Post on 14-May-2020
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
ESCOLA DE AGRONOMIA
PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE
ALIMENTOS
THAYS LORRAYNE LAVRINHA E SILVA
CAJÁ-MANGA (Spondias mombin L.): DESENVOLVIMENTO
FISIOLÓGICO E AVALIAÇÃO DO PADRÃO
RESPIRATÓRIO
GOIÂNIA
2016
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THAYS LORRAYNE LAVRINHA E SILVA
CAJÁ-MANGA (Spondias mombin L.): CARACTERIZAÇÃO
FISIOLÓGICA E AVALIAÇÃO DO PADRÃO
RESPIRATÓRIO
Dissertação apresentada à Coordenação do Programa
de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de
Alimentos, da Universidade Federal de Goiás, para
obtenção do título de mestre em Ciência e Tecnologia
de Alimentos.
Orientadora: Profa. Dra. Clarissa Damiani
Co-orientadores: Prof. Dr. Flávio Alves da Silva
Prof. Dr. Edson Pablo Silva
GOIÂNIA
2016
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E
TECNOLOGIA DE ALIMENTOS
MESTRADO
THAYS LORRAYNE LAVRINHA E SILVA
“Cajá-manga (Spondias mombin L.): caracterização fisiológica e avaliação do padrão
respiratório”.
Dissertação DEFENDIDA e APROVADA em 25 de agosto de 2016, pela Banca
Examinadora constituída pelos membros:
__________________________________________________________
Professor Dr. Eduardo Ramirez Asquieri
Faculdade de Farmácia/UFG
_________________________________________________________
Professora Dra. Fernanda Salamoni Becker
Morrinhos/IFGoiano
________________________________________________________
Professora Dra. Clarissa Damiani
Orientadora – Engenharia de Alimentos/UFG
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À toda minha família, em especial,
aos meus avós, aos meu pais e ao meu amor,
E aos verdadeiros amigos,
Que em meio a tantas dificuldades tiveram amor, coragem, persistência e sabedoria, não
permitindo que eu desistisse, me dando forças para seguir em frente e alcançar mais essa
conquista.
DEDICO
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AGRADECIMENTOS
A Deus, por sempre estar presente na minha vida e por me dar forças para superar os
obstáculos, por me guiar, iluminar e proteger.
Aos meus Pais, que me apoiaram, me deram forças, amor e muito carinho, sempre
confiando nas minhas decisões.
Ao meu amor, por todo apoio e amor, dedicados a mim nos momentos mais difíceis
nessa jornada, por sempre estar ao meu lado e me proporcionar os melhores momentos de
alegria, carinho e amor.
Aos meus avôs pelo apoio e amor dedicados a mim. Especialmente, a minha avó e mãe
querida, Dionilha, meu orgulho e exemplo, por ser essa mulher trabalhadora.
Aos meus sogros, especialmente a Celma, pelo carinho, conselhos e todo apoio.
A minha Princesa, pelos momentos de alegria, amor e descontração.
As amigas Jéssyca e Ellen, por me ajudar e estar sempre presentes nos momentos bons
e difíceis, dando força, não deixando que desistisse. Pela troca experiências nas análises e
mensagens que tanto ajudaram na elaboração e conclusão da dissertação.
As amigas Monick Braga, Aline Bessa e Alessandra pela amizade e palavras de força.
A todos os colegas do mestrado e colegas de laboratório, Monik, Lismaíra e Daniela,
pela ajuda e colaboração.
Aos técnicos do Departamento de Engenharia de Alimentos, Bruno, Ana Paula, Jussara,
Anderson pelo apoio, especialmente ao Devis, pelas noites que passamos realizando análises.
A minha orientadora, Professora Clarissa, pela amizade, carinho, apoio e conhecimentos
transmitido durante todo o tempo que estamos trabalhando juntas.
Ao Professor Eduardo Ramirez Asquieri, pela receptividade no Laboratório de
Bioquímica de Alimentos, por todo conhecimento transmitido, paciência para esclarecer as
dúvidas, e pela força nos momentos difíceis.
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Ao Professor Flávio, pelo apoio e por sempre estar disponível para ajudar no que for
preciso.
À Professora e amiga Fernanda, pelos conselhos e apoio, que me fizeram buscar e
alcançar mais essa conquista.
Ao Professor Edson Pablo pelo apoio e ajuda na coleta dos frutos.
Aos Professores do Departamento de Engenharia de Alimentos, pelo apoio e
conhecimentos transmitidos a mim durante o processo de graduação e mestrado.
À Fazenda Jaboticabal, especialmente ao Paulinho e Paulo Filho, por sempre estarem
disponíveis e disponibilizar os frutos para realização dessa pesquisa.
Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ), pela
concessão da bolsa de estudo e apoio financeiro para a realização dessa pesquisa.
Enfim, obrigada a todos que, direta ou indiretamente, torceram pelo meu sucesso e
contribuíram para a realização e conclusão desse trabalho!
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"Conheço pessoas que triunfam, e sempre triunfarão, sabe por que? Eu lhes direi o
porquê! Porque nunca desistem dos seus sonhos e sempre terminam aquilo que começam"
Napoleon Hill
“Nas grandes batalhas da vida, o primeiro passo para a vitória é o desejo de vencer! ”
Mahatma Gandhi
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RESUMO
O objetivo do trabalho foi avaliar as alterações dos compostos físico-químicos, potencial
antioxidante e atividade respiratória do fruto de cajá-manga (Spondias mombin L.), durante o
desenvolvimento fisiológico, assim como o seu padrão respiratório e alterações físicas e
químicas que ocorreram durante a maturação. O ciclo compreendeu um período de 260 dias
após antese (DAA), definido quando os frutos apresentaram facilidade para serem destacados
dos arbustos e coloração amarelo alaranjada. Foi marcado pela ascensão climatérica entre 160
a 180 DAA, com pico de produção de CO2 aos 180 DAA, seguindo padrão respiratório
climatérico. Os resultados indicaram padrão de crescimento tipo sigmoide simples, com
aumento significativo de massa e diâmetros longitudinal e transversal até 220 DAA, com
variação da firmeza e redução após 240 DAA. Houve decréscimo da pectina total e aumento da
pectina solúvel, redução da acidez e dos teores de clorofila, desmascaramento dos carotenóides,
culminando com amaciamento e mudança de coloração do fruto. Apresentou redução
significativa dos fenólicos totais e maior conteúdo nos extratos alcoólico e aquoso. O maior
teor de vitamina C foi obtido aos 220 DAA. Os teores de taninos diminuíram
significativamente. Os compostos antioxidantes apresentaram maior atividade no fruto em
formação, por aturem como mecanismos de defesa. Aos 260 DAA, a maior atividade
antioxidante, foi obtida pelos extratos etéreo e etanólico pelo método DPPH, e pelos extratos
alcoólico e aquoso, pelo método FRAP, e quando avaliados pelo método ABTS não
apresentaram diferenças significativas entre os extratos. Foram observadas degradação do
amido, aumento de açúcares solúveis totais e sólidos solúveis e variação nos teores de macro e
microminerais, apresentando, durante todo o desenvolvimento fisiológico, maior conteúdo de
fósforo, cálcio e magnésio. Foram observadas reduções da umidade, incremento de proteína e
carboidratos e foram identificados 27 compostos voláteis durante o desenvolvimento
fisiológico sendo, majoritariamente, terpenos. Portanto, mudanças significativas foram
observadas entre 200 e 220 DAA, podendo este ser o período em que o fruto atingiu sua
maturação.
Palavras-chaves: Spondias mombin L., cajá-manga, análises físico-químicas, compostos
bioativos, composição nutricional, fisiologia de frutos, frutos climatéricos.
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ABSTRAT
The objective of this study was to evaluate changes in physical - chemical compounds,
antioxidant potential and respiratory activity of the fruit cajá -manga (Spondias mombin L.)
during the physiological development, as well as your breathing pattern and physical and
chemical changes that occurred during maturation. The cycle comprised a period of 260 days
after anthesis (DAA), set when the fruits had to be easily detached from the bushes and orange
yellow color. It was marked by the rise climacteric between 160-180 DAA, with peak
production of CO2 at 180 DAA, following climacteric respiratory pattern. The results indicated
standard sigmoid simple type growth, significant increase of mass, longitudinal and transverse
diameters up to 220 DAA, with varying firmness and reduction after 240 DAA. There was a
decrease of total pectin and increased soluble pectin, reducing acidity and chlorophyll content,
unmasking of carotenoids, culminating in softening and change of fruit color. Showed a
significant reduction in total phenolic content and higher in alcohol and aqueous extracts. The
higher content of vitamin C was obtained to 220 DAA. Tannin levels decreased significantly.
The antioxidant compounds showed greater activity in the fruit formation, by aturem as defense
mechanisms. At 260 DAA, the highest antioxidant activity, was obtained by the ethereal and
ethanol extracts by DPPH method, and the alcoholic and aqueous extracts by FRAP method,
and when evaluated by ABTS method showed no significant differences between extracts.
.Starch degradation were observed, and increase of total soluble solids and soluble sugar content
variation in macro and trace minerals presenting all physiological development , higher content
of phosphorus , calcium and magnesium. Moisture reductions were observed, protein and
carbohydrates increase and were identified 27 volatile compounds during the physiological
development and, mainly, terpenes. Therefore, significant changes were observed between 200
and 220 DAA, which may be the period in which fruit has reached its maturation.
Keywords: Spondias mombin L., cajá-manga, physical and chemical analysis, bioactive
compounds, nutritional composition, fruit physiology, climacteric fruits.
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LISTA DE FIGURAS
CAPÍTULO I
Figura 1. Biomas Continentais Brasileiros (IBGE, 2014). ...................................................... 19
Figura 2. Árvore de cajá-manga Spondias mombin L. . .......................................................... 20
Figura 3. Frutos de cajá-manga Spondias mombin L. . ........................................................... 21
Figura 4. Estádios do desenvolvimento baseado nos processos fisiológicos dos frutos. Fonte:
Ryall e Lipton (1979) apud por Chitarra e Chitarra (2005). ..................................................... 22
CAPÍTULO II
Figura 1. Antese (abertura dos botões florais) da cajazeira (Spondias Mombin L.). .............. 40
Figura 2. Fruto de cajá-manga (Spondias mombin L.) ao longo do desenvolvimento fisiológico.
.................................................................................................................................................. 42
Figura 3. Valores de pH e acidez titulável na polpa do fruto de cajá-manga (Spondias mombin
L.) ao longo do desenvolvimento fisiológico. .......................................................................... 44
Figura 4. Dados colorimétricos da casca do fruto de cajá-manga (Spondias mombin L.) ao
longo do desenvolvimento fisiológico. ..................................................................................... 46
CAPÍTULO III
Figura 1. Taxa respiratória do fruto de cajá-manga (Spondias mombin L.) ao longo do
desenvolvimento fisiológico. .................................................................................................... 70
Figura 2. Açúcares solúveis totais, sólidos solúveis e amido da polpa do fruto de cajá-manga
(Spondias mombin L.) ao longo do desenvolvimento fisiológico. ........................................... 72
14
CAPÍTULO IV
Figura 1. Frutos de cajá-manga (Spondias mombin L.) maturos, colhidos pela manhã após 240
dias após antese. ....................................................................................................................... 94
Figura 2. Frutos de cajá-manga (Spondias mombin L.)colhidos após 240 dias após antese,
mantidos a 25 ºC, para a avaliação do padrão respiratório. ...................................................... 95
Figura 3. Frutos de cajá-manga (Spondias mombin L.) colhidos após 240 dias após antese,
mantidos a 25 ºC, para análises físico-químicas. ...................................................................... 95
Figura 4. Taxa de respiração (TR) dos frutos de cajá-manga (Spondias mombin L.) coletados
maturos, aos 240 dias após antese, e avaliados durante 76 horas pós-colheita. ..................... 957
Figura 5. Variáveis físicas e físico-químicas da polpa dos frutos de cajá-manga (Spondias
mombin L.) coletados maturos, aos 240 dias após antese, e avaliados durante 76 horas pós-
colheita. .................................................................................................................................... 99
Figura 6. Variáveis colorimétricas da casca dos frutos de cajá-manga (Spondias mombin L.)
coletados maturos, aos 240 dias após antese, e avaliados durante 76 horas pós-colheita. ..... 105
Figura 7. Frutos de cajá-manga (Spondias mombin L.), colhidos 240 dias após antese, entre 0
e 76 horas pós-colheita. .......................................................................................................... 106
Figura 8. Variáveis colorimétricas da polpa dos frutos de cajá-manga (Spondias mombin L.)
coletados maturos, aos 240 dias após antese, e avaliados durante 76 horas pós-colheita. ..... 107
Figura 9. Polpa dos frutos de cajá-manga (Spondias mombin L.), colhidos 240 dias após antese,
entre 0 e 76 horas pós-colheita. .............................................................................................. 108
15
LISTA DE TABELAS
CAPÍTULO II
Tabela 1. Massa, diâmetro longitudinal, diâmetro transversal, firmeza, pectina total e pectina
solúvel do fruto de cajá-manga (Spondias mombin L.) ao longo do desenvolvimento fisiológico.
.................................................................................................................................................. 41
Tabela 2. Teor de clorofila e carotenóides da casca do fruto de cajá-manga (Spondias mombin
L.) ao longo do desenvolvimento fisiológico. .......................................................................... 47
Tabela 3. Teores de compostos fenólicos em diferentes extratos, taninos hidrolisáveis, taninos
condensados e vitamina C na polpa do fruto de cajá-manga (Spondias mombin L.) ao longo do
desenvolvimento fisiológico. .................................................................................................... 49
Tabela 4. Atividade antioxidante em diferentes extratos da polpa do fruto de cajá-manga
(Spondias mombin L.) ao longo do desenvolvimento fisiológico. ........................................... 51
CAPÍTULO III
Tabela 1. Composição proximal da polpa do fruto de cajá-manga (Spondias mombin L.) ao
longo do desenvolvimento fisiológico. ..................................................................................... 71
Tabela 2. Minerais da polpa do fruto de cajá-manga (Spondias mombin L.) ao longo do
desenvolvimento fisiológico. .................................................................................................... 75
Tabela 3. Constituintes voláteis, tempo de retenção médio (TRM) e porcentagem de áreas
relativas dos componentes aromáticos da polpa do fruto de cajá-manga (Spondias mombin L.),
ao longo do desenvolvimento fisiológico. ................................................................................ 78
CAPÍTULO IV
Tabela 1. Composição proximal da polpa dos frutos de cajá-manga (Spondias mombin L.)
coletados maturos, aos 240 dias após antese, e avaliados durante 76 horas pós-colheita. ....... 99
16
SUMÁRIO
CAPÍTULO I ........................................................................................................................ 17
1. Introdução .......................................................................................................................... 17
2. Revisão de literatura .......................................................................................................... 18
Referências bibliográficas ...................................................................................................... 26
CAPÍTULO II ....................................................................................................................... 31
1. Introdução .......................................................................................................................... 31
2. Materiais e métodos ........................................................................................................... 33
3. Resultados e discussão ....................................................................................................... 39
4. Conclusão ........................................................................................................................... 53
5. Referências ......................................................................................................................... 53
ANEXO A ........................................................................................................................................... 57
CAPÍTULO III ..................................................................................................................... 64
1. Introdução .......................................................................................................................... 64
2. Materiais e métodos ........................................................................................................... 65
3. Resultados e discussão ....................................................................................................... 69
4. Conclusão ........................................................................................................................... 80
5. Referências ......................................................................................................................... 80
ANEXO B ........................................................................................................................................... 85
CAPÍTULO IV ...................................................................................................................... 92
1. Introdução .......................................................................................................................... 92
2. Materiais e métodos ........................................................................................................... 94
3. Resultados e discussão ....................................................................................................... 97
4. Conclusão ......................................................................................................................... 108
5. Referências ....................................................................................................................... 108
ANEXO C ......................................................................................................................................... 112
Considerações finais ........................................................................................................................ 115
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CAPÍTULO I
1. Introdução
O Cerrado, segundo maior bioma do Brasil e da América do Sul, é reconhecido como a
savana mais rica do mundo em biodiversidade (MAYERS, 2000; PROENÇA; OLIVEIRA;
SILVA, 2000). Dentre suas espécies, destacam-se as frutíferas que apresentam frutos com alto
valores nutricionais, características sensoriais próprias que, ainda, são desconhecidas pela
população brasileira, com exceção dos povos nativos desse bioma, que os utilizam na forma de
alimentos, medicamentos e ornamentais (MANCIN, 2002; SILVA et al., 2001). No entanto, a
expansão agropecuária tem desprezado sua área, transformando-a em extensas pastagens e
grandes monoculturas, colocando em risco suas espécies e vegetação nativa (SANO et al.,
2008).
O aproveitamento e exploração, de maneira sustentável dos recursos desse bioma, está
diretamente ligada com sua preservação, porém, apesar da sua grande diversidade de fauna e
flora, ainda existem poucos estudos e pesquisas que permitem avaliar e valorizar seu potencial
econômico (PARRON et al., 2008).
A cajazeira (Spondias mombin L.) é uma espécie frutífera, que produz frutos nutritivos,
saborosos e de grande aceitação de mercado, conhecidos, popularmente, como cajá-manga,
apresentando sabor agridoce, suculência, sendo fortemente aromática (LORENZI et al., 2006).
Não é um fruto típico do Cerrado, mas adapta se bem e apresenta alta produção nesse bioma.
O cajá-manga é muito apreciado no Brasil, consumido in natura ou na forma de
produtos, principalmente, polpa congelada, bebidas, doces, sorvetes e picolés. Contém
quantidade relevante de potássio, cobre e compostos fenólicos, que apresenta potencial
antioxidante, associados a prevenção de doenças crônicas-degenerativas, como
cardiovasculares, câncer e diabetes. Encontrando carotenoides, taninos, vitamina C e
destacando-se como uma das frutas tropicais mais aromáticas (TIBURSKI et al., 2011;
NARAIN et al., 2004; HAMANO; MERCADANTE, 2001). Porém, apresentam alta
perecibilidade pós-colheita, sendo necessário o estudo de tecnologias que promovam maior
período de comercialização do fruto in natura, com boa qualidade sensorial, nutricional e
biológica.
O estudo do desenvolvimento e processos fisiológicos dos frutos é importante para
estabelecer procedimentos tecnológicos, como o ponto de colheita ideal e obtenção de produtos
18
de boa qualidade. Esse estudo abrange as etapas como crescimento, maturação, maturidade
fisiológica, amadurecimento e senescência (CHITARRA; CHITARRA, 2005; SILVA, 2008;
WATADA et al., 1984).
A atividade respiratória e a biossíntese de etileno são importantes no processo
fisiológico de desenvolvimento dos frutos, pois estão associados à várias reações responsáveis
pela degradação e síntese de inúmeros compostos. Varia entre espécies e estádios de
desenvolvimento, e o fruto, por meio da atividade respiratória pode ser classificado como
climatérico ou não climatérico (PURVIS, 1997; PAUL et al., 2012).
Frutos climatéricos são caracterizados pelo aumento da atividade respiratória,
acompanhado por um pico auto catalítico de produção de etileno, no início do amadurecimento
(ALEXANDER; GRIERSON, 2002), enquanto os não-climatéricos, a atividade respiratória
mantém-se em declínio durante o amadurecimento (SANTELLI, 2005).
Logo, o objetivo do presente trabalho foi caracterizar, fisiologicamente, o cajá-manga
(Spondias mombin L.), durante seus estádios de desenvolvimento, desde a antese até o fruto
maduro, e avaliar o seu padrão respiratório para identifica-lo como climatérico ou não
climatérico.
2. Revisão de literatura
2.1. Cerrado e potencial em frutas nativas
O território brasileiro é composto por seis biomas, a saber, Amazônia, Cerrado,
Caatinga, Mata Atlântica, Pantanal e Pampa, bem divididos no território brasileiro (Figura 1).
O Cerrado é o segundo maior bioma do Brasil, representando uma área de 2.036,488 km2, cerca
de 24% do território nacional continental, ocupando a totalidade do Distrito Federal, mais da
metade dos estados de Goiás (97%), Maranhão (65%), Mato Grosso do Sul (61%), Minas
Gerais (57%) e Tocantins (91%), além de porções de outros seis estados (IBGE, 2014).
As espécies vegetais do cerrado destacam-se pelo seu valor alimentício, medicinal,
madeireiro, tintorial, forrageiro e ornamental, de grande importância para a população nativa
dessa região. Sua flora é rica em diversas espécies frutíferas, que produzem frutos comestíveis,
com formas variadas, cores atrativas, sabor característico e elevados teores de vitaminas,
19
proteínas, sais minerais, açúcares, entre outros, que lhes confere grande potencial para
utilização agrícola e desperta grande interesse comercial, devido suas propriedades nutricionais
e funcionais (SILVA et al., 2001).
Os frutos podem ser aproveitados e consumidos de diversas maneiras, in natura ou na
forma de geleias, doces, sucos, sorvetes, vinhos, licores, entre outros, o que auxilia e estimula
a conservação da biodiversidade deste bioma (MANCIN, 2002).
Figura 1. Biomas Continentais Brasileiros (IBGE, 2014).
Segundo Costa et al. (2006), existem mais de 58 espécies de frutas nativas do cerrado,
conhecidas e utilizadas pela população nativa, porém, a expansão agropecuária tem
transformado sua área, originalmente biota natural, em extensas pastagens e grandes
monoculturas (SANO et al., 2008) e, juntamente com o extrativismo predatório, originam
progressivamente em perdas de materiais genéticos e menores produções de frutos, colocando
em risco a sobrevivência de algumas espécies (LUIS, 2008). Segundo dados do Instituto
Brasileiro de Geográfica e Estatística (IBGE, 2014), o Cerrado teve sua cobertura vegetal
reduzida para quase metade.
Além de ser um bioma com muitas diversidades em paisagens e espécies de fauna e
flora, tem-se grande deficiência de estudos e pesquisas que permitem avaliar seu potencial
econômico, identificar e explorar, de maneira sustentável, as suas espécies nativas e espécies
que se adaptam bem nessa região (PARRON et al., 2008). Por isso, é necessário incentivar e
desenvolver pesquisas relacionadas a conservação das espécies do cerrado.
Os frutos nativos do Cerrado mais utilizados na alimentação, pela população nativa
dessa região, são pequi (Caryocar brasiliense), mangaba (Hancornia speciosa), cagaita
(Eugenia dysenterica), baru (Dipteryx alata), araticum (Annona crassiflora), maracujá do
cerrado (Passiflora cincinnata), caju-do-cerrado (Anacardium othonianum), buriti (Mauritia
20
vinifera), gabiroba (Campomanesia adamantium) e murici (Byrsonima verbascifolia)
(REGONATO; ALMEIDA, 2003).
Além das espécies frutíferas nativas dessa região, existem as que se adaptam e
apresentam alta produção, como a cajazeira (Spondias mombin L.), que produz frutos
conhecidos como cajá-manga.
