Cap5 macro

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BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira

Parte 2 – Modelos de Demanda Agregada

Compõe-se de dois capítulos (4 e 5) com distintos modelos discutindo os determinantes

da demanda agregada

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Capítulo 5 Modelo IS-LM para uma

Economia Fechada

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Aula AnteriorCAPÍTULO 4 – Modelos macroeconômicos

simplificados de determinação de renda

4.1 A identidade dispêndio-renda;

4.2 A identidade dispêndio renda em valores reais;

4.3 A distinção entre investimento planejado e realizado;

4.4 1º Modelo macroeconômico simplificado;

4.5 2º Modelo macroeconômico simplificado;

4.6 Limitações dos modelos macroeconômicos discutidos até agora.

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Nesta AulaCAPÍTULO 5 – Modelo IS-LM para uma

economia fechada

5.1 Determinação da curva de demanda agregada;

5.1.1 A curva IS – O equilíbrio no mercado de produto;

5.1.2 A curva LM – o equilíbrio no mercado moedas e títulos;

5.1.3 Equilíbrio simultâneo nos mercados de produto e de moeda;

5.1.4 A curva de demanda agregada;

5.1.5 Política fiscal e monetária.

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Introdução

• Será desenvolvido um novo modelo em que:– O preço continua sendo determinado

exogenamente– O investimento passa a ser, em parte,

determinado endogenamente– É considerada a presença de moeda

Modelo IS-LM– Permitirá a obtenção de uma curva de

demanda agregada

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Determinação da curva de demanda agregada

• A análise será feita considerando três mercados:

– Mercado de produto

– Marcado de moeda

– Mercado de títulosTaxa de juros endógena

Afeta a DA

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• Considerando uma economia fechada:

y = c[y – t(y)] + i + g

y – c = s[y – t(y)] + t(y) = i + g

(será considerado i = ip)

Agora, será relaxada a hipótese de que o

investimento real seja autônomo.

A curva IS – equilíbrio no mercado de produto

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• Cada projeto de investimento apresenta um custo de instalação (CI) e um fluxo esperado de rendas líquidas (Rt, Rt+1,

Rt+2, ..., Rt+n).

CI

Rt

Rt+1

Rt+2 Rt+3

Rt + n – 1

Rt+n

t + n – 1 t + n t + 1 t t + 2 t + 3

nnt

22t1t

tr1

R

r1

R

r1

RRCIVA

A curva IS – equilíbrio no mercado de produto

9

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nnt

22t1t

tr1

R

r1

R

r1

RRCIVA

VA

Projetos de investimento

VA0

i0

r1 > r0

VA1

i1

i = i(r) 0dr

di

A curva IS – equilíbrio no mercado de produto

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i

i0

i1

r0 r1 r

i (r)

Função demanda de investimento

A curva IS – equilíbrio no mercado de produto

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y = c[y – t(y)] + i + g

i = i(r)

• Entãoy = c[y – t(y)] + i(r) + g

A curva IS é o lugar geométrico das combinações de y (renda) e r (taxa de juros)

que mantêm o mercado de produto em equilíbrio.

A curva IS – equilíbrio no mercado de produto

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poupança social

produto não consumido pelas

famíliasi (r0) + g

i (r1) + g

s + t

yy1 y0

(s + t) > (i + g)

yy1 y0

r1

r

r0(s + t) < (i + g)

• Ao longo da IS tem-se i + g = s + t

• Ao longo da IS tem-se i + g = s + t

A curva IS – equilíbrio no mercado de produto

Curva IS

IS

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poupança social

produto não consumido

pelas famílias

i (r0) + g0

s + t

yy0

yy0

r

r0

Nota-se que tanto uma redução dos gastos do governo quanto um aumento nas alíquotas de impostos provoca um deslocamento para esquerda da curva IS.

De forma análoga, tanto uma elevação dos gastos do governo quanto uma redução nas alíquotas de impostos provoca um deslocamento para direita.

A curva IS – equilíbrio no mercado de produto

Curva IS

i (r0) + g1

y1

y1

I0

S0

I1

S1

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i + g = s + t

g

(i + g)0

(s + t)0

(s + t)1

s + t

r0

r1

(i + g)1

45ºy0y1i + g

s + t

y

r I

Si(r)+ g

A curva IS – equilíbrio no mercado de produto

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i + g = s + t

g

(i + g)0

(s + t)0

(s + t)0

r0

45ºy0i + g

s + t

y

r I0

S0i(r)+ g

A curva IS – equilíbrio no mercado de produto

Aumento da alíquota de tributosI1

S1

(s + t)1

y1

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i + g = s + t

g0(i + g)1

(s + t)0

(s + t)

r0

45ºy0i + g

s + t

y

rI0

S0

i(r)+ g1

A curva IS – equilíbrio no mercado de produto

Aumento dos gastos do governo

I1

S1

(s + t)1

y1

i(r)+ g0

g1

(i + g)0

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A curva IS – equilíbrio no mercado de produto

A curva IS representa as combinações

de renda (y) e taxa de juros (r) que

manterão o mercado de produto em

equilíbrio, no sentido de que o

investimento planejado mais as

compras governamentais se igualam à

poupança privada planejada mais a

receita dos tributos.

