBUIÇÃO DA REDE DE BIBLIOTECAS, SEGUNDO FREQUÊNCIAS ACIMA E ABAIXO DA MÉDIA
OBTIDA PELA CIDADE, EM 2014 .............................................................................................................................................. 40 GRÁFICO 16 - PERCENTUAIS DE DISTRIBUIÇÃO DAS BIBLIOTECAS COM FREQUÊNCIA ACIMA DA MÉDIA DA CIDADE – 21 BIBLIOTECAS,
SEGUNDO O PORTE, EM 2014................................................................................................................................................. 42 GRÁFICO 17 - PERCENTUAIS DE DISTRIBUIÇÃO DAS BIBLIOTECAS COM FREQUÊNCIA ABAIXO DA MÉDIA DA CIDADE –31
BIBLIOTECAS, SEGUNDO O PORTE, EM 2014 .......................................................................................................................... 46 GRÁFICO 18 - PERCENTUAIS DE COMPOSIÇÃO DOS PÚBLICOS ORIUNDOS DA RECEPÇÃO E DA PROGRAMAÇÃO DAS 10 BIBLIOTECAS
QUE OBTIVERAM AS MAIORES FREQUÊNCIAS, EM 2014 ........................................................................................................ 50 GRÁFICO 19 - PERCENTUAIS DE COMPOSIÇÃO DOS PÚBLICOS ORIUNDOS DA RECEPÇÃO E DA PROGRAMAÇÃO DAS 10 BIBLIOTECAS
QUE OBTIVERAM AS MAIORES FREQUÊNCIAS, EM 2014 ........................................................................................................ 51 GRÁFICO 20 – TIPO DE PROGRAMAÇÃO NAS 10 BIBLIOTECAS (ORDEM DECRESCENTE) DA CSMB COM MENORES FREQUÊNCIAS EM
2014 ....................................................................................................................................................................................... 54 GRÁFICO 21- TIPO DE PROGRAMAÇÃO NAS 10 BIBLIOTECAS (ORDEM DECRESCENTE) DA CSMB COM AS MAIORES FREQUÊNCIAS EM
2014 ....................................................................................................................................................................................... 55 GRÁFICO 22 - DIFERENÇAS (EM NÚMERO DE VEZES) DE RECURSOS E DESEMPENHOS ENTRE AS 10 BIBLIOTECAS DE MAIORES
PÚBLICOS E AS 10 BIBLIOTECAS DE MENORES PÚBLICOS ....................................................................................................... 59 GRÁFICO 23 - PERCENTUAL DE DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO DOS DISTRITOS DE SANTANA, MOOCA, IPIRANGA, MANDAQUI E
LAPA, POR FAIXAS ETÁRIAS. CENSO 2010. .............................................................................................................................. 77 GRÁFICO 24 - PERCENTUAL DE DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO DOS DISTRITOS DE SANTO AMARO E ARICANDUVA, POR FAIXAS
ETÁRIAS. CENSO 2010. ........................................................................................................................................................... 78 GRÁFICO 25 - PERCENTUAL DE DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO DOS DISTRITOS DE ITAQUERA, PIRITUBA, JARAGUÁ, VILA CURUÇÁ,
POR FAIXAS ETÁRIAS. CENSO 2010. ........................................................................................................................................ 79 GRÁFICO 26 – PERCENTUAIS DOS GRAUS INSUFICIENTE, REGULAR, SUFICIENTE E SUPERIOR NA AVALIAÇÃO DO LAYOUT DAS BIBLIOTECAS, EM 2014…………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………113
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GRÁFICO 27 - PERCENTUAIS DOS GRAUS INSUFICIENTE, REGULAR, SUFICIENTE E SUPERIOR NA AVALIAÇÃO DO MOBILIÁRIO DAS BIBLIOTECAS, EM 2014………………………………………………………………………………………………………………………………………………………..115
GRÁFICO 28 - PERCENTUAIS DOS GRAUS INSUFICIENTE, REGULAR, SUFICIENTE E SUPERIOR NA AVALIAÇÃO DA MANUTENÇÃO DE ELEVADOR, EM 2014…………………………………………………………………………………………………………………………………………………………..116
GRÁFICO 29 - PERCENTUAIS DOS GRAUS INSUFICIENTE, REGULAR, SUFICIENTE E SUPERIOR NA AVALIAÇÃO DO SERVIÇO DE LIMPEZA, EM 2014……………………………………………………………………………………………………………………………………………………………..117
GRÁFICO 30 - PERCENTUAIS DOS GRAUS INSUFICIENTE, REGULAR, SUFICIENTE E SUPERIOR NA AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA TERCEIRIZADA, EM 2014…………………………………………………………………………………………………………………………………………………….119
GRÁFICO 31 - PERCENTUAIS DOS GRAUS INSUFICIENTE, REGULAR, SUFICIENTE E SUPERIOR NA AVALIAÇÃO DO HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO, EM 2014……………………………………………………………………………………………………………………………………………..120
GRÁFICO 32 - PERCENTUAIS DOS GRAUS INSUFICIENTE, REGULAR, SUFICIENTE E SUPERIOR NA AVALIAÇÃO DA ACESSIBILIDADE DAS BIBLIOTECAS, EM 2014……………………………………………………………………………………………………………………………………………………….122
GRÁFICO 33 - PERCENTUAIS DOS GRAUS INSUFICIENTE, REGULAR, SUFICIENTE E SUPERIOR NA AVALIAÇÃO DA INFORMÁTICA - SOFTWARES E CAPACITAÇÃO, EM 2014……………………………………………………………………………………………………………………………..124
GRÁFICO 34 - PERCENTUAIS DOS GRAUS INSUFICIENTE, REGULAR, SUFICIENTE E SUPERIOR NA AVALIAÇÃO DA INFORMÁTICA – ALEXANDRIA E SUPRI, EM 2014………………………………………………………………………………………………………………………………………….126
GRÁFICO 35 - PERCENTUAIS DOS GRAUS INSUFICIENTE, REGULAR, SUFICIENTE E SUPERIOR NA AVALIAÇÃO INFORMÁTICA – HARDWARE E MANUTENÇÃO, EM 2014……………………………………………………………………………………………………………………………..128
GRÁFICO 36 - PERCENTUAIS DOS GRAUS INSUFICIENTE, REGULAR, SUFICIENTE E SUPERIOR NA AVALIAÇÃO DO SERVIÇO DE MANUTENÇÃO, EM 2014…………………………………………………………………………………………………………………………………………………….130
GRÁFICO 37 - PERCENTUAIS DOS GRAUS INSUFICIENTE, REGULAR, SUFICIENTE E SUPERIOR NA AVALIAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS, EM 2014…………………………………………………………………………………………………………………………………………………………..132
GRÁFICO 38 - PERCENTUAIS DOS GRAUS INSUFICIENTE, REGULAR, SUFICIENTE E SUPERIOR NA AVALIAÇÃO DOS TELECENTROS, EM 2014……………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………134
GRÁFICO 39 - PERCENTUAIS DOS GRAUS INSUFICIENTE, REGULAR, SUFICIENTE E SUPERIOR NA ARTICULAÇÃO DAS BIBLIOTECA COM AS ESCOLAS, EM 2014………………………………………………………………………………………………………………………………………………..138
GRÁFICO 40 - PERCENTUAIS DE BIBLIOTECAS QUE SE ARTICULAM COM GOVERNO LOCAL, COMUNIDADE, ONGS, EMPRESAS, GOVERNO LOCAL, COMÉRCIO, EQUIPAMENTOS PÚBLICOS E OUTRAS INSTITUIÇÕES GOVERNAMENTAIS, EM 2014………….140
GRÁFICO 41 - PERCENTUAIS DOS MEIOS UTILIZADOS PELAS BIBLIOTECAS PARA DIVULGAÇÃO EM 2014 - FOLHETOS, SITE, FACEBOOK, MAILING, JORNAL, BLOG, RÁDIO, TV E TWITTER………………………………………………………………….…………………………..141
QUADRO 1 – BIBLIOTECAS QUE SE ENCONTRAM NO GRAU REGULAR POR DIMENSÃO, EM 2014………………………………………………...136 QUADRO 2 – BIBLIOTECAS QUE SE ENCONTRAM NOS GRAUS INSUFICIENTE E REGULAR POR DIMENSÃO, EM 2014……………………137
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LISTA DE TABELAS TABELA 1 – DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO DOS 39 DISTRITOS DA CIDADE CUJA MÉDIA DE POPULAÇÃO POR EQUIPAMENTO
MUNICIPAL DE LEITURA É MENOR QUE A MÉDIA OBTIDA PELA CIDADE E POSIÇÃO OCUPADA PELOS DISTRITOS CORRESPONDENTES SEGUNDO IDH ....................................................................................................................................... 11
TABELA 2 - DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO DOS 28 DISTRITOS DA CIDADE CUJA MÉDIA DE POPULAÇÃO POR EQUIPAMENTO MUNICIPAL DE LEITURA É MAIOR QUE A MÉDIA OBTIDA PELA CIDADE E POSIÇÃO OCUPADA PELOS DISTRITOS CORRESPONDENTES SEGUNDO IDH ....................................................................................................................................... 13
TABELA 3 - RELAÇÃO DE DISTRITOS SEM EQUIPAMENTO MUNICIPAL DE LEITURA E POSIÇÃO OCUPADA PELOS DISTRITOS CORRESPONDENTES SEGUNDO IDH ....................................................................................................................................... 14
TABELA 4 - FREQUÊNCIA TOTAL, TAXA DE VARIAÇÃO E MÉDIA DE PÚBLICO NO PERÍODO DE 2011 A 2014 ........................................ 17 TABELA 5 - RAZÃO FREQUÊNCIA VERSUS POPULAÇÃO DOS DISTRITOS ONDE SE ENCONTRAM AS BIBLIOTECAS E DA CIDADE E
NÚMERO DE NOVAS MATRÍCULAS EM 2014 .......................................................................................................................... 17 TABELA 6 - DISTRIBUIÇÃO EM NÚMEROS ABSOLUTOS E PERCENTUAIS DE EMPRÉSTIMOS POR SEXO E FAIXAS ETÁRIAS NAS
BIBLIOTECAS MUNICIPAIS DA CIDADE DE SÃO PAULO, 2014. ................................................................................................. 21 TABELA 7 - TOTAL DE POPULAÇÃO, LIVROS E NÚMERO DE LIVROS POR HABITANTE .......................................................................... 31 TABELA 8 - ÍNDICE DE AQUISIÇÃO ANUAL IFLA, NÚMERO MÉDIO DE AQUISIÇÃO POR BIBLIOTECA IFLA, NÚMERO MÉDIO DE
AQUISIÇÃO POR BIBLIOTECA EM 2014 E TAXA DE VARIAÇÃO (%) ........................................................................................... 32 TABELA 9 - NÚMERO E PORCENTAGEM (%) DE NOVAS MATRÍCULAS, MATRÍCULAS RENOVADAS, TOTAL DE MATRÍCULA, TAXA DE
VARIAÇÃO ANUAL, NÚMERO TOTAL DE EMPRÉSTIMOS E NÚMERO MÉDIO DE EMPRÉSTIMOS POR MATRÍCULA, 2011 A 2014 ............................................................................................................................................................................................... 33
TABELA 10 - TIPO DE ACERVO NAS BIBLIOTECAS DA CSMB E NÚMERO DE EMPRÉSTIMOS/CONSULTAS POR UNIDADE, EM 2014 ..... 33 TABELA 11 - TÍTULOS DE LIVROS MAIS EMPRESTADOS NAS BIBLIOTECAS PÚBLICAS DA CIDADE DE SÃO PAULO, EM 2014 ................ 35 TABELA 12 – ORDEM DECRESCENTE DAS BIBLIOTECAS QUE REGISTRARAM FREQUÊNCIAS ACIMA DA MÉDIA DA CIDADE (16.149
FREQUENTADORES) EM 2014 E RESPECTIVAS TAXAS DE VARIAÇÃO, SEGUNDO O PORTE E O RANKING DO IDH DOS DISTRITOS. ............................................................................................................................................................................................... 41
TABELA 13 - ORDEM DECRESCENTE DAS BIBLIOTECAS QUE REGISTRARAM FREQUÊNCIAS ABAIXO DA MÉDIA DA CIDADE (16.149 FREQUENTADORES) EM 2014 E RESPECTIVAS TAXAS DE VARIAÇÃO, SEGUNDO O PORTE E O RANKING DE IDH. .................... 45
TABELA 14 – FREQUÊNCIA DE RECEPÇÃO, FREQUÊNCIA DE PROGRAMAÇÃO E FREQUÊNCIA TOTAL EM NÚMERO ABSOLUTO (N.A) E PERCENTUAL (%) POR BIBLIOTECA DE CSMB, EM 2014 ........................................................................................................... 47
TABELA 15 – FREQUÊNCIA MÉDIA MENSAL POR EVENTO, NÚMERO ABSOLUTO (N.A) DA FREQUÊNCIA ANUAL DOS EVENTOS, NÚMERO ABSOLUTO (N.A) DO TOTAL DE EVENTOS E FREQUÊNCIA MÉDIA POR EVENTO NAS BIBLIOTECAS DE CSMB EM 2014 ............................................................................................................................................................................................... 52
TABELA 16 – NÚMERO (N.A. E %) DE EVENTOS POR FORMA DE CONTRATAÇÃO, CUSTO TOTAL DOS EVENTOS, CUSTO PER CAPITA, CUSTO POR PROGRAMAÇÃO E % DE PÚBLICO NOS EVENTOS POR BIBLIOTECA, EM 2014 ...................................................... 57
TABELA 17 - DISTRIBUIÇÃO DOS TIPOS DE EVENTOS CONTRATADOS NAS BIBLIOTECAS MONTEIRO LOBATO E RUBENS BORBA, POR NÚMERO DE EVENTOS E TOTAL DE PÚBLICO – 2.014 .............................................................................................................. 62
TABELA 18 - DISTRIBUIÇÃO DOS TIPOS DE EVENTOS CONTRATADOS NAS BIBLIOTECAS BELMONTE, VICENTE PAULO GUIMARÃES, MÁRIO SCHENBERG E ÁLVARES DE AZEVEDO, POR NÚMERO DE EVENTOS E TOTAL DE PÚBLICO – 2014………………………………63
TABELA 19 - DISTRIBUIÇÃO DOS TIPOS DE EVENTOS CONTRATADOS NAS BIBLIOTECAS RAIMUNDO DE MENEZES E BRITO BROCA, POR NÚMERO DE EVENTOS E TOTAL DE PÚBLICO – 2.014 ...................................................................................................... 64
TABELA 20 - DISTRIBUIÇÃO DOS TIPOS DE EVENTOS CONTRATADOS NAS BIBLIOTECAS LENYRA FRACCAROLI E PREFEITO PRESTES MAIA, POR NÚMERO DE EVENTOS E TOTAL DE PÚBLICO – 2014............................................................................................. 65
TABELA 21 - DISTRIBUIÇÃO DOS TIPOS DE EVENTOS CONTRATADOS NAS BIBLIOTECAS ÁLVARO GUERRA, MALBA TAHAN, PAULO SETÚBAL, CASTRO ALVES E RAUL BOPP, POR NÚMERO DE EVENTOS E TOTAL DE PÚBLICO – 2.014 ........................................ 66
TABELA 22 - DISTRIBUIÇÃO DOS TIPOS DE EVENTOS CONTRATADOS NAS BIBLIOTECAS MENOTTI DEL PICCHIA, CAMILA CERQUEIRA CESAR, NUTO SANT’ANNA, PROFESSOR ARNALDO M. GIÁCOMO, AFFONSO TAUNAY E ANNE FRANK, POR NÚMERO DE EVENTOS E TOTAL DE PÚBLICO – 2014 ................................................................................................................................... 67
TABELA 23 - DISTRIBUIÇÃO DOS TIPOS DE EVENTOS CONTRATADOS NAS BIBLIOTECAS MILTON SANTOS, GILBERTO FREYRE, CASSIANO RICARDO, PAULO DUARTE E JOSÉ MAURO DE VASCONCELOS, POR NÚMERO DE EVENTOS E TOTAL DE PÚBLICO – 2014 ....................................................................................................................................................................................... 69
TABELA 24 - DISTRIBUIÇÃO DOS TIPOS DE EVENTOS CONTRATADOS NAS BIBLIOTECAS RICARDO RAMOS, CLARICE LISPECTOR E JOVINA ROCHA A. PESSOA, POR NÚMERO DE EVENTOS E TOTAL DE PÚBLICO – 2014 ............................................................ 70
TABELA 25 - DISTRIBUIÇÃO DOS TIPOS DE EVENTOS CONTRATADOS NAS BIBLIOTECAS PEDRO NAVA, NARBAL FONTES, THALES C. DE ANDRADE, VINÍCIUS DE MORAIS, PAULO S. D. MILLIET E AURELIANO LEITE, POR NÚMERO DE EVENTOS E TOTAL DE PÚBLICO – 2014 ....................................................................................................................................................................................... 71
TABELA 26 - DISTRIBUIÇÃO DOS TIPOS DE EVENTOS CONTRATADOS NAS BIBLIOTECAS SYLVIA ORTHOF E JAMIL A. HADDAD, POR NÚMERO DE EVENTOS E TOTAL DE PÚBLICO – 2014............................................................................................................... 72
TABELA 27 - DISTRIBUIÇÃO DOS USUÁRIOS DE RECEPÇÃO SEGUNDO O PERCENTUAL (%) DE PREDOMÍNIO POR SEXO FEMINIO (F) OU MASCULINO (M) ..................................................................................................................................................................... 73
TABELA 28 - DISTRIBUIÇÃO DOS USUÁRIOS DE RECEPÇÃO SEGUNDO O PERCENTUAL (%) DE PREDOMÍNIO POR CATEGORIA ETÁRIA (CRIANÇAS, JOVENS E ADULTOS) E CARACTERÍSTICA DE FUNDAÇÃO ..................................................................................... 76
TABELA 29 - DISTRIBUIÇÃO DOS USUÁRIOS DE PROGRAMAÇÃO SEGUNDO O PERCENTUAL (%) DE PREDOMÍNIO POR CATEGORIA ETÁRIA (CRIANÇAS, JOVENS E ADULTOS) ................................................................................................................................ 81
TABELA 30 - DISTRIBUIÇÃO DOS USUÁRIOS DE RECEPÇÃO SEGUNDO O PERCENTUAL (%) DE COR/RAÇA .......................................... 83 TABELA 31 - DISTRITOS COM AS MAIORES CONCENTRAÇÕES DE POPULAÇÃO DA RAÇA NEGRA EM PERCENTUAL (%), E NÚMERO DE
EQUIPAMENTOS MUNICIPAIS DE LEITURA, EM 2010 .............................................................................................................. 85 TABELA 32 – DISTRIBUIÇÃO DOS USUÁRIOS DE RECEPÇÃO POR ESCOLARIDADE EM PERCENTUAL (%), EM 2014 .............................. 87 TABELA 33 - DISTRIBUIÇÃO DOS USUÁRIOS DE RECEPÇÃO COM DEFICIÊNCIA E PESSOAS COM DEFICIÊNCIA GRAVE NOS DISTRITOS
ONDE SE LOCALIZAM AS BIBLIOTECAS, POR N.A. E % .............................................................................................................. 89
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TABELA 34 – TOTAL DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA GRAVE, TOTAL DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA VISUAL GRAVE NOS DISTRITOS ONDE SE LOCALIZAM AS BIBLIOTECAS POLOS E USUÁRIOS DE RECEPÇÃO COM DEFICIÊNCIA VISUAL .................................... 91
TABELA 35 - TOTAL DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA GRAVE E TOTAL DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA VISUAL GRAVE NOS DISTRITOS DE MAIOR CONCENTRAÇÃO DE PESSOAS DEFICIENTES ............................................................................................................... 93
TABELA 36 - TOTAL DE POPULAÇÃO, LIVROS E NÚMERO DE LIVROS/HABITANTE, POR BIBLIOTECA E DISTRITO DE LOCALIZAÇÃO DA BIBLIOTECA ............................................................................................................................................................................ 94
TABELA 37 - ÍNDICE DE AQUISIÇÃO ANUAL IFLA, NÚMERO MÉDIO DE AQUISIÇÃO POR BIBLIOTECA IFLA, NÚMERO MÉDIO DE AQUISIÇÃO POR BIBLIOTECA EM 2014 E TAXA DE VARIAÇÃO (%), POR BIBLIOTECA E DISTRITO DE LOCALIZAÇÃO ................. 96
TABELA 38 - NÚMERO E PORCENTAGEM (%) DE NOVAS MATRÍCULAS, MATRÍCULAS RENOVADAS E TOTAL DE FREQUÊNCIA DE RECEPÇÃO, EM 2014 .............................................................................................................................................................. 98
TABELA 39 - TIPO DE ACERVO NAS BIBLIOTECAS DA CSMB, POR PREDOMÍNIO (N.A. E %) DE EMPRÉSTIMOS E CONSULTAS POR UNIDADE, EM 2014 .............................................................................................................................................................. 100
TABELA 40 – ÍNDICE DE UTILIZAÇÃO DO ACERVO PARA CONSULTAS E EMPRÉSTIMOS POR BIBLIOTECA, EM 2014 .......................... 101 TABELA 41 – ITENS DO ACERVO MAIS EMPRESTADOS NAS BIBLIOTECAS DA CSMB EM N.A. E %, EM 2014 ...................................... 103 TABELA 42 – ITENS DO ACERVO MAIS CONSULTADOS NAS BIBLIOTECAS DA CSMB EM N.A. E %, EM 2014 ...................................... 105 TABELA 43 – QUADRO SITUACIONAL DA COORDENADORIA REGIONAL NORTE ............................................................................... 106 TABELA 44 - QUADRO SITUACIONAL DA COORDENADORIA REGIONAL LESTE II ............................................................................... 107 TABELA 45- QUADRO SITUACIONAL DA COORDENADORIA REGIONAL LESTE I ................................................................................. 108 TABELA 46 - QUADRO SITUACIONAL DA COORDENADORIA REGIONAL SUL ..................................................................................... 109 TABELA 47 - QUADRO SITUACIONAL DA COORDENADORIA REGIONAL OESTE ................................................................................. 110 TABELA 48 - QUADRO SITUACIONAL DA BIBLIOTECA MONTEIRO LOBATO ....................................................................................... 103 TABELA 49– BIBLIOTECAS QUE ALCANÇARAM AS MAIORES FREQUÊNCIAS EM 2014, FREQUÊNCIA TOTAL, FREQUÊNCIA DE
PROGRAMAÇÃO, % DE FREQUÊNCIA DE PROGRAMAÇÃO SOBRE O TOTAL DE FREQUÊNCIA, POSIÇÃO DE RANKING DE PÚBLICO DE PROGRAMAÇÃO, CUSTO TOTAL DAS PROGRAMAÇÕES CONTRATADAS E RANKING DE POSIÇÃO DE BIBLIOTECAS EM RELAÇÃO AO CUSTO TOTAL, EM 2014 ............................................................................................................................ 144
TABELA 50- BIBLIOTECAS QUE TIVERAM AS MENORES FREQUÊNCIAS EM 2014, FREQUÊNCIA TOTAL, FREQUÊNCIA DE PROGRAMAÇÃO, % DE FREQUÊNCIA DE PROGRAMAÇÃO SOBRE O TOTAL DE FREQUÊNCIA, POSIÇÃO DE RANKING DE PÚBLICO DE PROGRAMAÇÃO, CUSTO TOTAL DAS PROGRAMAÇÕES CONTRATADAS E RANKING DE POSIÇÃO DE BIBLIOTECAS EM RELAÇÃO AO CUSTO TOTAL, EM 2014 ............................................................................................................................ 144
TABELA 51– FREQUÊNCIA DA RECEPÇÃO DAS BIBLIOTECAS DE CSMB POR FAIXA ETÁRIA, EM 2014 ................................................ 145 TABELA 52 - DISTRIBUIÇÃO DO PÚBLICO DE PROGRAMAÇÃO POR CATEGORIA ETÁRIA CRIANÇAS, JOVENS E ADULTOS, 2014 ........ 146 TABELA 53– PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO DO PÚBLICO DE RECEPÇÃO, EM 2014 ............................................................................ 147 TABELA 54 – COR/RAÇA DO PÚBLICO DE RECEPÇÃO, EM 2014 ........................................................................................................ 148 TABELA 55 – FAIXAS ETÁRIAS DA POPULAÇÃO DO DISTRITO DE SANTANA SEGUNDO OS CENSOS DO IBGE EM 2010 E 2000 E TAXA DE
VARIAÇÃO ............................................................................................................................................................................ 149 TABELA 56 - FAIXAS ETÁRIAS DA POPULAÇÃO DO DISTRITO DA MOOCA SEGUNDO OS CENSOS DO IBGE EM 2010 E 2000 E TAXA DE
VARIAÇÃO ............................................................................................................................................................................ 150 TABELA 57 - FAIXAS ETÁRIAS DA POPULAÇÃO DO DISTRITO DO IPIRANGA SEGUNDO OS CENSOS DO IBGE EM 2010 E 2000 E TAXA DE
VARIAÇÃO ............................................................................................................................................................................ 151 TABELA 58 - FAIXAS ETÁRIAS DA POPULAÇÃO DO DISTRITO DO MANDAQUI SEGUNDO OS CENSOS DO IBGE EM 2010 E 2000 E TAXA
DE VARIAÇÃO ....................................................................................................................................................................... 152 TABELA 59 - FAIXAS ETÁRIAS DA POPULAÇÃO DO DISTRITO DE ITAQUERA SEGUNDO OS CENSOS DO IBGE EM 2010 E 2000 E TAXA DE
VARIAÇÃO ............................................................................................................................................................................ 153 TABELA 60 - FAIXAS ETÁRIAS DA POPULAÇÃO DO DISTRITO DE PIRITUBA SEGUNDO OS CENSOS DO IBGE EM 2010 E 2000 E TAXA DE
VARIAÇÃO ............................................................................................................................................................................ 154 TABELA 61 - PRESENÇA DE DEFICIÊNCIAS EM DIFERENTES GRAUS POR DISTRITOS DE SÃO PAULO.CENSO 2010.MICRO DADOS.
CEINFO. SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE.2013 ............................................................................................................... 155 TABELA 62 - POPULAÇÃO QUE APRESENTA DEFICIÊNCIA GRAVE POR DISTRITOS DE SÃO PAULO. CENSO 2010-MICRO DADOS.
CEINFO. SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE, 2013............................................................................................................... 158
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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 8
2 A CSMB E OS TERRITÓRIOS ............................................................................... 9
3 A REDE DE BIBLIOTECAS EM 2014 ..................................................................... 16
3.1 Frequência ............................................................................................................ 16
3.2 Perfil sociodemográfico do usuário ...................................................................... 20
3.2.1 Sexo ............................................................................................................... 20
3.2.2 Idade .............................................................................................................. 22
3.2.3 Cor/Raça ........................................................................................................ 24
3.2.4 Escolaridade................................................................................................... 26
3.2.5 Pessoa com deficiência .................................................................................. 29
3.3 Serviços ................................................................................................................ 31
3.4 Resumo ................................................................................................................. 36
4 O DESEMPENHO DAS BIBLIOTECAS EM 2014 ............................................. 39
4.1 Frequência ............................................................................................................ 39
4.1.1 Frequência de programação ........................................................................... 49
4.2 Perfil Sociodemográfico ....................................................................................... 72
4.2.1 Sexo ............................................................................................................... 72
4.2.2 Idade .............................................................................................................. 75
a) Recepção ...................................................................................................... 75
b) Programação ................................................................................................. 79
4.2.3 Cor/ Raça ....................................................................................................... 82
4.2.4 Escolaridade................................................................................................... 86
4.2.5 Pessoa com deficiência .................................................................................. 88
4.3 Serviços ................................................................................................................ 93
4.4 Resumo - Quadro situacional 2014 da rede de bibliotecas de CSMB, por Coordenadoria Regional ........................................................................................... 106
5 INFRAESTRUTURA, HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO, RECURSOS HUMANOS E RELAÇÕES INTER E INTRAINSTITUCIONAIS ............................ 112
5.1 Dimensões avaliadas com predominância nos graus “suficiente” e “superior” . 112
5.1.1 Layout da biblioteca .................................................................................... 113
5.1.2 Mobiliário .................................................................................................... 114
5.1.3 Manutenção de elevador .............................................................................. 116
5.1.4 Serviço de limpeza....................................................................................... 117
5.1.5 Segurança terceirizada ................................................................................. 118
5.1.6 Horário de funcionamento ........................................................................... 120
5.2 Dimensões avaliadas com predominância nos graus “insuficiente” e “regular” 122
5.2.1 Acessibilidade .............................................................................................. 122
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5.2.2 Informática: Softwares e Capacitação ......................................................... 124
5.2.3 Informática: Alexandria e Supri .................................................................. 126
5.2.4 Informática: Hardware e manutenção.......................................................... 128
5.2.5 Serviço de manutenção ................................................................................ 130
5.2.6 Recursos humanos ....................................................................................... 132
5.2.7 Telecentro .................................................................................................... 134
5.3 Conclusão ........................................................................................................... 136
5.4 Articulações territoriais ...................................................................................... 138
5.5 Divulgação .......................................................................................................... 141
REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 143
APÊNDICE A .............................................................................................................. 144
APÊNDICE B ............................................................................................................... 145
APÊNDICE C ............................................................................................................... 147
APÊNDICE D .............................................................................................................. 148
ANEXO A .................................................................................................................... 149
ANEXO B - .................................................................................................................. 155
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8
1 INTRODUÇÃO
São questões correntes feitas pelos gestores responsáveis pela rede de bibliotecas
e pela sociedade civil organizada para o controle social das ações governamentais: qual
a situação atual da rede em relação ao público frequentador? Vem aumentando,
diminuindo, estagnando? Qual o tipo de público? Quem frequenta mais a rede, homens
ou mulheres? Crianças, jovens, adultos? A procura pelo acervo é grande? Satisfaz as
necessidades das várias demandas? Os empréstimos aumentaram? E as consultas?
Quantos preferem as bibliotecas como espaço de leitura? A programação como
estratégia de atração de público para as bibliotecas está trazendo bons resultados?
Para responder a essas questões e/ou trazer outras, apresentamos a seguir uma
avaliação de desempenho da rede de bibliotecas 1 em 2014. Esse relatório teve por base
uma seleção de indicadores sensíveis à situação atual da rede de bibliotecas no que se
refere à frequência de público, perfil sociodemográfico do público e serviços
demandados de empréstimo e consulta de acervo.
Os dados primários foram coletados a partir dos Relatórios de Monitoramento das
Ações – REMA – que são repassados mensalmente para a Coordenadoria do Sistema
Municipal de Bibliotecas (CSMB) e do Sistema de Gerenciamento de Bibliotecas,
Alexandria Online. Os dados secundários utilizados foram coletados e organizados por
instituições que realizam estudos socioeconômicos, sociodemográficos e socioculturais.
A estrutura deste relatório obedeceu a seguinte divisão: a 1ª. parte traz uma
avaliação geral da rede – composta pelos Capítulos 1, 2 e 3; a 2ª. parte aprofunda a
análise nos níveis de agregação da informação de cada unidade de biblioteca da rede –
composta pelo Capítulo 4 ; e a 3ª. parte faz uma avaliação das seguintes dimensões:
infraestrutura, horário de funcionamento, recursos humanos e relações inter e
intrainstitucionais - Capítulo 5.
1 Em 2014 a Rede de Bibliotecas era formada pela Biblioteca Infantojuvenil Monteiro Lobato e 52 Bibliotecas Públicas, pois incluía a Biblioteca Pública José Paulo Paes, que passou a pertencer ao Centro Cultural da Penha e a responder diretamente para o Departamento de Expansão Cultural (DEC).
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9
2 A CSMB E OS TERRITÓRIOS
Em 2015, a Coordenadoria do Sistema Municipal de Bibliotecas (CSMB) tem sob
sua responsabilidade direta 52 Bibliotecas Públicas, sendo 51 bibliotecas de bairro e a
Biblioteca Infantojuvenil Monteiro Lobato. Além das bibliotecas, a CSMB conta com
os Serviços de Extensão compostos por 12 Ônibus-Biblioteca com 72 roteiros fixos
semanais que atendem as regiões periféricas da Cidade, 13 Bosques da Leitura em
parques municipais que oferecem leitura de lazer nos finais de semana e 14 Pontos de
Leitura, projeto em parcerias com subprefeituras e instituições conveniadas (Figura 1).
Figura 1 – Mapa dos equipamentos e alguns serviços de extensão da CSMB
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10
Baseado em referências internacionais a cobertura ideal de uma biblioteca,
independente do seu tamanho, deve atingir em média 20.000 pessoas moradoras do seu
entorno (IFLA, 2013). Essa proporção ideal aplicada à nossa realidade de oferta do
serviço de leitura vis à vis o número populacional nos oferece um quadro desolador:
considerando a divisão político-administrativa da cidade em distritos (menor porção
territorial em termos oficiais), dos 96 distritos da cidade de São Paulo apenas 6 se
encontram dentro dessas referências: Butantã, Tatuapé, Socorro, Bom Retiro, Pari e São
Miguel (Tabela 1).
Tal cobertura garante que a totalidade de seus moradores possa desfrutar de
serviços disponíveis nos equipamentos municipais de leitura2 com espaços de
convivência, acesso a livros, revistas, jornais e gibis para consultas, empréstimos e
também de programações de diversas expressões culturais.
Cabe ressaltar que esses distritos (Tabela 1) têm posições muito diferentes de
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): Segundo a Prefeitura de São Paulo (2008),
Butantã e Tatuapé ocupam as posições 18 e 14, respectivamente, posições de IDHs
muito elevados; Socorro e Pari 27 e 41, respectivamente, posições de IDHs elevados; e
Bom Retiro e São Miguel, 43 e 67, respectivamente, posições de IDHs médios.
O processo histórico de construção de bibliotecas e congêneres na cidade de São
Paulo obedeceu à lógica conferida às demais políticas públicas, começam a ser
implantadas nas regiões centrais e se deslocam para as regiões mais afastadas do centro
paulatinamente, dependendo da força das pressões exercidas pelas populações
organizadas (movimentos sociais, associações de bairro, sindicatos).
Seguindo ainda essas referências, a cidade de São Paulo, com mais de 11 milhões
de habitantes, conta hoje com um equipamento de leitura para cada grupo de 85.305
pessoas, mais de quatro vezes o número ideal. Não obstante essa distância, 39 distritos
contam com pelo menos um equipamento de leitura para cada grupo populacional
numericamente menor que a média da cidade. Alguns deles se aproximam do padrão
ideal da proporção um equipamento para cada grupo de 20.000 pessoas como:
República, com um para cada 28.491 pessoas; Vila Formosa, com um para cada 31.600
pessoas; Lapa, com um para cada 32.870 pessoas; Anhanguera, com um para cada
2 Neste relatório, conceitua- se como equipamento municipal de leitura: Bibliotecas Públicas gerenciadas pela CSMB, Biblioteca Infantojuvenil Monteiro Lobato, Biblioteca do Centro Cultural da Penha (José Paulo Paes), Biblioteca Mário de Andrade, Bibliotecas do Centro Cultural São Paulo, Biblioteca do Centro Cultural da Juventude, Biblioteca do Centro de Formação Cultural Cidade Tiradentes, Bibliotecas dos CEUS, Pontos de Leitura e Bosques de Leitura.
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11
32.930 pessoas; Lajeado, um para cada 34.665 pessoas; e Moema, um para cada 35.780
pessoas.
Tabela 1– Distribuição da população dos 39 distritos da cidade cuja média de população por equipamento municipal de leitura é menor que a média obtida pela
cidade e posição ocupada pelos distritos correspondentes segundo IDH (conclusão)
Macro-região Distrito
Nº de população
por equipamento
Posição IDH
Macro-região Distrito
Nº de população
por equipamento
Posição IDH
Oeste Butantã 10.839 18 Norte Tucuruvi 49.219 29
Leste I Tatuapé 11.459 14 Leste I São Mateus 51.713 69
Sul Socorro 12.594 27 Leste II Cidade Tiradentes 52.875 87
Centro Bom Retiro 16.946 52 Norte Vila Guilherme 54.331 37
Leste I Pari 17.299 43 Sul Cursino 54.544 33
Leste II São Miguel 19.292 67 Leste II Guaianazes 54.837 85
Centro República 28.491 25 Centro Consolação 57.365 8
Leste I Vila Formosa 31.600 34 Norte Santana 59.399 19
Oeste Lapa 32.870 11 Norte Jaraguá 61.606 77
Norte Anhanguera 32.930 82 Leste II José Bonifácio 62.061 70
Leste II Lajeado 34.665 94 Leste II Penha 63.910 40
Sul Moema 35.780 1 Oeste Pinheiros 65.364 2
Norte Perus 40.094 83 Leste II Parque do Carmo 68.258 51
Norte Pirituba 41.983 54 Centro Liberdade 69.092 15
Sul Campo Limpo 42.272 68 Leste I Mooca 75.724 22
Oeste A.de Pinheiros 43.117 5 Norte Limão 80.229 53
Sul V.Mariana 43.495 7 Leste I Carrão 83.281 30
Leste II Aricanduva 44.811 59 Sul Santo Amaro 83.368 9
Oeste Morumbi 46.957 13 Leste I Água Rasa 84.963 31
Norte F. do Ó 47.442 50
Fonte: CSMB e Atlas do Trabalho de Desenvolvimento da Cidade de São Paulo 2007
Notas: Os dados do campo nº de população por equipamento tem como fonte a Divisão de Planejamento de CSMB.
Esses territórios registram índices de desenvolvimento humano – IDHs – muito
variados: do distrito Moema, posição número 1 do IDH, ao distrito Lajeado, na posição
94, antepenúltimo do pior distrito. Enquanto Moema conta com um Bosque de Leitura,
a população de Lajeado tem a sua disposição um CEU, um Bosque de Leitura e uma
Biblioteca, a Jamil Almansur Haddad. Moema, a despeito de ter apenas 1 equipamento
cultural de leitura – Bosque de Leitura do Parque Ibirapuera - , tem a oferecer um
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12
conjunto de serviços de cultura como casas de shows, museus, clubes, teatros e cinemas
por meio das iniciativas do mercado. Além de Moema, outros distritos também recebem
altos investimentos privados para a oferta de serviços de cultura: Pinheiros, Alto de
Pinheiros, Vila Mariana, Consolação, Santo Amaro, Lapa e Morumbi. Hipoteticamente,
esse fato pode explicar as baixas frequências de público de recepção das bibliotecas
municipais que se encontram nesses territórios. O que nos direciona a seguinte
indagação: será que essas ofertas privadas transformam a cultura em produtos para
consumo, ou melhor, em mercadoria, conferindo ao consumidor um papel
absolutamente raso na sua relação com, por exemplo, o livro? O livro é objeto de
desejo para a satisfação de um padrão de cultura, padrão este que define o lugar que tem
de ser bonito, limpo e novo? No imaginário popular, o seu público que tem de ser bem
vestido, limpo, bonito, ter educação formal, ser, em última instância, diferenciado? Os
valores embutidos no mercado estão na consciência do diferenciado, cujo imaginário
atribui aos serviços oferecidos pelo poder público valores que atuam na contramão: os
lugares são feios, sujos e tudo é velho, o acervo é desatualizado, tem muita burocracia,
seus usuários são feios e sujos.
A situação mostrada ainda é pior: em 28 distritos há um equipamento para cada
grupo populacional acima da média da cidade, o que aumenta a distância de forma
considerável para a proporção ideal (Tabela 2). Os destaques foram os distritos da
Brasilândia e Itaim Paulista que contam com um equipamento para cada grupo de mais
de 200.000 pessoas, dez vezes mais a referência aqui considerada de 1 equipamento
para cada grupo populacional de até 20.000 pessoas. O verificado nesses dois distritos
está diretamente associado às posições ocupadas por eles no rankeamento do IDH:
ambos se aproximam das últimas colocações.
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13
Tabela 2- Distribuição da população dos 28 distritos da cidade cuja média de população por equipamento municipal de leitura é maior que a média obtida pela cidade e posição
ocupada pelos distritos correspondentes segundo IDH (conclusão)
Macro-região Distrito
Nº de população
por equipamento
Posição IDH
Macro-região Distrito
Nº de população
por equipamento
Posição IDH
Norte Brasilândia 264.918 84 Sul Grajaú 120.262 90
Leste II Itaim Paulista 224.074 89 Leste II Ermelino Matarazzo 113.615 72
Norte Tremembé 197.258 60 Norte Vila Maria 113.463 62
Sul Cidade Dutra 196.360 66 Sul Jabaquara 111.890 46
Norte Cachoeirinha 143.523 71 Norte Mandaqui 107.580 32
Leste II Vila Curuçá 149.053 88 Sul Ipiranga 106.865 35
Sul Pedreira 144.317 81 Leste II Artur Alvim 105.269 58
Leste I São Rafael 143.992 86 Leste I Vila Prudente 104.242 39
Leste I São Lucas 142.347 42 Leste II Itaquera 102.436 76
Leste I Sapopemba 142.262 78 Sul Jardim Ângela 98.478 93
Leste II Cangaíba 136.623 61 Norte Jaçanã 94.609 65
Sul Parelheiros 131.183 95 Oeste Itaim Bibi 92.570 6
Leste I Iguatemi 127.662 92 Leste II Jardim Helena 92.081 91
Sul Sacomã 123.926 55 Sul Capão Redondo 89.576 79
Fonte: CSMB e Atlas do Trabalho de Desenvolvimento da Cidade de São Paulo 2007 Notas: Os dados do campo nº de população por equipamento tem como fonte a Divisão de Planejamento de CSMB
Ainda que distantes do ideal, os serviços de leitura oferecidos à população que
vive em algumas regiões mais pobres foi, em certa medida, beneficiada pela
implantação dos CEUs na cidade. Distritos como o da Brasilândia, Tremembé,
Cangaíba, Iguatemi, São Rafael, Pedreira, Parelheiros e Jaraguá contam com as
bibliotecas dos CEUs como os únicos serviços municipais de leitura oferecidos.
Há ainda um terceiro grupo de distritos que não possui nenhum serviço municipal
de leitura (Tabela 3). Desse grupo fazem parte distritos que ocupam as últimas posições
no ranking do IDH.