2.2. Cajá-manga (Spondias mombin L.)
A cajazeira (Spondias sp.), nativa da América Tropical, pertence à família
Anacardiaceae, e ao gênero Spondias, sendo encontrado nas áreas tropicais da América, Ásia,
África e no Brasil (MILLER; SCHAAL, 2005).
A espécie Spondias mombin L. (Figura 2) é uma árvore frutífera tropical, frondosa,
situa-se entre as frutíferas perene, com flores dispostas em panícula, produzindo frutos
nutritivos, saborosos e de grande aceitação de mercado, conhecidos, popularmente, como cajá-
manga ou cajá ou taperpebá, apresentando sabor agridoce, suculência, sendo fortemente
aromática (LORENZI et al., 2006).
Figura 2. Árvore de cajá-manga Spondias mombin L. Fonte: Arquivo pessoal.
O cajá-manga (Spondias mombin L.) (Figura 3) é um fruto muito apreciado no Brasil,
consumido in natura ou na forma de produtos, como polpa congelada, bebidas, doces, sorvetes,
picolés e geleias (MATTIETTO et al., 2007; CARVALHO et al., 2008). É constituído de polpa,
21
casca e semente, apresentando formato elipsoide, do tipo drupa com, aproximadamente, 6 a 10
cm de comprimento e 3 a 10 cm de largura e 100 g, com semente dotada de fibras rígidas e
espinescentes que penetram parcialmente na polpa. Sua casca é fina e lisa e, à medida que
amadurecem, tornam-se amarelo-ouro (FRANQUIN et al., 2005).
Figura 3. Frutos de cajá-manga Spondias mombin L. Fonte: Arquivo pessoal.
A época de safra varia nos diversos estados brasileiros, devido ao clima peculiar a cada
região e da constituição da própria planta (BOSCO et al., 2000). Na região Amazônica, por
exemplo, a colheita ocorre de dezembro a fevereiro, enquanto no Sudeste da Bahia e no estado
do Ceará de janeiro a maio, na Paraíba de maio a julho (CAVALCANTE et al., 2009), e, em
Goiás, de abril a junho.
É comercializada, principalmente, para consumo in natura e processamento de polpa,
apresentando grande aceitação no mercado pelo sabor exótico e excelente valor comercial como
matéria-prima (SOARES et al., 2006).
O cajá-manga (Spondias mombin L.) fornece 65,62 kcal 100g-1, constituído por 83,66 g
100g-1 de umidade, 1,06 g 100g-1 de proteína, 0,62 g 100g-1 de lipídeos, 13,90 g 100g-1 de
carboidratos, 1,87 g 100g-1 de fibra alimentar e 0,76 g 100g-1 de resíduo mineral fixo
(TIBURSKI et al., 2011).
Mattietto et al. (2010) encontraram na composição de cajá-manga (Spondias mombin
L.) pH igual a 2,53, acidez titulável total igual a 1,86%, em ácido cítrico e teor de sólidos
solúveis totais de 10,09 °Brix.
Segundo Tiburski et al. (2011), a polpa de cajá-manga contém quantidade relevante de
potássio, cobre, atividade antioxidante e conteúdo de fenólicos totais, carotenoides, taninos e
vitamina C (HAMANO; MERCADANTE, 2001).
22
Os compostos fenólicos apresentam potencial antioxidante, importantes no combate dos
processos oxidativos, pois apresenta capacidade de neutralizar radicais livres, portanto, estão
associados a prevenção de doenças crônicas-degenerativas, como cardiovasculares, câncer,
diabetes e cataratas (BARBOSA et al., 2010; SANTOS et al., 2008).
Segundo Narain et al. (2004), o cajá-manga destaca-se como uma das frutas tropicais
mais aromáticas, com 33 compostos que ajudam a formar o aroma característico da fruta.
As características físico-químicas dos frutos podem variar com a espécie, fator genético,
local de cultivo, época de frutificação e de colheita, fatores ambientais, entre muitos outros
(MATTIETTO, 2005).
O cajá-manga apresenta curto período de comercialização, alta perecibilidade, sendo
necessário o estudo e desenvolvimento de tecnologias que promovam maior período de
comercialização do fruto in natura, com boa qualidade sensorial, nutricional e biológica.
Portanto, é importante o conhecimento do desenvolvimento fisiológico do fruto, assim como o
ponto ideal de colheita para melhor conservação.
2.3. Desenvolvimento fisiológico de frutos
O desenvolvimento fisiológico de frutos pode ser divido de acordo com os processos
fisiológicos, que ocorrem desde a formação até a morte dos tecidos, sendo pré-maturação,
maturação, amadurecimento e senescência (Figura 4) (CHITARRA, CHITARRA, 2005;
WATADA et al., 1984).
Figura 4. Estádios do desenvolvimento baseado nos processos fisiológicos dos frutos. Fonte:
Ryall e Lipton (1979) apud por Chitarra e Chitarra (2005).
23
O crescimento é uma etapa que ocorre na pré-maturação, no qual ocorre rápida divisão
e alongamento celular, aumento irreversível do peso, diâmetro e comprimento, os quais são
influenciados por fatores genéticos e ambiental, como temperatura, radiação solar e
precipitação (BERILLI et al., 2007).
O estádio de maturação é uma fase que leva à maturação fisiológica. A maturidade
fisiológica é definida como o estádio em que a fruta continuará seu desenvolvimento, mesmo
que destacada da planta. Normalmente, os frutos são colhidos nesse estádio, após o qual, vivem
utilizando-se dos substratos acumulados (WATADA et al., 1984).
O amadurecimento corresponde a fase final da maturação. Nesta fase, os frutos são
transformados em produtos aceitáveis e comercialmente atrativos, como resultado das
mudanças nas características nutricionais e sensoriais dos alimentos, como alteração na cor,
textura, sabor e aroma (CHITARRA; CHITARRA, 2005).
As alterações da cor ocorrem devido a degradação da clorofila, síntese e aparecimento
dos carotenoides e antocianinas. Do sabor, pela conversão de ácidos orgânicos e compostos
fenólicos em outros componentes, como açúcares, geralmente associados com o aumento de
compostos aromáticos, diminuição da acidez e adstringência, e as alterações na textura pela
degradação de pectina (RYALL; LIPTON, 1979).
Essas mudanças estão associadas ao aumento da atividade enzimática e, no caso de
frutos com padrão respiratório climatérico, na mudança da atividade respiratória e biossíntese
de etileno (VENDRELL; PALOMER, 1997).
Ao final do amadurecimento, ocorre a diminuição dos processos de sínteses (processos
anabólicos) e predominância dos processos de degradação (processos catabólicos), que
culminam com envelhecimento e morte dos tecidos, caracterizando o estádio denominado
senescência. As principais alterações fisiológicas que ocorrem neste estádio são perda das
características sensoriais e nutricionais (CHITARRA; CHITARRA, 2005).
As mudanças físicas e químicas, tais como coloração, tamanho, massa, formato, textura,
sabor, que ocorrem durante o desenvolvimento do fruto, determinam os estádios de
desenvolvimento com base nos dias após a antese (abertura da flor) (OMS-LIU et al., 2011).
Essas mudanças podem ser verificadas por meio de medidas físicas e químicas, ao logo
do desenvolvimento fisiológico do fruto. O aumento na doçura e diminuição da acidez, por
exemplo, são atributos que podem ser medidos e avaliados por meio do teor de sólidos solúveis
e acidez titulável.
24
O aumento da doçura está relacionado com a degradação de sacarose e de
polissacarídeos, de reserva como o amido, com formação e acréscimo de frutose e glicose que,
também, são usadas para a produção de energia no processo respiratório (NULTSCH, 2000).
Os ácidos orgânicos, presentes nos frutos, são responsáveis pela acidez titulável, estes
tendendo a diminuir devido à sua oxidação nas reações bioquímicas, decorrentes da respiração.
Estas reações são fundamentais para a síntese de compostos fenólicos, lipídeos e compostos
voláteis (CHITARRA; CHITARRA, 2005).
O conhecimento dos processos fisiológicos, no desenvolvimento do fruto, é importante
para estabelecer bases para a colheita apropriada e métodos tecnológicos adequados para o
aproveitamento dos frutos e, consequentemente, redução das perdas (RODRIGUES, 2005;
SILVA, 2008). Quando os frutos são colhidos, fisiologicamente imaturos, não amadurecem,
enrugam ou, quando o amadurecimento ocorre, a qualidade dos frutos é prejudicada,
ocasionando perdas (HULME, 1970).
Frutas e hortaliças, mesmo após a colheita, continuam seu desenvolvimento, e a sua
atividade respiratória é importante, pois está associada aos processos fisiológicos, responsáveis
pela síntese e degradação de inúmeros compostos (PURVIS, 1997).
2.4. Padrão Respiratório ou processo respiratório
A atividade respiratória varia entre espécies e estádios de desenvolvimento do fruto, e
usa como substratos açúcares, ácidos orgânicos e lipídeos, acumulados durante o
desenvolvimento. Essas substâncias são oxidadas em moléculas mais simples, como o oxigênio
(O2) e dióxido de carbono (CO2), com produção de energia (liberada na forma de calor e ATP)
e esqueleto carbono, que podem ser utilizados em reações de síntese (WILLS et al., 1998).
O padrão de atividade respiratória, durante o amadurecimento de frutos, classifica-os
em climatéricos e não climatéricos (PAUL et al., 2012).
Frutos classificados como climatérico, é caracterizado pelo aumento da atividade
respiratória, acompanhado por um pico auto catalítico de produção de etileno, no início do
amadurecimento (ALEXANDER; GRIERSON, 2002). A produção auto catalítica do etileno é
o que desencadeia todas as reações que levam os frutos climatéricos a desenvolver
características de frutos maduros, como amolecimento da fruta, desenvolvimento do sabor e
aroma (GIOVANNONI, 2004; KLEE; GIOVANNONI, 2011).
25
Frutos climatéricos podem ser colhidos, ainda verdes, quando estão fisiologicamente
maturos, pois continuam o desenvolvimento, completando o amadurecimento (KAYS; PAULL,
2004). Dentre os frutos com padrão respiratório climatérico, tem-se como exemplo, o mamão,
a mangaba, o tomate, a banana e a maçã.
Em frutos não climatérios, não ocorre o aumento da atividade respiratória, pelo
contrário, mantém-se em declínio durante o amadurecimento e as transformações bioquímicas,
que tornam o fruto maduro, ocorre de forma mais lenta, apresentando amadurecimento lento e,
geralmente, sua respiração mantém-se em declínio até a senescência (SANTELLI, 2005). Pode-
se citar como frutos não climatéricos, a uva, o morango e os citros.
Frutos climatéricos apresenta, comercialmente, vida útil curta e níveis mais elevados de
aroma em comparação com frutos que apresentam padrão respiratório não climatério, pois
alguns compostos aromáticos são produzidos, apenas, por vias depedentes do etileno (FLORES
et al., 2002).
Para extensão da vida pós-colheita de frutos, vários fatores pré e pós-colheita, como
cultivo adequado, padrão respiratório do fruto, colheita na maturidade ótima, manuseio e
aplicação de tecnologias de armazenamento apropriados, devem ser avaliados e assegurados,
com o intuito de minimizar as perdas e resguardar a qualidade dos frutos (VILAS BOAS, 2014).
26
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31
CAPÍTULO II 1
2
ARTIGO I - Desenvolvimento fisiológico do fruto cajá-manga (Spondias mombin L.): 3
caracterização física, química e comportamento dos biocompostos 4
5
RESUMO 6
O objetivo do trabalho foi avaliar as alterações físico-químicas e o potencial 7
antioxidante no fruto de cajá-manga (Spondias mombin L.) durante seu desenvolvimento 8
fisiológico. O ciclo compreendeu um período de 260 dias após antese (DAA), definido quando 9
os frutos apresentaram facilidade para serem destacados dos arbustos e coloração amarelo 10
alaranjada. Os resultados indicaram padrão de crescimento tipo sigmoide simples, com aumento 11
significativo de massa e diâmetros longitudinal e transversal até 220 DAA, com variação e 12
redução da firmeza após 240 DAA. Houve decréscimo da pectina total e aumento da pectina 13
solúvel, redução da acidez e dos teores de clorofila, desmascaramento dos carotenóides, 14
culminando com amaciamento e mudança de coloração do fruto. Apresentou redução 15
significativa dos fenólicos totais e maior conteúdo nos extratos alcoólico e aquoso. O maior 16
teor de vitamina C foi obtido aos 220 DAA. Os teores de taninos diminuíram 17
significativamente. Os compostos antioxidantes apresentaram maior atividade no fruto em 18
formação, por atuarem como mecanismos de defesa. Aos 260 DAA, a maior atividade 19
antioxidante, foi obtida pelos extratos etéreo e etanólico pelo método DPPH, e pelos extratos 20
alcoólico e aquoso, pelo método FRAP, e quando avaliados pelo método ABTS não 21
apresentaram diferenças significativas entre os extratos. Portanto, mudanças significativas 22
foram observadas entre 200 e 220 DAA, podendo este ser o período em que o fruto atingiu sua 23
maturação. 24
25
Palavras-chaves: Spondias Mombin, compostos bioativos, fisiologia de frutos, frutos do 26
cerrado. 27
28
1. Introdução 29
30
A cajazeira (Spondias sp.), nativa da América Tropical, pertence à família 31
Anacardiaceae e ao gênero Spondias, o qual produz frutos conhecidos como cajá-manga 32
(Spondias mombin L.) (MILLER; SCHAAL, 2005; PRADO; GIBBS, 1993). 33
O cajá-manga (Spondias mombin L.) é um fruto constituído de polpa, casca e semente, 34
muito apreciado no Brasil, consumido in natura ou na forma de produtos, como polpa 35
congelada, bebidas, doces, sorvetes, picolés e geleias (MATTIETTO et al., 2010; CARVALHO 36
et al., 2008; FRANQUIN et al., 2005). 37
32
Segundo Tiburski et al. (2011), a polpa de cajá-manga contém compostos antioxidante, 38
como fenólicos totais, carotenóides, taninos e vitamina C (HAMANO; MERCADANTE, 39
2001). 40
O cajá-manga apresenta curto período de comercialização, alta perecibilidade, sendo 41
necessário o estudo e desenvolvimento de tecnologias que promovam maior período de 42
comercialização do fruto in natura, com qualidade sensorial, nutricional e biológica 43
satisfatórias. Logo, o conhecimento do desenvolvimento fisiológico do fruto, assim como o 44
ponto ideal de colheita, é imprescindível para melhor conservação deste. 45
O desenvolvimento dos frutos é dividido de acordo com os processos fisiológicos, que 46
ocorrem desde a formação até a morte dos tecidos, compreendendo crescimento, maturação, 47
maturidade fisiológica, amadurecimento e senescência (WATADA et al., 1984). 48
O crescimento é marcado pela rápida divisão e alongamento celular, aumento 49
irreversível do peso, diâmetro e comprimento, os quais são influenciados por fatores genéticos 50
e ambiental, como temperatura, radiação solar e precipitação (BERILLI et al., 2007). O estádio 51
de maturação é uma fase que leva à maturação fisiológica, definida como a fase em que o fruto 52
continuará seu desenvolvimento mesmo que destacado da planta (WATADA et al., 1984), 53
quando considerado climatérico. 54
Ao final da maturação, inicia o estádio de amadurecimento dos frutos, no qual ocorre 55
mudanças nas características nutricionais e sensoriais, como alteração na cor, textura, sabor e 56
aroma, que os transformam em produtos aceitáveis e comercialmente atrativos (CHITARRA; 57
CHITARRA, 2005). Ao final do amadurecimento, ocorre a diminuição dos processos de 58
sínteses e predominância dos processos de degradação, que caracterizam o estádio denominado 59
senescência. As principais alterações fisiológicas que ocorrem neste estádio são perda das 60
características sensoriais e nutricionais (OMS-LIU et al., 2011). 61
33
O presente trabalho teve como objetivo avaliar as alterações físicas e químicas do fruto 62
de cajá-manga (Spondias mombin L.), ao longo dos estádios de desenvolvimento, deste a antese 63
até o fruto maduro, enfatizando as mudanças na atividade antioxidante durante seu 64
desenvolvimento fisiológico. 65
66
2. Materiais e métodos 67
68
2.1. Medição de temperatura e umidade relativa do ar 69
A temperatura e umidade relativa do ar foram mensurados, com auxílio de termo 70
higrômetro digital com sensor externo (Marca: Incoterm), durante a colheita dos frutos. 71
72
2.2. Material vegetal e avaliação durante o desenvolvimento 73
Os frutos foram colhidos entre os meses de setembro de 2014 a junho de 2015, em área 74
de plantação de cajá-manga (Spondias mombin L.), localizada na Fazenda Jabuticabal, no 75
município de Nova Fátima, distrito de Hidrolândia-GO, localizada nas coordenadas geográficas 76
16°55’32.35" de latitude sul e 49°21’39.76" de longitude oeste. 77
Durante o processo de florescimento, foram selecionadas, ao acaso, 10% (50 do total 78
de 500) das espécimes de Spondias mombin L., e marcadas as flores, por ocasião da antese, 79
com fios de lã de diferentes cores, em posições distintas da planta. A primeira colheita ocorreu 80
após a formação dos frutos, com 40 dias após antese (DAA), e as demais em intervalos de vinte 81
dias, até completar 260 DAA, quando ocorreu o amadurecimento, caracterizado pela coloração 82
amarelada da casca, totalizando 12 pontos de coleta. 83
Os frutos foram colhidos ao acaso, no período da manhã, divididos em quatro lotes 84
iguais, representando as replicatas. 85
86
2.3. Análises físico químicas 87
34
Quarenta frutos de cada estádio de desenvolvimento, imediatamente após a colheita, 88
foram avaliados em relação a massa fresca, diâmetro longitudinal (DL) e transversal (DT), 89
utilizando balança semi-analítica (Mettler Model PC 2000) e paquímetro digital (Leetools 150 90
mm), e os resultados foram expressos em g e cm, respectivamente. 91
Com os resultados obtidos, determinaram-se as taxas de crescimento relativo (TRC) 92
para massa (g dia-1) e diâmetros longitudinal e transversal (cm dia-1) utilizando-se a equação 93
(1). 94
𝑇𝑅𝐶 =(𝑉1 × 𝑉0)
(𝑇1 × 𝑇0) 95
No qual: 96
V = valores dos parâmetros avaliados; V0 = valor inicial; V1 = valor final; 97
T = época da avaliação (dias após a antese); T0 = tempo inicial e T1 = tempo final. 98
99
Coloração (L *, a *, b *, Chroma* e °h), foi determinada em pontos distintos sobre a 100
casca (epicarpo), uti lizando colorímetro HunterLab (ColorQuest II Sphere), a firmeza foi 101
medida em texturômetro Texture Analyser, modelo TA-XT Plus, equipado com sonda tipo 102
agulha de diâmetro de 2 mm, no qual foram feitas seis medições em diferentes pontos de cada 103
fruto, e os resultados foram expressos em Newtons (N). 104
A análise do teor de sólidos solúveis totais (SST), pH e acidez titulável (AT) foram 105
feitas em seis repetições para cada estádio de desenvolvimento. Os sólidos solúveis (SS) da 106
polpa foram medidos por refratometria, com refratômetro digital (ATAGO PR-100), com 107
compensação de temperatura automática, à 25 ºC, segundo AOAC (2012) nº 922.10. Os 108
resultados foram expressos em °Brix. A acidez titulável (AT) foi determinada por titulação com 109
solução de NaOH 0,1 M, usando como indicador fenolftaleína, de acordo com AOAC (2012) 110
nº 942.15. Os resultados foram expressos em g 100 g-1 de polpa fresca, considerando o ácido 111
35
cítrico como ácido predominante. O pH da polpa foi medido utilizando medidor portátil pH 112
TECNAL (Tec 3MP), de acordo com AOAC (2012) nº 981.12. 113
Em seguida, os frutos foram congelados, em nitrogênio líquido, e armazenados em 114
freezer, até realização das análises. 115
116
2.4. Pectinas total e solúvel 117
As pectinas totais e solúveis foram extraídas de acordo com a técnica descrita por 118
McCready e McComb (1952) e determinados, em espectrofotômetro a 520 nm, segundo Bitter 119
e Muir (1962). Os resultados foram expressos em g de ácido galacturônico 100 g-1 de polpa. 120
121
2.5. Clorofila e carotenóides 122
Para determinação da clorofila na casca, 1 g de amostra foi triturada em 10 mL de 123
solução de acetona a 80%, com auxílio de almofariz. O extrato foi transferido para balão 124
volumétrico de 25 mL, completando o volume com acetona a 80%. Após 12 horas de repouso 125
no escuro, foi filtrado, realizando leitura em espectrofotômetro (BiospectroSP-220) à 652 nm, 126
e os resultados foram calculados, utilizando-se a equação (2) adotada por Engel e Poggiani 127
(1991) e expressos em mg 100 g–1 de casca. 128
129
𝐶𝑙𝑜𝑟𝑜𝑓𝑖𝑙𝑎 = [𝐴652 × 100 × (
𝑉100𝑊)
34,50] × 100 130
131
No qual: 132
A652 = leitura em absorbância à 652 nm; 133
