Botanica morfologia e zoneamento agricola do cafeeiro ... morfologia e... · Botânica, morfologia...

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Botânica, morfologia e zoneamento Botânica, morfologia e zoneamento agrícola do cafeeiroagrícola do cafeeiro

Botânica, morfologia e zoneamento Botânica, morfologia e zoneamento agrícola do cafeeiroagrícola do cafeeiroagrícola do cafeeiroagrícola do cafeeiroagrícola do cafeeiroagrícola do cafeeiro

ESALQ - USPESALQ - USPProf. Dr. José Laércio FavarinProf. Dr. José Laércio FavarinProf. Dr. José Laércio FavarinProf. Dr. José Laércio Favarin

ESALQ USPProdução Vegetal

março - 2012

ESALQ USPProdução Vegetal

março - 2012

C bi C hC bi C h

Classificação botânicaClassificação botânicaClassificação botânicaClassificação botânicaC. arabica x C. canephoraC. arabica x C. canephora

Família: RubiaceaeGênero: CoffeaFamília: RubiaceaeGênero: CoffeaGênero: CoffeaEspécie: Coffea arabica L.Tetraplóide: 2n = 44 cromossomosAutógama – 90 a 100%

Gênero: CoffeaEspécie: Coffea arabica L.Tetraplóide: 2n = 44 cromossomosAutógama – 90 a 100% Autógama – 90 a 100% C. eugenioides x C. canephoraAutógama – 90 a 100% C. eugenioides x C. canephora

Família: RubiaceaeGênero: CoffeaEspécie: Coffea canephora PierreDiplóide: 2n = 22 cromossomosp ó de c o osso osAlógama – 100%Incompatibilidade gametofítica

Caule espécies C arabica e canephoraCaule espécies C arabica e canephora

Morfologia do cafeeiroMorfologia do cafeeiroMorfologia do cafeeiroMorfologia do cafeeiroCaule espécies C. arabica e canephoraCaule espécies C. arabica e canephora

Arbustos perenes, com altura variável e copa cilíndricaArbustos perenes, com altura variável e copa cilíndrica

A espécie C. arabica possui apenas um caule cilíndrico,A espécie C. arabica possui apenas um caule cilíndrico,A espécie C. arabica possui apenas um caule cilíndrico,enquanto a espécie C. canephora é multicauleA espécie C. arabica possui apenas um caule cilíndrico,enquanto a espécie C. canephora é multicaule

Coffea arabicaCoffea arabica Coffea canephoraCoffea canephora

Sistema radicularSistema radicular

Morfologia do cafeeiroMorfologia do cafeeiroMorfologia do cafeeiroMorfologia do cafeeiroSistema radicularSistema radicular

agoago

outout

Eficiência radicular: genético; arquitetura; crescimento emprofundidade – planta pereneEficiência radicular: genético; arquitetura; crescimento emprofundidade – planta perenep o u d dade p a ta pe e ep o u d dade p a ta pe e e

As maior parte das raízes ativas estão nos primeiros 25 cmde solo - próximas do tronco até a projeção da copa (32P)As maior parte das raízes ativas estão nos primeiros 25 cm

de solo - próximas do tronco até a projeção da copa (32P)

As raízes alimentadoras são curtas, diâmetro inferior 1 mm,esbranquiçadas e não são permanentes – “renovadas”As raízes alimentadoras são curtas, diâmetro inferior 1 mm,esbranquiçadas e não são permanentes – “renovadas”

Caule e raizCaule e raizCondutividade hidráulicaCondutividade hidráulicaCondutividade hidráulicaCondutividade hidráulicaCaule e raizCaule e raiz

-2hg

-1-2

hg-1

1010 Brunini & Angelocci (1998)Brunini & Angelocci (1998)

MPa

dm

-M

Pa d

m-

R: raiz - folhaR: raiz - folha

stên

cia

-st

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a - 55

R l iR l iR

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is00

-0,2-0,2-1,4-1,4 -1,0-1,0 -0,6-0,6

R: solo - raizR: solo - raiz

água no solo – MPaágua no solo – MPa

Menor teor de água no solo, devido aos sais e íons na solução,Menor teor de água no solo, devido aos sais e íons na solução,reduz o potencial da água e sua absorção - maior produção ABAraízes, que nas folhas induz ao fechamento estomáticoreduz o potencial da água e sua absorção - maior produção ABAraízes, que nas folhas induz ao fechamento estomático

R i tê i i l f lh é éti d t ib ídR i tê i i l f lh é éti d t ib ídResistência raiz-caule-folha é genética, e pode ser atribuída aoambiente de origem – Por quê?

Resistência raiz-caule-folha é genética, e pode ser atribuída aoambiente de origem – Por quê?