Como uma alternativa para as regiões que se encontram fora do raio de ação das
bibliotecas públicas, a Coordenadoria conta com os Ônibus-Biblioteca e os Pontos de
Leitura, que permitem que a população tenha acesso à leitura e informação. São 14
Pontos de Leitura, com acervo inicial de 2.000 itens e 72 roteiros fixos semanais do
Ônibus-Biblioteca, que atendem as regiões mais periféricas da cidade proporcionando
acesso aos livros, além de promover atividades culturais. Embora os Ônibus-Biblioteca
funcionem uma vez por semana em cada localidade, a frequência é bastante
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14
significativa, em 2014 foi de 317.661 usuários. Outro dado importante é que eles estão
presentes em 41 distritos de São Paulo.
Os distritos de Vila Jacuí, Jardim São Luís, Cidade Ademar, Cidade Líder e
Raposo Tavares, que ocupam os piores lugares no ranking do IDH, contam com esse
serviço de leitura. Essa modalidade é vista como prática bem sucedida.
Complementando, as experiências populares como a biblioteca-bicicleta, a
biblioteca-geladeira, a biblioteca-carrinho de mão que pipocam pelos territórios mais
carentes de serviços públicos são legitimas, porém não podem substituir as políticas
públicas que são dever do Estado e que deveriam estar presentes. É interessante ressaltar
que as experiências realizadas pelas chamadas bibliotecas comunitárias estão de alguma
forma suprindo a ausência do Estado: muitas possuem espaços físicos definidos,
algumas contam com bons espaços de convivência, têm recursos humanos
(voluntariados ou não), são menos burocráticas, produzem sentimento de pertencimento
àquele espaço, nesse sentido, são acolhedoras, ainda que em muitas o mobiliário seja
inadequado.
Tabela 3- Relação de distritos sem equipamento municipal de leitura e posição ocupada pelos distritos correspondentes segundo IDH
(continua) (conclusão)
Macro-região Distrito
Nº de população por equipamento
Posição IDH
Macro-região Distrito
Nº de população por equipamento
Posição IDH
Sul Marsilac 0 96 Leste I Brás 0 38 Leste II Vila Jacui 0 80 Norte Casa Verde 0 36 Sul Jardim São Luis 0 75 Oeste Vila Sonia 0 28 Oeste Jaguaré 0 74 Leste I Belem 0 26 Sul Cidade Ademar 0 73 Centro Cambuci 0 24 Leste II Cidade Lider 0 64 Oeste Vila Leopoldina 0 23 Oeste Raposo Tavares 0 63 Oeste Barra Funda 0 21 Leste II Ponte Rasa 0 57 Sul Campo Grande 0 20 Norte Vila Medeiros 0 56 Centro Santa Cecília 0 17 Sul Vila Andrade 0 49 Sul Campo Belo 0 16 Norte São Domingos 0 48 Centro Bela Vista 0 12 Oeste Rio Pequeno 0 47 Sul Saúde 0 10 Centro Sé 0 45 Oeste Jardim Paulista 0 4 Oeste Jaguara 0 44 Oeste Perdizes 0 3 Leste II Vila Matilde 0 41
Fonte: CSMB e Atlas do Trabalho de Desenvolvimento da Cidade de São Paulo 2007 Notas: Os dados do campo nº de população por equipamento tem como fonte a Divisão de Planejamento de CSMB
Também há distritos em que embora estejam próximos do ideal é importante
analisar a qualidade dos serviços oferecidos e quantidade de recursos disponíveis para
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15
estes equipamentos, pois é preciso ter boas coleções, serem espaços agradáveis, boa
programação cultural, equipamentos tecnológicos para acesso à informação no meio
digital e acesso ao conteúdo disponível na web.
Entendemos a importância dos Ônibus-Biblioteca e outros serviços de extensão,
mas os mesmos não eliminam a necessidade de construção de bibliotecas. Devem ser
medidas transitórias da política para se pensar mais equipamentos culturais para a
cidade, principalmente nos seguintes distritos com baixos índices de desenvolvimento
humano: Marsilac, Vila Jacuí, Jardim São Luis, Cidade Ademar, Cidade Líder e Raposo
Tavares. Essa lista pode ser completada com os distritos mais populosos e com baixos
índices de desenvolvimento humano que dispõem apenas um equipamento para os seus
moradores como: Brasilândia, Itaim Paulista, Parelheiros, Iguatemi, Grajaú, Jardim
Ângela e Vila Curuçá.
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16
3 A REDE DE BIBLIOTECAS EM 2014 Embora no capítulo anterior procuramos dar um panorama dos serviços de leitura
municipais, neste capítulo foram analisados somente os indicadores de desempenho no
ano de 2014 das bibliotecas públicas que estão sob a responsabilidade da CSMB. Os
indicadores foram construídos a partir da relação da oferta de serviços das unidades
prestadoras com a população usuária dos mesmos compreendendo as seguintes áreas:
• Frequência Recepção Programação Cultural
• Perfil sociodemográfico dos usuários Sexo Idade Escolaridade Cor/Raça Pessoas com deficiência
• Serviços Acervo (livros, gibis/mangas e assinaturas de jornais e revistas etc.) Matrículas Empréstimos Consultas
3.1 Frequência
Como pode ser observado na Tabela 4 (PREFEITURA DE SÃO PAULO, 2015),
o número acumulado de usuários nos últimos quatro anos teve no ano de 2013 o seu
melhor desempenho, alcançando taxa de variação positiva de 8% em relação a 2012. O
seu público médio por equipamento foi de 17.604. Em 2014, essa tendência de
recuperação não se manteve, pois obteve uma taxa de variação negativa de -9%.
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17
Tabela 4- Frequência total, taxa de variação e média de público no período de 2011 a
2014 Períodos 2011 2012 2013 2014
Frequência total 896.668 866.518 933.014 855.902 Taxa de variação de frequência em relação ao ano anterior -7% -3% 8% -9%
Média de frequência de público 16.918 16.349 17.604 16.149 Fonte: CSMB, 2015 Nota: Dados trabalhados pelo autor
Essas taxas de variação, positivas ou negativas, de um dígito não alteram o
desempenho historicamente tímido das bibliotecas, no plano da cidade. Segundo o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE (2015), no ano de 2010 a cidade
de São Paulo era composta por 11.351.933 pessoas. Porém, considerando apenas os
números totais das populações dos distritos onde se encontram esses equipamentos -
4.943.164 pessoas, a taxa de frequência em relação ao total de população chega a 17%
(Tabela 5), taxa que dobra comparada ao índice de cobertura da população total da
cidade (8%). Utopicamente, este resultado está longe de atingir, pelo menos, 50% da
população da área de cobertura de uma biblioteca – IFLA (2011), porém pode se
constituir em meta para o conjunto de distritos que ainda não possuem nenhum
equipamento de leitura, vislumbrando por este meio a diminuição das desigualdades de
oferta de serviços de leitura entre os distritos da cidade.
Tabela 5- Razão frequência versus população dos distritos onde se encontram as
bibliotecas e da cidade e número de novas matrículas em 2014
Fonte: IBGE, Censo 2010 Nota: Dados das bibliotecas trabalhados pelo autor.
São dois os tipos de frequentadores considerados neste relatório. O primeiro diz
respeito às pessoas que frequentaram as bibliotecas para usufruir dos serviços
oferecidos, como consultas e empréstimos de livros, periódicos, gibis etc., ou público da
População da Cidade
(Censo 2010)
Nº de pessoas que
frequentaram as bibliotecas
da CSMB
Razão frequência
X população total da cidade
População total dos
distritos onde se encontram as bibliotecas (censo 2010)
Nº de pessoas que
frequentaram as bibliotecas
Razão frequência X
população total dos
distritos onde se encontram as bibliotecas (censo 2010)
11.351.933 855.902 8% 4.943.164 855.902 17%
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recepção – assim chamado porque na recepção é registrada a frequência das pessoas que
acessaram as unidades das bibliotecas. O segundo considera as pessoas frequentadoras
de eventos, dirigidos a públicos específicos ou intergeracionais, que participaram de
saraus, mediação de leitura, cursos, Programa para a Valorização de Iniciativas
Culturais (VAI), Programa de iniciação artística (PIA), Programa Vocacional, encontro
com escritores e outros. A contagem do número de pessoas que participaram dos
eventos é feita a partir de procedimentos técnicos específicos de registro de frequência
dos participantes.
Em termos quantitativos, 76% dos frequentadores das bibliotecas se encontraram
entre aqueles do primeiro grupo. E, completando, 24% dos frequentadores participaram
dos diversos eventos praticados pelo conjunto de bibliotecas da rede (Gráfico 1).
Mais adiante no capítulo 3, constatamos que, por meio da análise individualizada
da rede de bibliotecas, a presença do frequentador de eventos vai ter participação muito
substancial em algumas delas, atingindo percentuais muito superiores aos 24%
verificados no conjunto da rede.
Dentre os tipos de programação realizados nas bibliotecas da rede em 2014, a
contação de história e mediação de leitura literária foram os que atraíram os maiores
públicos (Gráfico 2).
É importante destacar que a implantação do serviço de mediação de leitura de
textos literários nas bibliotecas públicas foi uma das metas da CSMB em 2013 e 2014,
tendo sido investidos esforços e orçamento para a capacitação dos funcionários das
bibliotecas.
Gráfico 1 - Percentual do público de recepção e do público de programação
RECEPÇÃO
76%
PROGRAMAÇÃO 24%
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19
0,18
0,33
2,33
3,54
4,55
5,37
5,61
6,34
6,36
6,48
6,82
7,01
8,62
10,57
11,95
14,72Contação de história
Mediação de leitura
Espetáculo
Med. Leitura - 1a. Infância
Curso
Encontro, escritor e debate
Visita Monitorada
Ocupação
Exposição
Sarau
Exibição
Oficina
PIA
PVOC
VAI
Role Playing Game
Por outro lado, são insuficientes para a realização de escolhas desse(s) ou
daquele(s) evento(s) na medida em que, aqui e agora, não foram considerados outros
elementos que compõem cada tipo de ação desenvolvida pela programação nas
bibliotecas da rede no que se refere aos seus pesos distintos de empenho, seja no
montante de recursos financeiros despendidos, seja na utilização dos recursos humanos,
seja na disponibilidade de infraestruturas adequadas às diferentes necessidades. Nesse
sentido, torna-se importante uma avaliação mais completa que garanta um balizamento
certeiro nos planejamentos futuros quando da realização dessas ações.
Gráfico 2 – Distribuição do público participante das programações realizadas em 2014, por modalidade de evento.
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3.2 Perfil sociodemográfico do usuário
Os indicadores Sexo, Cor/Raça e Pessoa com deficiência foram incorporados, em
2014, ao rol de indicadores de cultura historicamente utilizados como referências para o
planejamento, avaliação e monitoramento das políticas implantadas sob a
responsabilidade da CSMB. Desta forma, ainda não temos as séries históricas dos
resultados para a construção de análises comparativas temporais e/ou mesmo para uma
avaliação da eficácia desses indicadores para a verificação de avanços, de correções de
erros de forma a alcançar os melhores desempenhos das políticas afirmativas.
3.2.1 Sexo
A proporção de homens e mulheres registrada na Cidade de São Paulo pelo censo
2010 (IBGE, 2015) foi de 47% e 53%, respectivamente. Ainda que menor, esse
percentual favorável às mulheres também foi verificado em relação ao público de
recepção 3 das bibliotecas da rede: 51% formado de mulheres, e 49% de homens
(Gráfico 3).
Segundo pesquisa Retratos da Leitura no Brasil (p.258) do público leitor, 43%
dos entrevistados eram do sexo masculino e 57% do sexo feminino. Esses resultados
podem ter alguma relação com o vivenciado no dia a dia na rede de bibliotecas. É
3 Nota metodológica Para os indicadores sexo, escolaridade, cor/raça e pessoa com deficiência são coletados apenas os dados registrados nas recepções das bibliotecas.
Gráfico 3 - Percentuais do público da recepção por sexo, 2014
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21
sabido que do acervo, 33% do público frequentador procuram os livros e 30% os
jornais. Empiricamente, o jornal é objeto de procura mais intenso pelo público
masculino o que pode reforçar a tese de que as mulheres são mais leitoras de livros do
que os homens.
Complementando, outros dados como a quantidade de empréstimos realizados no
ano de 2014 em todas as bibliotecas públicas da cidade 4 pelo público do sexo feminino
reforçam a predominância deste gênero nas bibliotecas. Com efeito, 65% do total de
empréstimos foram realizados por pessoas do sexo feminino (Tabela 6).
Tabela 6- Distribuição em números absolutos e percentuais de empréstimos por sexo e
faixas etárias nas bibliotecas municipais da cidade de São Paulo, 2014.
Gênero Total
Faixas etárias
0-6 anos 7-14 anos 15-17 anos 18-29 anos 30-59 anos 60 e +
N.A % N.A % N.A % N.A % N.A % N.A % N.A %
Feminino 391.997 65 9.219 56 74.277 68 49.038 72 87.680 63 148.913 66 22.870 56
Masculino 208.584 35 7.264 44 34.631 32 19.010 28 51.887 37 78.063 34 17.729 44
Total 600.581 100 16.483 100 108.908 100 68.048 100 139.567 100 226.976 100 40.599 100
Fonte: Sistema Gerenciador de Bibliotecas – Alexandria, São Paulo (2014)
Cabe ressaltar que ao cruzar os dados de gênero com faixas etárias, observamos
que nas faixas etárias extremas de 0-6 anos e acima de 60 anos, os percentuais se
aproximam, 56% para o sexo feminino, contra 44% para o sexo masculino. Por outro
lado, os dados relativos à População Economicamente Ativa (PEA) - na região
metropolitana de São Paulo invertem essa proporção: agora os homens registraram
percentual mais elevado, 54%, contra 46% relativos às mulheres. Esses números
relativos podem contribuir para uma explicação do fato das mulheres apresentarem
maiores percentuais de empréstimos de livros nas bibliotecas nas faixas etárias
correspondentes à PEA – entre 16 e 60 anos. O mundo do trabalho distancia homens
de mulheres não só no caso da rede de bibliotecas, também distancia homens e mulheres
na medida em que a ocupação de vagas no mercado ainda é desigual: ocupam as vagas
nos vários setores da economia da região metropolitana de São Paulo, 54% de homens
contra 46% das mulheres (IBGE, 2015). Estas taxas podem indicar que uma parcela
considerável de mulheres está inserida no mundo doméstico. Esta situação lhe dá
4 Os dados considerados para a construção da Tabela 6 dizem respeito aos registros de todas as bibliotecas que formam o Sistema Municipal de Bibliotecas que compreendem: Rede CSMB, Centro Cultural São Paulo, Biblioteca Mário de Andrade, Centro Cultural da Juventude, Centro Cultural da Penha, Centro Cultural Cidade Tiradentes e CEUs (PREFEITURA DE SÃO PAULO, 2014).
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possibilidade de ter domínio sobre o tempo cotidiano que pode estar dividido entre
muitos afazeres e um deles pode ser dedicado à leitura. Há outro lado da vida cotidiana
que novamente aproxima homens e mulheres que é o fato da classe trabalhadora ter o
seu cotidiano atravessado pelo peso de sair para o trabalho tendo que sofrer as agruras
de passar horas num transporte público e numa jornada de trabalho, muitas vezes,
estressante. O que poderia indicar uma tendência e oportunidade para as bibliotecas
públicas da cidade de São Paulo começarem a oferecer serviços de leitura no meio
digital, onde homens e mulheres pudessem acessar conteúdo de seus dispositivos
móveis de qualquer local e a qualquer hora.
3.2.2 Idade
O maior público das bibliotecas é formado pelo categorizado 5 público adulto.
Com efeito, considerando o público total formado pelo de programação e de recepção,
esse responde por 42% dos frequentadores das bibliotecas. Em segundo lugar, ficou o
público categorizado como jovem, 30%, seguido de perto pelo público criança que
obteve 28% do total de frequentadores da rede.
Esses resultados são reiterados pelos percentuais obtidos pelo conjunto de
frequentadores que acessaram a rede por meio da Recepção, o maior público está entre
os adultos, 44%, seguido pelos jovens com 35%, e mais distante ficaram 21% entre os
frequentadores categorizados como crianças.
As ações empreendidas pela Programação atraíram um maior público categorizado
como crianças, com 46% (Gráfico 4). Os adultos foram responsáveis por 36% do
público que frequentou em 2014 os eventos. E, distantes dos primeiros grupos, estavam
os jovens, representando 18%. Estes percentuais obtidos pela categoria etária crianças
está associada, principalmente, a duas ações da política adotada por esta coordenadoria:
a primeira diz respeito à tradição em promover contação de história dirigidas ao público
infantil que se tornou prática exitosa na direção do incentivo à leitura; e a segunda se
refere à mediação de leitura, dirigida tanto à primeira infância como parte do projeto
5 Nota metodológica A escolha por categorias etárias deveu-se em função da necessidade de criarmos um denominador comum para realizar a comparação entre as duas formas (recepção e programação) de coleta de frequência de público, uma vez que são utilizados procedimentos técnicos distintos para a coleta da informação: para recepção, o registro é feito a partir de faixas etárias – 0 a 6 anos, 7 a 14 anos, 15 a 29 anos, 30 a 59 anos e 60 e mais -; e para programação o registro é feito a partir de categorias etárias – crianças de 0 a 14 anos, jovens de 15 a 29 anos e adultos de 30 anos e mais.
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São Paulo Carinhosa, quanto às mediações realizadas junto a um público de até 14 anos.
Essas ações obtiveram os seguintes públicos acumulados no ano de 2014: 29.745 e
41.586, respectivamente.
O público adulto também se fez presente com participação expressiva: 36%.
Ressalta-se que mesmo não tendo uma programação específica para este público, os
altos percentuais de frequência estão relacionados a sua presença nos vários eventos
realizados no ano de 2014, que têm majoritariamente a classificação livre, sem público
direcionado. De qualquer forma, exibições de filmes e saraus costumam atrair esse
público.
O público jovem foi aqui representado por 18% da frequência de programação.
Esse desempenho relativamente baixo pode estar associado a pouca oferta de eventos
específicos para estas faixas que compõe o público jovem e ao uso que historicamente
faz das bibliotecas: busca de títulos e empréstimo para fins acadêmicos, profissionais e
para lazer. Reafirma essa hipótese o fato de ser o público dessas faixas etárias o segundo
a frequentar as bibliotecas por meio da recepção, 35%.
Em síntese, os jovens e adultos são os públicos mais efetivos da recepção, estão
mais presentes na vida cotidiana das unidades de biblioteca. Já, as crianças são públicos
de programação. São importantes ações no sentido de equilibrar os vários públicos que
frequentam as bibliotecas, principalmente junto aos públicos que se encontram nas
faixas etárias mais tenras na medida em que estes poderão no futuro garantir uma
presença mais efetiva no uso dos serviços cotidianos de leitura das bibliotecas da rede.
Gráfico 4 - Percentuais de categorias etárias na recepção, programação e total, em 2014
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24
As estratégias de mediação de leitura utilizadas para construir uma relação de
proximidade do objeto livro com o pequeno leitor poderá influenciar o mesmo a se
tornar na vida adulta um leitor, fato este também apontado em pesquisa realizada pelo
Instituto Pró-Livro (FAILLA, 2012). Isto não significa substituir o professor mediador
que comprovadamente influencia a formação de leitores. Esse pode ser um dos resultados mais positivos da pesquisa, mesmo que a memória daqueles que já saíram da escola não seja tão precisa. Os estudantes nessa faixa etária (5 a 12 anos, gn) percebem o professor lendo mais para eles. Essas respostas dão pistas de que os caminhos estão certos e que devem ser incrementados os programas voltados à melhoria das bibliotecas escolares; à formação de professores mediadores e ao fomento das práticas leitoras em sala de aula (FAILLA, 2012, p. 43).
Ao contrário, o que pretendemos é um trabalho de mão dupla, contribuir com o
trabalho do professor mediador e ao mesmo tempo oferecer um espaço alternativo aos
muros da escola.
3.2.3 Cor/Raça
Se compararmos os percentuais obtidos a partir dos registros da recepção com os
percentuais relativos à distribuição da população paulistana pela cor/raça, os percentuais
são muito próximos (Gráfico 5 e Gráfico 6). Acompanhando essa distribuição, a rede
atende uma população majoritariamente branca: 56%. Os pardos, a segunda categoria de
cor/raça com maior percentual de público, representam 25%, menos da metade da
participação dos brancos. Os que se auto-declararam pretos representam 11% do público
de recepção.
Gráfico 5 - Percentuais do público da recepção por cor/raça, 2014
56%
25%
11%
8%
branca parda preta demais
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25
58,85%
32,78%
6,44%
1,92%
branca parda preta demais
Dividindo a cidade em macrorregiões observaram-se as desigualdades que uma
leitura geral não permite. As regiões leste e sul (Gráfico 7 e Gráfico 8) são aquelas que
concentram os maiores números de populações pardas e pretos: 48,4% e 48,6%,
respectivamente. No entanto, nessas regiões foram registrados mais frequentadores
autodeclarados brancos do que aqueles que se autodeclararam pardos e pretos: 56%
brancos, contra 37% pardos e pretos, na região leste; 53% brancos, contra 38% pardos e
pretos.
Esta distância entre brancos e pardos/pretos verificada no acesso do público às
unidades de bibliotecas pode estar reproduzindo um processo histórico que sempre
apartou os pardos e pretos, impossibilitando que acessem bens e serviços, sejam os
produzidos pelo mercado, sejam os produzidos pelo poder público municipal.
Gráfico 6 - Baseado em percentuais raça/cor da população da cidade de São Paulo, IBGE, Censo 2010
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26
3.2.4 Escolaridade
As bibliotecas da CSMB atendem principalmente um público de recepção com
ensino médio completo ou incompleto (Gráfico 9). O ensino superior também tem
presença forte na rede: 34% têm curso superior completo ou incompleto. Esses
percentuais são reiterados pela presença representativa do público jovem (15 a 29 anos)
nas bibliotecas da rede: 31% do total de público da recepção no ano de 2014.
Gráfico 7- Percentuais do público da recepção por cor/raça nas regiões centro-oeste, leste, norte e sul, em 2014
Gráfico 8 - Percentuais de distribuição da população da cidade de São Paulo por raça/cor nas regiões centro-oeste, leste, norte e sul, em 2010, IBGE, Censo 2010
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27
43%
34%
23%
Fundamental Médio Superior
20 26 2513 22
34
46 45
31
41
4628 29
5637
0
20
40
60
80
100
120
Centro Leste Norte Oeste Sul
Fundamental Médio Superior
.
Esses números vistos por região, a Centro e a Oeste foram as que mais receberam
nas suas unidades usuários com ensino superior (Gráfico 10). Esse quadro acompanha o
registrado na cidade: 57% dos moradores do Centro e 58% dos moradores da região
Oeste têm ensino superior completo ou incompleto (Gráfico 11).
Gráfico 9 - Percentuais de distribuição dos usuários de recepção das Bibliotecas de CSMB por escolaridade (fundamental, médio e superior), em 2014
Gráfico 10 - Percentuais de distribuição dos usuários da recepção das bibliotecas de CSMB segundo a escolaridade (fundamental, médio e superior), por região, em 2014
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28
2847 44
3043
15
17 17
12
17
5736 39
5840
0
20
40
60
80
100
120
Centro Leste Norte Oeste Sul
Fundamental Médio Superior
1126 21
102310
1816
8
1624
2828
18
2525
1820
20
1731
10 14
43
19
0
20
40
60
80
100
120
Centro Leste Norte Oeste Sul
até 3 >3 a 5 >5 a 10 >10 a 20 >20
Já nas regiões Leste, Norte e Sul a predominância é de usuários com o ensino
médio completo ou incompleto, registrando 46%, 45% e 41%, respectivamente. Esses
usuários representativos se apresentam na contramão da realidade dos moradores dessas
regiões que apenas 17% têm o ensino médio completo ou incompleto. A maior parte dos
seus moradores tem até o ensino fundamental completo, registrando 47%, 44% e 43%,
respectivamente. São regiões bastante contrastantes se comparadas às regiões Centro e
Oeste.
Os contrastes entre as regiões também se verificam se utilizarmos o indicador
rendimento domiciliar (Gráfico 12).
Gráfico 11 - Percentuais de distribuição da população da cidade de São Paulo segundo a escolaridade (fundamental, médio e superior), pelas regiões centro-oeste, leste, norte e sul,
em 2014. Fonte: Baseado em Infocidade, PMSP
Gráfico 12 – Percentuais de distribuição do rendimento domiciliar de São Paulo, por regiões, Censo 2010
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29
As regiões centro e oeste são as que concentram o maior número de domicílios
com rendimento superior a 20 salários mínimos, 31% e 43%, respectivamente (IBGE,
2015). Estão nessas áreas as maiores concentrações de moradores com ensino superior.
Na outra ponta, a região leste, norte e sul são aquelas que concentram o maior número
de domicílios com rendimentos de até 3 salários mínimos: 26%, 21% e 23%. Aqui estão
concentradas as pessoas cuja escolaridade vai até o ensino fundamental. Há portanto
uma correspondência muito estreita entre maior grau de escolaridade e maior
rendimento domiciliar. Essa correspondência reitera os diferentes perfis sociais dos
usuários que frequentam as unidades que estão dentro da região centro e oeste daquelas
que estão principalmente distantes dos bairros mais centrais da leste, sul e norte.
3.2.5 Pessoa com deficiência
A cidade de São Paulo, segundo censo do IBGE (2010), tinha 3.593.087 pessoas
que se autodeclararam ter algum tipo das seguintes categorias de deficiência: visual,
auditiva, motora ou mental/intelectual; que representavam 32% do total da população da
cidade. A nossa rede de bibliotecas atendeu, em 2014, 0,20% pessoas com deficiência
em relação ao total da cidade. Percentual tão inexpressivo que é inequívoco afirmar que
a nossa rede não atende pessoas com deficiência.
Embora a rede de bibliotecas conte com 50% das unidades com acessibilidade
arquitetônica (rampa e banheiro adaptados); tenha um pequeno acervo de audiolivros,
livros em Braille e livros falados, tenha programas voltados para públicos específicos
como a Central de Interpretação de Libras6 (CIL); conte também com poucos
equipamentos como: scanners acessíveis e lupa eletrônica7; a inexpressiva participação
desse público no total de atendimento da rede é questionada porque esse público
equivale a 1/3 da população paulistana. A quase inexistência desse público não cria
expertise para que o corpo técnico consiga responder a uma demanda contemporânea de
tamanha grandeza, o que coloca a rede de bibliotecas distante de um efetivo
atendimento.
Do pequeno grupo de pessoas com deficiência atendido, 31% correspondem
àqueles que são categorizados como pessoas com deficiência mental/intelectual
(Gráfico 13). Não temos nenhum programa específico para este público. O que é feito 6 Programa desenvolvido em parceria com SMPED, voltado para pessoas com deficiência auditiva. 7 Equipamentos acessíveis para pessoas com deficiência visual.
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30
28%
16%
25%
31%
Visual Auditiva Motora Mental/Intelectual
63%14%
19%
4%
Visual Auditiva Motora Mental/Intelectual
com esse pessoal no interior das nossas bibliotecas? Das categorias consideradas pelo
IBGE, a mental/intelectual representou no último censo 4% da população com
deficiência (Gráfico 14). A menor incidência, segundo o IBGE, é a nossa maior.
As pessoas com deficiência visual ocuparam o segundo lugar no atendimento em
geral às pessoas com deficiência. É para esse grupo específico que algumas unidades
estão mais preparadas tecnicamente (audiolivros, livros falados e livros em Braille).
Além de poucos atendimentos, como já dissemos inexpressivos, esse desempenho está
na contramão do que indicou o IBGE: as pessoas com deficiência visual representavam
63% do total de pessoas com deficiência na cidade de São Paulo.
Gráfico 13 - Percentuais de distribuição do público de recepção por categoria de deficiência, em 2014
Gráfico 14 - Percentuais de distribuição da população da cidade de São Paulo por categoria de deficiência, em 2014
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31
3.3 Serviços
As 53 bibliotecas da CSMB disponibilizaram em 2014 um acervo de 2.135.388
exemplares para a população da cidade de São Paulo. Destes, a sua maioria é composta
por livros, 1.998.218 ou 93.58% (Tabela 7). A propósito, o número de livros
disponibilizados por habitante está longe do número estabelecido pela IFLA que é de 2
por habitante. Considerando para efeito de análise apenas o total da população dos
distritos onde se encontram as bibliotecas da rede, o número de livros por habitante é de
0,45. A diferença entre o proposto pela IFLA e a nossa realidade é de -1,55 livros por
habitante, o que nos coloca muito distantes da referência internacional.
Tabela 7- Total de população, livros e número de livros por habitante
Fonte: CSMB, 2015 Nota: Dados trabalhados pelo autor
Essa distância entre a realidade e o desejado é reiterada se considerarmos o índice
de aquisições de acervo anual preconizado pela IFLA que é de 0,25 para cada grupo de
até 20.000 habitantes; 0,225 para cada grupo de até 50.000 habitantes; e 0,20 para
grupos acima de 100.000 habitantes. Para efeito de cálculo das necessidades do
conjunto populacional de todos os distritos onde se localizam as bibliotecas, utilizamos
o índice 0,20 (Tabela 8). Aplicando esse índice sobre o total de habitantes, deveriam ter
sido adquiridos em média 19.012 exemplares por biblioteca no ano de 2014. No
entanto, foram adquiridos em média 2.215 exemplares por biblioteca. Ou seja, foram
comprados (menos) - 88% dos livros necessários para o desenvolvimento das coleções.
Número de
Bibliotecas
da rede
População total dos
distritos onde estão
localizadas as
bibliotecas da rede
Nº de
habitantes
por unidade
de
biblioteca
Nº total de
livros
Nº de livros por
habitante,
segundo os
distritos onde se
encontram as
bibliotecas
Diferença entre livro por
habitante e referência
IFLA para o
desenvolvimento de
coleções: 2 livros por
habitante
52 4.943.164 95.060 1.998.218 0,45 -1,55
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32
Tabela 8- Índice de aquisição anual IFLA, número médio de aquisição por biblioteca IFLA, número médio de aquisição por biblioteca em 2014 e taxa de variação (%)
Fonte: CSMB, 2015
Nota: Dados trabalhados pelo autor
O número de total de empréstimos aumentou consecutivamente de 2012 a 2013 e
caiu de forma acentuada em 2014, - 21% em relação a 2013 (Tabela 9). Essa queda em
2014 está associada também a registrada no número de novas matrículas e no número de
matrículas renovadas, na medida em que a matrícula (nova ou renovada) é condição
para que o usuário possa emprestar quaisquer itens disponíveis.
Os percentuais de novas matrículas e de matrículas renovadas se mantiveram de
2012 a 2014: maior número de matrículas renovadas, 55% em média, e menor número
de novas matrículas, 45% em média. Esse maior percentual de matrículas renovadas é
indicativo que pouco mais da metade dos usuários que emprestam são frequentadores
mais antigos das bibliotecas. Ainda assim, é observada uma perda ano a ano de usuários
que realizam empréstimos na medida em que o número de novas matrículas registrado
no ano anterior não é carregado, na totalidade ou parcialmente no ano seguinte, o que
aumentaria significativamente o número de novas renovações. Esse movimento de
perda pode estar associado ao desenvolvimento de coleção que como vimos
anteriormente ainda é insuficiente para a reposição do acervo e também a intensa
procura de títulos que estão no topo do ranking elaborado pelo mercado editorial.
Número de
Bibliotecas
da rede
População total
dos distritos
onde estão
localizadas as
bibliotecas da
rede
Proporção
número de
habitantes por
equipamento
Índice de
aquisição
anual
segundo
IFLA
Número médio de
aquisição por
biblioteca,
segundo IFLA
Número médio
de aquisição
por biblioteca
em 2014
Taxa de
variação
(%)
52 4.943.164 95.060 0,20 19.012 2.215 -88
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33
Tabela 9- Número e porcentagem (%) de novas matrículas, matrículas renovadas, total de matrícula, taxa de variação anual, número total de empréstimos e número médio de
empréstimos por matrícula, 2011 a 2014
Fonte: CSMB, 2015 Nota: Dados trabalhados pelo autor
Ainda sobre o acervo disponibilizado (Tabela 10), os percentuais relativos aos
acervos especializados8 e aos gibis/mangas representaram em 2014 apenas 3.03% e
2.30%, respectivamente. Ainda que pouco representativo, ressalta-se a importância dos
gibis/mangas para os usuários da rede de bibliotecas, foram objetos de procura intensa,
seja para empréstimos e/ou consultas. Quantitativamente, audiovisuais, apostilas pré-
vestibulares e concursos, revistas e jornais são inexpressivos, não alcançam 1% cada um
deles do total de acervo.
Tabela 10- Tipo de Acervo nas bibliotecas da CSMB e número de empréstimos/consultas por unidade, em 2014
Fonte: CSMB, 2015 Nota: Dados trabalhados pelo autor
8 As bibliotecas Monteiro Lobato e Prestes Maia possuem acervos especializados que se diferenciam das coleções das demais bibliotecas ao possuírem: a Bibliografia Brasileira de Literatura Infantil e Juvenil, o acervo histórico do livro escolar (Monteiro Lobato), a coleção de livros do Prefeito Prestes Maia e a coleção histórica do Bairro de Santo Amaro (Prestes Maia).
Anos Número de novas
matrículas
Número de matrículas renovadas
Total de matrículas
novas e renovadas
Taxa de Variação
anual (%)
Número total de
empréstimos
Número médio de
empréstimos por matrícula N.A. % N.A. %
2011 36.350 69 16.199 31 52.549 567.126 10,79 2012 34.699 45 41.692 55 76.391 45 616.980 8,08 2013 33.581 44 43.602 56 77.183 1 654.435 8,48 2014 27.302 45 34.036 55 61.338 -21 582.599 9,50
Tipo de Acervo
Número de exemplares do
Acervo
Empréstimos e consultas: total e índice de empréstimo e índice de consulta
N.A. % Empréstimo Consulta
N.A. % Índice N.A. % Índice Livros 1.998.218 93,65 440.914 76 0,22 222.080 33 0,11 Acervos especializados 64.659 3,03 Gibis/Mangas 49.152 2,3 88.787 15 1,80 127.646 19 2,59
Audiovisuais 11.051 0,52
Apostilas, partituras, discografias etc. 10.596 0,5 2.331 0,4 0,22 4.852 1 0,46 Revistas 1.513 0,07 48.776 8 32,23 123.449 18 81,59 Jornais 199 0,01 - 203.876 30 1.024,50 Total 2.135.388 100 580.808 0,27 681.903 0,31
Prefeitura do Município de São Paulo – PMSP Secretaria Municipal de Cultura – SMC
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34
Dos tipos de acervo oferecidos à população, a maior procura para empréstimos é
de livros: 76%. Os gibis/mangas e as revistas aparecem em segundo e terceiro lugar,
ainda que com desempenho bem inferior ao auferido pelos livros, com 15% e 8%,
respectivamente.
O número de empréstimos, por exemplar, de livro disponível registrou, em 2014,
um índice de 0,22. Este índice mostra que o acervo de livros é muito pouco utilizado na
diversidade que o acervo de livros pode oferecer para o empréstimo. Em geral o público
pode se concentrar num ou outro título, gerando ausência de empréstimo numa pequena,
media ou grande parte do acervo. O contrário ocorre com os gibis e revistas que, mesmo
com pouca representatividade de acervo, conseguem atrair um público que faz uso
intenso desse material, principalmente as revistas que podem atrair o público para toda a
coleção disponível, não se concentrando num ou outro exemplar da coleção: para cada
exemplar de revista correspondem 32,80 empréstimos e cada exemplar de gibi/mangá
correspondem 1,80 empréstimos.
Essas informações permitem que se façam alguns questionamentos: quais as
razões que levam o frequentador, em geral, a concentrar em alguns títulos os seus
empréstimos? A política de desenvolvimento de coleções está adequada à demanda dos
frequentadores, tanto na quantidade desejada como na qualidade?
As consultas seguem a lógica verificada nos empréstimos. Aqui também os livros
têm importância uma vez que ocupam o primeiro lugar na preferência dos usuários –
33% - para realizar consultas (Tabela 10). Os gibis/mangás são muito procurados assim
como as revistas. Mas o surpreendente fica por conta dos jornais que chega a um índice
por exemplar de 1.024,50. Este objeto é procurado tanto quanto um livro dentro das
bibliotecas da rede, 30% das consultas se deve aos jornais, contra 33% aos livros.
Olhando de cima, a impressão é que na ponta (nas unidades) há uma verdadeira disputa
por um jornal, Folha de São Paulo e O Estado de São Paulo, na sua maioria. Uma das
estratégias utilizadas para minimizar a disputa é separá-los por cadernos para que duas
ou mais pessoas, em geral correspondem ao número de cadernos que um jornal pode
oferecer, consigam ler ao mesmo tempo um exemplar. O impacto da procura por
exemplares de jornais sobre o cotidiano de cada biblioteca deve ser mensurado para
aproximar os interesses da população leitora de jornal às ofertas das bibliotecas. A
demanda relativamente grande pelos jornais pode explicar o porquê da presença maior
de homens na faixa de 60 anos e mais (Tabela 6) em relação às outras faixas.
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Os usuários preferem emprestar livros a consultá-los, 76% a 33%,
respectivamente. Os títulos mais emprestados em 2014 (Tabela 11) tiveram na
literatura infanto-juvenil, com destaque para Diário de um Banana e coleção Harry
Potter, e nos romances principalmente do século XX e XXI, com destaque para A
escolha e A menina que roubava livros, as categorias mais emprestadas pela rede. Estes
dados podem indicar uma mudança do perfil do público, pois empiricamente é sabido
que, anos atrás, os títulos mais emprestados estavam relacionados aos títulos adotados
pelas escolas de São Paulo. Daqueles títulos, apenas o título TIL, adotado pela
FUVEST, permanece bem colocado entre os títulos mais emprestados.
Tabela 11- Títulos de livros mais emprestados nas bibliotecas públicas da cidade de São Paulo, em 2014
Posição Título Autor Assunto Quantidade de empréstimos
1 Diário de um banana Kinney, Jeff, 1971- Literatura infantojuvenil 3336
2 Harry Potter e a pedra filosofal
Rowling, J. K. (Joanne Kathleen), 1965-
Literatura infantojuvenil; Histórias fantásticas 1248
3 Til Alencar, José de, 1829-1877 Romance brasileiro - Século 19 1139
4 A escolha Sparks, Nicholas, 1965- Romance americano - Século 20; Histórias de amor 1089
5 A menina que roubava livros Zusak, Markus, 1975- Romance australiano - Século 21; 1082
6 Viagens na minha terra Garrett, Almeida, 1799-1854. Romance português - Século 19 1020
7 Querido John Sparks, Nicholas, 1965- Romance americano - Século 20; Histórias de amor 1001
8 Cinquenta tons de cinza James, E. L., 1963-
Romance inglês - Século 21; Relações homem-mulher - Ficção; Histórias
eróticas; Histórias de amor 979
9 Um porto seguro Sparks, Nicholas, 1965- Romance americano - Século 20; Histórias de amor; Histórias de família 955
10 Jogos vorazes Collins, Suzanne, 1962- Literatura infantojuvenil; Ficção científica 954
11 Harry Potter e a câmara secreta
Rowling, J. K. (Joanne Kathleen), 1965-
Literatura infantojuvenil; Histórias fantásticas 952
12 Diário de uma paixão Sparks, Nicholas, 1965- Romance americano - Século 20;
Histórias de amor 927
13 A guerra dos tronos
Martin, George R. R. (George Raymond Richard), 1948-
Romance americano - Século 20; Histórias fantásticas 905
14 Um amor para recordar Sparks, Nicholas, 1965- Romance americano - Século 20;
Histórias de amor 905
15 O mar de monstros Riordan, Rick, 1964- Literatura infantojuvenil; Histórias
fantásticas 872
16 A cabana Jacobsen, Wayne, 1953-
;Young, William P. (William Paul), 1955-;Cummings, Brad
Romance americano - Século 21; Histórias de suspense; Histórias cristãs 868
17 A esperança Collins, Suzanne, 1962- Literatura infantojuvenil; Ficção científica 860
18 A maldição do titã Riordan, Rick, 1964- Literatura infantojuvenil; Histórias
fantásticas 849
19 A última música Sparks, Nicholas, 1965- Romance americano - Século 20; Histórias de amor; Histórias de família 794
20 A batalha do labirinto Riordan, Rick, 1964- Literatura infantojuvenil; Histórias
fantásticas 772
21 Em chamas Collins, Suzanne, 1962- Literatura infantojuvenil; Ficção científica 764
Fonte: Sistema Gerenciador de Bibliotecas – Alexandria Online, São Paulo (2015)
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A menina que roubava livros, Trilogia Cinquenta Tons de Cinza, Um amor para
recordar, O mar de monstros etc, estão entre os títulos mais vendidos no Brasil em 2014
(R7, 2015). Também esses estão entre os títulos mais emprestados pela rede de
bibliotecas em 2014. Essa coincidência pode ser indicativo da influência do mercado
editorial sobre os frequentadores da rede municipal de bibliotecas. Essa tendência pode
responder às questões levantadas acima sobre as razões de empréstimos estarem
concentrados em alguns títulos disponibilizados pelas bibliotecas públicas da rede.
3.4 Resumo A rede e os territórios
1. Ainda que seja a rede com maior capilaridade na cidade de São Paulo (52
unidades distribuídas entre todas as regiões da cidade de São Paulo), o seu
alcance não atende a maioria da população que mora, sobretudo, nos distritos
mais afastados das regiões centrais e que carregam fraco desempenho em termos
de índice de desenvolvimento humano – IDH.
2. O número de distritos que não tem nenhuma oferta de serviço de leitura é
expressivo: 29. Destes, 4 estão entre os piores índices de desenvolvimento
humano – IDH.
Frequência
3. A frequência nas bibliotecas da rede é muito baixa: em 2014, 8% do total da
população paulistana frequentaram as unidades da rede. Esse percentual aumenta
se considerarmos a população total dos distritos onde estão localizadas as
bibliotecas: 17%.
4. O indicador número de novas matrículas aponta para um potencial de
crescimento do público. Porém, esse público é perdido no ano seguinte, porque o
numero de usuários que realizam a renovação de matrículas pouco se altera ano
a ano.