V = volume final do extrato clorofila; 134
w = peso da casca em g; 135
36
136
Para determinação de carotenóides totais na casca, foi empregado o método 137
espectrofotométrico, segundo Higby (1962). Realizou-se leitura em espectrofotômetro 138
(BiospectroSP-220), à 450 nm. Os resultados foram expressos em mg de carotenóides totais 139
100 g-1 de casca. 140
141
2.6. Obtenção e preparo dos extratos para determinação da atividade antioxidante e 142
compostos fenólicos totais 143
Os extratos etéreo, alcoólico e aquoso, para determinação da atividade antioxidante e 144
compostos fenólicos totais, foram preparados consecutivamente. Dois gramas e meio (2,50 g) 145
de amostra foram colocados em béquer coberto e tampado com folha de alumínio, para evitar 146
contato com a luz, adicionou-se 50 mL de éter etílico (proporção 1:20 (p/v) de amostra e 147
reagente) e agitou-se à temperatura ambiente durante 1 hora, com auxílio de agitador (Quimis, 148
Modelo: Q261-22). A solução foi então filtrada com auxílio de papel filtro, e completou-se o 149
volume para 50 mL com éter etílico. O resíduo restante foi submetido à secagem, à 45 °C por 150
1 hora, para ser utilizado na extração do extrato alcoólico. O extrato filtrado (extrato etéreo) foi 151
acondicionado em frasco âmbar. Adicionou-se álcool etílico absoluto ao resíduo na proporção 152
1:20 (p/v), seguido por agitação e filtração, com os mesmos procedimentos realizados para o 153
extrato etéreo. Completou-se o volume, conforme o volume inicial de álcool etílico absoluto, e 154
acondicionou-se em frasco âmbar. Para o extrato aquoso, adicionou-se água destilada na 155
proporção 1:20 (p/v) no resíduo seco à 45 ºC por 1 hora, seguido por agitação e filtração, com 156
os mesmos procedimentos realizados para o extrato etéreo e etanólico. Completou-se o volume, 157
conforme o volume inicial de água destilada, e acondicionou-se em frasco âmbar. Os extratos 158
etéreos, etanólico e aquoso, foram armazenados em freezer à -18ºC e utilizados para análises 159
de antioxidantes (DPPH, ABTS e FRAP) e compostos fenólicos totais. 160
37
161
2.7. Atividade antioxidante por DPPH 162
O método do DPPH (2,2 difenil-1-picrilhidrazil) foi realizado, de acordo com o método 163
de Brand-Williams, Cuvelier e Berset (1995), com modificações segundo Borguini (2006). O 164
grau de descoloração do radical DPPH, pela ação dos antioxidantes, foi medido 165
espectrofotometricamente (BiospectroSP-220), à 517 nm, após 20 minutos de reação, nos 166
extratos etéreo, etanólico e aquoso, da polpa de cajá-manga, com concentração de 0,2 mg mL-167
1. Os resultados foram expressos em IC50 (Mensor et al., 2001), calculado conforme equação 168
(3). 169
170
IC50 =200 × 0,50
[1 − (Abs amostra − Abs branco
Abs controle) × 100]
171
172
No qual, 173
Abs amostra = absorbância da amostra; 174
Abs branco = absorbância da amostra; 175
Abs controle = absorbân cia do controle. 176
177
2.8. Atividade antioxidante total por ABTS 178
A atividade antioxidante total determinada pelo método de captura de radicais de ABTS 179
(2,2’-azinobis (3-etilbenzotiazolina-6-ácido-sulfônico), foi realizada de acordo com o método 180
de Rufino et al. (2007). A absorbância foi medida em espectrofotômetro (BiospectroSP-220) à 181
734 nm, nos extratos etéreo, etanólico e aquoso, da polpa de cajá-manga. A curva padrão foi 182
linear entre 0 e 1000 μM Trolox e os resultados foram expressos em mM de equivalentes trolox 183
(TE) g-1 de polpa. 184
38
185
2.9. Poder antioxidante pela redução do ferro 186
O método de redução de íons de ferro (FRAP) foi realizada segundo Rufino et al. (2006). 187
A absorbância foi medida em espectrofotômetro (BiospectroSP-220) à 593 nm, nos extratos 188
etéreo, etanólico e aquoso, da polpa de cajá-manga. A curva padrão foi linear entre 50 e 2000 189
μM de sulfato ferroso e os resultados foram expressos em mM sulfato ferroso g-1 de polpa. 190
191
2.10. Compostos fenólicos totais 192
O conteúdo de fenólicos totais nos extratos etéreo, etanólico e aquoso, da polpa de cajá-193
manga, foi determinado por espectrofotômetro (BiospectroSP-220), à 750 nm, de acordo com 194
Waterhouse (2002), e baseado no estabelecimento da curva padrão de ácido gálico, na faixa de 195
0 a 15 mg de ácido gálico L-1, e os resultados expressos em mg de equivalentes de ácido gálico 196
(EAG) g-1 polpa. 197
198
2.11. Taninos condensados 199
O conteúdo de taninos condensados foi determinado pelo método espectrofotométrico 200
de Price, Scoyoc e Butler (1978), com adaptações realizadas por Barcia et al. (2012), na polpa 201
de cajá-manga. A quantificação foi baseada no estabelecimento da curva padrão de catequina, 202
na faixa de 600 a 1200 mg L-1, em espectrofotômetro (Biospectro SP-220), no comprimento de 203
onda de 500 nm. Os resultados foram expressos em mg de catequina equivalente g-1 polpa. 204
205
2.12. Taninos hidrolisados 206
O conteúdo de taninos hidrolisados foi determinado pelo método, espectrofotométrico, 207
de Brune, Hallberg e Skanberg (1991), com adaptações realizadas por Barcia et al. (2012), na 208
polpa de cajá-manga. A quantificação foi baseada no estabelecimento da curva padrão de ácido 209
39
gálico, na faixa de 20 a 120 mg L-1, em espectrofotômetro (Biospectro SP-220), no 210
comprimento de onda de 680 nm. Os resultados foram expressos em mg de ácido gálico 211
equivalente g-1 polpa. 212
213
2.13. Ácido ascórbico 214
O teor de ácido ascórbico foi determinado segundo Strohecker e Henning (1967), 215
realizou-se leitura em espectrofotômetro (BiospectroSP-220), à 520 nm. Os resultados foram 216
expressos em mg ácido ascórbico100 g-1 polpa. 217
218
2.14. Análises estatística 219
O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado (DIC) 220
constituído por doze períodos de coleta (40, 60, 80, 100, 120, 140, 160, 180, 200, 220, 240 e 221
260 DAA), com três repetições. 222
As análises foram realizadas em triplicata. Os resultados foram submetidos a análise de 223
variância (ANOVA), teste de Duncan (p ≤ 0,05) e regressão, utilizando software Statistica 224
(Versão 8.0, StatSoft Inc., Tulsa, Oklahoma), e os resultados expressos médias ± erro padrão 225
(EP). 226
227
3. Resultados e discussão 228
229
3.1. Mudanças na massa, diâmetros, firmeza, pectina solúvel e total durante o 230
amadurecimento do fruto cajá-manga 231
A floração do cajá-manga (Figura 1) iniciou-se no início do mês de setembro 2014, 232
tendo fim na primeira quinzena de outubro. A frutificação inicial ocorreu na primeira quinzena 233
de outubro do mesmo ano, com ápice no mês de novembro. 234
235
40
236
Figura 1. Antese (abertura dos botões florais) da cajazeira (Spondias Mombin L.). 237
238
O ciclo da floração até a colheita, compreendeu um período de 260 dias, considerando 239
a partir da abertura da flor (antese) até a colheita, definida quando os frutos apresentavam 240
facilidade para serem destacados dos arbustos e coloração amarelo alaranjada. 241
Entre setembro (2014) a junho (2015), a temperatura do ar variou de 22,90 a 32,20 °C, 242
com umidade relativa entre 38 a 85 %, no momento da colheita dos frutos. 243
A massa, diâmetro transversal e longitudinal do cajá-manga (Spondia mombin L.) 244
(Figura 2) aumentaram significativamente durante o crescimento (Tabela 1). 245
Aos 200 DAA foi atingido o valor máximo significativo de diâmetro transversal (4,86 246
cm) e aos 220 DAA, valores máximos significativos de diâmetro longitudinal (6,68 cm) e massa 247
(93,12 g), mostrando que frutos atingem a maturação entre 200 e 220 DAA, os quais 248
apresentavam coloração esverdeada. 249
No presente estudo, os parâmetros de crescimento, determinados em cajá-manga 250
durante o desenvolvimento do fruto, descrevem um padrão de crescimento tipo sigmoide 251
simples, sendo evidenciado por um acumulo significativo de massa e aumento de diâmetros 252
longitudinal e transversal (Tabela 1). A taxa de crescimento aumentou entre 40 e 100 DAA, 253
cuja maior taxa foi obtida entre 100 a 120 DAA (0,97 g 20 dias-1, 0,03 cm 20 dias-1, 0,04 cm 254
41
20 dias-1, para massa, diâmetro transversal e longitudinal, respectivamente), apresentando 255
estabilidade entre 120 e 200 DAA, seguida de redução entre 200 e 260 DAA. 256
A firmeza foi afetada com o desenvolvimento do fruto, observando-se aumento até 120 257
DAA (27,02 N), seguido por período de certa estabilidade até 200 DAA (25,64 N), quando 258
houve redução da firmeza, aos 220 DAA (23,15 N), atingindo valor de 15,57 N aos 260 DAA 259
(Tabela 1), mostrando que a firmeza do fruto tendeu a diminuir depois de 200 DAA, após atingir 260
a maturidade. Resultados similares foram encontrados por Wongmetha, Ke e Liang (2015), em 261
manga cv. Jinhwang (M. Indica L.), oriundas de Pintung (Taiwan), avaliadas durante o 262
desenvolvimento, que reporta aumento da firmeza de 50 DAA (5,35 Kgf) até 110 DAA (9,25 263
Kgf) seguido de decréscimo até a maturidade plena, atingida aos 140 DAA (8,05 Kgf). 264
265 Tabela 1. Massa, diâmetro longitudinal, diâmetro transversal, firmeza, pectina total e pectina 266
solúvel do fruto de cajá-manga (Spondias mombin L.) ao longo do desenvolvimento fisiológico. 267
DAA Massa
(g)
Diâmetro
longitudinal
(cm)
Diâmetro
transversal
(cm)
Firmeza
(N)
Pectina total
(g ácido
galacturônico
100g-1)
Pectina solúvel
(g ácido
galacturônico
100g-1)
40 0,55 ± 0,03 a 1,25 ± 0,02 a 0,86 ± 0,02 a 13,08 ± 0,24 a 1,23 ± 0,03 ef 0,08 ± 0,03 d
60 2,94 ± 0,11 a 2,43 ± 0,04 b 1,51 ± 0,02 b 14,42 ± 0,16 b 1,05 ± 0,03 bc 0,05 ± 0,03 c
80 9,99 ± 0,34 b 3,58 ± 0,05 c 2,30 ± 0,03 c 15,60 ± 0,30 b 1,23 ± 0,03 ef 0,03 ± 0,03 b
100 19,71 ± 0,53 c 4,55 ± 0,05 d 2,86 ± 0,03 d 20,59 ± 0,34 c 1,12 ± 0,01 cd 0,03 ± 0,01 a
120 39,20 ± 1,16 d 5,23 ± 0,06 e 3,73 ± 0,05 e 27,02 ± 0,40 f 0,98 ± 0,02 b 0,08 ± 0,02 d
140 49,94 ± 1,08 e 5,56 ± 0,06 f 4,10 ± 0,03 f 26,16 ± 0,62 ef 0,77 ± 0,02 a 0,14 ± 0,02 f
160 64,46 ± 1,07 f 6,01 ± 0,09 g 4,45 ± 0,03 g 26,45 ± 0,55 ef 1,27 ± 0,06 e 0,08 ± 0,06 d
180 79,22 ± 1,39 g 6,15 ± 0,22 gh 4,69 ± 0,03 h 25,57 ± 0,46 e 1,00 ± 0,03 b 0,15 ± 0,03 fg
200 82,09 ± 1,15 g 6,38 ± 0,06 h 4,86 ± 0,03 i 25,64 ± 0,61 ef 1,03 ± 0,04 bc 0,11 ± 0,04 e
220 93,12 ± 2,54 h 6,68 ± 0,07 i 4,97 ± 0,05 i 23,15 ± 0,58 d 0,96 ± 0,03 b 0,17 ± 0,03 g
240 96,02 ± 2,22 h 6,88 ± 0,07 i 4,97 ± 0,05 i 25,15 ± 0,41 e 1,16 ± 0,02 de 0,22 ± 0,02 h
260 97,65 ± 5,83 h 6,84 ± 0,12 i 4,98 ± 0,10 i 15,57 ± 0,58 b 1,06 ± 0,03 bc 0,27 ± 0,03 i
Os dados correspondem a média ± erro padrão. Letras diferentes, na mesma coluna, indicam diferenças 268 significativas pelo teste de Duncan (p ≤ 0,05). 269 Valores em base úmida. 270
42
271
272 273
274 275
276 277
278
Figura 2. Fruto de cajá-manga (Spondias mombin L.) ao longo do desenvolvimento fisiológico. 279
280
60 DAA 80 DAA
100 DAA 120 DAA 140 DAA
160 DAA 180 DAA 200 DAA
220 DAA 240 DAA 260 DAA
40 DAA
43
De acordo com Prasanna et al. (2007), o decréscimo da firmeza pode ser relacionado 281
com a despolimerização péctica da parede celular, culminando na solubilização de pectinas, 282
degradação de polissacarídeos e reações enzimáticas catalisadas por glicanases, glicosidases e 283
esterases. 284
Ao longo do desenvolvimento, observou-se redução nos níveis de pectina total (Tabela 285
1), enquanto que, para pectina solúvel (Tabela 1), os níveis aumentaram, significativamente, 286
entre 40 DAA e 260 DAA (1,23 a 1,06 e 0,08 a 0,27 g ácido galacturônico 100g-1, 287
respectivamente). Segundo Lima e Durigan (2002), os aumentos nos teores de pectina solúvel 288
indicam amaciamento do fruto e acontece devido ao fato das substâncias pécticas serem 289
degradadas a ácido galacturônico solúvel, por ação de enzimas, como Pectina Metil Esterase e 290
Poligalacturanase. Silva et al. (2016) avaliaram o desenvolvimento do fruto de Murici 291
(Byrsonima crassifolia Kunth), oriundos de Roraima (Brasil), e obtiveram o mesmo 292
comportamento em relação a pectina total e solúvel, detectando a atuação das enzimas pectina 293
metil esterase e poligalacturanase sobre estes componentes. 294
295
3.2. Mudanças no pH e acidez titulável durante o amadurecimento de cajá-manga 296
Mudanças no pH e acidez titulável foram observadas durante o desenvolvimento do 297
cajá-manga (Figura 3A e 3B). 298
Houve declínio do pH (Figura 3A) entre 40 DAA (3,36 ± 0,02) até 80 DAA (2,47 ± 299
0,01), culminando com aumento significativo, atingindo 2,67 ± 0,00 aos 260 DAA, valor este 300
menor do que relatado por Tiburski et al. (2011) de 2,83 ± 0,01 ao avaliar polpa de cajá-manga 301
(Spondias mombin L.), oriundos de Aracaju (Brasil). 302
Ocorreu-se redução na acidez titulável (Figura 3B), 3,14 ± 0,00 g 100 g-1 para 0,89 ± 303
0,02 g 100 g-1 de ácido cítrico, entre 40 e 260 DAA, respectivamente, porém comportamento 304
44
inverso foi observado no pH, após 80 DAA na polpa de cajá-manga, que aumentou de 2,47 ± 305
0,01 para 2,67 ± 0,00 entre 80 DAA e 260 DAA, respectivamente. 306
307
Figura 3. Valores de pH e acidez titulável na polpa do fruto de cajá-manga (Spondias mombin 308
L.) ao longo do desenvolvimento fisiológico. 309 Letras diferentes, no mesmo gráfico, indicam diferenças significativas pelo teste de Duncan (p ≤ 0,05). DAA = 310 Dias após antese; AT = acidez titulável. Valores em base úmida. 311
312
A redução da acidez, provavelmente, foi influenciada pela utilização de ácidos 313
orgânicos em reações bioquímicas, decorrentes da respiração, fundamentais para síntese de 314
novos compostos orgânicos, como açúcares e compostos fenólicos, durante o desenvolvimento 315
do fruto (MATARAZZO et al., 2013). 316
317
3.3. Mudança na coloração, carotenóides e clorofila da casca durante o desenvolvimento 318
fisiológico 319
Foram observadas alterações na coloração da casca dos frutos de cajá-manga (Figura 2), 320
evidenciadas por meio das coordenadas L*, a*, b*, Hue e Chroma (Figura 4). 321
Observou diminuição significativa do valor de L* (Figura 4A), com o decorrer do 322
desenvolvimento do fruto de 40 até 140 DAA (58,52 ± 0,60 a 52,14 ± 0,34, respectivamente), 323
seguindo com variações, ficando estável até 260 DAA (52,09 ± 0,80), apresentando-se mais 324
claro no início do desenvolvimento, seguindo para mais escuro ao final da avaliação. 325
i
c
a bc
dc
e f e f g
h
e
y = -6E-07x3 + 0,0003x2 - 0,0423x + 4,4577
R² = 0,75
2,00
2,20
2,40
2,60
2,80
3,00
3,20
3,40
3,60
40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240 260
pH
DAA
A
i
h
gf
eb c
d eb c c d
a b a
d e
y = 1E-04x2 - 0,0394x + 4,4872
R² = 0,95
0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
3,00
3,50
40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240 260
AT
(g 1
00 g
-1ác
ido c
ítri
co)
DAA
B
45
Observou-se elevação significativa do valor a* (Figura 4B) e do valor b* (Figura 4C). 326
Os frutos iniciaram o desenvolvimento, aos 40 DAA, na faixa do verde e azul (a*= -4,64 ± 0,67 327
e b*= 12,86 ± 0,69), porém no decorrer do desenvolvimento ocorreu perda da intensidade da 328
cor verde, tornando-se vermelho e amarelado (a*= 10,42 ± 0,68 e b*= 23,52 ± 1,00) aos 260 329
DAA. O ângulo Hue (Figura 4D) apresentou-se em declínio durante o desenvolvimento do 330
fruto, variando de 109,76 ± 2,10 a 66,08 ± 1,32, entre 40 DAA e 260 DAA, respectivamente, 331
indicando cor tendendo mais para o vermelho no final do desenvolvimento fisiológico. 332
46
333
334
335
Figura 4. Dados colorimétricos da casca do fruto de cajá-manga (Spondias mombin L.) ao 336
longo do desenvolvimento fisiológico. 337 Letras diferentes, no mesmo gráfico, indicam diferenças significativas pelo teste de Duncan (p ≤ 0,05). 338 Valores em base úmida. 339 340
Esse comportamento está relacionado com a redução dos teores de clorofila (Tabela 2), 341
que variaram de 38,06 a 2,85 mg 100 g-1, entre 40 DAA e 260 DAA. De acordo com Taiz e 342
Zeiger (2004), a redução da coloração verde ocorre, principalmente, em função da perda 343
fg
h
e
cdc
b a
c
f
dee
c
y = -1E-07x4 + 8E-05x3 - 0,0138x2 + 0,8676x +
42,672
R² = 0,74
45
47
49
51
53
55
57
59
61
63
65
40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240 260
CIE
L*
DAA
A
c
a
b bcc c c
d d
ee
f
y = 0,0005x2 - 0,0801x - 2,8812
R² = 0,85
-10
-5
0
5
10
15
40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240 260
CIE
a*
DAA
B
a
h
cde ef ef
gd
fg
cb
fg
y = -1E-10x6 + 1E-07x5 - 4E-05x4 + 0,0072x3 -
0,7252x2 + 35,679x - 625,81
R² = 0,69
0
10
20
30
40
50
60
40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240 260
CIE
b*
DAA
C
f
d
efe
d d d
c c
bb
a
y = -0,001x2 + 0,1631x + 99,474
R² = 0,88
50
60
70
80
90
100
110
120
40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240 260
°H
ue
DAA
D
a
j
cdef fg fg
h
degh
cb
i
y = 7E-09x5 - 5E-06x4 + 0,0016x3 - 0,2079x2 +
12,473x - 234,89
R² = 0,51
0
10
20
30
40
50
60
40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240 260
Chro
ma
DAA
E
47
estrutural da clorofila, devido diversos fatores, como variação do pH, influenciado pelo 344
acúmulo de ácidos orgânicos nos vacúolos, sistemas oxidativos e enzimáticos, que tem como 345
consequência, a síntese ou desmascaramento dos carotenóides, presentes nos vacúolos. 346
Ao longo do desenvolvimento do cajá-manga houve declínio no teor de carotenóides 347
(Tabela 2), variando de 1,85 a 0,85 mg 100 g-1 de casca, entre 40 e 260 DAA, podendo presumir 348
que ocorreu o desmascaramento desse pigmento. 349
350
Tabela 2. Teor de clorofila e carotenóides da casca do fruto de cajá-manga (Spondias mombin 351
L.) ao longo do desenvolvimento fisiológico. 352
DAA Clorofila
(mg 100g-1 casca)
Carotenóides
(mg 100g-1 casca)
40 38,06 ± 0,24 j 1,85 ± 0,00 k
60 28,30 ± 0,54 i 1,60 ± 0,00 j
80 23,21 ± 0,09 h 1,54 ± 0,00 i
100 14,67 ± 0,04 g 1,22 ± 0,00 h
120 11,89 ± 0,06 f 0,97 ± 0,00 g
140 9,02 ± 0,04 d 0,85 ± 0,00 c
160 9,49 ± 0,02 d 0,86 ± 0,00 d
180 7,43 ± 0,03 c 0,93 ± 0,00 e
200 10,53 ± 0,02 e 0,94 ± 0,00 f
220 7,77 ± 0,03 c 0,66 ± 0,00 a
240 5,84 ± 0,04 b 0,74 ± 0,00 b
260 2,85 ± 0,05 a 0,85 ± 0,00 c
Os dados correspondem a média ± EP. Letras diferentes, na mesma coluna, indicam diferenças significativas pelo 353 teste de Duncan (p ≤ 0,05). 354 Valores em base úmida. 355
356
Os valores de Chroma (Figura 4E), variaram ao longo do desenvolvimento do fruto, 357
apresentando aumento, de 14,23 ± 0,72 (40 DAA) para 25,86 ± 1,05 (260 DAA), refletindo 358
maior pureza e intensidade da cor da casca de cajá-manga. 359
360
48
3.4. Conteúdo total de fenólicos, taninos hidrolisados, taninos condensados, vitamina C e 361
capacidade antioxidante 362
O conteúdo total de fenóis (Tabela 3) foi influenciado pelo desenvolvimento do fruto de 363
cajá-manga. Houve declínio significativo em fenólicos totais quando extraído em álcool, 364
apresentando 128,00 mg EGA g-1 e 58,88 mg EGA g-1, entre 40 DAA e 260 DAA, 365
respectivamente, enquanto observou-se aumento significativo quando extraídos em éter etílico 366
e água. No final do desenvolvimento (260 DAA), o álcool e a água foram os que apresentaram 367
o maior conteúdo de fenóis totais, 58,88 mg EGA g-1 e 57,66 mg EGA g-1, respectivamente. 368
Comparando o resultado obtido em goiaba (Psidium guajava L.), que apresentou 10,81 369
mg EGA g-1 (HASSIMOTO, GENOVESE & LAJOLO, 2005), a polpa de cajá-manga 370
apresentou maior conteúdo de polifenóis total, quando extraídos em éter e álcool. 371
Os compostos fenólicos apresentam potencial antioxidante, importantes no combate dos 372
processos oxidativos, pois apresentam capacidade de neutralizar radicais livres, sendo 373
associados a prevenção de doenças crônicas-degenerativas, como cardiovasculares, câncer, 374
diabetes e envelhecimento precoce (BARBOSA et al., 2010; SANTOS et al., 2008). Os taninos 375
fazem parte do grupo dos compostos fenólicos de alto peso molecular, e são classificados em 376
dois grupos de acordo com suas diferenças estruturais, sendo eles, taninos hidrolisáveis e 377