Biomassa da parte aérea e raízesBiomassa da parte aérea e raízes

Temperatura do soloTemperatura do soloTemperatura do soloTemperatura do soloBiomassa da parte aérea e raízesBiomassa da parte aérea e raízes

400400Franco (1982)Franco (1982)

300300

s -g

s -g

érea

-g

érea

-g 1616

1212200200

MS

raíz

eM

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part

e aé

part

e aé

88

100100 MM

MS

MS

44

00TD/TNTD/TN 23/2323/23 33/2333/23 38/2338/23 33/3333/33

00

Caule ramos e dimorfismo de ramosCaule ramos e dimorfismo de ramos

Morfologia do cafeeiroMorfologia do cafeeiroMorfologia do cafeeiroMorfologia do cafeeiroCaule, ramos e dimorfismo de ramosCaule, ramos e dimorfismo de ramos

R

R

Rsetset

outout

R

novnov

Só há gemas acima das folhas cotiledonares, a partir da 8ª folhasurgem gemas que formam os ramos produtivos (plagiotrópicos)Só há gemas acima das folhas cotiledonares, a partir da 8ª folhasurgem gemas que formam os ramos produtivos (plagiotrópicos)

No ramo produtivo as gemas foliares formam ramos de ordemsuperior ou inflorescênciasNo ramo produtivo as gemas foliares formam ramos de ordem

superior ou inflorescências

Dimorfismo de ramo é uma diferenciação somática permanente,em que propaga-se diferentes ramos por reprodução vegetativaDimorfismo de ramo é uma diferenciação somática permanente,em que propaga-se diferentes ramos por reprodução vegetativa

FolhasFolhas

Morfologia do cafeeiroMorfologia do cafeeiroMorfologia do cafeeiroMorfologia do cafeeiroMPaMPa

Foliar FoliarCultivarCultivarFolhasFolhas

- 2,42- 2,42ApoatãApoatã- 1,74- 1,74CatuaíCatuaíMPaMPa

- 1,93- 1,93ObatãObatã- 2,11- 2,11TupiTupi

,,pp

- 1,40- 1,40Ca/ApCa/ApFahl (2010) - final seca: 16/10Fahl (2010) - final seca: 16/10

Lâmina foliar delgada, ondulada e elíptica, em que a cor da folhajovem serve como descritor de cultivares – “má condutora calor”Lâmina foliar delgada, ondulada e elíptica, em que a cor da folha

jovem serve como descritor de cultivares – “má condutora calor”jj

Maior radiação: aumenta os parenquimas paliçádico, lacunoso,a espessura foliar, e o número estômatos – potencial aclimataçãoMaior radiação: aumenta os parenquimas paliçádico, lacunoso,

a espessura foliar, e o número estômatos – potencial aclimatação

Folhas hipostomáticas, com estômatos localizados na epidermeinferior (abaxial) – adaptação à seca ou por ser planta sombra?Folhas hipostomáticas, com estômatos localizados na epidermeinferior (abaxial) – adaptação à seca ou por ser planta sombra?

Devido a sua origem a espécie C. canephora tem maior númeroestômatos – transpira mais para não aquecer?Devido a sua origem a espécie C. canephora tem maior númeroestômatos – transpira mais para não aquecer?

Crescimento da folhasCrescimento da folhas

Morfologia do cafeeiroMorfologia do cafeeiroMorfologia do cafeeiroMorfologia do cafeeiroCrescimento da folhasCrescimento da folhas

55,055,055,055,0Área foliar Área foliar –– cmcm22Área foliar Área foliar –– cmcm22

27 027 027 027 0

Taxa crescimento Taxa crescimento –– cmcm22 semanasemana--11Taxa crescimento Taxa crescimento –– cmcm22 semanasemana--11

27,027,027,027,0

9,29,29,29,24,54,54,54,5

9,09,09,09,0

0,90,90,90,9

outubrooutubrooutubrooutubro janeirojaneirojaneirojaneiro junhojunhojunhojunho

Barros & Barros & MaestriMaestri (1974)(1974)Barros & Barros & MaestriMaestri (1974)(1974)

Frutos e sementesFrutos e sementes

Morfologia do cafeeiroMorfologia do cafeeiroMorfologia do cafeeiroMorfologia do cafeeiroFrutos e sementesFrutos e sementes

Fruto do cafeeiro é uma drupa elipsóide, que contém duas lojase duas sementes – é raro mais que duas lojas, mas ocorreFruto do cafeeiro é uma drupa elipsóide, que contém duas lojas

e duas sementes – é raro mais que duas lojas, mas ocorre

Fruto: pericarpo (epicarpo – casca; mesocarpo – mucilagem; e oendocarpo – pergaminho) e sementeFruto: pericarpo (epicarpo – casca; mesocarpo – mucilagem; e o

endocarpo – pergaminho) e semente

Semente tem a forma plana convexa, sulcada e o endosperma éverde (perisperma - película), endosperma e embriãoSemente tem a forma plana convexa, sulcada e o endosperma éverde (perisperma - película), endosperma e embrião