5. Em 2014, o público de programação teve grande impacto sobre a frequência
geral de público na rede: 24%. Em algumas unidades chegou a representar mais
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da metade do público frequentador em 2014, reiterando a importância da
programação no cotidiano das bibliotecas.
Perfil sociodemográfico do usuário Sexo
6. É uma rede levemente feminina. A participação masculina é menor que a
feminina e é próxima dela apenas na faixa etária mais baixa (0 a 6 anos) e na
faixa mais velha (60 anos e mais).
Idade
7. É uma rede jovem e adulta. Atende principalmente as faixas etárias jovens e
adultas nos serviços prestados nas unidades.
Cor/raça
8. A presença de usuários que se autodeclararam brancos é predominante: 59%. Já
os autodeclarados pardos e pretos representaram 39% da rede. Ressalta-se que
em algumas regiões onde o número de brancos se equivale ao número de pardos
e pretos, sul e leste da cidade, a proporção de brancos frequentadores é muito
superior ao percentual de pardos e pretos: 56% contra 37% na região leste; e
53% contra 38% na região sul.
Escolaridade
9. De todo o público de recepção que frequentou a rede em 2014, 43% do público
tinham o curso médio, 34% o superior e 23% tinham o fundamental.
10. A expressiva participação de usuário com curso superior foi registrada nas
bibliotecas das regiões centro e oeste. Essas regiões, aliás, são as que
registraram, segundo Censo 2010, as maiores concentrações de populações com
curso superior. Também foram as regiões que mais concentraram, segundo
Censo 2010, domicílios cujo rendimento mensal dos seus moradores foram os
maiores da cidade.
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Pessoa com deficiência
11. É uma rede que praticamente não atende população com deficiência.
12. Quando atende, tem na categoria deficiente mental a maior incidência em termos
de frequência, com ausência de ações específicas para esse público.
Serviços
13. O acervo da rede de bibliotecas da CSMB possuía em 2014 cerca de 1.998.218
exemplares de livros. Esse volume representava cerca de 94% do total de acervo.
Os gibis/mangás e as revistas, que representavam 2,03% e 0,07% do total de
acervo, respectivamente, foram muito procurados para empréstimos e consultas.
14. Do total de empréstimos, 76% tiveram, em 2014, no livro a preferência dos
leitores que frequentam a rede. Bem distantes se encontraram os usuários que
preferiram os gibis/mangás e as revistas: 15% e 8%. De outro lado, se
considerarmos o índice de empréstimo (número de empréstimos sobre o número
de acervo disponível) tanto os gibis como as revistas, principalmente, obtiveram
índices bem superiores: 1,80 e 32,23 usuários para cada exemplar,
respectivamente.
15. Em termos absolutos, o livro como já visto acima continua o mais consultado,
33% contra 30% conquistado pelos jornais. Por outro lado, o jornal em termos
de índice de consulta (número de consultas sobre o número de acervo
disponível) é disparado o grande protagonista registrando um índice de 1024,50
usuários para cada exemplar disponível.
16. Os títulos mais procurados seguem a lógica estabelecida pelo mercado editorial.
Os mais vendidos no mercado estão entre os títulos mais procurados pelo
público frequentador da rede.
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4 O DESEMPENHO DAS BIBLIOTECAS EM 2014
Este capítulo se deterá em analisar as bibliotecas de forma a dar um retrato dos seus
desempenhos, ressaltando sempre as melhores para que suas práticas se tornem referências para
as demais, principalmente àquelas cujo desempenho não tenha atingido a média da cidade9. A
estrutura textual obedecerá às seguintes divisões e subdivisões como no capítulo anterior:
• Frequência Recepção Programação Cultural
• Perfil sociodemográfico dos usuários Sexo Idade Escolaridade Cor/Raça Pessoas com deficiência
• Serviços Acervo (exemplares de livros, gibis/mangas e assinaturas de jornais e revistas etc.). Empréstimos Consultas
4.1 Frequência
Para a análise de frequência de público nas bibliotecas da rede acumulada em 2014, as
bibliotecas foram divididas em dois grupos: o primeiro se refere àquelas que obtiveram
frequências maiores que a média da cidade (21 unidades); o segundo grupo se refere àquelas que
obtiveram frequências menores que a média da cidade (31 unidades), representados no Gráfico
15.
9 Nota metodológica A média da cidade foi obtida a partir da soma do total de público atendido no ano, de 2014, por todas as bibliotecas da CSMB, em seguida, este valor foi divido pelo total de bibliotecas (53), o que resultou na média de atendimento por equipamento ou média da cidade.
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Gráfico 15 - Percentuais de distribuição da rede de bibliotecas, segundo frequências acima e abaixo
da média obtida pela cidade, em 2014
A Biblioteca Monteiro Lobato teve nos últimos quatro anos as maiores frequências de
público entre todas as bibliotecas que compõem a rede (Tabela 12). A Monteiro Lobato é a
biblioteca mais antiga da rede. Está localizada numa região central da cidade, no distrito da
República, área de atração de população que trabalha e/ou estuda no centro. É uma biblioteca de
referência, sobretudo para os pesquisadores dedicados à literatura infantojuvenil. Trata-se de
uma biblioteca da cidade e não de um bairro. A sua história na cidade pode ser elemento de
explicação para o fato de sempre liderar os vários rankings de frequência.
Em termos relativos, também foi destaque a Biblioteca Prestes Maia que obteve aumento
expressivo de 297%, se comparado ao resultado obtido em 2013, uma vez que, por motivo de
reforma, esteve fechada durante parte do período analisado. É importante sublinhar que esta
biblioteca sempre esteve entre aquelas que historicamente obtiveram os maiores públicos.
02.5005.0007.500
10.00012.50015.00017.500
20.00022.50025.00027.50030.00032.50035.00037.50040.00042.50045.00047.50050.00052.50055.00057.500
0 10 20 30 40 50 60
Média da Cidade
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Tabela 12– Ordem decrescente das bibliotecas que registraram frequências acima da média da cidade (16.149 frequentadores) em 2014 e respectivas taxas de variação, segundo o porte e o
ranking do IDH dos distritos.
Fonte: CSMB, 2015
Nota: Dados trabalhados pelo autor Período de comparação: 2011 a 201410
10 Bibliotecas fechadas para reforma ou mudança de layout: Affonso Taunay - 28-02-2011 a 11-06-2012; José Paulo Paes - 03-2010 a 02-10-2012; Paulo Duarte - 12-11-12 a 30-11-2012; Paulo Sérgio Duarte Milliet - 31-07-2012 a 21-12-2012; Pedro da Silva Nava - 23-03-2012 a 26-10-2012; Prefeito Prestes Maia - 26-01-2011 a 25-08-2013; Ricardo Ramos - 29-10-2012 a 23-04-13; Roberto Santos – 01-10-2011 a 30-09-2012; Sérgio Buarque de Holanda - 03-12-12 a 06-03-13; Vicente Paulo Guimarães - 7-7-2011 a 2-5-2012; Viriato Correa - 16-07-2012 a 23-07-2012; Camila Cerqueira Cesar – a partir de 10-11-2014; Milton Santos - a partir de 01-12-2014.
BIBLIOTECA 2011 Taxa de Variação
(%) 2012
Taxa de Variação
(%) 2013
Taxa de Variação
(%) 2014
Taxa de Variação
(%) RANKING
2014
POR
TE
Ranking IDH dos Distritos
Monteiro Lobato 48.648 10 49.357 1 52.826 7 52.718 0 1 Grande 25
Paulo Duarte 19.855 50 21.221 7 36.889 74 35.847 -3 2 Grande 46
Helena Silveira 31.818 18 35.824 13 37.218 4 34.673 -7 3 Médio 68
Prefeito Prestes Maia 1.435 -96 0 -100 6.963 0 27.657 297 4 Grande 9
Roberto Santos 26.899 -5 16.562 -38 26.411 59 24.403 -8 5 Grande 35
Alceu Amoroso Lima 25.825 -2 27.160 5 22.200 -18 24.144 9 6 Grande 2
Affonso Taunay 7.657 -78 9.266 21 22.463 142 23.415 4 7 Grande 22
Belmonte 29.754 26 27.688 -7 26.750 -3 22.454 -16 8 Grande 9
Jovina Rocha A. Pessoa 26.249 57 24.660 -6 23.209 -6 21.674 -7 9 Médio 58
Padre José de Anchieta 28.698 -16 20.425 -29 23.830 17 21.169 -11 10 Grande 83
Mário Schenberg 46.907 11 35.569 -24 30.482 -14 20.978 -31 11 Grande 11
Sérgio Buarque de Holanda 14.862 -4 14.218 -4 16.785 18 19.582 17 12 Médio 76
Cora Coralina 38.189 -14 19.045 -50 20.139 6 19.083 -5 13 Grande 85
Paulo Setúbal 35.877 22 31.896 -11 32.024 0 18.959 -41 14 Grande 34
Viriato Correa 24.087 66 21.217 -12 20.798 -2 17.678 -15 15 Grande 7
Amadeu Amaral 27.252 27 27.884 2 26.828 -4 17.612 -34 16 Grande 33
José Mauro 12.928 -21 21.968 70 22.075 0 17.520 -21 17 Médio 65
Raimundo de Menezes 17.607 63 18.720 6 17.986 -4 17.104 -5 18 Médio 67
Milton Santos 21.060 27 21.404 2 21.152 -1 17.034 -19 19 Grande 59
Vinícius de Morais 11.518 -28 13.205 15 13.612 3 16.880 24 20 Pequeno 70
Gilberto Freyre 12.981 -42 18.793 45 18.083 -4 16.817 -7 21 Médio 78
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Em relação às demais bibliotecas de bairro, das que registraram, em 2014, freqüência
superior à média de toda a rede (Tabela 12) 67% são de grande porte; e seis dessas são
temáticas11, atributos que podem estar interferindo na maior quantidade de público (Gráfico 16).
Por outro lado, as bibliotecas não temáticas Sérgio Buarque de Holanda de porte médio e a
Vinícius de Morais de porte pequeno foram as que obtiveram, comparadas a 2013, as maiores
taxas positivas de aumento de público: 17% e 24%. A origem do público pode ajudar na
explicação do fato dessas bibliotecas terem tido resultados acima da média em 2014.
Gráfico 16 - Percentuais de distribuição das bibliotecas com frequência acima da média da
cidade – 21 bibliotecas, segundo o porte, em 2014
Como citado anteriormente, a frequência total de público nas bibliotecas é a soma do
público de recepção com o público de programação. Comparando os pesos das duas formas de
público, o impacto da programação no público total das bibliotecas que obtiveram os melhores
resultados foi expressivo: na Monteiro Lobato 58% vieram da programação; na Paulo Duarte
60% do seu público vieram da programação; e na Vinícius de Morais 49% vieram da
11 Bibliotecas temáticas: São bibliotecas públicas que, além do acervo comum a todas as unidades da rede, colocam à disposição da população um acervo específico e oferecem uma programação cultural sobre um determinado tema. A escolha é feita de acordo com a história e a vocação de cada biblioteca. Entre 2006 e 2012, foram abertas as unidades de Poesia (Biblioteca Alceu A. Lima), Cultura Popular (Biblioteca Belmonte), Conto de Fadas (Biblioteca Hans. C. Andersen), Música (Biblioteca Cassiano Ricardo), Cinema (Biblioteca Roberto Santos), Ciências (Biblioteca Mário Schenberg), Literatura Fantástica (Biblioteca Viriato Correa), Meio Ambiente (Biblioteca Raul Bopp), Cultura Afro-Brasileira (Biblioteca Paulo Duarte), Arquitetura (Biblioteca Prestes Maia) e Literatura Policial (Biblioteca Paulo Setúbal).
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programação. Esses resultados confirmam a importância da programação para o desempenho em
termos de público da rede. Por outro lado, o desempenho da Sergio Buarque de Holanda, que
teve 95% do seu público vindo da recepção, anuncia que a afirmação não pode ser tomada como
verdade geral. Entretanto, para muitas bibliotecas da rede a programação tem impacto expressivo
na quantidade de público como pôde ser constatado nos comentários das coordenadoras das
bibliotecas Padre José de Anchieta e Paulo Setúbal.
“A relação analisada de diminuição de público de um ano para o outro, no meu ponto de vista, carece levar em conta a perda sistemática de funcionários entre os anos de 2011 e 2015. No caso da nossa biblioteca, esse dado, está diretamente relacionado a diminuição das programações locais. Em 2011, a biblioteca possuía 14 funcionários, destes 3 eram bibliotecários e 1 pedagogo especializado em oficinas e programação, com esse quadro era possível manter 1 semana de oficinas por mês, no período da manhã e da tarde, isso gerava um número de usuários de programação mais elevado e satisfação de nossos parceiros com a biblioteca. Hoje temos apenas 5 funcionários, sendo impossível manter esse ritmo de programação.”
Coordenadora da BP Padre José de Anchieta: Maria Elizabeth Caldellas Pedrosa
“A tabela 12 apresenta a taxa de variação de frequência de 2014 e 2013. A Biblioteca Paulo Setúbal obteve -41% de variação. Um dos motivos desse decréscimo se deve ao fechamento repentino do Telecentro no período de abril a agosto de 2014. Os cursos do Telecentro eram muito procurados principalmente pela faixa etária de + 60. O equipamento oferecia três cursos ao dia para o público em geral.”
Coordenadora da BP Paulo Setúbal: Tânia Cristina Santaella
Outro aspecto importante é o fato de 12 delas, 55%, estarem localizadas em distritos que
sempre estiveram entre aqueles com baixos índices de desenvolvimento humano – IDH. Esses
números mostram a potencialidade de aumento de leitores nessas regiões periféricas como os
leitores das bibliotecas, Helena Silveira (3ª lugar), Sérgio Buarque de Holanda (12º) e Vinícius
de Moraes (20º), que aumentaram o seu público no período de 2011 a 2014. Além de contribuir
para desmistificar a ideia de que morar na periferia, além de outros defeitos, é não gostar de ler.
Evidentemente as ofertas de serviços de cultura, no geral, e de serviços de leitura, em particular,
nesses distritos são pequenas tanto por parte do poder público quanto (muito menos!) por parte
do mercado. Daí a reiteração da importância de oferecer serviços de leitura com padrões
civilizatórios naqueles distritos onde esse serviço não existe e também de aumentar as ofertas
onde atualmente se faz muito pequena frente às necessidades dos seus moradores.
Em relação às bibliotecas que registraram frequências abaixo da média da cidade (Tabela
13), 65% são de porte médio, 23% de grande porte e 13% de pequeno porte (Gráfico 17). O
tamanho não é necessariamente atributo que contribui para o aumento de público. De qualquer
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44
forma a presença maciça de bibliotecas de porte grande com desempenho acima da média e a
presença maciça de bibliotecas de porte médio abaixo da média pode indicar que o tamanho
exerce alguma influência nos resultados. O fato de disponibilizar espaços maiores onde a
disposição dos lugares do acervo, a disposição do mobiliário, dos espaços de convivência, dos
lugares do silêncio, dos espaços das atividades coletivas pode ser mais atrativo ao público em
geral. Espaços com desenho arquitetônico harmonioso com o desenho paisagístico aprazível,
com presença de áreas verdes e espaços intergeracionais com acessibilidade podem fazer a
diferença.
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Tabela 13- Ordem decrescente das bibliotecas que registraram frequências abaixo da média da cidade (16.149 frequentadores) em 2014 e respectivas taxas de variação, segundo o porte e o
ranking de IDH. Fonte: CSMB, 2015
Nota: Dados trabalhados pelo autor Período de comparação: 2011 a 2014
BIBLIOTECA 2011 Taxa de Variação
(%) 2012
Taxa de Variação
(%) 2013
Taxa de Variação
(%) 2014
Taxa de Variação
(%) RANKING
2014
POR
TE
Ranking IDH dos Distritos
Álvares de Azevedo 16.903 10 17.606 4 16.884 -4 16.119 -5 22 Grande 62
Malba Tahan 14.558 -26 16.757 15 16.045 -4 16.077 0 23 Médio 27
Lenyra Fraccaroli 16.943 20 15.086 -11 19.098 27 15.975 -16 24 Médio 30
Brito Broca 12.139 -21 16.435 35 14.495 -12 15.648 8 25 Grande 54 Ricardo Ramos 17.490 14 19.332 11 8.445 -56 15.164 80 26 Médio 39
Cassiano Ricardo (T) 18.202 5 16.680 -8 17.312 4 15.027 -13 27 Grande 14 Marcos Rey 14.957 52 15.759 5 12.016 -24 14.995 25 28 Pequeno 68
Narbal Fontes 9.885 -10 12.526 27 13.912 11 14.940 7 29 Médio 19
Aureliano Leite 9.556 -24 12.708 33 14.234 12 14.168 0 30 Pequeno 42 Pedro da Silva Nava 12.605 -19 5.976 -53 24.253 306 13.586 -44 31 Médio 32
Anne Frank 13.722 12 12.061 -12 11.895 -1 13.268 12 32 Grande 6 Afonso Schmidt 14.936 -37 15.980 7 16.189 1 12.385 -23 33 Grande 50 Álvaro Guerra 11.070 -5 12.487 13 11.917 -5 12.331 3 34 Médio 5 Érico Veríssimo 14.671 -27 13.535 -8 14.746 9 12.203 -17 35 Médio 77 Adelpha Figueiredo 8.044 -9 10.639 32 11.704 10 12.150 4 36 Grande 43 Hans (T) 17.439 37 17.488 0 20.680 18 12.136 -41 37 Grande 14 Raul Bopp (T) 14.015 -4 14.848 6 14.701 -1 11.417 -22 38 Médio 15
Rubens Borba de Morais 15.975 16 15.780 -1 14.787 -6 11.242 -24 39 Médio 72
Jamil Almansur Haddad 18.665 51 16.458 -12 15.083 -8 11.021 -27 40 Médio 94 Camila Cerqueira César 8.167 -28 10.999 35 13.002 18 10.777 -17 41 Médio 18 Vicente Paulo Guimarães 6.515 -33 6.337 -3 7.180 13 9.673 35 42 Médio 88
Paulo Sérgio Duarte Milliet 6.736 -20 5.050 -25 13.274 163 9.615 -28 43 Médio 31
Sylvia Orthof 11.293 -7 9.474 -16 9.247 -2 9.102 -2 44 Pequeno 29
Clarice Lispector 8.167 -55 11.118 36 12.011 8 9.005 -25 45 Médio 11 Nuto Sant'anna 9.462 -12 9.289 -2 10.549 14 8.353 -21 46 Médio 19
Castro Alves 14.321 -18 13.016 -9 10.363 -20 7.645 -26 47 Médio 55 Thales Castanho de Andrade 11.301 -19 14.169 25 13.357 -6 7.373 -45 48 Médio 50
Menotti Del Picchia 16.410 31 6.111 -63 4.861 -20 7.177 48 49 Médio 53
Professor Arnaldo M. Giácomo 7.736 -36 8.853 14 6.266 -29 6.370 2 50 Médio 14
Vicente de Carvalho 8.285 -4 8.409 1 7.641 -9 5.529 -28 51 Pequeno 70
Chácara do Castelo 6.394 70 6.763 6 4.637 -31 3.684 -21 52 Médio 7
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Ressalta-se ainda que 19 bibliotecas, ou 61%, das bibliotecas de baixo resultado em termos
de frequência, estarem instaladas em distritos de IDH mais favorável. Enquanto 12, ou 39% se
localizarem em distritos de IDH menos favorável. Estes números afirmam que as bibliotecas
localizadas em distritos mais afastados das áreas centrais da cidade estão recebendo mais público
do que as bibliotecas localizadas nos distritos mais centrais. Essa constatação pode estar
associada ao fato das bibliotecas localizadas em áreas mais centrais sofrerem a concorrência dos
serviços de cultura oferecidos pelo mercado. É sabido que nas regiões oeste e centro da cidade
estão concentrados os domicílios cujos rendimentos mensais são os maiores da cidade (Gráfico
12), mais fortemente esses moradores podem acessar o mercado editorial, de lazer e
entretenimento.
Ainda que a concorrência do mercado editorial possa tirar público das bibliotecas
públicas localizadas em áreas mais ricas da cidade, é pouco para explicar o último lugar ocupado
pela Chácara do Castelo em termos de frequência de público. Os eventos promovidos pela
biblioteca conseguiram atrair 47% do seu público acumulado em 2014 (Tabela 14).
Gráfico 17 - Percentuais de distribuição das bibliotecas com frequência abaixo da média da cidade –31 bibliotecas, segundo o porte, em 2014
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Tabela 14– Frequência de recepção, frequência de programação e frequência total em número absoluto (N.A) e percentual (%) por biblioteca de CSMB, em 2014
Bibliotecas Subprefeitura Distrito Região Frequência recepção
Frequência programação Total de
frequência N.A. % N.A. %
Paulo Duarte Jabaquara Jabaquara Sul 14.285 40 21.562 60 35.847 Monteiro Lobato Sé Santa Cecília Centro 22.304 42 30.414 58 52.718 Viriato Corrêa Vila Mariana Vila Mariana Sul 8.863 50 8.815 50 17.678 Vinícius de Morais Itaquera José Bonifácio Leste 8.537 51 8.343 49 16.880 Chácara do Castelo Vila Mariana Vila Mariana Sul 1.943 53 1.741 47 3.684 Hans Christian Andersen Mooca Tatuapé Leste 6.419 53 5.717 47 12.136 Alceu Amoroso Lima Pinheiros Pinheiros Oeste 13.911 58 10.233 42 24.144 Profº A. M. Giácomo Mooca Tatuapé Leste 3.860 61 2.510 39 6.370 Belmonte Santo Amaro Santo Amaro Sul 14.218 63 8.236 37 22.454 Clarice Lispector Lapa Lapa Oeste 5.727 64 3.278 36 9.005 Affonso Taunay Mooca Mooca Leste 15.078 64 8.337 36 23.415 Marcos Rey Campo Limpo Campo Limpo Sul 9.972 67 5.023 33 14.995 Prefeito Prestes Maia Santo Amaro Santo Amaro Sul 19.668 71 7.989 29 27.657 Narbal Fontes Santana/Tucuruvi Santana Norte 10.931 73 4.009 27 14.940 Thales C. de Andrade Freg. do Ó/ Brasilândia Freguesia Do Ó Norte 5.572 76 1.801 24 7.373 Roberto Santos Ipiranga Ipiranga Sul 18.799 77 5.604 23 24.403 Érico Veríssimo Pirituba Jaraguá Norte 9.596 79 2.607 21 12.203 Álvares de Azevedo Vila Maria/V.Guilherme Vila Maria Norte 12.792 79 3.327 21 16.119 Cassiano Ricardo Mooca Tatuapé Leste 11.956 80 3.071 20 15.027 Menotti Del Picchia Casa Verde/Cachoeirinha Limão Norte 5.722 80 1.455 20 7.177 Lenyra Fraccaroli Aricanduva Carrão Leste 12.783 80 3.192 20 15.975 Rubens B. A. de Morais Ermelino Matarazzo Ermelino Matarazzo Leste 9.004 80 2.238 20 11.242 Castro Alves Ipiranga Sacomã Sul 6.132 80 1.513 20 7.645 Nuto Sant'Anna Santana/Tucuruvi Santana Norte 6.705 80 1.648 20 8.353 Anne Frank Pinheiros Itaim Bibi Oeste 10.689 81 2.579 19 13.268 Padre José de Anchieta Perus Perus Norte 17.055 81 4.114 19 21.169 Brito Broca Pirituba Pirituba Norte 12.658 81 2.990 19 15.648 Vicente Paulo Guimarães Itaim Paulista Vila Curuçá Leste 7.851 81 1.822 19 9.673 Raul Bopp Sé Liberdade Centro 9.287 81 2.130 19 11.417 Cora Coralina Guaianases Guaianazes Leste 15.655 82 3.428 18 19.083 Ricardo Ramos Vila Prudente Vila Prudente Leste 12.664 84 2.500 16 15.164 Malba Tahan Capela Do Socorro Socorro Sul 13.481 84 2.596 16 16.077 Gilberto Freyre Sapopemba Sapopemba Leste 14.149 84 2.668 16 16.817 Adelpha Figueiredo Mooca Pari Leste 10.326 85 1.824 15 12.150 Álvaro Guerra Pinheiros Alto De Pinheiros Oeste 10.664 86 1.667 14 12.331 Jamil A.Haddad Guaianases Lajeado Leste 9.670 88 1.351 12 11.021 José M. de Vasconcelos Tremembé/Jaçanã Jaçanã Norte 15.565 89 1.955 11 17.520 Amadeu Amaral Ipiranga Cursino Sul 15.665 89 1.947 11 17.612 Aureliano Leite Vila Prudente São Lucas Leste 12.642 89 1.526 11 14.168 Camila Cerqueira César Butantã Butantã Oeste 9.631 89 1.146 11 10.777 Mário Schenberg Lapa Lapa Oeste 18.775 89 2.203 11 20.978 Paulo S. D. Milliet Mooca Água Rasa Leste 8.617 90 998 10 9.615 Raimundo de Menezes São Miguel Paulista São Miguel Leste 15.408 90 1.696 10 17.104
Afonso Schmidt Freg. do Ó/ Brasilândia Freguesia Do Ó Norte 11.241 91 1.144 9 12.385
Pedro da Silva Nava Santana/Tucuruvi Mandaqui Norte 12.389 91 1.197 9 13.586 Paulo Setúbal Aricanduva Vila Formosa Leste 17.303 91 1.656 9 18.959 Helena Silveira Campo Limpo Campo Limpo Sul 31.901 92 2.772 8 34.673 Milton Santos Aricanduva Aricanduva Leste 15.805 93 1.229 7 17.034 Sérgio B. de Holanda Itaquera Itaquera Leste 18.636 95 946 5 19.582 Sylvia Orthof Santana/Tucuruvi Tucuruvi Norte 8.862 97 240 3 9.102 Jovina R. Á. Pessoa Penha Artur Alvim Leste 21.157 98 517 2 21.674 Vicente de Carvalho Itaquera José Bonifácio Leste 5.472 99 57 1 5.529
Total 650.760 76 205.142 24 855.902 Fonte: CSMB, 2015
Nota: Dados trabalhados pelo autor Nota: Tabela classificada em ordem decrescente a partir do % da frequência de programação
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Evidentemente esses eventos causaram impacto grande no cômputo geral do seu público,
foram responsáveis pelo lugar ocupado pela Chácara do Castelo entre as bibliotecas que
sofreram maiores impactos na frequência total com a realização de eventos: 5º colocação. Este
resultado coloca essa biblioteca como foco de investimentos de programação para alavancar o
seu pequeno público frequentador porque a certeza da importância dos eventos para a Chácara
do Castelo não é domínio da instituição na medida em que recebeu menos eventos do total
realizados em 2014 na rede (Tabela 14). Se for considerado uma boa estratégia é preciso
também pensar sobre o tipo de evento a ser levado. Em 2014, contação de história e mediação de
leitura foram os destaques da programação da Chácara do Castelo. Essas ações foram as
melhores, quantitativa quanto qualitativamente, considerando a região, seus moradores etc...?
Outras ações poderiam contribuir para aumentar esse público? Quais?
“O fechamento aos sábados, desde maio de 2013, e a falta de segurança terceirizada contribuíram para o número baixo de freqüência em 2014, pois não houve a possibilidade de fazer programações, fora do horário de funcionamento da biblioteca. A contação de histórias e a mediação de leitura (meta em 2014) foram atividades e/ou programações que aumentaram a frequência do público de educação infantil e fundamental I. A Roda de Leitura e Oficinas feitas por voluntários são programações que vem aumentando a freqüência das crianças e jovens, justifica portanto investir nessas programações. Para atrair mais público jovem, seria interessante a contratação de escritores para fazermos os encontros com o autor. Os eventos em que os jovens tiveram oportunidade de estar próximos ao escritor (voluntário) foram muito gratificantes.”
Coordenadora da BP Chácara do Castelo: Andréa Regis
Diferentemente da Chácara do Castelo que no período de 2011 a 2014 obteve sempre as
menores freqüências de público da rede, a Thales Castanho de Andrade, a Pedro da Silva Nava e
a Hans C. Andersen que registraram as maiores taxas negativas em 2014 comparados aos
resultados obtidos em 2013, -45, -44% e -41%, respectivamente. Quais as razões das quedas
acentuadas? A participação das ações desenvolvidas pela programação nessas unidades foi muito
baixa na Thales Castanho de Andrade, 24% do seu público foram originários de eventos
realizados; e na Pedro Silva Nava, apenas 9% do seu público foi de eventos.
“Em 2014 houve uma redução em relação à programação cultural enviada por CSMB, nesse ano, recebemos apenas o Vocacional de Música, que devido a falta de inscritos para as duas turmas, ficamos apenas com a turma de sábado. Acreditamos que os feriados da Copa do Mundo, no primeiro semestre, contribuíram para essa evasão.” “No segundo semestre, recebemos a Oficina de Fanzines nas Zonas de Sampa (avançado), mas não deu muito certo, a demanda que tivemos foi para o curso básico e não para o avançado, até porque os requisitos básicos era que a pessoa já soubesse desenhar ou tivesse feito o curso básico de desenho ou mangá.”
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“Em relação as atividades de contação de histórias, a Biblioteca Pedro Nava foi esquecida pelo setor de programação. Em 2014 recebemos apenas duas contações de histórias durante o Festival de Contação de histórias, apesar de ter uma demanda muito grande por parte das escolas.” “Além das programações enviadas pela CSMB, desenvolvemos atividades internas de mediação de leitura, palestras, exposições e contação de histórias com apoio de parcerias.”
Coordenadora da BP Pedro Nava: Cícera Cleide Mascarenhas Santana
Já na Hans C. Andersen, 47% do seu público vieram dos eventos realizados. Quase
dividindo a frequência total com a recepção, a programação da Hans C. Andersen não conseguiu
fazer aumentar o seu público em relação à 2013. contação de história e mediação de leitura
foram os eventos realizados que mais atraíram público para a biblioteca. O que faltou?
Cabe destaque, ainda que tenha atingido uma frequência abaixo da média da cidade, o
desempenho da Ricardo Ramos em 2014, foi a que obteve o segundo maior aumento relativo
entre todas as bibliotecas da rede: 80% em relação ao público de 2013. A maior parte desse
público veio da recepção. Apenas 16% vieram dos eventos realizados pela biblioteca.
4.1.1 Frequência de programação
Os percentuais de participação do público de programação (Tabela 14) reiteram a sua
importância no total de freqüência das bibliotecas melhores colocadas no ranking (Gráfico 18).
Monteiro e Paulo Duarte tiveram a maior parte dos seus públicos oriundos dos eventos nela
realizados: 58% e 60%, respectivamente. Esses números afirmam estas bibliotecas como
bibliotecas de eventos. Ressalta-se ainda que 6 das 10 primeiras são temáticas (Monteiro Lobato
– Especializada em literatura infantojuvenil; Paulo Duarte – Cultura Afro; Prefeito Prestes Maia
– Arquitetura e Urbanismo; Roberto Santos – Cinema; Alceu Amoroso Lima – Poesia; Belmonte
– Cultura Popular) . As bibliotecas temáticas se afirmaram nos territórios a partir de expressões
de grupos sociais locais que passaram a ocupar estes espaços ampliando as ofertas de serviços.
. Também aqui se reafirma a relação grande porte e ser temática como características que
fomentam a frequência de público na rede de bibliotecas públicas.
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Na outra ponta, as 10 bibliotecas que obtiveram as mais baixas frequências em 2014
tiveram no público oriundo da recepção as maiores frequências relativas: Vicente de Carvalho
atingiu 99% de público de recepção; Sylvia Orthof atingiu 97% do seu público oriundo da
recepção; e Paulo Sergio Milliet atingiu 90% de público de recepção (Gráfico 19). São
bibliotecas de pouca frequência e que realizam poucas ações de programação. As que realizam
mais ações de programação podem ser divididas entre aquelas que atingiram percentuais de
públicos próximos dos 20% e aquelas como, a Chácara do Castelo, a Professor Arnaldo
Magalhães Giácomo e a Clarice Lispector que registraram percentuais mais significativos de
público oriundo de programação: 47%, 39% e 36%, respectivamente, reiterando mais e mais a
importância da programação para estas bibliotecas.
Gráfico 18 - Percentuais de composição dos públicos oriundos da recepção e da programação das 10 bibliotecas que obtiveram as maiores frequências, em 2014
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Foram realizados nas 10 bibliotecas de maior frequência 2.485 totais de eventos. Enquanto
nas 10 bibliotecas de menor frequência foram realizados 678 eventos, ou seja, 3,66 vezes a
menos. Esta quantidade menor de eventos pode ter contribuído para os mais baixos resultados
em termos de quantidade de público (Tabela 15). Além de realizar bem menos eventos, o
número médio de pessoas que deles participaram também foi menor: 21,9 pessoas por evento. As
de maior investimento receberam uma média de 39,4 pessoas por evento.
Gráfico 19 - Percentuais de composição dos públicos oriundos da recepção e da programação das 10 bibliotecas que obtiveram as maiores frequências, em 2014
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Tabela 15– Frequência média mensal por evento, número absoluto (N.A) da frequência anual dos eventos, número absoluto (N.A) do total de eventos e frequência média por evento nas
bibliotecas de CSMB em 2014
Fonte: CSMB, 2015 Nota: Dados trabalhados pelo autor
Programações Culturais 2014 Frequência média mensal por evento Eventos
Nome da Biblioteca Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. Frequência Total Nº Total Frequência
média Adelpha Figueiredo 17 2 29 11 12 15 3 3 6 16 31 3 1.782 130 14 Affonso Taunay 67 42 35 21 37 22 24 51 35 43 37 33 8.301 235 35 Afonso Schmidt 15 19 29 44 14 8 6 6 4 9 17 9 1.079 87 12 Alceu Amoroso Lima 15 34 59 15 69 72 71 42 64 29 29 99 10.168 216 47 Álvares de Azevedo 0 0 43 0 9 11 9 18 38 37 21 10 3.327 168 20 Álvaro Guerra 0 11 24 25 16 17 20 15 29 25 25 9 1.639 76 22 Amadeu Amaral 11 6 18 18 17 15 22 21 18 15 19 8 1.947 119 16 Anne Frank 32 13 40 36 43 32 42 23 19 29 22 14 2.579 94 27 Aureliano Leite 3 3 13 17 13 8 20 27 16 21 14 7 1.526 91 17 Belmonte 0 62 57 67 60 42 57 55 53 54 54 32 8.236 152 54 Brito Broca 35 197 68 62 30 12 28 35 35 22 38 52 2.990 77 39 Camila Cerqueira César 0 0 34 17 11 10 14 12 17 8 13 0 1.134 74 15 Cassiano Ricardo 0 14 23 16 22 19 19 19 17 18 27 40 3.071 143 21 Castro Alves 0 0 125 44 131 0 5 31 27 8 34 12 1.513 53 29 Chácara do Castelo 1 91 95 5 43 27 0 14 21 14 9 3 1.715 74 23 Clarice Lispector 0 0 33 33 23 30 23 23 20 30 20 16 2.832 113 25 Cora Coralina 6 6 18 12 12 11 15 15 21 17 28 9 3.428 223 15 Érico Veríssimo 0 2 26 23 15 15 31 24 25 19 13 15 2.607 126 21 Gilberto Freyre 18 13 21 26 17 26 18 29 23 41 19 22 2.668 114 23 Hans Christian Andersen 22 56 61 47 58 34 28 40 38 30 29 9 5.550 135 41 Helena Silveira 9 33 22 26 41 41 22 24 27 44 26 43 2.772 99 28 Jamil Almansur Haddad 2 2 3 11 25 7 6 28 16 12 21 16 1.351 93 15 José Mauro de Vasconcelos 0 32 82 12 9 10 9 27 18 24 13 7 1.923 101 19 José Paulo Paes 3 10 14 20 18 24 12 13 9 8 27 7 1.581 108 15 Jovina Rocha Alves Pessoa 1 1 8 9 16 10 7 6 8 13 11 2 517 62 8 Lenyra Fraccaroli 1 3 27 20 21 20 21 16 16 14 16 20 3.192 174 18 Malba Tahan 12 13 16 18 19 16 56 21 26 20 20 10 2.596 122 21 Marcos Rey 85 65 89 12 30 33 50 49 28 37 35 13 5.023 146 34 Mário Schenberg 0 17 17 15 28 16 13 33 32 30 34 22 2.186 83 26 Menotti Del Picchia 1 21 39 32 24 16 28 9 17 17 22 0 1.455 77 19 Milton Santos 3 5 16 22 10 6 14 24 14 8 27 0 1.179 80 15 Monteiro Lobato 39 55 37 37 38 25 26 37 36 40 44 37 30.414 826 37 Narbal Fontes 8 59 65 22 44 20 45 34 32 64 26 32 4.003 119 34 Nuto Sant'Anna 17 62 28 42 54 7 10 13 19 7 13 7 1.648 92 18 Padre José de Anchieta 0 24 23 14 39 15 20 24 40 26 38 65 4.114 153 27 Paulo Duarte 50 118 117 21 96 66 76 76 83 84 27 17 21.562 266 81 Paulo Sérgio Duarte Milliet 0 23 29 61 23 20 0 27 13 33 16 2 998 42 24 Paulo Setúbal 3 4 11 18 19 6 9 8 6 10 6 3 1.656 200 8 Pedro da Silva Nava 5 4 17 7 5 8 8 6 7 8 12 3 1.197 156 8 Prefeito Prestes Maia 200 239 89 65 36 22 20 35 31 33 133 79 7.976 131 61 Professor Arnaldo Magalhães Giácomo 0 16 26 30 32 0 34 32 38 39 37 0 2.510 76 33 Raimundo de Menezes 11 4 19 17 17 13 7 22 23 16 30 14 1.690 100 17 Raul Bopp 4 7 24 19 20 19 21 23 35 27 26 9 2.043 95 22 Ricardo Ramos 11 24 30 22 22 12 10 24 21 22 21 7 2.500 121 21 Roberto Santos 19 14 12 14 17 16 48 20 23 13 9 14 5.604 345 16 Rubens Borba Alves de Morais 31 19 24 33 30 11 18 16 27 21 26 17 2.203 98 22 Sérgio Buarque de Holanda 7 3 9 7 34 8 4 19 12 12 5 4 936 87 11 Sylvia Orthof 4 3 3 14 4 3 5 2 2 8 2 2 228 50 5 Thales Castanho de Andrade 3 13 31 34 16 23 12 20 58 22 29 3 1.712 72 24 Vicente de Carvalho 0 0 0 0 0 2 2 2 2 2 3 2 57 29 2 Vicente Paulo Guimarães 0 0 39 38 21 11 13 23 17 20 12 7 1.822 97 19 Vinícius de Morais 0 19 49 42 62 53 22 26 27 37 33 20 8.194 245 33 Viriato Corrêa 8 11 22 25 31 13 25 31 25 26 30 38 8.787 353 25 Média 18 29 33 26 33 23 25 28 27 27 29 25 203.721 7.398 28
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“A Biblioteca está localizada em uma região em que diversos equipamentos oferecem atividades de interesse do público como o CEU Aricanduva (ao lado), o Shopping Aricanduva e o Parque Do Carmo. Ao mesmo tempo em que um complementa o outros, há também a divisão do público para as atividades oferecidas, mesmo que isso não prejudique o bom andamento da programação. Durante muito tempo a biblioteca recebia o número muito reduzido de programações e sempre durante a semana, o que atendia basicamente o público escolar. A partir do momento que as bibliotecas públicas passam a se redescobrir e assumir o seu papel na sociedade de formar leitores, contribuir para a construção de cidadãos mais críticos, e de se tornar referência em informação nas comunidades onde estão inseridas; tornou-se necessário um conjunto de ações para mostrar às pessoas que o grande boom da internet não significou o fim das bibliotecas. É notável o investimento no acervo literário desde então, a criação de espaços mais adequados e diferenciados de leitura, e a qualidade e diversidade das programações. Mesmo que ainda não tenhamos atingido o ideal, (em todos os sentidos) para as bibliotecas, é possível notar o grande avanço pelo qual estamos passando. No caso da Biblioteca Milton Santos, iniciamos um trabalho de parceria com a comunidade para a realização de ações em conjunto, bem como para a divulgação de nossas atividades; a criação de vínculo com o público, algo tão importante e necessário para que elas possam se apropriar do espaço, e o que tem trazido grandes resultados são as atividades que acontecem aos sábados, onde é possível contemplar as pessoas que não podem freqüentar a biblioteca durante a semana, mesmo que os números de público ainda não sejam tão expressivos em relação às outras bibliotecas citadas.”
Coordenadora da BP Milton Santos: Lívia Domingues da Silva
Talvez essa maior eficiência das que obtiveram os melhores resultados possa ser
explicada em razão da natureza do evento realizado. Com efeito, das 10 bibliotecas que
obtiveram os piores resultados em quantidade de público, em 5 a contação de história aparece
como o evento mais frequentado, em 4 a mediação de leitura obteve maior público e em 1 a
exposição (Gráfico 20).
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Já nas de melhores resultados, mediação de leitura foi destaque em 3 bibliotecas,
espetáculo teve maior público em 2 bibliotecas, exibição teve maior público em 2 bibliotecas,
curso exposição e encontro com escritores em 3 (Gráfico 21). Comparando os eventos mais
atrativos nos dois grupos, nota-se que os eventos mais prestigiados entre as bibliotecas de maior
presença de público foram mais diversificados do que entre as bibliotecas de primeiro grupo.
Esta diversidade ocorreu, sobretudo, nas bibliotecas temáticas. Isto porque estes eventos foram
expressão da vocação dessas bibliotecas. Assim, a Roberto Santos especializada em cinema teve
na exibição de filme o seu ponto alto; a Paulo Duarte especializada em cultura afrobrasileira
ofereceu cursos como capoeira, artesanato, dança e teatro, que atraíram mais público.