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Expressão algébrica da curva IS

Fórmula geral da curva IS:

y = c[y − t(y)] + i(r)+g

• Está de acordo com os novos keynesianos (formato linear)

• Compatível com um dos segmentos da curva IS da Síntese Neoclássica (mas não com os extremos dessas curvas)

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Expressão algébrica da curva IS

Fórmula geral da curva IS:

y = c[y − t(y)] + i(r)+g

• Considerando que as funções consumo, investimento e tributação sejam funções lineares:

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Expressão algébrica da curva IS

Fórmula geral da curva IS:

y = c[y − t(y)] + i(r)+g

• Função consumo: c = a0 + a1·(y − t)

Em que: 0 < a1 < 1 (a1 = propensão marginal a consumir)

• Função investimento: i = b0 + b1·rEm que: b1 < 0 (b1 = sensibilidade do investimento a

variações da taxa de juros)

• Função tributação: t = d1·y

Em que: 0 < d1 < 1 (d1 = taxa marginal de tributação líquida)

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Expressão algébrica da curva IS

Fórmula geral da curva IS:

y = c[y − t(y)] + i(r)+g

• Função consumo: c = a0 + a1·(y − t)

• Função investimento: i = b0 + b1·r

• Função tributação: t = d1·y

y = a0 + a1·(y − d1·y) + b0 + b1·r + g

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Expressão algébrica da curva IS

y = a0 + a1·(y − d1·y) + b0 + b1·r + g

−a0 −b0 + y −a1·y + a1·d1·y −g = b1·r

b1·r = −(a0 + b0) + (1 − a1 + a1·d1)·y − g

y

b

daa1g

b

1

b

bar

1

111

11

00

Expressão algébrica linear da curva IS

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Expressão algébrica da curva IS

y

b

daa1g

b

1

b

bar

1

111

11

00

A tangente da inclinação da curva IS é:

1

11

1

111

b

d1a1

b

daa1

y

r

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Expressão algébrica da curva IS

1

11

1

111

b

d1a1

b

daa1

y

r

Como 0 < a1 e 0 < d1 < 1:

0daa1 111

Por exemplo, se a1 = 0,9 e d1 = 0,3, tem-se:

111 daa1 0,37

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Expressão algébrica da curva IS

1

11

1

111

b

d1a1

b

daa1

y

r

Como 0 < a1 < 1 e 0 < d1 < 1:

0daa1 111

Como b1 < 0:

0

b

daa1

y

r

1

111

IS é negativamente

inclinada

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Expressão algébrica da curva IS

A inclinação – negativa – da curva IS depende:

1. Da sensibilidade do investimento a variações

da taxa de juros, ou seja do valor de b1.

Quanto maior for b1 em valores absolutos,

menos inclinada é a curva IS.

Nesse caso, pequenas variações da taxa

de juros provocam grandes variações do

investimento e, conseqüentemente,

grandes variações do produto interno.

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Expressão algébrica da curva IS

A inclinação – negativa – da curva IS depende:

1. Da sensibilidade do investimento a variações

da taxa de juros, ou seja do valor de b1.

2. Da propensão marginal a consumir (a1).

Quanto maior for a1, menos inclinada é a

curva IS.

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Expressão algébrica da curva IS

A inclinação – negativa – da curva IS depende:

1. Da sensibilidade do investimento a variações

da taxa de juros, ou seja do valor de b1.

2. Da propensão marginal a consumir (a1).

3. Da taxa marginal de tributação líquida (d1).

Quanto menor for d1, menos inclinada é a

curva IS.

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Expressão algébrica da curva IS

A inclinação – negativa – da curva IS depende:

1. Da sensibilidade do investimento a variações

da taxa de juros, ou seja do valor de b1.

2. Da propensão marginal a consumir (a1).

3. Da taxa marginal de tributação líquida (d1).• a1 e d1 afetam o multiplicador dos

investimentos.

Aumento de a1

Diminuição de d1

Aumento do multiplicador dos investimentos

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Expressão algébrica da curva IS

y

b

daa1g

b

1

b

bar

1

111

11

00

Quanto maiores forem os gastos do

governo (g), maior será a taxa de

juros (r) para o mesmo produto (y).

0b

1

1

A curva IS

desloca-se

para direita

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Expressão algébrica da curva IS

Considere o seguinte exemplo numérico:

C = 80 + 0,9·(y – t) i = 750 – 2.000·r t =

0,3·y

Em que c, y e t estão medidos em bilhões de

reais e r está medido em valores decimais.