taninos condensados (DEGÁSPARI, WASZCZYNSKYJ & PRADO, 2005). 378
Os teores de taninos (Tabela 3) diminuíram, significativamente, ao longo do 379
desenvolvimento do cajá-manga, sendo que os taninos hidrolisáveis apresentaram menor 380
concentração que taninos condensados durante todo desenvolvimento, aos 260 DAA foram 381
iguais a 0,07 mg ácido gálico g-1 e 3,39 mg catequina g-1, respectivamente. Esse comportamento 382
tem influência positiva em relação a qualidade sensorial do fruto, devido a menor capacidade 383
de taninos hidrolisados complexar com proteínas, resultando em baixa adstringência 384
(DEGÁSPARI, WASZCZYNSKYJ & PRADO, 2005). 385
49
386
Tabela 3. Teores de compostos fenólicos em diferentes extratos, taninos hidrolisáveis, taninos 387
condensados e vitamina C na polpa do fruto de cajá-manga (Spondias mombin L.) ao longo do 388
desenvolvimento fisiológico. 389
DAA Compostos fenólicos (mg EAG g-1 polpa)
Taninos
hidrolisáveis
(mg ácido
gálico g-1)
Taninos
condensados
(mg catequina
g-1)
Ácido
ascórbico (mg
100g-1)
E E E A E AQUO
40 20,98 ± 0,42 abc 128,23 ± 0,49 g 20,27 ± 1,12 a 1,11 ± 0,03 h 16,68 ± 0,19 i 54,82 ± 0,58 g
60 23,68 ± 0,86
bcd 48,13 ± 1,12 cd 52,04 ± 0,65 cd 0,89 ± 0,02 g 11,57 ± 0,08 h 25,25 ± 0,85 d
80 26,07 ± 1,84 cd 45,2 ± 0,85 bc 93,86 ± 1,27 f 0,55 ± 0,04 f 8,50 ± 0,11 g 18,72 ± 0,29 b
100 19,05 ± 0,49 ab 51,06 ± 2,57 d 33,97 ± 0,88 abc 0,29 ± 0,03 e 6,39 ± 0,32 f 15,68 ± 0,63 a
120 25,7 ± 0,42 cd 34,21 ± 0,42 a 47,64 ± 5,08 bcd 0,15 ± 0,02 bcd 3,83 ± 0,23 bcd 18,35 ± 1,43 b
140 19,48 ± 0,42 ab 40,07 ± 1,69 b 46,22 ± 1,7 bcd 0,21 ± 0,01 d 2,77 ± 0,07 a 25,66 ± 0,86 d
160 16,82 ± 0,88 a 42,03 ± 0,65 b 29,57 ± 6,69 ab 0,18 ± 0,02 cd 4,62 ± 0,29 de 30,77 ± 1,5 e
180 28,77 ± 1,22 de 89,07 ± 1,49 f 63,59 ± 14,49 d 0,10 ± 0,02 ab 3,68 ± 0,42 bc 21,4 ± 0,35 c
200 27,86 ± 0,65 de 90,62 ± 4,4 f 36,12 ± 7,38 abc 0,13 ± 0,02 abc 4,71 ± 0,38 e 25,79 ± 0,57 d
220 26,81 ± 4,95 d 85,98 ± 0,24 f 26,4 ± 3,44 a 0,08 ± 0,02 a 3,52 ± 0,35 ab 56,98 ± 0,81 g
240 32,92 ± 1,36 ef 47,89 ± 0,24 cd 19,56 ± 0,42 a 0,09 ± 0,01 ab 4,41 ± 0,29 cde 30,89 ± 0,65 e
260 34,14 ± 0,88 f 58,88 ± 0,24 e 57,66 ± 8,79 d 0,07 ± 0,01 a 3,39 ± 0,19 ab 50,92 ± 0,63 f
Os dados correspondem a média ± EP. Letras diferentes, na mesma coluna, indicam diferenças significativas pelo 390 teste de Duncan (p ≤ 0,05). EAG = Equivalentes de ácido gálico. 391 Valores em base úmida. 392 393
O conteúdo de fenóis tende a ser maior em frutos imaturos, pois são metabolitos 394
secundários, usados como mecanismos de defesa das plantas, protegendo frutos no início do 395
seu desenvolvimento, permitindo a sua maturação (FENNEMA, 1996). 396
Segundo Wojdyło et al. (2016), outro componente, como ácido ascórbico, pode 397
contribuir para o aumento da capacidade antioxidante, por ser forte agente de redução, o que 398
pode prevenir o estado de oxidação dos compostos antioxidantes. 399
O teor de ácido ascórbico (Tabela 3) variou ao longo do desenvolvimento do cajá 400
manga, apresentando maior teor em 40 DAA e 220 DAA (54,82 e 56,98 mg 100g-1, 401
50
respectivamente), seguindo de 260 DAA (50,92 mg 100g-1) e menor teor aos 100 DAA (15,68). 402
Essas variações ocorrem devido a utilização de ácidos orgânicos em reações do processo 403
respiratório (MATARAZZO et al., 2013). 404
Ibarra-Garza et al. (2015) avaliaram a maturação da manga (Mangifera indica L. cv 405
Keitt), proveniente do El Rosario (Mexico) e verificaram que o teor de ácido ascórbico 406
aumentou ao longo do desenvolvimento do fruto e, no último estádio de maturação, diminuiu 407
54% em comparação com penúltimo. 408
Os teores de ácido ascórbico, obtido durante o desenvolvimento do cajá-manga 409
(Spondias mombin L.), foram inferiores ao encontrado em goiaba brasileira (Psidium araça) 410
(102,00 ± 0,00 mg 100g-1) e caju (Anacardium occidentale) (228,00 ± 1,68 mg 100g-1) maduros, 411
provenientes da Colombia, determinados por Contreras-Calderón et al. (2011), e superior ao 412
determinado em cupuaçu (Theobroma grandiflorum) (7,05 ± 0,00 mg 100g-1), pelo mesmo 413
autor. 414
Segundo Carocho e Ferreira (2013), os mecanismos antioxidantes, em tecidos 415
biológicos, são extremamente complexo e, apenas um método para determinação, não é 416
suficiente para fornecer resultados confiáveis. Dessa forma, a capacidade antioxidante dos 417
frutos de cajá-manga, ao longo do desenvolvimento fisiológico, foi avaliada por três diferentes 418
ensaios, DPPH, ABTS e FRAP, como apresentado na Tabela 4. 419
No método DPPH, IC50 é a concentração necessária de antioxidante para reduzir em 50 420
% o radical DPPH. Quanto menor o valor de IC50, maior a atividade antioxidante do fruto. Esse 421
método detecta os antioxidantes mais solúveis em solventes orgânicos. Durante o 422
desenvolvimento fisiológico, a atividade antioxidante, avaliada pelo método DPPH, apresentou 423
aumento significativo no extrato alcoólico, e declínio no extrato aquoso, enquanto a atividade 424
antioxidante no extrato etéreo se manteve constante. No final do desenvolvimento, 260 DAA, 425
51
o éter e o álcool foram os que apresentaram maiores atividade antioxidante (IC50 = 15,13 e 426
12,47, respectivamente). 427
No método ABTS, os compostos antioxidantes detectados são de natureza lipofílica e 428
hidrofílica (KUSKOSKI et al., 2005). Durante o desenvolvimento do fruto, o extrato alcoólico 429
apresentou aumento na atividade antioxidante, enquanto os extratos etéreo e aquoso se 430
mantiveram em declínio. No fruto maduro, 260 DAA, todos os extratos apresentaram a mesma 431
atividade antioxidante, sendo significativamente iguais, apresentando 40,61, 42,77 e 55,31 mM 432
TE g-1, no etéreo, alcoólico e aquoso, respectivamente. 433
No método FRAP, os antioxidantes detectados limitam-se aos solúveis em água e em 434
soluções aquosas de etanol. Durante o desenvolvimento do fruto, os extratos etéreo e aquoso 435
diminuíram a capacidade de redução do ferro, enquanto o alcoólico, aumentou. Aos 260 DAA, 436
o extrato alcoólico e o aquoso apresentaram maior capacidade de redução do ferro, sendo iguais 437
significativamente, apresentando 113,23 e 91,88 mM sulfato ferroso g-1, respectivamente. 438
Como observado nos diferentes métodos avaliados, DPPH, ABTS e FRAP, no início do 439
desenvolvimento do fruto a atividade antioxidante é maior, devido à intensa atividade 440
metabólica do fruto em formação, por demandar mecanismos fisiológicos de defesa, como 441
biossíntese de moléculas orgânicas, sobretudo, de produtos secundários (FERNANDES et al., 442
2009). 443
De acordo com Rosler et al. (2007), a relação entre os compostos fenólicos e a 444
capacidade antioxidante pode depender do método escolhido e das características hidrofóbicas 445
ou hidrofílicas. Portanto, o método FRAP foi o que apresentou melhor relação com os 446
compostos fenólicos, por apresentar o mesmo comportamento, assim o cajá-manga exibiu 447
atividade antioxidante, predominantemente, ferro quelante.448
52
Tabela 4. Atividade antioxidante, em diferentes extratos e métodos, da polpa do fruto de cajá-manga (Spondias mombin L.) ao longo do 449
desenvolvimento fisiológico. 450
DAA
DPPH
(IC 50)
ABTS
(mM TE g-1)
FRAP
(mM sulfato ferroso g-1)
E E E A E AQUO E E E A E AQUO E E E A E AQUO
40 24,61 ± 1,02ab 39,51 ± 8,67 c 22,00 ± 0,91 ab 111,62 ± 11,47 d 9,98 ± 0,27 a 70,17 ± 2,44 e 99,21 ± 1,82 c 74,22 ± 0,93 c 141,97 ± 1,10 i
60 24,54 ± 3,23 ab 16,51 ± 1,44 ab 21,37 ± 2,22 ab 70,55 ± 7,01 c 139,04 ± 3,61 f 223,84 ± 9,64 f 122,15 ± 0,670 e 292,62 ± 2,48 h 414,35 ± 4,39 j
80 8,44 ± 0,89 a 23,47 ± 5,43 b 29,40 ± 4,81 ac 65,50 ± 11,58 c 60,11 ± 0,71 e 320,16 ± 9,34 g 113,13 ± 2,40 de 162,99 ± 0,89 h 540,26 ± 2,23 k
100 5,31 ± 0,30 a 17,98 ± 0,55 ab 29,13 ± 0,83 ac 72,82 ± 6,40 c 15,04 ± 6,11 ab 66,24 ± 1,39 de 115,81 ± 4,81 de 94,59 ± 0,86 ef 125,21 ± 1,18 h
120 14,62 ± 0,21 ab 16,36 ± 1,86 ab 22,30 ± 3,14 ab 53,63 ± 0,70 bc 28,64 ± 3,78 bc 35,31 ± 1,48 ab 150,91 ± 2,34 f 90,02 ± 1,22 de 67,68 ± 0,65 bc
140 18,55 ± 1,5 ab 14,68 ± 1,56 ab 34,54 ± 3,84 c 33,84 ± 0,96 ab 10,51 ± 0,71 a 67,64 ± 0,95 de 98,40 ± 1,91 c 60,77 ± 3,10 ab 73,66 ± 0,33 d
160 67,03 ± 51,76 b 16,57 ± 1,74 ab 21,52 ± 1,05 ab 23,49 ± 0,7 a 9,71 ± 1,07 a 29,17 ± 0,71 a 64,99 ± 3,67 a 53,11 ± 0,86 a 33,36 ± 0,65 a
180 17,47 ± 4,49 ab 14,22 ± 0,34 ab 102,33 ± 0,00 d 42,67 ± 9,47 ab 30,02 ± 0,71 bc 49,41 ± 1,10 c 120,11 ± 5,5 de 80,29 ± 0,57 cd 80,37 ± 1,28 f
200 11,25 ± 0,25 a 16,04 ± 4,22 ab 15,77 ± 1,15 b 38,77 ± 1,41 ab 27,15 ± 1,66 bc 63,69 ± 1,64 de 111,25 ± 2,78 d 75,09 ± 0,45 c 90,24 ± 0,88 g
220 10,04 ± 0,17 a 10,51 ± 0,63 a 23,71 ± 1,06 ab 40,42 ± 2,25 ab 29,71 ± 1,92 bc 43,41 ± 1,23 bc 102,02 ± 0,74 c 72 ± 1,30 bc 63,60 ± 0,33 b
240 20,79 ± 3,3 ab 13,01 ± 0,62 ab 38,38 ± 7,39 c 31,02 ± 6,83 a 53,44 ± 13,63 de 48,91 ± 0,27 c 78,01 ± 2,19 b 103,98 ± 1,31 fg 69,28 ± 0,81 cd
260 15,13 ± 0,77 ab 12,47 ± 1,19 ab 36,11 ± 1,15 c 40,61 ± 1,22 ab 42,77 ± 8,42 cd 55,31 ± 0,71 cd 79,97 ± 0,86 b 113,23 ± 12,94 g 91,88 ± 0,25 g
Os dados correspondem a média ± EP. Letras diferentes, na mesma coluna, indicam diferenças significativas pelo teste de Duncan (p ≤ 0,05). DAA = Dias após antese; E E = 451 Extrato etéreo; E A = Estrato alcoólico; E AQUO = Extrato aquoso. 452 Valores em base úmida. 453
53
4. Conclusão 454
455
O desenvolvimento de cajá-manga foi compreendido por um período de 260 dias, 456
marcado por um padrão de desenvolvimento sigmoidal simples. Os compostos 457
antioxidantes apresentaram maior atividade no fruto em formação, por aturem como 458
mecanismos de defesa. Aos 260 DAA, a maior atividade antioxidante, foi obtida pelos 459
extratos etéreos e etanólico pelo método DPPH, e pelos extratos alcoólico e aquoso, 460
quando avaliados pelo método FRAP, enquanto o método ABTS não apresentou 461
diferença significativa entre os extratos. Mudanças significativas foram notadamente 462
observadas entre 200 e 220 dias desenvolvimento, podendo este ser o período em que o 463
fruto atingiu sua maturação, culminando com o amadurecimento do mesmo e ponto ótimo 464
de consumo. 465
466
Agradecimentos 467
Os autores gostariam de agradecer seu patrocinador brasileiro, CNPq pelo suporte 468
financeiro. 469
470
5. Referências 471
472
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States of America, 102, 12.801-12.806. 570
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Prado, D. E., & Gibbs, P.E. (1993). Patterns of species distribution in the dry season 572
forests of South America. Annals of the Missouri Botanical Garden, 80, 902-927. 573
574
Prasanna, V., Prabha, T.N., & Tharanathan, R.N. (2007). Fruit ripening phenomena – an 575
overview. Critical Reviews in Food Science and Nutrition, 47, 1–19. 576
577
Oms-liu, G., Hertog, M. L. A. T. M., Poel, B. V., Ampofo-Asiama, J., Geeraerd, A. H., 578
& Nicola, B. M. (2011). Metabolic characterization of tomato fruit during preharvest 579
development, ripening and postharvest shelf-live. Postharvest Biology and Technology, 580
62, 7-16. 581
582
Price, M. L., Scoyoc, S. V., & Butler L. G. (1978). A Critical Evaluation of the Vanillin 583
Reaction as an Assay for Tannin in Sorghum Grain. Journal Agriculture and Food 584
Chemistry, 26, 1214-1218. 585
56
586
Rufino, M. S.M., Alves, R.E., Brito, E. S., Morais, S. M., Sampaio, C.G., Pérez-587
Jiménez, J., & Saura-Calixto, F. D. (2007). Metodologia Científica: Determinação da 588
Atividade Antioxidante Total em Frutas pela Captura do Radical Livre ABTS•+. 589
Embrapa Agoindústria Tropical, 4p. (Embrapa Agroindústria Tropical, Comunicado 590
Técnico 128). 591
592
Rufino, M. S.M., Alves, R.E., Brito, E. S., Morais, S. M., Sampaio, C.G., Pérez-593
Jiménez, J., & Saura-Calixto, F. D. (2006). Metodologia científica: determinação da 594
atividade antioxidante total em frutas pelo método de redução do ferro (FRAP). 595
Embrapa Agoindústria Tropical, 4p. (Embrapa Agroindústria Tropical, Comunicado 596
Técnico 125). 597
598
Santos, G. M., Maia, G. A., Sousa, P. H. M., Costa, J. M. C. C., Figueiredo, R. W., & 599
Prado, G. M. (2008). Correlação entre atividade antioxidante e compostos bioativos de 600
polpas comerciais de açaí (Euterpe oleracea Mart). Archivos Latinoamericanos de 601
Nutricion, 58, 187-192. 602
603
Silva, P. M. C., Neves, L. C., Bastos, V. J., Lima, C. G. B., Araújo, K. G. M., & Roberto, 604
S. R. (2016). Harvesting period of Murici (Byrsonima crassifolia Kunth) fruit in relation 605
to physical and chemical parameters evaluated during fruit development. Scientia 606
Horticulturae, 200, 66-72. 607
608
Strohecker, R., & Henning, H. M. (1967). Analisis de vitaminas: metodos comprobados. 609
Madrid: Paz Montalvo, 428 p. 610
611
Taiz, L. & Zeiger, E. (2004). Fisiologia vegetal. Porto Alegre: Artmed, p.449-484. 612
613
Tiburski, J. H., Rosenthal, A., Deliza, R., Godoy, R. O., & Pacheco, S. (2011). 614
Nutritional properties of yellow mombin (Spondias mombin L.) pulp. Food Research 615
International, 44, 2326–2331. 616
617
Watada, A. E., Herner, R. C., Kader, A. A., Romani, R. J., & Staby, G. L. (1984). 618
Terminology for the description of developmental stages of horticultural crops. 619
HortScience, 19, 20-21. 620
621
Waterhouse, A. L. Polyphenolics: Determination of total phenolics (2002). In: 622
WROLSTAD, R.E. Current Protocols in Food Analytical Chemistry (pp. 111-118). 623
New York: John Wiley & Sons. 624
625
Wongmetha, O., Ke L., & Liang, Y. (2015). The changes in physical, bio-chemical, 626
physiological characteristics and enzyme activities of mango cv. Jinhwang during fruit 627
growth and development. Wageningen Journal of Life Sciences, 7–12. 628
629
Wojdylo, A., Carbonell-Barrachina, Á. A., Legua, P., & Hernández, F. (2016). Phenolic 630
composition, ascorbic acid content, and antioxidant capacity of Spanish jujube (Ziziphus 631
jujube Mill.) fruits. Food Chemistry, 201, 307–314.632
57
ANEXO A – Normas de publicação Food Chemistry
Guide for authors
Preparation
Use of word processing software
General: Manuscripts must be typewritten, double-spaced with wide margins. Each page
must be numbered, and lines must be consecutively numbered from the start to the end of
the manuscript. Good quality printouts with a font size of 12 or 10 pt are required. The
corresponding author should be identified (include a Fax number and E-mail address).
Full postal and email addresses must be given for all co-authors. Authors should consult
a recent issue of the journal for style if possible. The Editors reserve the right to adjust
style to certain standards of uniformity. Authors should retain a copy of their manuscript
since we cannot accept responsibility for damage or loss of papers.
Article structure
Follow this order when typing manuscripts: Title, Authors, Affiliations, Abstract,
Keywords, Main text, Acknowledgements, Appendix, References, Vitae, Figure
Captions. Do not import the Figures or Tables into your text, figures and tables should be
submitted as separate files. The corresponding author should be identified with an asterisk
and footnote. All other footnotes (except for table footnotes) should be identified with
superscript Arabic numbers. The title of the paper should unambiguously reflect its
contents. Where the title exceeds 70 characters a suggestion for an abbreviated running
title should be given.
Subdivision - numbered sections
Divide your article into clearly defined and numbered sections. Subsections should be
numbered 1.1 (then 1.1.1, 1.1.2,), 1.2, etc. (the abstract is not included in section
numbering). Use this numbering also for internal cross-referencing: do not just refer to
'the text'. Any subsection may be given a brief heading. Each heading should appear on
its own separate line.
Essential title page information
• Title. Concise and informative. Titles are often used in information-retrieval systems.
Avoid abbreviations and formulae where possible.
• Author names and affiliations. Please clearly indicate the given name(s) and family
name(s) of each author and check that all names are accurately spelled. Present the
authors' affiliation addresses (where the actual work was done) below the names. Indicate
58
all affiliations with a lowercase superscript letter immediately after the author's name and
in front of the appropriate address. Provide the full postal address of each affiliation,
including the country name and, if available, the e-mail address of each author.
• Corresponding author. Clearly indicate who will handle correspondence at all stages of
refereeing and publication, also post-publication. Ensure that the e-mail address is given
and that contact details are kept up to date by the corresponding author.
• Present/permanentaddress. If an author has moved since the work described in the article
was done, or was visiting at the time, a 'Present address' (or 'Permanent address') may be
indicated as a footnote to that author's name. The address at which the author actually did
the work must be retained as the main, affiliation address. Superscript Arabic numerals
are used for such footnotes.
Abstract
A concise and factual abstract is required. The abstract should state briefly the purpose of
the research, the principal results and major conclusions. An abstract is often presented
separately from the article, so it must be able to stand alone. For this reason, References
should be avoided, but if essential, then cite the author(s) and year(s). Also, non-standard
or uncommon abbreviations should be avoided, but if essential they must be defined at
their first mention in the abstract itself.
The abstract should not exceed 150 words.
Highlights
Highlights are mandatory for this journal. They consist of a short collection of bullet
points that convey the core findings of the article and should be submitted in a separate
editable file in the online submission system. Please use 'Highlights' in the file name and
include 3 to 5 bullet points (maximum 85 characters, including spaces, per bullet point).
See http://www.elsevier.com/highlights for examples.
Chemical compounds
You can enrich your article by providing a list of chemical compounds studied in the
article. The list of compounds will be used to extract relevant information from the NCBI
PubChem Compound database and display it next to the online version of the article on
ScienceDirect. You can include up to 10 names of chemical compounds in the article. For
each compound, please provide the PubChem CID of the most relevant record as in the
following example: Glutamic acid (PubChem CID:611). The PubChem CIDs can be
found via http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pccompound. Please position the list of
59
compounds immediately below the 'Keywords' section. It is strongly recommended to
follow the exact text formatting as in the example below:
Chemical compounds studied in this article
Ethylene glycol (PubChem CID: 174); Plitidepsin (PubChem CID: 44152164);
Benzalkonium chloride (PubChem CID: 15865)
More information is available at: http://www.elsevier.com/PubChem.
Units
Follow internationally accepted rules and conventions: use the international system of
units (SI). If other units are mentioned, please give their equivalent in SI.
Temperatures should be given in degrees Celsius. The unit 'billion' is ambiguous and
should not be used.
Artwork
Electronic artwork General points
• Make sure you use uniform lettering and sizing of your original artwork.
• Embed the used fonts if the application provides that option.
• Aim to use the following fonts in your illustrations: Arial, Courier, Times New Roman,
Symbol, or use fonts that look similar.
• Number the illustrations according to their sequence in the text.