Gráfico 20 – Tipo de programação nas 10 bibliotecas (ordem decrescente) da CSMB com menores frequências em 2014
33,27
42,98
34,78
17,60
50,63
31,43
7,97
17,93
30,85
22,21
10,16
8,87
20,04
26,70
53,51
26,64
16,71
26,29
89,47
46,94
32,87
48,31
14,31
34,23
33,39
8,16
30,86
10,53
9,15
14,44 17,90
8,69
34,11
12,23
Paulo Sérgio…
Sylvia Orthof
Clarice Lispector
Nuto Sant'Anna
Castro Alves
Thales C.de Andrade
Menotti Del Picchia
Prof.Arnaldo G.…
Vicente de Carvalho
Chácara do Castelo
Contação de história Curso Encontro, escritor e debateEspetáculo Exibição ExposiçãoMediação de leitura Med. Leitura - 1a. Infância OcupaçãoOficina PIA PVOC
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Esses resultados demonstram a necessidade de desenvolver mecanismos de escuta, de
prospecção daquilo que mais pulsa em termos de interesse dos grupos sociais locais. Isto não
significa abandonar as ações mediação de leitura e contação de história que incentivam a leitura
e que ocorrem em praticamente todas as bibliotecas, naquelas de maior público e naquelas de
menor quantidade de público. O que se preconiza é a necessidade de levar maior diversificação
de programação, principalmente naquelas mais empobrecidas em termos de ofertas de
programação.
“Nesse item relativo a público de programação, acredito, que nossa biblioteca, por estar em uma área bastante periférica, sem opções de lazer, deveria receber mais programações e investimentos relativos à programação, pois com o número cada vez mais reduzido de funcionários e uma grande demanda, especialmente de escolas e instituições, não será possível atender localmente.”
Coordenadora da BP Padre José de Anchieta: Maria Elizabeth Caldellas Pedrosa
Gráfico 21- Tipo de programação nas 10 bibliotecas (ordem decrescente) da CSMB com as maiores frequências em 2014
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Chama atenção a forma de realização dos eventos. A contratação direta realizada pelo
Setor de Programas e Projetos da CSMB, responsáveis pela gestão de programação, ocorreu em
23% do total de eventos. Na maioria dos eventos, ou 77% deles realizados em 2014, houve a
participação de voluntários (sociedade civil e/ou de funcionários das bibliotecas),
principalmente, e a participação direta da Secretaria da Cultura e demais órgãos do poder público
municipal (Tabela 16).
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N.A. % N.A. % N.A. % N.A. % N.A. %Alceu Amoroso Lima 81 38 135 63 0 0,00 118 87 17 13 216 18 112.900 12,53 10.168 11,10 1.393,83 42Viriato Corrêa 228 65 125 35 0 0,00 125 100 0 0 353 29 56.090 6,23 8.787 6,38 246,01 50Cora Coralina 70 31 153 69 0 0,00 138 90 15 10 223 19 53.614 5,95 3.428 15,64 765,92 18Helena Silveira 28 28 71 72 1 1,41 70 99 0 0 99 8 47.810 5,31 2.772 17,25 1.707,50 8Hans Christian Andersen 24 18 111 82 0 0,00 94 85 17 15 135 11 46.350 5,14 5.550 8,35 1.931,25 47Monteiro Lobato 58 7 768 93 3 0,39 564 73 149 19 826 69 38.674 4,29 30.414 1,27 666,80 58Rubens Borba Alves de Mora 43 44 55 56 0 0,00 54 98 1 2 98 8 38.660 4,29 2.203 17,55 899,07 20Padre José de Anchieta 27 18 126 82 0 0,00 82 65 44 35 153 13 33.140 3,68 4.114 8,06 1.227,41 19Afonso Schmidt 15 17 72 83 0 0,00 51 71 21 29 87 7 30.250 3,36 1.079 28,04 2.016,67 9Belmonte 33 22 119 78 0 0,00 106 89 13 11 152 13 27.964 3,10 8.236 3,40 847,39 37Vicente Paulo Guimarães 18 19 79 81 0 0,00 79 100 0 0 97 8 27.650 3,07 1.822 15,18 1.536,11 19Mário Schenberg 28 34 55 66 0 0,00 52 95 3 5 83 7 27.400 3,04 2.186 12,53 978,57 11Álvares de Azevedo 41 24 127 76 0 0,00 39 31 88 69 168 14 27.063 3,00 3.327 8,13 660,06 21Amadeu Amaral 21 18 98 82 0 0,00 96 98 2 2 119 10 26.090 2,90 1.947 13,40 1.242,38 11Raimundo de Menezes 17 17 83 83 0 0,00 67 81 14 17 100 8 25.380 2,82 1.690 15,02 1.492,94 10Brito Broca 21 27 56 73 0 0,00 56 100 0 0 77 6 25.250 2,80 2.990 8,44 1.202,38 19Marcos Rey 22 15 124 85 0 0,00 67 54 57 46 146 12 22.100 2,45 5.023 4,40 1.004,55 33Adelpha Figueiredo 58 45 72 55 0 0,00 57 79 15 21 130 11 19.604 2,18 1.782 11,00 338,00 15Roberto Santos 215 62 130 38 0 0,00 130 100 0 0 345 29 16.894 1,87 5.604 3,01 78,58 23Lenyra Fraccaroli 23 13 151 87 0 0,00 136 90 15 10 174 15 15.340 1,70 3.192 4,81 666,96 20Prefeito Prestes Maia 5 4 126 96 0 0,00 125 99 1 1 131 11 15.000 1,66 7.976 1,88 3.000,00 29Sérgio Buarque de Holanda 21 24 66 76 0 0,00 66 100 0 0 87 7 10.000 1,11 936 10,68 476,19 5Érico Veríssimo 23 18 103 82 0 0,00 103 100 0 0 126 11 9.160 1,02 2.607 3,51 398,26 21Álvaro Guerra 18 24 58 76 0 0,00 58 100 0 0 76 6 8.411 0,93 1.639 5,13 467,27 14Malba Tahan 22 18 100 82 0 0,00 100 100 0 0 122 10 8.310 0,92 2.596 3,20 377,73 16Paulo Setúbal 71 36 129 65 0 0,00 129 100 0 0 200 17 7.800 0,87 1.656 4,71 109,86 9Castro Alves 8 15 45 85 1 2,22 44 98 0 0 53 4 7.650 0,85 1.513 5,06 956,25 20Raul Bopp 7 7 88 93 0 0,00 88 100 0 0 95 8 7.550 0,84 2.043 3,70 1.078,57 19Menotti Del Picchia 35 45 42 55 0 0,00 42 100 0 0 77 6 7.451 0,83 1.455 5,12 212,88 20Camila Cerqueira César 17 23 57 77 0 0,00 57 100 0 0 74 6 7.430 0,82 1.134 6,55 437,06 11Nuto Sant'Anna 13 14 79 86 0 0,00 39 49 35 44 92 8 7.090 0,79 1.648 4,30 545,38 20Prof.Arnaldo M.Giácomo 10 13 66 87 0 0,00 66 100 0 0 76 6 6.660 0,74 2.510 2,65 666,00 39Affonso Taunay 43 18 192 82 0 0,00 175 91 17 9 235 20 6.600 0,73 8.301 0,80 153,49 36Anne Frank 23 24 71 76 0 0,00 71 100 0 0 94 8 6.500 0,72 2.579 2,52 282,61 19Milton Santos 19 24 61 76 0 0,00 61 100 0 0 80 7 6.250 0,69 1.179 5,30 328,95 7Gilberto Freyre 14 12 100 88 0 0,00 97 97 3 3 114 10 6.040 0,67 2.668 2,26 431,43 16Cassiano Ricardo 43 30 100 70 0 0,00 80 80 20 20 143 12 5.910 0,66 3.071 1,92 137,44 20Paulo Duarte 14 5 252 95 0 0,00 229 91 22 9 266 22 5.850 0,65 21.562 0,27 417,86 60José Mauro de Vasconcelos 14 14 87 86 0 0,00 87 100 0 0 101 8 5.200 0,58 1.923 2,70 371,43 11Ricardo Ramos 6 5 115 95 0 0,00 114 99 1 1 121 10 4.580 0,51 2.500 1,83 763,33 16Clarice Lispector 11 10 102 90 0 0,00 102 100 0 0 113 9 4.490 0,50 2.832 1,59 408,18 36Jovina Rocha Alves Pessoa 9 15 53 85 0 0,00 53 100 0 0 62 5 4.250 0,47 517 8,22 472,22 2Pedro da Silva Nava 42 27 114 73 0 0,00 102 89 12 11 156 13 3.840 0,43 1.197 3,21 91,43 9Narbal Fontes 12 10 107 90 0 0,00 55 51 52 49 119 10 3.400 0,38 4.003 0,85 283,33 27Thales Castanho de Andrade 9 13 63 88 0 0,00 63 100 0 0 72 6 3.300 0,37 1.712 1,93 366,67 24Vinícius de Morais 9 4 236 96 0 0,00 235 100 1 0 245 20 3.260 0,36 8.194 0,40 362,22 49Paulo Sérgio Duarte Milliet 10 24 32 76 0 0,00 31 97 1 3 42 4 3.190 0,35 998 3,20 319,00 10Aureliano Leite 8 9 83 91 0 0,00 83 100 0 0 91 8 2.890 0,32 1.526 1,89 361,25 11Chácara do Castelo 3 4 71 96 0 0,00 71 100 0 0 74 6 2.100 0,23 1.715 1,22 700,00 47Sylvia Orthof 2 4 48 96 0 0,00 48 100 0 0 50 4 1.500 0,17 228 6,58 750,00 3Jamil Almansur Haddad 4 4 89 96 0 0,00 88 99 1 1 93 8 1.150 0,13 1.351 0,85 287,50 12Vicente de Carvalho 0 0 29 100 0 0,00 29 100 0 0 29 2 0 0,00 57 0,00 0,00 1TOTAL 1.668 23 5.622 77 5 0,09 4.972 88 637 11 7.290 608 901.035 100,00 202.140 4,46 540,19 24
TotalCSMB Total de
eventos
Media mensal
de eventos
2014
% de público
de eventos
na frequencia
total
Custo total (R$) - Fonte CSMB
Bibliotecas
Outras FontesCusto por
Progra- mação
contratada por CSMB
(R$)
Valor absoluto
(R$)
% em relação
ao custo total
Numero de eventos por forma de contratação (CSMB e outras)
Total frequencia de público
nos eventos
2014
custo percapita (R$) CSMB
e outras fontes
Parceria ONG
voluntá- rios da
sociedade civil e funcio-
Secretaria de cultura e
outras secretarias
da PMSP
Fonte: CSMB, 2015 Notas: Os valores da tabela 16 foram repassados pelo Setor de Programas e Projetos de CSMB
Tabela 16– Número (N.A. e %) de eventos por forma de contratação, custo total dos eventos, custo per capita, custo por programação e % de público nos eventos por biblioteca, em 2014
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O número de eventos realizados em 2014 por meio de formas alheias à CSMB pode estar
apontando a existência de articulações das bibliotecas nos territórios, formando uma teia de
relações locais com segmentos sociais organizados da área de cultura, da área de educação (por
meio de palestras, oficinas, cursos), representantes do poder local (por meio das subprefeituras e
secretarias municipais) as redes sociais locais formadas por igrejas, movimentos sociais, líderes
comunitários, comerciantes etc.
As bibliotecas Álvares de Azevedo, Narbal Fontes, Marcos Rey e Nuto Sant’Anna
receberam investimentos da Secretaria da Cultura (via projetos por ela desenvolvidos, como PIA
e PVOC). Dos eventos efetivados em 2014, esses projetos atraíram partes significativas do
público de programação dessas bibliotecas: 69%, 49% 46% e 44%, respectivamente. Percentuais
elevados que podem estar indicando relações territoriais menos intensas e que prioriza as
parcerias intersetoriais (CSMB e DEC).
Quanto maior for o investimento em eventos de programação, que aumenta o leque de
serviços de cultura para o munícipe, maior será o retorno em termos de quantidade de público
utilizando as dependências de cada biblioteca. Está afirmação é verificada nos desempenhos
somados das 10 bibliotecas que receberam os maiores públicos comparadas às 10 bibliotecas que
receberam os menores públicos. As primeiras receberam 7,12 vezes mais investimentos do que
as 10 últimas colocadas (Gráfico 22). Esses recursos trouxeram 6,79 vezes mais público e
receberam na frequência total 3,9 vezes mais público.
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Gráfico 22 - Diferenças (em número de vezes) de recursos e desempenhos entre as 10
bibliotecas de maiores públicos e as 10 bibliotecas de menores públicos
É importante sublinhar que a Alceu Amoroso Lima foi a grande beneficiária da rede em
termos de verba (Tabela 16). Teve à disposição R$ 112.000,00, o dobro da quantia recebida pela
segunda colocada e, no entanto, foi a 3ª. colocada em termos de quantidade de público de
programação.
“A programação da Biblioteca Alceu Amoroso Lima prioriza a Poesia e seus movimentos. No entanto observamos que o público, de maneira geral, entende a Poesia como manifestação de elite, talvez não consigam compreender totalmente os sentimentos e emoções expressadas em certas obras. Em nossa análise, o público que comparece aos eventos da Biblioteca já possui bagagem sobre o tema. Estamos intensificando a divulgação da programação, para atingir um maior número de pessoas e mostrar que a Poesia está presente no cotidiano de todos nós. Entendemos que é importantíssimo disseminar a Poesia, bem como suas interações com a música, teatro e demais manifestações artísticas.”
Coordenadora da BP Alceu Amoroso Lima: Maria Angélica Martins Costa
Vista isoladamente, essa tendência não se confirma: as bibliotecas, que estavam entre as 10
com maiores públicos, Paulo Duarte e Affonso Taunay, ambas de grande porte, tiveram, no
mesmo período, baixo investimento (38ª – R$ 5.850,00; 33ª - R$ 6.600,00) e, no entanto, foram a
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2º colocada e a 5ª, respectivamente, na rede em termo de quantidade de público de programação.
(ANEXO A).
“A programação da BM Affonso Taunay tem grande receptividade junto à comunidade devido ao perfil de público que a utiliza e a sua localização (Centro Educacional da Mooca), com seus inúmeros equipamentos, carentes de atividades diversificadas e de qualidade.”
Coordenadora: Maria Cristina Gaspari
Da mesma forma, a biblioteca Helena Silveira figurou na 4ª posição em investimentos
(R$ 47.810), mas em termos de quantidade de público de programação ficou em 20ª (ANEXO
A).
Essas distorções em relação à lei geral de que quanto mais investimentos mais públicos,
também se verificaram entre as 10 bibliotecas que obtiveram os menores resultados de
quantidade de públicos. A Biblioteca Clarice Lispector obteve, em 2014, a 41ª posição em
investimentos (R$ 4.490,00) e mesmo assim, atingiu a 19 ª posição em quantidade de público de
programação.
“A programação da biblioteca em 2014 foi quase que exclusivamente para o público infantil, com contação de histórias e oficinas para as crianças. As escolas do entorno nos solicitam essa programação, prestigiam as apresentações e neste momento apresentamos a biblioteca para um número maior de crianças. Esta programação atende às demandas imediatas, mas neste ano de 2015 estamos com eventos diversificados.”
Coordenadora da BP Clarice Lispector: Márcia de Oliveira Lopes
Ao contrário da Biblioteca Clarice Lispector, a Castro Alves obteve a 27ª posição em
investimentos (R$ 7.650), mas atingiu a 41ª posição em quantidade de público de programação,
ou seja, baixo investimento e baixo público.
Essas distorções ainda podem ser explicadas em função da destinação dos recursos em
tipos de programação muito distintos. Como dito anteriormente, o tipo de programação e a sua
finalidade implica em mais ou menos infraestrutura e mais ou menos insumos. E, em geral, as
bibliotecas de grande porte têm condições objetivas para a realização de eventos como
exposição, exibição, show e teatro. As menores, de médio e pequeno portes, podem estar mais
ajustadas para a recepção de um público mais dirigido. Ainda assim, os resultados obtidos
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mostram pouca influência do tamanho da biblioteca quando bibliotecas de menor porte
receberam mais recursos que as de maior porte, quando bibliotecas de maior porte receberam
menos públicos que as de menor e assim por diante. É um quadro com muitas cores. Não se
consegue estabelecer tendências. Mas, por outro lado, os mesmos valores gastos nesta
diversidade de eventos podem ser comparáveis em termos de critérios de escolha, ou seja, se
uma exposição não tem paralelo com uma contação de história , a pergunta é porque o mesmo
valor foi gasto em eventos tão distintos e que trouxeram resultados tão distintos em termos de
quantidade de público? Quais as referências técnicas, quais os critérios que definiram a escolha
do tipo de evento? A seguir, como contribuição para as respostas, dividiu-se as bibliotecas em
blocos decrescentes de valores gastos para efeito de comparação dos resultados obtidos entre
aquelas de valores semelhantes.
Por exemplo, a Monteiro Lobato teve, em 2014, quase a mesma quantidade de recurso
financeiro que a Rubens Borba Aves de Morais e, no entanto, o desempenho em termos de
público da Monteiro Lobato foi superior ao desempenho da Rubens (Tabela 17). O que explica
essa diferença? O total de público dos eventos realizados pela Monteiro Lobato foi de 30.414,
contra 2.203 da Rubens Borba. Destes totais, 3.071 pessoas participaram de eventos da Monteiro
contratados pela CSMB; 576 pessoas participaram de eventos da Rubens B. A de Morais
contratados pela CSMB (Tabela 17). Em ambas, o valor gasto foi em torno de R$ 38.000,00.
Com o mesmo valor a Monteiro Lobato realizou mais atividades, 86 contra 21 atividades
realizadas pela Rubens Borba. Outra observação importante diz respeito à natureza dos eventos.
A Monteiro Lobato realizou mais eventos voltados para o público em geral, 17 – principalmente
Exibições de Cinema, com 63 projeções; e Teatro com 12 apresentações -, enquanto a Rubens
Borba realizou mais eventos dirigidos a públicos específicos, 16 – palestras, cursos, contação de
história e oficinas.
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Tabela 17- Distribuição dos tipos de eventos contratados nas bibliotecas Monteiro Lobato e Rubens Borba, por número de eventos e total de público – 2.014
Fonte: CSMB, 2015 Nota: Dados trabalhados pelo autor
“Não tem como comparar, com relação a quantidade de público X valor financeiro, que se usou nas duas
Unidades (BP Monteiro Lobato e BP Rubens Borba A. de Morais), por vários motivos, a seguir: a Biblioteca
Monteiro Lobato é uma Biblioteca grande, onde tem auditório, que comporta muito mais pessoas, e a BP Rubens
tem apenas uma sala que comporta 60 pessoas, mas pela grande demanda, acabo aceitando 80 a 90 pessoas, as
vezes; a Biblioteca Monteiro Lobato é uma Biblioteca centralizada, que tem nome, história, por ser a primeira
Biblioteca Infanto juveni,. Como se diz no relatório de Gestão, é a " Biblioteca da Cidade"" é a atração que
quem vai ou estuda/trabalha no centro”; a programação da BP Rubens Borba não é planejada para grande
quantidade de pessoas, devido ao espaço, e quem frequenta são as pessoas da região, enquanto que na BP
Monteiro Lobato, devido ao auditório, a programação ja é planejada para tal, tipo shows.
Informo que a demanda para eventos como contação de histórias, teatro adulto infantil, musical e
´grande, devido a Biblioteca ser o único equipamento de cultura da região e estamos sempre com grande
público, conforme nosso espaço e estamos tentando fazer o melhor para que a comunidade participe das
programações da Biblioteca Rubens Borba Alves de Morais e caso tivesse um auditório a demanda e a
participação seria muito maior.”
Coordenadora da BP Rubens Alves de Morais: Márcia de Oliveira Lopes
Em torno de R$ 27.000,00 foram gastos em eventos contratados por CSMB em cada uma
das quatro bibliotecas: Belmonte, Vicente Paulo Guimarães, Mário Schenberg e Álvares de
Azevedo. Em todas, o grande destaque foi o Teatro, principalmente, os realizados na Belmonte
que atingiram praticamente o dobro do público conquistado pela Mário Schenberg e Álvares de
Azevedo (Tabela 18).
Rubens Borba Monteiro Lobato
Número de eventos Público dos eventos Número de eventos Público dos eventos
CINEMA 0 0 63 1.711
CONTAÇÃO DE HISTÓRIA 4 88 2 22
CURSO 0 0 1 60
DEBATE 1 26 0 0
OFICINA 2 28 1 48
PALESTRA 9 182 0 0
PALESTRA CICLO 0 0 4 180
SARAU 7 252 0 0
SHOW 0 0 3 210
TEATRO 0 0 12 840
TOTAL 23 576 86 3.071
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63
Tabela 18- Distribuição dos tipos de eventos contratados nas bibliotecas Belmonte, Vicente Paulo Guimarães, Mário Schenberg e Álvares de Azevedo, por número de eventos e total de
público – 2014
Belmonte Vicente Paulo Guimarães Mário Schenberg Álvares de Azevedo
Número de
eventos
Público dos eventos
Número de
eventos
Público dos
eventos
Número de
eventos
Público dos eventos
Número de
eventos
Público dos
eventos
CINEMA 5 129 26 146
CONTAÇÃO DE HISTÓRIA 2 160 6 210 1 50 2 80
OFICINA 2 52 3 114
SARAU 3 69
TEATRO 12 780 1 60 12 456 12 384
TOTAL 21 1.121 10 339 16 620 40 610
Fonte: CSMB, 2015 Nota: Dados trabalhados pelo autor
As bibliotecas Raimundo de Menezes e Brito Broca gastaram, em 2014, aproximadamente
R$ 25.000,00 da verba CSMB. Ambas tiveram praticamente os mesmos tipos de eventos: para o
público em geral e para o público específico (Tabela 19). As diferenças ficaram por conta do
total de público atraído: as contações de história da Brito Broca foram em maior número - sete -,
contra apenas duas realizadas pela Raimundo de Menezes. Além disso, a média de público da
Brito Broca foi superior à média de público alcançada pela Raimundo de Menezes: 95 pessoas e
48 pessoas, respectivamente. A diferença continua no Sarau. A mesma quantidade de eventos
não produziu quantidade de público semelhante: os oito Saraus realizados pela Brito Broca
atraíram três vezes mais público do que os mesmos oito Saraus realizados pela Raimundo de
Menezes.
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Tabela 19- Distribuição dos tipos de eventos contratados nas bibliotecas Raimundo de Menezes e Brito Broca, por número de eventos e total de público – 2.014
Raimundo de Menezes Brito Broca
Número de eventos Público dos eventos Número de eventos Público dos eventos
CONTAÇÃO DE HISTÓRIA 2 96 7 665
CURSO FANZINE 1 47 0 0
SARAU 8 232 8 792
TOTAL 11 375 15 1.457 Fonte: CSMB, 2015
Nota: Dados trabalhados pelo autor
As Bibliotecas Lenyra Fraccaroli e Prefeito Prestes Maia gastaram, em 2014, cerca de R$
15.000 cada da verba de CSMB. O dinheiro foi gasto, principalmente, para a realização de
contação de história na Lenyra Fraccaroli, e a realização de três Saraus na Prefeito Prestes Maia
(Tabela 20). Os públicos atingidos pelos eventos foram tímidos: 448 na primeira, e 291 na
segunda. Proporcionalmente, a Lenyra Fraccaroli atraiu para cada atividade realizada 17 pessoas,
enquanto a Prestes Maia atraiu mais do que o triplo, 58 pessoas. Esse desempenho se deveu
principalmente aos três Saraus ali realizados, ratificando o já visto como tendência geral de que
quando o evento não é dirigido a um público específico, ele consegue atrair maiores quantidades
de público. Sublinha-se que os tipos de eventos levados pela Lenyra Fraccaroli não conseguem,
pelas suas naturezas, atrair grandes públicos. Em geral, são eventos dirigidos a públicos mais
específicos.
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Tabela 20- Distribuição dos tipos de eventos contratados nas bibliotecas Lenyra Fraccaroli e Prefeito Prestes Maia, por número de eventos e total de público – 2014
Fonte: CSMB, 2015 Nota: Dados trabalhados pelo autor
Para o grupo de bibliotecas que gastou em torno de R$ 8.000,00, a Malba Tahan e a Álvaro
Guerra gastaram esse recurso em 18 eventos de três tipos diferentes, cada uma delas (Tabela
21). A Paulo Setúbal realizou dois eventos de dois tipos diferentes. A Castro Alves e a Raul
Bopp gastaram em seis eventos, cada uma delas, de somente um tipo, contação de história. Aliás,
a contação de história tornou-se uma clara opção de oferta desse tipo de evento aos públicos
específicos dos respectivos territórios. Com efeito, esteve presente em todas as bibliotecas, ainda
que com diferentes intensidades em termos de número de público: a Castro Alves realizou seis
contações que atraíram 462 pessoas; no outro extremo, a Paulo Setúbal realizou cinco contações
que atraíram 117 pessoas. Sublinha-se ainda que esta biblioteca realizou duas oficinas que
contaram com a participação de 294 pessoas. Somando as duas atividades, a Paulo Setúbal atraiu
411 pessoas.
Outra observação foi que os eventos realizados na Malba Tahan coincidiram com os
eventos realizados na Álvaro Guerra, tanto em termos de tipo como quantidade. No entanto, o
púbico atraído pelos eventos da Álvaro Guerra foi inferior ao da Malba Tahan, com exceção do
evento Oficina onde a Álvaro Guerra superou o público levado pela Malba Tahan: 39 contra 10.
Lenyra Fraccaroli Pref. Prestes Maia
Número de eventos Público dos eventos Número de eventos Público dos eventos
CONTAÇÃO DE HISTÓRIA 15 345 1 41
CURSO FANZINE 1 45 0 0
OFICINA 2 18 0 0
PALESTRA 9 40 1 22
SARAU 0 0 3 228
TOTAL 27 448 5 291
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Tabela 21- Distribuição dos tipos de eventos contratados nas bibliotecas Álvaro Guerra, Malba Tahan, Paulo Setúbal, Castro Alves e Raul Bopp, por número de eventos e total de público – 2.014
Álvaro Guerra Malba Tahan Paulo Setúbal Castro Alves Raul Bopp
Número de eventos
Público dos
eventos
Número de
eventos
Público dos eventos
Número de
eventos
Público dos
eventos
Número de
eventos
Público dos
eventos
Número de
eventos
Público dos eventos
CONTAÇÃO DE HISTÓRIA 8 184 8 344 5 117 6 462 6 210
OFICINA 1 39 1 10 2 294
PALESTRA 9 189 9 351
TOTAL 18 412 18 705 7 411 6 462 6 210 Fonte: CSMB, 2015
Nota: Dados trabalhados pelo autor “A Biblioteca Pública Álvaro Guerra realiza as Contações de Histórias aos sábados. Essa atividade é dirigida ao público espontâneo, de modo que se a Biblioteca Malba Tahan, objeto de comparação deste estudo realizou Contações de Histórias durante a semana e dirigida ao público escolar agendado, a diferença na quantidade de público pode ter ocorrido por conta disso. “O mesmo vale para as palestras realizadas.”
Coordenadora da BP Álvaro guerra: Jamile Salibe Ribeiro de Faria Mussupapo “...Estamos também investindo na programação para atrair o público e no ano passado recebemos apoio da área de Programas e Projetos nesse sentido. Este investimento foi muito importante para estabelecer e resgatar laços com o público potencial desta unidade. Estabelecemos o serviço de mediação de leitura para crianças semanal com horário fixo, embora também ocorra esporadicamente conforme chegada de público, temos o Conversas Literárias mensal , Tecendo Leituras bordados e afins com mediação de leitura duas vezes por semana e Férias na Biblioteca que vem sendo um sucesso com participação maciça da comunidade, aulas de Karatê ao sábados. Nas contações de histórias e Pic Nic Literário que realizamos nas férias de julho de 2015 estiveram presentes cerca de 60 pessoas entre adultos e crianças que vieram espontaneamente. Sendo pequena nossa equipe temos um modesto trabalho com as escolas da região e o CAP’s. Temos recebido acervo de excelente qualidade e que atende os desejos de nosso público. É comum colocar os livros novos em exposição e eles serem emprestados na hora. Sabemos que nossos usuários querem jornais, revistas e livros novos que tem nas livrarias. O acervo recebido garante público cativo que tem elogiado muito a diversidade de gêneros e a freqüência com que temos recebido novos títulos. Nosso trabalho tem gerado bons resultados a comunidade tem elogiado as mudanças no ambiente, no atendimento, na programação, na disponibilização / qualidade do acervo e no acolhimento. A propaganda boca a boca tem trazido de volta muitos usuários que haviam migrado para outras bibliotecas como nos é relatado...”
Coordenadora da BP Castro Alves: Maria Betânia Ferreira
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Em torno de R$ 7.000,00 foram gastos em eventos contratados por CSMB em 5 bibliotecas
cada: Menotti Del Picchia, Camila Cerqueira César, Nuto Sant'Anna, Prof.Arnaldo M. Giácomo,
Affonso Taunay e Anne Frank (Tabela 22).
Em termos de quantidade de público, as bibliotecas Anne Frank e Affonso Taunay
obtiveram as maiores quantidades de público: 806 e 623 pessoas. Estas pessoas participaram,
principalmente, do evento contação de história que atraiu 644 e 602 pessoas. Esses resultados
representaram em torno de 5 vezes a mais o público conquistado pela contação de história
realizada pela Menotti Del Picchia que foi de 114 pessoas.
A comparação pode ser relativizada uma vez que as duas primeiras são bibliotecas de
grande porte, portanto, comportam maiores público do que a Menotti Del Picchia de médio
porte. Porém, ao compará-la com as bibliotecas do mesmo porte, observa-se uma diferença de
desempenho. Enquanto a Menotti Del Picchia registrou uma média de 19 pessoas por contação
de história, as bibliotecas Camila Cerqueira César, Nuto Sant'Anna e Prof.Arnaldo M.Giácomo
registraram, respectivamente, 29,41 e 50 pessoas por contação de história.
Ressalta-se a atração de público da Menotti Del Picchia comparadas às demais que
realizaram oficinas porque conseguiu 286 pessoas contra 21 pessoas registradas pela Affonso
Taunay, 20 pessoas registradas e 8 pessoas atraídas pela Nuto Sant’Anna.
Ainda que trouxesse uma média de público baixa por exibição (8,6 pessoas) - a Biblioteca
Roberto Santos que é referência da rede na área de cinema atingiu, em 2014, uma média de 16
pessoas por exibição -, a Menotti foi a única a realizar esse tipo de evento que conseguiu atrair o
seu maior público em 2014: 129 pessoas.
Tabela 22- Distribuição dos tipos de eventos contratados nas bibliotecas Menotti Del Picchia, Camila Cerqueira Cesar, Nuto Sant’Anna, Professor Arnaldo M. Giácomo, Affonso Taunay e
Anne Frank, por número de eventos e total de público – 2014
Menotti Del Picchia Camila Cerqueira César Nuto Sant'Anna Prof.Arnaldo
M.Giácomo Affonso Taunay Anne Frank
Número de
eventos
Público dos
eventos
Número de
eventos
Público dos
eventos
Número de
eventos
Público dos
eventos
Número de
eventos
Público dos
eventos
Número de
eventos
Público dos
eventos
Número de
eventos
Público dos
eventos
CINEMA 15 129
CONTAÇÃO DE HISTÓRIA 6 114 15 435 4 164 7 350 7 602 7 644
OFICINA 3 286 1 20 1 8 2 21
PALESTRA 9 162
TOTAL 24 529 16 455 5 172 7 350 9 623 16 806 Fonte: CSMB, 2015
Nota: Dados trabalhados pelo autor
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“Acredito que antes de ser levado em consideração o porte da Unidade, devemos levar em conta sua localização... Já em relação as exibições de filmes, procuramos atender o público que freqüenta a biblioteca, ou seja, crianças, tanto que se pesquisado mais a fundo é possível perceber que o maior número de público são em filmes infantis.”
Coordenadora da BP Menotti Del Picchia : Thaís da Silva Farias “Entre as atividades apresentadas a contação de história é a que desperta maior interesse do público infantil e das escolas, uma vez que o contato com os livros e seu conteúdo lúdico e os profissionais que as apresentam, proporcionam momento de muito prazer e descontração.”
Coordenadora da BP Affonso Taunay: Maria Cristina Gaspari
Em outro grupo de bibliotecas, aproximadamente R$ 6.000,00 foram gastos em eventos
contratados por CSMB: Milton Santos, Gilberto Freyre, Cassiano Ricardo, Paulo Duarte e José
Mauro de Vasconcelos (Tabela 23).
Em termos de quantidade de público, as bibliotecas Paulo Duarte e Milton Santos
obtiveram os melhores resultados. Em termos de média de público, a Paulo Duarte apresentou
melhor desempenho porque conseguiu atrair mais público com menos eventos. Aqui é possível
estabelecer uma relação entre tamanho e quantidade de público visto que a Paulo Duarte de
grande porte teve as condições objetivas (infraestrutura, principalmente) mais favoráveis à
recepção de um público maior.
A contação de história esteve presente em quase todas as bibliotecas, exceção feita a
Cassiano Ricardo (destaque para a realização de um espetáculo que está associado ao fato de ser
uma biblioteca temática), reiterando esse evento como o de maior presença na rede.
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Tabela 23 - Distribuição dos tipos de eventos contratados nas bibliotecas Milton Santos, Gilberto Freyre, Cassiano Ricardo, Paulo Duarte e José Mauro de Vasconcelos, por número de
eventos e total de público – 2014 Milton Santos Gilberto Freyre Cassiano Ricardo Paulo Duarte José Mauro de
Vasconcelos
Número de
eventos
Público dos
eventos
Número de
eventos
Público dos
eventos
Número de
eventos
Público dos
eventos
Número de
eventos
Público dos
eventos
Número de
eventos
Público dos
eventos
CONTAÇÃO DE HISTÓRIA 7 413 2 30 5 490 2 78
ESPETÁCULO 1 56
OFICINA 4 56 1 40
PALESTRA 9 135 9 108 9 108
SARAU 1 76
TOTAL 16 548 6 86 11 204 6 566 11 186 Fonte: CSMB, 2015
Nota: Dados trabalhados pelo autor “Mesmo que ainda não tenhamos atingido o ideal, (em todos os sentidos) para as bibliotecas, é possível notar o grande avanço pelo qual estamos passando. No caso da Biblioteca Milton Santos, iniciamos um trabalho de parceria com a comunidade para a realização de ações em conjunto, bem como para a divulgação de nossas atividades; a criação de vínculo com o público, algo tão importante e necessário para que elas possam se apropriar do espaço, e o que tem trazido grandes resultados são as atividades que acontecem aos sábados, onde é possível contemplar as pessoas que não podem freqüentar a biblioteca durante a semana, mesmo que os números de público ainda não sejam tão expressivos em relação às outras bibliotecas citadas.”
Coordenadora da BP Milton Santos: Lívia Domingues da Silva
As bibliotecas que receberam em torno de R$ 3.000,00 gastaram em eventos contratados
por CSMB: Ricardo Ramos, Clarice Lispector e Jovina Rocha A. Pessoa (Tabela 24). São
bibliotecas de médio porte que realizaram diferentes quantidades de contação de história e que
atraíram diferentes quantidades de público: a Ricardo Ramos realizou uma contação com 56
pessoas; a Clarice realizou oito contações que registraram a participação de 608 pessoas (76
pessoas por contação); e a Jovina Rocha A. Pessoa que com o mesmo número de contações - oito
- registrou a presença de 288 pessoas (36 pessoas por contação).
Outra observação foi o desempenho da Biblioteca Clarice Lispector em relação às oficinas
realizadas: a média de público por oficina foi de 30 pessoas contra três da Ricardo Ramos.
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Tabela 24- Distribuição dos tipos de eventos contratados nas bibliotecas Ricardo Ramos, Clarice Lispector e Jovina Rocha A. Pessoa, por número de eventos e total de público – 2014
Ricardo Ramos
Clarice Lispector Jovina Rocha A. Pessoa
Número de eventos
Público dos eventos
Número de eventos
Público dos eventos
Número de eventos
Público dos eventos
CONTAÇÃO DE HISTÓRIA 1 56 8 608 8 288
OFICINA 3 9 2 60
TOTAL 4 65 10 668 8 288 Fonte: CSMB, 2015
Nota: Dados trabalhados pelo autor
Em torno de R$ 2.000,00 foram gastos em eventos contratados por CSMB nas bibliotecas:
Pedro Nava, Narbal Fontes, Thales C. de Andrade, Vinicius de Morais, Paulo S. D. Milliet e
Aureliano Leite (Tabela 25).
Neste grupo estão presentes bibliotecas de médio e de pequeno porte. Foi a Aureliano, de
pequeno porte, que obteve o melhor desempenho em quantidade de público, 474 pessoas, sendo
426 que participaram nas seis contações de história e 48 em duas oficinas.
A exibição de cinema foi realizada apenas na Biblioteca Pedro Nava, atraindo 197 pessoas
em 82 sessões. Ainda que a escolha do tipo de evento possa ter sido criteriosa, no sentido de
realizar eventos que despertam o interesse das pessoas que residem no território e que reitera o
tipo de evento como grande catalisador de público, a média de público por sessão foi pífio - 2,4
pessoas.
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Tabela 25- Distribuição dos tipos de eventos contratados nas bibliotecas Pedro Nava, Narbal Fontes, Thales C. de Andrade, Vinícius de Morais, Paulo S. D. Milliet e Aureliano Leite, por
número de eventos e total de público – 2014
Pedro Nava Narbal Fontes Thales C. de Andrade Vinicius de Morais Paulo S. D. Milliet Aureliano Leite
Número de
eventos
Público dos
eventos
Número de
eventos
Público dos
eventos
Número de
eventos
Público dos
eventos
Número de
eventos
Público dos
eventos
Número de
eventos
Público dos
eventos
Número de
eventos
Público dos
eventos
CINEMA 82 197
CONTAÇÃO DE HISTÓRIA 1 34 6 228 5 175 6 252 6 426
OFICINA 1 11 1 49 1 9 2 38 2 48
PALESTRA 9 225
TOTAL 83 208 11 308 6 228 6 184 8 290 8 474 Fonte: CSMB, 2015
Nota: Dados trabalhados pelo autor “A Biblioteca Paulo Sérgio Duarte Milliet no ano de 2014 recebeu 8 eventos contratados pela CSMB, entre Contações de Histórias e Oficinas, que somou um bom público pela capacidade de nosso espaço físico e de conforto aos visitantes, e as Oficinas, voltadas principalmente ao público de Primeira Infância, também obtiveram não somente um bom público, juntamente com as Mediações de Leitura realizadas em 2014, mas também fortaleceram as parcerias com as escolas do entorno, em particular com as escolas de educação infantil, que a nosso ver, é o principal objetivo da realização destes eventos, o fortalecimento das relações com a comunidade do entorno.”
Coordenador da BP Paulo Sérgio Duarte Milliet: João Gilberto Cândido Monteiro dos Santos
No último grupo estão presentes as bibliotecas Sylvia Orthof e Jamil A. Haddad que
receberam em torno de R$ 1.000,00, ou seja, um dos menores orçamentos de CSMB. Mesmo
com poucos eventos (três) patrocinados por CSMB, a biblioteca Sylvia Orthof obteve melhor
desempenho atingindo 147 pessoas enquanto que nos eventos patrocinados por outras fontes (47)
atingiu um público de 81 pessoas, ou seja, obteve uma média de público por evento de 1,7
pessoas (Tabela 26).
Ao contrario, a Jamil A. Haddad que com os mesmos poucos recursos realizou o mesmo
número de contações de história (três), mas atingiu um público maior, 177 pessoas. Além disso,
promoveu 90 eventos com outras fontes de efetivação (tabela custos) que atraíram uma média de
14,5 pessoas por eventos. Essa diferença pode estar indicando uma maior articulação territorial
da Jamil.
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Tabela 26- Distribuição dos tipos de eventos contratados nas bibliotecas Sylvia Orthof e Jamil A. Haddad, por número de eventos e total de público – 2014
Sylvia Orthof Jamil A. Haddad
Número de eventos Público dos eventos Número de eventos Público dos eventos
CONTAÇÃO DE HISTÓRIA 3 147 3 177
TOTAL 3 147 3 177 Fonte: CSMB, 2015
Nota: Dados trabalhados pelo autor
Por último, a Biblioteca Vicente de Carvalho não recebeu verba de programação. Os 29
eventos realizados nesta biblioteca foram efetivados por outras fontes, reunindo 57 pessoas e
resultando numa média de 1,96 pessoas por evento. Além da baixa quantidade de público nesses
eventos, registra-se que esta biblioteca foi a penúltima colocada da rede em termos de frequência
geral de público.
4.2 Perfil Sociodemográfico
4.2.1 Sexo
Se existe um equilíbrio entre o público feminino e masculino frequentador da rede da
CSMB, 51% e 49%, respectivamente, no plano particular (Tabela 27) algumas bibliotecas se
distanciam acentuadamente dele. Em 2014, as bibliotecas Affonso Taunay, Helena Silveira,
Adelpha Figueiredo, Monteiro Lobato e Nuto Sant’Anna receberam 75%, 60%, 58%, 58% e
57%, respectivamente, de público masculino.
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73
Tabela 27- Distribuição dos usuários de recepção segundo o percentual (%) de predomínio por sexo feminino (F) ou masculino (M)
Bibliotecas Sexo
Bibliotecas Sexo
Bibliotecas Sexo F M F M F M
Clarice Lispector 62 38 Affonso Taunay 25 75 Aureliano Leite 50 50 Marcos Rey 61 39 Helena Silveira 40 60 Jamil Almansur Haddad 50 50 Padre José de Anchieta 60 40 Monteiro Lobato 42 58 Rubens B. A. de Morais 50 50 Sérgio B. de Holanda 59 41 Adelpha Figueiredo 42 58 Anne Frank 50 50 Camila Cerqueira César 58 42 Nuto Sant'Anna 43 57 Paulo Sérgio D. Milliet 50 50 Belmonte 58 42 Castro Alves 46 54 Gilberto Freyre 50 50 Narbal Fontes 57 43 Cassiano Ricardo 47 53 José M. de Vasconcelos 50 50 Milton Santos 57 43 Mário Schenberg 47 53 Paulo Duarte 50 50 Jovina R. Á. Pessoa 57 43 Álvares de Azevedo 47 53 Afonso Schmidt 50 50 Brito Broca 56 44 Alceu Amoroso Lima 47 53 Ricardo Ramos 55 45 Hans Christian Andersen 48 52
26 bibliotecas com maior presença de público feminino
17 bibliotecas com maiores percentuais de público masculino
9 bibliotecas com percentuais iguais de mulheres e homens
Lenyra Fraccaroli 55 45 José Paulo Paes 48 52
Vinícius de Morais 55 45 Vicente de Carvalho 48 52
Érico Veríssimo 55 45 Cora Coralina 48 52
Chácara do Castelo 55 45 Pedro da Silva Nava 49 51
Malba Tahan 54 46 Profº Arnaldo M.Giácomo 49 51
Vicente P. Guimarães 53 47 Álvaro Guerra 49 51
Roberto Santos 53 47
Menotti Del Picchia 53 47 Thales C. de Andrade 53 47 Paulo Setúbal 53 47 Viriato Corrêa 52 48 Sylvia Orthof 51 49 Amadeu Amaral 51 49 Raul Bopp 51 49
Cidade Sexo
Raimundo de Menezes 51 49 F M
Prefeito Prestes Maia 51 49 51 49 Fonte: CSMB, 2015
Nota: Dados trabalhados pelo autor
Esses expressivos percentuais de público frequentador dessas bibliotecas do sexo
masculino podem estar relacionados aos seus serviços de consulta um dos mais procurados em
2014. Os jornais foram os itens mais consultados com destaque para a Adelpha Figueiredo com
51% das consultas realizadas, Nuto Sant’Anna com 46% das consultas realizadas, Helena
Silveira com 33% das consultas realizadas e Affonso Taunay com 30% das consultas realizadas.