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Expressão algébrica da curva IS

Considere o seguinte exemplo numérico:

C = 80 + 0,9·(y – t) i = 750 – 2.000·r t =

0,3·y

a0 = 80 a1 = 0,9 b0 = 750 b1 = –2.000 d1 = 0,3

r =

33

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Expressão algébrica da curva IS

Considere o seguinte exemplo numérico:

C = 80 + 0,9·(y – t) i = 750 – 2.000·r t =

0,3·y

a0 = 80 a1 = 0,9 b0 = 750 b1 = –2.000 d1 = 0,3

y

000.2

3,09,09,01g

000.2

1

000.2

75080r

y000185,0g0005,0415,0r

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Expressão algébrica da curva IS

A tangente da inclinação da curva IS é

–0,000185. Quando o produto interno

aumenta em R$ 100 bilhões, a taxa de juros

cai 1,85 pontos percentuais para manter o

mercado em equilíbrio.

y000185,0g0005,0415,0r

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Expressão algébrica da curva IS

Para g = 0,75 (R$ 0,75 bilhão), tem-se:

As equações acima são retas paralelas no plano

y X r, a segunda reta está a direita da primeira.

y000185,0415375,0r

y000185,0g0005,0415,0r

Para g = 0,79 (R$ 0,79 bilhão), tem-se:

y000185,0415395,0r

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Expressão algébrica da curva IS

Para g = 0,75 (R$ 0,75 bilhão), tem-se:

O aumento dos gastos do governo (g) desloca a

curva IS para direita. (desenhe as retas)

y000185,0415375,0r

y000185,0g0005,0415,0r

Para g = 0,79 (R$ 0,79 bilhão), tem-se:

y000185,0415395,0r

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• Moeda (M1): papel-moeda em poder do público mais os depósitos à vista.

• Os ativos que proporcionam retorno ao seu possuidor e não podem ser usados diretamente como meio de troca são os títulos.

• Demanda de moeda:– transação– especulativa.

A curva LM – o equilíbrio no mercado de moedas e títulos

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• Quanto maior a renda, maior é a quantidade de moeda necessária para as transações.

• Em termos reais, demanda de moeda

para a transação = k(y) em que .0dy

dk

A curva LM – o equilíbrio no mercado de moedas e títulos

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• Os indivíduos podem aplicar parte de sua riqueza em títulos, que pagam um rendimento fixo por unidade de tempo.

• No Brasil, há os bônus do Banco Central (BBC) por períodos ao redor de 30 dias.

• O governo fala que o valor final do título é PF e oferece ao preço PI (preço atual do título).

• Assim, PF = (1 + r)n . PI nr1PI

PF

A curva LM – o equilíbrio no mercado de moedas e títulos

40

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• Considere um título (BBC) de 30 dias cujo PF = 100 e PI = 95.

• A taxa de juros é de 5,26% nesses 30 dias.• Se o preço do título subir (como, por exemplo,

PI = 97) a taxa de juros cai (r = 3,09%) e se o preço do título cair (como, por exemplo, PI = 93) a taxa de juros sobe (r = 7,53%).

r1PI

PF

A curva LM – o equilíbrio no mercado de moedas e títulos

41

BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira

Se PI r ou se PI r

r1PI

PF

• Observe que quando há muita oferta de títulos, o seu preço atual (PI) cai e a taxa de juros sobe.

• Com isso, os agentes econômicos colocarão maior parcela de suas riquezas em títulos e não em moeda.

A curva LM – o equilíbrio no mercado de moedas e títulos

42

BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira

Se PI r ou se PI r

r1PI

PF

• Mas quando o preço do título sobe (PI), a taxa de juros cai.

• Os agentes econômicos preferem manter a moeda, à espera dos preços dos títulos caírem.

A curva LM – o equilíbrio no mercado de moedas e títulos

43

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• A demanda especulativa pela moeda é

igual a l(r), sendo . 0dr

dl

yr,mP

Md

ykrlP

Md

• A demanda por saldos reais

é .

A curva LM – o equilíbrio no mercado de moedas e títulos

44

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• A Considerando a oferta de moeda Ms como

sendo fixada exogenamente ao modelo,

então a oferta real de saldos monetários é

. P

M

P

Ms

ykrlyr,P

Mm

• O equilíbrio no mercado monetário é:

A curva LM – o equilíbrio no mercado de moedas e títulos

Curva LM

45

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A curva LM – o equilíbrio no mercado de moedas e títulos

• O modelo IS/LM considera que, estando o

mercado de moedas em equilíbrio, o

mercado de títulos também estará em

equilíbrio.

• O modelo supõe que a riqueza total dos

indivíduos (W) é colocada sob a forma de

moeda (M) e títulos (B). DBMW d

46

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DBOBMM sd

A curva LM – o equilíbrio no mercado de moedas e títulos

DBMW d

OBMDBM sd

OBMW s

47

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• Md > Ms OB > DB (excesso de demanda de

moeda implica em excesso de oferta de títulos)

• Md < Ms OB < DB (excesso de oferta de moeda

implica em excesso de demanda de títulos)

• Md = Ms OB = DB (igualdade entre oferta e

demanda de moeda implica em igualdade entre oferta e

demanda de títulos)

DBOBMM sd

A curva LM – o equilíbrio no mercado de moedas e títulos

48

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y2 y1 y0 y

r2

r2r1

r1

r0r0

r r m(y0) m(y1)

m(y2)

excesso de oferta de moeda

excesso de demanda de

moeda

MP

M P

M

L

P

Myr, m

P

Myr, m

A curva LM – o equilíbrio no mercado de moedas e títulos

49

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A curva LM representa as combinações de

renda (y) e taxa de juros (r) que manterão o

mercado de moedas e, também, o de títulos

em equilíbrio para um nível dado de oferta

nominal de moeda, M, e em um nível dado de

preço P.