• Use a logical naming convention for your artwork files.
• Provide captions to illustrations separately.
• Size the illustrations close to the desired dimensions of the published version.
• Submit each illustration as a separate file.
A detailed guide on electronic artwork is available on our website:
http://www.elsevier.com/artworkinstructions.
You are urged to visit this site; some excerpts from the detailed information are given
here.
Formats
If your electronic artwork is created in a Microsoft Office application (Word, PowerPoint,
Excel) then please supply 'as is' in the native document format.
Regardless of the application used other than Microsoft Office, when your electronic
artwork is finalized, please 'Save as' or convert the images to one of the following formats
60
(note the resolution requirements for line drawings, halftones, and line/halftone
combinations given below):
EPS (or PDF): Vector drawings, embed all used fonts.
TIFF (or JPEG): Color or grayscale photographs (halftones), keep to a minimum of 300
dpi.
TIFF (or JPEG): Bitmapped (pure black & white pixels) line drawings, keep to a
minimum of 1000 dpi. TIFF (or JPEG): Combinations bitmapped line/half-tone (color or
grayscale), keep to a minimum of 500 dpi.
Please do not:
• Supply files that are optimized for screen use (e.g., GIF, BMP, PICT, WPG); these
typically have a low number of pixels and limited set of colors;
• Supply files that are too low in resolution;
• Submit graphics that are disproportionately large for the content.
Please insert the following text before the standard text - Photographs, charts and
diagrams are all to be referred to as "Figure(s)" and should be numbered consecutively in
the order to which they are referred. They should accompany the manuscript, but should
not be included within the text. All illustrations should be clearly marked with the figure
number and the author's name. All figures are to have a caption. Captions should be
supplied on a separate sheet.
Color artwork
Please make sure that artwork files are in an acceptable format (TIFF (or JPEG), EPS (or
PDF), or MS Office files) and with the correct resolution. If, together with your accepted
article, you submit usable color figures then Elsevier will ensure, at no additional charge,
that these figures will appear in color online (e.g., ScienceDirect and other sites)
regardless of whether or not these illustrations are reproduced in color in the printed
version. For color reproduction in print, you will receive information regarding the costs
from Elsevier after receipt of your accepted article. Please indicate your preference for
color: in print or online only. For further information on the preparation of electronic
artwork, please see http://www.elsevier.com/artworkinstructions.
Figure captions
Ensure that each illustration has a caption. Supply captions separately, not attached to the
figure. A caption should comprise a brief title (not on the figure itself) and a description
61
of the illustration. Keep text in the illustrations themselves to a minimum but explain all
symbols and abbreviations used.
Tables
Please submit tables as editable text and not as images. Tables can be placed either next
to the relevant text in the article, or on separate page(s) at the end. Number tables
consecutively in accordance with their appearance in the text and place any table notes
below the table body. Be sparing in the use of tables and ensure that the data presented in
them do not duplicate results described elsewhere in the article. Please avoid using
vertical rules.
References
Citation in text
Please ensure that every reference cited in the text is also present in the reference list (and
vice versa). Any references cited in the abstract must be given in full. Unpublished results
and personal communications are not recommended in the reference list, but may be
mentioned in the text. If these references are included in the reference list they should
follow the standard reference style of the journal and should include a substitution of the
publication date with either 'Unpublished results' or 'Personal communication'. Citation
of a reference as 'in press' implies that the item has been accepted for publication.
Web references
As a minimum, the full URL should be given and the date when the reference was last
accessed. Any further information, if known (DOI, author names, dates, reference to a
source publication, etc.), should also be given. Web references can be listed separately
(e.g., after the reference list) under a different heading if desired, or can be included in
the reference list.
Example: CTAHR (College of Tropical Agriculture and Human Resources, University
of Hawaii). Tea (Camellia sinensis) a New Crop for Hawaii, 2007. URL
http://www.ctahr.hawaii.edu/oc/freepubs/pdf/tea_04_07.pdf . Accessed 14.02.11.
Reference management software
Most Elsevier journals have a standard template available in key reference management
packages. This covers packages using the Citation Style Language, such as Mendeley
(http://www.mendeley.com/features/reference-manager) and also others like EndNote
(http://www.endnote.com/support/enstyles.asp) and Reference Manager
(http://refman.com/downloads/styles). Using plug-ins to word processing packages
which are available from the above sites, authors only need to select the appropriate
62
journal template when preparing their article and the list of references and citations to
these will be formatted according to the journal style as described in this Guide. The
process of including templates in these packages is constantly ongoing. If the journal you
are looking for does not have a template available yet, please see the list of sample
references and citations provided in this Guide to help you format these according to the
journal style.
If you manage your research with Mendeley Desktop, you can easily install the reference
style for this journal by clicking the link below:
http://open.mendeley.com/use-citation-style/food-chemistry
When preparing your manuscript, you will then be able to select this style using the
Mendeley plugins for Microsoft Word or LibreOffice. For more information about the
Citation Style Language, visit http://citationstyles.org.
All publications cited in the text should be presented in a list of references following the
text of the manuscript. See Types of Paper for reference number limits. In the text refer
to the author's name (without initials) and year of publication (e.g. "Steventon, Donald
and Gladden (1994) studied the effects..." or "...similar to values reported by others
(Anderson, Douglas, Morrison & Weiping, 1990)..."). For 2-6 authors all authors are to
be listed at first citation. At subsequent citations use first author et al.. When there are
more than 6 authors, first author et al. should be used throughout the text. The list of
references should be arranged alphabetically by authors' names and should be as full as
possible, listing all authors, the full title of articles and journals, publisher and year. The
manuscript should be carefully checked to ensure that the spelling of authors' names and
dates are exactly the same in the text as in the reference list.
Reference style
Text: Citations in the text should follow the referencing style used by the American
Psychological Association. You are referred to the Publication Manual of the American
Psychological Association, Sixth Edition, ISBN 978-1-4338-0561-5, copies of which
may be ordered from http://books.apa.org/books.cfm?id=4200067 or APA Order Dept.,
P.O.B. 2710, Hyattsville, MD 20784, USA or APA, 3 Henrietta Street, London, WC3E
8LU, UK.
List: references should be arranged first alphabetically and then further sorted
chronologically if necessary. More than one reference from the same author(s) in the same
year must be identified by the letters 'a', 'b', 'c', etc., placed after the year of publication.
Examples:
63
Reference to a journal publication:
Van der Geer, J., Hanraads, J. A. J., & Lupton, R. A. (2010). The art of writing a scientific
article. Journal of Scientific Communications, 163, 51-59.
Reference to a book:
Strunk, W., Jr., & White, E. B. (2000). The elements of style. (4th ed.). New York:
Longman, (Chapter 4).
Reference to a chapter in an edited book:
Mettam, G. R., & Adams, L. B. (2009). How to prepare an electronic version of your
article. In B. S. Jones, & R. Z. Smith (Eds.), Introduction to the electronic age (pp. 281-
304). New York: E-Publishing Inc.
AudioSlides
The journal encourages authors to create an AudioSlides presentation with their published
article. AudioSlides are brief, webinar-style presentations that are shown next to the
online article on ScienceDirect. This gives authors the opportunity to summarize their
research in their own words and to help readers understand what the paper is about. More
information and examples are available at http://www.elsevier.com/audioslides. Authors
of this journal will automatically receive an invitation e-mail to create an AudioSlides
presentation after acceptance of their paper.
Supplementary material
Supplementary material can support and enhance your scientific research.
Supplementary files offer the author additional possibilities to publish supporting
applications, high-resolution images, background datasets, sound clips and more. Please
note that such items are published online exactly as they are submitted; there is no
typesetting involved (supplementary data supplied as an Excel file or as a PowerPoint
slide will appear as such online). Please submit the material together with the article and
supply a concise and descriptive caption for each file. If you wish to make any changes
to supplementary data during any stage of the process, then please make sure to provide
an updated file, and do not annotate any corrections on a previous version. Please also
make sure to switch off the 'Track Changes' option in any Microsoft Office files as these
will appear in the published supplementary file(s). For more detailed instructions please
visit our artwork instruction pages at http://www.elsevier.com/artworkinstructions.
64
CAPÍTULO III 1
2
ARTIGO II - Comportamento químico e perfil de voláteis sintetizados durante o 3
desenvolvimento fisiológico de Cajá-manga (Spondias Mombin L.) 4
5
RESUMO 6
O objetivo do presente estudo foi avaliar a atividade respiratória e os compostos químicos, 7
durante o desenvolvimento fisiológico dos frutos de cajá-manga (Spondias mombin L.). A 8
avaliação compreendeu um período de 260 dias após antese (DAA), definido quando os frutos 9
apresentaram facilidade para serem destacados dos arbustos e coloração amarelo alaranjada, e 10
foi marcado pela ascensão climatérica entre 160 a 180 DAA, com pico de produção de CO2 aos 11
180 DAA, seguindo padrão respiratório climatérico. Foram observadas degradação do amido, 12
aumento de açúcares solúveis totais e sólidos solúveis e variação nos teores de macro e 13
micromineiras, apresentando durante todo o desenvolvimento fisiológico maior conteúdo de 14
fósforo, cálcio e magnésio. Foram observadas reduções de umidade, incremento de proteína e 15
carboidratos, e identificados 27 compostos voláteis durante o desenvolvimento fisiológico, que 16
auxiliaram a formar o aroma característico da fruta, sendo, majoritariamente, terpenos. 17
18
Palavras-chaves: composição proximal, taxa de gás carbônico, valor nutricional, estádios de 19
desenvolvimento, minerais, compostos voláteis. 20
21
1. Introdução 22
23
Dentre o território brasileiro, o Cerrado é considerado o maior bioma. Segundo [1], 24
existem mais de 58 espécies de frutas nativas do cerrado, conhecidas e utilizadas pela população 25
nativa, sendo um bioma com muitas diversidades em paisagens e espécies de fauna e flora. No 26
entanto, tem-se grande deficiência de estudos e pesquisas que permitam avaliar seu potencial 27
económico, identificar e explorar, de maneira sustentável, suas espécies nativas e espécies que 28
se adaptam bem nessa região [2], como a cajazeira (Spondias mombin L.), que produz frutos 29
conhecidos como cajá-manga. 30
A cajazeira (Spondias sp.), nativa da América Tropical, pertence à família 31
Anacardiaceae, e ao gênero Spondias [3], sendo árvore tropical, frondosa, situando-se entre as 32
frutíferas perene, com flores dispostas em panícula, produzindo frutos nutritivos, saborosos e 33
65
de grande aceitação de mercado, conhecidos, popularmente, como cajá-manga, cajá ou 34
taperebá. O fruto apresenta sabor agridoce, suculência, destacando-se como uma das frutas 35
tropicais mais aromáticas, com 33 compostos que ajudam a formar o aroma característico da 36
fruta [4,5]. 37
A composição e a qualidade nutricional do fruto são importantes, devido a presença de 38
vários componentes físico-químicos, que desempenham função relevante na alimentação, 39
contribuindo para o fornecimento de calorias, sais minerais, vitaminas, água e outros nutrientes, 40
constituindo-se, dessa forma, em fontes reguladoras da saúde. Essas características dependem 41
do genótipo, condições ambientais na pré-colheita, estádio de desenvolvimento do fruto, 42
colheita e manejo pós-colheita [6, 7, 8]. 43
Os estádios de desenvolvimento do fruto podem ser divididos desde a formação até a 44
morte dos tecidos, sendo eles crescimento, maturação, maturidade fisiológica, amadurecimento 45
e senescência [9]. A atividade respiratória é um processo fisiológico que ocorre durante todo o 46
desenvolvimento do fruto, fundamental durante o amadurecimento, pois várias reações, 47
responsáveis pela síntese de inúmeros compostos, estão relacionadas com a respiração [10]. 48
Os frutos podem ser classificados, de acordo com o padrão respiratório, em climatéricos e 49
não climatéricos. Frutos com padrão respiratório climatérico apresentam aumento na atividade 50
respiratória e na síntese de etileno, associado ao amadurecimento, enquanto os não-climatéricos 51
não apresentam essa elevação [11, 12, 13]. Sendo assim, o objetivo do presente estudo foi 52
avaliar a atividade respiratória e caracterizar a evolução da composição química, nutricional, 53
mineral e compostos voláteis, durante o desenvolvimento dos frutos de cajá-manga (Spondias 54
mombin L.), desde a antese até o fruto maduro. 55
56
2. Materiais e métodos 57
58
2.1. Medição de temperatura e umidade relativa do ar 59
66
Durante a colheita dos frutos de cajá-manga, a temperatura e umidade relativa do ar 60
foram medidos, com auxílio de termo higrômetro digital com sensor externo (Marca: Incoterm). 61
62
2.2. Material vegetal e avaliação durante o desenvolvimento 63
As coletas, durante o desenvolvimento dos frutos de cajá-manga (Spondias mombin L.), 64
ocorreram entre os meses de setembro de 2014 a junho de 2015, na Fazenda Jabuticabal, 65
município de Nova Fátima, distrito de Hidrolândia-GO, localizada nas coordenadas geográficas 66
16°55’32.35" de latitude sul e 49°21’39.76" de longitude oeste. 67
Durante o processo de florescimento, foram selecionadas, ao acaso, 10% das espécimes 68
de Spondias mombin L., e marcadas as flores, por ocasião da antese, com fios de lã de diferentes 69
cores, em posições distintas da planta. 70
Aos 80 dias após antese (DAA), realizou-se a primeira coleta. As demais foram 71
realizadas em intervalos de vinte dias, até completar 260 DAA, quando ocorreu o 72
amadurecimento, caracterizado pela coloração amarelada da casca, totalizando 10 pontos de 73
coleta. Os frutos foram colhidos ao acaso, no período da manhã, divididos em quatro lotes 74
iguais, representando as replicatas. 75
76
2.3. Medição da taxa respiratória ao longo do desenvolvimento fisiológico de cajá-manga 77
Para avaliação do padrão respiratório, constituído de 6 repetições, logo após a colheita 78
os frutos foram selecionados (ausência de danos), mantidos a 25ºC, e analisados ao longo do 79
desenvolvimento fisiológico (80, 100, 120,140,160, 180, 200, 220, 240 e 260 DAA). 80
A análise da taxa respiratória foi realizada por meio da coleta de CO2, na qual os frutos 81
foram colocados, individualmente, em frasco de vidro com o volume proporcional ao tamanho 82
dos mesmos, variando de frascos de 40 mL a 600 mL, durante o desenvolvimento fisiológico 83
do fruto. Os frascos foram selados, hermeticamente, durante uma hora, e amostras de gás foram 84
67
coletadas a partir do headspace. A taxa respiratória foi calculada, medindo a quantidade de CO2 85
produzida por um cajá-manga, com uma massa conhecida, utilizando analisador de gases 86
O2/CO2 (Illinois – LL6600), e os resultados foram expressos em mL CO2 kg-1 h-1. 87
Em seguida, os frutos foram congelados, em nitrogênio líquido, e armazenados em 88
freezer, até realização das análises de composição proximal, açúcares solúveis totais, sólidos 89
solúveis, amido, minerais e compostos voláteis. 90
91
2.4. Composição proximal 92
A composição proximal da polpa, a saber, umidade, cinzas, proteínas e lipídeos [14]; os 93
carboidratos totais foram determinados por diferença [15] conforme equação (1), tendo os 94
resultados expressos em g 100 g-1 de polpa; o valor energético total foi calculado, utilizando-se 95
os fatores de conversão tradicionais para proteínas (4 kcal g-1), lipídeos (9 kcal g-1) e 96
carboidratos (4 kcal g-1), e os resultados expressos em Kcal 100 g-1 de polpa [16]. 97
98
𝐶𝑎𝑟𝑏𝑜𝑖𝑑𝑟𝑎𝑡𝑜𝑠 (g 100 𝑔−1) = 100 − (𝑈𝑚𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 (g 100 𝑔−1) +99
𝐶𝑖𝑛𝑧𝑎𝑠(g 100 𝑔−1) + 𝑃𝑟𝑜𝑡𝑒í𝑛𝑎𝑠 (g 100 𝑔−1) + 𝐿𝑖𝑝í𝑑𝑒𝑜𝑠 (g 100 𝑔−1)) 100
101
2.5. Açúcares solúveis totais, sólidos solúveis e amido 102
Os açúcares solúveis totais foram determinados pelo método de Antrona [17] e os 103
resultados expressos em g 100 g-1 de polpa fresca. 104
Sólidos solúveis (SS) da polpa foram medidos por refratometria, com refratômetro 105
digital (ATAGO PR-100), com compensação de temperatura automática à 25ºC [14]. Os 106
resultados foram expressos em °Brix. 107
O amido foi determinado pelo método enzimático, conforme método da [14], e expresso 108
em g 100 g-1 de polpa. 109
110
68
2.6. Minerais 111
Os minerais analisados na polpa de cajá-manga foram cálcio (Ca), magnésio (Mg), 112
fósforo (P), cobre (Cu), ferro (Fe), manganês (Mn) e zinco (Zn), determinados segundo 113
metodologia descrita por [18]. Os resultados foram expressos em mg 100 g-1. 114
115
2.7. Compostos voláteis 116
A extração, identificação e quantificação de compostos voláteis, em frutos de cajá-117
manga, foram realizadas utilizando microextração em fase sólida (SPME) e cromatografia 118
gasosa acoplada a espectrometria de massa (modelo Shimadzu CG-17A, com detector seletivo 119
de massas modelo QP5050A), sob as seguintes condições operacionais: foi utilizada a fibra de 120
polidimetilsiloxano/divinilbenzeno (PDMS/DVB) 65 μm para a partição dos compostos 121
voláteis presentes na amostra. A fibra foi acondicionada a uma temperatura de 300ºC por 1 122
hora, antes de sua utilização. As amostras foram acondicionadas por 30 minutos a 40ºC sob 123
agitação de 250 rpm. A fibra foi exposta a 1 cm do headspace do frasco de vidro de 10 mL. 124
Após a exposição à fibra sob 70ºC, a seringa foi imediatamente levada ao injetor do CG-MS, 125
no qual os compostos voláteis foram dessorvidos, a 250ºC, em splitless por 2 minutos. Foi 126
utilizada a coluna capilar de sílica fundida de 30 m x 0,25 mm e 0,25 μm de espessura, tendo 127
como fase estacionária 5% de difenil e 95% de polidimetilsiloxano (DB5), temperatura do 128
injetor de 270°C, programação da coluna com temperatura inicial de 60ºC, sendo acrescidos 129
3ºC a cada minuto até atingir 270ºC; gás de arraste hélio, com 1,8 mL.min-1 na coluna; sem 130
slipt com pressão inicial da coluna de 100kPa. 131
As condições do espectrômetro de massa (EM) foram: detector seletivo de massas 132
operando por impacto eletrônico e energia de impacto de 70 eV; velocidade de varredura 1000 133
m/z.s-1; intervalo de varredura de 0,5 fragmentos.s-1e fragmentos detectados de 29 Da e 600 Da. 134
Os compostos foram tentativamente identificados comparando o tempo de retenção de padrões 135
69
de alcanos C5-C20, a partir do índice de retenção da literatura. Os fragmentos de massas foram 136
comparados utilizando as bibliotecas Willey 8 e a literatura específica de [19]. 137
138
2.8. Análise estatística 139
O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado (DIC) 140
constituído por dez períodos de coleta (80, 100, 120, 140, 160, 180, 200, 220, 240 e 260 DAA), 141
com três repetições. 142
As análises foram realizadas em triplicata. Os resultados foram submetidos a análise de 143
variância (ANOVA), teste de Duncan (p ≤ 0,05) e regressão, utilizando software Statistica 144