Gibis/mangás foram os itens mais consultados na Biblioteca Monteiro Lobato com 43% das
consultas realizadas.
Essas bibliotecas, exceção feita a Helena Silveira, estão localizadas em territórios (Mooca,
Pari, Santa Cecília e Santana, respectivamente) que concentram parcelas significativas da
população moradora de rua da cidade de São Paulo cuja maioria é composta de homens – 83%
(PREFEITURA DE SÃO PAULO, SMDS, 2011). Ainda que hajam políticas públicas dirigidas
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74
para esse segmento social, outros espaços públicos municipais são procurados por essa
população que os utiliza como espaços de reprodução de suas vidas, dentre eles estão os espaços
culturais da cidade, como centros culturais e bibliotecas. É importante salientar que esses que
procuram as nossas bibliotecas ainda são resilientes na medida em que buscam esses espaços de
convivência. Nesse sentido, acreditamos que a articulação entre os técnicos das bibliotecas
desses espaços de grande presença dessa população com os técnicos de outras secretarias,
principalmente, com os da Assistência Social e/ou Direitos Humanos podem tratar de estratégias
comuns na direção de propor ações conjuntas para a garantia dos direitos desses cidadãos. Cabe
também registrar a presença significativa de imigrantes na cidade que provavelmente estão à
procura de espaços e de serviços públicos que possam garantir as suas sobrevivências, portanto,
reitera-se a importância das articulações territoriais.
Pelo mesmo critério adotado para a seleção das bibliotecas com maiores percentuais de
público masculino – acima ou igual a 57% - nove bibliotecas obtiveram em 2014 maiores
percentuais de presença feminina, número superior ao daquelas que receberam maiores parcelas
de público masculino: Clarice Lispector com 62%, Marcos Rey com 61%, Padre José de
Anchieta com 60%, Sérgio Buarque de Holanda com 59%, Belmonte com 58%, Camila
Cerqueira Cesar com 58%, Jovina Rocha A. Pessoa com 57%, Milton Santos com 57% e Narbal
Fontes com 57% do seu público total composto de mulheres.
Esses resultados indicam um perfil desse conjunto: são bibliotecas femininas, são
bibliotecas que, quando o serviço de consulta é mais utilizado do que o serviço de empréstimo,
têm nos livros os itens mais procurados: esse movimento foi observado na Belmonte, Marcos
Rey, Milton Santos, Narbal Fontes e na Sérgio Buarque de Holanda; o gibi recebeu percentuais
mais expressivos nas bibliotecas Padre José de Anchieta e Camila Cerqueira Cesar. Já o jornal,
como dito anteriormente o item mais procurado pelos homens, teve melhor desempenho na
Clarice Lispector. Esses números também corroboram com a pesquisa Retratos da Leitura no
Brasil cujos resultados apontam a mulher como mais leitora de livros do que o homem.
É importante observar estes números para, ao planejar ações direcionadas às mulheres,
levar em conta as potencialidades de cada biblioteca, seja na produção cultural de eventos que
carregam fortemente a temática feminina, seja na possibilidade de acervo também dirigido a
questão da mulher. Sem evidentemente excluir homens ou mulheres das políticas culturais da
cidade, mesmo aquelas que focalizam temas.
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75
“A BP Affonso Taunay tem seu público predominantemente de moradores com vulnerabilidade social, do sexo masculino que frequentam o parque como parte integrante de sua rotina e utilizam a biblioteca para serviços de consulta e leitura diária.”
Coordenadora da BP Affonso Taunay: Maria Cristina Gaspari
“No caso da Biblioteca Clarice Lispector, os leitores de jornais são de ambos os sexos masculino e feminino; é um público pequeno, mas fiel e constante. Quanto às revistas, tanto na leitura local quanto aos empréstimos, a procura é exclusivamente feminina.”
Coordenadora da BP Clarice Lispector: Márcia de Oliveira Lopes
“A localização da biblioteca numa avenida de grande movimentação, com um grande comércio no entorno, ao mesmo tempo em que há uma grande área residencial são os principais fatores que caracterizam a frequência predominante pelo público feminino, em geral donas de casa, avós que acompanham seus netos, mulheres que trabalham na região, ou jovens provenientes das escolas e região. Essa característica também influencia no item anterior, e que também nos levou a oferecer certos tipos de atividades aos sábados. Ao longo da semana o público de programação é escolar, e o impacto na comunidade é menor do que em relação aos sábados, onde é possível observar a participação das famílias.”
Coordenadora da BP Milton Santos: Lívia Domingues da Silva
4.2.2 Idade
a) Recepção Para efeito de análise dos públicos de recepção quanto ao perfil etário, foram
consideradas as seguintes categorias: a primeira diz respeito às que receberam os maiores
percentuais de público adulto formado majoritariamente por usuários de 30 a 59 anos somados
às pequenas parcelas de usuários com mais de 60 anos; a segunda organizou o público jovem
formado pelos usuários que declararam ter 15 a 29 anos; e, por último, a categoria criança de 0 a
14 anos (Tabela 28).
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Tabela 28- Distribuição dos usuários de recepção segundo o percentual (%) de predomínio por categoria etária (crianças, jovens e adultos) e característica de fundação
Bibliotecas com predominância de público adulto: 30-59 e 60 e + anos
(%) Orig
em Bibliotecas com predominância de
público jovem: 15-17 e 18-29 anos (%) O
rigem
Bibliotecas com predominância de público criança: 0-6 e 7-14
(%) Orig
em
Nuto Sant'Anna 66,04 A Belmonte 56,29 IJ Sérgio Buarque de Holanda 46,13 A
Affonso Taunay 65,31 A Milton Santos 51,34 A Brito Broca 45,08 A/IJ
Mário Schenberg 60,74 A José Paulo Paes 46,03 A/IJ Érico Veríssimo 44,71 IJ
Amadeu Amaral 59,50 A Cora Coralina 45,64 IJ Vicente Paulo Guimarães 38,95 IJ Pedro da Silva Nava 59,38 A Rubens B. Alves de Morais 45,05 A
Paulo Sérgio Duarte Milliet 56,78 IJ Raimundo de Menezes 44,87 A
Monteiro Lobato 55,39 IJ Prefeito Prestes Maia 42,51 A
Cassiano Ricardo 54,49 A Roberto Santos 42,20 A
Sylvia Orthof 54,45 A/IJ Vicente de Carvalho 41,99 A
Castro Alves 53,85 IJ Padre José de Anchieta 41,70 IJ
Viriato Corrêa 53,51 IJ Helena Silveira 41,40 A Álvaro Guerra 53,32 IJ José Mauro de Vasconcelos 41,27 IJ
Alceu Amoroso Lima 52,70 A Gilberto Freyre 40,92 IJ Raul Bopp 52,68 IJ Jovina R.Álvares Pessoa 39,99 A/IJ
Hans Christian Andersen 50,47 IJ Paulo Setúbal 34,95 A/IJ
Camila Cerqueira César 50,35 IJ Jamil Almansur Haddad 36,17 A
Chácara do Castelo 49,88 IJ Cidade
(%) Adulto Jovem Criança 43.60 35,61 32,16
Legenda: A=Adulto, IJ=Infanto-juvenil, AIJ=Adulto e Infantojuvenil
Álvares de Azevedo 48,93 A/IJ Adelpha Figueiredo 48,68 A/IJ Ricardo Ramos 47,62 IJ
Thales C. Castanho 46,74 IJ Vinícius de Morais 45,42 IJ Aureliano Leite 44,37 A Prof. Arnaldo M. Giácomo 44,16 IJ Anne Frank 44,03 IJ Menotti Del Picchia 43,46 IJ Marcos Rey 42,82 IJ Lenyra Fraccaroli 42,28 IJ Clarice Lispector 41,38 IJ Malba Tahan 39,75 IJ Narbal Fontes 37,92 IJ Paulo Duarte 37,71 A/IJ
Afonso Schmidt 35,59 A Fonte: CSMB, 2015
Nota: Dados trabalhados pelo autor
Na primeira categoria de bibliotecas (Tabela 28), observa-se que as primeiras colocadas
receberam o público adulto, ratificando as características da sua origem de criação12, ou seja,
bibliotecas voltadas para o público adulto, foram elas: Nuto Sant’Anna com 66,04% de público
adulto, Affonso Taunay com 65,31% de público adulto, Mário Schenberg com 60,74% de
12 Até o ano de 2004, as bibliotecas eram dirigidas a públicos específicos: infantojuvenis ou adultos. Em 2005, com a instituição do Sistema Municipal de Bibliotecas (Decreto nº 46.434 de 6 de outubro de 2005) e suas novas diretrizes, as bibliotecas passaram a atender todas as categorias etárias.
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público adulto, Amadeu Amaral com 59,50% de público adulto, Pedro da Silva Nava com 59,38
% de público adulto.
Essas bibliotecas estão localizadas em distritos que guardam muita semelhança entre si
no que diz respeito à idade dos seus moradores. Comparando os dados do censo 2010 com os
dados do censo 2000, todas apresentaram as mesmas tendências de variação: apresentam cristas
(ver gráfico) elevadas principalmente nas faixas mais velhas, com destaque para a faixa de 75
anos e +; apresentam vales com depressões também acentuadas principalmente nas faixas mais
jovens (Gráfico 23). Essas tendências apontam para um processo contínuo de envelhecimento da
população nesses distritos.
Gráfico 23- Percentual de distribuição da população dos distritos de Santana, Mooca, Ipiranga,
Mandaqui e Lapa, por faixas etárias. Censo 2010
As bibliotecas Paulo S. Milliet e Monteiro Lobato dirigidas a um público infantojuvenil
na origem, também obtiveram altos percentuais de público adulto: 56,78% e 55,39%,
respectivamente. Ainda que tenham tido resultados abaixo das bibliotecas em destaque nos
parágrafos anteriores, a maior presença de público adulto em 33 bibliotecas, sendo 20 de origem
Infantojuvenil, indica que a origem sofreu alteração de perfil etário de público, ou seja, as
bibliotecas conquistaram caráter universal. Esta conclusão foi reiterada nas outras categorias,
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0 a 4 5 a 9 10 a 14 15 a 19 20 a 24 25 a 29 30 a 34 35 a 39 40 a 44 45 a 49 50 a 54 55 a 59 60 a 64 65 a 69 70 a 74 75 eMais
Santana Mooca Ipiranga Mandaqui Lapa
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tanto na predominância de público jovem, quanto na predominância de público criança (Tabela
28).
O público jovem foi maioria em 16 bibliotecas. Destas, os destaques ficaram por conta da
Biblioteca Belmonte e Biblioteca Milton Santos que receberam 56,29% e 51,34%,
respectivamente, de jovens.
O distrito de Santo Amaro onde se localiza a Biblioteca Belmonte foi dos poucos que
obtiveram, segundo o censo 2010, taxa de variação positiva na faixa etária de 0 a 4 anos
(Gráfico 24). Aricanduva, por sua vez, manteve a tendência geral da cidade obtendo taxa de
variação negativa nesta mesma faixa. Em ambos os distritos, pode-se observar taxas positivas
principalmente na faixa etária dos 25 aos 29 anos, principalmente em Santo Amaro. Comum às
tendências já registradas, as faixas 75 anos e + dos dois distritos mantiveram altas taxas
positivas. O que reitera a necessidade de produzir ações que contemplem cada vez mais esses
segmentos sociais.
Gráfico 24 - Percentual de distribuição da população dos distritos de Santo Amaro e
Aricanduva, por faixas etárias. Censo 2010
As que apresentaram os melhores percentuais de público criança foram a Sérgio Buarque
de Holanda que registrou 46,13% do seu público total; a Brito Broca com 45,08%; a Érico
Veríssimo que registrou 44,71% do seu público total; e a Vicente Paulo Guimarães com 38,95%
do seu público total. Esses altos percentuais de criança podem estar associados à expressiva
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0 a 4 5 a 9 10 a 14 15 a 19 20 a 24 25 a 29 30 a 34 35 a 39 40 a 44 45 a 49 50 a 54 55 a 59 60 a 64 65 a 69 70 a 74 75 eMais
S.Amaro Aricanduva
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presença de alunos das escolas próximas a elas e/ou do entorno, reiterando essas bibliotecas
como tendo espaços infantis atrativos para a convivência desse público.
Gráfico 25 - Percentual de distribuição da população dos distritos de Itaquera, Pirituba, Jaraguá,
Vila Curuçá, por faixas etárias. Censo 2010
Evidentemente, ainda que as faixas etárias menores apresentassem as taxas negativas de
variação (Gráfico 25), a criação de ações focalizadas nos segmentos populacionais de idades
mais tenras continua a ter grande importância para o incentivo à leitura, construindo o leitor do
futuro.
b) Programação
A maior parte das bibliotecas da rede, 38, desenvolve atividades que têm, principalmente,
o foco voltado para o público infantil. Surpreenderam os altos percentuais deste público obtidos
pela a maioria delas, com destaque para Raul Bopp, e Clarice Lispector, que atingiram do seu
público total de programação 92,22% e 91,53%, respectivamente, de público infantil. O que
demonstra uma clara opção política de priorizar o público infantil nas programações
desenvolvidas na rede. Estes resultados foram alavancados principalmente pela contação de
historia e mediação de leitura em geral e a mediação de leitura para a primeira infância,
corroborando para o projeto São Paulo Carinhosa. São ações que envolveram menos recursos e
via de regras possibilitadas pelas parcerias constituídas nos próprios territórios.
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0 a 4 5 a 9 10 a 14 15 a 19 20 a 24 25 a 29 30 a 34 35 a 39 40 a 44 45 a 49 50 a 54 55 a 59 60 a 64 65 a 69 70 a 74 75 eMais
Itaquera Pirituba Jaraguá V.Curuça
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Em outro grupo de 13 bibliotecas, o predomínio foi do público adulto. As bibliotecas
mais destacadas foram a Viriato Correa, Alceu Amoroso Lima e Roberto Santos que obtiveram
os maiores percentuais de público adulto: 89,97%, 80,66% e 69,54%, respectivamente (Tabela
29). Essa presença massiva de público adulto nas programações realizadas em 2014 nestas
bibliotecas pode estar associada a temas que marcam essas bibliotecas nos respectivos territórios.
Assim, as marcas Literatura Fantástica (Viriato Correa), Poesia (Alceu Amoroso Lima) e
Cinema (Roberto Santos) podem estar exercendo forte apelo junto à população local de faixas
etárias mais velhas.
“O público mais assíduo são profissionais liberais que buscam leitura complementar dentro de suas áreas de interesse. Outro extrato deste público são os aposentados com horas disponíveis para se dedicar à aquisição de informações e leitura de lazer.”
Coordenadora da BP Alceu Amoroso Lima: Maria Angélica Martins Costa
“Publico adulto prevalece. Em 2015 provável aumento de público IJ devido à volta da programação de férias (julho e dezembro) programada pela unidade, porém, interrompida em 2013.”
Coordenadora da BP Roberto Santos: Maria Aparecida dos Reis Ribeiro da Silva
“Quanto a representatividade das faixas etárias os números realmente evidenciam em nossa Unidade a predominância do público adulto (30-59) e 60 + em relação aos demais, devido a nossa programação de cursos, palestras, mostras de filmes e grupos de melhor idade. Além disso levamos em conta o nosso entorno geográfico que dificulta a vinda de crianças sem acompanhamento, pois estamos localizados em local com muito trânsito.”
Coordenadora da BP Viriato Corrêa: Sandra Machado Alves
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Tabela 29- Distribuição dos usuários de programação segundo o percentual (%) de predomínio por categoria etária (crianças, jovens e adultos)
Bibliotecas com predominância de público criança: 0-6 e 7-14
(%)
Bibliotecas com predominância de público adulto: 30-59 e 60 e +
(%)
Bibliotecas com predominância de público jovem: 15-29
(%) Raul Bopp 92,22 Viriato Corrêa 89,97 Afonso Schmidt 49,95 Clarice Lispector 91,53 Alceu Amoroso Lima 80,66 Rubens B. A. de Morais 37,81 Aureliano Leite 89,91 Roberto Santos 69,54
Padre José de Anchieta 88,99 Nuto Sant'Anna 56,43 Paulo Sérgio Duarte Milliet 87,37 Amadeu Amaral 53,16 Jovina Rocha Álvares Pessoa 85,69 Pedro da Silva Nava 52,30 Ricardo Ramos 85,64 Cassiano Ricardo 50,99 Marcos Rey 85,05 Álvaro Guerra 50,40 Thales C. de Andrade 84,81 Prefeito Prestes Maia 50,08 Chácara do Castelo 84,49 Camila Cerqueira César 48,94 Lenyra Fraccaroli 81,80 Sylvia Orthof 47,37 Vicente Paulo Guimarães 80,90 Paulo Duarte 44,19 Castro Alves 79,78 José Paulo Paes 38,33 Anne Frank 78,01
Cidade (%)
Criança Jovem Adulto 46 18 36
Gilberto Freyre 75,82 Vinícius de Morais 75,51 Profº Arnaldo M. Giácomo 71,67 Helena Silveira 71,46 Jamil Almansur Haddad 71,35 José Mauro de Vasconcelos 70,20 Menotti Del Picchia 69,90 Érico Veríssimo 69,39 Adelpha Figueiredo 63,69 Milton Santos 63,61 Brito Broca 61,87 Hans Christian Andersen 61,71 Raimundo de Menezes 58,76 Belmonte 57,77 Narbal Fontes 57,21 Affonso Taunay 50,75 Malba Tahan 50,39 Mário Schenberg 46,84 Cora Coralina 45,89 Álvares de Azevedo 43,31 Paulo Setúbal 42,57 Vicente de Carvalho 40,35 Monteiro Lobato 38,85 Sérgio Buarque de Holanda 35,68
Fonte: CSMB, 2015
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O público jovem (15 a 29 anos) foi predominante em apenas 2 bibliotecas: Afonso Schmidt
com 49,95% e a Rubens B. A. de Moraes com 37,81% . Em ambas as bibliotecas as frequências
de público de programação em 2014 foram baixas, 1.079 e 2.203, respectivamente. Destes
públicos, 19% participaram do projeto PVOC levado pela Afonso Schmidt; e 16% participaram
de oficinas e sarau na Biblioteca Rubens B.A de Moraes. Essas programações têm grande
atração de público jovem. Cabe ressaltar que estas bibliotecas estavam em 2014 entre aquelas
que receberam os maiores recursos de programação pela CSMB, R$ 38.660 e R$ 30.250,
respectivamente.
4.2.3 Cor/ Raça
O público de recepção distribuído por cor/raça teve na cor branca a sua predominância. As
bibliotecas Anne Frank, Paulo Sergio Milliet e Viriato Corrêa foram as que obtiveram os maiores
percentuais relativos a essa cor: 75%, 74% e 72%, respectivamente (Tabela 30).
Estas bibliotecas estão localizadas em distritos de grande concentração de população
branca da cidade de São Paulo: Itaim Bibi registrou no censo 2010 88,9% de população branca;
Tatuapé registrou no mesmo censo 85,7% de população branca; e Vila Mariana 81,5% de
população branca. Portanto, era de se esperar uma maior presença de brancos nessas bibliotecas.
Por outro lado, as bibliotecas Belmonte, Helena Silveira, Cora Coralina, Menotti Del
Picchia, e Jamil Haddad, registraram os maiores percentuais de público de recepção de cor/raça
negra (definição da Fundação Seade = a somatória dos que se autodeclararam pardos e pretos).
Ressalta-se que estão localizadas em distritos muito diversos em termos de população negra. A
Belmonte, localizada no distrito de Santo Amaro cuja presença de negros foi de, segundo o
Censo 2010, 10,3% da população total, recebeu, em 2014, 55% de negros do seu público total de
recepção. Ainda que tenha recebido o mesmo percentual de negros na recepção, 55%, a Helena
Silveira está localizada no distrito de Campo Limpo, que obteve, segundo o Censo 2010, alta
taxa de população negra, 47,9%, Outro destaque, em termos de cor/raça, foi a Menotti Del
Picchia. Localizada no distrito de Limão que concentrou, em 2010 segundo o Censo, 32,8% de
população negra, recebeu na sua recepção 51% de usuários que se autodeclararam negros.
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Tabela 30- Distribuição dos usuários de recepção segundo o percentual (%) de cor/raça Bibliotecas
Amarela Branca Indígena Parda Preta Base respondente N.A % N.A % N.A % N.A % N.A %
Anne Frank 507 8 4.661 75 84 1 668 11 285 5 6.205 Paulo S. D. Milliet 210 3 5.532 74 107 1 1.172 16 444 6 7.465 Clarice Lispector 201 4 3.355 72 20 0 776 17 307 7 4.659 Viriato Corrêa 789 10 5.687 72 134 2 938 12 359 5 7.907 Chácara do Castelo 204 11 1.267 71 27 2 257 14 42 2 1.797 Camila Cerqueira César 894 12 5.315 69 246 3 924 12 353 5 7.732 Castro Alves 321 7 3.376 69 72 1 828 17 321 7 4.918 Álvaro Guerra 618 7 6.033 68 57 1 1.320 15 839 9 8.867 Nuto Sant'Anna 370 7 3.666 67 6 0 893 16 521 10 5.456 Aureliano Leite 342 3 7.082 67 260 2 2.094 20 803 8 10.581 Mário Schenberg 502 3 9.716 67 311 2 2.609 18 1.407 10 14.545 Roberto Santos 743 5 9.558 66 338 2 2.640 18 1.135 8 14.414 Thales C. de Andrade 100 2 3.328 66 50 1 1.100 22 452 9 5.030 Hans C. Andersen 77 2 2.587 66 46 1 934 24 285 7 3.929 Alceu Amoroso Lima 516 5 7.362 66 167 1 1.823 16 1.356 12 11.224 Álvares de Azevedo 561 6 6.294 65 303 3 1.854 19 696 7 9.708 Pedro da Silva Nava 297 3 5.935 65 191 2 1.792 20 969 11 9.184 Ricardo Ramos 428 4 7.305 65 119 1 2.423 21 1.050 9 11.325 Narbal Fontes 249 3 6.067 63 159 2 1.969 20 1.167 12 9.611 Lenyra Fraccaroli 789 14 3.546 62 54 1 883 15 486 8 5.758 José Paulo Paes 388 4 6.656 61 284 3 2.608 24 964 9 10.900 Paulo Setúbal 607 4 9.844 61 81 1 3.840 24 1.783 11 16.155 Cassiano Ricardo 411 4 5.943 61 236 2 2.313 24 861 9 9.764 Raul Bopp 1.459 18 4.958 60 344 4 908 11 574 7 8.243 Jovina R. Á. Pessoa 786 4 10.641 58 548 3 4.393 24 1.839 10 18.207 Gilberto Freyre 337 4 5.181 58 205 2 2.279 26 883 10 8.885 Affonso Taunay 479 3 8.205 58 310 2 4.342 31 887 6 14.223 Brito Broca 282 2 6.623 57 155 1 3.213 27 1.446 12 11.719 Amadeu Amaral 1.632 10 8.760 56 219 1 3.111 20 1.849 12 15.571 Vicente de Carvalho 109 2 2.971 56 140 3 1.238 23 893 17 5.351 Vicente P. Guimarães 186 3 3.323 55 205 3 1.836 30 530 9 6.080 Monteiro Lobato 348 5 4.025 54 278 4 1.874 25 921 12 7.446 Sylvia Orthof 562 7 4.441 53 352 4 1.838 22 1.171 14 8.364 Marcos Rey 170 2 4.729 53 238 3 2.994 33 816 9 8.947 Érico Veríssimo 192 2 4.932 53 615 7 2.686 29 910 10 9.335 Milton Santos 434 3 6.938 53 298 2 4.018 31 1.452 11 13.140 Paulo Duarte 963 8 6.250 53 282 2 3.121 26 1.270 11 11.886 José M. de Vasconcelos 326 3 5.530 52 628 6 2.650 25 1.413 13 10.547 Prefeito Prestes Maia 409 3 7.580 52 278 2 4.435 31 1.795 12 14.497 Adelpha Figueiredo 385 7 2.820 51 475 9 1.418 26 415 8 5.513 Sérgio B. de Holanda 470 3 7.647 51 371 2 4.608 31 1.920 13 15.016 Raimundo de Menezes 338 3 6.287 51 377 3 4.010 32 1.362 11 12.374 Malba Tahan 1.218 12 5.313 50 86 1 2.012 19 1.949 18 10.578 Vinícius de Morais 185 2 4.256 50 75 1 2.983 35 1.014 12 8.513 Afonso Schmidt 248 3 3.752 49 246 3 2.306 30 1.059 14 7.611 Jamil A. Haddad 91 1 4.277 47 180 2 3.581 39 1.012 11 9.141 Padre José de Anchieta 410 3 5.740 46 475 4 4.341 35 1.536 12 12.502 Profº Arnaldo M. Giácomo 92 3 1.505 46 315 10 1.012 31 367 11 3.291 Menotti Del Picchia 112 2 2.055 45 111 2 1.450 32 871 19 4.599 Rubens B. A. de Morais 258 4 2.697 44 195 3 2.104 34 853 14 6.107 Cora Coralina 298 3 3.709 41 426 5 3.136 35 1.459 16 9.028 Belmonte 499 4 4.637 38 401 3 4.767 39 1.931 16 12.235 Helena Silveira 446 4 4.579 36 719 6 4.919 39 2.028 16 12.691 Total 23.848 5 284.476 57 12.899 3 124.241 25 53.310 11 498.774
Fonte: CSMB, 2015 Nota: Dados trabalhados pelo autor
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Ainda que poucas, louva-se o fato de existirem na cidade experiências inclusivas das
bibliotecas no que diz respeito à população negra. A história dos investimentos dos recursos da
cidade indica que a sua distribuição em geral e, particularmente, da Secretaria de Cultura nos
territórios foi desigual e combinada. Desigual porque exclui territórios em detrimento de outros
que sempre se beneficiaram da lógica de distribuição desordenada, aprofundando desigualdades
sociais. E combinado porque foram sempre os mesmos territórios que receberam os menores
investimentos. Em geral, esses estão entre os que apresentaram os piores índices de
desenvolvimento humano – IDH -, estão entre os que mais concentram população de cor/raça
negra, estão entre os que menos dispõem de serviços públicos gestados por quaisquer entes,
estão entre aqueles cujas estatísticas de morte por violência batem recordes, enfim estão sempre
entre os piores resultados de quaisquer indicadores considerados. Dos 16 distritos que
concentram mais negros do que brancos, apenas quatro têm biblioteca (Tabela 31). O distrito do
Jardim São Luiz e Cidade Ademar não têm quaisquer equipamentos de leitura. Como política
compensatória esses distritos foram contemplados pelo serviço de extensão, o Ônibus Biblioteca
que fica num lugar e horário determinados, num único dia da semana.
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Tabela 31- Distritos com as maiores concentrações de população da raça negra em percentual (%), e número de equipamentos municipais de leitura, em 2010
Distrito % de negros Bibliotecas Pontos e Bosques
CEUS
Jardim Ângela 60,1 - 1 2
Grajaú 56,8 - 1 3
Parelheiros 56,6 - - 1
Lajeado 56,2 1 1 1
Cidade Tiradentes 56,1 1 3 1
Itaim Paulista 54,8 - 1 -
Jardim Helena 54,7 - 1 -
Capão Redondo 53,9 - 1 2
Pedreira 52,4 - - 1
Guaianases 51,5 1 - 2
Jardim São Luís 51,3 - - -
Vila Curuçá 51,2 1 - -
Iguatemi 50,9 - - 1
Brasilândia 50,6 - - 1
Anhanguera 50,3 - 2 -
Cidade Ademar 50,0 - - -
Fonte: SMPIR e CSMB (2015) Nota: Dados trabalhados pelo autor
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86
4.2.4 Escolaridade
As bibliotecas da CSMB atendem principalmente um público de recepção com ensino
médio completo ou incompleto, cerca de 60% se encontravam nesta categoria (Tabela 32). Os
destaques foram as bibliotecas: José Mauro de Vasconcelos que recebeu 61% do seu público de
recepção com ensino médio completo ou incompleto; e a Belmonte que registrou 57%.
O público com ensino superior teve presença forte em 27% das bibliotecas da rede. Dentre
essas, destacam-se a Alceu Amoroso Lima com 71% do seu público de recepção com ensino
superior, a Anne Frank com 60% e a Mário Schenberg que registrou 56% do seu público de
recepção com ensino superior. Estas bibliotecas se encontram em regiões que detém as maiores
concentrações de população com ensino superior. Os distritos de Pinheiros, Itaim Bibi e Lapa
registraram, segundo o censo 2010, 54%, 60% e 37% das suas respectivas populações com o
ensino superior.
“A biblioteca localiza-se em bairro nobre e tem seu maior público de classe média, o que explica a alta
escolaridade de nível superior; o público adolescente e o público idoso faz diminuir um pouco essa
média.”
Coordenadora da BP Clarice Lispector: Márcia de Oliveira Lopes
Os maiores percentuais de público com ensino fundamental foram registrados em sete
bibliotecas, ou 13% da rede. A Menotti Del Picchia foi a que obteve o maior percentual: 54%. A
Érico Veríssimo e a Jamil A. Haddad também registraram os mesmos percentuais: 47%. Esses
números podem indicar a procura voltada para as pesquisas escolares.
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Tabela 32 – Distribuição dos usuários de recepção por escolaridade em percentual (%), em 2014
Bibliotecas Escolaridade, em %
Fundamental Médio Superior Adelpha Figueiredo 23 51 26 Affonso Taunay 30 47 23 Afonso Schmidt 23 45 32 Alceu Amoroso Lima 5 24 71 Álvares de Azevedo 23 44 33 Álvaro Guerra 16 35 48 Amadeu Amaral 17 42 42 Anne Frank 9 31 60 Aureliano Leite 28 46 26 Belmonte 10 57 33 Brito Broca 27 42 32 Camila C.César 25 28 47 Cassiano Ricardo 7 44 49 Castro Alves 30 40 30 Chácara do Castelo 34 27 39 Clarice Lispector 30 28 42 Cora Coralina 21 52 27 Érico Veríssimo 47 40 13 Gilberto Freyre 33 48 19 Hans Christian Andersen 30 32 38 Helena Silveira 31 47 22 Jamil Almansur Haddad 47 40 13 José Mauro de Vasconcelos 22 61 16 José Paulo Paes 13 49 38 Jovina R.a Álvares Pessoa 28 48 24 Lenyra Fraccaroli 41 38 21 Malba Tahan 35 33 32 Marcos Rey 41 35 24 Mário Schenberg 8 36 56 Menotti Del Picchia 54 31 14 Milton Santos 13 51 36 Monteiro Lobato 20 41 40 Narbal Fontes 23 40 37 Nuto Sant'Anna 9 42 49 Padre José de Anchieta 29 51 20 Paulo Duarte 26 39 35 Paulo S. D. Milliet 16 45 39 Paulo Setúbal 24 46 30 Pedro da Silva Nava 12 41 47 Pref.Prestes Maia 8 40 52 Profº Arnaldo M.Giácomo 44 36 20 Raimundo de Menezes 21 52 27 Raul Bopp 21 29 50 Ricardo Ramos 28 41 31 Roberto Santos 13 47 40 Rubens B. A. de Morais 19 51 30 Sérgio Buarque de Holanda 20 48 32 Sylvia Orthof 20 42 37 Thales C. de Andrade 25 50 25 Vicente de Carvalho 31 44 25 Vicente Paulo Guimarães 35 45 20 Vinícius de Morais 34 49 18 Viriato Corrêa 20 25 56 TOTAL 23 43 34
Fonte: CSMB, 2015 Nota: Dados trabalhados pelo autor
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4.2.5 Pessoa com deficiência
Ainda que se empreendam grandes esforços do poder público municipal e de outras esferas
públicas para dar atenção - a Secretaria de Cultura por meio de suas políticas culturais garante
atenção à pessoa com deficiência - e proteção às pessoas com deficiência, as questões relativas à
identificação e dimensionamento dessa população para que o gestor consiga ser certeiro e atingir
os objetivos definidos nos projetos, nas implantações, nas execuções e nos resultados, continuam
em pauta frente à dificuldade em precisar tanto a categoria de deficiência, que faça sentido ao
usuário, quanto ao conhecimento do usuário sobre a deficiência autodeclarada. Essas
dificuldades acabam gerando dados distorcidos que, espera-se, empírica e teoricamente deverão
ganhar, paulatinamente, consistências. Junta-se a isso, o fato deste segmento social ser foco de
atenção muito recentemente nas bibliotecas da rede o que acaba gerando a necessidade de maior
preparo dos técnicos, acervos e equipamentos assistivos adequados a cada situação para a
realização do atendimento.
Os dados coletados por meio do REMA, que adotou as mesmas categorias adotadas pelo
IBGE, isto é, pessoas com deficiência auditiva, mental/intelectual, motora e visual, indicam que
a rede recebeu mais pessoas com deficiência mental/intelectual, 32% do total de número de
pessoas com deficiência (Tabela 33). Deste conjunto, a Biblioteca Narbal Fontes e a Raimundo
de Menezes obtiveram as maiores quantidades desse público, 143 e 134 pessoas com deficiência
mental/intelectual. É importante ressaltar que as bibliotecas não estão preparadas em termos de
logística, equipamentos assistivos e técnicos para receber essas pessoas.
Do total de pessoas com deficiência, as bibliotecas Alceu Amoroso Lima e Álvares de
Azevedo receberam, em 2014, 60% de pessoas com deficiência motora. Além dessas, foram
destaques as bibliotecas Amadeu Amaral e Paulo Sérgio Milliet, que registram 58% e 56%.
respectivamente, de público com deficiência motora. Destas bibliotecas, com presença
expressiva de pessoas com deficiência motora em relação às outras deficiências, apenas as
bibliotecas Alceu Amoroso Lima e Paulo Sérgio Milliet estão em conformidade com as regras de
acessibilidade (PREFEITURA DE SÃO PAULO, CSMB, 2014).
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Tabela 33- Distribuição dos usuários de recepção com deficiência e pessoas com deficiência grave nos distritos onde se localizam as bibliotecas, por N.A. e %
Bibliotecas Distritos onde se
localizam as bibliotecas
Pessoas com deficiência grave
nos distritos onde se
localizam as bibliotecas, em
2010
Número de usuários atendidos em 2014 por tipo de deficiência
Visual Auditiva Motora Mental
N.A. % N.A. % N.A. % N.A. %
Álvaro Guerra A.de Pinheiros 2.019 3 7 7 15 21 46 15 33 Paulo Sérgio Duarte Milliet Água Rasa 5.049 9 25 5 14 20 56 2 6 Milton Santos Aricanduva 6.843 43 40 20 19 7 7 37 35 Jovina Rocha Álvares Pessoa Artur Alvim 6.478 40 51 18 23 15 19 5 6 Camila Cerqueira César Butantã 3.507 33 23 5 4 5 4 98 70 Helena Silveira Campo Limpo 12.758 82 33 45 18 66 27 53 22 Marcos Rey Campo Limpo 12.758 16 80 2 10 1 5 1 5 Lenyra Fraccaroli Carrão 5.141 21 58 10 28 1 3 4 11 Amadeu Amaral Cursino 6.392 2 17 0 0 7 58 3 25 Rubens B. Alves de Morais Ermelino Matarazzo 6.549 20 54 13 35 1 3 3 8 Afonso Schmidt Freguesia Do Ó 9.516 41 27 49 32 34 22 30 19 Thales Castanho de Andrade Freguesia Do Ó 9.516 2 4 2 4 19 40 24 51 Cora Coralina Guaianazes 7.379 112 32 66 19 62 17 115 32 Roberto Santos Ipiranga 5.514 58 17 72 21 92 27 120 35 Anne Frank Itaim Bibi 4.819 2 2 2 2 9 10 80 86 Sérgio Buarque de Holanda Itaquera 13.747 50 18 23 8 101 36 106 38 Paulo Duarte Jabaquara 14.720 30 20 20 13 46 31 53 36 José Mauro de Vasconcelos Jaçanã 6.515 203 42 55 11 114 24 111 23 Érico Veríssimo Jaraguá 10.780 58 39 22 15 28 19 42 28 Vicente de Carvalho José Bonifácio 7.462 12 16 30 41 15 21 16 22 Vinícius de Morais José Bonifácio 7.462 3 3 11 12 10 11 67 74 Jamil Almansur Haddad Lajeado 10.864 0 0 0 0 0 0 0 0 Clarice Lispector Lapa 4.720 0 0 3 100 0 0 0 0 Mário Schenberg Lapa 4.720 126 43 53 18 43 15 71 24 Raul Bopp Liberdade 3.487 12 75 4 25 0 0 0 0 Menotti Del Picchia Limão 3.880 38 46 12 15 13 16 19 23 Pedro da Silva Nava Mandaqui 6.110 36 20 19 10 75 41 54 29 Affonso Taunay Mooca 4.589 101 26 106 28 91 24 85 22 Adelpha Figueiredo Pari 817 67 48 35 25 16 12 21 15 José Paulo Paes Penha 8.245 68 43 49 31 24 15 17 11 Padre José de Anchieta Perus 5.416 117 48 37 15 41 17 51 21 Alceu Amoroso Lima Pinheiros 2.866 22 8 22 8 168 60 68 24 Brito Broca Pirituba 12.476 26 45 3 5 7 12 22 38 Monteiro Lobato República 3.005 60 19 70 22 83 27 99 32 Castro Alves Sacomã 13.528 19 16 54 46 18 15 27 23 Narbal Fontes Santana 6.847 34 15 7 3 40 18 143 64 Nuto Sant'Anna Santana 6.847 0 0 0 0 3 43 4 57 Belmonte Santo Amaro 6.969 60 34 29 16 27 15 60 34 Prefeito Prestes Maia Santo Amaro 6.969 37 26 6 4 43 30 55 39 Aureliano Leite São Lucas 9.144 0 0 0 0 3 27 8 73 Raimundo de Menezes São Miguel 6.805 88 29 21 7 63 21 134 44 Gilberto Freyre Sapopemba 18.913 24 33 7 10 4 6 37 51 Malba Tahan Socorro 2.313 3 100 0 0 0 0 0 0 Cassiano Ricardo Tatuapé 4.891 45 23 34 17 67 34 49 25 Hans Christian Andersen Tatuapé 4.891 3 9 20 61 10 30 0 0 Prof. Arnaldo M. Giácomo Tatuapé 4.891 1 3 11 28 16 41 11 28 Sylvia Orthof Tucuruvi 6.915 44 19 25 11 112 48 51 22 Vicente Paulo Guimarães Vila Curuçá 10.400 5 24 4 19 0 0 12 57 Paulo Setúbal Vila Formosa 6.065 57 30 15 8 35 18 85 44 Álvares de Azevedo Vila Maria 6.855 1 20 1 20 3 60 0 0 Chácara do Castelo Vila Mariana 7.970 0 0 0 0 1 33 2 67 Viriato Corrêa Vila Mariana 7.970 16 20 11 14 27 33 27 33 Ricardo Ramos Vila Prudente 6.361 38 17 18 8 60 27 103 47
Total 381.663 1.988 28 1.153 16 1.767 25 2.300 32 Fonte: SPOSATI (2013) e CSMB (2015)
Nota: Dados trabalhados pelo autor
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As estatísticas recentes produzidas principalmente pelo IBGE, indicam que a deficiência
visual é a mais manifestada pelas pessoas com deficiência. O público das bibliotecas que
manifestaram alguma deficiência também a colocam entre aquelas mais citadas nos registros do
REMA, em 2014. Em treze bibliotecas, essas pessoas com deficiência visual foram as mais
frequentes. A Biblioteca Padre José de Anchieta é a única das 13 que possui acervo em Braille e
scanner acessível.
Dando respostas à necessidade de garantir a atenção às pessoas com deficiência da cidade
de São Paulo, as bibliotecas públicas subordinadas à Coordenadoria do Sistema Municipal de
Bibliotecas têm em seu acervo uma amostragem de livros em Braille para divulgação desse
material junto ao público deficiente visual, além de oferecer um pequeno acervo de áudio-livro e
livro falado para empréstimo e consulta (PREFEITURA DE SÃO PAULO, CSMB, 2014).
O acervo completo de livros em Braille está concentrado em bibliotecas pólos distribuídos
pela cidade, os quais o disponibilizam para consulta e empréstimo. A seleção das bibliotecas
pólos baseou-se na ideia de representação por macrorregião, correspondendo à divisão político-
administrativa da CSMB. Assim, a região norte está representada pelas bibliotecas Álvares de
Azevedo e Padre José de Anchieta, localizadas no distrito de Vila Maria e Perus; a região leste 2
pela Biblioteca Vicente Paulo Guimarães, localizada no distrito de Vila Curuçá; a leste 1 está
representada pela Biblioteca Paulo Setúbal, que está localizada no distrito da Vila Formosa; a
região sul está representada pela Biblioteca Prestes Maia, que está localizada no distrito de Santo
Amaro; a região oeste está representada pela Biblioteca Mário Schenberg, que está localizada no
distrito da Lapa (PREFEITURA DE SÃO PAULO, CSMB, 2014).
Outro serviço ofertado para garantir a atenção às pessoas com deficiência visual é o
scanner acessível. Este serviço pode ser acessado, em 2014, na biblioteca Viriato Correa,
localizada no distrito da Vila Mariana. Além desta, este serviço está em fase de implantação nas
bibliotecas: Afonso Taunay, localizada no distrito da Mooca; Sérgio Buarque de Holanda,
localizada no distrito de Itaquera; e Alceu Amoroso Lima, localizada no distrito de Pinheiros.