A curva LM – o equilíbrio no mercado de moedas e títulos

50

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• Cada ponto da curva LM implica no equilíbrio simultâneo dos mercados de moeda e de título.

• Se por alguma razão a renda diminuir e a taxa de juros permanecer inalterada, ocorrerá um excesso de moeda.

• Como os indivíduos possuirão mais moedas do que desejam, haverá o interesse, por parte dos indivíduos, de trocar esse excesso de moeda por títulos.

A curva LM – o equilíbrio no mercado de moedas e títulos

51

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• Desse modo, no mercado de títulos, tem-se um aumento do preço dos títulos (aumento de PI), o que gera a redução da taxa de juros.

• Essa taxa de juros reduzirá até que os mercados de moeda e de títulos fiquem novamente em equilíbrio.

A curva LM – o equilíbrio no mercado de moedas e títulos

52

BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira

• Quando a taxa de juros é muito elevada, a demanda de moeda atinge um nível mínimo que pouco se altera quando a taxa de juros eleva-se ainda mais (é o mínimo necessário a ser retido de moeda para transações).

r2

r1

r0

r m(y0) m(y1)

m(y2)

MP

M P

A curva LM – o equilíbrio no mercado de moedas e títulos

53

BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira

• Do mesmo modo, existe uma taxa de juros mínima a partir da qual a demanda de moeda é perfeitamente elástica.

• Isto se reflete nas inclinações da curva LM nos seus extremos e terá reflexos no exame das políticas fiscal e monetária.

r2

r1

r0

r m(y0) m(y1)

m(y2)

MP

M P

A curva LM – o equilíbrio no mercado de moedas e títulos

54

BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira

• A curva LM pode se deslocar quando variamos a oferta nominal de moeda ou o nível de preços.

• Se a oferta nominal aumentar ou o nível de preços cair, a curva LM se desloca para a direita.

• Se a oferta nominal diminuir ou o nível de preços subir, a curva LM se desloca para a esquerda.

A curva LM – o equilíbrio no mercado de moedas e títulos

55

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y2 y1 y0 y

r2

r2r1

r1

r0r0

r r m(y0) m(y1)

m(y2)

MP

M0

P

M0

L0

A curva LM – o equilíbrio no mercado de moedas e títulos

M1

P

L1

M1

Se a oferta nominal de moeda aumentar, a curva LM desloca-se para a direita

56

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l0

k1

k0

k(y)

r0

r1

l1 y1y0Demanda

especulativa

Demanda para transações

y

r

L

M

l(r)

A curva LM – o equilíbrio no mercado de moedas e títulos

45°

MP0

57

BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira

l0

k0

k(y)

r0

y1y0Demanda

especulativa

Demanda para transações

y

r

L0

M0

l(r)

A curva LM – o equilíbrio no mercado de moedas e títulos

45°

MP0M

P1

Deslocamento da curva LM quando

há redução no nível de preços

k1

L1

M1

58

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Expressão algébrica da curva LMFórmula geral da

curva LM:

• Em que:

e1 > 0 (e1 = sensibilidade da demanda de saldos reais de

moeda em relação a variações na renda)

e2 < 0 (e2 = sensibilidade da demanda de saldos reais de

moeda em relação a variações na taxa de juros reais)

ykrly,rmP

M

Fórmula específica da curva LM: reye

P

M21

59

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ye

e

P

M

e

1r

2

1

2

Expressão algébrica linear da curva LM

yeP

Mre 12

reyeP

M21

Expressão algébrica da curva LM

60

BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira

ye

e

P

M

e

1r

2

1

1

A tangente da inclinação da curva LM é:

2

1

e

e

y

r

Expressão algébrica da curva LM

61

BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira

2

1

e

e

y

r

Como e1 > 0 e e2 < 0:

Por exemplo, se e1 = 0,1625 e e2 = – 1.000, tem-se:

Expressão algébrica da curva LM

y000.1

1625,0

P

M

000.1

1y

e

e

P

M

e

1r

2

1

1

0e

e

2

1

62

BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira

2

1

e

e

y

r

Como e1 > 0 e e2 < 0:

Expressão algébrica da curva LM

ye

e

P

M

e

1r

2

1

1

0e

e

2

1

LM é positivamente

inclinada

63

BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira

A inclinação – positiva – da curva LM depende:

1. Da sensibilidade da demanda de moeda em

relação à taxa de juros, ou seja do valor de e2.

Quanto maior for e2 em valores absolutos,

menos inclinada é a curva LM.

Nesse caso, um pequeno aumento da taxa de

juros reduz muito a demanda por moeda para

especulação e requer um grande aumento

compensatório da renda (de modo a aumentar a

demanda de moeda para transação)

Expressão algébrica da curva LM

64

BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira

1. Da sensibilidade da demanda de moeda em

relação à taxa de juros, ou seja do valor de e2.