(Versão 8.0, StatSoft Inc., Tulsa, Oklahoma), e os resultados expressos em médias ± erro padrão 145
(EP). 146
147
3. Resultados e discussão 148
149
3.1. Mudanças na taxa respiratória durante o desenvolvimento fisiológico de cajá-manga 150
Entre setembro (2014) a junho (2015), a temperatura do ar variou de 22,90 a 32,20 °C, 151
com umidade relativa entre 38 a 85 %, no momento da colheita dos frutos. 152
A taxa respiratória (Figura 1), medida pela quantidade de CO2, liberada pelo fruto, 153
apresentou declínio entre 80 e 160 DAA (189,53 ± 0,11 e 95,89 ± 0,29 mL CO2 kg-1 h-1 154
respectivamente), seguida da ascensão climatérica, entre 160 e 180 DAA (95,89 ± 0,29 e 311,34 155
± 0,63 mL CO2 kg-1 h-1, respectivamente), com pico de produção de CO2 aos 180 DAA, 156
evidenciando padrão respiratório climatérico. Após, observou redução na taxa de CO2, 157
caracterizando o pós-climatérico. Comportamento semelhante foi encontrado por [20] no 158
estudo do desenvolvimento fisiológico do fruto de Murici (B. Crassifolia Kunth), oriundo de 159
Boa Vista (Brasil), o qual apresentou padrão típico climatérico, com a detecção do pico 160
climatérico. 161
70
162
Figura 1. Taxa respiratória do fruto de cajá-manga (Spondias mombin L.) ao longo do 163
desenvolvimento fisiológico. 164 Letras diferentes, no mesmo gráfico, indicam diferenças significativas pelo teste de Duncan (p ≤ 0,05). DAA = 165 Dias após antese. 166 167
3.2. Composição proximal ao longo do desenvolvimento fisiológico de cajá-manga 168
O conteúdo de umidade (Tabela 1) reduziu durante o desenvolvimento fisiológico de 169
cajá-manga, obtendo 91,10 e 81,39 g 100 g-1 entre 80 e 260 DAA, respectivamente. O 170
decréscimo observado no teor de umidade pode ter sido refletido pelo aumento da taxa 171
respiratória, contribuindo para síntese e concentração dos outros compostos químicos avaliados 172
durante o processo [21]. [22] determinaram teor igual a 90,06 g 100 g-1 em polpa de cajá 173
(Spondias lutea L.), oriundo de Campina Grande (Brasil), maior ao encontrado neste trabalho, 174
entre 180 DAA e 260 DAA. 175
Durante o desenvolvimento fisiológico, o teor de cinzas, que corresponde ao resíduo 176
mineral fixo, apresentou variações, com redução de 0,25 g 100 g-1 para 0,16 g 100 g-1, entre 80 177
e 180 DAA, respectivamente. Após, observou-se aumento, obtendo aos 240 e 260 DAA teor de 178
0,27 g 100 g-1, sendo igual, estatisticamente, ao teor obtido aos 80 DAA. Comportamento 179
semelhante foi observado para o teor de lipídeos, no qual apresentou variações, obtendo o 180
mesmo teor, 0,22 g 100 g-1, no início (80 DAA) e no final (260 DAA) da avaliação, e o menor 181
teor, 0,16 g 100 g-1, foi obtido aos 160 DAA. 182
g f
c
cd
c
b
a
f
e
de
y = 1E-07x5 - 0,0001x4 + 0,0353x3 - 5,4234x2 + 396,96x - 10856
R² = 0,7055
50
100
150
200
250
300
350
80 100 120 140 160 180 200 220 240 260
CO
2 (
mL
CO
2 k
g-1
h-1
)
DAA
71
183
Tabela 1. Composição proximal da polpa do fruto de cajá-manga (Spondias mombin L.) ao 184
longo do desenvolvimento fisiológico. 185
DAA Umidade
(g 100 g-1) Cinzas
(g 100 g-1)
Proteínas (F = 6,25*) (g 100 g-1)
Lipídeos (g 100 g-1)
Carboidratos (g 100 g-1)
VET (Kcal 100 g-1)
80 91,1 ± 0,07 h 0,25 ± 0,02 fe 0,06 ± 0,00 a 0,22 ± 0,01 d 8,36 ± 0,05 a 35,69 ± 0,30 a
100 91,01 ± 0,04 h 0,27 ± 0,00 f 0,03 ± 0,00 a 0,18 ± 0,01 c 8,51 ± 0,03 ab 35,80 ± 0,20 a
120 90,09 ± 0,24 g 0,23 ± 0,01 de 0,44 ± 0,01 cd 0,17 ± 0,01 bc 9,06 ± 0,23 bc 39,58 ± 10,00 b
140 89,20 ± 0,32 f 0,18 ± 0,00 ab 0,43 ± 0,03 cd 0,15 ± 0,01 ab 10,04 ± 0,27 d 43,20 ± 1,34 c
160 90,03 ± 0,08 g 0,20 ± 0,01 bc 0,42 ± 0,01 cd 0,13 ± 0,01 a 9,22 ± 0,08 c 39,71 ± 0,34 b
180 83,87 ± 0,32 d 0,16 ± 0,00 a 0,16 ± 0,00 b 0,18 ± 0,00 c 15,62 ± 0,33 f 64,80 ± 1,31 e
200 82,60 ± 0,07 c 0,21 ± 0,01 cd 0,62 ± 0,01 e 0,19 ± 0,00 c 16,39 ± 0,08 g 69,72 ± 0,33 f
220 85,22 ± 0,10 e 0,22 ± 0,01 cd 0,41 ± 0,01 c 0,14 ± 0,01 a 14,01 ± 0,11 e 58,92 ± 0,38 d
240 80,60 ± 0,20 a 0,27 ± 0,00 f 0,46 ± 0,02 d 0,20 ± 0,01 cd 18,46 ± 0,20 i 77,52 ± 0,73 h
260 81,39 ± 0,40 b 0,27 ± 0,01 f 0,71 ± 0,02 f 0,22 ± 0,01 d 17,40 ± 0,37 h 74,45 ± 1,65 g
DAA = Dias após antese; VET = valor energético total. Média ± Desvio padrão. 186 Valores com mesma letra em colunas não são diferentes significativamente pelo teste de Duncan (p ≤ 0,05). 187 Valores em base úmida. *Fator de conversão geral de nitrogênio para proteína. 188
189
O conteúdo de proteína variou ao longo do processo de desenvolvimento, apresentando 190
aumento de 0,06 g 100 g-1 para 0,71 g 100 g-1, entre 80 a 260 DAA, respectivamente. 191
Segundo [23], quando ocorre deficiência de substratos para o processo respiratório, 192
como açúcares, outros compostos, como proteínas e lipídeos, podem ser utilizados, o que 193
justifica a variação desses componentes ao longo do desenvolvimento. 194
Os teores de proteína, lipídeos e cinzas (0,82 g 100 g-1,0,26 g 100 g-1 e 0,58 g 100 g-1, 195
respectivamente) em polpa de cajá-manga madura, oriunda de Belém (Brasil) [24], foram 196
maiores aos observados nesse trabalho. 197
O teor de carboidratos apresentou o mesmo comportamento do valor energético total, 198
ou seja, incremento durante o desenvolvimento fisiológico. Os menores valores foram obtidos 199
aos 80 DAA (8,36 g 100 g-1 e 35,69 Kcal 100 g-1, respectivamente) e os maiores aos 260 DAA 200
(18,46 g 100 g-1 e 77,52 Kcal 100 g-1, respectivamente). [25] avaliaram polpa de cajá-manga 201
(Spondias mombin L.), oriundos de Aracaju (Brasil), e determinaram teor de carboidratos e 202
72
valor energético total iguais a 13,90 g 100 g-1 e 65,42 Kcal 100 g-1, respectivamente, menores 203
ao encontrado nesse trabalho, na polpa de cajá-manga a partir de 200 DAA. 204
205
3.3. Açúcares solúveis totais, sólidos solúveis e amido durante o desenvolvimento 206
fisiológico de cajá-manga 207
O conteúdo de açúcares solúveis totais e sólidos solúveis (Figura 2A, 2B) aumentaram, 208
continuamente, ao longo do desenvolvimento, atingindo teores máximos no fruto mais maduro, 209
aos 260 DAA (8,57 ± 0,26 g 100 g-1 e 14,67 ± 0,33 °Brix, respectivamente). Observou-se, 210
também, redução no teor de amido, a partir do seu máximo acúmulo obtido aos 240 DAA (10,42 211
± 0,00 a 8,46 ± 0,00 g 100 g-1, em 240 e 260 DAA, respectivamente) (Figura 2C), indicando o 212
início de sua degradação caracterizada pela conversão em açúcares solúveis. 213
214
215
Figura 2. Açúcares solúveis totais, sólidos solúveis e amido da polpa do fruto de cajá-manga 216
(Spondias mombin L.) ao longo do desenvolvimento fisiológico. 217
a a
b
c c
ed
g
f
h
y = 0,0381x - 2,04
R² = 0,9367
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
80 100 120 140 160 180 200 220 240 260
Açú
care
s so
lúvei
s to
tais
(g 1
00
g-1
)
DAA
A
aab ab ab
bc cd
dee
cd
f
y = 0,0003x2 - 0,0562x + 9,3515
R² = 0,7756
2
4
6
8
10
12
14
16
80 100 120 140 160 180 200 220 240 260
Só
lid
os
solú
vei
s to
tais
(°B
rix)
DAA
B
gf
c cdc
b a
f
e
de
y = -0,0002x2 + 0,1244x - 8,2652
R² = 0,9011
0
2
4
6
8
10
12
80 100 120 140 160 180 200 220 240 260
Am
ido (
g 1
00 g
-1)
DAA
C
73
Letras diferentes, no mesmo gráfico, indicam diferenças significativas pelo teste de Duncan (p ≤ 0,05). DAA = 218 Dias após antese. 219
220
Maior conteúdo de açúcares totais (9,40 g 100 g-1) foi determinado por [26] em polpa 221
de cajá-manga maduro, oriundos das regiões Norte e Nordeste (Brasil). [27] determinaram teor 222
de sólidos solúveis em Spondias mombin L., oriundos do estado de Piauí (Brasil), igual a 14,28 223
°Brix, próximo ao encontrado nesse trabalho, quando o fruto estava aos 260 DAA. 224
225
3.4. Teores de minerais ao longo do desenvolvimento fisiológico de cajá-manga 226
Os teores de minerais (Tabela 2), durante o desenvolvimento do fruto de cajá-manga, 227
variaram significativamente. Em relação aos macro-minerais avaliados, os teores de magnésio 228
e cálcio reduziram ao longo do desenvolvimento (15,04 a 13,37 e 38,50 a 28,75 mg 100 g-1, 229
respectivamente), enquanto o conteúdo de fósforo apresentou incremento (39,13 a 58,84 mg 230
100 g-1) entre 80 e 260 DAA, respectivamente. Entre os microminerais avaliados, o cobre, ferro 231
e zinco aumentaram (0,01 a 2,19, 0,35 a 0,96 e 0,09 a 0,14 mg 100 g-1, respectivamente) e o 232
manganês diminuiu (0,16 a 0,05 mg 100 g-1) entre 80 e 260 DAA, respectivamente. 233
Essas variações no conteúdo de minerais estão relacionadas com a mobilidade dos 234
minerais no floema e suas tendências de translocação, que variam de acordo com a espécie, 235
condições ambientais e fase de crescimento do fruto [27, 28]. 236
Cajá-manga (Spondias mombin L.) maduro avaliados por [28], oriundos da Colômbia, 237
apresentaram teores de cálcio (23,00 mg 100 g-1), fósforo (20,00 mg 100 g-1), magnésio (12,00 238
mg 100 g-1), cobre (0,02 mg 100 g-1), ferro (0,74 mg 100 g-1) e manganês (0,02 mg 100 g-1), 239
menores ao encontrado neste trabalho aos 260 DAA. 240
241
3.5. Compostos voláteis ao longo do desenvolvimento fisiológico de cajá-manga 242
74
Os compostos voláteis identificados no cajá-manga durante o seu desenvolvimento 243
fisiológico, com seus respectivos tempos de retenção médios (TRM) e porcentagens das áreas 244
relativas dos picos, estão apresentados na Tabela 3. 245
Foram identificados 27 compostos nos diferentes estádios de desenvolvimento. Dentre 246
as classes químicas encontradas, obteve-se álcoois, aldeídos, esterés e terpenos. 247
Predominantemente, o início do desenvolvimento do cajá-manga (40 DAA a 100 DAA), foi 248
caracterizado pela presença de terpenos; entre 120 e 240 DAA, verificou a presença de terpenos 249
e ésteres; e aos 260 DAA, predominaram apenas os terpenos. 250
Os compostos voláteis são sintetizados de diversos precursores, como aminoácidos, 251
lipídeos e carotenóides, portanto, apresentaram variações ao longo do desenvolvimento do fruto 252
[30]. 253
75
Tabela 2. Minerais da polpa do fruto de cajá-manga (Spondias mombin L.) ao longo do desenvolvimento fisiológico. 254
DAA Cálcio (Ca) Magnésio (Mg) Fósforo (P) Cobre (Cu) Ferro (Fe) Manganês (Mn) Zinco (Zn)
(mg 100 g-1)
80 38,5 ± 0,00 i 15,04 ± 0,00 j 39,13 ± 0,00 h 0,01 ± 0,00 a 0,35 ± 0,00 f 0,16 ± 0,00 g 0,09 ± 0,00 c
100 39,5 ± 0,00 j 9,05 ± 0,00 d 34,95 ± 0,00 g 0,01 ± 0,00 a 0,28 ± 0,00 e 0,21 ± 0,00 h 0,09 ± 0,00 c
120 20,65 ± 0,00 e 8,26 ± 0,00 c 27,92 ± 0,00 b 0,01 ± 0,00 a 0,19 ± 0,00 b 0,04 ± 0,00 e 0,08 ± 0,00 b
140 17,43 ± 0,00 b 8,16 ± 0,00 b 28,49 ± 0,00 c 0,01 ± 0,00 b 0,25 ± 0,00 d 0,03 ± 0,00 c 0,08 ± 0,00 b
160 21,46 ± 0,00 f 6,37 ± 0,00 a 25,75 ± 0,00 a 0,02 ± 0,00 b 0,16 ± 0,00 a 0,04 ± 0,00 d 0,08 ± 0,00 a
180 18,52 ± 0,00 d 10,59 ± 0,00 g 30,65 ± 0,00 e 1,08 ± 0,00 h 0,22 ± 0,00 c 0,03 ± 0,00 c 0,13 ± 0,00 g
200 31,93 ± 0,00 h 9,69 ± 0,00 e 32,04 ± 0,00 f 0,67 ± 0,00 e 0,61 ± 0,00 g 0,05 ± 0,00 f 0,14 ± 0,00 g
220 16,67 ± 0,00 a 9,8 ± 0,00 f 29,22 ± 0,00 d 0,84 ± 0,00 f 0,63 ± 0,00 h 0,02 ± 0,00 b 0,11 ± 0,00 e
240 17,99 ± 0,00 c 12,21 ± 0,00 h 54,99 ± 0,00 i 0,85 ± 0,00 g 1,22 ± 0,00 j 0,01 ± 0,00 a 0,12 ± 0,00 f
260 28,75 ± 0,00 g 13,37 ± 0,00 i 58,84 ± 0,00 k 2,19 ± 0,00 i 0,96 ± 0,00 i 0,05 ± 0,00 ef 0,14 ± 0,00 h
DAA = dias após antese; Média ± Erro padrão (mg 100 g-1). 255 Valores com mesma letra nas colunas não são diferentes significativamente pelo teste de Duncan (p ≤ 0,05). 256 Valores em base úmida.257
76
Os aldeídos como hexanal e tolueno foram detectados em todo desenvolvimento 258
fisiológico, assim como os ésteres hexanoato de etila, etanoato de butila e octanal, e os terpenos 259
limoneno, α-pineno, β-pineno, myrcene, r- cinemo, camphene, α-thujene. 260
Os aldeídos hexanal, tolueno, 2-methylbutanal acresceram suas porcentagens da área 261
com o desenvolvimento do fruto, enquanto o 2-heptenal diminuiu. Os aldeídos em altas 262
concentrações auxilia no sabor agradavel do fruto e, em sua maioria, são os compostos 263
majoritários [31]. 264
Entre os ésteres, o hexanoato de etila, etanoato de butila, nonanal e octanal diminuiram 265
suas porcentagens da área, enquanto o butanoato de etila apresentou aumento. Segundo [32], o 266
butanoato de etila tem sido encontrado em numerosos frutos, e em altas concentrações está 267
associado ao elevado grau de maturação. 268
Éster hexanoato de etila foi encontrado por [35], no último estádio de maturação de 269
medronho (Arbutus unedo L.), fruto típico de Portugal, o qual aumentou a concentração durante 270
cinco dias de avaliação pós-colheita. 271
Foi detectado presença de pinene, limoneno, linalol, terpinen-4-ol, α-terpineol em 272
mirtilo (L. caerulea L.), oriundos de três regiões da Polónia [36]. 273
O terpeno limoneno apresenta aroma de limão e está presente em manga [37, 38], 274
acerola [39], frutos cítricos [40] e abacate [41], oriundos de Saharanpur (India) e Flórida 275
(Estados Unidos), regiões do Brasil, Siracusa (Itália) e Califórnia (Estados Unidos), 276
respectivamente. 277
O hexanal foi identificado em umbu [42], morango [43], maçã [44] e tomate [45], 278
oriundos de Itambé (PE-Brasil), de Valência (Espanha), Vacaria (RS-Brasil) e de diferentes 279
áreas da Espanha, respectivamente, e tem sido descrito como responsável pelo aroma de “verde, 280
mato, grama” em produtos vegetais. 281
77
Foi dectado presença de myrcene, γ-terpinene, α-terpinene, camphene, terpinolene, α-282
humulene, α-Thujene e α-Phellandrene, em frutos de Goji Berry (Hypericum androsaemum), 283
provenientes de diferentes localidades da Itália [46]. 284
Os compostos nonanal, octonal, toluene foram detectados em pêssegos (Prunus persica 285
L. [Batsch]), provenientes da Tunisia, em dois estádios de maturação [47]. 286
Foi verificado a presença de ethanol, 2-methylbutanal, 6-methyl-5-hepten-2-one, em 287
frutos de melão do orvalho do mel (Cucumis melo L. subsp. melo var. Inodorus H.Jacq.), 288
oriundos de Pachino (Itália) [48]. 289
O composto butanoato de etila foi encontrado durante o desenvolvimento de mamão 290
‘Pluk Mai Lie’ [49], oriundo de Nakhon Pathom (Tailândia), enquanto o etanoato de butila foi 291
detectado em abacaxi (Ananas comosus [L.] Merr.), oriundo de Filderstadt (Alemanha) [50].292
78
Tabela 3. Constituintes voláteis, tempo de retenção médio (TRM) e porcentagem de áreas relativas dos componentes aromáticos da polpa do fruto 293
de cajá-manga (Spondias mombin L.), ao longo do desenvolvimento fisiológico. 294
Classe/
Constituintes* TRM
Área de pico (%) Referências
40
DAA
60
DAA
80
DAA
100
DAA
120
DAA
140
DAA
160
DAA
180
DAA
200
DAA
220
DAA
240
DAA
260
DAA
Álcoóis
Ethanol 1,82 0,19 0,09 - 0,40 - 0,52 0,37 0,27 0,34 0,32 0,46 1,25 [48]
Aldeídos
Hexanal 4,94 0,70 0,29 1,19 1,98 0,85 1,22 1,25 1,59 3,94 0,73 3,27 - [42, 43, 44, 45]
2-Heptenal 8,51 0,49 0,54 0,94 1,18 0,41 - - - - - - - [35]
Toluene 4,29 4,60 0,89 9,91 - 4,19 47,27 37,81 23,74 30,69 17,97 24,96 8,47 [47]
2-Methylbutanal 1,26 - - - - - - - - - - - 3,08 [48]
Ésteres
Hexanoato de etila 10,27 1,12 0,31 1,42 0,56 0,54 0,47 1,06 0,41 0,38 1,50 1,39 2,94 [35]
Butanoato de etila 2,69 - - - - - - - - - - - 3,33 [49]
Etanoato de butila 5,07 - - - - 0,45 0,38 0,59 0,33 0,64 0,29 0,58 0,22 [50]
Nonanal 12,45 0,27 0,08 0,25 0,51 - - - - - - - - [47]
Octanal 10,36 - - 0,31 0,63 0,55 0,29 0,56 - 0,38 - 0,78 - [47]
Terpenos
Limoneno 11,78 26,90 17,58 13,60 9,75 0,73 4,14 5,25 3,58 3,99 5,14 3,96 2,98 [34, 36, 37, 38, 39,
40, 41]
79
Tabela 3, continuação
α-pineno 8,60 23,94 16,87 31,21 41,49 3,40 5,48 5,87 28,23 14,55 29,42 12,07 21,53 [36]
β-pineno 10,03 10,07 7,14 5,73 8,96 0,93 1,90 2,50 8,30 5,19 9,72 3,56 6,77 [36]
Myrcene 10,40 5,41 6,32 3,78 3,38 0,34 1,66 1,88 1,77 1,62 2,19 2,02 1,37 [46]
γ-Terpinene 11,06 2,95 2,16 2,68 2,09 - - - - - - - - [46]
Terpinen-4-ol 15,78 2,86 1,99 2,47 2,63 0,44 - - - - - - 1,58 [34, 36]
r- Cinemo 11,54 2,40 1,49 2,40 2,23 - 3,38 3,28 1,70 2,95 2,61 2,83 1,43 [51]
α-Terpineol 16,24 2,20 2,50 3,62 2,97 0,50 - - - - - - 6,95 [34, 36]
Camphene 9,06 1,79 1,84 3,00 3,51 - 0,41 0,40 0,54 0,42 0,59 0,35 0,33 [46]
Terpinolene 11,88 1,27 0,88 1,12 0,67 - - - - - - - - [46]
α-Humulene 13,87 3,51 - - - - - - - - - - - [46]
Linalol 7,70 - - - - - - - - - - - 15,61 [36]
α-Terpinene 12,30 0,29 - 0,40 - - - - - - - - - [46]
α-Thujene 9,58 - - 0,13 0,14 - 0,82 0,77 0,79 0,78 0,34 0,36 0,26 [46]
Outros
α-Phellandrene 9,52 0,63 0,27 0,36 0,55 - - - - - - - [46]
6-Methyl-5-
hepten-2-one 9,29 0,14 0,14 0,29 0,45 0,24 - - - - - - - [48]
*tentativamente identificados por comparação dos seus espectros de massas com banco de dados existentes na literatura (Wiley 8. FFNSC.1.2.lib e LIB). 295 Valores em base úmida.296
80
4. Conclusão 297
A avaliação do fruto de cajá-manga estendeu-se por 260 dias após antese e a taxa 298
de respiração exibiu formação de pico aos 180 DAA, que evidencia padrão respiratório 299
climatérico. Ao longo do desenvolvimento, observou-se declínio no teor de umidade, 300
aumento no conteúdo de proteína, carboidratos, açúcares solúveis totais e sólidos 301
solúveis. Os teores de minerais variaram, e os 27 compostos voláteis, identificados 302
durante o desenvolvimento fisiológico do cajá-manga, restringem ao grupo dos terpenos. 303
304
Agradecimentos 305
Os autores gostariam de agradecer seu patrocinador brasileiro, CNPq pelo suporte 306
financeiro. 307
308
5. Referências 309
1- Costa TSA, Faria JP, Naves RV, Vieira RF, Costa, TSA, Silva DB, et al. Embrapa 310
recursos genéticos e biotecnologia, 2006, cap. 8. 311
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Cerrado: desafios e oportunidades para o desenvolvimento sustentável. Planaltina; 2008. 314
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3- Miller A, Schaal B. Domestication of a mesoamerican cultivated fruit tree, Spondias 316
purpurea. Proceeding of the National Academy of Science of the United States of 317
America. 2005; 102: 12.801-12.806. 318
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4- Lorenzi H. et al. Frutas brasileiras e exóticas cultivadas. São Paulo: Instituto 320
Plantarum de Estudos da Flora, 2006. 321
322
5- Narain N, Almeida JN, Galvão MS, Madruga MS, Brito ES. Compostos voláteis dos 323
frutos de maracujá (Passiflora edulis forma Flavicarpa) e de cajá (Spondias mombin L.) 324
obtidos pela técnica de headspace dinâmico. Ciência e Tecnologia de Alimentos. 2004; 325
24: 212-216. 326
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dipping treatments on Tarocco orange fruit and their effects on peel essential oil. 452
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descriptive odor attributes in umbu (Spondias tuberosa) fruits during maturation. Food 460
Research International. 2011; 44: 1919-1926. 461
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extremely low oxygen on the volatile composition of ‘Royal Gala’ apples. Food 468
Chemistry. 2014; 156: 50-57. 469
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cherry tomato: influences of osmotic pre-treatment and microwave power. Food 472
Chemistry. 2012; 130: 889-895. 473
474
46- Caprioli G, Iannarelli R, Cianfaglione K, Fiorini D, Giuliani C, Lucarini D, et al. 475
Volatile profile, nutritional value and secretory structures of the berry-like fruits of 476
Hypericum androsaemum L. Food Research International. 2016; 79: 1–10. 477
478
47- Dabbou S, Lussiana C, Maatallah S, Gasco L, Hajlaoui H, Flamini G. Changes in 479
biochemical compounds in flesh and peel from Prunus persica fruits grown in Tunisia 480
during two maturation stages. Plant Physiology and Biochemistry. 2016; 100: 1-11. 481
84
482
48- Verzera A, Dima G, Tripodia G, Condurso C, Crinò P, Romanoc, D, et al. Aroma 483
and sensory quality of honey dew melon fruits (Cucumis melo L. subsp. melo var. 484
inodorus H.Jacq.) in relation to different rootstocks. Scientia Horticulturae. 2014; 169: 485
118–124. 486
487
49- Fuggate P, Wongs-aree C, Noichinda S, Kanlayanarat S. Quality and volatile 488
attributes of attached and detached ‘Pluk Mai Lie’ papaya during fruit ripening. Scientia 489
Horticulturae. 2010; 126: 120–129. 490
491
50- Steingass CB, Grauwet T, Carle R. Influence of harvest maturity and fruit logistics 492
on pineapple (Ananas comosus [L.] Merr.) volatiles assessed by headspace solid phase 493
microextraction and gas chromatography–mass spectrometry (HS-SPME-GC/MS). 494
Food Chemistry. 2014; 150: 382–391. 495
496
51- Schneider NFZ, Moura NF, Colpo T, Marins K, Marangoni C, Flach A. Estudo dos 497
compostos vol·teis e atividade antimicrobiana da Myrciaria tenella (cambuí). Revista 498
Brasileira de Farmácia. 2008; 89: 131-133.499
85
ANEXO B – Normas de publicação Ploss One
Submission Guidelines
Style and Format
File format
Manuscript files can be in the following formats: DOC, DOCX, RTF, or PDF. Microsoft Word
documents should not be locked or protected.