Para efeito de comparação dos resultados relativos à presença das pessoas com deficiência
visual nestas bibliotecas que oferecem acervo em Braille e/ ou Scanner acessível com os dados
do Censo 2010 do IBGE que dimensionou o número de deficientes visuais nos distritos onde
estão estas bibliotecas, adotou-se o mesmo procedimento técnico feito por Spozati (2013) que
assim o justificou:
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91
A estimativa de pessoas com deficiência na realidade brasileira é um dado necessário para o exame da questão. Estudo a partir dos microdados do censo de 2010, realizado pelo Centro de Informação - CEinfo da Secretaria Municipal de Saúde da Cidade de São Paulo, em seus 96 distritos, revela que a presença de dificuldades para enxergar, caminhar e ouvir e, ainda, a presença de deficiência mental é manifestada por 3.593.089 habitantes do total de 11.253.503 habitantes da cidade, ou 32 %. O maior percentual foi identificado em Vila Medeiros, na Zona Norte da cidade, com 38%. E o menor, em Anhanguera, com 21%. Com certeza, há que se estudar mais a fundo as características da população desses distritos e a oferta local de serviços para entender um pouco melhor essa presença de dificuldades e os apoios com que conta para reduzi-las. Pode-se afirmar ainda que na cidade de São Paulo a manifestação de seus habitantes quanto à presença de dificuldades é um pouco maior do que a media de 24% registrada para o país no Censo de 2010. Com objetivo de dar maior completude a esse levantamento e para uso nesses comentários, separou-se desse total somente as situações de maior gravidade, isto é quando a deficiência é impeditiva de ouvir, caminhar, enxergar e ocorre a presença de deficiência mental grave. O agravamento incide em 680.864, ou 6% dos habitantes da cidade, número um pouco abaixo do percentual nacional estimado em 7%. Avançando um pouco mais, isto é, estendendo a análise para os territórios intraurbanos de São Paulo, percebe-se que há uma incidência heterogênea entre os seus 96 distritos com variação de 8,27 % no Jardim Helena a 2,66% em Vila Andrade. Jardim Helena, conhecido como Jardim Pantanal, é uma das áreas precárias da cidade que fica na ponta leste, e parte do bairro se situa abaixo do nível topográfico do rio Tiete. Isso faz com que muitas moradias permaneçam inundadas por longo tempo face a ausência de escoamento. Em contrapartida, Vila Andrade, embora tenha em sua área a Favela de Paraisópolis, é um dos distritos mais verticalizados com apartamentos de alto padrão, ao lado do Morumbi. A maior incidência entre as deficiências registradas é a de não enxergar, com 43%, seguindo a de não conseguir caminhar, com 25%, a deficiência mental com 19% e a de não ouvir com 13%. Sabe-se que a deficiência impeditiva de caminhar é, em boa parte das situações, sequela de acidentes de trânsito ou resultado de ferimentos por armas, em vítimas de violência. O estudo territorializado de incidências quanto a tipos de deficiência nas cidades contém possibilidades de análise cruzada entre a incidência distrital de violência e a presença da deficiência; ou ainda, o cruzamento entre deficiência visual, recorte etário e acesso a tratamento de saúde oftalmológica (SPOZATI, 2013, p.40-41).
Tabela 34– Total de pessoas com deficiência grave, total de pessoas com deficiência visual grave nos distritos onde se localizam as bibliotecas polos e usuários de recepção com deficiência
visual
Distritos Total de pessoas com deficiência
grave
Enxergar (grave) Nº de Usuários com deficiência Visual
N.A % Bibliotecas pólos e/ou com scanner acessível N.A %
Itaquera 13.747 6.168 45 Sergio Buarque de Holanda 50 0,81 Vila Formosa 6.065 2.101 47 Paulo Setúbal (pólo) 57 2,71
Vila Mariana 7.970 2.984 37 Viriato Corrêa 16 0,54 Vila Maria 6.855 2.890 42 Álvares de Azevedo (pólo) 1 0,03 VilaCuruçá 10.400 4.878 35 Vicente Paulo Guimarães (pólo) 5 0,10 Perus 5.416 2.590 48 José de Anchieta (pólo) 117 4,52 República 4.749 2.094 44 Monteiro Lobato 60 2,87 Lapa 4.720 1.569 33 Mário Schenberg (pólo) 126 8,03 Mooca 4.589 1.474 32 Afonso Taunay 101 6,85 Santo Amaro 3.969 1.408 35 Prestes Maia (pólo) 37 2,63 Pinheiros 2.866 1.061 37 Alceu Amoroso Lima 22 2,07
Fonte: SPOSATI (2013) e CSMB (2015) Nota: Dados trabalhados pelo autor
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Como observado na Tabela 34, ainda que as bibliotecas citadas tenham acervo e
equipamentos que possibilitam acesso aos deficientes visuais graves estão sendo subutilizados,
principalmente, nas bibliotecas Álvares de Azevedo que registrou apenas 0,03% em relação ao
universo da demanda do distrito; Vicente Paulo Guimarães que registrou apenas 0,24% da
demanda. Mesmo distantes de desempenhos aceitáveis, as bibliotecas Mário Schenberg e Afonso
Taunay atenderam 8,09% e 6,85%, respectivamente, das demandas.
“No item deficiência, o público que freqüenta a biblioteca e preenche os dados indicativos de
pesquisa, o fazem sem muita noção da situação do não enxergar em maior ou menor grau. O simples
fato de usar óculos o qualifica como portador de deficiência visual e ao preenchimento positivo do
quesito.”
Coordenadora da BP Affonso Taunay: Maria Cristina Gaspari
“O scaner está na biblioteca, porém não foi instalado, as pessoas que receberam o treinamento nem estão mais no quadro de funcionários.”
Coordenadora da BP Padre José de Anchieta: Maria Elizabeth Caldellas Pedrosa
É importante ressaltar que os distritos da cidade de São Paulo que concentram os maiores
números de deficientes visuais não possuem bibliotecas da CSMB13 com acervo acessível em
Braille e scanners (Tabela 35). Com destaques para os distritos do Grajaú com 10.005
deficientes visuais graves, Sapopemba com 8.541 deficientes visuais graves e Cidade Ademar
com 7.695 deficientes visuais graves. Quantidades estas muito superiores às quantidades de
deficientes visuais graves nos distritos onde se localizam as Bibliotecas Pólos em Braile e/ou
Bibliotecas com scanners em funcionamento ou em fase de implantação.
13 A Biblioteca Gilberto Freire fica no distrito de Sapopemba, mas não possui acervo acessível em Braille e/ou scanner.
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Tabela 35- Total de pessoas com deficiência grave e total de pessoas com deficiência visual grave nos distritos de maior concentração de pessoas deficientes
Distritos Total de pessoas com deficiência
grave
Enxergar (grave)
N.A %
Grajaú 22.453 10.005 44,56 Sapopemba 18.913 8.541 45,16 Cidade Ademar 18.054 7.695 42,62 Brasilândia 16.146 6.966 43,14 Cidade Tiradentes 16.002 7.492 46,82 Jardim Helena 15.963 7.122 44,62 Jardim Ângela 15.933 7.122 44,7 Capão Redondo 15.649 7.574 48,4
Fonte: SPOSATI (2013) e CSMB (2015) Nota: Dados trabalhados pelo autor
4.3 Serviços
Os 2.135.388 de exemplares disponíveis para a população da cidade de São Paulo estavam
distribuídos entre as 53 bibliotecas da rede de CSMB em 2014. O maior acervo, cerca de
156.884 livros, está disponível no distrito do Tatuapé, distribuídos entre as bibliotecas Cassiano
Ricardo, Hans Christian Andersen e Prof. Arnaldo Magalhães Giácomo (Tabela 36).
Considerando a população do distrito do Tatuapé por unidade de biblioteca, o número de livros
por habitante foi o maior registrado entre todos os distritos da cidade: 6,84 livros por habitante.
Esse número supera em três vezes o número da IFLA que preconiza dois livros por habitante.
Nessa mesma direção se encontravam, em 2014, as bibliotecas Belmonte e Prefeito Prestes Maia
cujos acervos de livros disponíveis versus a população do distrito de Santo Amaro onde estão
localizadas, geraram um número de livros por habitante de 3,21. A Biblioteca Adelpha
Figueiredo que está localizada no distrito do Pari disponibilizava 2,42 livros por habitante,
também dentro dos padrões da IFLA.
No déficit ficou a maioria das bibliotecas da rede que apresentaram resultados
absolutamente distantes do preconizado pela IFLA. Frente aos resultados tão pífios, a biblioteca
Gilberto Freyre se notabilizou por registrar pior resultado entre os piores: 0,08 livro por
habitante. Próximas deste percentual ficaram a Sergio Buarque de Holanda e Aureliano Leite
com 0,14 livro por habitante cada uma delas; e a Castro Alves com 0,15 livro por habitante.
Essas últimas colocadas de um rol indesejado estão localizadas em distritos que estão entre os
piores em termos de IDH: Itaquera, São Lucas e Sacomã. É a parte que cabe à Secretaria da
Cultura na roda viva da reprodução da pobreza nesses territórios.
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Tabela 36- Total de população, livros e número de livros/habitante, por biblioteca e distrito de localização da biblioteca
Distrito Bibliotecas da CSMB
Número de
bibliotecas por
distrito
População total, por Distrito
Nº de habitantes do distrito
por unidade de biblioteca
Nº total do acervo
Número de livros por habitante, segundo os
distritos onde se encontram as bibliotecas
Relação acervo por habitante
versus referência IFLA para o
desenvolvimento de coleções= 2
Tatuapé Cassiano Ricardo
3 91.672 30.557 156.864 5,13 3,13 Hans C. Andersen Arnaldo Giácomo
Santo Amaro Belmonte
2 71.560 35.780 114.759 3,21 1,21 Prefeito Prestes Maia
Pari Adelpha Figueiredo 1 17.299 17.299 41.837 2,42 0,42
Lapa Clarice Lispector
1 65.739 65.739 104.799 1,59 -0,41 Mário Schenberg
Vila Mariana Chácara do Castelo
2 130.484 65.242 74.251 1,14 -0,86 Viriato Corrêa
Socorro Malba Tahan 1 37.783 37.783 40.538 1,07 -0,93 República Monteiro Lobato 1 56.981 56.981 60.838 1,07 -0,93
Santana Narbal Fontes
2 118.797 59.399 60.178 1,01 -0,99 Nuto Sant'Anna
Freguesia Do Ó Afonso Schmidt
2 142.327 71.164 64.148 0,90 -1,10 Thales de Andrade
A.de Pinheiros Alvaro Guerra 1 43.117 43.117 32.709 0,76 -1,24 Butantã Camila C. César 1 54.196 54.196 38.385 0,71 -1,29
José Bonifácio Vicente de Carvalho
2 124.122 62.061 37.303 0,60 -1,40 Vinícius de Morais
Pinheiros Alceu Amoroso Lima 1 65.364 65.364 38.998 0,60 -1,40 Liberdade Raul Bopp 1 69.092 69.092 39.285 0,57 -1,43
Campo Limpo Helena Silveira
2 211.361 105.681 56.522 0,53 -1,47 Marcos Rey
Perus Padre José de Anchieta 1 80.187 80.187 41.591 0,52 -1,48
Vila Formosa Paulo Setúbal 1 94.799 94.799 45.821 0,48 -1,52 Itaim Bibi Anne Frank 1 92.570 92.570 42.947 0,46 -1,54 Carrão Lenyra Fraccaroli 1 83.281 83.281 37.627 0,45 -1,55 Vila Maria Álvares de Azevedo 1 113.463 113.463 50.820 0,45 -1,55 Água Rasa Paulo Sérgio Milliet 1 84.963 84.963 37.474 0,44 -1,56 Ipiranga Roberto Santos 1 106.865 106.865 46.686 0,44 -1,56 Aricanduva Milton Santos 1 89.622 89.622 38.330 0,43 -1,57 Artur Alvim Jovina Rocha Pessoa 1 105.269 105.269 43.055 0,41 -1,59 Limão Menotti Del Picchia 1 80.229 80.229 29.313 0,37 -1,63 Jaçanã José M. Vasconcelos 1 94.609 94.609 32.634 0,34 -1,66 Tucuruvi Sylvia Orthof 1 98.438 98.438 29.507 0,30 -1,70 Mooca Affonso Taunay 1 75.724 75.724 22.612 0,30 -1,70
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Tabela 36- Total de população, livros e número de livros/habitante, por biblioteca e distrito de localização
da biblioteca (conclusão)
Distrito Bibliotecas da CSMB
Número de
bibliotecas por
distrito
População total, por Distrito
Nº de habitantes do distrito
por unidade de biblioteca
Nº total do acervo
Número de livros por habitante, segundo os
distritos onde se encontram as bibliotecas
Relação acervo por habitante
versus referência IFLA para o
desenvolvimento de coleções= 2
Mandaqui Pedro da Silva Nava 1 107.580 107.580 29.760 0,28 -1,72 Vila Prudente Ricardo Ramos 1 104.242 104.242 28.122 0,27 -1,73 Guaianazes Cora Coralina 1 164.512 164.512 43.965 0,27 -1,73 Cursino Amadeu Amaral 1 109.088 109.088 28.379 0,26 -1,74 Pirituba Brito Broca 1 167.931 167.931 43.232 0,26 -1,74 Jabaquara Paulo Duarte 1 223.780 223.780 55.517 0,25 -1,75 Lajeado Jamil A.Haddad 1 103.996 103.996 23.565 0,23 -1,77 Ermelino Matarazzo Rubens de Morais 1 113.615 113.615 25.452 0,22 -1,78 Vila Curuçá Vicente P.Guimarães 1 149.053 149.053 31.278 0,21 -1,79 São Miguel Raimundo Menezes 1 135.043 135.043 27.126 0,20 -1,80 Jaraguá Érico Veríssimo 1 184.818 184.818 36.581 0,20 -1,80 Sacomã Castro Alves 1 247.851 247.851 38.260 0,15 -1,85 São Lucas Aureliano Leite 1 142.347 142.347 19.906 0,14 -1,86 Itaquera Sérgio B. de Holanda 1 204.871 204.871 28.501 0,14 -1,86 Sapopemba Gilberto Freyre 1 284.524 284.524 22.261 0,08 -1,92 Total 52 4.943.164 4.482.724 1.941.736 0,43 -1,57
Fonte: CSMB, 2015 Nota: Dados trabalhados pelo autor
Essa distância entre a realidade e o desejado é reiterada se considerarmos o índice de
aquisições de acervo anual preconizado pela IFLA que é de 0,25 para cada grupo de até 20.000
habitantes; 0,225 para cada grupo de até 50.000 habitantes; e 0,20 para grupos acima de 100.000
habitantes. Para efeito de cálculo das necessidades do conjunto populacional de todos os distritos
onde se localizam as bibliotecas, utilizamos o índice 0,20. Aplicando esse índice sobre o total de
habitantes, deveriam ter sido adquiridos em média 19.012 exemplares por biblioteca no ano de
2014. No entanto, foram adquiridos em média 2.215 exemplares por biblioteca. Ou seja, foram
comprados (menos) - 88% dos livros necessários para o desenvolvimento das coleções.
Como observado na Tabela 37, a Biblioteca Monteiro Lobato foi a única biblioteca que
obteve índice positivo da taxa de variação de aquisições de acervo com 306%. Este resultado é
explicado pelo fato da Biblioteca Monteiro Lobato, em 2014, ter mudado o método de coleta de
número de acervo, passando a considerar uma parte do acervo especializado que anteriormente
não era contabilizado.
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Tabela 37- Índice de aquisição anual IFLA, número médio de aquisição por biblioteca IFLA, número médio de
aquisição por biblioteca em 2014 e taxa de variação (%), por biblioteca e distrito de localização
Distritos Bibliotecas
Proporção 1 equipamento de
leitura X população total do distrito
Índice de aquisições
anuais segundo IFLA
Número de aquisições
anuais segundo IFLA
Aquisições 2014
Taxa de variação (aquisições 2014 X referência IFLA),
em %
Pari Adelpha Figueiredo 17.299 0,250 4.325 2.299 -47 Mooca Affonso Taunay 75.724 0,200 15.145 2.098 -86 Freguesia do Ó Afonso Schmidt 47.442 0,225 10.675 1.573 -85 Pinheiros Alceu Amoroso Lima 65.364 0,200 13.073 1.917 -85 Vila Maria Álvares de Azevedo 113.463 0,200 22.693 3.043 -87 A. de Pinheiros Álvaro Guerra 43.117 0,225 9.701 1.192 -88 Cursino Amadeu Amaral 54.544 0,200 10.909 2.301 -79 Itaim Bibi Anne Frank 92.570 0,200 18.514 904 -95 São Lucas Aureliano Leite 142.347 0,200 28.469 1.286 -95 Santo Amaro Belmonte 35.780 0,225 8.051 1.758 -78 Pirituba Brito Broca 41.983 0,225 9.446 1.762 -81 Butantã Camila Cerqueira César 10.839 0,250 2.710 1.299 -52 Tatuapé Cassiano Ricardo 11.459 0,250 2.865 2.579 -10 Sacomã Castro Alves 123.928 0,020 24.785 1.487 -94 Vila Mariana Chácara do Castelo 43.495 0,225 9.788 1.418 -86 Lapa Clarice Lispector 32.870 0,225 7.398 1.387 -81 Guaianases Cora Coralina 54.837 0,200 10.967 2.314 -79 Jaraguá Érico Veríssimo 61.606 0,200 12.321 1.182 -90 Sapopemba Gilberto Freyre 142.262 0,200 28.452 2.184 -92 Tatuapé Hans Christian Andersen 11.459 0,250 2.885 1.908 -33 Campo Limpo Helena Silveira 42.272 0,225 9.511 1.430 -85 Lajeado Jamil Almansur Haddad 34.665 0,225 7.800 2.217 -72 Jaçanã José M. de Vasconcelos 94.609 0,200 18.922 1.605 -92 Artur Alvim Jovina R. Álvares Pessoa 105.269 0,200 21.054 1.753 -92 Carrão Lenyra Fraccaroli 83.281 0,200 16.656 1.362 -92 Socorro Malba Tahan 12.594 0,250 3.149 1.509 -52 Campo Limpo Marcos Rey 42.272 0,225 9.511 810 -91 Lapa Mário Schenberg 32.870 0,225 7.396 3.134 -58 Limão Menotti Del Picchia 80.229 0,200 16.046 614 -96 Aricanduva Milton Santos 44.811 0,225 10.082 2.104 -79 República Monteiro Lobato 28.491 0,225 6.410 26.015 306 Santana Narbal Fontes 59.399 0,200 11.880 1.453 -88 Santana Nuto Sant'Anna 59.399 0,200 11.880 934 -92 Perus Padre José de Anchieta 40.094 0,225 9.021 3.143 -65 Jabaquara Paulo Duarte 111.890 0,200 22.378 1.440 -94 Água Rasa Paulo S. Duarte Milliet 84.963 0,200 16.993 1.571 -91 Vila Formosa Paulo Setúbal 31.600 0,225 7.110 1.874 -74 Mandaqui Pedro da Silva Nava 107.580 0,200 21.516 1.353 -94 Santo Amaro Prefeito Prestes Maia 35.780 0,225 8.051 3.252 -60 Tatuapé Profº Arnaldo M. Giácomo 11.459 0,250 2.865 889 -69 São Miguel Raimundo de Menezes 19.292 0,250 4.823 1.419 -71 Liberdade Raul Bopp 69.092 0,200 13.818 938 -93 Vila Prudente Ricardo Ramos 104.242 0,200 20.848 1.547 -93 Ipiranga Roberto Santos 106.865 0,200 21.373 2.885 -87 Erm. Matarazzo Rubens B. A. de Morais 113.615 0,200 22.723 1.343 -94 Itaquera Sérgio B. de Holanda 102.436 0,200 20.487 1.539 -92 Tucuruvi Sylvia Orthof 49.219 0,225 11.074 1.039 -91 Freguesia do Ó Thales C. de Andrade 47.442 0,225 10.675 1.243 -88 José Bonifácio Vicente de Carvalho 62.061 0,200 12.412 843 -93 Vila Curuçá Vicente Paulo Guimarães 149.053 0,200 29.811 1.827 -94 José Bonifácio Vinícius de Morais 62.061 0,200 12.412 1.667 -87 Vila Mariana Viriato Corrêa 43.495 0,225 9.786 4.579 -53
Total 3.294.783 0,200 658.957 115.222 -83 Fonte: IBGE (2010) e CSMB (2015) Nota: Dados trabalhados pelo autor
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Com exceção da Monteiro Lobato, a maioria das bibliotecas obteve índices negativos.
Sendo que 92% delas - 49 Bibliotecas - apresentaram índices de aquisição negativos superiores a
–50%. As bibliotecas que obtiveram taxa de variação inferiores aos -50% foram: Adelpha
Figueiredo com -47%, Hans C. Andersen com -33% e Cassiano Ricardo que surpreendentemente
teve uma defasagem de apenas -10% .
Este resultado demonstra a necessidade de pensar uma política de aquisição articulada e
integrada com os diferentes departamentos da SMC como CCSP, Mário de Andrade, CCJ,
Bibliotecas do DEC e CEUS produzindo uma distribuição de acervo que garanta a equidade nas
dimensões internas e intraurbanas.
A aquisição para a reposição, atualização e fomento por meio de ofertas de itens que
consigam atrair novos públicos é ação presente no cotidiano da vida das bibliotecas que deve se
basear na dinâmica de frequência de usuários. Os indicadores que podem colaborar no processo
de planejamento dos itens a serem adquiridos assim como as quantidades adequadas são o
número de novas matrículas e o número de matrículas renovadas.
As bibliotecas que receberam as maiores quantidade de novas matrículas foram a Milton
Santos, a Roberto Santos, a Sérgio Buarque de Holanda e a Jovina Rocha A. Pessoa. Com
exceção da Roberto Santos, estas bibliotecas estão localizadas em distritos que estão entre os
piores em termos de IDH: Aricanduva, Itaquera e Arthur Alvim. A Milton Santos e a Roberto
Santos também se destacaram em relação ao número de matrículas renovadas (Tabela 38).
“O número significativo de matrículas novas e renovações se deve ao intenso trabalho de divulgação e parcerias em que temos investido. Além de outros dois fatores importantes como o acervo, que tem se desenvolvido de maneira bastante qualitativa com base nas aquisições e nas doações da comunidade; e da localização de fácil acesso para o público jovem e adulto, devido as diversas linhas de ônibus que passam pela avenida.”
Coordenadora da BP Milton Santos: Lívia Domingues da Silva
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Tabela 38- Número e porcentagem (%) de novas matrículas, matrículas renovadas e total de frequência de recepção, em 2014
Bibliotecas Novas Matrículas (2014) Renovação de matrículas
(2014) Frequência de
Recepção (2014)
N.A. % N.A. % Milton Santos 2.936 28,43 1.668 16,15 10.326 Roberto Santos 2.378 15,77 1.541 10,22 15.078 Sérgio Buarque de Holanda 2.027 18,03 978 8,70 11.241 Jovina Rocha Álvares Pessoa 2.015 14,48 1.236 8,89 13.911 Brito Broca 1.814 14,18 1.030 8,05 12.792 Prefeito Prestes Maia 1.804 16,92 772 7,24 10.664 Paulo Setúbal 1.777 11,34 929 5,93 15.665 Amadeu Amaral 1.771 16,57 1.085 10,15 10.689 José Paulo Paes 1.758 13,91 658 5,20 12.642 Raimundo de Menezes 1.727 12,15 916 6,44 14.218 Gilberto Freyre 1.715 13,55 1.161 9,17 12.658 Mário Schenberg 1.701 17,66 1.056 10,96 9.631 Paulo Duarte 1.680 14,05 1.005 8,41 11.956 Pedro da Silva Nava 1.677 27,35 850 13,86 6.132 Cora Coralina 1.574 81,01 773 39,78 1.943 Álvares de Azevedo 1.563 27,29 871 15,21 5.727 Aureliano Leite 1.462 9,34 905 5,78 15.655 Cassiano Ricardo 1.459 15,20 853 8,89 9.596 Ricardo Ramos 1.429 10,10 739 5,22 14.149 Belmonte 1.376 21,44 811 12,63 6.419 Padre José de Anchieta 1.362 4,27 844 2,65 31.901 Rubens Borba Alves de Morais 1.334 13,80 656 6,78 9.670 Lenyra Fraccaroli 1.293 8,31 785 5,04 15.565 Helena Silveira 1.278 10,01 760 5,95 12.765 José Mauro de Vasconcelos 1.217 5,75 609 2,88 21.157 Monteiro Lobato 1.210 9,47 658 5,15 12.783 Camila Cerqueira César 1.152 8,55 709 5,26 13.481 Alceu Amoroso Lima 1.065 10,68 562 5,64 9.972 Vicente Paulo Guimarães 1.045 5,57 610 3,25 18.775 Afonso Schmidt 954 16,67 443 7,74 5.722 Narbal Fontes 940 5,95 450 2,85 15.805 Viriato Corrêa 909 4,08 508 2,28 22.304 Érico Veríssimo 877 8,02 466 4,26 10.931 Álvaro Guerra 847 12,63 543 8,10 6.705 Paulo Sérgio Duarte Milliet 800 4,69 470 2,76 17.055 Malba Tahan 783 5,48 453 3,17 14.285 Marcos Rey 781 9,06 362 4,20 8.617 Vinícius de Morais 753 4,35 350 2,02 17.303 Jamil Almansur Haddad 746 6,02 433 3,50 12.389 Affonso Taunay 715 3,64 365 1,86 19.668 Sylvia Orthof 707 18,32 380 9,84 3.860 Raul Bopp 686 4,45 367 2,38 15.408 Nuto Sant'Anna 576 6,20 348 3,75 9.287 Vicente de Carvalho 553 4,37 322 2,54 12.664 Thales Castanho de Andrade 508 2,70 326 1,73 18.799 Clarice Lispector 500 5,55 328 3,64 9.004 Castro Alves 492 2,64 295 1,58 18.636 Adelpha Figueiredo 435 4,91 259 2,92 8.862 Anne Frank 351 6,30 195 3,50 5.572 Menotti Del Picchia 252 4,61 97 1,77 5.472 Hans Christian Andersen 242 3,08 81 1,03 7.851 Chácara do Castelo 183 2,14 125 1,46 8.537 Professor Arnaldo Magalhães Giácomo 149 1,68 40 0,45 8.863 Total 61.338 9,43 34.036 5,23 650.760
Fonte: CSMB, 2015 Nota: Dados trabalhados pelo autor
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Os acervos são procurados predominantemente em 23 bibliotecas para empréstimo.
Principalmente nas bibliotecas Amadeu Amaral, Vicente Paulo Guimarães, Gilberto Freyre,
Paulo S.D Milliet, Vicente de Carvalho, Brito Broca, Jamil A. Haddad, Padre José de Anchieta e
Paulo Setúbal que obtiveram percentuais de empréstimos que decresceram de 76% à 60%. Esse
grupo de bibliotecas pode ser caracterizado como bibliotecas de empréstimo (Tabela 39).
“Na tabela 38 podemos verificar que a Biblioteca Pedro Nava é a segunda biblioteca da região norte com maior número de matrículas em 2014 e na tabela 39, a biblioteca Pedro Nava possui o maior número de empréstimos, ou seja, isso demonstra que apesar de sofrer uma redução na frequência de portaria, houve bastante demanda dos serviços de referência como; matrícula, empréstimo e consulta.”
Coordenadora da BP Pedro Nava: Cícera Cleide Mascarenhas Santana “Isso se deve muito à qualidade de seu acervo, grande parte conquistado por intermédio das doações realizadas pelo público freqüentador. Necessidade de pensar uma política de aquisição articulada com envolvimento da unidade visando produzir acervo que garanta o atendimento a seus usuários e que posteriormente venha atrair novos públicos.”
Coordenadora da BP Roberto Santos: Maria Aparecida dos Reis Ribeiro da Silva
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Tabela 39- Tipo de Acervo nas bibliotecas da CSMB, por predomínio (N.A. e %) de empréstimos e consultas por unidade, em 2014
Fonte: CSMB, 2015 Nota: Dados trabalhados pelo autor
Bibliotecas Empréstimos Consultas
Bibliotecas Consultas Empréstimos
N.A. % N.A. % N.A. % N.A. %
Amadeu Amaral 16.580 76 5.190 24 Hans Christian Andersen 9.924 85 1.744 15 Vicente Paulo Guimarães 9.683 71 3.966 29 Affonso Taunay 26.802 81 6.242 19 Gilberto Freyre 17.161 69 7.780 31 Raul Bopp 25.338 77 7.567 23 Paulo S. D. Milliet 7.603 68 3.515 32 Malba Tahan 23.534 75 7.815 25 Vicente de Carvalho 5.937 67 2.937 33 Anne Frank 10.695 74 3.669 26 Brito Broca 14.913 64 8.368 36 Monteiro Lobato 24.352 70 10.371 30 Jamil Almansur Haddad 15.662 62 9.719 38 Cora Coralina 20.102 68 9.247 32 Padre José de Anchieta 14.968 61 9.607 39 Clarice Lispector 23.230 68 10.939 32
Paulo Setúbal 13.061 60 8.790 40 Profº Arnaldo M. Giácomo 2.368 67 1.192 33
Raimundo de Menezes 15.856 59 10.867 41 Roberto Santos 38.364 66 19.725 34 Afonso Schmidt 11.873 58 8.523 42 Viriato Corrêa 16.668 65 9.122 35 Belmonte 10.306 58 7.567 42 Narbal Fontes 15.304 63 8.803 37 Jovina R. A. Pessoa 31.527 58 23.211 42 Helena Silveira 18.715 63 11.157 37 Vinícius de Morais 12.420 56 9.872 44 Álvaro Guerra 12.761 60 8.333 40 Sylvia Orthof 6.414 55 5.181 45 Alceu Amoroso Lima 13.476 59 9.371 41 Aureliano Leite 11.376 55 9.300 45 Castro Alves 11.957 58 8.562 42 Cassiano Ricardo 12.748 55 10.451 45 Sérgio B. de Holanda 21.970 57 16.278 43 Lenyra Fraccaroli 14.577 55 11.981 45 Marcos Rey 9.190 57 6.880 43 Menotti Del Picchia 2.052 55 1.713 45 Ricardo Ramos 16.391 56 12.662 44 Mário Schenberg 15.817 53 14.015 47 José M. de Vasconcelos 15.566 56 12.093 44 Érico Veríssimo 10.541 52 9.755 48 José Paulo Paes 16.841 56 13.086 44 Pedro da Silva Nava 16.900 52 15.815 48 Paulo Duarte 17.124 56 13.598 44 Álvares de Azevedo 8.845 51 8.544 49 Chácara do Castelo 2.879 55 2.322 45
Camila Cerqueira César 19.620 55 16.061 45
Bibliotecas Empréstimos Consultas Nuto Sant'Anna 6.213 55 5.120 45
N.A. % N.A. % Rubens B. A. de Morais 11.134 54 9.344 46 Prefeito Prestes Maia 14.419 50 14.288 50 Adelpha Figueiredo 4.800 54 4.081 46
Thales C. de Andrade 5.875 51 5.576 49 Cidade 582.599 46 683.039 54 Milton Santos 20.891 51 20.400 49
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Tabela 40– Índice de utilização do acervo para consultas e empréstimos por biblioteca, em 2014
Bibliotecas Frequência recepção
Total acervo
Exemplares disponíveis por usuário
Consultas Empréstimo
Total Índice de
utilização do acervo
Total Índice de
utilização do acervo
Affonso Taunay 15.078 25.901 2 26.802 1,0 6.242 4,1 Roberto Santos 18.799 51.198 3 38.364 1,3 19.725 2,6 Sérgio Buarque de Holanda 18.636 30.914 2 21.970 1,4 16.278 1,9 Raul Bopp 9.287 40.420 4 25.338 1,6 7.567 5,3 Clarice Lispector 5.727 37.633 7 23.230 1,6 10.939 3,4 Malba Tahan 13.481 42.475 3 23.534 1,8 7.815 5,4 Ricardo Ramos 12.664 30.468 2 16.391 1,9 12.662 2,4 Narbal Fontes 10.931 28.608 3 15.304 1,9 8.803 3,2 Jovina Rocha Alves Pessoa 21.157 45.422 2 23.211 2,0 31.527 1,4 Milton Santos 15.805 41.256 3 20.891 2,0 20.400 2,0 Helena Silveira 31.901 37.238 1 18.715 2,0 11.157 3,3 Pedro da Silva Nava 12.389 31.664 3 15.815 2,0 16.900 1,9 Camila Cerqueira César 9.631 40.477 4 19.620 2,1 16.061 2,5 José Mauro de Vasconcelos 15.565 34.427 2 15.566 2,2 12.093 2,8 José Paulo Paes 12.765 38.272 3 16.841 2,3 13.086 2,9 Cora Coralina 15.655 46.174 3 20.102 2,3 9.247 5,0 Aureliano Leite 12.642 21.828 2 9.300 2,3 11.376 1,9 Vinícius de Morais 8.537 23.558 3 9.872 2,4 12.420 1,9 Marcos Rey 9.972 22.191 2 9.190 2,4 6.880 3,2 Rubens Borba Alves de Morais 9.004 27.234 3 11.134 2,4 9.344 2,9 Jamil Almansur Haddad 9.670 25.121 3 9.719 2,6 15.662 1,6 Raimundo de Menezes 15.408 29.273 2 10.867 2,7 15.856 1,8 Álvaro Guerra 10.664 34.482 3 12.761 2,7 8.333 4,1 Alceu Amoroso Lima 13.911 41.842 3 13.476 3,1 9.371 4,5 Viriato Corrêa 8.863 52.306 6 16.668 3,1 9.122 5,7 Gilberto Freyre 14.149 24.609 2 7.780 3,2 17.161 1,4 Lenyra Fraccaroli 12.783 39.432 3 11.981 3,3 14.577 2,7 Paulo Duarte 14.285 56.679 4 17.124 3,3 13.598 4,2 Castro Alves 6.132 40.058 7 11.957 3,4 8.562 4,7 Afonso Schmidt 11.241 30.182 3 8.523 3,5 11.873 2,5 Hans Christian Andersen 6.419 36.406 6 9.924 3,7 1.744 20,9 Érico Veríssimo 9.596 38.502 4 9.755 3,9 10.541 3,7 Anne Frank 10.689 43.874 4 10.695 4,1 3.669 12,0 Cassiano Ricardo 11.956 50.396 4 10.451 4,8 12.748 4,0 Padre José de Anchieta 17.055 47.101 3 9.607 4,9 14.968 3,1 Monteiro Lobato 22.304 124.250 6 24.352 5,1 10.371 12,0 Mário Schenberg 18.775 73.155 4 14.015 5,2 15.817 4,6 Prefeito Prestes Maia 19.668 77.150 4 14.288 5,4 14.419 5,4 Brito Broca 12.658 45.636 4 8.368 5,5 14.913 3,1 Nuto Sant'Anna 6.705 35.192 5 6.213 5,7 5.120 6,9
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Tabela 40– Índice de utilização do acervo para consultas e empréstimos por biblioteca, em 2014 (conclusão)
Bibliotecas Frequência recepção
Total acervo
Exemplares disponíveis por usuário
Consultas Empréstimo
Total Índice de
utilização do acervo
Total Índice de
utilização do acervo
Amadeu Amaral 15.665 30.776 2 5.190 5,9 16.580 1,9 Sylvia Orthof 8.862 31.199 4 5.181 6,0 6.414 4,9 Vicente de Carvalho 5.472 17.711 3 2.937 6,0 5.937 3,0 Paulo Setúbal 17.303 53.604 3 8.790 6,1 13.061 4,1 Álvares de Azevedo 12.792 52.510 4 8.544 6,1 8.845 5,9 Thales Castanho de Andrade 5.572 38.014 7 5.875 6,5 5.576 6,8 Belmonte 14.218 60.462 4 7.567 8,0 10.306 5,9 Vicente Paulo Guimarães 7.851 33.669 4 3.966 8,5 9.683 3,5 Adelpha Figueiredo 10.326 45.835 4 4.800 9,5 4.081 11,2 Chácara do Castelo 1.943 29.529 15 2.879 10,3 2.322 12,7 Paulo Sérgio Duarte Milliet 8.617 39.789 5 3.515 11,3 7.603 5,2 Professor Arnaldo Magalhães Giácomo 3.860 31.773 8 2.368 13,4 1.192 26,7 Menotti Del Picchia 5.722 27.513 5 1.713 16,1 2.052 13,4 TOTAL 650.760 2.135.388 3 683.039 3,1 582.599 3,7
Fonte: CSMB, 2015 Nota: Dados trabalhados pelo autor
Escala do índice de consultas e empréstimos
1- 3,9 Muito utilizado 4- 6,9 Utilizado 7- 9,9 Pouco utilizado
10 ou + Muito pouco utilizado
As bibliotecas de empréstimos que tiveram os seus acervos muito utilizados foram a Brito
Broca, Vicente de Carvalho, Jamil Haddad, Vicente Paulo Guimarães, Amadeu Amaral e
Gilberto Freire, alcançando índices de utilização que variaram de 1,0 a 3,9 empréstimos por item
de acervo. Em contrapartida, essas bibliotecas obtiveram taxas negativas de aquisição (Tabela
40) superiores à -90%, exceções feitas à Brito Broca que registrou taxa negativa de -81% e a
Padre José de Anchieta que registrou taxa negativa de -65%, o que demonstra a necessidade
urgente de se planejar uma política de aquisição que de conta dessas demandas.
“Apesar do número de usuários e de empréstimos, desde 2013, a biblioteca tem recebido apenas 1 exemplar de cada livro. Já fiz algumas reclamações a DDCTI, que ficou de reparar o erro a partir das compras futuras, porém continuamos recebendo apenas 1 exemplar.”
Coordenadora da BP Padre José de Anchieta: Maria Elizabeth Caldellas Pedrosa
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Tabela 41 – Itens do acervo mais emprestados nas bibliotecas da CSMB em N.A. e %, em 2014
Fonte: CSMB, 2015 Nota: Dados trabalhados pelo autor
BIBLIOTECA Itens do acervo mais emprestados em 2014, em número absoluto e percentual Livros Gibis/Mangás Revistas Outros Total de
empréstimo N.A. % N.A. % N.A. % N.A. % Anne Frank 3.461 94 100 3 108 3 0 0 3.669 Nuto Sant'Anna 4.747 93 83 2 290 6 0 0 5.120 Cora Coralina 8.548 93 523 6 155 2 0 0 9.234 Prefeito Prestes Maia 13.189 92 601 4 491 3 41 0 14.322 Mário Schenberg 14.426 91 685 4 406 3 292 2 15.809 Paulo Duarte 12.330 91 835 6 344 3 35 0 13.598 Paulo Sérgio Duarte Milliet 6.844 90 524 7 235 3 0 0 7.603 Marcos Rey 6.066 89 717 10 55 1 0 0 6.838 Álvares de Azevedo 7.833 89 783 9 229 3 0 0 8.845 Belmonte 9.118 88 672 7 506 5 10 0 10.306 Adelpha Figueiredo 3.604 88 160 4 237 6 80 2 4.081 Alceu Amoroso Lima 8.257 88 519 6 546 6 41 0 9.363 José Paulo Paes 11.495 88 1.180 9 411 3 0 0 13.086 Viriato Corrêa 7.973 87 1.038 11 111 1 0 0 9.122 Narbal Fontes 7.583 86 984 11 232 3 0 0 8.799 Álvaro Guerra 7.156 86 729 9 411 5 16 0 8.312 Helena Silveira 9.596 86 1.552 14 9 0 0 0 11.157 Paulo Setúbal 11.106 86 1.116 9 389 3 333 3 12.944 Cassiano Ricardo 10.913 86 787 6 720 6 328 3 12.748 Roberto Santos 16.854 85 1.790 9 688 3 393 2 19.725 Sérgio Buarque de Holanda 13.894 85 1.406 9 967 6 11 0 16.278 Raul Bopp 6.351 84 650 9 565 7 0 0 7.566 Rubens B. Alves de Morais 7.736 83 971 10 615 7 16 0 9.338 Milton Santos 16.779 82 2.168 11 1.429 7 0 0 20.376 Gilberto Freyre 14.121 82 1.818 11 1.222 7 0 0 17.161 Raimundo de Menezes 12.973 82 2.200 14 671 4 0 0 15.844 Menotti Del Picchia 1.669 81 334 16 49 2 0 0 2.052 Malba Tahan 6.355 81 428 5 939 12 0 0 7.815 Aureliano Leite 9.230 81 1.445 13 701 6 0 0 11.376 Affonso Taunay 5.011 80 777 12 454 7 0 0 6.242 Thales Castanho de Andrade 4.439 80 530 10 580 10 0 0 5.549 Vicente de Carvalho 4.724 80 906 15 307 5 0 0 5.937 Prof. Arnaldo M. Giácomo 846 80 215 20 3 0 0 0 1.064 Chácara do Castelo 1.842 79 402 17 71 3 7 0 2.322 Brito Broca 11.786 79 2.512 17 615 4 0 0 14.913 Sylvia Orthof 4.770 74 1.171 18 473 7 0 0 6.414 Amadeu Amaral 12.195 74 2.291 14 1.587 10 0 0 16.580 Ricardo Ramos 9.260 73 2.663 21 734 6 0 0 12.657 Camila Cerqueira César 11.279 70 3.245 20 1.480 9 0 0 16.061 Monteiro Lobato 7.231 70 2.790 27 350 3 0 0 10.371 José Mauro de Vasconcelos 8.242 68 2.472 20 1.161 10 115 1 12.093 Érico Veríssimo 6.935 66 2.442 23 857 8 63 1 10.492 Vicente Paulo Guimarães 6.358 66 2.435 25 890 9 0 0 9.683 Padre José de Anchieta 9.762 65 3.662 24 1.274 9 237 2 14.968 Lenyra Fraccaroli 9.167 63 3.879 27 1.492 10 27 0 14.565 Hans Christian Andersen 1.080 62 552 32 111 6 0 0 1.743 Afonso Schmidt 7.218 61 2.752 23 1.903 16 0 0 11.873 Pedro da Silva Nava 10.174 60 3.713 22 3.013 18 0 0 16.900 Jovina Rocha Álvares Pessoa 17.745 56 7.543 24 6.239 20 0 0 31.527 Castro Alves 4.298 51 1.768 21 2.130 25 213 3 8.409 Clarice Lispector 5.241 48 2.256 21 3.424 31 18 0 10.939 Vinícius de Morais 5.713 46 4.996 40 1.698 14 0 0 12.407 Jamil Almansur Haddad 5.391 34 6.017 38 4.199 27 55 0 15.662 Total 440.914 76 88.787 15 48.776 8 2.331 0 581.858
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Em relação aos itens mais emprestados (Tabela 41), os livros foram destaques para a
maioria das bibliotecas consideradas de empréstimos. Apenas na Jamil Haddad, os gibis foram
os mais emprestados, 38% do acervo. Este percentual reitera o perfil etário desta biblioteca: o
público jovem é o mais presente.