2. Da sensibilidade da demanda de moeda em

relação à renda, ou seja do valor de e1.

Quanto maior for e1, mais inclinada é a curva

LM. Nesse caso, um pequeno aumento da renda eleva muito a

demanda por moeda para transação. É necessário diminuir a

demanda especulativa por moeda (elevar a taxa de juros)

Expressão algébrica da curva LM

A inclinação – positiva – da curva LM depende:

65

BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira

ye

e

P

M

e

1r

2

1

1

• Se P reduzir – r menor para um mesmo y –

ocorrerá deslocamento da curva LM para

direita.• Se a oferta nominal de moeda (M) subir – r

menor para um mesmo y – ocorrerá

deslocamento da curva LM para direita.

Expressão algébrica da curva LM

66

BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira

r

E

L

MI

S

yy0

r0

Equilíbrio simultâneo nos mercados de produto e de moeda

Dr1

y1

Ponto D

Excesso de demanda de

moeda

Aumenta a oferta de

títulos PI r i y

(s+t) > (i+g)m(y, r) < M/P

(s+t) < (i+g)

m(y,r) > M/P

(s+t) > (i+g)m(y,r) > M/P

(s+t) < (i+g)m(y, r) < M/P

67

BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira

r

E

L

MI

S

yy0

r0

Equilíbrio simultâneo nos mercados de produto e de moeda

Gr2

y2

Ponto G

Excesso de oferta agregada

y Excesso de oferta de moeda

Excesso de demanda de títulos

PI r

(s+t) > (i+g)m(y, r) < M/P

(s+t) < (i+g)

m(y,r) > M/P

(s+t) > (i+g)m(y,r) > M/P

(s+t) < (i+g)m(y, r) < M/P

68

BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira

l0

k0

k(y)

r0

y1y0Demanda

especulativa

Demanda para transações

y

r

L0

M0

l(r)

45°

MP0M

P1

Deslocamento da curva LM quando

há redução no nível de preços

k1

L1

M1

RELEMBRANDO

A curva de demanda agregada

69

BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira

M1

L0

y0 y1 y

r1

r0

r

L1

M0I

S

y0 y1 y

P1

P0

PD

D

P1 < P0

A curva de demanda agregada

70

BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira

A curva de Demanda Agregada é o lugar

geométrico das combinações de renda (y) e

nível geral de preços (P) que garantem o

equilíbrio simultâneo dos mercados de

bens, moedas e títulos.

A curva de demanda agregada

71

BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira

y

• Por que a Curva de Demanda Agregada é negativamente inclinada?

P P

M

títulosde

demandaPI r i

A curva de demanda agregada

72

BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira

• Mudanças em g, M, sistema tributário, o deslocamento das funções poupança e demanda por moeda:

deslocam a curva de demanda agregada.

• Variações no preço, acompanhadas de variações na taxa de juros e no nível de produto,

geram deslocamentos ao longo da curva de demanda agregada.

A curva de demanda agregada

73

BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira

Expressão algébrica da curva de demanda agregada

curva IS:

• Em que:

a1 > 0, d1 > 0, b1 < 0, e1 > 0, e2 < 0

y

b

daa1g

b

1

b

bar

1

111

11

00

curva LM: ye

e

P

M

e

1r

2

1

2

74

BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira

Expressão algébrica da curva de demanda agregada

Considerando:

2

11 e

eB

20 e

1B

1

1112 b

daa1A

se a0 > 0 e b0 > 0, tem-se A0 > 0 1

000 b

baA

11 b

1A se b1 < 0, tem-se A1 > 0

se a1 > 0, d1 > 0 e b1 < 0, tem-se A2 < 0

se e2 < 0, tem-se B0 < 0

se e1 > 0 e e2 < 0, tem-se B1 > 0

75

BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira

Expressão algébrica da curva de demanda agregada

Obtém-se o seguinte sistema:

curva IS:

yb

daa1g

b

1

b

bar

1

111

11

00

curva LM: ye

e

P

M

e

1r

2

1

2

curva LMyBP

MBr 10

curva ISyAgAAr 210

76

BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira

yBP

MByAgAA 10210

curva LMyBP

MBr 10

curva ISyAgAAr 210

P

MBgAAyByA 01012

P

MBgAAyBA 01012

P

M

BA

Bg

BA

A

BA

Ay

12

0

12

1

12

0

Expressão algébrica da curva de demanda agregada

77

BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira

P

M

BA

Bg

BA

A

BA

Ay

12

0

12

1

12

0

B0 < 0, A2 < 0 e B1 >0

A tangente da inclinação da curva demanda

agregada é:

0P

M

BA

B

P

y2

12

0

Curva de demanda agregada

Expressão algébrica da curva de demanda agregada

78

BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira

P

M

BA

Bg

BA

A

BA

Ay

12

0

12

1

12

0

é negativa e varia ao longo da curva

depende do valor de P

0P

M

BA

B

P

y2

12

0

Curva de demanda agregada

Expressão algébrica da curva de demanda agregada

P

y

79

BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira

P

M

BA

Bg

BA

A

BA

Ay

12

0

12

1

12

0

0P

M

BA

B

P

y2

12

0

Curva de demanda agregada

Expressão algébrica da curva de demanda agregada

0BA

A

12

1

Para um mesmo P, um aumento de g aumenta y.