LaTeX manuscripts must be submitted as PDFs. Read the LaTeX guidelines.
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Manuscripts can be any length. There are no restrictions on word count, number of figures, or
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We encourage you to present and discuss your findings concisely.
Font
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Headings
Limit manuscript sections and sub-sections to 3 heading levels. Make sure heading levels are
clearly indicated in the manuscript text.
Layout
Manuscript text should be double-spaced.
Do not format text in multiple columns.
Page and line numbers
Include page numbers and line numbers in the manuscript file.
Footnotes
Footnotes are not permitted. If your manuscript contains footnotes, move the information into
the main text or the reference list, depending on the content.
Language
Manuscripts must be submitted in English.
You may submit translations of the manuscript or abstract as supporting information. Read the
supporting information guidelines.
Abbreviations
Define abbreviations upon first appearance in the text.
Do not use non-standard abbreviations unless they appear at least three times in the text.
Keep abbreviations to a minimum.
86
Reference style
PLOS uses “Vancouver” style, as outlined in the ICMJE sample references.
See reference formatting examples and additional instructions below.
Equations
We recommend using MathType for display and inline equations, as it will provide the most
reliable outcome. If this is not possible, Equation Editor is acceptable.
Avoid using MathType or Equation Editor to insert single variables (e.g., “a² + b² = c²”), Greek
or other symbols (e.g., β, Δ, or ′ [prime]), or mathematical operators (e.g., x, ≥, or ±) in running
text. Wherever possible, insert single symbols as normal text with the correct Unicode (hex)
values.
Do not use MathType or Equation Editor for only a portion of an equation. Rather, ensure that
the entire equation is included. Avoid “hybrid” inline or display equations, in which part is text
and part is MathType, or part is MathType and part is Equation Editor.
Nomenclature
Use correct and established nomenclature wherever possible.
Units of measurement: Use SI units. If you do not use these exclusively, provide the SI value
in parentheses after each value. Read more about SI units.
Drugs: Provide the Recommended International Non-Proprietary Name (rINN).
Species names: Write in italics (e.g., Homo sapiens). Write out in full the genus and species,
both in the title of the manuscript and at the first mention of an organism in a paper. After first
mention, the first letter of the genus name followed by the full species name may be used (e.g.,
H. sapiens).
Genes, mutations, genotypes, and alleles: Write in italics. Use the recommended name by
consulting the appropriate genetic nomenclature database (e.g., HUGO for human genes). It is
sometimes advisable to indicate the synonyms for the gene the first time it appears in the text.
Gene prefixes such as those used for oncogenes or cellular localization should be shown in
roman typeface (e.g., v-fes, c-MYC).
Manuscript Organization
Manuscripts should be organized as follows. Instructions for each element appear below the
list.
Beginning section
The following elements are required, in order:
87
Title page: List title, authors, and affiliations as first page of manuscript
Abstract
Introduction
Middle section
The following elements can be renamed as needed and presented in any order:
Materials and Methods
Results
Discussion
Conclusions (optional)
Ending section
The following elements are required, in order:
Acknowledgments
References
Supporting information captions (if applicable)
Other elements
Figure captions are inserted immediately after the first paragraph in which the figure is cited.
Figure files are uploaded separately.
Tables are inserted immediately after the first paragraph in which they are cited.
Supporting information files are uploaded separately.
Parts of a Submission
Title
Include a full title and a short title for the manuscript.
Abstract
The Abstract comes after the title page in the manuscript file. The abstract text is also entered
in a separate field in the submission system.
The Abstract should:
Describe the main objective(s) of the study
Explain how the study was done, including any model organisms used, without methodological
detail
Summarize the most important results and their significance
Not exceed 300 words
88
Abstracts should not include:
Citations
Abbreviations, if possible
Introduction
The introduction should:
Provide background that puts the manuscript into context and allows readers outside the field
to understand the purpose and significance of the study
Define the problem addressed and why it is important
Include a brief review of the key literature
Note any relevant controversies or disagreements in the field
Conclude with a brief statement of the overall aim of the work and a comment about whether
that aim was achieved
Materials and Methods
The Materials and Methods section should provide enough detail to allow suitably skilled
investigators to fully replicate your study. Specific information and/or protocols for new
methods should be included in detail. If materials, methods, and protocols are well established,
authors may cite articles where those protocols are described in detail, but the submission
should include sufficient information to be understood independent of these references.
We encourage authors to submit detailed protocols for newer or less well-established methods
as supporting information. Read the supporting information guidelines.
Human or animal subjects and/or tissue or field sampling
Methods sections describing research using human or animal subjects and/or tissue or field
sampling must include required ethics statements. See the reporting guidelines for human
research, clinical trials, animal research, and observational and field studies for more
information.
Data
PLOS journals require authors to make all data underlying the findings described in their
manuscript fully available without restriction, with rare exception.
Large data sets, including raw data, may be deposited in an appropriate public repository. See
our list of recommended repositories.
For smaller data sets and certain data types, authors may provide their data within supporting
information files accompanying the manuscript. Authors should take care to maximize the
89
accessibility and reusability of the data by selecting a file format from which data can be
efficiently extracted (for example, spreadsheets or flat files should be provided rather than PDFs
when providing tabulated data).
For more information on how best to provide data, read our policy on data availability. PLOS
does not accept references to “data not shown.”
Cell lines
Methods sections describing research using cell lines must state the origin of the cell lines used.
See the reporting guidelines for cell line research for more information.
New taxon names
Methods sections of manuscripts adding new taxon names to the literature must follow the
reporting guidelines below for a new zoological taxon, botanical taxon, or fungal taxon.
Results, Discussion, Conclusions
These sections may all be separate, or may be combined to create a mixed Results/Discussion
section (commonly labeled “Results and Discussion”) or a mixed Discussion/Conclusions
section (commonly labeled “Discussion”). These sections may be further divided into
subsections, each with a concise subheading, as appropriate. These sections have no word limit,
but the language should be clear and concise.
Together, these sections should describe the results of the experiments, the interpretation of
these results, and the conclusions that can be drawn.
Authors should explain how the results relate to the hypothesis presented as the basis of the
study and provide a succinct explanation of the implications of the findings, particularly in
relation to previous related studies and potential future directions for research.
PLOS ONE editorial decisions do not rely on perceived significance or impact, so authors
should avoid overstating their conclusions. See the PLOS ONE Criteria for Publication for more
information.
Acknowledgments
Those who contributed to the work but do not meet our authorship criteria should be listed in
the Acknowledgments with a description of the contribution.
90
Authors are responsible for ensuring that anyone named in the Acknowledgments agrees to be
named.
References
Any and all available works can be cited in the reference list. Acceptable sources include:
Published or accepted manuscripts
Manuscripts on preprint servers, if the manuscript is submitted to a journal and also publicly
available as a preprint
Do not cite the following sources in the reference list:
Unavailable and unpublished work, including manuscripts that have been submitted but not yet
accepted (e.g., “unpublished work,” “data not shown”). Instead, include those data as
supplementary material or deposit the data in a publicly available database.
Personal communications (these should be supported by a letter from the relevant authors but
not included in the reference list)
References are listed at the end of the manuscript and numbered in the order that they appear
in the text. In the text, cite the reference number in square brackets (e.g., “We used the
techniques developed by our colleagues [19] to analyze the data”). PLOS uses the numbered
citation (citation-sequence) method and first six authors, et al.
Do not include citations in abstracts or author summaries.
Make sure the parts of the manuscript are in the correct order before ordering the citations.
Formatting references
Journal name abbreviations should be those found in the National Center for Biotechnology
Information (NCBI) databases.
Figures and Tables
Figures
Do not include figures in the main manuscript file. Each figure must be prepared and submitted
as an individual file.
Cite figures in ascending numeric order upon first appearance in the manuscript file.
Figure captions
91
Figure captions must be inserted in the text of the manuscript, immediately following the
paragraph in which the figure is first cited (read order). Do not include captions as part of the
figure files themselves or submit them in a separate document.
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92
CAPÍTULO IV 1
2
ARTIGO III - Padrão climatérico de cajá-manga (Spondias Mombin L.) 3
4
RESUMO 5
O presente estudo avaliou o padrão respiratório de cajá-manga e alterações físicas e químicas 6
que ocorrem durante a maturação. Frutos maturos foram utilizados para avaliar o padrão 7
respiratório, à 25°C, e foram analisados durante 76 horas, sendo as avaliações realizadas de 8
quatro em quatro horas. As seguintes análises foram realizadas: peso (massa fresca), diâmetros 9
longitudinal (DL) e transversal (DT), coloração, atividade de água (aw), teor de sólidos solúveis 10
(SST), pH, acidez titulável (AT), firmeza, composição proximal, amido, açúcares solúveis 11
totais, pectina total e solúvel. O fruto de cajá-manga apresentou padrão respiratório típico de 12
frutos climatéricos, com altas taxas de respiração, e seu amadurecimento caracterizou-se pelo 13
aumento de sólidos solúveis e amarelecimento da polpa. 14
15
Palavras-chaves: Spondias mombin, análises físico-químicas, composição nutricional, 16
respiração de frutos, frutos climatéricos. 17
18
1. Introdução 19
20
O território brasileiro é composto por seis biomas, entre eles o Cerrado, considerado o 21
segundo maior, representando, aproximadamente, 24% do território nacional (IBGE, 2014). 22
Apresenta grandes diversidades em paisagens e espécies de fauna e flora, que se destacam pelas 23
suas propriedades nutricionais e funcionais (SILVA et al., 2001). Porém, a expansão 24
agropecuária tem transformado sua área, originalmente de biota natural, em extensas pastagens 25
e grandes monoculturas (SANO et al., 2008) e, juntamente com o extrativismo predatório, 26
originam progressivamente em perdas de materiais genéticos e menores produções de frutos, 27
colocando em risco a sobrevivência de algumas espécies (LUIS, 2008). Segundo dados do 28
Instituto Brasileiro de Geográfica e Estatística (IBGE, 2014), o Cerrado teve sua cobertura 29
vegetal reduzida para quase metade em sua extensão. 30
Há um déficit de estudos que permitem avaliar seu potencial econômico, identificar e 31
explorar, de maneira sustentável, as espécies nativas e espécies que se adaptam bem nessa 32
93
região (PARRON et al., 2008), sendo necessário incentivar e desenvolver pesquisas 33
relacionadas a sua fisiologia, o que levará a um melhor aproveitamento das espécies, 34
culminando com maior conservação. 35
Além das espécies frutíferas nativas dessa região, existem as que se adaptam e 36
apresentam alta produção, como a cajazeira (Spondias mombin L.), que produz frutos 37
conhecidos como cajá-manga. 38
A cajazeira pertence à família Anacardiaceae, sendo uma árvore frutífera tropical, 39
frondosa, situando-se entre as frutíferas perene, com flores dispostas em panícula (LORENZI 40
et al., 2006). Seus frutos são constituídos de polpa, casca e semente, apresentando formato 41
elipsoide, do tipo drupa, com aproximadamente, 6 a 10 cm de comprimento, 3 a 10 cm de 42
largura e 100 g, com semente dotada de fibras rígidas e espinescentes que penetram 43
parcialmente na polpa. Sua casca é fina e lisa e, à medida que amadurecem, tornam-se amarelo-44
ouro (FRANQUIN et al., 2005). 45
Todas as frutas e hortaliças, mesmo após a colheita, continuam seu desenvolvimento 46
fisiológico, e a respiração é um importante processo, pois está associada à várias reações 47
responsáveis pela degradação e síntese de inúmeros compostos, como por exemplo, síntese de 48
pigmentos, compostos fenólicos e fito-hormônios (PURVIS, 1997). 49
A atividade respiratória varia entre espécies e estádios de desenvolvimento do fruto. A 50
partir da atividade respiratória, durante o amadurecimento, os frutos podem ser classificados 51
em climatéricos e não climatéricos (PAUL et al., 2012). 52
Frutos climatéricos podem ser colhidos ainda verdes, quando estão fisiologicamente 53
maturos, pois continuam o desenvolvimento, completando o amadurecimento (KAYS; PAULL, 54
2004). Em frutos não climatérios, não ocorre o aumento da atividade respiratória, pelo 55
contrário, mantém-se em declínio durante o amadurecimento e as transformações bioquímicas, 56
que tornam o fruto maduro, ocorre de forma mais lenta, apresentando amadurecimento lento e, 57
94
geralmente, sua respiração mantém se em declínio até a senescência (SANTELLI, 2005). Logo, 58
a determinação do padrão respiratório em frutos, assume papel importante, pois, por meio do 59
conhecimento deste, pode-se buscar métodos de conservação, que auxiliem na manutenção dos 60
frutos por longos períodos, agregando valor aos mesmos. Neste intuito, objetivou-se determinar 61
o padrão respiratório em cajá-manga, avaliando as transformações físicas e químicas 62
decorrentes deste processo. 63
64
2. Materiais e métodos 65
66
2.1. Amostras 67
Frutos de cajá-manga maturos (Figura 1), foram colhidos pela manhã aos 240 dias após 68
antese, de diferentes árvores, na Fazenda Jabuticabal, em Nova Fátima, distrito de Hidrolândia, 69
Goiás, Brasil (latitude 16°55’32,35" S, longitude 49°21’39,76" O). 70
71
72
Figura 1. Frutos de cajá-manga (Spondias mombin L.) maturos, colhidos pela manhã após 240 73
dias após antese. 74
75
Os frutos (Figura 2) foram selecionados (ausência de danos), mantidos a 25ºC, para a 76
avaliação do padrão respiratório, constituído de 6 repetições, e foram analisados durante 76 77
horas, em intervalos de 4 em 4 horas, sendo coletados os teores de dióxido de carbono (CO2). 78
95
Também foram realizadas, a cada tempo de avaliação, nos frutos de cajá-manga colhidos após 79
240 dias após antese (Figura 3), as análises de massa, diâmetro longitudinal (DL), diâmetro 80
transversal (DT), coloração, atividade de água (aw), teor de sólidos solúveis (SST), pH, acidez 81
titulável (AT), firmeza, açúcares solúveis totais, pectina total e solúvel. E no início (0 horas) e 82
final (76 horas) do experimento as análises da composição proximal e amido. Todas as análises, 83
físicas e químicas, foram realizadas em triplicata. 84
85
86
Figura 2. Frutos de cajá-manga (Spondias mombin L.) colhidos após 240 dias após antese, 87
mantidos a 25ºC, para a avaliação do padrão respiratório. 88
89
90
Figura 3. Frutos de cajá-manga (Spondias mombin L.) colhidos após 240 dias após antese, 91
mantidos a 25ºC, para análises físico-químicas. 92
93
96
2.2. Análises física e físico-químicas 94
A massa fresca e os diâmetros longitudinal e transversal, das frutas inteiras, foram 95
avaliados utilizando balança semi-analítica (Mettler Model PC 2000) e paquímetro digital, e os 96
resultados foram expressos em g e cm, respectivamente. 97
Para a coleta de CO2, os frutos de cajá-manga maturos, colhidos aos 240 dias após 98
antese, foram colocados, individualmente, em frasco de vidro de 600 mL aberto, mantidos a 99
25°C até maduros. Os frascos foram selados hermeticamente, durante uma hora, e amostras de 100
gás foram coletados a partir do headspace. A taxa respiratória foi calculada medindo a 101
quantidade de CO2 produzida por um único fruto, com massa conhecida, utilizando analisador 102
de gases O2/CO2 (Illinois – LL6600). Os resultados foram expressos em mL CO2 kg-1 h-1. 103
A firmeza foi medida em texturômetro Texture Analyser, modelo TA-XT Plus, 104
equipado com sonda tipo agulha de diâmetro de 2 mm. Foram feitas seis medições em diferentes 105
pontos no centro de cada fruta. Os resultados foram expressos em Newtons (N). 106
Sólidos solúveis (SS) da polpa foram medidos por refratometria, com refratômetro 107
digital (ATAGO PR-100), com compensação de temperatura automática à 25ºC de acordo com 108
AOAC (2012) nº 922.10. Os resultados foram expressos em °Brix. 109
A acidez titulável (AT) foi determinada por titulação, com solução de NaOH 0.1 M, 110
usando como indicador fenolftaleína, conforme o AOAC (2012) nº 942.15. Os resultados foram 111
expressos em g 100 g-1 de polpa fresca, considerando o ácido cítrico como ácido predominante. 112
O pH da polpa foi medido, utilizando medidor portátil pH TECNAL (Tec 3MP), de acordo com 113
AOAC (2012) nº 981.12. 114
A coloração (L *, a *, b *, C * e °h) foi determinada em pontos distintos sobre a casca 115
(epicarpo) e polpa, utilizando colorímetro HunterLab (ColorQuest II Sphere). 116
97
As pectinas, total e solúvel, foram extraídas de acordo com a técnica descrita por 117
McCready e McComb (1952), e determinados, em espectrofotômetro a 520 nm, segundo Bitter 118
e Muir (1962). Os resultados foram expressos em mg de ácido galacturônico 100 g-1 de polpa. 119
Os açúcares solúveis totais foram determinados pelo método de Antrona (DISCHE, 120
1962). Os resultados foram expressos em g 100 g-1 de polpa fresca. 121
O amido foi determinado pelo método enzimático, conforme método AOAC (2012) nº 122
996.11, expresso em g 100 g-1de polpa. 123
A composição proximal da polpa: umidade, cinzas, proteínas e lipídeos, foram 124
determinados segundo metodologia descrita pela AOAC (2012) nº 986.25 e os carboidratos 125
totais foram determinados por diferença (FAO, 2003), e os resultados expressos em g 100 g-1 126
de polpa fresca. O valor energético total foi calculado, utilizando-se os fatores de conversão 127
tradicionais para proteínas (4 kcal/g), lipídeos (9 kcal/g) e carboidratos (4 kcal/g) (ATWATER; 128
WOODS, 1896), e os resultados foram expressos em Kcal 100 g-1 de polpa fresca. 129
A atividade de água da polpa foi medida em instrumento digital Aqua-Lab (CX-2, 130
Decagon Devices). 131
Os parâmetros foram analisados utilizando análise de variância (ANOVA) e teste de 132
Duncan (p ≤ 0,05), em software Statistica (Versão 8.0, StatSoft Inc., Tulsa, Oklahoma), e os 133
resultados expressos médias ± erro padrão (EP). 134
135
3. Resultados e discussão 136
Os frutos de cajá-manga, com 240 dias de desenvolvimento avaliados para determinação 137
do padrão respiratório, apresentaram peso médio de 96,02 ± 14,07 g, diâmetro longitudinal 138
médio de 6,88 ± 0,41 cm e diâmetro transversal médio de 4,97 ± 0,32 cm. 139
O padrão de respiração dos frutos de cajá-manga, mantidos à 25ºC após a colheita, é 140
apresentado na Figura 4. 141
98
142
143
Figura 4. Taxa de respiração (TR) dos frutos de cajá-manga (Spondias mombin L.) coletados 144
maturos, aos 240 dias após antese, e avaliados durante 76 horas pós-colheita. 145
146
Observou-se que os frutos com 240 dias de desenvolvimento, submetidos à 147
determinação do padrão respiratório, obtiveram constância nas taxas de CO2 nas primeiras 48 148
horas de análise. Entretanto, a partir da 52ª hora pós-colheita, aumento significativo foi 149
detectado, apresentando pico de CO2 (356,48 ± 2,96 mL CO2 kg-1 h-1), após 60 horas de análise, 150
seguido de declínio. O comportamento detectado reflete padrão típico de frutos climatéricos. 151
Em frutos climatéricos, a taxa de respiração é importante, pois quando colhidos 152
fisiologicamente maturos (estádio de maturação fisiológica), continuam seu desenvolvimento 153
até a senescência, considerando que para eles quanto maior a taxa de respiração maior a sua 154
perecibilidade, devido aos processos oxidativos relacionados com a respiração (LIMA et al., 155
2015). 156
De acordo com a taxa respiratória, os frutos podem ser classificados em baixa (< 40 mg 157
CO2 kg-1 h-1), moderada (40 – 80 mg CO2
kg-1 h-1), alta (80 – 120 mg CO2 kg-1 h-1) ou muito alta 158
(> 120) (SUDHEER; INDÍRA, 2007). Dessa forma, o cajá-manga pode ser classificado como 159
fruto com taxa respiratória muito alta durante o amadurecimento. 160
O processo respiratório de frutos provoca várias reações oxidativas de compostos 161
orgânicos, principalmente, ácidos orgânicos e carboidratos, para síntese de novos compostos, 162
150
170
190
210
230
250
270
290
310
330
350
370
0 4 8 12 16 20 24 28 32 36 40 44 48 52 56 60 64 68 72 76
CO
2(m
L C
O2
kg
-1h
-1)
Horas pós-colheita
TR
99
como açúcares, ou para a oxidação e produção de energia química na forma de ATP, com 163
liberação de CO2 durante o amadurecimento dos frutos (CHITARRA E CHITARRA, 2005). 164
Os dados da composição proximal e teor de amido da polpa dos frutos de cajá-manga, 165
durante o início (0 horas) e final (76 horas) da avaliação do padrão respiratório, estão 166