Já as consultas tiveram predominância em 29 bibliotecas. A Hans Christian Andersen,
Affonso Taunay, Raul Bopp, Malba Tahan, Anne Frank, Monteiro Lobato, Cora Coralina, Profº
Arnaldo M. Giácomo, Roberto Santos, principalmente, são bibliotecas de consulta. Essa
característica também traz para as bibliotecas um conjunto de tarefas que passam desde a oferta
de uma infraestrutura arquitetônica aprazível até uma oferta de acervo que satisfaça a demanda.
Em relação às ofertas de acervo para consulta, a maioria dessas bibliotecas recebe um
público frequentador que muito utiliza os itens ofertados no acervo. A única que obteve
desempenho na contramão das mais procuradas para consulta foi biblioteca Profº Arnaldo M.
Giácomo que registrou um índice de utilização de 13,4 consultas por item do acervo, sendo,
portanto, muito pouco utilizado o seu acervo de forma geral. Essa subutilização desse acervo
pode estar indicando que os itens oferecidos não atendem os interesses das demandas do
território.
Os jornais foram os itens mais consultados nas bibliotecas Roberto Santos, com 82% do
total de itens oferecidos e Hans Andersen, 70% do total de itens oferecidos. Os gibis foram mais
procurados para consulta na Monteiro Lobato, com 43% do total de itens oferecidos, e na Cora
Coralina que registrou 35% de procura para consulta. Os livros foram objetos de consulta
principalmente na Prof. Arnaldo Giácomo com 63% do total de itens e Anne Frank, 47% do total
de itens (Tabela 42).
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Tabela 42- Itens do acervo mais consultados nas bibliotecas da CSMB em N.A. e %, em 2014
Fonte: CSMB, 2015 Nota: Dados trabalhados pelo autor
BIBLIOTECAS
Itens do acervo mais consultados em 2014, em número absoluto e percentual
Livros GIBIS/MANGAS JORNAIS REVISTAS OUTROS SUPORTES Total de
consultas N.A. % N.A. % N.A. % N.A. % N.A. %
Malba Tahan 16.923 71,91 306 1,30 3.259 13,85 2.991 12,71 55 0,23 23.534 Alceu Amoroso Lima 8.984 66,80 533 3,96 2.789 20,74 1.094 8,13 49 0,36 13.449 Raul Bopp 16.341 64,53 1.920 7,58 5.380 21,25 1.680 6,63 2 0,01 25.323 Profº Arnaldo M.Giácomo 1.472 62,77 410 17,48 243 10,36 220 9,38 0 0,00 2.345 Sérgio B. de Holanda 13.590 61,86 3.383 15,40 2.089 9,51 2.801 12,75 107 0,49 21.970 Milton Santos 12.728 61,10 2.477 11,89 3.015 14,47 2.604 12,50 7 0,03 20.831 Viriato Corrêa 9.764 58,58 1.504 9,02 3.183 19,10 2.217 13,30 0 0,00 16.668 Belmonte 4.087 54,01 1.174 15,51 1.128 14,91 1.058 13,98 120 1,59 7.567 Paulo Setúbal 4.265 49,10 1.355 15,60 1.699 19,56 842 9,69 526 6,06 8.687 Anne Frank 5.064 47,35 1.989 18,60 1.762 16,47 1.880 17,58 0 0,00 10.695 José M. de Vasconcelos 7.151 45,94 3.535 22,71 2.487 15,98 2.393 15,37 0 0,00 15.566 Vinícius de Morais 4.306 44,43 1.737 17,92 1.387 14,31 1.196 12,34 1.065 10,99 9.691 Cassiano Ricardo 4.628 44,28 1.259 12,05 2.877 27,53 1.359 13,00 328 3,14 10.451 Narbal Fontes 6.639 43,38 1.442 9,42 4.081 26,67 3.142 20,53 0 0,00 15.304 Pedro da Silva Nava 6.555 41,45 3.190 20,17 3.288 20,79 2.782 17,59 0 0,00 15.815 Vicente de Carvalho 1.206 41,06 567 19,31 520 17,71 644 21,93 0 0,00 2.937 Sylvia Orthof 2.072 39,99 994 19,19 1.397 26,96 718 13,86 0 0,00 5.181 Menotti Del Picchia 644 37,59 752 43,90 69 4,03 248 14,48 0 0,00 1.713 Chácara do Castelo 1.061 36,85 954 33,14 445 15,46 366 12,71 53 1,84 2.879 Adelpha Figueiredo 1.737 36,19 232 4,83 2.436 50,75 390 8,13 5 0,10 4.800 Paulo Sérgio D. Milliet 1.258 35,79 671 19,09 977 27,80 609 17,33 0 0,00 3.515 Raimundo de Menezes 3.833 35,27 1.943 17,88 2.944 27,09 2.060 18,96 87 0,80 10.867 Aureliano Leite 2.947 31,69 2.902 31,20 0 0,00 3.451 37,11 0 0,00 9.300 Érico Veríssimo 3.073 31,50 1.348 13,82 2.871 29,43 2.410 24,71 53 0,54 9.755 Marcos Rey 2.818 30,66 2.798 30,45 1.448 15,76 2.126 23,13 0 0,00 9.190 Prefeito Prestes Maia 4.356 30,62 859 6,04 4.692 32,99 4.264 29,98 53 0,37 14.224 Rubens B. Alves de Morais 3.316 29,78 2.877 25,84 2.246 20,17 2.695 24,21 0 0,00 11.134 Cora Coralina 5.443 27,40 6.916 34,82 3.603 18,14 3.897 19,62 6 0,03 19.865 Nuto Sant'Anna 1.680 27,04 618 9,95 2.843 45,76 1.072 17,25 0 0,00 6.213 Mário Schenberg 3.750 26,76 594 4,24 5.879 41,95 3.209 22,90 583 4,16 14.015 Clarice Lispector 6.197 26,68 2.742 11,80 8.253 35,53 6.038 25,99 0 0,00 23.230 Castro Alves 3.115 26,06 1.986 16,61 3.488 29,18 3.249 27,18 116 0,97 11.954 Ricardo Ramos 4.178 25,49 6.866 41,90 3.187 19,45 2.157 13,16 0 0,00 16.388 Monteiro Lobato 6.173 25,35 10.645 43,71 3.582 14,71 3.072 12,61 880 3,61 24.352 Helena Silveira 4.719 25,22 3.110 16,62 6.220 33,24 4.666 24,93 0 0,00 18.715 Jamil Almansur Haddad 2.427 25,10 2.719 28,12 2.325 24,05 2.156 22,30 42 0,43 9.669 Affonso Taunay 6.442 24,12 5.575 20,87 8.047 30,12 6.649 24,89 0 0,00 26.713 Jovina R. Á. Pessoa 5.200 22,40 5.976 25,75 6.765 29,15 5.270 22,70 0 0,00 23.211 Álvares de Azevedo 1.867 21,85 1.467 17,17 3.442 40,29 1.768 20,69 0 0,00 8.544 Thales C. de Andrade 1.255 21,46 482 8,24 3.581 61,23 530 9,06 0 0,00 5.848 José Paulo Paes 3.575 21,23 3.696 21,95 8.049 47,79 1.521 9,03 0 0,00 16.841 Lenyra Fraccaroli 2.393 20,02 5.406 45,22 1.877 15,70 2.280 19,07 0 0,00 11.956 Paulo Duarte 3.326 19,42 2.011 11,74 5.039 29,43 6.748 39,41 0 0,00 17.124 Padre José de Anchieta 1.820 18,94 3.077 32,03 2.580 26,86 2.076 21,61 54 0,56 9.607 Gilberto Freyre 1.278 16,43 1.085 13,95 3.181 40,89 2.236 28,74 0 0,00 7.780 Vicente Paulo Guimarães 638 16,25 1.179 30,03 1.033 26,31 1.076 27,41 0 0,00 3.926 Amadeu Amaral 791 15,24 31 0,60 2.825 54,43 1.432 27,59 111 2,14 5.190 Camila Cerqueira César 2.587 13,19 7.274 37,07 5.528 28,18 4.231 21,56 0 0,00 19.620 Hans Christian Andersen 1.140 11,71 1.306 13,42 6.843 70,29 421 4,32 25 0,26 9.735 Álvaro Guerra 561 4,40 1.209 9,47 9.068 71,06 1.923 15,07 0 0,00 12.761 Afonso Schmidt 372 4,36 2.384 27,97 3.523 41,34 2.244 26,33 0 0,00 8.523 Brito Broca 334 3,99 3.570 42,66 2.720 32,50 1.744 20,84 0 0,00 8.368 Roberto Santos 1 0,00 2.611 6,81 31.683 82,59 3.544 9,24 525 1,37 38.364 TOTAL 222.080 32,57 127.646 18,72 203.876 29,90 123.449 18,10 4.852 0,71 681.903
Prefeitura do Município de São Paulo – PMSP Secretaria Municipal de Cultura – SMC
Coordenadoria do Sistema Municipal de Bibliotecas – CSMB
106
4.4 Resumo - Quadro situacional 2014 da rede de bibliotecas de CSMB, por Coordenadoria Regional
Tabela 43– Quadro situacional da Coordenadoria Regional Norte
Bibliotecas
Indicadores
Afonso Schmidt
Álvares de
Azevedo
Brito Broca
Érico Verís-simo
José M. de
Vascon-celos
Menotti Del
Picchia
Narbal Fontes
Nuto Sant' Anna
Padre José de
Anchieta
Pedro da Silva
Nava
Thales C.
Andra-de
Sylvia Orthof
PORTE E RANKING DOS DISTRITOS ONDE SE ENCONTRAM AS BIBLIOTECAS, SEGUNDO O IDH PORTE
G=GRANDE M=MÉDIO
G G G M M M M M G M M p
RANKING IDH 50 62 54 77 65 53 19 19 83 32 50 29
FREQUÊNCIA (RECEPÇÃO E PROGRAMAÇÃO) TAXA DE VARIAÇÃO DE
FREQUÊNCIA 2014/2013 (%) -23 -5 8 -17 -41 48 7 -21 -11 -44 -45 -2
RANKING DE FREQUÊNCIA TOTAL 33 22 25 35 37 49 29 46 10 31 48 44
% DE FREQUÊNCIA DE PROGRAMAÇÃO EM RELAÇÃO AO TOTAL
9 21 19 21 11 20 27 20 19 9 24 3
TIPO DE EVENTO (%, R$)
OCUPAÇÃO 46,52 EDIAÇÃO DE LEITURA 42,75 36,76
MEDIAÇÃO 1ª INFÂNCIA 35,10 34,23 PVOC 18,72
PIA 30,96 SARAU 29,70
EXPOSIÇÃO 26,70 CONTAÇÃO DE HISTÓRIA 28,95 42,98
VISITA MONITORADA 34,11 CUSTO MÉDIO POR
PROGRAMAÇÃO CSMB (R$) 2.016
660
1.202
398
371
213
283
545
1.227
91
367
750
PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO DO PÚBLICO DA RECEPÇÃO (PREDOMÍNIO) SEXO
M=MASCULINO F=FEMININO
SP=SEM PREDOMÍNIO
SP M F F SP F F M F M F F
FAIXA ETÁRIA A= ADULTO
J=JOVEM C=CRIANÇA
A A C C J A A A J A A A
COR/RAÇA B=BRANCA N=PRETA+PARDA B B B B B N B B N B B B
ESCOLARIDADE F=FUNDAMENTAL
M=MÉDIO S=SUPERIOR
M M M F M F M M M S M M
PESSOA COM DEFICIÊNCIA DE DEFICIÊNCIA A=AUDITIVA M=MOTORA
V=VISUAL MI=MENTAL/INTE-LECTUAL
A M V V V V I I V M MI M
SERVIÇO (ÍNDICES, TAXAS E PREDOMÍNIO) ACERVO POR HABITANTE,
SEGUNDO IFLA (2 LIVROS POR HABITANTE)
-1,10 -1,55 -1,74 -1,80 -1,66 -1,63 -0,99 -,99 -1,48 -1,72 -1.10 -1,70
(%) TAXA DE AQUISIÇÃO EM 2014, REFERÊNCIA IFLA -85 -87 -81 -90 -92 -96 -88 -92 -65 -94 -88 -91
% DE NOVAS MATRÍCULAS 16,67 27,29 14,18 8,02 5,75 4,61 5,95 6,20 4,27 27,35 2,70 18,32 % DE RENOVAÇÃO DE
MATRÍCULA 7,74 15,21 8,89 4,26 2,88 1,77 2,85 3,75 2,65 13,86 1,73 9,84
PREDOMÍNIO EMPRESTIMO/ CONSULTA E E E E C E C C E E C E
UTILIZAÇÃO DO ACERVO UM=MUITO UTILIZADO
U=UTILIZADO MPU=MUITO POUCO
UTILIZADO
MU U MU MU MU MPU MU U MU MU U U
TIPO DE ACERVO EMPRESTADO L=LIVRO L L L L L L L L L L L L
TIPO DE ACERVO CONSULTADO J=JORNAL
G=GIBIS L=LIVRO
J J G L L G L J G L J L
Prefeitura do Município de São Paulo – PMSP Secretaria Municipal de Cultura – SMC
Coordenadoria do Sistema Municipal de Bibliotecas – CSMB
107
Tabela 44 - Quadro situacional da Coordenadoria Regional Leste II
Bibliotecas
Indicadores
Milton Santos
Jovina Rocha Alves
Pessoa
Sérgio Buarque
de Holanda
Vicente de
Carvalho
Vinícius de Morais
Rubens Borba Alves
de Morais
Cora Coralina
Jamil Almansur Haddad
Vicente Paulo
Guimarães
Raimundo de
Menezes
PORTE E RANKING DOS DISTRITOS ONDE SE ENCONTRAM AS BIBLIOTECAS, SEGUNDO O IDH PORTE
G=GRANDE M=MÉDIO
P=PEQUENO
G M M P P M G M M M
RANKING IDH 59 58 76 70 70 72 85 94 88 67 FREQUÊNCIA (RECEPÇÃO E PROGRAMAÇÃO)
TAXA DE VARIAÇÃO DE FREQUÊNCIA 2014/2013 (%) -19 -7 17 -28 24 -24 -5 -27 35 -5
RANKING DE FREQUÊNCIA TOTAL 19 9 12 51 20 39 13 40 42 18
% DE FREQUÊNCIA DE PROGRAMAÇÃO EM RELAÇÃO AO TOTAL
7 2 5 1 49 20 18 12 19 10
TIPO DE EVENTO (%, R$)
ENCONTRO 31,09 MEDIAÇÃO DE LEITURA 89,47
MEDIAÇÃO 1ª INFÂNCIA 21,53 47,80 SARAU 16,25
CONTAÇÃO DE HISTÓRIA 50,38 62,09 32,05 43,97 25,38 CUSTO MÉDIO POR
PROGRAMAÇÃO CSMB (R$) 329 472 476 0 362 899 766 288 1.536 1.493
PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO DO PÚBLICO DA RECEPÇAÕ (PREDOMÍNIO) SEXO
M=MASCULINO F=FEMININO
SP=SEM PREDOMÍNIO
F F F M F SP M SP F F
FAIXA ETÁRIA A= ADULTO
J=JOVEM C=CRIANÇA
J J C J A J J J C J
COR/RAÇA B=BRANCA N=PRETA+PARDA B B B B B N N N B B
ESCOLARIDADE F=FUNDAMENTAL
M=MÉDIO S=SUPERIOR
M M M M M M M F M M
PESSOA COM DEFICIÊNCIA DE DEFICIÊNCIA A=AUDITIVA M=MOTORA
V=VISUAL MI=MENTAL/INTE-LECTUAL
V V MI A MI V MI S/I MI MI
SERVIÇO (ÍNDICES, TAXAS E PREDOMÍNIO) ACERVO POR HABITANTE,
SEGUNDO IFLA (2 LIVROS POR HABITANTE)
-1,57 -1,59 -1,86 -1,40 -1,40 -1,78 -1,73 -1,77 -1,79 -1,80
(%) TAXA DE AQUISIÇÃO EM 2014, REFERÊNCIA IFLA -79 -92 -92 -93 -87 -94 -79 -72 -94 -71
% DE NOVAS MATRÍCULAS 28,43 14,48 18,03 4,37 4,35 13,80 81,01 6,02 5,57 12,15 % DE RENOVAÇÃO DE
MATRÍCULA 16,15 8,89 8,70 2,54 2,02 6,78 39,78 3,50 3,25 6,44
EMPRESTIMO/ CONSULTA C E C E E C C E E E
UTILIZAÇÃO DO ACERVO UM=MUITO UTILIZADO
U=UTILIZADO MPU=MUITO POUCO
UTILIZADO
MU MU MU MU MU MU U MU MU MU
TIPO DE ACERVO EMPRESTADO
L=LIVRO L L L L L L L G L L
TIPO DE ACERVO CONSULTADO
J=JORNAL G=GIBIS L=LIVRO
L J L L L L G G G L
Prefeitura do Município de São Paulo – PMSP Secretaria Municipal de Cultura – SMC
Coordenadoria do Sistema Municipal de Bibliotecas – CSMB
108
Tabela 45- Quadro situacional da Coordenadoria Regional Leste I
Bibliotecas
Indicadores
Lenyra Fraccaroli
Paulo Setúbal
Paulo Sérgio Duarte Milliet
Affonso Taunay
Adelpha Figueiredo
Cassiano Ricardo
Hans C. Andersen
Profº Arnaldo
M. Giácomo
Aure-liano Leite
Gilberto
Freyre
Ricardo Ramos
PORTE E RANKING DOS DISTRITOS ONDE SE ENCONTRAM AS BIBLIOTECAS, SEGUNDO O IDH
PORTE G=GRANDE
M=MÉDIO P=PEQUENO
M G M G G G G M P M M
RANKING IDH 30 34 31 22 43 14 14 14 42 78 39
FREQUÊNCIA (RECEPÇÃO E PROGRAMAÇÃO)
TAXA DE VARIAÇÃO DE FREQUÊNCIA 2014/2013 (%) -16 -41 -28 4 4 -13 -41 2 0 -7 80
RANKING DE FREQUÊNCIA TOTAL 24 14 43 7 36 27 37 50 30 21 26
% DE FREQUÊNCIA DE PROGRAMAÇÃO EM RELAÇÃO AO TOTAL
20 9 10 36 15 20 47 39 11 16 16
TIPO DE EVENTO (%, R$) ESPETÁCULO 27,45
MEDIAÇÃO DE LEITURA 40,69 43,52 MEDIAÇÃO 1ª INFÂNCIA 55,67 33,39 41,87
OFICINA 40,34 CONTAÇÃO DE HISTÓRIA 33,27 20,71 35,19 31,80
CUSTO MÉDIO POR PROGRAMAÇÃO CSMB (R$) 667 110 319 154 338 137 1.931 666 361 431 763
PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO DO PÚBLICO DA RECEPÇAÕ (PREDOMÍNIO) SEXO
M=MASCULINO F=FEMININO
SP=SEM PREDOMÍNIO
F F SP M M M M M SP SP F
FAIXA ETÁRIA A= ADULTO
J=JOVEM C=CRIANÇA
A J A A A A A A A J A
COR/RAÇA B=BRANCA N=PRETA+PARDA B B B B B B B B B B B
ESCOLARIDADE F=FUNDAMENTAL
M=MÉDIO S=SUPERIOR
M M M M M S S F M M M
PESSOA COM DEFICIÊNCIA DE DEFICIÊNCIA A=AUDITIVA M=MOTORA
V=VISUAL MI=MENTAL/INTE-LECTUAL
V MI M A V M A M MI MI MI
SERVIÇO (ÍNDICES, TAXAS E PREDOMÍNIO) ACERVO POR HABITANTE,
SEGUNDO IFLA (2 LIVROS POR HABITANTE)
-1,55 -1,52 -1,56 -1,70 0,42 3,13 3,13 3,13 -1,86 -1,92 -1,73
(%) TAXA DE AQUISIÇÃO EM 2014, REFERÊNCIA IFLA -92 -74 -91 -88 -47 -10 -33 -69 -95 -92 -93
% DE NOVAS MATRÍCULAS 8,31 11,34 4,69 3,64 4,91 15,20 3,08 1,68 9,34 13,55 10,10 % DE RENOVAÇÃO DE
MATRÍCULA 5,04 5,93 2,76 1,86 2,92 8,89 1,03 0,45 5,78 9,17 5,22
PREDOMÍNIO EMPRESTIMO/ CONSULTA E E E C C E C C E E C
UTILIZAÇÃO DO ACERVO UM=MUITO UTILIZADO
U=UTILIZADO MPU=MUITO POUCO
UTILIZADO
MU U U U MPU U MPU MPU MU MU MU
TIPO DE ACERVO EMPRESTADO
L=LIVRO L L L L L L L L L L L
TIPO DE ACERVO CONSULTADO
J=JORNAL G=GIBIS L=LIVRO
R=REVISTA
G L L J J L J L R J G
Prefeitura do Município de São Paulo – PMSP Secretaria Municipal de Cultura – SMC
Coordenadoria do Sistema Municipal de Bibliotecas – CSMB
109
Tabela 46- Quadro situacional da Coordenadoria Regional Sul
Bibliotecas
Indicadores
Helena Silveira
Marcos Rey
Malba Tahan
Amadeu Amaral
Roberto Santos
Castro Alves
Paulo Duarte
Belmonte
Prefeito Prestes
Maia
Chácara do
Castelo
Viriato Corrêa
Raul Bopp
PORTE E RANKING DOS DISTRITOS ONDE SE ENCONTRAM AS BIBLIOTECAS, SEGUNDO O IDH PORTE
G=GRANDE M=MÉDIO
M P M G G M G G G M G M
RANKING IDH 68 68 27 33 35 55 46 9 9 7 7 15
FREQUÊNCIA (RECEPÇÃO E PROGRAMAÇÃO) TAXA DE VARIAÇÃO DE
FREQUÊNCIA 2014/2013 (%) -7 25 0 -34 -8 -26 -3 -16 297 -21 -15 -22
RANKING DE FREQUÊNCIA TOTAL 3 28 23 16 5 47 2 8 4 52 15 38
% DE FREQUÊNCIA DE PROGRAMAÇÃO EM RELAÇÃO AO TOTAL
8 33 16 11 23 20 60 37 29 47 50 19
TIPO DE EVENTO (%, R$)
ENCONTRO, ESCRITOR 39,24 OFICINA 28,81
CURSO 43,95 MEDIAÇÃO DE LEITURA 23,34 46,94 54,82
MEDIAÇÃO 1ª INFÂNCIA 21,43 PIA 54,49 1.079
EXIBIÇÃO 77,14 EXPOSIÇÃO 47,87
CONTAÇÃO DE HISTÓRIA 50,63 30,27 CUSTO MÉDIO POR
PROGRAMAÇÃO CSMB (R$) 1.708 1.005 378 1.242 79 956 418 847 3.000 700 246
PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO DO PÚBLICO DA RECEPÇAÕ (PREDOMÍNIO) SEXO
M=MASCULINO F=FEMININO
SP=SEM PREDOMÍNIO
M F F F F M SP F F F F F
FAIXA ETÁRIA A= ADULTO
J=JOVEM C=CRIANÇA
J A A A J A A J J A A A
COR/RAÇA B=BRANCA N=PRETA+PARDA N B B B B B B N B B B B
ESCOLARIDADE F=FUNDAMENTAL
M=MÉDIO S=SUPERIOR
M F F M=S M M M M S S S S
PESSOA COM DEFICIÊNCIA DE DEFICIÊNCIA A=AUDITIVA M=MOTORA
V=VISUAL MI=MENTAL/INTE-
LECTUAL
V V V M MI A MI A=MI MI MI M=MI V
SERVIÇO (ÍNDICES, TAXAS E PREDOMÍNIO) ACERVO POR HABITANTE,
SEGUNDO IFLA (2 LIVROS POR HABITANTE)
-1,47 -1,47 -0,93 -1,74 -1,56 -1,85 -1,75 1,21 1,21 -0,86 -0,86 -1,43
(%) TAXA DE AQUISIÇÃO EM 2014, REFERÊNCIA IFLA -85 -91 -52 -79 -87 -94 -94 -78 -60 -86 -53 -93
% DE NOVAS MATRÍCULAS 10,01 9,06 5,48 16,57 15,77 2,64 14,05 21,44 16,92 2,14 4,08 4,45 % DE RENOVAÇÃO DE
MATRÍCULA 5,95 4,20 3,17 10,15 10,22 1,58 8,41 12,63 7,24 1,46 2,28 2,38
PREDOMÍNIO EMPRESTIMO/ CONSULTA C C C E C C C E E=C C C C
UTILIZAÇÃO DO ACERVO UM=MUITO UTILIZADO
U=UTILIZADO MPU=MUITO POUCO UTILIZADO
MU MU U MU MU U U U U MPU U U
TIPO DE ACERVO EMPRESTADO L=LIVRO L L L L L L L L L L L L
TIPO DE ACERVO CONSULTADO J=JORNAL
G=GIBIS l= livros J L L J J J R L J L L L
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110
Tabela 47- Quadro situacional da Coordenadoria Regional Oeste Bibliotecas
Indicadores
Camila Cerqueira
César
Clarice Lispector
Mário Schenberg
Anne Frank
Alvaro Guerra
Alceu Amoroso
Lima
PORTE E RANKING DOS DISTRITOS ONDE SE ENCONTRAM AS BIBLIOTECAS, SEGUNDO O IDH
PORTE G=GRANDE
M=MÉDIO M M G G M G
RANKING IDH 18 11 11 6 5 2
FREQUÊNCIA (RECEPÇÃO E PROGRAMAÇÃO)
TAXA DE VARIAÇÃO DE FREQUÊNCIA 2014/2013 (%) -17 -25 -31 12 3 9
RANKING DE FREQUÊNCIA TOTAL 41 45 11 32 34 6
% DE FREQUÊNCIA DE PROGRAMAÇÃO EM RELAÇÃO AO TOTAL
11 36 11 19 14 42
TIPO DE EVENTO (%, R$) ENCONTRO, ESCRITOR 29,53
EXPOSIÇÃO 44,62 ESPETÁCULO 31,56
MEDIAÇÃO 1ª INFÂNCIA 48,31 35,94 CONTAÇÃO DE HISTÓRIA 58,99
CUSTO MÉDIO POR PROGRAMAÇÃO CSMB (R$) 437 408 979 283 467 1.394
PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO DO PÚBLICO DA RECEPÇAÕ (PREDOMÍNIO)
SEXO M=MASCULINO
F=FEMININO SP=SEM PREDOMÍNIO
F F M SP M M
FAIXA ETÁRIA A= ADULTO
J=JOVEM C=CRIANÇA
A A A A A A
COR/RAÇA B=BRANCA N=PRETA+PARDA B B B B B B
ESCOLARIDADE F=FUNDAMENTAL
M=MÉDIO S=SUPERIOR
S S S S S S
PESSOA COM DEFICIÊNCIA DE DEFICIÊNCIA A=AUDITIVA M=MOTORA
V=VISUAL MI=MENTAL/INTE-
LECTUAL
MI A V MI M M
SERVIÇO (ÍNDICES, TAXAS E PREDOMÍNIO)
ACERVO POR HABITANTE, SEGUNDO IFLA (2 LIVROS POR
HABITANTE) -1,29 -0,41 -0,41 -1,54 -1,24 -1,40
(%) TAXA DE AQUISIÇÃO EM 2014, REFERÊNCIA IFLA -52 -81 -58 -95 -88 -85
% DE NOVAS MATRÍCULAS 8,55 5,55 17,66 6,30 12,63 10,68 % DE RENOVAÇÃO DE
MATRÍCULA 5,26 3,64 10,96 3,50 8,10 5,64
PREDOMÍNIO EMPRESTIMO/ CONSULTA C C E C C C
UTILIZAÇÃO DO ACERVO UM=MUITO UTILIZADO
U=UTILIZADO MPU=MUITO POUCO
UTILIZADO
MU MU U MPU U U
TIPO DE ACERVO EMPRESTADO L=LIVRO L L L L L L
TIPO DE ACERVO CONSULTADO J=JORNAL
G=GIBIS L=LIVRO
G J J L J L
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111
Tabela 48- Quadro situacional da Biblioteca Monteiro Lobato
Biblioteca Indicadores
Monteiro Lobato
PORTE E RANKING DOS DISTRITOS ONDE SE ENCONTRAM AS BIBLIOTECAS, SEGUNDO O IDH
PORTE G=GRANDE
M=MÉDIO G
RANKING IDH 25 FREQUÊNCIA (RECEPÇÃO E PROGRAMAÇÃO)
TAXA DE VARIAÇÃO DE FREQUÊNCIA 2014/2013 (%) 0
RANKING DE FREQUÊNCIA TOTAL 1 % DE FREQUÊNCIA DE
PROGRAMAÇÃO EM RELAÇÃO AO TOTAL
58
TIPO DE EVENTO (%, R$) ENCONTRO, ESCRITOR
EXPOSIÇÃO ESPETÁCULO 17,10
MEDIAÇÃO 1ª INFÂNCIA CONTAÇÃO DE HISTÓRIA
CUSTO MÉDIO POR PROGRAMAÇÃO CSMB (R$) 667
PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO DO PÚBLICO DA RECEPÇAÕ (PREDOMÍNIO)
SEXO M=MASCULINO
F=FEMININO SP=SEM PREDOMÍNIO
M
FAIXA ETÁRIA A= ADULTO
J=JOVEM C=CRIANÇA
A
COR/RAÇA B=BRANCA N=PRETA+PARDA B
ESCOLARIDADE F=FUNDAMENTAL
M=MÉDIO S=SUPERIOR
M
PESSOA COM DEFICIÊNCIA DE DEFICIÊNCIA A=AUDITIVA M=MOTORA
V=VISUAL MI=MENTAL/INTE-
LECTUAL
MI
SERVIÇO (ÍNDICES, TAXAS E PREDOMÍNIO) ACERVO POR HABITANTE,
SEGUNDO IFLA (2 LIVROS POR HABITANTE)
-0,93
(%) TAXA DE AQUISIÇÃO EM 2014, REFERÊNCIA IFLA 306
% DE NOVAS MATRÍCULAS 9,47 % DE RENOVAÇÃO DE
MATRÍCULA 5,15
PREDOMÍNIO EMPRESTIMO/ CONSULTA C
UTILIZAÇÃO DO ACERVO UM=MUITO UTILIZADO
U=UTILIZADO MPU=MUITO POUCO UTILIZADO
MPU
TIPO DE ACERVO EMPRESTADO L=LIVRO L
TIPO DE ACERVO CONSULTADO J=JORNAL
G=GIBIS L=LIVRO
G
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5 INFRAESTRUTURA, HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO, RECURSOS HUMANOS E RELAÇÕES INTER E INTRAINSTITUCIONAIS Notas Metodológicas
a) Essa avaliação foi realizada a partir da aplicação de questionário estruturado preenchido
pelo coordenador da biblioteca.
b) As dimensões selecionadas e os itens correspondentes, objetos de avaliação, são
condição para um atendimento adequado ao usuário. Para cada dimensão abordada foram
atribuídos quatro (04) graus de desenvolvimento, cabendo ao coordenador da biblioteca analisar
em qual dos seguintes graus a biblioteca que coordena se encontra:
1 = Insuficiente – a biblioteca não atende um ou mais itens considerados em cada dimensão; 2 = Regular – a biblioteca atende a todos os itens considerados em cada dimensão, mas não com a eficiência/eficácia esperada em um ou mais itens; 3 = Suficiente – a biblioteca atende com a eficiência/eficácia esperada todos os itens considerados em cada dimensão; 4 = Superior – a biblioteca, além de atender a todos os itens em cada dimensão considerada com eficiência/eficácia, é referência para a rede.
c) Para efeito de produção deste relatório de avaliação da infraestrutura da rede, as
bibliotecas foram divididas em dois blocos: o primeiro diz respeito aos graus “suficiente” e
“superior” de satisfação dos usuários, segundo os coordenadores das bibliotecas; o segundo, ao
contrário, se reporta aos graus “insuficiente” e regular” de não satisfação dos usuários, segundo os
coordenadores das bibliotecas. Os graus de satisfação ou não satisfação, descritos a seguir, se
referem às seguintes dimensões da infraestrutura: “Layout da Biblioteca”, “Acessibilidade”,
“Mobiliário”, “Informática”, “Limpeza”, “Manutenção”, “Manutenção de Elevador”, “Segurança
Terceirizada”, “Recursos Humanos”, “Horário de Funcionamento” e “Telecentro”.
5.1 Dimensões avaliadas com predominância nos graus “suficiente” e “superior”
A maioria das bibliotecas avaliadas se encontra, de acordo com as seguintes dimensões, nos
graus “suficiente” e “superior”, em relação: layout da biblioteca, mobiliário, manutenção de
elevadores, limpeza, segurança terceirizada e horário de funcionamento.
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5.1.1 Layout da biblioteca
Para a maior parte das bibliotecas, 69%, o Layout atende às necessidades do
público: 58% se encontravam no grau “suficiente”, e 11% no grau “superior” (Gráfico
26).
Por outro lado, 31% (entre as consideradas “insuficientes” e “regulares” das
bibliotecas da rede) estão enfrentando dificuldades no tocante à organização dos
espaços internos e/ou sinalização dos espaços internos e acervos. Esses percentuais
representam uma parte significativa da rede, necessitando de uma atenção imediata por
parte dos responsáveis pela gestão.
Na Figura 2, são listadas as bibliotecas que se encontram nesses patamares
inferiores e que necessitam de atenção.
Gráfico 26 – Percentuais dos graus insuficiente, regular, suficiente e superior na avaliação do Layout das Bibliotecas, em 2014
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114
5.1.2 Mobiliário
Para a maior parte das bibliotecas o mobiliário atende as necessidades do público:
55% se encontravam no grau “suficiente”, e 9% no grau “superior”, perfazendo um total
de 64% das bibliotecas da rede (Gráfico 27).
Por outro lado, 36% (entre as consideradas “insuficientes” e “regulares” das
bibliotecas da rede) estão enfrentando dificuldades no tocante ao atendimento das
necessidades dos usuários para empréstimos, consultas e daqueles que participam das
programações culturais. Esses percentuais representam quase a metade da rede,
necessitando de uma atenção imediata por parte dos responsáveis pela gestão.
Figura 2 – Bibliotecas avaliadas nos graus insuficiente e regular na dimensão layout
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115
Na Figura 3, são listadas as bibliotecas que se encontram nesses patamares
inferiores e que necessitam de atenção.
Gráfico 27 - Percentuais dos graus insuficiente, regular, suficiente e superior na avaliação do Mobiliário das Bibliotecas, em 2014
Figura 3 - Bibliotecas avaliadas nos graus insuficiente e regular na dimensão mobiliário
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5.1.3 Manutenção de elevador
Essa dimensão não apresenta qualquer tipo de problema no cotidiano das
bibliotecas que possuem elevador para a maioria delas: 89%, entre as que se encontram
nos patamares “suficiente” e “superior”. Assim para estas, a manutenção dos mesmos é
realizada de forma a satisfazer as necessidades do público em todos os itens
considerados na avaliação (Gráfico 28).
Apenas na Biblioteca José Paulo Paes, o serviço de manutenção do elevador deixa
a desejar em termos de eficiência.
Gráfico 28 - Percentuais dos graus insuficiente, regular, suficiente e superior na avaliação da manutenção de elevador, em 2014
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117
5.1.4 Serviço de Limpeza
Para a maior parte das bibliotecas, assim como nas dimensões anteriores, a
limpeza atende as necessidades das bibliotecas: 58% foram avaliadas como
“suficientes”, e 22% como “superiores”, perfazendo um total de 80% das bibliotecas da
rede (Gráfico 29).
Por outro lado, 20% (entre as consideradas “insuficientes” e “regulares” das
bibliotecas da rede) estão enfrentando dificuldades no tocante ao atendimento das
necessidades das unidades no que diz respeito à limpeza. Esses percentuais representam
um quarto da rede, portanto, essas bibliotecas devem receber uma atenção por parte dos
responsáveis pela gestão.
Gráfico 29 - Percentuais dos graus insuficiente, regular, suficiente e superior na avaliação do serviço de limpeza, em 2014
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118
Na Figura 4, são listadas as bibliotecas que se encontram nesses patamares
inferiores e que necessitam de atenção.
.
5.1.5 Segurança terceirizada
Do conjunto de bibliotecas da rede, 33 possuem segurança terceirizada. Para a
grande maioria, 88%, o serviço prestado está nos patamares de “suficiente” (48%) e
“superior” (40%). Este percentual expressivo no grau “superior” pode indicar uma forte
proatividade destes trabalhadores no cotidiano das bibliotecas, tornando uma prestação
de serviço de excelência (Gráfico 30).
Neste item, apenas 12% (entre as consideradas “insuficientes” e “regulares” das
bibliotecas da rede) estão enfrentando algum tipo de dificuldades com relação à
segurança terceirizada. Essas bibliotecas devem receber uma atenção por parte dos
responsáveis pela gestão.
Figura 4 - Bibliotecas avaliadas nos graus insuficiente e regular na dimensão serviço de limpeza
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119
Na Figura 5, são listadas as bibliotecas que se encontram nesses patamares
inferiores e que necessitam de atenção.
Gráfico 30 - Percentuais dos graus insuficiente, regular, suficiente e superior na avaliação da segurança terceirizada, em 2014
Figura 5 - Bibliotecas avaliadas nos graus insuficiente e regular na dimensão segurança terceirizada
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120
5.1.6 Horário de funcionamento
Para a maior parte dos coordenadores das bibliotecas, o horário de funcionamento
atende as necessidades do público: 40% foram avaliadas como “suficientes”, e 31%
como “superiores”, perfazendo um total de 71% (Gráfico 31).
É significativo o percentual de “regular”: 25% das bibliotecas da rede. Este
percentual pode, em certa medida, estar dialogando com o percentual relativo ao grau
“superior”. Isto é, se para um terço da rede o horário de funcionamento atende outras
solicitações de “horário”, e se para um pouco menos de um terço da rede o horário
atende parte do público, reforça-se a hipótese da existência de uma demanda reprimida
para um conjunto da rede. É ponto de reflexão importante para os responsáveis pela
gestão da rede de bibliotecas.
Gráfico 31 - Percentuais dos graus insuficiente, regular, suficiente e superior na avaliação do horário de funcionamento, em 2014
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121
Na Figura 6, são listadas as bibliotecas que se encontram nesses patamares
inferiores e que necessitam de atenção.
Figura 6 - Bibliotecas avaliadas nos graus insuficiente e regular na dimensão horário de funcionamento
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5.2 Dimensões avaliadas com predominância nos graus “insuficiente” e “regular”
A maioria das bibliotecas avaliadas se encontra, de acordo com as seguintes dimensões, nos
graus “insuficiente” e “regular”, em relação: acessibilidade, informática – software e capacitação,
informática – Alexandria e Supri, informática – hardware e manutenção, serviço de manutenção,
recursos humanos e telecento.
5.2.1 Acessibilidade
Já é de conhecimento dos gestores da CSMB (referencia relatório de
acessibilidade – CSMB, 2014), o déficit de infraestrutura de acessibilidade das
bibliotecas, em todos os itens desta dimensão. Com efeito, para 36% foram avaliadas
como “insuficientes”, e 24% como “regular”, perfazendo um total de 60% das
bibliotecas da rede (Gráfico 32).
Gráfico 32 - Percentuais dos graus insuficiente, regular, suficiente e
superior na avaliação da acessibilidade das bibliotecas, em 2014
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123
Na Figura 7, são listadas as bibliotecas que se encontram nesses patamares
inferiores e que necessitam de atenção.
Na outra ponta estão as bibliotecas que estão de acordo com padrões mínimos de
acessibilidade. Cerca de 40% delas estão nos patamares de graus “suficientes” (29%) e
“superiores” (11%). Esses percentuais representam mais de um terço da rede que são
referências de acessibilidade para a Rede.
Figura 7 - Bibliotecas avaliadas nos graus insuficiente e regular na dimensão acessibilidade
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124
5.2.2 Informática: Softwares e Capacitação
A área de informática é das mais sensíveis para a gestão pública de qualquer área.
Aqui não seria diferente. Os problemas relativos a ela também já são de conhecimento
dos gestores. Colocada em prova de qualquer avaliação, os resultados são sempre
indesejáveis. Com efeito, para a maioria dos coordenadores de biblioteca os softwares
disponíveis e suas correspondentes capacitações, para a realização de tarefas meio e/ou
fim, são “regulares”, 38% (Gráfico 33). Isto é, algum item considerado na avaliação
deixa a desejar, seja no não atendimento das necessidades gerais, seja na capacitação
dos funcionários. A situação piora 24% dos coordenadores consideraram como
“insuficiente” os itens avaliados. Somados os dois percentuais, a avaliação desta
dimensão é negativa para 62%, ou seja, para a maior parte das bibliotecas da rede.
Gráfico 33 - Percentuais dos graus insuficiente, regular, suficiente e superior na avaliação da informática - softwares e capacitação, em 2014
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125
Na Figura 8, são listadas as bibliotecas que se encontram nesses patamares
inferiores e que necessitam de atenção.
Na outra ponta, estão aquelas que avaliaram positivamente esta dimensão. Para
38% das bibliotecas da rede, os softwares disponíveis e as capacitações são suficientes
para atender as necessidades cotidianas destas unidades.
