BRASIL PÁTRIA DO EVANGELHO E CORAÇÃO DO MUNDO

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“— Ismael, manda o meu coração que doravante sejas o zelador dos patrimônios imortais que constituem a Terra do Cruzeiro. Recebe-a nos teus braços de trabalhador devotado da minha seara, como a recebi no coração, obedecendo a sagradas inspirações do Nosso Pai. Reúne as incansáveis falanges do infinito, que cooperam nos ideais sacrossantos de minha doutrina, e inicia, desde já, a construção da pátria do meu ensinamento. Para aí transplantei a árvore da minha misericórdia e espero que a cultives com a tua abnegação e com o teu sublimado heroísmo. Ela será a doce paisagem dilatada do Tiberíades, que os homens aniquilaram na sua voracidade de carnificina. (...)

Guarda este símbolo da paz e inscreve na sua imaculada pureza o lema da tua coragem e do teu propósito de bem servir à causa de Deus e, sobretudo, lembra-te sempre de que estarei contigo no cumprimento dos teus deveres, com os quais abrirás para a humanidade dos séculos futuros um caminho novo, mediante a sagrada revivescência do Cristianismo.”

O Espírito Humberto de Campos, no seu livro psicografado por Chico Xavier e que tem como título estas palavras: "Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho", nos afirma que Jesus transportou a árvore do Evangelho, da Palestina para o Brasil. Por que Jesus fez isso? Terá sido privilégio nosso? O que fizemos para merecê-lo? Se não foi privilégio, o que aconteceu, para que essa árvore plantada inicialmente na Palestina, não permanecesse lá, e viesse para cá? 

Inicialmente, foi a Palestina, a Terra escolhida para espalhar a semente do seu Evangelho. Mas, grande número dos que ali habitavam, estavam dominados pelo orgulho, pela ambição, pela sede de poder e grandezas, a ponto de não o aceitarem como o Messias Prometido, só por não ter nascido no seio da nobreza. 

Ele se apresentou ao Mundo, como filho de um humilde carpinteiro. Ali, as suas lições tiveram pouco eco. Poucos o ouviram e poucos O seguiram. Então, Ele escolheu outra Terra, para novamente semear o Seu Evangelho. Não havendo eco na Palestina, Jesus escolheu o Brasil para porta-voz das Suas lições.

Fomos nós os escolhidos, mas, não por privilégio. Por missão. Foi-nos confiada a tarefa de aprender, vivenciar, e espalhar os seus ensinamentos. Então. repetiu-se no Brasil, o que aconteceu na Palestina, quando se aproximou o momento da Sua vinda. Houve naquela ocasião, todo um preparo, para o bom êxito do Seu nascimento.

No Brasil, aconteceu o mesmo.

Verificando o nosso Mestre que havia chegado a época para transplantar a sua árvore, tendo já escolhido a Terra que iria recebê-la, mais uma vez uma grande equipe espiritual foi convocada. Não se tem conhecimento, mas, é possível que tenha sido a mesma que tudo fez na Palestina; e tomou todos os cuidados para que novamente, tudo saísse a contento. Essa equipe cuidou da nossa Terra a partir da forma geográfica, semelhante a um coração; cuidou também da sua estrutura. Aqui, não temos as grandes catástrofes, tais como: terremotos, vulcões, maremotos, furacões, ciclones. Isso foi privilégio nosso? Não, pois Deus não privilegia ninguém. Em nenhum ponto merecemos mais que os nossos irmãos de outras Terras que sofrem essas calamidades.

Tudo isso foi porque esta Terra se transformaria mais tarde na Pátria do Evangelho e como tal, faziam-se necessários todos esses cuidados, para que o seu povo, não estando às voltas com as grandes catástrofes, pudesse se dedicar mais à árvore que para cá seria transportada.

Humberto de Campos no seu livro nos faz um relato do nascimento do Brasil. Não um relato histórico. Ele apresenta o aspecto espiritual desse fato. Ele fala das providências tomadas, desde muito antes da viagem de Cabral e, à medida que mostra o trabalho e o cuidado dos Espíritos que acompanharam e participaram de cada episódio, nos esclarece também sobre a missão evangélica do Brasil. O seu relato é muito cheio de beleza e poesia. Em muitas ocasiões, ele nos mostra o diálogo de Jesus, no mundo espiritual, com os Seus mensageiros, à medida que vai traçando planos e tomando decisões, quanto ao nosso destino de filhos da Pátria do Evangelho. 

877. Da necessidade que o homem tem de viver em sociedade, nascem-lhe obrigações especiais?

“Certo e a primeira de todas é a de respeitar os direitos de seus semelhantes. Aquele que respeitar essas diferenças procederá sempre com justiça. No vosso mundo, porque a maioria dos homens não pratica a lei da justiça, cada um usa de represálias. Essa a causa da perturbação e da confusão em que vivem as sociedades humanas. A vida social outorga direitos e impõe deveres recíprocos.”

879.Qual seria o caráter do homem que praticasse a justiça em toda a sua pureza?

“O do verdadeiro justo, a exemplo de Jesus, porquanto praticaria também o amor do próximo e a caridade, sem os quais não há verdadeira justiça.”

— Brasileiros, ensarilhemos, para sempre, as armas homicidas das revoluções!...

Consideremos o valor espiritual do nosso grande destino. Engrandeçamos a pátria no

cumprimento do dever pela ordem, e traduzamos a nossa dedicação mediante o

trabalho honesto pela sua grandeza! Consideremos, acima de tudo, que todas as suas realizações hão de merecer a luminosa

sanção de Jesus, antes de se fixarem nos bastidores do poder transitório e precário dos

homens!

Nos dias de provação, como nas horas de venturas, estejamos irmanados

numa doce aliança de fraternidade e paz indestrutível, dentro da qual

deveremos esperar as claridades do futuro. Não nos compete estacionar, em nenhuma circunstância, e sim

marchar, sempre, com a educação e com a fé realizadora, ao encontro do

Brasil, na sua admirável espiritualidade e na sua grandeza imperecível!

Humberto de Campos (Espírito)