apresentados na Tabela 1. 167
168
Tabela 1. Composição proximal da polpa dos frutos de cajá-manga (Spondias mombin L.) 169
coletados maturos, aos 240 dias após antese, e avaliados durante 76 horas pós-colheita. 170
0 h 76 h
Umidade (g 100 g-1) 80,60 ± 0,20 a 81,22 ± 0,15 a
Cinzas (g 100 g-1) 0,27 ± 0,00 a 0,25 ± 0,01 a
Lipídeos (g 100 g-1) 0,20 ± 0,01 a 0,23 ± 0,01 a
Proteína (F = 6,25*) (g 100 g-1) 0,46 ± 0,02 a 0,52 ± 0,01 a
Carboidratos totais (g 100 g-1) 18,47 ± 0,19 a 17,79 ± 0,01 b
Amido (g 100 g-1) 10,42 ± 0,00 a 10,39 ± 0,00 b
Valor energético (Kcal 100 g-1) 77,52 ± 0,73 a 75,26 ± 0,01 b
Os dados correspondem a média ± EP. Letras diferentes, na mesma linha, indicam diferenças significativas pelo 171 teste de Duncan (p ≤ 0,05). 172 Valores em base úmida. *Fator de conversão geral de nitrogênio para proteína. 173 174
Não foram observadas variações significativas na umidade, cinzas, lipídeos e proteína, 175
durante o experimento, enquanto foi observada redução, significativa, nos teores de 176
carboidratos, amido e valor energético (Tabela 1). 177
Damiani et al. (2011) determinaram em frutos de cajá-manga, provenientes de Nova 178
Veneza (Brasil), conteúdo de umidade, cinzas e proteínas maiores ao observado neste trabalho 179
(84,00, 0,45 e 0,78 g 100 g-1, respectivamente), e de carboidratos e lipídeos menores (15,18 e 180
0,03 g 100 g-1, respectivamente). 181
O conteúdo de amido apresentou redução significativa durante o experimento (10,42 ± 182
0,01 a 10,39 ± 0,00 g 100 g-1, entre 0 e 76 horas, respectivamente) (Tabela 1). Segundo Konishi, 183
100
Kitazato e Asano (1991), durante o amadurecimento do fruto, pode ocorrer a degradação deste 184
componente, produzindo açúcares redutores e/ou não redutores. 185
Os dados de firmeza, sólidos solúveis (SS), pH, acidez titulável (AT), relação SS/AT, 186
atividade de água (aw), açúcares solúveis totais, pectina solúvel e pectina total dos frutos de 187
cajá-manga, coletados aos 240 dias após antese, e avaliados durante 76 horas pós-colheita, estão 188
apresentados na Figura 5. 189
190
191
192
d d d
g
a
bc
efe
b
ijgh
b
gh hi
k
l
cd
f
j
m
6,00
7,00
8,00
9,00
10,00
11,00
12,00
13,00
0 4 8 12 16 20 24 28 32 36 40 44 48 52 56 60 64 68 72 76
Teo
r d
e só
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os
solú
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s (°
Bri
x)
Horas pós-colheita
A
i
ef
g
de
b
a
hi hi
cd
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bc
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k
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j
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j
3,00
4,00
5,00
6,00
7,00
8,00
9,00
0 4 8 12 16 20 24 28 32 36 40 44 48 52 56 60 64 68 72 76
Açú
care
s so
lúvei
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(g 1
00 g
-1)
Horas pós-colheita
B
defg
defg defg
bcdefg
defg
bcdefgdefg
fg
defg
efg
cdefg
defg
bcdef
bcde
ab
a
g
bcdef
abcd
abc
15,00
17,00
19,00
21,00
23,00
25,00
27,00
0 4 8 12 16 20 24 28 32 36 40 44 48 52 56 60 64 68 72 76
Fir
mez
a (N
)
Horas pós-colheitaC
ab
bcbc
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a
cd
bc
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de
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efg
ef
bcd
h
ab
h
fg
h
gh
0,12
0,14
0,16
0,18
0,20
0,22
0,24
0,26
0,28
0 4 8 12 16 20 24 28 32 36 40 44 48 52 56 60 64 68 72 76
Pec
tina
solú
vel
(g á
cid
o g
alac
turô
nic
o 1
00
g-1
)
Horas pós-colheitaD
101
193
194
195
Figura 5. Variáveis físicas e físico-químicas da polpa dos frutos de cajá-manga (Spondias 196
mombin L.) coletados maturos, aos 240 dias após antese, e avaliados durante 76 horas pós-197
colheita. 198 Pontos com mesma letra não são diferentes significativamente pelo teste de Duncan (p ≤ 0,05). 199
200
201
No início do amadurecimento dos frutos foi observado aumento significativo no teor de 202
sólidos solúveis (Figura 5A), de 9,00 ± 0,00 a 11,28 ± 0,03°Brix, até 60 horas pós-colheita, 203
efg
bcdef
abcd ab
abcd
cdef
bcdef
abcd
def
h
a
abcde
ab
abcdef
gh
abc
abcd
abc
fgefg
0,65
0,75
0,85
0,95
1,05
1,15
1,25
0 4 8 12 16 20 24 28 32 36 40 44 48 52 56 60 64 68 72 76
Pec
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00 g
-1)
Horas pós-colheitaE
c
b
a
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0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
0,90
1,00
1,10
0 4 8 12 16 20 24 28 32 36 40 44 48 52 56 60 64 68 72 76
Aci
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Horas pós-colheita
F
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3,00
3,05
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3,15
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0 4 8 12 16 20 24 28 32 36 40 44 48 52 56 60 64 68 72 76
pH
Horas pós-colheita
G
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fg
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b
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h
3,00
5,00
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9,00
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15,00
17,00
19,00
21,00
0 4 8 12 16 20 24 28 32 36 40 44 48 52 56 60 64 68 72 76
SS
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Horas pós-colheita
H
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a
b b bb
b b b b b bb b
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b
0,96
0,96
0,97
0,97
0,98
0,98
0,99
0,99
1,00
0 4 8 12 16 20 24 28 32 36 40 44 48 52 56 60 64 68 72 76
Ati
vid
ade
de
água
(aw
)
Horas pós-colheita
I
102
coincidentemente com o pico de climatérico. Após, ocorreu declínio até 64 horas (8,88 ± 204
0,06°Brix) e, em seguida, aumento, apresentando, ao final de 76 horas, teor igual a 12,23 ± 205
0,07ºBrix. Valor semelhante foi encontrado por Dias, Schwan e Lima (2003), que encontraram 206
sólidos solúveis, igual a 12,30°Brix em frutos de cajá-manga, colhidos em vários municípios 207
das regiões Norte e Nordeste (Brasil). 208
Observou o mesmo comportamento nos teores de açúcares solúveis totais (Figura 5B), 209
durante a avaliação, apresentando após 56 horas pós-colheita o maior teor (8,10 ± 0,13 g 100g-210
1) durante a avaliação, simultâneo com o aumento da taxa respiratória (Figura 4), seguido de 211
declínio até 60 horas (5,40 ± 0,07 g 100g-1), e, em seguida, incremento, obtendo ao final do 212
experimento, 7,44 ± 0,06 g 100 g-1, valor este maior ao encontrado por Mattietto (2010) (4,54 213
g 100 g-1) em cajá-manga adequado para consumo ou processamento, oriundos de Belém 214
(Brasil). 215
Foram observadas redução significativa na firmeza (Figura 5C), ao longo da avaliação, 216
e o menor valor encontrado foi 60 horas pós-colheita, momento que ocorreu o pico de CO2. 217
Valor este, significativamente igual, a firmeza apresentada após 76 horas (19,19 ± 1,09 N). 218
Nos frutos de cajá-manga a diminuição da firmeza, provavelmente, ocorreu devido a 219
degradação do amido (Tabela 1) e da parede celular ao longo da avaliação, observado pelo 220
aumento significativo do teor de pectina solúvel (Figura 5D), apresentando maior conteúdo 221
após 56 horas pós-colheita, coincidentemente com o aumento da taxa de CO2, sendo igual, 222
significativamente, ao teor apresentado após 76 horas (0,25 ± 0,00 g ácido galacturônico 100 g-223
1). O teor de pectina total (Figura 5E) apresentou-se igual, significativamente, no início e final 224
da avaliação, apresentando 1,01 ± 0,09 g ácido galacturônico 100 g-1 de polpa, ao final de 76 225
horas pós colheita. 226
A alteração da parede celular, mediado por enzimas, promovem a solubilização das 227
protopectina (pectina insolúvel em água), produzindo ácidos pécticos (pectinas solúveis), 228
103
geralmente correlacionado com a diminuição da firmeza dos tecidos (INARI et al., 2002; 229
PRASANNA; PRABHA; THARANATHAN, 2007). 230
Não foram observadas mudanças significativas na acidez titulável (AT) (Figura 5F), 231
entre 0 a 76 horas, apresentando 0,74 ± 0,02 e 0,80 ± 0,02 g de ácido cítrico 100 g-1, 232
respectivamente. Foi observado declínio significativo do pH (Figura 5G) durante a 233
determinação do padrão respiratório (3,31 ± 0,01 a 3,15 ± 0,00 entre 0 e 76 horas, 234
respectivamente), apresentando menor pH em 60 horas pós-colheita. Segundo Nascimento 235
Júnior et al. (2008), esse decréscimo do pH, ao longo do amadurecimento, é esperado, pois está 236
relacionado ao acúmulo de açúcares e de constituintes ácidos durante o amadurecimento dos 237
frutos. 238
Lira Júnior et al. (2008) relataram valores médios de acidez titulável em cajá-manga 239
coletados em Recife (Brasil), variando de 1,77 a 2,41 g de ácido cítrico 100 g-1, valores 240
superiores ao observado neste trabalho. Tiburski et al. (2011) encontraram valores de pH menor 241
(2,83), enquanto que Mata, Duarte e Zanini (2005) encontraram valor maior (4,16) em cajá-242
manga oriundos de Aracajú (Brasil) e Campina Grande (Brasil), respectivamente. 243
A relação SS/TA (Figura 5H) aumentou significativamente durante a maturação. Esta 244
variável é utilizada como indicador do estado de maturação, palatabilidade e sabor dos frutos, 245
relacionando doçura e acidez (HUI; BARTA, 2006). Soares (2006) encontrou menor média de 246
SS/AT (10,50) em polpa de cajá-manga, oriundo de Teresina (Brasil), em comparação com 247
obtido nesse trabalho após 76 horas pós-colheita (15,46 ± 0,06). 248
A atividade de água (Figura 5I), encontrada aos 240 DAA na polpa de cajá-manga foi 249
de 0,99 ± 0,00, apresentando declínio significativo, obtendo após 16 horas pós-colheita o valor 250
de 0,96 ± 0,03, apresentando incremento (0,99 ± 0,00, 20 horas pós-colheita), e mantendo-se 251
constante até 76 horas pós-colheita (0,99 ± 0,00). Este resultando foi semelhante ao encontrado 252
por Moura (2009) (0,99), na polpa in natura de cajá-manga, proveniente de Pecém (Brasil). 253
104
Não foram observadas mudanças significativas em L* (Figura 6A), b* (Figura 6C) e 254
Chroma (Figura 6E) na casca dos frutos de cajá-manga, enquanto os valores de a* (Figura 6B) 255
apresentaram-se entre positivos e negativos, iniciando em 0,01 ± 0,60, chegando a 2,30 ± 0,60 256
ao final da avaliação do padrão respiratório. Este aumento indica a perda da coloração verde da 257
casca, com o decorrer do amadurecimento dos frutos, passando à coloração amarela (Figura 7). 258
A polpa dos frutos apresentou declínio significativo de L* (Figura 8A) entre 0 e 64 259
horas, indicando que houve mudanças na luminosidade da polpa, apresentando-se mais escura 260
no final da avaliação. Houve aumento significativo de a* (Figura 8B) (3,06 ± 0,30 para 7,05 ± 261
0,60), de b* (Figura 8C) (30,12 ± 0,32 para 40,14 ± 0,77) e de Chroma (Figura 8E) (30,29 ± 262
0,35 para 40,77 ± 0,64) entre 0 e 76 horas de avaliação, decorrente da perda da coloração verde, 263
amarelecimento e vermelhidão da polpa (Figura 9). 264
265
105
266
267
268
Figura 6. Variáveis colorimétricas da casca dos frutos de cajá-manga (Spondias mombin L.) 269
coletados maturos, aos 240 dias após antese, e avaliados durante 76 horas pós-colheita. 270 Pontos com mesma letra não são diferentes significativamente pelo teste de Duncan (p ≤ 0,05). 271 272
cdef
ghfgh
bcde bcde
efgh
abc
defgh
ab
cdefg
a
cdef
bcde
cdefg
cdefg
fgh
h
abcd
a
abc
30,00
32,00
34,00
36,00
38,00
40,00
42,00
44,00
46,00
0 4 8 12 16 20 24 28 32 36 40 44 48 52 56 60 64 68 72 76
L
Horas pós-colheitaA
bcdefg
ab
abcdeabcd
fgh
bcdefg
abcdef
a
efgh
abcd
a
ab
cdefg
efgh
ghi
abc
i
abc
defgh
hi
-4,00
-3,00
-2,00
-1,00
0,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
0 4 8 12 16 20 24 28 32 36 40 44 48 52 56 60 64 68 72 76
a
Horas pós-colheita
B
abc
cdefgh
defgh
ab abc
bcdefg
efgh fgh
a
bcde
i
gh
abcab
bcdef
efgh
h
bcdef
efgh
abcd
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
35,00
40,00
0 4 8 12 16 20 24 28 32 36 40 44 48 52 56 60 64 68 72 76
b
Horas pós-colheitaC
bcdef
g
efg
fg
ab
cdefg
defg
g
abc
fg
fg g
bcdef
abcd
ab
fg
a
fg
abcde
a
80,00
82,00
84,00
86,00
88,00
90,00
92,00
94,00
96,00
98,00
0 4 8 12 16 20 24 28 32 36 40 44 48 52 56 60 64 68 72 76
°Hue
Horas pós-colheitaD
ab
cdefgdefgh
ab abc
bcdefg
efgh fgh
a
bcde
i
gh
abc
ab
bcdef
efgh
h
bcdefg
efgh
abcd
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
35,00
40,00
0 4 8 12 16 20 24 28 32 36 40 44 48 52 56 60 64 68 72 76
Chro
ma
Horas pós-colheitaE
106
273
Figura 7. Frutos de cajá-manga (Spondias mombin L.), colhidos 240 dias após antese, entre 0 274
e 76 horas pós-colheita. 275
276
Segundo Jiménez, Mora-Newcomer e Gutiérrez-Soto (2014), a mudança no conteúdo 277
de pigmentos totais ocorre devido a degradação de clorofilas e síntese de pigmentos amarelos, 278
como carotenóides, que são decorrentes do processo de amadurecimento. 279
A redução do ângulo de tonalidade (°Hue) da casca e polpa (Figura 6D e 8D, 280
respectivamente), durante o período de avaliação (88,90 ± 0,70 para 81,33 ± 0,57 e 84,22 ± 281
0,53 para 80,11 ± 0,76, respectivamente) foi observada, o que reflete a perda da cor verde do 282
fruto. 283
A mudança de cor é um importante indicador de estádio de maturação (MIKULIC-284
PETKOVSEK et al., 2015), permitindo analisar o índice de amarelecimento ou esverdeamento 285
do fruto. 286
0 horas 76 horas
107
287
288
289
Figura 8. Variáveis colorimétricas da polpa dos frutos de cajá-manga (Spondias mombin L.) 290
coletados maturos, aos 240 dias após antese, e avaliados durante 76 horas pós-colheita. 291 Pontos com mesma letra não são diferentes significativamente pelo teste de Duncan (p ≤ 0,05). 292
293
gfg
ef
ab
bcde
g
cde
h
bcdebcd
gfg
g
abc
abc
cde
a
de
fg
a
54,00
56,00
58,00
60,00
62,00
64,00
66,00
68,00
0 4 8 12 16 20 24 28 32 36 40 44 48 52 56 60 64 68 72 76
L
Horas pós-colheitaA
g
cde cde
a
bcdebcde
a
abcd
a
def
fg
efg
abcdeabc
efg
abcde
ab
h
cde
i
-2,00
-1,00
0,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
6,00
7,00
8,00
0 4 8 12 16 20 24 28 32 36 40 44 48 52 56 60 64 68 72 76
a
Horas pós-colheita
B
abc
aab
defdef
abcd
abcd abc
efg
def
efg
cde
cde
bcde
efg
efgefg
fg
cde
g
25,00
27,00
29,00
31,00
33,00
35,00
37,00
39,00
41,00
0 4 8 12 16 20 24 28 32 36 40 44 48 52 56 60 64 68 72 76
b
Horas pós-colheitaC
bc
defg
def
j
efghefghi
j
ghij
j
def cd
de
fghi
hij
def
fghi
ij
b
efg
a
78,00
80,00
82,00
84,00
86,00
88,00
90,00
92,00
0 4 8 12 16 20 24 28 32 36 40 44 48 52 56 60 64 68 72 76
°Hue
Horas pós-colheitaD
abc
a ab
de de
abcd
abcd
abc
efde
ef
cdecde
bcde
ef efef
fg
cde
g
25,00
27,00
29,00
31,00
33,00
35,00
37,00
39,00
41,00
43,00
0 4 8 12 16 20 24 28 32 36 40 44 48 52 56 60 64 68 72 76
Chro
ma
Horas pós-colheitaE
108
294
Figura 9. Polpa dos frutos de cajá-manga (Spondias mombin L.), colhidos 240 dias após antese, 295
entre 0 e 76 horas pós-colheita. 296
297
4. Conclusão 298
Cajá-manga (Spondias mombin L.) apresenta padrão respiratório típico de frutos 299
climatéricos e alta taxa de respiração. O amadurecimento do fruto foi caracterizado pelo 300
aumento no teor de sólidos solúveis, redução da firmeza, bem como amarelecimento da polpa. 301
302
Agradecimentos 303
Os autores gostariam de agradecer seu patrocinador brasileiro, CNPq pelo suporte 304
financeiro. 305
306
5. Referências 307
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112
ANEXO C – Normas de publicação Scientia Horticulturae
Instructions to Authors 2016
The journal publishes results of basic and applied research from all areas of horticulture, fruit
growing, vegetable growing, floriculture, ornamental gardening, garden, and landscape
architecture. The main concern is on plants growing under the conditions of the European
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Abstract is a short summary of the whole paper (as a single paragraph). It should describe
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The abstract is an important part of the paper because it is published and cited in world
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different from words mentioned in the title.
The main text of scientific paper must be developed under the
following headings: Introduction, Material and Methods, Results
and Discussion.
Introduction should outline the main reasons why the research was conducted; describe
a brief review of literature consisting of refereed periodicals, journals and books, and the
goal of the authors. It is recommended to include references to papers from peer reviewed
periodicals only. Citations from non-available sources (reports, proceedings etc.) should be
omitted.
113
Material and Methods. All tested material, experiments conducted, their extent, conditions
and course should be described in detail in this section. All original procedures that were used
for the processing of experimental material and all analytical methods used for evaluation
should also be detailed described. Data verifying the quality of acquired data should be
indicated for the used methods. The complete methodology should be described only if it is
an original one; in other cases it is sufficient to cite the author of it and mention only particular
differences if any. Methods of statistical processing including the software used should also
be listed in this section.
Results and Discussion. The results obtained from the experiments including their
statistical evaluation and any commentary should be presented graphically or in tables in
this section. Each new finding should be commented and explained, using scientific
arguments. The author should compare partial results with data published by other authors,
whose names and year of publication are to be cited by including them in the text directly,
e.g. … as published by LOWE (1981), NOVÁK and ŠÍDLO (2002) found …, or citing
authors and years of publication in parenthesis (LOWE 1981; NOVÁK, ŠÍDLO 2002; JAKL
et al. 2014). Diacritical signs of national Latin-based alphabets should be preserved. Names
in non-Latin alphabets should be transcribed according to international standards. The
citations should be limited to items really needed for placing the paper into a proper context.
Tables should be placed at the end of the manuscript. Word editor should be used to create
tables; each item should be placed into a separate cell. Tables should be numbered using
Arabic numbering in the order in which they are referred to in the text, and have a brief, but
self-explanatory title. Footnotes to tables should be indicated by superscript letters (or
asterisks for significance values). Abbreviations or symbols used in the tables must be
explained either in the table title or as a footnote. For explanation of abbreviations or symbols
used in tables it is not possible to refer to the main text.
Figures. Figure captions should be placed behind tables. The captions should be brief but
contain sufficient information to make the illustrations self-explanatory. Graphs should be
provided in MS Excel and they should be stored with original data. Centred captions, parallel
to axes, are used to indicate the measured attributes and their dimensions (in brackets).
Autotypes should be submitted in TIFF or JPG format in minimal resolution 300 dpi. All
graphs and photos should be numbered, continually according to the order in which they are
included in the text, using Arabic numerals. Files should be named using the first author’s
surname with the Figure number (e.g. “Newman Fig1.jpg”). If you send colour Figures, they
will be published in colour. Printing costs will be approximately € 200 for one print page (A4
format). If you send black and white Figures, they will be published in black and white and
printing costs will be free. All material to be included in a paper should be referred to in the
text.
Abbreviations and units. If any abbreviations are used in a paper, they shall be explained
appropriately when they are used in the text for the first time. It is not advisable to use any
abbreviations in the paper title or in the abstract.
The SI international system of measurement units should be used, e.g. kg, g,
mg, km, m, cm, mm, ppm, l (litre),ml, s (second), min (minute), h (hour), mol etc.
114
Use g/cm instead of g.ha-1. The definitive SI website is that of the Bureau International des
Poids et Mésures at http://www.bipm.org/. Units should be indicated on each occurrence
of numerical information and at the axes of all graphs. To express a unit of measurement,
space between the number and the unit (5 g; 20 ha) except of percentages and degrees (37%;
27°C). In a series of measurements, indicate the unit at the end
(3, 6, and 8 mm). Abbreviate units only after a numeric value (24 h; several hours later; 2
days). In chemical formulae the valence of ions must be given as, e.g. Ca2+ and CO 2 rather
than as Ca++ and CO --. Isotope numbers should precede the symbols (e.g. 18O). The
decimal marker is a point (e.g. 0.1 m), while the thousand’s separator is a comma (e.g. 2,000).
The decimal point in all numbers between 1 and ‒1, except 0, must be preceded by 0. In
general, use words for numbers one through nine, and use digits for 10 and over. For a series
of numbers, any of which are over 10, use all digits.
References should be preferably a list of refereed periodicals arranged in alphabetical order
according to the surname of the first authors. The surnames and initials of all authors should
be followed by the year of publication cited, the original title of the paper (if the cited source
is not in English, it should be translated in brackets behind of the original title), the name of
the periodical, the relevant volume and page number, in the case of a book or proceedings
the title should be followed by the name of the publisher and the place of publication. Names
of authors should be separated by commas, not by & or and. If an author's name in the list
is also mentioned with co-authors, the following order should be used: publications of the
single author, arranged according to publication year – publications of the same author with
one co- author, arranged according to publication year – publications of the author with
more than one co-author, arranged according to publication year. Only papers cited in the
text must be included in the list of references.
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Considerações finais
Ao longo do desenvolvimento dos frutos, atividade respiratória e a biossíntese de etileno
são importantes, pois estão associados à várias reações responsáveis pela degradação e síntese
de inúmeros compostos, e variam entre espécies e estádios de desenvolvimento. Portanto
estudos futuros podem ser realizados, com o intuito de verificar o comportamento do etileno
durante o desenvolvimento fisiólogo do fruto de cajá-manga.