Quando há um aumento de g, a curva de demanda

agregada desloca-se para direita.

80

BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira

P

M

BA

Bg

BA

A

BA

Ay

12

0

12

1

12

0

0P

M

BA

B

P

y2

12

0

Curva de demanda agregada

Expressão algébrica da curva de demanda agregada

0BA

B

12

0

Para um mesmo P, um aumento de M aumenta y.

Quando há um aumento de M, a curva de demanda

agregada desloca-se para direita.

81

BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira

Considerando

Expressão algébrica da curva de demanda agregada

Qual é a equação que expressa a curva de demanda

agregada?

a0 = 80 a1 = 0,90 b0 = 750 b1 = –2.000

d1 = 0,3 e1 = 0,1625e2 = –1.000

82

BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira

Considerando

Expressão algébrica da curva de demanda agregada

a0 = 80 a1 = 0,90 b0 = 750 b1 = –2.000

d1 = 0,3 e1 = 0,1625e2 = –2.000

0001625,0000.1

1625,0

e

eB

2

11

001,0000.1

1

e

1B

20

000185,0

000.2

3,09,09,01

b

daa1A

1

1112

415,0

000.2

75080

b

baA

1

000

0005,0

000.2

1

b

1A

11

83

BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira

P

M

BA

Bg

BA

A

BA

Ay

12

0

12

1

12

0

P

M

0003475,0

001,0g

0003475,0

0005,0

0003475,0

415,0y

Expressão algébrica da curva de demanda agregada

P

M8777,2g4388,124,194.1y

84

BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira

• Política fiscal:

– Alterações dos gastos do governo em bens e serviços (g)

– Alterações nas alíquotas dos tributos (t’)

Políticas Fiscal e Monetária

85

BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira

• A política monetária será tratada com sendo a alteração da oferta nominal de moeda.

• Essa alteração da oferta nominal de moeda ocorre porque o Banco Central altera a base monetária, a taxa de depósito compulsório sobre depósitos a vista recebidos pelos bancos comerciais e/ou a taxa de redesconto de liquidez.

• Há duas formas de ocorrer alteração na base monetária:

Políticas Fiscal e Monetária

86

BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira

1) O Banco Central adquire títulos do Tesouro Nacional e paga esses títulos com moeda primária. • Porém, o Banco Central mantém esses

títulos do Tesouro Nacional em sua carteira.

• Nesse caso há aumento da base monetária e, consequentemente, da oferta nominal de moeda.

• Há duas formas de ocorrer alteração na base monetária:

Políticas Fiscal e Monetária

87

BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira

2) O Banco Central compra títulos públicos em poder do público não-bancário pagando esse último com moeda primária. • Nesse caso também ocorre uma expansão

da base monetária e da oferta nominal de moeda.

• Medidas inversas às citadas geram reduções da base monetária e da oferta nominal de moeda.

• Há duas formas de ocorrer alteração na base monetária:

Políticas Fiscal e Monetária

88

BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira

• Além da alteração na Base monetária, o BACEN pode alterar:

– A taxa de depósito compulsório (R3)

– A taxa de redesconto de liquidez (rd)

Políticas Fiscal e Monetária

89

BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira

• As políticas monetárias e fiscais são

geralmente concebidas como políticas de

controle da demanda agregada.

• Elas objetivam manter, de forma aproximada,

a igualdade entre oferta e demanda

agregada, assim como o nível de preços

existente.

Políticas Fiscal e Monetária

90

BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira

• Excesso de demanda e inflação

P

y

P0

D0

D0

y0yF

Excesso de demanda

Pressão sobre os preços

Políticas Fiscal e Monetária

91

BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira

• Excesso de demanda e inflação

P

y

P0

D0

D0

y0yF

D1

D1

Políticas Fiscal e Monetária

92

BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira

• Deficiência de demanda e desemprego

P

y

P0

D0

D0

yFy0

Deficiência de demanda

Pressão sobre os preços

Desemprego

Políticas Fiscal e Monetária

93

BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira

• Deficiência de demanda e desemprego

P

y

P0

D0

D0

yFy0

D1

D1

Políticas Fiscal e Monetária

94

BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira

a) de uma política fiscal de aumento dos gastos do governo;

b) de uma política fiscal de diminuição dos tributos;

c) de uma política monetária de aumento da oferta nominal de moeda ; e,

d) de uma combinação das políticas dos itens a, b, e c.