Figura 8 - Bibliotecas avaliadas nos graus “insuficiente e regular na dimensão informática - softwares e capacitação, em 2014
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126
5.2.3 Informática: Alexandria e Supri
Colocados em avaliação, tanto o Alexandria (software fim) como o SUPRI
(software meio), ambos tiveram resultados indesejáveis. Com efeito, para a maioria dos
coordenadores de biblioteca esses softwares estão no grau “regular”, ou seja, atendem a
todos os itens, mas sem a eficácia esperada.
Para próximo de um quarto ou 22% da rede, eles estão no grau “insuficiente” que,
somado ao percentual de “regular”, 54%, representam 76% das bibliotecas da rede
(Gráfico 34). Cabe ressaltar que esses sistemas têm grande importância para o
desenvolvimento das ações da rede e, nesta medida, devem ser objetos de atenção
constante.
Gráfico 34 - Percentuais dos graus insuficiente, regular, suficiente e superior na avaliação da informática – Alexandria e Supri, em 2014
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127
Na Figura 9, são listadas as bibliotecas que se encontram nesses patamares
inferiores e que necessitam de atenção.
De todas as bibliotecas da rede, apenas 12 avaliaram os sistemas como
“suficiente” (11 delas) e “superior” (1 delas).
Figura 9 - Bibliotecas avaliadas nos graus “insuficiente e regular na dimensão informática – Alexandria e Supri, em 2014
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128
5.2.4 Informática: Hardware e manutenção
Com relação à dimensão “hardware e manutenção”, os resultados também são
negativos, uma vez que 51% dos coordenadores das bibliotecas avaliaram os itens como
“regular” e 27% como “insuficiente”. Estes percentuais somados representam 78% da
rede (Gráfico 35).
Na Figura 10, são listadas as bibliotecas que se encontram nesses patamares
inferiores e que necessitam de atenção.
Gráfico 35 - Percentuais dos graus insuficiente, regular, suficiente e superior na avaliação informática – hardware e manutenção, em 2014
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129
Apenas para 22% dos coordenadores avaliaram positivamente os itens desta
dimensão.
Figura 10 - Bibliotecas avaliadas nos graus insuficiente e regular na dimensão informática – hardware e manutenção, em 2014
Prefeitura do Município de São Paulo – PMSP Secretaria Municipal de Cultura – SMC
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130
5.2.5 Serviço de manutenção
Os números corroboram para a afirmação de que a área de Manutenção é a mais
crítica da rede. Com efeito, entre todas as dimensões avaliadas, o serviço de
Manutenção é para 47% “insuficiente”. Somados aos 33% que avaliaram o serviço
como “regular”, os desafios para resolver ou minimizar os problemas com os serviços
de manutenção atingem 80% da rede (Gráfico 36).
Esses resultados confirmam o lugar onde reside o maior número de insatisfações
em função, principalmente, do tempo e energia despendidos com a zeladoria dos
equipamentos, transformando os coordenadores, muitas vezes, em zeladores de
equipamento. É uma área que necessita urgentemente de investimentos e de uma nova
forma de gestão.
Gráfico 36 - Percentuais dos graus insuficiente, regular, suficiente e superior na avaliação do serviço de manutenção, em 2014
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131
Na Figura 11, são listadas as bibliotecas que se encontram nesses patamares
inferiores e que necessitam de atenção.
Figura 11 - Bibliotecas avaliadas nos graus insuficiente e regular na dimensão serviço de manutenção, em 2014
Prefeitura do Município de São Paulo – PMSP Secretaria Municipal de Cultura – SMC
Coordenadoria do Sistema Municipal de Bibliotecas – CSMB
132
5.2.6 Recursos humanos
A área de Recursos Humanos é a segunda mais crítica da rede de bibliotecas. Para
58% dos coordenadores, os seus funcionários atendem de forma parcial às demandas de
serviços, sejam fins ou meios. Como reforço ao quadro negativo, adicionam-se 20% de
coordenadores que disseram não atender às demandas de serviços, quase um terço da
rede. Para a grande maioria da rede, 78% o quadro de recursos humanos disponível
requer medidas urgentes na medida em que compromete o seu funcionamento (Gráfico
37).
Gráfico 37 - Percentuais dos graus insuficiente, regular, suficiente e superior na avaliação de recursos humanos, em 2014
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133
Na Figura 12, são listadas as bibliotecas que se encontram nesses patamares
inferiores e que necessitam de atenção.
Figura 12 - Bibliotecas avaliadas nos graus insuficiente e regular na dimensão recursos humanos, em 2014
Prefeitura do Município de São Paulo – PMSP Secretaria Municipal de Cultura – SMC
Coordenadoria do Sistema Municipal de Bibliotecas – CSMB
134
5.2.7 Telecentro
Os Telecentros praticamente dividem as avaliações entre os graus inferiores e
superiores. Para 52%, os Telecentros se encontram entre os graus “insuficiente” (22%) e
“regular” (30%). E para 48%, encontram-se entre os graus “suficiente” (39%) e
“superior” (9%) (Gráfico 38).
A passagem da responsabilidade da gestão dos Telecentros da Secretaria de
Serviços para as coordenadorias de bibliotecas pode estar trazendo no pacote um legado
de dificuldades já existentes em diferentes níveis (hardware desatualizado, falta de
manutenção, pessoal e conteúdo pedagógico). Este possível quadro somado ao quadro
de gestão das bibliotecas, que como visto anteriormente, enfrenta problemas
(principalmente no que diz respeito aos recursos humanos, serviços de manutenção,
informática e acessibilidade), podem estar influenciando os resultados do processo de
avaliação.
Gráfico 38 - Percentuais dos graus insuficiente, regular, suficiente e superior na avaliação dos telecentros, em 2014
Prefeitura do Município de São Paulo – PMSP Secretaria Municipal de Cultura – SMC
Coordenadoria do Sistema Municipal de Bibliotecas – CSMB
135
Na Figura 13, são listadas as bibliotecas que se encontram nesses patamares
inferiores e que necessitam de atenção.
Figura 13 - Bibliotecas avaliadas nos graus insuficiente e regular na dimensão recursos humanos, em 2014
Prefeitura do Município de São Paulo – PMSP Secretaria Municipal de Cultura – SMC
Coordenadoria do Sistema Municipal de Bibliotecas – CSMB
136
5.3 Conclusão
Em termos de infraestrutura, a rede de bibliotecas tem apresentado um conjunto
de dificuldades que interferem no cotidiano, comprometendo a qualidade dos serviços
prestados. É importante reiterar que cada dimensão considerada neste relatório interfere,
diretamente ou indiretamente, no “bem estar” do usuário.
A seguir dois quadros resumidos trazem as dimensões consideradas e as
bibliotecas que se encontram no grau “regular” e nos graus “insuficiente” e “regular”,
merecendo, portanto, as atenções devidas para solucionar ou minimizar os problemas
aqui levantados.
Bibliotecas Layout Mobi- liário
Manu-tenção Elev.
Lim- peza
Segu- rança
privada
Horário Funcio-namento
Acessi- bilidade Inf. 1 Inf. 2 Inf. 3
Serviço Manu-tenção
Recursos humanos
Tele- centro
Alceu Amoroso Lima
Amadeu Amaral
Érico Veríssimo
Gilberto Freyre
Jamil Almansur Haddad
Jovina Rocha
Lenyra Fraccaroli
Nuto Santa'Anna
Prefeito Prestes Maia
Rubens Borba
Sylvia Orthof
Thales Castanho de Andrade
Vicente Paulo Guimarães
Quadro 1 – Bibliotecas que se encontram no grau regular por dimensão, em 2014
Regular
Prefeitura do Município de São Paulo – PMSP Secretaria Municipal de Cultura – SMC
Coordenadoria do Sistema Municipal de Bibliotecas – CSMB
137
Bibliotecas Layout Mobi- liário
Manu-tenção Elev.
Lim- peza
Segu- rança
privada
Horário Funcio-namento
Acessi- bilidade Inf. 1 Inf. 2 Inf. 3
Serviço Manu-tenção
Recursos humanos
Tele- centro
Adelpha Figueiredo
Afonso Schmidt
Álvares de Azevedo
Álvaro Guerra
Anne Frank
Aureliano Leite
Belmonte
Brito Broca
Camila Cerqueira Cesar
Cassiano Ricardo
Castro Alves
Chácara do Castelo
Cora Coralina
Hans Christian Andersen
Helena Silveira
José Mauro de Vasconcelos
José Paulo Paes
Marcos Rey
Mário Schenberg
Menotti Del Picchia
Milton Santos
Monteiro Lobato
Narbal Fontes
Padre José de Anchieta
Paulo Duarte
Paulo Sérgio Duarte Milliet
Paulo Setúbal
Pedro Nava
Professor Arnaldo Giácomo
Raimundo de Menezes
Raul Bopp
Ricardo Ramos
Roberto Santos
Sérgio Buarque de Holanda
Vicente de Carvalho
Vinícius de Moraes
Viriato Corrêa
Quadro 2 – Bibliotecas que se encontram nos graus insuficiente e regular por dimensão, em 2014
Regular Insuficiente
Prefeitura do Município de São Paulo – PMSP Secretaria Municipal de Cultura – SMC
Coordenadoria do Sistema Municipal de Bibliotecas – CSMB
138
5.4 Articulações territoriais
As bibliotecas da rede de CSMB têm um histórico de ações estruturadas em
conjunto com as escolas públicas e particulares, conferindo à relação o mais alto grau de
articulação territorial (Gráfico 39).
Para 78% dos coordenadores da rede de bibliotecas a articulação com as escolas
se encontra nos patamares “superior” e “suficiente”. Os números reiteram esse mais alto
grau de articulação:
1. Do conjunto de coordenadores, 40% colocaram a relação no grau “superior”,
indicando excelência no trabalho de produzir ações conjuntas, na
Gráfico 39 - Percentuais dos graus insuficiente, regular, suficiente e superior na articulação das biblioteca com as escolas, em 2014
Prefeitura do Município de São Paulo – PMSP Secretaria Municipal de Cultura – SMC
Coordenadoria do Sistema Municipal de Bibliotecas – CSMB
139
compatibilidade dos horários e a contribuição das escolas e na divulgação das
ações realizadas pela biblioteca, entre outros possíveis atributos aqui não
registrados.
2. Para 38% deles, a relação está no patamar “suficiente” que indica eficiência e
eficácia nas ações realizadas em conjunto, na compatibilização de horários e na
divulgação das ações.
Ao contrário, para 22% (Figura 14) as articulações com as escolas se encontram
nos patamares inferiores: 2% “insuficiente” e 20% “regular”.
Em relação às articulações com os demais atores nos territórios onde se encontram
as bibliotecas, observa-se que a rede como um todo está articuladas, principalmente,
com os atores: equipamentos públicos (100%), comunidade do território e outras
instituições governamentais (89%). Para 71% dos coordenadores estão articulados com
o Governo local e ONGs (Gráfico 40).
Figura 14 - Bibliotecas avaliadas nos graus insuficiente e regular na dimensão articulação com escolas, em 2014
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140
Cabe destacar que o coordenador compõe o quadro de governo no plano
territorial, neste sentido, 29% dos coordenadores não estão atuando como governo local
(Figura 15).
Gráfico 40 - Percentuais de bibliotecas que se articulam com governo local, comunidade, ONGs, empresas, governo local, comércio, equipamentos públicos e
outras instituições governamentais, em 2014
Figura 15 - Bibliotecas sem articulação com o governo local, em 2014
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141
Em relação à área econômica do território, as articulações com o Comércio e as
Empresas estão entre aqueles menos aderentes as articulações: 58% e 20%,
respectivamente.
5.5 Divulgação
Para efeito de análise, os meios de divulgação foram divididos em quatro
categorias: impresso, digital, radiofônico e televisivo.
Em relação ao impresso, o folheto/cartaz é predominante: 98% das bibliotecas o
utilizam. Em segundo lugar aparece o jornal como meio de divulgação utilizado por
41% das bibliotecas.
No meio digital as opções são mais variadas. Das 5 opções levantadas, três são
intensamente utilizadas: Site Oficial (93%), Facebook (87%) e Mailing (76%).
Gráfico 41 – Percentuais dos meios utilizados pelas bibliotecas para divulgação em 2014 - folhetos, site, facebook, mailing, jornal, blog, rádio, tv e twitter
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As mídias mais tradicionais como o Rádio e a TV são muito pouco utilizadas
como estratégias de divulgação pela rede de bibliotecas: 6% e 4%, respectivamente.
No caso da rede, a ausência de estudos de impacto de cada uma das mídias
utilizadas sobre a população em geral, não nos permite conhecer os efeitos,
principalmente, da intensa utilização dos folhetos/cartazes e da intensa utilização do
Facebook. A tendência é que as ferramentas de mídias sociais exerçam papel
preponderante no caminho da divulgação das ações, a ser conferida no futuro.
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143
REFERÊNCIAS FAILLA, Z. Leituras dos retratos: o comportamento leitor do brasileiro. In: FAILLA, Z. . Retratos da leitura no Brasil 3. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, Instituto Pró-Livro, 2012. p. 19-54.
IFLA. Diretrizes da Ifla Sobre os serviços de bibliotecas públicas. 2ª revisada.Lisboa: IFLA; Governo de Portugal, 2013.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Censo 2010. Sinopse do censo demagráfico 2010. Disponivel em: <http://www.censo2010.ibge.gov.br/sinopse/index.php?uf=35&dados=0>. Acesso em: 01 fev. 2015.
R7. Top 10 livros mais vendidos no Brasil em 2014. Disponível em: < http://top10mais.org/top-10-livros-mais-vendidos-no-brasil-em-2014/#ixzz3VPLIrzHp>. Acesso em: 01 fev.2015.
SÃO PAULO (Cidade). Prefeitura de São Paulo. Secretaria Municipal do Desenvolvimento, Trabalho e Empreendedorismo. Atlas do Trabalho de Desenvolvimento da Cidade de São Paulo 2007, São Paulo, 2008. Disponivel em: <http://atlasmunicipal.prefeitura.sp.gov.br/Login/Login.aspx>. Acesso em: 01 out. 2013.
SÃO PAULO (Cidade). Prefeitura de São Paulo. Sistema Municipal de Bibliotecas. Alexandria On Line:banco de dados bibliográficos do Sistema Municipal de Bibliotecas. São Paulo, 2014. Disponivel em: <http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/>. Acesso em: 31 jan. 2014.
SÃO PAULO (Cidade). Prefeitura de São Paulo. SMPIR. Periferias das zonas leste e sul concentram população negra; saiba onde vivem os negros na capital. Disponível em:< http://consciencianegra.prefeitura.sp.gov.br/consciencia/periferias-da-zona-leste-e-sul-concentram-populacao-negra-saiba-onde-vivem-os-negros-em-sp/>. Acesso em: 30 mar. 2015.
SÃO PAULO (Cidade). Prefeitura de São Paulo. Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social - SMADS . Censo da população em situação de rua na municipalidade de São Paulo (2011). Disponível em:<http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/chamadas/censo_1338734359.pdf>. Acesso em: 31 jan. 2014.
SÃO PAULO (Cidade). Prefeitura de São Paulo. Secretaria Municipal de Cultura, Coordenadoria do Sistema Municipal de Bibliotecas. Acessibilidade nas Bibliotecas Públicas 2014. Disponível em http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/upload/acessibilidade%202014%20versao%20site_1411753121.pdf. Acesso em: 20 de maio 2015.
SPOSATI, Aldaíza. Proteção social e atenção à pessoa com deficiência: comentários a um artigo. SER Social, Brasília, v. 15, n. 32, p. 35-50, jan./jun. 2013. Disponível em:< http://periodicos.unb.br/index.php/SER_Social/article/download/9601/7091 >.Acesso em: 30 mar. 2015.
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144
APÊNDICE A
Tabela 49– Bibliotecas que alcançaram as maiores frequências em 2014, frequência total, frequência de programação, % de frequência de programação sobre o total de frequência, posição de ranking de público de programação, custo total das programações contratadas
e ranking de posição de bibliotecas em relação ao custo total, em 2014
Bibliotecas Frequência total
Frequência de
programação
% de frequência de programação sobre o total de frequência
Ranking de posição de público de
programação
Custo total das
programações contratadas em 2014 por CSMB (R$)
Ranking de posição de bibliotecas em relação ao custo total em
2014
Monteiro Lobato 52.718 30.414 58 1 38.674 6 Paulo Duarte 35.847 21.562 60 2 5.850 38 Helena Silveira 34.673 2.772 8 20 47.810 4 Prefeito Prestes Maia 27.657 7.976 29 8 15.000 21 Roberto Santos 24.403 5.604 23 9 16.894 19 Alceu Amoroso Lima 24.144 10.168 42 3 112.900 1 Affonso Taunay 23.415 8.301 35 5 6.600 33 Belmonte 22.454 8.236 37 6 27.964 10 Jovina R. Alves Pessoa 21.674 517 2 50 4.250 42 Padre José de Anchieta 21.169 4.114 19 12 33.140 8 Total 288.154 99.664 35 309.082,47
Fonte: CSMB, 2015 Nota: Dados trabalhados pelo autor
Tabela 50- Bibliotecas que tiveram as menores frequências em 2014, frequência total, frequência de programação, % de frequência de programação sobre o total de frequência, posição de ranking de público de programação, custo total das programações contratadas
e ranking de posição de bibliotecas em relação ao custo total, em 2014
Bibliotecas Frequência total
Frequência de
programação
% de frequência
de programação sobre o total
de frequência
Ranking de posição de público de
programação
Custo total das
programações contratadas em 2014 por CSMB (R$)
Ranking de posição
de bibliotecas
em relação ao custo total em 2014
Chácara do Castelo 3.684 1.715 47 34 2.100 49 Vicente de Carvalho 5.529 57 1 52 0 52 Prof.Arnaldo M.Giácomo 6.370 2.510 39 25 6.660 32 Menotti Del Picchia 7.177 1.455 20 42 7.451 29 Thales Castanho de Andrade 7.373 1.712 23 35 3.300 45 Castro Alves 7.645 1.513 20 41 7.650 27 Nuto Sant'Anna 8.353 1.648 20 38 7.090 31 Clarice Lispector 9.005 2.832 31 19 4.490 41 Sylvia Orthof 9.102 228 3 51 1.500 50 Paulo Sérgio Duarte Milliet 9.615 998 10 48 3.190 47 Total 73.853 14.668 20 43.430,85
Fonte: CSMB, 2015 Nota: Dados trabalhados pelo autor
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145
APÊNDICE B
Fonte: CSMB, 2015
Nota: Dados trabalhados pelo autor
Tabela 51– Frequência da recepção das Bibliotecas de CSMB por faixa etária, em 2014
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146
Fonte: CSMB, 2015
Nota: Dados trabalhados pelo autor
Tabela 52- Distribuição do público de programação por categoria etária crianças, jovens e adultos, 2014
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147
APÊNDICE C
Fonte: CSMB, 2015 Nota: Dados trabalhados pelo autor
Tabela 53– Perfil sociodemográfico do público de recepção, em 2014
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148
APÊNDICE D
Tabela 54– Cor/Raça do público de recepção, em 2014 Bibliotecas
Amarela Branca Indígena Parda Preta Base respondente N.A % N.A % N.A % N.A % N.A %
Adelpha Figueiredo 385 7 2.820 51 475 9 1.418 26 415 8 5.513 Affonso Taunay 479 3 8.205 58 310 2 4.342 31 887 6 14.223 Afonso Schmidt 248 3 3.752 49 246 3 2.306 30 1.059 14 7.611 Alceu Amoroso Lima 516 5 7.362 66 167 1 1.823 16 1.356 12 11.224 Álvares de Azevedo 561 6 6.294 65 303 3 1.854 19 696 7 9.708 Álvaro Guerra 618 7 6.033 68 57 1 1.320 15 839 9 8.867 Amadeu Amaral 1.632 10 8.760 56 219 1 3.111 20 1.849 12 15.571 Anne Frank 507 8 4.661 75 84 1 668 11 285 5 6.205 Aureliano Leite 342 3 7.082 67 260 2 2.094 20 803 8 10.581 Belmonte 499 4 4.637 38 401 3 4.767 39 1.931 16 12.235 Brito Broca 282 2 6.623 57 155 1 3.213 27 1.446 12 11.719 Camila Cerqueira César 894 12 5.315 69 246 3 924 12 353 5 7.732 Cassiano Ricardo 411 4 5.943 61 236 2 2.313 24 861 9 9.764 Castro Alves 321 7 3.376 69 72 1 828 17 321 7 4.918 Chácara do Castelo 204 11 1.267 71 27 2 257 14 42 2 1.797 Clarice Lispector 201 4 3.355 72 20 0 776 17 307 7 4.659 Cora Coralina 298 3 3.709 41 426 5 3.136 35 1.459 16 9.028 Érico Veríssimo 192 2 4.932 53 615 7 2.686 29 910 10 9.335 Gilberto Freyre 337 4 5.181 58 205 2 2.279 26 883 10 8.885 Hans C. Andersen 77 2 2.587 66 46 1 934 24 285 7 3.929 Helena Silveira 446 4 4.579 36 719 6 4.919 39 2.028 16 12.691 Jamil A. Haddad 91 1 4.277 47 180 2 3.581 39 1.012 11 9.141 José M. de Vasconcelos 326 3 5.530 52 628 6 2.650 25 1.413 13 10.547 José Paulo Paes 388 4 6.656 61 284 3 2.608 24 964 9 10.900 Jovina R. Á. Pessoa 786 4 10.641 58 548 3 4.393 24 1.839 10 18.207 Lenyra Fraccaroli 789 14 3.546 62 54 1 883 15 486 8 5.758 Malba Tahan 1.218 12 5.313 50 86 1 2.012 19 1.949 18 10.578 Marcos Rey 170 2 4.729 53 238 3 2.994 33 816 9 8.947 Mário Schenberg 502 3 9.716 67 311 2 2.609 18 1.407 10 14.545 Menotti Del Picchia 112 2 2.055 45 111 2 1.450 32 871 19 4.599 Milton Santos 434 3 6.938 53 298 2 4.018 31 1.452 11 13.140 Monteiro Lobato 348 5 4.025 54 278 4 1.874 25 921 12 7.446 Narbal Fontes 249 3 6.067 63 159 2 1.969 20 1.167 12 9.611 Nuto Sant'Anna 370 7 3.666 67 6 0 893 16 521 10 5.456 Padre José de Anchieta 410 3 5.740 46 475 4 4.341 35 1.536 12 12.502 Paulo Duarte 963 8 6.250 53 282 2 3.121 26 1.270 11 11.886 Paulo S. D. Milliet 210 3 5.532 74 107 1 1.172 16 444 6 7.465 Paulo Setúbal 607 4 9.844 61 81 1 3.840 24 1.783 11 16.155 Pedro da Silva Nava 297 3 5.935 65 191 2 1.792 20 969 11 9.184 Prefeito Prestes Maia 409 3 7.580 52 278 2 4.435 31 1.795 12 14.497 Profº Arnaldo M. Giácomo 92 3 1.505 46 315 10 1.012 31 367 11 3.291 Raimundo de Menezes 338 3 6.287 51 377 3 4.010 32 1.362 11 12.374 Raul Bopp 1.459 18 4.958 60 344 4 908 11 574 7 8.243 Ricardo Ramos 428 4 7.305 65 119 1 2.423 21 1.050 9 11.325 Roberto Santos 743 5 9.558 66 338 2 2.640 18 1.135 8 14.414 Rubens B. A. de Morais 258 4 2.697 44 195 3 2.104 34 853 14 6.107 Sérgio B. de Holanda 470 3 7.647 51 371 2 4.608 31 1.920 13 15.016 Sylvia Orthof 562 7 4.441 53 352 4 1.838 22 1.171 14 8.364 Thales C. de Andrade 100 2 3.328 66 50 1 1.100 22 452 9 5.030 Vicente de Carvalho 109 2 2.971 56 140 3 1.238 23 893 17 5.351 Vicente P. Guimarães 186 3 3.323 55 205 3 1.836 30 530 9 6.080 Vinícius de Morais 185 2 4.256 50 75 1 2.983 35 1.014 12 8.513 Viriato Corrêa 789 10 5.687 72 134 2 938 12 359 5 7.907 Total 23.848 5 284.476 57 12.899 3 124.241 25 53.310 11 498.774
Fonte: CSMB, 2015 Nota: Dados trabalhados pelo autor
Prefeitura do Município de São Paulo – PMSP Secretaria Municipal de Cultura – SMC
Coordenadoria do Sistema Municipal de Bibliotecas – CSMB
149
ANEXO A
Tabela 55– Faixas etárias da população do distrito de Santana segundo os censos do IBGE em 2010 e 2000 e taxa de variação
Faixas etárias 2.010 2.000 Taxa de Variação
(2010/2000)
População de 0 a 4 Anos 4.971 6.199 -19,81
População de 5 a 9 Anos 5.121 6.467 -20,81
População de 10 a 14 Anos 6.163 7.977 -22,74
População de 15 a 19 Anos 6.801 9.662 -29,61
População de 20 a 24 Anos 9.415 12.639 -25,51
População de 25 a 29 Anos 10.746 11.161 -3,72
População de 30 a 34 Anos 9.785 9.958 -1,74
População de 35 a 39 Anos 8.528 10.286 -17,09
População de 40 a 44 Anos 8.437 9.907 -14,84
População de 45 a 49 Anos 9.009 8.963 0,51
População de 50 a 54 Anos 8.917 7.068 26,16
População de 55 a 59 Anos 7.888 5.395 46,21
População de 60 a 64 Anos 6.244 5.012 24,58
População de 65 a 69 Anos 4.596 4.578 0,39
População de 70 a 74 Anos 4.175 4.168 0,17
População de 75 Anos e Mais 8.049 5.349 50,48
Subtotal 118.845 124.789 -4,76
Fonte: SPOSATI (2013)
Prefeitura do Município de São Paulo – PMSP Secretaria Municipal de Cultura – SMC
Coordenadoria do Sistema Municipal de Bibliotecas – CSMB
150
Tabela 56- Faixas etárias da população do distrito da Mooca segundo os censos do IBGE em 2010 e 2000 e taxa de variação
Faixas etárias 2.010 2.000 Taxa de Variação
(2010/2000)
População de 0 a 4 Anos 16.932 17.536 -3,44
População de 5 a 9 Anos 17.152 17.169 -0,10
População de 10 a 14 Anos 19.026 20.141 -5,54
População de 15 a 19 Anos 20.627 24.240 -14,91
População de 20 a 24 Anos 27.494 26.683 3,04
População de 25 a 29 Anos 31.017 24.582 26,18
População de 30 a 34 Anos 29.919 23.395 27,89
População de 35 a 39 Anos 26.600 24.988 6,45
População de 40 a 44 Anos 24.894 23.547 5,72
População de 45 a 49 Anos 25.411 20.815 22,08
População de 50 a 54 Anos 23.444 17.224 36,11
População de 55 a 59 Anos 19.850 13.874 43,07
População de 60 a 64 Anos 15.722 13.692 14,83
População de 65 a 69 Anos 12.308 12.931 -4,82
População de 70 a 74 Anos 11.150 11.966 -6,82
População de 75 Anos e Mais 22.117 15.813 39,87
Subtotal 343.663 308.596 11,36
Fonte: SPOSATI (2013)
Prefeitura do Município de São Paulo – PMSP Secretaria Municipal de Cultura – SMC
Coordenadoria do Sistema Municipal de Bibliotecas – CSMB
151
Tabela 57- Faixas etárias da população do distrito do Ipiranga segundo os censos do IBGE em 2010 e 2000 e taxa de variação
Faixas etárias 2010 2000
Taxa de Variação
(2010/2000)
População de 0 a 4 Anos 27.090 31.623 -14,33
População de 5 a 9 Anos 28.011 30.461 -8,04
População de 10 a 14 Anos 31.144 33.916 -8,17
População de 15 a 19 Anos 31.809 38.781 -17,98
População de 20 a 24 Anos 38.982 40.202 -3,03
População de 25 a 29 Anos 44.459 37.522 18,49
População de 30 a 34 Anos 41.832 35.908 16,50
População de 35 a 39 Anos 36.545 35.070 4,21
População de 40 a 44 Anos 33.618 32.135 4,61
População de 45 a 49 Anos 32.247 26.710 20,73
População de 50 a 54 Anos 29.498 20.973 40,65
População de 55 a 59 Anos 24.208 15.593 55,25
População de 60 a 64 Anos 18.476 14.671 25,94
População de 65 a 69 Anos 13.615 12.409 9,72
População de 70 a 74 Anos 11.817 10.558 11,92
População de 75 Anos e Mais 20.156 12.715 58,52
Subtotal 463.507 429.247 7,98
Fonte: SPOSATI (2013)
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152
Tabela 58- Faixas etárias da população do distrito do Mandaqui segundo os censos do IBGE em 2010 e 2000 e taxa de variação
Faixas etárias 2.010 2.000 Taxa de Variação
(2010/2000)
População de 0 a 4 Anos 5.645 7.382 -23,53
População de 5 a 9 Anos 6.088 7.232 -15,82
População de 10 a 14 Anos 7.267 8.138 -10,7
População de 15 a 19 Anos 7.290 9.184 -20,62
População de 20 a 24 Anos 8.714 9.366 -6,96
População de 25 a 29 Anos 9.270 8.833 4,95
População de 30 a 34 Anos 9.180 8.824 4,03
População de 35 a 39 Anos 8.779 8.996 -2,41
População de 40 a 44 Anos 8.431 8.022 5,1
População de 45 a 49 Anos 8.211 6.532 25,7
População de 50 a 54 Anos 7.313 5.361 36,41
População de 55 a 59 Anos 5.783 4.098 41,12
População de 60 a 64 Anos 4.708 3.555 32,43
População de 65 a 69 Anos 3.554 2.950 20,47
População de 70 a 74 Anos 2.890 2.189 32,02
População de 75 Anos e Mais 4.420 2.478 78,37
Subtotal 107.543 103.140 4,27
Fonte: SPOSATI (2013)
Prefeitura do Município de São Paulo – PMSP Secretaria Municipal de Cultura – SMC
Coordenadoria do Sistema Municipal de Bibliotecas – CSMB
153
Tabela 59- Faixas etárias da população do distrito de Itaquera segundo os censos do IBGE em 2010 e 200 e taxa de variação Faixas etárias 2010 2000 taxa de
variação
População de 0 a 4 Anos 14.055 19.793 -28,99
População de 5 a 9 Anos 15.240 18.367 -17,03
População de 10 a 14 Anos 18.064 18.823 -4,03
População de 15 a 19 Anos 16.604 20.104 -17,41
População de 20 a 24 Anos 17.999 20.089 -10,4
População de 25 a 29 Anos 18.705 18.933 -1,2
População de 30 a 34 Anos 18.228 17.508 4,11
População de 35 a 39 Anos 16.728 15.530 7,71
População de 40 a 44 Anos 15.292 13.244 15,46
População de 45 a 49 Anos 13.073 10.939 19,51
População de 50 a 54 Anos 11.370 8.614 31,99
População de 55 a 59 Anos 9.290 6.166 50,66
População de 60 a 64 Anos 7.068 4.896 44,36
População de 65 a 69 Anos 5.065 3.431 47,62
População de 70 a 74 Anos 3.696 2.342 57,81
População de 75 Anos e Mais 4.364 2.512 73,73
Subtotal 204.841 201.291 1,76 Fonte: SPOSATI (2013)
Prefeitura do Município de São Paulo – PMSP Secretaria Municipal de Cultura – SMC
Coordenadoria do Sistema Municipal de Bibliotecas – CSMB
154
Tabela 60- Faixas etárias da população do distrito de Pirituba segundo os censos do IBGE em 2010 e 2000 e taxa de variação
Faixas etárias 2.010 2.000 taxa de variação
População de 0 a 4 Anos 10.146 12.812 -20,81
População de 5 a 9 Anos 10.563 12.225 -13,6
População de 10 a 14 Anos 12.163 13.694 -11,18
População de 15 a 19 Anos 12.032 15.297 -21,34
População de 20 a 24 Anos 14.285 15.042 -5,03
População de 25 a 29 Anos 15.659 14.089 11,14
População de 30 a 34 Anos 14.738 13.749 7,19
População de 35 a 39 Anos 12.858 13.429 -4,25
População de 40 a 44 Anos 12.415 12.197 1,79
População de 45 a 49 Anos 11.903 10.071 18,19
População de 50 a 54 Anos 10.890 7.979 36,48
População de 55 a 59 Anos 8.846 5.720 54,65
População de 60 a 64 Anos 6.782 5.006 35,48
População de 65 a 69 Anos 4.921 3.923 25,44
População de 70 a 74 Anos 3.894 3.071 26,8
População de 75 Anos e Mais 5.784 3.432 68,53
Subtotal 167.879 161.736 3,8 Fonte: SPOSATI (2013)
Prefeitura do Município de São Paulo – PMSP Secretaria Municipal de Cultura – SMC
Coordenadoria do Sistema Municipal de Bibliotecas – CSMB
155
ANEXO B -
Tabela 61- Presença de deficiências em diferentes graus por distritos de São Paulo.Censo 2010.Micro dados. CEInfo. Secretaria Municipal de Saúde.2013
(continua)
Fonte: SPOSATI (2013, p.45)
Prefeitura do Município de São Paulo – PMSP Secretaria Municipal de Cultura – SMC
Coordenadoria do Sistema Municipal de Bibliotecas – CSMB
156
Tabela 61- Presença de deficiências em diferentes graus por distritos de São Paulo.Censo 2010.Micro dados. CEInfo. Secretaria Municipal de Saúde.2013
(continua)
Fonte: SPOSATI (2013,p.46)
Prefeitura do Município de São Paulo – PMSP Secretaria Municipal de Cultura – SMC
Coordenadoria do Sistema Municipal de Bibliotecas – CSMB
157
Tabela 61- Presença de deficiências em diferentes graus por distritos de São Paulo.Censo 2010.Micro dados. CEInfo. Secretaria Municipal de Saúde.2013
(conclusão)
Fonte: SPOSATI (2013,p.47)
Prefeitura do Município de São Paulo – PMSP Secretaria Municipal de Cultura – SMC
Coordenadoria do Sistema Municipal de Bibliotecas – CSMB
158
Tabela 62- População que apresenta deficiência grave por distritos de São Paulo. Censo 2010-Micro dados. CEinfo. Secretaria Municipal de Saúde, 2013
(continua)
Fonte: SPOSATI (2013,p.48)
Prefeitura do Município de São Paulo – PMSP Secretaria Municipal de Cultura – SMC
Coordenadoria do Sistema Municipal de Bibliotecas – CSMB
159
Tabela 62- População que apresenta deficiência grave por distritos de São Paulo. Censo 2010-Micro dados. CEinfo. Secretaria Municipal de Saúde, 2013
(continua)
Fonte: SPOSATI (2013, p.49)
Prefeitura do Município de São Paulo – PMSP Secretaria Municipal de Cultura – SMC
Coordenadoria do Sistema Municipal de Bibliotecas – CSMB
160
Tabela 62- População que apresenta deficiência grave por distritos de São Paulo. Censo 2010-Micro dados. CEinfo. Secretaria Municipal de Saúde, 2013
(conclusão)
Fonte: SPOSATI (2013, p.50)
Prefeitura do Município de São Paulo – PMSP Secretaria Municipal de Cultura – SMC
Coordenadoria do Sistema Municipal de Bibliotecas – CSMB
161
Prefeitura do Município de São Paulo Fernando Haddad
Secretaria Municipal de Cultura Nabil Bonduki
Coordenadoria do Sistema Municipal de Bibliotecas Waltemir J. B. Nalles
Assessora Jamile Salibe Ribeiro de Faria Mussupapo
Divisão de Planejamento Arlete Martins Benatti Joeli Espirito Santo da Rocha Wladimir Martins do Prado Deise Maria Tebaldi Pedro Licia Pupo de Paula Thiago Monteiro Maciel - Estagiário Hiago Vinícius da Silva - Estagiário
Divisão de Desenvolvimento de Coleções e Tratamento da Informação Tatiana Rodrigues Nascimento
Divisão de Programas e Projetos Heloisa Bonfanti de Nóbrega Gouveia
Divisão Administrativa e de Pessoal Renato César Di Pietro
Coordenação de Informática Francisco Marcos Dias
Coordenação Norte Sandro Luiz Coelho
Coordenação Sul Elza Maria de Nóbrega V. Diegues
Coordenação Leste I Meire Rose Stankevicius Bassi
Coordenação Leste II Elisa Kiyoko Furuichi Ishii Coordenação Oeste Ângela Maria Arantes Figueiredo
Prefeitura do Município de São Paulo – PMSP Secretaria Municipal de Cultura – SMC
Coordenadoria do Sistema Municipal de Bibliotecas – CSMB
162
CSMB - Bibliotecas e gestores responsáveis em 2014 Biblioteca Logradouro Nº Bairro Coordendor Adelpha Figueiredo Praça Lio Ottani 146 Pari Camila Soares Correa Affonso Taunay R. Taquari 549 Mooca Maria Cristina Gaspari Afonso Schmidt Av. Elísio Teixeira Leite 1470 Cruz das Almas Sandro Coelho Alceu Amoroso Lima Rua Henrique Schaumann 777 Pinheiros Maria Angélica Martins Costa Álvares de Azevedo Praça Joaquim José da Nova s/no. Vila Maria Elaine Telles Rodrigues Álvaro Guerra Av. Pedroso de Morais 1919 Alto de Pinheiros Jamile Salibe Ribeiro de Faria Mussupapo Amadeu Amaral Rua José Clóvis de Castro s/nº Jardim da Saúde Helena Rodrigues da Silva Anne Frank Rua Cojuba 45 Itaim Bibi Gustavo Biscaino Remério Aureliano Leite Rua Otto Schubart 196 Parque São Lucas Alessandro Acacio Rodrigues Paes Belmonte Rua Paulo Eiró 525 Santo Amaro Jomar de Jesus Santos Brito Broca Avenida Mutinga 1425 Pirituba Ana Paula Pereira dos Prazeres Camila Cerqueira César Rua Valdemar Sanches 41 Vila Gomes Josefa Maria Munhoz Bogaz Cassiano Ricardo Av. Celso Garcia 4200 Tatuapé Camila Vieira Braido Castro Alves Rua Abraão Mussa s/no. Jardim Patente Maria Betania Ferreira Fogolin Chácara do Castelo Rua Brás Lourenço 333 Jardim da Glória Andréa Regis de Oliveira Clarice Lispector Rua Jaricunas 458 Vila Ipojuca Márcia de Oliveira Lopes Cora Coralina Rua Otelo Augusto Ribeiro 113 Guaianases Cléo da Silva Lima Érico Veríssimo Rua Diógenes Dourado 101 COHAB de Taipas Claudio Roberto da Silva Gilberto Freyre Rua José Joaquim 290 Sapopemba Raquel da Silva Vianna de Andrade Hans Christian Andersen Av. Celso Garcia 4142 Tatuapé Neusa Prado Lima Helena Silveira Rua José Viariato de Castro s/n Campo Limpo Paula Danielle de Andrade Bueno Jamil Almansur Haddad Rua Andes 491 A Guaianases Eliza Ishii José Mauro de Vasconcelos Praça Comandante Eduardo de Oliveira 100 Parque Edu chaves Sandra Cristina Brasil Silva Jovina Rocha Alves Pessoa Av. Pe. Francisco de Toledo 331 Artur Alvim Jussara Oda Lenyra Fraccaroli Praça Haroldo Daltro 451 Vila Nova Manchester Márcia Massako Inoue Malba Tahan R. Brás Pires Meira 100 Jd. Suzana/Veleiros Sergio Luiz de Andrade Marcos Rey Av. Anacé 92 Jd. Umarizal Marli Fumi Haseyama Goto
Prefeitura do Município de São Paulo – PMSP Secretaria Municipal de Cultura – SMC
Coordenadoria do Sistema Municipal de Bibliotecas – CSMB
163
Mário Schenberg Rua Catão 611 Lapa Henriqueta Oliveira Marques Menotti Del Picchia Rua São Romualdo 382 Vila Barbosa Thaís da Silva Farias Milton Santos Av. Aricanduva 5777 Aricanduva Livia Domingues da Silva Monteiro Lobato Rua General Jardim 485 Vila Buarque Sueli N. Rocha Narbal Fontes Rua Conselheiro Moreira de Barros 170 Santana Raquel Beatriz Conceição Nuto Sant'Anna Praça Tenório de Aguiar 32 Santana Regina Helena Lima Monteiro Padre José de Anchieta Rua Antônio Maia 651 Vila Perus Maria Elizabeth Caldellas Pedrosa Paulo Duarte Rua Arsênio Tavolieri 45 Jardim Metropolitano Aloisio José da Silva Paulo Sérgio Duarte Milliet Praça Ituzaingó s/n Tatuapé João Gilberto Cândido Monteiro dos Santos Paulo Setúbal Av. Renata 163 Vila Formosa Tania Cristina Santaella Pedro da Silva Nava Rua Helena do Sacramento 1000 Mandaqui Cícera Cleide Mascarenhas Prefeito Prestes Maia Avenida João Dias 822 Santo Amaro Dulce Helena de Oliveira Professor Arnaldo Magalhães Giácomo Rua Restinga 136 Tatuapé Maria Aparecida Teles Gomes
Raimundo de Menezes Avenida Nordestina 780 Vila Americana Fernanda Mendes Queiroz Raul Bopp Rua Muniz de Souza 1155 Aclimação Domitila Alves de Oliveira Ricardo Ramos Praça Centenário de Vila Prudente 25 Vila Prudente Adilva Maria de Azevedo Santos Roberto Santos Rua Cisplatina 505 Ipiranga Maria Aparecida dos Reis Ribeiro da Silva Rubens Borba Alves de Morais Rua Sampei Sato 440 Ermelino Matarazzo Alice Setsuko Haro Takata Sérgio Buarque de Holanda Rua Victório Santim 44 Itaquera Ariette Maria de Souza Moraes Sylvia Orthof Avenida Tucuruvi 808 Tucuruvi Sandra Rodrigues Nascimento Thales Castanho de Andrade Rua Artur Fajardo 447 Freguesia do Ó Elisabete Ferreira Filipini Vicente de Carvalho Rua Guilherme Valência 210 Conjunto José Bonifácio Washington Luiz dos Santos Vicente Paulo Guimarães Rua Jaguar 225 Vila Curuça Jair Vespasiano Dantas Vinícius de Morais Avenida Jardim Tamoio 1119 Conjunto José Bonifácio Claudia Rodrigues Lecinio Viriato Corrêa Rua Sena Madureira 298 Vila Mariana Sandra Machado Alves