Zoneamento do cafeeiroZoneamento do cafeeiroOrigem das espéciesOrigem das espéciesOrigem das espéciesOrigem das espécies

Tm: 18 a 22º CDH: < 150 mmTm: 18 a 22º CDH: < 150 mmDH: < 150 mmAltitude: > 800 mDH: < 150 mmAltitude: > 800 m

Tm: 22 a 26º CDH: < 150 mmTm: 22 a 26º CDH: < 150 mm: 50 mmAltitude: < 800 m

: 50 mmAltitude: < 800 m

Ambiente de origemAmbiente de origem

CoffeaCoffea arabicaarabicaCoffeaCoffea arabicaarabicaAmbiente de origemAmbiente de origem

10º LN10º LN

C. arabica é originária da Etiópica, em região restrita e marginalàs demais espécies – temperatura média anual entre 18 e 22 ºCC. arabica é originária da Etiópica, em região restrita e marginal

às demais espécies – temperatura média anual entre 18 e 22 ºC

N bi t d i tá t 1 000 2 000 d ltit dN bi t d i tá t 1 000 2 000 d ltit dNo ambiente de origem está entre 1.000 a 2.000 m de altitude,em condições de sub-bosque, com elevada umidade relativa arNo ambiente de origem está entre 1.000 a 2.000 m de altitude,

em condições de sub-bosque, com elevada umidade relativa ar

Características do ambienteCaracterísticas do ambiente

Origem de Origem de Coffea canephoraCoffea canephoraOrigem de Origem de Coffea canephoraCoffea canephoraCaracterísticas do ambienteCaracterísticas do ambiente

C. canehora é originária de uma ampla região da Guiné ao Congo,da costa oeste à região central do continente africanoC. canehora é originária de uma ampla região da Guiné ao Congo,

da costa oeste à região central do continente africano

Na origem situa-se em baixa altitude, elevada precipitação, entre1.500 a 2.000 mm, e temperatura média anual entre 22 e 26 ºCNa origem situa-se em baixa altitude, elevada precipitação, entre

1.500 a 2.000 mm, e temperatura média anual entre 22 e 26 ºC

Crescimento vegetativoCrescimento vegetativoZoneamento do cafeeiroZoneamento do cafeeiroZoneamento do cafeeiroZoneamento do cafeeiroCrescimento vegetativoCrescimento vegetativo

19o 32´ - 80 m19o 32´ - 80 mColatina - ESColatina - ES

12o 20´ - 750 m12o 20´ - 750 mLEM - BALEM - BA

20o 32´ - 1.040 m20o 32´ - 1.040 mFranca - SPFranca - SP

mesesmeses

6626 226 20022,422,40021 221 2fevfev0026,126,10022,622,60021,121,1janjan

DH - mmDH - mmT - oCT - oCDH - mmDH - mmT - oCT - oCDH - mmDH - mmT - oCT - oCmesesmeses

141424,224,20022,022,00019,519,5abrabr8825,625,60023,323,30020,820,8marmar6626,226,20022,422,40021,221,2fevfev

222220 520 5363619 219 2111116 216 2juljul272721,521,5292919,519,54416,216,2junjun333322,622,6101021,021,01117,317,3maimai

313122,222,2525223,023,0161620,020,0setset474721,321,3555520,820,8222217,217,2agoago222220,520,5363619,219,2111116,216,2juljul

0024 724 70022 422 40020 820 8dezdez0024,024,00023,323,30020,820,8novnov

232323,223,20023,523,50020,520,5outout

21121124,524,518318321,921,9535319,319,3médiamédia0024,724,70022,422,40020,820,8dezdez

Aspecto diurno: exposição solarAspecto diurno: exposição solarTopoclimaTopoclimaTopoclimaTopoclimaAspecto diurno: exposição solarAspecto diurno: exposição solar

Aspecto noturno: acúmulo ar frioAspecto noturno: acúmulo ar frioTopoclimaTopoclimaTopoclimaTopoclimaAspecto noturno: acúmulo ar frioAspecto noturno: acúmulo ar frio

R i f iR i f i

TopoclimaTopoclimaTopoclimaTopoclimaRequeima por frioRequeima por frio

Patrocínio, MG

Prof. Dr. José Laércio FavarinProf. Dr. José Laércio FavarinProf. Dr. José Laércio FavarinProf. Dr. José Laércio Favarinjlfavari@esalq.usp.brjlfavari@esalq.usp.br

Departamento de Produção VegetalDepartamento de Produção Vegetal

jlfavari@esalq.usp.brjlfavari@esalq.usp.br

Departamento de Produção VegetalDepartamento de Produção VegetalDepartamento de Produção VegetalDepartamento de Produção VegetalPiracicaba, SPPiracicaba, SP

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