• No caso de insuficiência de demanda, a curva de demanda agregada pode ser deslocada para cima por intermédio:

Políticas Fiscal e Monetária

95

BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira

i + g = s + t

g0(i + g)1

(s + t)0

(s + t)

r0

45ºy0i + g

s + t

y

rI0

S0

i(r)+ g1

Aumento dos gastos do governo

I1

S1

(s + t)1

y1

i(r)+ g0

g1

(i + g)0

RELEMBRANDO

Políticas Fiscal e Monetária

96

BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira

i + g = s + t

g

(i + g)0

(s + t)0

(s + t)1

r0

45ºy2i + g

s + t

y

r I1

S1i(r)+ g

Redução da alíquota de tributosI0

S0

(s + t)0

y0

RELEMBRANDO

Políticas Fiscal e Monetária

97

BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira

r

L

y0 y

r0

MI0

S0

y0 y

P0

PD0

D0

I1

S1

y1

y1

D1

D1

r1

Políticas Fiscal e Monetária

98

BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira

r

L

y0 y

r0

MI0

S

0

y0 y

P0

PD0

D0

I1

S1

y1

y1

D1

D1

r1

• No ponto B, o investimento privado é menor do que no ponto A, mas o gasto do governo é maior.

• Na composição do produto, houve um aumento da participação de g e a diminuição de i, pois o aumento dos gastos do governo elevou a taxa de juros (r).

AB

Políticas Fiscal e Monetária

99

BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira

• Curva de Demanda Agregada:

P

M

BA

Bg

BA

A

BA

A-y

12

0

12

1

12

0

Em que:

a1 = propensão marginal a consumir

b1 = sensibilidade do investimento à taxa de juros

d1 = taxa marginal de tributação

Em que Ao > 0 , A1 > 0 , A2 < 0 , Bo < 0 e B1 > 0

1

1112 b

daa-1A

Políticas Fiscal e Monetária

100

BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira

P

M

BA

Bg

BA

A

BA

A-y

12

0

12

1

12

0

Em que Ao > 0 , A1 > 0 , A2 < 0 , Bo < 0 e B1 > 0

1

1112 b

daa-1A

0

B-A

A-

12

1 o aumento de g eleva o valor de y para o mesmo valor de P.

Políticas Fiscal e Monetária

o aumento de g desloca a curva de demanda agregada para direita.

101

BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira

P

M

BA

Bg

BA

A

BA

A-y

12

0

12

1

12

0

Em que Ao > 0 , A1 > 0 , A2 < 0 , Bo < 0 e B1 > 0

1

1112 b

daa-1A

12

1

12

0

B-A

A-e

B-A

A- A redução de d1 eleva o valor de y para o mesmo valor de P.

A diminuição de d1, diminui, em termos absolutos,

o termo A2, elevando:

Políticas Fiscal e Monetária

A diminuição da alíquota de tributos desloca a curva de demanda agregada para direita.

102

BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira

• Em primeiro lugar, tem-se que um aumento dos gastos do governo reflete imediatamente num aumento de renda.

• Já a redução de impostos só gerará aumento do produto demandado se os consumidores a utilizarem para gastos. – Se os consumidores utilizarem o aumento da

renda disponível para a poupança, a curva IS não se deslocará.

• Em segundo lugar, o deslocamento da curva de demanda agregada dependerá da posição em que a curva IS esteja interceptando a LM.

Políticas Fiscal e Monetária

103

BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira

L

r

y

M(P0)

I0

S0

y0

I1

S1y1

g

I2

y2

S2

I3

S3

y3

g

Políticas Fiscal e Monetária

104

BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira

• Quando a renda é baixa (yo) e a taxa de juros é baixa,

os indivíduos possuem muito encaixe de moeda.

• Uma redução de impostos ou aumento dos gastos do governo provocará pequeno aumento dos juros, tal que a redução de i não impede um grande aumento do produto.

Políticas Fiscal e Monetária

L

r

y

M(P0)

I0

S0y0

I1

S1y1

g

I2

y2

S2

I3

S3

y3

g

r1

105

BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira

• Em um alto nível de renda, e de taxa de juros, os encaixes de moeda para especulação são pequenos.

• A redução de t ou aumento de g eleva r, de modo que a redução de i impede aumento significativo da renda.

Políticas Fiscal e Monetária

L

r

y

M(P0)

I0

S0y0

I1

S1y1

g

I2

y2

S2

I3

S3

y3

g

r1

r2

106

BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira

• Uma política fiscal de alteração dos gastos é mais eficaz do que uma política de alteração de tributos; e,

• Uma política fiscal de aumento da renda é mais eficaz em baixos níveis de renda e taxa de juros.

Políticas Fiscal e Monetária

L

r

y

M(P0)

I0

S0y0

I1

S1y1

g

I2

y2

S2

I3

S3

y3

g

r1

r2

107

BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira

• Curva de Demanda Agregada:

P

M

BA

Bg

BA

A

BA

A-y

12

0

12

1

12

0

Em que Ao > 0 , A1 > 0 , A2 < 0 , Bo < 0 e B1 > 0

0

B-A

B

12

0 o aumento de M eleva o valor de y para o mesmo valor de P.

Políticas Fiscal e Monetária

o aumento de M desloca a curva de demanda agregada para direita.

108

BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira

l0

k0

k(y)

r0

y1y0Demanda

especulativa

Demanda para transações

y

r

L0

M0

l(r)

Políticas Fiscal e Monetária

45°

M0P

M1P

Deslocamento da curva LM quando há aumento da

oferta nominal de moeda

k1

L1

M1

A B

109

BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira

r

L

y0 y

r0

MI0

S

0

y0 y

P0

PD0

D0

L1

M1

y2

y2

D1

D1

r1

• No ponto B:

(s+t) > (i+g)

yofertado > ydemandado

y

k DB PI

r

A B

Políticas Fiscal e Monetária

y1

C

AC

110

BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira

r

L

y0 y

r0

MI0

S

0

y0 y

P0

PD0

D0

L1

M1

y2

y2

D1

D1

r2

• No ponto C, o nível de investimento é maior do que no ponto A (r2 < r0)

• Um aumento da oferta de moeda aumenta o produto por meio do efeito sobre a taxa de juros e deste sobre os investimentos.

A B

Políticas Fiscal e Monetária

y1

C

AC

111

BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira

L0

r

y

M0

y0

L1

M1

y1

I0

S0

S1

I1

y2 y3

Políticas Fiscal e Monetária

112

BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira

• Em baixo nível de renda e de taxa de juros; um aumento da oferta nominal de moeda (através do Banco Central comprando títulos públicos do setor não-bancário) reduz pouco a taxa de juros.

• Os agentes econômicos acreditam que essa taxa já é muito baixa, não a reduzindo mais ainda.

Políticas Fiscal e Monetária

r1 L0

r

y

M0

L0

r

y

M0

y0

L1

M1

y1

I0

S0

S1

I1

y2 y3

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BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira

• Em altos níveis de renda e taxa de juros, um aumento da oferta monetária reduz significativamente a taxa de juros, induzindo o aumento do investimento.

Políticas Fiscal e Monetária

r1

r2

L0

r

y

M0

L0

r

y

M0

y0

L1

M1

y1

I0

S0

S1

I1

y2 y3

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BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira

• Os efeitos maiores de uma política monetária de aumento de oferta nominal de moeda sobre a renda ocorrem quando a renda é elevada.

Políticas Fiscal e Monetária

L0

r

y

M0

L0

r

y

M0

y0

L1

M1

y1

I0

S0

S1

I1

y2 y3

r1

r2

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BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira

• A escolha das políticas para um aumento da renda depende do estágio inicial da economia e do padrão de divisão do produto que se deseja.

• Se a economia está em baixo nível de renda, deve-se dar preferência à política fiscal; e,

• Se a economia se encontra em alto nível de renda, deve-se dar preferência a uma política monetária.

Políticas Fiscal e Monetária

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• Uma política fiscal diminui a participação

do investimento (i) no produto final, a

menos que uma política monetária atue

simultaneamente reduzindo a taxa de juros

(r).

Políticas Fiscal e Monetária

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r

y0

L0

I0

M0

S0

yyF

P

P0

y0

D0

D0

yyF

• O governo pode elevar os seus gastos (g) e reduzir as alíquotas de impostos (t’), deslocando IS para a direita.

Políticas Fiscal e Monetária

S1

I1

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r

y0

L0

I0

M0

S0

yyF

P

P0

y0

D0

D0

yyF

• Como incorrerá em déficits orçamentários, ele poderá emitir moeda, deslocando a LM para a direita.

I1

S1L1

M1

• Pode-se ter uma combinação de política monetária e fiscal expansionistas gerando I1S1 e L1M1.

Políticas Fiscal e Monetária

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BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira

r

y0

L0

I0

M0

S0

yyF

P

P0

y0

D0

D0

yyF

• Pode-se ter uma combinação de política monetária e fiscal expansionistas gerando I1S1 e L1M1.

• O produto yF, é atingido à

taxa de juros ro.

r0

D1

D1

• O nível de investimento i não se altera, mas g e c aumentam.

Políticas Fiscal e Monetária

S1

M1I1

L1

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r

y0

L0

I0

M0

S0

yyF

P

P0

y0

D0

D0

yyF

• Obs.: Não foi desenhada uma curva de oferta agregada!

• Todo se passa como se o preço fosse P0

r0

D1

D1

Políticas Fiscal e Monetária

S1

M1I1

L1

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Próxima AulaCAPÍTULO 6 – Primórdios da curva de

oferta agregada

6.1 Mercado de trabalho;

6.1.1 Conceitos básicos para entender o funcionamento do mercado de trabalho.

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Referências Bibliográficas

• BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia: Teorias e Aplicações à Economia Brasileira. Campinas: Alínea, 2006

• BLANCHARD, O. Macroeconomia: teoria e política econômica. 2 ed. Rio de Janeiro: Campus, 2001.

• BRANSON , W.H. e LITVACK, J.M. Macroeconomia, São Paulo: Habra, 1978.

• DORNBUSCH, R. & FISCHER, S. Macroeconomia. 5a edição. São Paulo: Makron/Mcgraw-Hill, 1991.

• HALL, R.E.; TAYLOR, J.B. Macroeconomia: teoria, desempenho e política. Rio de Janeiro: Campus, 1989.

• LEITE, J.A. Macroeconomia: teorias, modelos e instrumentos de política econômica. São Paulo: Atlas, 1994.

• MANKIW, N.G. Macroeconomia: Rio de Janeiro: LTC, 2004.